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14 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES DIREITO DO CONSUMIDOR PROFESSORA: JOANA D’ARC SOUZA DA SILVA 07/02/2014 DIREITO DO CONSUMIDOR – LEI Nº. 8.078/1990 O direito consumerista é do ramo do direito difuso, pois tem interesse em destinatários indeterminados. Decreto Regulamentar nº. 7.962/2013 – regulamenta a lei nº. 8.078/1990 no que diz respeito ao comércio eletrônico. 1. Código de Proteção e Defesa do Consumidor a. Origem; Surgiu com uma necessidade da sociedade. Até 1988 tudo era uma relação do direito civil, com regras do direito civil. Com a nova Constituição, foi estabelecido um novo direito constitucional do consumidor (art. 5º, XXXII). Entre o ano de 1988 e 1990 vigorou o art. 48 da ADCT. A sociedade americana foi a primeira a não concordar com a situação que até então aplicavam as relações consumeristas. Tanto a relação trabalhista e consumerista tem um modelo reliberalizante. O direito do consumidor é baseado na segunda parte do principio da isonomia. b. Finalidade e campo de incidência; A finalidade do direito do consumidor é equalizar as diferenças naturais estabelecidas pelo poder econômico e tecnológico do fornecedor, porquanto o sistema jurídico ordena normas que facilitam a defesa do vulnerável (hipossuficiente). Mesmo protegido pelo CDC o consumidor não pode ficar em uma situação superior ao fornecedor, o que será considerado ato ilícito. _______________________________________________________________ Discente: Tarcisio Sousa Santos Curso: Direito Período: 8º

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UNIVERSIDADE CNDIDO MENDESDIREITO DO CONSUMIDOR14

PROFESSORA: JOANA DARC SOUZA DA SILVA07/02/2014DIREITO DO CONSUMIDOR LEI N. 8.078/1990O direito consumerista do ramo do direito difuso, pois tem interesse em destinatrios indeterminados.Decreto Regulamentar n. 7.962/2013 regulamenta a lei n. 8.078/1990 no que diz respeito ao comrcio eletrnico.1. Cdigo de Proteo e Defesa do Consumidora. Origem;Surgiu com uma necessidade da sociedade.At 1988 tudo era uma relao do direito civil, com regras do direito civil. Com a nova Constituio, foi estabelecido um novo direito constitucional do consumidor (art. 5, XXXII). Entre o ano de 1988 e 1990 vigorou o art. 48 da ADCT.A sociedade americana foi a primeira a no concordar com a situao que at ento aplicavam as relaes consumeristas.Tanto a relao trabalhista e consumerista tem um modelo reliberalizante.O direito do consumidor baseado na segunda parte do principio da isonomia.b. Finalidade e campo de incidncia;A finalidade do direito do consumidor equalizar as diferenas naturais estabelecidas pelo poder econmico e tecnolgico do fornecedor, porquanto o sistema jurdico ordena normas que facilitam a defesa do vulnervel (hipossuficiente).Mesmo protegido pelo CDC o consumidor no pode ficar em uma situao superior ao fornecedor, o que ser considerado ato ilcito.Nenhum direito do fornecedor vai ser retirado, mas ser dada a parte mais fraca, direitos que equilibrem a relao.O destinatrio da tutela consumerista pleno o vulnervel (tcnico, jurdica e/ou econmica), o consumidor.Finalidade equalizadora das relaes (principio da isonomia).O campo de incidncia quando as partes so desiguais. Uma negociando insumo, outra negociando consumo, tratando de negcio jurdico contratual, bilateral, oneroso (no h negcio jurdico gratuito na relao consumerista).

c. Dispositivos Constitucionais;Teoria dos Poderes Implcitos Declarao de direitos constitucionais (art. 5, XXXII, CF); Assegura as garantias art. 4 c/c 105, 106, CDC; Efetivao jurisdicional dos direitos e garantias (art. 5 c/c 55 ao 60 (administrativa) e art. 5 c/c 61 ao 80 (criminais) e 5 c/c 12 ao 20 (cvel)).O direito do consumidor tem natureza jurdica de direito fundamental. So poderes declarados, so direitos naturais. O direito do consumidor um direito declarado, fundamental e, portanto, clusula ptrea.No direito consumidor ocorre uma declarao de direito (art. 5, XXXII). A lei dar garantias ao vulnervel na relao consumerista (art. 4 c/c 105, 106 do CDC).Alm dos direitos garantidos, h a necessidade da efetivao jurisdicional dos direitos e garantias (art. 5 c/c 55 ao 60 (administrativa) e art. 5 c/c 61 ao 80 (criminais) e 5 c/c 12 ao 20 (cvel) c/c 81 seguintes do CDC).O fornecedor tem poder constitucional miditico (de mdia), entretanto, a prpria CF limitou o poder dos fornecedores (art. 220, CF).Art. 220. A manifestao do pensamento, a criao, a expresso e a informao, sob qualquer forma, processo ou veculo no sofrero qualquer restrio, observado o disposto nesta Constituio (art. 170, V, CF exceo). 1 - Nenhuma lei conter dispositivo que possa constituir embarao plena liberdade de informao jornalstica em qualquer veculo de comunicao social, observado o disposto no art. 5, IV, V, X, XIII e XIV.Dispositivos constitucionaisa) Sobre direitos do consumidor:a. Arts. 5, XXXII, 1; 170, V c/c art. 1, III, 3, III, IV (Direitos do Consumidor);b. Arts. 5, IV c/c 170 ao 193 c/c 220, 1 (Direitos dos Empresrios).IMPORTANTE: A natureza jurdica da relao consumerista contratual.d. O Cdigo Civil de 2002 e o CDC;O Cdigo de Defesa do Consumidor s ser aplicado se a sua norma for mais benfica para o consumidor.O Cdigo Civil lei ordinria de aplicao subsidiria, porm, como o direito do consumidor possui natureza jurdica de direito fundamental constitucional, deve-se aplicar, sempre, a norma mais benfica ao destinatrio final, que o vulnervel. Dessa forma, o Cdigo Civil como qualquer outra norma de direito ser aplicado em benefcio do consumidor, toda vez que o CDC no favorecer. Portanto, a norma da lei n. 8078/1990 apenas exemplificativa e no exaustiva.e. Fontes do Direto do Consumidor (art. 7 do CDC).A fonte do direito do consumidor ampla, irrestrita, por ser ele um direito constitucional.A origem da fonte do direito consumerista constitucional.No h que se confundir a fonte do direito consumerista (constitucional) com sua instrumentalidade (contratual).O fundamento est na teoria do dilogo das fontes.2. Princpios cardeais do direito do consumidorAnalisar a Lei n. 8.078/1990 e extrair das normas os princpios fundamentais e informativos. Princpio da dignidade da pessoa humana (art. 4); Proteo da vida, sade e segurana (art. 6); Educao para o consumo (art. 6); Informao adequada e clara sobre os diferentes produtos e servios (art. 6); Proteo contra publicidade enganosa e abusiva (art. 6); Proteo contratual (art. 6); Indenizao (art. 6); Acesso a Justia (art. 6); Facilitao de defesa de seus direitos (art. 6); Qualidade dos servios pblicos (art. 6). Princpio da Boa-f; Princpio da informao; Princpio da inverso do nus da prova; Princpio da modicidade (Prof. Lindojon Bezerra Site do STF); Princpio da generalidade (Prof. Lindojon Bezerra Site do STF); Princpio da eficincia (Prof. Lindojon Bezerra Site do STF); Princpio da cortesia (Prof. Lindojon Bezerra Site do STF); Princpio da Liberdade para o fornecedor - (Prof. Lindojon Bezerra Site do STF); Princpio da Justia (Prof. Lindojon Bezerra Site do STF); Princpio da pobreza (Prof. Lindojon Bezerra Site do STF); Princpio da isonomia (Prof. Lindojon Bezerra Site do STF); Princpio da atividade econmica (Prof. Lindojon Bezerra Site do STF); Princpio da continuidade (Prof. Lindojon Bezerra Site do STF).14/02/20142 Princpios Cardeais do Cdigo do ConsumidorA Constituio por ser social, democrtica e de direito, visa proteger a vulnerabilidade do hipossuficiente.Teoria dos poderes implcitos para cada direito h uma garantia que o assegura, que a torna efetiva.Sociabilidade, operabilidade e eticidade so as bases axiolgicas do direito privado adequados a Constituio.O direito consumerista visa proteger o hipossuficiente.(existncia) A declarao de vontade se materializa pelo contrato. (validade) comea pelos preceitos fundamentais, garantindo os direitos fundamentais, principalmente com o principio da dignidade da pessoa humana, a funo social das relaes privadas. Art. 3, III e IV, CF. Tambm h o princpio da isonomia (tratar os desiguais conforme sua desigualdade modelo reliberalizante (normas equalizadores de diferena)). Vulnerabilidade;H uma vulnerabilidade social, econmica. Portanto, a vulnerabilidade a fragilidade estabelecida pela hipossuficincia do contratante dbil, pois este no pensa no contrato. A fragilidade se inicia na oferta, sendo fundamentada a oferta no princpio da vinculao do predisponente (art. 30).Como pilar da poltica nacional de consumo, os princpios ali elencados para produo de seus efeitos prprios devem ser garantidos nos princpios essenciais da funo social, da boa-f objetiva, da dignidade da pessoa humana, bem como nos princpios bsicos das relaes privadas que so da sociabilidade, operabilidade e da eticidade.O reconhecimento da vulnerabilidade comea na oferta do fornecedor (art. 30) que est exercendo seu direito fundamental constitucional elencados nos artigos 5, IV, 170, IV, 220, I, CF.A finalidade do reconhecimento da vulnerabilidade a isonomia jurdica, a igualdade, eliminando as diferenas, tratando os desiguais igualmente.Vulnerabilidade(fragilidade)

MITIGADA (relativa)

A) Pessoas jurdicas negociando consumo.PLENAA hipossufincia absoluta a pessoa fsica que no negociou. Que recebeu um contrato e o aderiu.A) Pessoas fsicas (comuns);B) Pessoas fsicas (especiais) Menores, idosos.

Boa-f (art. 4, III);Aqui h a boa-f objetiva, ou seja, adequao entre a existncia da relao e a eficcia da finalidade negocial. Ela est fundamentada na funo social (sociabilidade, operabilidade, eticidade).A finalidade da boa-f objetiva a garantia do comrcio, segurana jurdica da relao e estabilidade do comrcio da relao jurdica consumerista.Boa-f subjetiva a falsa impresso da realidade. No seu entender no est praticando ato ilcito, est em erro.Boa-f subjetiva do fornecedor no pode acontecer por deter conhecimento do produto. O fornecedor pode se defender no uso da boa-f objetiva. Transparncia (art. 4, caput, 6, III);Formao adequada e clara, educao sobre o produto, etc. Efetividade da tutela jurisdicional e segurana (art. 5, art. 105 c/c art. 6, VI, VII, VIII).Ele complementa a teoria dos poderes implcitos. Se, tm direitos declarados, devem existir meios para que eles sejam efetivados. a tutela especfica de cada caso. Tudo comea com a acessibilidade ao rgos de defesa.EA teoria da validade mitigada em relao ao consumidor. Isso quer dizer que, em tal relao o ato praticado pelo fornecedor que eclodir em prejuzo ao consumidor nulo, invlido, porm, o contrrio no se estabelece. Se tal ato for favorvel ao consumidor, vale, salvo se for erro grosseiro. Ex. produto custa R$ 5.000,00 e divulgou R$ 500,00, faltando um zero.

Declarao de VontadeIdoneidade do objeto da relaoFinalidade negocial

VSistema Jurdico -> CRFB CCB - CDCFuno Social (sociabilidade, operabilidade Poltica Nacional da Relao de Consuma Art. 4, eticidade).

E

Caso IMaria adquiriu produto X na loja Y, levou para sua casa, usou-o, no dia seguinte foi devolv-lo sob o argumento que estava com defeito. O respectivo fornecedor vem analisando a conduta de Maria que age dessa forma h algum tempo. O fornecedor no trocou o produto. Maria alegando direito do consumidor props ao contra tal fornecedora. O fornecedor na sua resposta, ou seja, na contestao, conseguiu provar a m-f de Maria com a respectiva culpa exclusiva da consumidora. Isto posto, o juiz julgou improcedente a ao de Maria. O fornecedor se sentiu lesado moralmente e materialmente por outras vezes. Poderia ou pode o fornecedor fazer pedido contraposto? Resposta fundamentada conforme princpios pertinentes.R: No. Por ser direito consumidor direito constitucional fundamental visa proteger o hipossuficiente e, portanto, no poder o fornecedor entrar com pedido contraposto, podendo, entretanto, entrar com uma ao cvel comum a parte.ESTUDAR OS PRINCPIOSQual o limite da atuao do fornecedor?R: a licitude. Ele pode fazer tudo pelo direito de expresso, de livre iniciativa, porm, o limite est no respeito ao direito do consumidor exercendo a liberdade dentro da licitude.1. Art. 6, II Princpio da equivalncia negocial (isonomia);2. Art. 6, VI Principio da reparao integral os danos;3. Art. 6, VIII Princpio da hipossuficncia;4. Art. 1 - Princpio protecionismo Constitucional aos vulnerveis.TRABALHO: Pesquisar na 4, 5 e 6 Jornadas de Direito Civil o que ficou estabelecido sobre relaes consumeristas.21/02/20143. RELAO DE CONSUMO E SEUS ELEMENTOSA relao jurdica um vnculo jurdico que liga pessoas a pessoas e pessoas e coisas.Obrigao o vnculo jurdico patrimonial (sentido estrito) entre credor e devedor que visa a finalidade negocial mantendo o devedor disposio do acordo de vontades. um contrato oneroso, podendo ter um ou outro unilateral, porm, oneroso (exceo mtuo feneratcio Unilateral oneroso art. 586ss).A relao consumerista um vnculo jurdico patrimonial contratual.A regra que seja de adeso, porm, pode haver contratos paritrios, pois o CDC no veda. Quem tem que provar que o contrato foi discutido o fornecedor. Contrato de adeso aquele em que o consumidor no teve oportunidade de discusso. O consumidor vulnervel por causa da adeso. Aqui o princpio da vulnerabilidade poder ser plena ou mitigada. Aquela poder ser comum e excepcional (crianas, idosos, analfabetos).Os elementos do contrato:1) Subjetivos (consumidores (efetivos ou por equiparao) e fornecedores);2) Objetivos (produtos e servios).

Conceitos legais de consumidor e fornecedor;Art. 2, Caput, da Lei - Consumidor toda pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utiliza produto ou servio como destinatrio final. Teorias;PRIMEIRA Teoria subjetiva finalstica (art. 2, caput) o destinatrio final toda pessoa que interrompe a cadeia produtiva sendo ela: a) Destinatria final por interrupo ftica retira o produto;b) Destinatria final econmica.O consumidor efetivo o destinatrio final. a interrupo ftica. Ele tira o produto/servio da cadeia produtiva.O destinatrio final econmico no pode em hiptese alguma ter lucro, caso contrrio continuaria da cadeia produtiva sendo considerado insumo e no produto de consumo.Teoria Subjetivista Finalstica Aprofundada (art. 2, pargrafo nico c/c art. 17 e 29, todos da Lei) o pargrafo nico do art. 2 aprofunda o conceito de consumidor (no h relao jurdica direta h uma fico jurdica). a) Vtima do evento (art. 17 da Lei) Maria comprou o carro na concessionria X, emprestou o carro para Cristina, ela deu uma carona para Jos. Quando Cristina dirigindo o veculo foi acionar o freio ele no funcionou, sofrendo um acidente onde ela ficou sem um brao e Jos sem as duas pernas. Quem responde? Como acabou de comprar o carro a concessionria responde. Se a famlia ou o prprio Jos entrar com ao contra Cristina, esta faria uma denncia da lide, mas na relao de consumo no h este instituto, fazendo um chamamento direto, chamando lide a concessionria. (ela no participa da relao jurdica de consumo).a. O art. 17 da Lei uma exceo ao chamamento lide de parte que no h relao jurdica.

b) Vtima potencial (art. 29 da Lei) esse consumidor vtima da publicidade, da propagando enganosa. Ele estabelece o consumidor por equiparao da modalidade de vtima potencial. Ele estabelece tcnica equalizadora de diferena. Aqui o fornecedor no uso do seu poder miditico tem um grande poder de publicidade. Art. 29 c/c 30, 35 da Lei. (ela no participa da relao jurdica de consumo)Essas teorias so as seguidas pelo Cdigo do Consumidor.SEGUNDA Teoria Objetiva Diz que o CDC uma norma geral de relao contratual. Crtica a consumerizao das relaes jurdicas (elas no so consumeristas somente, mas civilistas, empresariais, etc.).STJ Ele adota a teoria, alm das duas finalistas, a finalstica mitigada. A teoria finalstica mitigada d aplicabilidade do CDC s relaes em que uma das partes adquirindo produtos ou servios seja profissional liberal ou empreendedor individual (leigamente autnomo). Mesmo essas pessoas no retirando o produto ou servio da cadeia produtiva, elas no tem conhecimento empresarial especfico para o negcio jurdico, porquanto, sero tratadas como se consumidores fossem. Ex. Maria, professora, adquiriu uma caneta estereogrfica para corrigir as provas dos alunos. Ex. Joo, pedreiro, foi adquirir cimento. Eles so fornecedores, mas tero tratamento de consumidor por no deterem conhecimentos tcnicos sobre o produto. Caractersticas.ANALISAR NAS JORNADAS DE DIREITO CIVIL, INCIDNCIAS QUE ESTABELECEM SUPRESSO DE DIREITO E SURGIMENTO DE DIREITO. CRIAR UMA HIPTESE COMO EXEMPLO.ENUCIADO 275 IV JORNADA DE DIREITO CIVIL Em adequao ao entendimento Constitucional que os direitos se estendem ao companheiro, foi aplicado analogicamente aos pargrafos nicos dos artigos 12 e 20, CC, o mesmo entendimento. Ex. O companheiro falecido teve seu direito de imagem lesado, pois, teve fotos do cadver divulgadas sem autorizao da famlia. A companheira, poder preitear perdas e danos dos que atingiram a imagem do morto.ENUCIADO 277 IV JORNADA DE DIREITO CIVIL O art. 14 diz que vlida a disposio gratuita do prprio corpo, com objetivo cientfico ou altrustico, para depois da morte. A lei n. 9.434/1997 que dispe sobre doaes de rgos, passou a ter em seu art. 4 uma interpretao restritiva aps este enunciado, pois, agora se o potencial doador em vida deixou de forma expressa que era esse seu desejo, no mais poder desfazer essa vontade os seus familiares, ficando essa deciso para eles caso o potencial doador tenha mantido o silncio quanto opo de doar ou no seus rgos aps a morte.ENUNCIADO 279 IV JORNADA DE DIREITO CIVIL O art. 20 restringiu a proteo imagem em relao a outros interesses constitucionais tutelados, tais como acesso informao e da liberdade de impressa. Ex. No ter um poltico seu direito de imagem sobrepondo o direito da liberdade de impressa, j que se escolheu tal carreira, deve receber o nus dela.

14/03/20144. RELAO DE CONSUMO E SEUS ELEMENTOSa. CONCEITOS LEGAIS DE CONSUMIDOR E FORNECEDORi. TEORIASb. CARACTERSTICASElementos subjetivos Consumidor arts 2, PU c/c 17, 29; Fornecedor arts. 3 CDC; 966, CC.Conceito de Fornecedor Fornecedor toda pessoa (fsica ou jurdica) que pratica atos de empresa, estejam ou no em dia com os estatutos sociais, exercendo atividade econmica remunerada com habilidade e habitualidade.Elementos objetivos: Produtos; Produto espcie de bem (gnero). Produto insumo assim como o servio. Produto objeto da cadeia de produo. Servios; aquele que passa por uma cadeia de produo e tem remunerao. Frutos. Tem efeitos naturais. Ex. na casa tem um p de manga e dele retira mangas e vai vender na feira, isso produto, pois o dono est praticando atos de empresa.Ex. guas da empresa guas do Paraba = produto; gua pega no poo do vizinho = fruto.Relao de consumo instrumentalizada por contrato, respeitando a tutela de um direito fundamental art. 5, XXXII. Bilateral exceo o mtuo feneratcio, pois ele unilateral aquele emprstimo com as instituies financeiras. No mtuo o mutuante no tem obrigaes e o muturio tem a obrigao de dar (juros) e restituir (capital). Art. 586 c/c 591, CC. A relao de mtuo ser regida pelo CDC. Oneroso sem excees. Adeso as clusulas so estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor, no podendo, em regra, negociar.

Caractersticas da Relao de ConsumoO que a relao de consumo tem que as outras no tm? Propaganda (oferta) geral, para todas as pessoas; Oferecimento geral a divulgao do produto ou servio e a sua oferta nos termos do art. 30, CDC, possuindo natureza de proposta de contrato, cujo fundamento o princpio da vinculao do predisponente (fornecedor).

Habilidade e habitualidade; O predisponente exerce atividade empresarial, logo tem que ter conhecimento sobre o que faz e fazer sempre, atos reiterados de empresa.

Remunerao (preo); Por tratar de relao econmica, a relao consumerista possui o intuito de lucro para o fornecedor, porquanto no h relao de consumo gratuita.Poltica de captao de clientela: trata de forma especial de captar consumidores para respectivos produtos e servios, no tira a natureza onerosa da relao, pois o custo para tal poltica est includo no preo, socializando todo custo inerente prpria captao. Ex. Fornecedores X divulga na compra de produtos superiores a R$ 500,00 reais ganha um tablet, no sorteio do ltimo dia do ms.

Vulnerabilidade dos tomadores; A parte vulnervel a parte fraca, pois no detm conhecimento tcnico, falta de recursos financeiros para advogados, economistas, tcnicos do assunto, etc.; Vulnerabilidade plena pessoa fsica comum que retira o produto da cadeia produtiva; Vulnerabilidade excepcional pessoa fsica com qualidade especial (idoso, criana, deficiente, etc. art. 39, IV); Vulnerabilidade mitigada fragilidade abrandada pessoa jurdica consumidora.

Qual a natureza jurdica de todas as relaes jurdicas abaixo, fundamentando-as.Ex. Ferro e Ao Ltda. faz negcio jurdico contratual com transportadora Viao Bonita Ltda., cujo objetivo transporte de seus funcionrios ao evento empresarial X. D a natureza dessa relao e sua respectiva regncia.R: Contratual - CCEx. Empresa Txtil contrata Instituto de Educao X, finalidade educao dos filhos dos funcionrios da empresa.R: Consumerista - CDCEx. Banco X contrata Transportadora de Valores X LTDA.R: Contratual (Prestao de Servio) - CCEx. Neurologista Dra. Fulana de Tal contrata com Instituto de Tecnologia Avanada aparelho laboratorial.R: Consumerista - CDCEx. Engenheiro X contrata Vidro Viminas Ltda. R: Contratual CC

21/03/2014Questo: Os vulnerveis so sempre consumidores?No. Exceo o profissional liberal.Nem todos os direitos que esto no Cdigo de Defesa do Consumidor so bsicos.Direitos Bsicos do Consumidor Proteo vida - Art. 6; O mdico responde por este artigo e no pelo art. 14, 4, do CDC. Ele no pode se esquivar de atender algum. Os outros profissionais liberais esto no art. 14, 4, CDC. Obs.: Os arts. 9, 10 tambm tem base no artigo 6 c/c 63 do CDC. Ex. expor produtos nocivos sade em lugares sem proteo como em uma prateleira com vidro lacrado. Ex. menina ingere veneno de rato por falta de cuidado do fornecedor. A menina no caso era consumidora vulnervel excepcional, vtima eventual. Por ter deixado o produto ao alcance da criana e ter uma responsabilidade objetiva. Com isso a criana est protegida pelo art. 6 c/c 9, 10, 63 do CDC. Se o vendedor tivesse uma empresa responderia o fornecedor por todos os artigos anteriores mais os art. 12 e 56 do CDC.

Informao adequada (Princpio da Transparncia) art. 6, III, CDC; Principio da Transparncia c/c Princpio da vinculao do predisponente pois ele se vincula a tudo que fizer veicular (art. 30, CDC).

Facilitao da defesa dos seus direitos c/c a efetividade da proteo jurisdicional art. 6, VI, VII c/c 5 do CDC; A finalidade efetivar a poltica nacional de consumo.

Proteo contra publicidade enganosa c/c princpio da identificao da publicidade art. 6, IV c/c 36, CDC; Arts. 36 e 37 princpio da veracidade; Cumprimento da oferta (art. 35, CDC).Art. 37. proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 1 enganosa qualquer modalidade de informao ou comunicao de carter publicitrio, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omisso, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, caractersticas, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preo e quaisquer outros dados sobre produtos e servios. 2 abusiva, dentre outras a publicidade discriminatria de qualquer natureza, a que incite violncia, explore o medo ou a superstio, se aproveite da deficincia de julgamento e experincia da criana, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa sua sade ou segurana.Obs.: A regulamentao das normas de publicidade dos produtos feita pelos rgos do art. 106, CDC. Inverso do nus da prova; S a prova da culpa que ser invertida; A culpa prova formal ou material? Na culpa deve ser apurar a autoria e a materialidade. A inverso ocorre quando o fornecedor tem que provar que o terceiro est agindo com culpa. A regra (art. 333, CPC) que o nus da prova recai sobre quem alega. Exceo: Art. 6, VIII, CDC. No o autor da ao (vtima) que prova. O ru no CDC j entra no processo culpado, ao contrrio do que ocorre nos processos com base Constitucional que diz que todos so inocentes at prova em contrrio. Em relao ao nexo causal e ao dano no h inverso do nus da prova. O princpio do convencimento motivado o que se restringe a prova, portanto, por mais que o artigo diga que caber ao juiz decidir, no pode ele decidir sem provas.

Questo: Jos teve seu pedido julgado improcedente e agravou de instrumento numa ao proposta contra o fornecedor X, por indenizao de danos materiais. O pedido de inverso do nus da prova foi circunstanciado na hipossuficincia e teve improcedncia, vez que no provou o autor tal pedido. Em relao verossimilhana, a prova tcnica no foi adequadamente requerida. Poderia o juiz julgar a procedncia sobre a verossimilhana? A prova tcnica o meio pelo qual provar a culpa. Hipossuficincia (fragilidade - vulnerabilidade) (autoria) falta de recursos financeiros e tcnicos. Verossimilhana (materialidade) aquilo provvel. a probabilidade. Para ter a inverso do nus da prova a vtima tem que provar o dano. Tem-se verossimilhana porque tem provas suficientes do dano.No caso acima, como o autor no provou a hipossuficincia e muito menos o dano (verossimilhana) no ter a inverso do nus da prova.S o consumidor pode pedir a hipossuficincia. Nenhum rgo de defesa pode pedi-la.Hipossuficincia da vitima provar que o fornecedor foi quem causou o prejuzo (autoria do fornecedor). Essa autoria tem que ter o vnculo contratual, o nexo causal (contrato, cupom, etc.).Resposta: No. Na hiptese acima, o Jos deve entrar com o agravo da deciso que julgou a improcedncia da hipossuficincia, que nesse caso, o dano seria custeado pelo Estado, para que a vtima tenha oportunidade de provar por percia em juzo, para provar o dano._______________________________________________________________Discente: Tarcisio Sousa SantosCurso: DireitoPerodo: 8