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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS OFICIAL E AGENTE DE INTELIGÊNCIA – ABIN DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá, Bom dia. Hoje o tema é especial. Um dos mais cobrados pelo CESPE. Vamos estudar o seguinte: AULA 03: 3. Atos administrativos: conceitos e elementos. Competências, finalidade, forma, motivo e objeto. 4. Atos administrativos vinculados e discricionários. 5. Invalidação dos atos administrativos: revogação, anulação e efeito. Então, vamos à teoria e depois às questões. A teoria do ato administrativo talvez seja um dos pontos mais importantes do estudo do Direito Administrativo. Assim, devemos, inicialmente, entender o que é o ato administrativo e, para tanto, necessário compreender como se dá seu surgimento. Observe que no mundo há diversos fatos que consubstanciam a realização de coisas, tal como andar, falar, chover, um raio, um aperto de mão etc, ou seja, alguns fatos surgem de condutas humanas e outros, independentemente dessa. Nesse universo, nem todos os fatos interessam ao Direito. Somente será objeto de atenção os que tenham implicação jurídica, ou seja, os fatos mais importantes, aos quais se atribuem algum efeito ou consequência no âmbito do Direito, de modo a fazer surgir, extinguir, modificar ou alterar direitos ou obrigações. Assim, somente interessam os fatos que têm reflexo na ordem jurídica, denominando-se fatos jurídicos. Para o Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello fato jurídico é “qualquer acontecimento a que o Direito imputa e enquanto imputa efeitos jurídicos. O fato jurídico, portanto, pode ser um evento material ou uma conduta humana, voluntária ou Atos Administrativos

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Olá,

Bom dia. Hoje o tema é especial. Um dos mais

cobrados pelo CESPE. Vamos estudar o seguinte:

AULA 03: 3. Atos administrativos: conceitos e

elementos. Competências, finalidade, forma, motivo e

objeto. 4. Atos administrativos vinculados e

discricionários. 5. Invalidação dos atos administrativos:

revogação, anulação e efeito.

Então, vamos à teoria e depois às questões.

A teoria do ato administrativo talvez seja um dos

pontos mais importantes do estudo do Direito Administrativo. Assim,

devemos, inicialmente, entender o que é o ato administrativo e, para

tanto, necessário compreender como se dá seu surgimento.

Observe que no mundo há diversos fatos que

consubstanciam a realização de coisas, tal como andar, falar, chover,

um raio, um aperto de mão etc, ou seja, alguns fatos surgem de

condutas humanas e outros, independentemente dessa.

Nesse universo, nem todos os fatos interessam ao

Direito. Somente será objeto de atenção os que tenham implicação

jurídica, ou seja, os fatos mais importantes, aos quais se atribuem

algum efeito ou consequência no âmbito do Direito, de modo a fazer

surgir, extinguir, modificar ou alterar direitos ou obrigações.

Assim, somente interessam os fatos que têm reflexo na

ordem jurídica, denominando-se fatos jurídicos.

Para o Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello fato

jurídico é “qualquer acontecimento a que o Direito imputa e

enquanto imputa efeitos jurídicos. O fato jurídico, portanto, pode

ser um evento material ou uma conduta humana, voluntária ou

Atos Administrativos

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involuntária, preordenada ou não a interferir na ordem jurídica”.

Com efeito, em relação aos fatos interessa-nos aqueles

que têm alguma influência no cotidiano da Administração Pública, ou

seja, os denominados fatos administrativos. Estes são

considerados, em sentido amplo, como toda atividade material

que tem, por objetivo, efeitos práticos no interesse da

Administração Pública.

Dessa forma, os fatos administrativos podem ser

voluntários ou naturais. São voluntários quando traduzem

providências desejadas pela Administração, através de sua

manifestação volitiva ou por condutas administrativas que refletem

ações ou comportamentos administrativos. São naturais quando se

originam de eventos da natureza que refletem na órbita

administrativa.

Podemos dizer, então, que os fatos administrativos

ou decorrem de atos administrativos ou surgem de eventos

naturais. Neste caso teríamos, por exemplo, a morte de um servidor.

Naquele, a execução material do ato administrativo (exemplo: a

derrubada de construção irregular decorrente de uma determinação

administrativa).

É de se mencionar que, para a Profa. Maria Sylvia

Zanella Di Pietro, os fatos que ocorrem no âmbito da Administração,

mas não têm qualquer efeito jurídico, são fatos da Administração,

e a realização material de certas condutas pela Administração estaria

englobada dentre os atos da Administração, sendo fato

administrativo apenas aqueles que decorrem de eventos naturais e

tenha consequências ou produzem efeitos jurídicos no âmbito do

Direito Administrativo.

Assim, conforme lição da ilustre professora, os atos da

Administração seria gênero, que teria as seguintes espécies:

a) os atos de direito privado;

b) os atos materiais da administração;

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c) atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor;

d) os atos políticos;

e) os contratos;

f) os atos normativos; e,

g) os atos administrativos propriamente ditos.

O Prof. Bandeira de Mello, por outro lado, entende que

dentre os atos da Administração teremos os atos regidos pelo

direito privado, atos materiais (cirurgia, pavimentação de rua

etc) e atos políticos ou de governo.

De todo modo, é preciso esclarecer que nem todo ato

praticado pela Administração é tido como ato administrativo,

alguns são atos da Administração, cuja expressão representa toda

atividade, jurídica ou não jurídica, que tem nascimento a partir da

Administração Pública, consoante dicção de Cretella Júnior.

Por isso, nem todos os atos praticados pela

Administração se caracterizam como atos administrativos, alguns, por

exemplo, são considerados atos privados, tal como a assinatura de

um cheque, o pagamento de uma fatura de telefone, a locação de um

imóvel, visto que são atos regidos por regras de direito privado.

Dessa forma, conforme conceitua Hely Lopes Meirelles,

ato administrativo é “toda manifestação unilateral de vontade

da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha

por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar,

extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos

administrados ou a si própria”.

Nesse sentido, arremata Vicente Paulo e Marcelo

Alexandrino, esclarecendo que “o ato administrativo é uma

manifestação de vontade, de conteúdo jurídico, da

Administração Pública; o fato administrativo, por seu turno,

não é provido de conteúdo jurídico, não tem por escopo a

produção de efeitos jurídicos; configura a realização material,

a execução prática de uma decisão ou determinação da

Administração”.

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Devemos observar, ainda, que o Poder Judiciário e o

Poder Legislativo, no exercício de suas funções típicas, não praticam

atos administrativos, ou seja, praticam atos judiciais e legislativos,

respectivamente.

Silêncio Administrativo

Questão interesse diz respeito ao silêncio

administrativo, ou seja, a inércia, a omissão da Administração pode

ser considerada um ato ou é um fato administrativo?

Para o Prof. Bandeira de Mello as omissões da

Administração Pública, ou seja, o silêncio da Administração,

não se enquadra como ato administrativo, sendo, portanto,

um fato administrativo, conforme adverte:

[...]

Na verdade, o silêncio não é ato jurídico. Por isto,

evidentemente, não pode ser ato administrativo. Este é

uma declaração jurídica. Quem se absteve de declarar,

pois, silenciou, não declarou nada e por isto não

praticou ato administrativo algum. Tal omissão é um

‘fato jurídico’ e, in casu, um ‘fato jurídico

administrativo’.

[...]

Também o Prof. Carvalho Filho entende que “o silêncio

não revela a prática de ato administrativo, eis que inexiste

manifestação formal de vontade; não há, pois, qualquer

declaração do agente sobre sua conduta. Ocorre, isto, sim um

fato jurídico administrativo que, por isso mesmo, há de

produzir efeitos na ordem jurídica”.

Contudo, deve-se observar que há divergência na

doutrina acerca desse ponto. Para a profa. Di Pietro “até mesmo o

silêncio pode significar forma de manifestação de vontade,

quando a lei assim o prevê; normalmente ocorre quando a lei

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fixa um prazo, findo o qual o silêncio da administração

significa concordância ou discordância”.

Atributos

O ato administrativo tem características especiais, que

as denominamos de atributos do ato administrativo. Assim, na visão

clássica, teríamos: a presunção de legalidade, a

autoexecutoriedade e a imperatividade. Contudo, atualmente,

temos destacado os seguintes atributos:

P resunção de legitimidade e

veracidade

A utoexecutoriedade

T Ipicidade

I mperatividade

A presunção de legitimidade e veracidade é o

atributo segundo o qual todo ato administrativo é proferido de acordo

com o ordenamento jurídico (legalidade) e são seus fundamentos

verdadeiros. Trata-se de presunção relativa (iuris tantum), ou seja,

admite-se prova em contrário.

Tal atributo é que permite a imediata execução dos atos

administrativos, ainda que defeituosos ou inválidos, enquanto não

pronunciada sua nulidade.

A imperatividade, também denominada por alguns de

coercibilidade, é a possibilidade que tem a Administração de criar

obrigações ou impor restrições, unilateralmente, aos administrados.

Decorre do chamado poder extroverso do Estado, ou seja, poder de

restringir direitos ou criar obrigações para particulares.

Com efeito, podemos constatar que esse atributo

somente estará presente nos atos administrativos que criem

obrigações ou restrições (atos de polícia, por exemplo), não estando

em outros atos (emissão de certidão), por não criarem qualquer

obrigação.

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A autoexecutoriedade é o poder que tem a

Administração de imediata e diretamente, executar seus atos,

independentemente de ordem judicial. Pode-se dividir tal atributo em

exigibilidade e executoriedade.

A exigibilidade seria a obrigação do particular em

cumprir as determinações da Administração (coerção indireta) e a

executoriedade seria o poder de a Administração fazer o particular

cumprir suas obrigações e em caso de não cumprimento ela mesma

adotar as medidas inerentes ao cumprimento do ato (coerção direta).

Assim, por exemplo, a multa administrativa não goza

de executoriedade, na medida em que a administração não pode se

valer de sua força para adentrar a esfera de patrimônio do

administrado para receber o referido valor. No entanto, é exigível,

isso porque pode obrigar o administrado a cumpri-la por meios

indiretos, tal como bloqueio de documento de veículo, por exemplo.

Por fim, tipicidade que é o atributo no qual o ato

administrativo deve corresponder às figuras estabelecidas

previamente no ordenamento jurídico, ou seja, o ato deve estar

tipificado, deve constar na lei como apto a produzir determinados

efeitos.

Planos: Perfeição, Validade e Eficácia

Todos os atos jurídicos podem ser analisados sobre três

planos. O plano da validade, o plano da eficácia e o plano da

perfeição.

É perfeito o ato administrativo quando ele completa

seu ciclo de formação, ou seja, quando completa todo o procedimento

para sua emanação.

É válido quando produzido de acordo com os ditames

normativos.

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Enfim, é eficaz quando disponível para produção de

seus efeitos, ou seja, quando independe de qualquer evento ou

condição.

Eficaz

Válido

Ineficaz

Perfeito

Eficaz

Inválido

Ineficaz

Com efeito, é possível que o ato seja perfeito, inválido

e eficaz, ou seja, que completo seu procedimento, tenha sido

projetado com burla ao comando normativo, porém apto a produzir

efeitos. Ex.: um servidor que fora nomeado para um cargo público,

muito embora tenha sido aprovado no certame por meio de fraude.

Poderá ser perfeito, válido, ineficaz, ou seja, quando

completo seu ciclo e em conformidade com as exigências normativas,

sendo que não produz efeitos por não ter alcançado a condição ou

termo para iniciar a produção de seus efeitos.

Exemplo disso é a designação de servidor para ocupar o

cargo comissionado de assessor, a partir da vacância do cargo pelo

servidor Y no dia 31/12/2009, ou seja, o ato somente produzirá seus

efeitos com o advento do termo (termo é evento futuro e certo), ou,

em outro exemplo, fica exonerado o servidor da função quando for

promovido por merecimento. Veja que não se sabe quando será o

servidor promovido, portanto se trata de uma condição (condição é

evento futuro e incerto).

Pode, ainda, o ato ser perfeito, inválido e ineficaz,

quando o ato, em que pese estar completo seu procedimento, ele não

fora emanado segundo as orientações normativas e também não está

apto à produção de efeitos, por depender de termo ou condição.

Não devemos, portanto, confundir perfeição, validade e

eficácia, na medida em que estaremos em planos distintos de

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avaliação do ato.

Ademais, o ato administrativo é pendente quando,

muito embora seja perfeito, ainda não produz seus efeitos, isso

porque está sujeito a condição ou termo. Condição é evento futuro e

incerto. Termo é evento futuro e certo. Portanto, o ato pendente é ato

perfeito.

Há ainda os atos denominados consumados, ou seja, é

aqueles que já produziram todos os seus efeitos.

Requisitos ou Elementos

Com base na Lei nº 4.717/65 (Lei de Ação Popular) é

possível extrair os requisitos ou elementos do ato administrativo,

sendo: Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto.

a) Competência

Competência é o poder conferido por lei a um

determinado agente público para desempenho de certas atribuições.

A competência sempre decorre de lei, sendo portanto

um dever seu exercício, ou seja, dever-poder, visto que o agente

não cabe escolher exercitá-la ou não, devendo atuar sempre e

quando for determinado por lei.

Diante disso, podemos dizer que a competência possui

as seguintes características:

Seu exercício é obrigatório (dever-poder)

É irrenunciável, não se admite que o agente renuncie,

abdique, ou seja, abra mão de sua competência.

É intransferível, ou seja, não poderá o agente público

transferir para outrem o que lhe fora conferido por lei.

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É inderrogável, ou seja, não se modifica pela vontade

do agente, da Administração ou de terceiros. Somente a

lei pode modificá-la.

É imprescritível, significando dizer que não importa em

perda de sua competência o simples fato de não tê-la

exercido, o agente público por certo período.

Nestes termos dispõe o art. 11 da Lei nº 9.784/99 (Lei

do Processo Administrativo) que “a competência é irrenunciável e se

exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria,

salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos”.

Todavia, é possível ao agente público delegar, parcial e

temporariamente, suas atribuições, se e quando a lei permitir, de

modo que nesta situação ele poderá revogar a delegação a

qualquer tempo, não se tratando, portanto, de renúncia ou

transferência de sua competência.

Delegação é a transmissão de poderes para que

outrem realize certos atos pelo agente delegante. E, avocar é

chamar para si certos poderes de outro agente.

Com efeito, não é vedada a delegação e avocação de

competências. Todavia, deverão ser exercidas nos limites e termos

permitidos por lei.

Assim, devemos observar que a regra é a

possibilidade de delegação, conforme dispõe a Lei nº 9.784/99, na

medida em que, conforme estabelece o art. 13, somente é vedada a

delegação de: a) edição de atos de caráter normativo; b) a

decisão de recursos administrativos; c) as matérias de

competências exclusivas do órgão ou autoridade.

Diante disso, pode-se concluir que a delegação pode

ocorrer quando: a) não existir impedimento legal; b) houver

conveniência administrativa em razão de circunstâncias de índole

técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Não poderá, no

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entanto, ser total, deve ser apenas de parcela da competência e tem

que ser temporária, ou seja, feita por prazo determinado.

É importante mencionar que a delegação poderá ser

feita para órgão ou agentes que estejam subordinados à autoridade

delegante, como também poderá ser feita quando não exista

subordinação hierárquica. Significa dizer que o delegado, ou seja,

aquele que recebe a delegação, órgão ou agente, não precisa ser

necessariamente subordinado ao delegante.

O ato de delegação, conforme determina a Lei, deverá

conter a matéria e os poderes transferidos, os limites da atuação do

delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,

podendo conter ressalva de exercício de atribuições delegada.

Assim, os atos praticados pelo delegado, no exercício

da delegação, deverão constar tal fato, ou seja, que age na qualidade

de delegado, de modo que os atos que praticar nessa condição

deverão ser considerados editados pelo delegado.

Por fim, o ato de delegação poderá a qualquer

momento ser revogado pelo delegante, devendo, tanto este ato

como o da própria delegação ser publicado no meio oficial.

A avocação, por outro lado, é a possibilidade de um

superior hierárquico chamar para si o exercício, temporário e

excepcional, de parte de competências conferidas a um subordinado.

Portanto, é sempre temporária e se dará por motivos

relevantes devidamente justificados, não podendo ocorrer quando se

tratar de competência exclusiva do subordinado.

Dessa forma, a Lei nº 4.417/65 (Lei de Ação Popular –

LAP) diz que são nulos os atos praticados com vício de

incompetência, e que a incompetência caracteriza-se quando o

ato não se incluir nas atribuições legais.

Com efeito, quando tratamos de competência, somos

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levados a verificar o denominado abuso de poder, ou seja, o uso

anormal do poder.

O uso do poder é a utilização normal das prerrogativas

públicas, abuso de poder é, conforme lição de José dos Santos

Carvalho Filho “a conduta ilegítima do administrador, quando atua

fora dos objetivos expressa e implicitamente traçados na lei”.

Diante disso, podemos perceber duas formas de vício

quanto ao uso do poder, sendo o excesso de poder e o desvio de

poder (desvio de finalidade).

Ocorre o excesso de poder quando o agente atua fora

ou além dos limites da competência que lhe foi atribuída. O desvio

de poder ou de finalidade ocorre quando o agente, muito embora

seja competente, atua em descompasso com a finalidade

estabelecida em lei para a prática de certo ato.

Como disse, o desvio de poder também é conhecido

como desvio de finalidade, ou seja, conduta do agente público que dá

finalidade ao ato administrativo diverso daquela prevista na lei.

Exemplo do superior que, no sentido de punir, perseguir, o

subordinado, remove-o para comarca distinta da sua sede.

Tanto quando há excesso de poder ou desvio de poder,

diz-se que houve abuso de poder. Assim, agindo o agente, comete

ato ilícito administrativo (além de ilícito penal, Lei nº 4.898/65), visto

que o abuso de poder afronta o princípio da legalidade, sujeitando-se,

portanto, ao controle administrativo (autotutela) ou judicial

(mandado de segurança, por exemplo).

Ademais, podemos citar outros vícios relacionados à

competência, tal como a chamada usurpação de poder ou de

função e o exercício da função de fato.

A usurpação de função acontece quando um

indivíduo se faz passar pelo agente público competente para a

realização de certas atribuições. Por exemplo: pessoa que se faz

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passar por um carteiro a fim de cometer ilícitos. Um agente da ABIN

que se faz passar por um Delegado de Polícia a fim de obter

documentos constantes de inquérito policial etc.

Já o exercício da função de fato se dá quando o

agente é investido em cargo, emprego ou função, muito embora

exista alguma irregularidade que torna esse ato ilegal. Aqui nós

teríamos a chamada teoria do servidor de fato, ou seja, de um

agente que de fato exerceu as atribuições ou competências

administrativas como se de direito fosse um servidor.

Nesse caso, deve ser aplicada a teoria da aparência,

de modo a considerar os atos praticados por tal agente como válidos

ou pelo menos seus efeitos, eis que não seria dado ao cidadão

(administrado) imaginar que tal agente não era um servidor

legalmente investido nas atribuições do cargo.

O vício de competência poderá ensejar a

declaração de nulidade do ato. No entanto, em certos casos, tal

como o do exercício da função de fato, admite-se sua convalidação.

No entanto, se o vício acerca da competência diz

respeito à matéria, ou seja, se uma autoridade dispõe sobre matéria

que não está afeta à sua competência ou ainda se é matéria de

competência exclusiva, não há possibilidade de convalidação. De

outro lado, se a competência diz respeito tão-somente à pessoa,

desde que não se trate de competência exclusiva, mas o ato foi

praticado no órgão correspondente, haverá a possibilidade de

convalidação.

Podemos, então, dizer que a competência será

sempre um elemento ou requisito vinculado, ou seja, sempre é

definida por lei.

b) Finalidade

A finalidade é outro requisito ou elemento do ato

administrativo e diz respeito ao fim perseguido pelo ato, ou seja, qual

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o seu objetivo. Com efeito, todo e qualquer ato administrativo tem

por objetivo, por fim, atender ao interesse público.

Essa finalidade está sempre, expressa ou

implicitamente, estabelecida na lei, de modo que a finalidade é

sempre elemento vinculado.

A violação aos fins legais, como vimos, importa em

vício que acarreta a nulidade do ato administrativo, por abuso de

poder, denominado desvio de poder ou desvio de finalidade.

Os atos praticados com desvio de finalidade, ou seja,

com ofensa à finalidade, são, em regra, para atender a sentimento

pessoal do agente, que utiliza de seu poder, sua competência, para

buscar a satisfação de seus desejos, violando a finalidade do ato.

c) Forma

A forma é o meio pelo qual se exterioriza a vontade da

Administração, ou seja, consiste na realização do ato segundo os

procedimentos ou solenidades descritas na norma. É como se

materializa o ato administrativo.

A doutrina clássica tem entendido que se trata também

de um elemento vinculado, pois a lei determina como o ato deva

ser praticado. Assim, em princípio, todo ato administrativo seria

formal, adotando-se, como regra, a forma escrita.

No entanto, nos termos do art. 22 da Lei nº 9.784/99,

e entendimento doutrinário mais moderno, ao qual aderimos, nem

sempre a forma está prevista em lei, ou seja, às vezes ela é livre.

Explico. Muito embora a Lei nº 9.784/99 determine que

os atos do processo administrativo sejam realizados por escrito, o

citado artigo estabelece que “os atos do processo administrativo não

dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente

a exigir”.

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A finalidade geral é o interesse público, a específica é o objetivo da lei
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Assim, é possível percebemos que a forma será livre,

salvo quando a lei expressamente a estabelecer. Teríamos, portanto,

o chamado princípio do formalismo moderado.

Entretanto, quando a lei estabelecer que a forma seja

da essência do ato, este somente será válido se observar tal

determinação, não sendo possível a sua convalidação por vício dessa

natureza.

De mais a mais, é importante destacar que poderemos

ter atos administrativos exteriorizados não só pela forma escrita, mas

por meio verbal, por gestos ou mímica, até mesmo por meio de

equipamentos ou sinais.

d) Motivo

Motivo é o fundamento de fato e de direito que serve

de suporte ao ato administrativo, ou seja, como bem destacado por

Hely Lopes Meirelles, motivo ou causa, “é a situação de direito

ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato

administrativo”.

É preciso, no entanto, diferenciarmos motivo e

motivação. A motivação, conforme leciona Celso Bandeira de Mello,

integra a formalização do ato, sendo a exteriorização, exposição, dos

fundamentos de fato e de direito que deram suporte a prática do ato,

ou seja, é a demonstração ou exposição dos motivos.

É controvertido, doutrinariamente, acerca da

obrigatoriedade de ser expor a motivação do ato administrativo,

sendo obrigatória para alguns (Celso Antônio, Di Pietro) e não

obrigatória para outros (José dos Santos). Há, ainda, o entendimento

no sentido de que a motivação seria obrigatória nos atos vinculados e

dispensada para atos discricionários.

Deve-se ressaltar, no entanto, que todo

administrativo tem um motivo, porém nem todos têm

motivação.

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Determina quando é vinculado, autoriza quando é discricionário.Motivo é causa, objeto é efeito.
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Ex: a licença para tratar de assuntos particulares é discricionária. O motivo (causa da concessão da licença - objeto) é de livre apreciação do administrador.
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Os cargos comissionados são de livre nomeaçãoe exoneração, não precisa de motivação.

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Com efeito, alguns atos administrativos não precisam

ser motivados, ou seja, não carecem da exposição de seus motivos,

tal como é o caso da nomeação e exoneração de cargo comissionado,

por ser declarado de livre nomeação e exoneração.

Assim, a regra é os atos administrativos serem

motivados. Todavia, existem atos administrativos que não carecem de

motivação. Nesse aspecto, a Lei nº 9.784/99, exigiu expressamente a

motivação de alguns atos, conforme art. 50, que assim determina;

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados,

com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos,

quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou

sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou

seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de

processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a

questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas

e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou

convalidação de ato administrativo.

Desse modo, pode-se perceber que nem todos os atos

administrativos deverão ser motivados. No entanto, é salutar que a

Administração Pública, em razão do princípio da transparência,

corolário da publicidade, adote como regra a motivação de seus atos.

Assim, quando a motivação for obrigatória, trata-se de

exigência que diz respeito à forma, de modo que sua ausência nulifica

o ato, sendo vício insanável, pois não se admite a motivação posterior

na medida em que ela deve ser contemporânea ao ato praticado.

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Diante disso, vale comentar a denominada Teoria dos

Motivos Determinantes. Para esta teoria os motivos que deram

suporte à prática do ato integram a sua validade, de maneira que se

os motivos forem falsos ou inexistentes o ato estaria viciado, sendo

inquinado de nulidade.

Tal teoria aplica-se a qualquer ato, mesmo para aqueles

que não se exige motivação, mas se declarou o motivo, está

vinculado ao declarado.

Essa teoria funda-se no princípio de que o motivo do

ato administrativo deve sempre guardar correlação com a situação de

fato apresentada, ou seja, que deu ensejo ao surgimento do ato.

e) Objeto

Objeto é o resultado prático que a Administração se

propõe a conseguir. É denominado, por alguns, como conteúdo, ou

seja, é o efeito jurídico imediato do ato administrativo, é a coisa, a

atividade, ou a relação de que o ato se ocupa e sobre o qual tende a

recair.

O objeto do ato administrativo pode ser discricionário

ou vinculado, consoante tenha ou não margem para escolha, entre

um objeto ou outro, pelo Administrador.

Mérito Administrativo

Conforme se enunciou, alguns dos elementos do ato

administrativo são sempre vinculados e outros, não.

Vinculação quer dizer que a lei não deu liberdade de

atuação do administrador, que deverá observar os estritos termos da

norma. Por outro lado, quando há certa margem de liberdade para

atuação do administrador, cabendo-lhe avaliar a conveniência e

oportunidade da prática do ato, diz-se que o ato é discricionário.

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Será sempre vinculada a competência, a finalidade e,

como regra, a forma, eis que lei irá dispor sobre seus limites. Porém,

no tocante ao objeto e a valoração dos motivos, poderá a lei não

dispor de forma exaustiva, permitindo que a Administração possa

escolher qual o objeto a ser perseguido, bem como escolher dentre as

razões de fato e de direito que dão ensejo à prática do ato.

Assim, o mérito do ato administrativo, ou seja, a

avaliação acerca da conveniência e oportunidade encontra-se

no motivo e no objeto, de modo que se a lei também dispuser de

forma completa sobre tais elementos, o ato será vinculado, caso um

destes dê possibilidade ou margem de escolha, liberdade de atuação,

o ato será discricionário.

Classificação

Os atos administrativos são classificados de diversas

formas. Assim, teremos quanto à liberdade de atuação, o ato

administrativo poderá ser vinculado ou discricionário.

Ato vinculado é aquele em que a lei fixa todos os

requisitos de sua realização, não havendo margem de liberdade para

atuação do agente público, de modo a proceder à avaliação da

conveniência e oportunidade da prática do ato. Ex. licença

paternidade, eis que ao nascer o filho do servidor este,

automaticamente, saíra em licença.

O ato discricionário é aquele em que há margem de

liberdade para atuação do agente público, cabendo-lhe decidir acerca

da conveniência e oportunidade em se praticar o ato. Exemplo:

concessão de férias que poderá ser de acordo com a conveniência e

oportunidade da administração.

Quanto à manifestação de vontade, o ato

administrativo poderá ser simples, complexo e composto.

Ato simples é o que decorre da manifestação de

vontade de um único órgão, colegiado (comissão disciplinar) ou

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singular (ato do chefe). Este ato estará completo com a emanação de

vontade desse órgão, não dependendo de qualquer outra

manifestação para ser considerado perfeito e eficaz.

Ato complexo é o que decorre de manifestação de

vontade de dois ou mais órgãos, que se somam formando um único

ato.

Importante destacar que o ato só se considera formado

quando há as duas manifestações, uma delas apenas é insuficiente

para dar existência ao ato, somente com a junção das duas é que

estará formado. Nesse sentido, se dá como exemplo o ato de

aposentadoria de servidor. Sendo esse o entendimento, majoritário,

no âmbito do STJ e do STF.

E, por fim, ato composto é aquele que resulta da

manifestação de um só órgão, mas cuja produção dos efeitos

depende de ato de outro órgão que o aprove. Ex. nomeação de

Ministro do Tribunal Superior. Uma vez nomeado, deverá ser

sabatinado pelo Senado e se aprovado poderá tomar posse no cargo.

Aqui temos dois atos, sendo que um é o principal e o outro é o

acessório ou secundário.

Quanto ao destinatário, os atos administrativos podem

ser gerais ou individuais. Gerais são aqueles que não possuem

destinatários determinados, são abstratos e impessoais, ou seja,

busca atingir a todos que se enquadrem na mesma situação,

indistintamente.

Os individuais possuem destinatários determinados,

certos, ou seja, faz previsão de uma situação concreta, cujo

beneficiário é determinado.

Assim, resoluções e portarias podem ser consideradas

exemplos de atos gerais. No entanto, também é possível termos

portarias como atos individuais.

No tocante às prerrogativas temos os atos de império,

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Arquivamento de inquérito: requisitado pelo MP, concedido pelo juiz
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os atos de gestão e os de mero expediente.

Os atos de império são aqueles caracterizados pelo

poder de coerção estatal, ou seja, a Administração atua com

superioridade, com poder de império (jus imperii).

Os atos de gestão são aqueles em que a administração

atua em patamar de igualdade com o administrado, ou seja, despida

de prerrogativas, de poder de império.

E os atos de mero expediente são atos de mera rotina

administrativa, de impulso processual, não sendo, na expressa

técnica, considerados atos administrativos.

Classificam-se também os atos administrativos no

tocante aos seus efeitos, quando teremos: ato constitutivo,

extintivo (desconstitutivo), declaratório, alienativo,

modificativo ou abdicativo.

Faço uma ressalva para tomarem muito cuidado com

esse ponto, pois a doutrina não é uniforme acerca da definição dada

nessa classificação, havendo forte divergência entre os principais

autores brasileiros. Mas, de forma geral, vamos adotar o seguinte:

O ato constitutivo é aquele que cria uma nova situação

jurídica para seu destinatário. Tem-se a criação de uma situação

jurídica nova. Ex. nomeação de servidor, promoção do servidor,

concessão de licença etc.

Ato extintivo ou desconstitutivo é aquele que põe fim,

extingue, situações jurídicas existentes. Ex.: demissão, cassação de

autorização.

Ato modificativo é o ato que tem por fim alterar

situações já existentes, sem, contudo, suprimi-las.

Parte da doutrina entende que o ato constitutivo

englobaria também os modificativos e extintos, conforme o

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entendimento da Profa. Di Pietro, segundo o qual o ato constitutivo é

aquele pelo qual a Administração cria, modifica ou extingue um

direito ou uma situação do administrado.

Ato declaratório é aquele que declara uma situação

preexistente, visado preservar o direito declarado. Trata-se de mera

certificação de fato ocorrido. Ex: certidão, atestado, homologação,

anulação e apostilamento.

A Profa. Di Pietro entende que declaratório seria o ato

que reconhece um direito que já existia antes do ato. Ex: uma

isenção, admissão, licença etc.

Ato alienativo é o ato que trata de transferência de

bens ou direitos de um titular a outro. Por isso, também é

considerado ato modificativo.

Ato abdicativo são os atos por meio o administrado

abre mão, abdica de um determinado direito.

A Profa. Di Pietro ainda cita os atos enunciativos, nos

quais a Administração apenas atesta, reconhece determinado fato ou

emite juízo de conhecimento ou opinião, separando-o dos

declaratórios, como exemplo as certidões, declarações, pareceres etc.

Espécies

No tocante às espécies de atos administrativos temos o

seguinte:

a) atos normativos: são atos gerais e abstratos que

visam explicitar a maneira correta da aplicação da norma no âmbito

administrativo. (Ex. regulamentos, decretos, resoluções

administrativas, instruções normativas, deliberações e portarias de

conteúdo geral).

b) atos ordinatórios: são os atos emanados da

hierarquia administrativa que estabelecem ordem, organização e o

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funcionamento da Administração, bem como da conduta funcional de

seus agentes. (Exemplo: circulares, avisos, portarias, ordens de

serviços, ofícios e despachos).

c) atos negociais: são atos administrativos contendo

uma declaração de vontade da Administração coincidente com a

pretensão do particular, ou seja, são declarações de vontade da

Administração que geram efeitos pretendidos pelo interessado. (Ex:

Licença, autorização, permissão, aprovação, visto, homologação).

d) atos enunciativos: são os atos que atestam,

certificam, enunciam ou declaram um fato ou situação, bem como

transmitem opinião da Administração sobre determinado assunto.

Todavia, não são emanações da manifestação unilateral de vontade

da Administração, tampouco vinculativos. (Ex: certidões, atestados,

pareceres opinativos)

e) atos punitivos: são atos que contêm imposição de

sanção, penalidade àqueles que vinculados à Administração

infringiram alguma disposição legal ou contratual, ou seja, são atos

que têm a finalidade de punir ou reprimir infrações administrativas.

(Ex: advertência, demissão, multa contratual)

Extinção

O ato administrativo pode ser extinto por diversos

motivos, seja o ato eficaz ou ineficaz, podendo ocorrer sua extinção

de forma natural ou por vício que o inquine de ilegalidade ou

ilegitimidade, podendo, ademais, ser retirado por razões de mérito

administrativo.

Assim, com suporte nessa lição, podemos apresentar as

seguintes formas de extinção do ato administrativo:

Extinção natural

Extinção subjetiva

Extinção objetiva

Retirada

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Sticky-Note
Licença é ato vinculado e definitivo que concede direito. Permissão (interesse predominantemente público) e Autorização (interesse particular) são atos discricionários e precários (podem ser revogados a qualquer momento).
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Renúncia

A extinção natural, ou seja, a extinção por ter o ato

administrativo cumprido seus efeitos ocorrerá quando:

a) o ato esgotou seu conteúdo jurídico, ou seja,

quando já surtiu todos os seus efeitos (ex. viagem realizada a

serviço, férias gozadas);

b) houve a execução material, isto é, quando o ato

alcançou seu objetivo, de modo que a providência que havia sido

determinada fora executada (a execução de uma ordem de demolição

de um prédio);

c) por implemento de condição resolutiva ou

termo final. No primeiro caso quando se dá um evento futuro e

incerto elencado pelo ato como fator extintivo de seus efeitos (ex.:

um servidor que assume um cargo comissionado, sob a condição de

permanecer até que seja feito novo concurso e o aprovado venha

assumir o cargo naquele setor). No segundo, quando ocorrer um

evento futuro e certo descrito como fator de extinção do ato (Ex.:

concedo licença capacitação para o servidor a ser exercida até o mês

de maio).

A extinção subjetiva, ou seja, por desaparecimento

do sujeito ocorre quando desaparece o sujeito beneficiário do ato

(falecimento do servidor que obteve autorização para realizar certo

curso, ou do candidato nomeado para cargo público, ou, ainda,

falência da sociedade que recebeu alvará de funcionamento, por

exemplo),

A extinção objetiva ocorre quando há o

desaparecimento do próprio objeto do ato. Exemplo: destruição pelas

chuvas de imóvel que estava invadindo área pública e, por isso, seria

derrubado pela Administração).

De outro lado, haverá a extinção do ato administrativo

pela retirada nos casos de: revogação, anulação, cassação,

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caducidade, contraposição.

Dá-se a cassação quando as condições ou requisitos

que foram estabelecidos para a prática do ato restaram desatendidas

pelo beneficiário, quando deveriam ser observadas a fim de que

pudesse continuar desfrutando dos benefícios decorrentes do ato.

(autorização para porte de arma, contudo, posteriormente, o agente

sofreu condenação criminal, restando, portanto, as condições

estabelecidas para tal autorização desatendidas, de maneira que

incidirá o poder de cassar a autorização anteriormente dada).

A caducidade ocorre porque sobreveio norma que não

se permite mais os efeitos do ato antes autorizado. Trata-se,

portanto, de norma superveniente contrária à que permitia a prática

do ato. Exemplo de mudança de locais que eram destinados a

espetáculos em virtude de nova lei de zoneamento. Assim, aqueles

que tinham autorização para realizar espetáculo em tal local, assim, o

ato caducou, de modo que já não poderá mais se apresentar ali.

A contraposição diz respeito à prática de novo ato

administrativo, cuja competência é diversa do que gerou o ato

anterior, porém o conteúdo é ditado em contradição ao daquele.

Cito como exemplo o seguinte: Um superior hierárquico

de um setor X concede diárias para um subordinado realizar um curso

oferecido pela Administração. No entanto, após a autorização, a

autoridade máxima desse órgão baixa uma portaria para que não

seja autorizada a realização de cursos fora da sede.

Por fim, a renúncia, como causa de extinção do ato,

ocorrerá quando houver a rejeição pelo próprio beneficiário da

situação jurídica que lhe era favorável, decorrente do ato

administrativo praticado, tal como no caso de renúncia à promoção,

renúncia à remoção a pedido etc.

A doutrina, ademais, denomina invalidação a extinção

do ato administrativo pela Administração por motivos de ilegalidade

ou de mérito, ou seja, seria a extinção por anulação do ato ou por

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2. Atos Administrativos: elementos; atributos; classificações; espécies; anulação, revogação e convalidação: pressupostos,competência e efeitos;
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revogação.

Particularmente não gosto de utilizar o termo

invalidação, pois nos provoca um pensamento contrário à validade, e

daí que o ato inválido seria ilegal. Mas, essa expressão é utilizada,

com frequência, para tratar das duas situações, ou seja, da anulação

e da revogação.

Revogação

A revogação é a extinção do ato administrativo por

não mais se coadunar com os interesses perseguidos pela

Administração na consecução do interesse público. Trata-se de

reavaliação dos critérios de conveniência e oportunidade na

manutenção do ato.

Com efeito, verificando-se que o ato não atende mais

os anseios coletivos, tornando-se inconveniente ou mesmo

inoportuno, surge para a Administração a possibilidade de retirá-lo do

mundo jurídico por força de revogação, praticando um novo ato nesse

sentido.

Assim, diz-se que a revogação é expressa quando o

novo ato diz peremptoriamente que fica revogado o ato anterior, e é

implícita ou tácita quando o novo ato trata do mesmo conteúdo

disposto no ato anterior.

É bom ressaltar que o competente para revogar é a

mesma autoridade que praticou o ato a ser revogado, tendo por

objeto, em regra, um ato válido, pois na revogação não se discute a

legalidade e legitimidade do ato, apenas se este atende aos anseios

da coletividade no sentido de ser oportuno ou conveniente.

É importante ressaltar que a revogação do ato

administrativo opera-se sempre de forma exclusiva pela

Administração Pública, de modo que os outros poderes não podem

revogar ato emanado pelo juízo de mérito administrativo, ressalvado,

por óbvio, se o ato administrativo emanou de suas funções atípicas.

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Significa dizer que o Poder Judiciário não detém

competência para revogar ato administrativo de outro poder,

podendo, contudo, revogar seus próprios atos administrativos,

quando agindo na função administrativa.

A revogação tem por fundamento o poder discricionário

da autoridade administrativa em praticar o ato. Assim, se tem poder

para praticá-lo segundo a conveniência e oportunidade, também terá

o poder de reavaliar tal juízo em momentos futuros.

Por se tratar, portanto, de poder que incide sobre ato

válido, a revogação deverá operar apenas para frente, de modo

que seus efeitos são ex nunc, ou seja, futuros – dali para

frente, não alcançado as relações pretéritas.

Desse modo, os efeitos pretéritos do ato são mantidos

até a incidência do ato revogador, quando a partir de então não se

verificará mais a incidência do ato revogado.

Existem, no entanto, situações que não admite

revogação, que denominamos de limites à revogação. Assim, são

insuscetíveis de revogação:

a) Atos que a lei declare irrevogáveis, eis que o

princípio da legalidade deve ser observado pela Administração, de

modo que se a lei diz que não se permite a revogação não surge para

a Administração a possibilidade de avaliação da conveniência e

oportunidade no tocante à manutenção do ato.

b) Atos consumados, ou seja, os atos que já

exauriram seus efeitos. É que por terem alcançado seu objetivo e

concretizado seus efeitos, não se pode modificar aquilo que não

produz mais efeito algum. (Ex.: ato que concede férias, doravante,

ante a necessidade do serviço, se quer revogá-la, porém essa já foi

usufruída)

c) Direito adquirido, conforme a proteção

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constitucional (art. 5º, inc. XXXVI, CF/88) de que a lei não retroagirá

para violar o direito adquirido. Assim, se a lei não pode violar o

direito adquirido, menos ainda o ato administrativo, por isso, não

pode ser revogado o direito adquirido.

d) Atos vinculados na medida em que em tais atos

não se realiza a avaliação de conveniência e oportunidade, ou seja,

não há margem de discricionariedade, visto que os elementos motivo

e objeto estão dispostos na lei, ou seja, o mérito é determinado pela

lei (mérito legal).

e) Meros atos administrativos, ou seja, os atos

administrativos que simplesmente enunciam determinadas situações

de fato ou de direito (certidões, pareceres, atestados etc). Por óbvio,

tais atos não podem ser revogados, porque apenas informam ou

certificam dado fato, já ocorrido.

f) Atos integrantes de procedimento

administrativo uma vez que ao se praticar o ato futuro, ocorreu a

preclusão do ato passado, tendo em vista a relação de sucessão entre

os atos.

Anulação

Outrossim, no tocante aos vícios incidentes sobre a

legalidade ou legitimidade, passa-se pelo estudo da anulação do

ato. Anulação, portanto, é a extinção do ato administrativo por

razões de ilegalidade, ou seja, por estar o ato em desconformidade

com as determinações constantes do ordenamento jurídico.

Diferentemente da revogação, a anulação tanto poderá

ser declarada pela Administração, em decorrência de seu poder de

autotutela, consoante a dicção das Súmulas 346 e 473 do Supremo

Tribunal Federal e artigo 54 da Lei nº 9.784/99, quanto pelo Poder

Judiciário por força do controle judicial, nos termos do art. 5º, inc.

XXXV, da Constituição/1988.

A anulação do ato pode ocorrer por motivo de

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ilegitimidade ou ilegalidade, por isso, os seus efeitos são

retroativos, de maneira a fulminar o ato desde o seu nascedouro, ou

seja, efeitos ex tunc.

No entanto, conforme a Lei nº 9.784/99 (Lei Processo

Administrativo) os atos que apresentarem defeitos sanáveis, poderão

ser convalidados, nos termos do art. 55 que assim dispõe: “em

decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao

interesse público nem prejuízo a terceiro, os atos que

apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela

própria Administração”.

Portanto, conforme ministra José dos Santos Carvalho

Filho, “regra geral deve ser a da nulidade, considerando-se assim

graves os vícios que inquinam o ato, e somente por exceção, pode

dar-se a convalidação de ato viciado, tido como anulável”.

Convalidação

A convalidação ou saneamento é o ato administrativo

pelo qual se supre o vício do ato ilegal, de modo a validá-lo com

efeitos retroativos, ou seja, ab initio. Com efeito, de acordo com a Lei

nº 9.784/99, podemos dizer que há duas hipóteses em que se

permite a convalidação:

Pelo decurso de prazo (decadência)

Por ato da Administração

Nesse sentido, observem as disposições contidas nos

arts. 54 e 55 da Lei nº 9.784/99:

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos

administrativos de que decorram efeitos favoráveis para

os destinatários decai em cinco anos, contados da data

em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

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Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não

acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a

terceiro, os atos que apresentarem defeitos sanáveis

poderão ser convalidados pela própria Administração.

Assim, na primeira hipótese, ou seja, pelo decurso de

prazo, qualquer vício existente em ato administrativo, uma vez

alcançado o prazo decadencial de cinco anos, e beneficiário esteja de

boa-fé ficará convalidado.

Por isso, é importante destacar que se o terceiro,

beneficiário do ato, estiver de má-fé, o ato não se convalida pelo

decurso do prazo, ou seja, não haverá a incidência do prazo para

anulação.

Outrossim, na segunda hipótese, convalidação por ato

administrativo, ou seja, decisão administrativa, entende-se que se

trata de ato discricionário, pois a Administração poderá convalidar ou

não. Significa que temos um ato nulo, porém o vício é considerável

sanável.

Nesta última hipótese, podemos dizer que aderiu o

Direito Administrativo, a partir da Lei nº 9.784/99, à teoria dualista

dos atos jurídicos, ou seja, existência de ato jurídico nulo e anulável.

São anuláveis os atos passíveis de saneamento e nulos os que não se

convalidam.

Todavia, é preciso compreender um pouco mais isso.

Não é verdade que temos atos nulos e anuláveis, nos mesmos moldes

do Código Civil. Lá temos atos que a Lei diz serem nulos e atos que a

lei diz serem anuláveis. Acabamos de ver que mesmo diante de atos

nulos, pode haver a convalidação por força do tempo.

Então o que permitiu a Lei nº 9.784/99 é que mesmo

diante do ato nulo, possa ser corrigido o vício, pois este é sanável.

Por isso, eu sempre entendi que estamos diante de uma teoria

dualista mitigada ou especial.

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É importante, então, dizer que nem todos os atos são

passíveis de convalidação. Com efeito, não se admite a convalidação

acerca dos elementos finalidade, motivo e objeto.

Podem ser convalidados os vícios relativos à

competência quando inerente ao sujeito, ou seja, ato praticado por

sujeito incompetente, desde que não seja competência exclusiva ou

determinada pela matéria, quando se dá a ratificação, por exemplo.

A ratificação é o ato pelo qual a Administração decide

sanar um ato inválido suprindo a ilegalidade existente.

Pode ocorrer a reforma que é um ato administrativo

que aproveita parte do ato anterior, suprimindo a parte contaminada

(inválida), mantendo a sua parte válida.

Fala-se ainda na conversão. Com efeito, conforme

explica Vicente Paulo, “a conversão consiste em um ato privativo

da administração pública mediante o qual ela aproveita um ato

nulo de uma determinada espécie transformando-o,

retroativamente, em um ato válido de outra categoria, pela

modificação de seu enquadramento legal”.

Por fim, poderá ser convalidado o vício de forma, se

esta não for da essência do ato. Como? Caso a forma seja

imprescindível, sem ela o ato não será válido.

Dito isso, vamos às questões.

QUESTÕES COMENTADAS

1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/AL –

CESPE/2012) Todo ato praticado no exercício da função

administrativa consiste em ato da administração.

Comentário:

Conforme lição da profa. Di Pietro, os atos da

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Administração seria gênero, que teria as seguintes espécies:

a) os atos de direito privado;

b) os atos materiais da administração;

c) atos de conhecimento, opinião, juízo ou valor;

d) os atos políticos;

e) os contratos;

f) os atos normativos; e,

g) os atos administrativos propriamente ditos.

Com efeito, os atos administrativos podem ser definidos

como toda manifestação unilateral de vontade da administração, ou

de quem lhe faça às vezes, que agindo nessa qualidade, no exercício

da função administrativa, tenha por fim imediato produzir efeitos

jurídicos na orbita administrativa.

Portanto, no exercício da função administrativa temos

atos administrativos, que são espécie do gênero atos da

administração.

Gabarito: Certo.

2. (ANALISTA DE TRANSPORTES – ADVOGADO – CETURB/ES –

CESPE/2010) Atos praticados pela administração valendo-se

de suas prerrogativas e regido pelas normas de direito público

são exemplos de atos administrativos, não podendo ser

classificados, portanto, como atos da administração.

Comentário:

Então, os atos administrativos são espécies do gênero

atos da administração.

Gabarito: Errado.

3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/AL –

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CESPE/2012) De acordo com os critérios objetivo, funcional

ou material, ato administrativo corresponde ao ato praticado

no exercício concreto da função administrativa que é editado

exclusivamente por órgãos administrativos.

Comentário:

Pelo critério objetivo, funcional ou material observa-se

que a administração pública compreende a própria função

administrativa.

Portanto, por tal critério, o ato administrativo surge do

exercício dessa função que poderá ser editado por órgão ou entidade

administrativa, bem como pelos delegatários dos serviços públicos,

ou seja, particulares no exercício delegado da função administrativa.

Gabarito: Errado.

4. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – STM –

CESPE/2011) Os atos administrativos têm origem no Estado

ou em agentes investidos de prerrogativas estatais.

Comentário:

De fato, os atos administrativos podem ser editados

pelo Estado ou por agentes investidos de prerrogativas estatais, a

exemplo dos delegatários de serviços públicos.

Gabarito: Certo.

5. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/AL –

CESPE/2012) Os atos administrativos incluem os despachos

de encaminhamento de papéis e os processos.

Comentário:

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Os despachos de encaminhamento de papéis e os

processos são considerados meros atos, ou seja, não são

manifestações unilaterais de vontade da administração revestidas de

prerrogativas públicas.

Gabarito: Errado.

6. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – REL. PÚBLICAS –

MPS – CESPE/2010) Quando um banco estatal celebra, com

um cliente, um contrato de abertura de conta-corrente, está

praticando um ato administrativo.

Comentário:

Observe que nem toda ação da Administração Pública é

tida como ato administrativo. Somente pode ser considerado ato

administrativo suas manifestações, unilaterais, quando ela

(Administração) age como tal.

Significa dizer, portanto, que a administração atua com

superioridade, com prerrogativa, com supremacia.

Então, como regra, os atos praticados por empresas

estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) são

submetidos ao mesmo regime jurídico das demais empresas privadas

(regime jurídico de direito privado), conforme estabelece o art. 173,

§3º, inc. II, CF/88, não sendo, pois, considerados atos

administrativos, mas atos privados da Administração.

Nesse sentido, o contrato de abertura de conta-corrente

é um ato privado da administração.

Gabarito: Errado.

7. (ANALISTA – ANATEL – CESPE/2012) A formalização de

contrato de abertura de conta-corrente entre instituição

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financeira sociedade de economia mista e um particular

enquadra-se no conceito de ato administrativo.

Comentário:

A formalização de contrato de abertura de conta-

corrente em empresa estatal é um ato da administração, qualificado

como ato privado da administração.

Gabarito: Errado.

8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/AL –

CESPE/2012) Os atos políticos não se sujeitam ao regime

jurídico constitucional.

Comentário:

Embora os atos políticos não sejam considerados atos

administrativos, não estão isentos de sujeição ao regime

constitucional, encontrando na Constituição o limite da própria

discricionariedade política.

Gabarito: Errado.

9. (DELEGADO – PC/AL – CESPE/2012) O fato administrativo é

conceituado como a materialização da função administrativa.

Comentário:

O fato administrativo pode ser caracterizado por três

correntes distintas.

Para Di Pietro, o fato administrativo é qualquer

acontecimento que independe da vontade da administração (fato

natural), mas que produza efeitos jurídicos no âmbito do Direito

Administrativo.

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Para Carvalho Filho, o fato administrativo é a mera

execução de um ato administrativo, ou seja, não produz efeitos

jurídicos, sendo a materialização da função administrativa.

Já para Bandeira de Mello, o fato administrativo pode

ter ou não repercussão jurídica, conforme o que dispuser a lei, a

exemplo do silêncio administrativo (omissão), que segundo o autor

seria um fato administrativo, quando a lei impõe prazo e a

administração se mantém inerte.

Como explica Vicente Paulo e Alexandrino, “numa

acepção tradicional, fatos administrativos são descritos como a

materialização da função administrativa; consubstanciam o exercício

material da atividade administrativa, correspondem aos denominados

‘atos materiais’”.

De toda sorte, entendo que a questão deveria ter sido

anulada.

Gabarito: Certo. (*)

10. (JUIZ DO TRABALHO – TRT 1ª REGIÃO – CESPE/2010)

Em obediência ao princípio da solenidade da forma, entendida

esta como o meio pelo qual se exterioriza a vontade da

administração, o ato administrativo deve ser escrito e

manifestado de maneira expressa, não se admitindo, no

direito público, o silêncio como forma de manifestação da

vontade da administração.

Comentário:

A profa. Di Pietro bem esclarece que até mesmo o

silêncio pode significar forma de manifestação de vontade, quando a

lei assim o prevê; normalmente ocorre quando a lei fixa um prazo,

findo o qual o silêncio da administração significa concordância ou

discordância.

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Gabarito: Errado.

11. (AFCE – TCU – CESPE/2011) A presunção de

legitimidade, como atributo do ato administrativo, representa

a faculdade ou a prerrogativa conferida à administração

pública para impor, unilateralmente, obrigações aos

administrados e interferir na esfera alheia independentemente

de anuência prévia.

Comentário:

Os atos administrativos gozam dos atributos da

Presunção de legitimidade e veracidade, autoexecutoriedade,

tipicidade e imperatividade (P A T I ).

Com efeito, a presunção de legitimidade é o atributo

que goza o ato administrativo de se presumir sua consonância,

conformidade, com o direito.

De outro lado, a faculdade ou a prerrogativa conferida à

administração pública para impor, unilateralmente, obrigações aos

administrados e interferir na esfera alheia independentemente de

anuência prévia diz respeito ao atributo da imperatividade.

Gabarito: Errado.

12. (ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – MS –

CESPE/2010) Os atos administrativos gozam de presunção

iuris et de iure de legitimidade.

Comentário:

De fato, como se observa, os atos administrativos

gozam de presunção de legitimidade e veracidade. Significa dizer que

se presume estarem de acordo com o ordenamento jurídico e que são

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verdadeiros os fatos nos quais se fundam.

No entanto, trata-se de presunção relativa, ou seja,

admite sua contestação, impugnação, prova em contrário. Portanto, a

presunção é relativa (juris tantum).

A presunção iuris et de iure é uma presunção de

direito, ou seja, absoluta e não admite prova em contrário.

Gabarito: Errado.

13. (ARQUITETO – CAIXA – CESPE/2010) O princípio da

presunção de legitimidade que incide entre os atos

administrativos caracteriza-se por presumir que toda

atividade administrativa está em conformidade com a lei; no

entanto, trata-se de presunção relativa, uma vez que o

administrado pode contestá-la e provar o contrário.

Comentário:

De fato, a presunção de legitimidade indica que o ato

praticado o foi em conformidade com o ordenamento jurídico, muito

embora seja possível contestar tal fato, demonstrando (provando) o

contrário. Por isso, essa presunção é relativa.

Gabarito: Certo.

14. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) No

caso de um administrado alegar a existência de vício de

legalidade que invalide determinado ato administrativo, esse

indivíduo deverá fundamentar sua alegação com provas dos

fatos relevantes, por força da obrigatoriedade de inversão do

ônus da prova, originada no princípio da presunção de

legitimidade do ato administrativo.

Comentário:

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A presunção de legitimidade dá a garantia à

Administração de que seus atos serão observados na medida em que

se presume produzidos de acordo com a lei.

Assim, aquele que contesta tal presunção deve

demonstrar por meio de provas suas alegações. (quem alega tem que

provar).

Trata-se de aplicação da inversão do ônus da prova, já

que para a Administração vige a presunção de legitimidade e

veracidade.

Gabarito: Certo.

15. (ADVOGADO – EBC – CESPE/2011) Ao serem emanados,

os atos administrativos, que possuem presunção juris

tantum de legalidade, são, desde logo, imperativos, ou seja,

tornam-se obrigatórios e executáveis; podem, ainda, ser

implementados sem necessidade de autorização prévia do

Judiciário, invertendo-se a presunção quando forem

contestados em juízo.

Comentário:

Observe que a presunção corre em favor da

Administração. Assim, quem deve provar que o ato não é legítimo ou

verdadeiro é aquele que o impugnar. Há a inversão do ônus da prova.

Nesse sentido, bem esclarece o Prof. Carvalho Filho ao

salientar que “efeito da presunção de legitimidade é a

autoexecutoriedade, que, como veremos adiante, admite seja o ato

imediatamente executado. Outro efeito, é o da inversão do ônus da

prova, cabendo a quem alegar não ser o ato legítimo a comprovação

da ilegalidade”.

Portanto, a impugnação do ato, ou seja, sua

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contestação em juízo não inverte a presunção de legitimidade e

veracidade do ato, inverte o ônus da prova no que toca a demonstrar

sua não conformidade com o direito e/ou com o fato.

Todavia, a banca considerou a questão como

correta, levando no sentido de que há a inversão do ônus da

prova.

Gabarito: Certo (*).

16. (TÉCNICO MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012)

Inerente aos atos administrativos, a presunção de

legitimidade caracteriza-se por ser um princípio de direito

público relativo, isto é, que não admite prova em contrário.

Comentário:

A presunção de legitimidade é relativa. Portanto,

admite prova em contrário.

Gabarito: Errado.

17. (CONTADOR – AGU – CESPE/2010) O ato administrativo,

uma vez publicado, terá vigência e deverá ser cumprido, ainda

que esteja eivado de vícios.

Comentário:

É isso aí! Não podemos ter dúvidas disso. Ora, se há a

presunção de legitimidade do ato, este deverá ser cumprido até que

se prove eventual vício que o inquine de nulidade.

Gabarito: Certo.

18. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/ES –

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CESPE/2011) Enquanto não for decretada a invalidade do ato

pela administração ou pelo Poder Judiciário, o ato inválido

produzirá normalmente seus efeitos.

Comentário:

É verdade. O ato administrativo presume-se legítimo e

verdadeiro. Portanto, enquanto não for decretada sua nulidade, o ato

produzirá seus efeitos normalmente.

Gabarito: Certo.

19. (ANALISTA DE TRANSPORTES – ADVOGADO –

CETURB/ES – CESPE/2010) Os atos administrativos são

dotados de presunção de veracidade e legitimidade, razão pela

qual é vedado ao Poder Judiciário apreciar de ofício a validade

de tais atos.

Comentário:

De fato, já observamos que os atos administrativos

gozam de presunção de veracidade e legitimidade. Todavia, é possível

que seja questionada essa presunção, tanto na via administrativa,

quanto na via judicial.

No entanto, não pode o Poder Judiciário de ofício

apreciar a validade do ato, é que não age de ofício, necessita de

provocação. Ao contrário, a Administração Pública pode (poder-

dever), de ofício, diante de ilegalidade, anular o ato.

Gabarito: Certo.

20. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/BA –

CESPE/2010) Um dos efeitos do atributo da presunção de

veracidade dos atos administrativos reside na impossibilidade

de apreciação de ofício da validade do ato por parte do Poder

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Judiciário.

Comentário:

O Poder Judiciário, de ofício, não pode declarar a

nulidade de ato administrativo, primeiro porque este goza de

presunção de legitimidade e veracidade, segundo porque o Judiciário

não atua de ofício, somente por provocação.

Gabarito: Certo.

21. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÕES – DPU – CESPE/2010)

Pelo atributo da presunção de veracidade, a validade do ato

administrativo não pode ser apreciada de ofício pelo Poder

Judiciário.

Comentário:

Mais uma vez a mesma questão. Eu sempre digo que o

melhor método para estudar para concursos é fazer muito, mas

muito, exercícios, pois mostra a você que temos sempre um núcleo

de questões comuns, repetidas.

De fato, não pode o Poder Judiciário, de ofício, apreciar

o ato administrativo, até porque o Judiciário não age de ofício, deve

ser provocado, conforme princípio da inércia ou demanda.

Gabarito: Certo.

22. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANCINE – CESPE/2012)

Enquanto não for decretada a invalidade do ato pela

administração ou pelo Poder Judiciário, o ato inválido

produzirá normalmente seus efeitos.

Comentário:

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De fato, enquanto não invalidado o ato administrativo

produzirá seus efeitos normalmente.

Lembre-se que o ato válido pode ser eficaz ou ineficaz,

assim como o inválido pode ser eficaz (produzir efeitos) ou ineficaz

(não está apto a produzir efeitos), até que seja declarada sua

invalidade.

Eficaz

Válido

Ineficaz

Perfeito

Eficaz

Inválido

Ineficaz

Gabarito: Certo.

23. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE-MT –

CESPE/2010) A prefeitura de determinada cidade, por meio de

seu órgão competente, fechou uma casa de espetáculos que

funcionava sem alvará e em dissonância com as normas de

ordem urbanísticas locais. O dono do estabelecimento

rebelou-se contra o ato, sob o argumento de que, para tanto, a

prefeitura deveria ter recorrido ao Poder Judiciário e pedido o

fechamento da casa e não agido por conta própria. A situação

hipotética descrita acima demonstra o atributo do ato

administrativo denominado autoexecutoriedade.

Comentário:

Os atos administrativos gozam do atributo da

autoexecutoriedade, o qual permite que a própria administração exija

o cumprimento e execute seus atos, independentemente de qualquer

autorização ou ordem judicial, a fim de garantir, preservar, o

interesse público.

Esse atributo comumente é dividido em dois outros

subatributos, sendo: a exigibilidade e a executoriedade.

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A exigibilidade é o poder que tem a Administração de

exigir o cumprimento de seus atos. E a executoriedade, em caso de

não cumprimento, executá-lo diretamente.

Então, um ato somente será autoexecutável quando

estiverem presentes os dois subatributos (exigiblidade e

executoriedade).

Nesse sentido, vale dizer que nem todo ato

administrativo é autoexecutável, pois alguns somente são exigíveis,

mas não executáveis, a exemplo da multa de trânsito.

Portanto, o fechamento de estabelecimento comercial

que funcione sem o devido licenciamento do Poder Público (alvará) é

medida autoexecutável, não necessitando de autorização judicial para

tanto.

Gabarito: Certo.

24. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) Em decorrência da

autoexecutoriedade, atributo dos atos administrativos, a

administração pública pode, sem a necessidade de autorização

judicial, interditar determinado estabelecimento comercial.

Comentário:

De fato, em decorrência da autoexecutoriedade, a

Administração pode interditar determinado estabelecimento

comercial, sem a necessidade de autorização judicial.

Gabarito: Certo.

25. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A

autoexecutoriedade é um atributo de todos os atos

administrativos.

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Comentário:

De fato, nem todos os atos administrativos são

autoexecutáveis. Alguns gozam da exigibilidade, mas não da

executoriedade, de modo que não são autoexecutáveis pela

Administração.

Gabarito: Errado.

26. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/ES – CESPE/2010)

Todos os atos administrativos dispõem da característica da

autoexecutoriedade, isto é, o ato, tão logo praticado, pode ser

imediatamente executado, sem necessidade de intervenção do

Poder Judiciário.

Comentário:

Nem todos os atos administrativos gozam da

autoexecutoriedade, a exemplo dos atos enunciativos e da multa de

trânsito.

Gabarito: Errado.

27. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) Nem

todos os atos administrativos possuem o atributo da

autoexecutoriedade, já que alguns deles necessitam de

autorização do Poder Judiciário para criar obrigações para o

administrado.

Comentário:

É isso mesmo. Nem todos os atos administrativos são

autoexecutáveis. Alguns gozam da exigibilidade, mas não da

executoriedade, de modo que não são autoexecutáveis pela

Administração, devendo ter a atuação do Judiciário para torná-los

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executáveis (multa administrativa).

Gabarito: Certo.

28. (ADVOGADO – CORREIOS – CESPE/2011) O atributo da

autoexecutoriedade está presente em todos os atos

administrativos, como também o da presunção de legitimidade

e o da imperatividade.

Comentário:

Então, somente os atributos da presunção de

legitimidade e veracidade e o da tipicidade é que estão presentes em

todos os atos administrativos, na medida em que temos atos que não

são autoexecutáveis (multa de trânsito) e não são imperativos (atos

enunciativos).

Gabarito: Errado.

29. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Todo ato

administrativo goza do atributo da autoexecutoriedade, a

exemplo das obrigações pecuniárias como os tributos, que são

exigíveis e autoexecutáveis.

Comentário:

Nem todo ato administrativo goza do atributo da

autoexecutoriedade. Em regra, as obrigações pecuniárias, a exemplo

dos tributos, quando não pagos, são objeto de cobrança judicial, na

medida em que, embora exigíveis, o Estado não pode executá-los

diretamente.

Gabarito: Errado.

30. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) São

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atributos de todos os atos administrativos a imperatividade e

a autoexecutoriedade.

Comentário:

Novamente! Somente os atributos da presunção de

legitimidade e veracidade e o da tipicidade é que estão presentes em

todos os atos administrativos, na medida em que temos atos que não

são autoexecutáveis (multa de trânsito) e não são imperativos (atos

enunciativos).

Gabarito: Errado.

31. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2012) O

atributo da exigibilidade, presente em todos os atos

administrativos, representa a execução material que

desconstitui a ilegalidade.

Comentário:

A exigibilidade também não está presente em todos os

atos administrativos, a exemplo dos atos enunciativos. Ademais, esse

atributo representa o poder que a Administração tem de exigir o

cumprimento de seus atos, inclusive criando mecanismos indiretos

para coagir o administrado a cumpri-los.

Gabarito: Errado.

32. (PROFESSOR – IFB – CESPE/2011) Por meio da

imperatividade, uma das características do ato administrativo,

exige–se do particular o cumprimento do ato, ainda que este

contrarie disposições legais.

Comentário:

A imperatividade é o atributo pelo qual tem a

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administração o poder de criar obrigações ou impor restrições,

unilateralmente, a terceiros.

Na imperatividade temos a criação de meios diretos de

coerção, ou seja, a criação de obrigações, unilateralmente, pela

administração aos particulares, de modo que poderá, inclusive, exigir

seu cumprimento com o uso da força.

É claro que nem todo ato administrativo é imperativo,

ou seja, impõe-se a terceiros, inclusive com o uso da força. Por

exemplo, os atos enunciativos.

O fato, no entanto, de mesmo que o ato contrarie

disposições legais poder ser exigido do administrado diz respeito à

presunção de legitimidade e veracidade, pois enquanto não invalidado

o ato pode produzir seus efeitos.

Gabarito: Errado.

33. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/AL –

CESPE/2012) A imperatividade é um atributo de todos os atos

administrativos.

Comentário:

A imperatividade não se faz presente em todo e

qualquer ato administrativo, a exemplo dos atos enunciativos

(certidões v.g) que nenhuma obrigação cria ou restrição estabelece.

Gabarito: Errado.

34. (ANALISTA – ANATEL – CESPE/2012) Competência,

finalidade, forma, motivo e objeto são requisitos de validade

de um ato administrativo.

Comentário:

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Nos termos da Lei nº 4.717/65 (Lei da Ação Popular) é

possível extrair os requisitos ou elementos do ato administrativo,

sendo: Competência, finalidade, forma, motivo e objeto.

Gabarito: Certo.

35. (ANALISTA – ARQUIVOLOGIA – MPU – CESPE/2010) A

competência constitui elemento ou requisito do ato

administrativo vinculado, cabendo, entretanto, ao próprio

órgão público estabelecer as suas atribuições.

Comentário:

A competência é sempre um elemento vinculado, ou

seja, é a lei que dispõe acerca das atribuições de cada órgão ou

agente, conforme prevê o art. 11 da Lei nº 9.784/99:

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce

pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como

própria, salvo os casos de delegação e avocação

legalmente admitidos.

Gabarito: Errado.

36. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) O

poder legal conferido ao agente público para o desempenho

específico das atribuições de seu cargo constitui um requisito

do ato administrativo, ou seja, o requisito da competência.

Comentário:

De fato, a competência é o requisito ou elemento do

ato administrativo que se traduz no poder legal conferido ao agente

público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo.

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Gabarito: Certo.

37. (ADVOGADO – CORREIOS – CESPE/2011) elemento do

ato administrativo, o sujeito é aquele a quem a lei atribui

competência para a prática do ato, razão pela qual não pode o

próprio órgão estabelecer, sem lei que o determine, as suas

atribuições.

Comentário:

Sujeito competente é aquele a quem a lei atribui

competência para a prática do ato, razão pela qual não pode o

próprio órgão estabelecer, sem lei que o determine, as suas

atribuições, pois estas devem ser previstas em lei.

Gabarito: Certo.

38. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) A

competência é delegável, mas não é passível de avocação.

Comentário:

De acordo com o art. 11 da Lei nº 9.784/99, é possível

tanto a delegação quanto a avocação de competência, conforme o

seguinte:

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce

pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como

própria, salvo os casos de delegação e avocação

legalmente admitidos.

Gabarito: Errado.

39. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/ES –

CESPE/2011) A delegação da competência para a realização

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de um ato administrativo configura a renúncia da competência

do agente delegante.

Comentário:

A delegação de competência não caracteriza renúncia,

na medida em que, de acordo com o art. 11 da Lei nº 9.784/99, a

competência é irrenunciável.

Gabarito: Errado.

40. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) A

competência, um dos elementos do ato administrativo, é

irrenunciável, salvo os casos de delegação e avocação

legalmente admitidos; entre as hipóteses cabíveis de

delegação inclui-se a edição de decretos normativos.

Comentário:

De fato, a competência é um dos elementos ou

requisitos do ato administrativo, sendo irrenunciável, salvo os caos

de delegação e avocação legalmente admitidos (art. 11, Lei nº

9.784/99). Contudo, não se admite a delegação no caso de edição de

atos normativos (art. 13, Lei nº 9.784/99)

Gabarito: Errado.

41. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) Pelo

instituto da delegação ocorre a transferência do requisito da

competência.

Comentário:

A delegação não transfere a competência legal, mas

apenas o exercício de algum, ou alguns, ato(s) inerente(s) a este

elemento do ato administrativo.

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Na delegação, a titularidade da competência continua como delegante, que pode revogá-la a qualquer momento. O que se transfere, temporariamente, é o seu exercício.
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Gabarito: Errado.

42. (PROCURADOR FEDERAL – AGU – CESPE/2010) O ato de

delegação não retira a atribuição da autoridade delegante, que

continua competente cumulativamente com a autoridade

delegada para o exercício da função.

Comentário:

De fato, o delegante é quem tem a atribuição legal de

realizar o ato (competência). Assim, ao delegar o exercício ou a

realização de parte de suas atribuições não perde a competência.

Portanto, continua o delegante competente

cumulativamente para a prática do ato.

Gabarito: Certo.

43. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – RELAÇÕES

PÚBLICAS – MPS – CESPE/2010) A delegação não transfere a

competência, mas somente o exercício de parte das

atribuições do delegante.

Comentário:

De um modo geral, pode-se dizer que a competência

possui as características de ser irrenunciável, intransferível,

inderrogável, imprescritível e seu exercício ser obrigatório.

Por isso, ainda que seja permitida a delegação, o

delegante continua competente para o ato, ou seja, é transferida

apenas a incumbência para a prestação do serviço. A titularidade é

mantida com o delegante, de modo que, a qualquer tempo, poderá a

atribuição ser avocada (Lucas R. Furtado).

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Nesse sentido, o ato de delegação deverá conter a

matéria e os poderes transferidos, os limites da atuação do delegado,

a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo

conter ressalva de exercício de atribuições delegada.

Assim, conforme entendimento do prof. Carvalho Filho

“o ato de delegação não retira a competência da autoridade

delegante, que continua competente cumulativamente com a

autoridade delegada”.

Gabarito: Certo.

44. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) Os órgãos administrativos

e seus titulares podem delegar parte de sua competência a

outros órgãos ou agentes, mesmo que não lhes sejam

hierarquicamente subordinados, por conveniência de ordem

técnica, social, econômica, jurídica ou territorial e desde que

não haja impedimento legal.

Comentário:

Nos termos do art. 12 da Lei nº 9.784/99, um órgão

administrativo e seu titular, se não houver impedimento legal, pode

delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda

que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for

conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,

econômica, jurídica ou territorial.

Gabarito: Certo.

45. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) A delegação é medida

unilateral da autoridade delegante, que detém o poder de

revogá-la a qualquer tempo. Entretanto, o ato que a formaliza

não pode conter ressalvas ou restrições ao pleno exercício da

atribuição delegada.

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É medida unilateral quando delega-se a subordinado hierárquico. Quando não existe hierarquia, a parte delegada deve concordarmediante convênio.

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Comentário:

De acordo com o §1º do art. 14 da Lei nº 9.784/99, o

ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os

limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da

delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de

exercício da atribuição delegada.

Gabarito: Errado.

46. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) A

edição de atos de caráter normativo é um dos objetos de

delegação.

Comentário:

Não será objeto de delegação, conforme disposto no

art. 13 da Lei nº 9.784/99, a edição de atos normativos, atos de

competência exclusiva e a decisão de recursos administrativos.

Gabarito: Errado.

47. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN –

CESPE/2010) Caso o diretor-presidente de uma autarquia

federal edite um ato, delegando a outro diretor a competência

para julgar recursos administrativos, tal delegação será legal.

Comentário:

Não se admite delegação de: a) edição de atos

normativos; b) competência exclusiva; c) decisão de recursos

administrativos. E, a avocação, quando se tratar de competência

exclusiva.

Gabarito: Errado.

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48. (AFCE – TCU – CESPE/2011) A decisão de recurso

administrativo pode ser objeto de delegação.

Comentário:

Lembre-se, não pode ser objeto de delegação a edição

de ato normativo, ato de competência exclusiva e a decisão de

recurso administrativo (art. 13 da Lei 9.784/99).

Gabarito: Errado.

49. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) A

avocação será permitida em caráter excepcional e por motivos

relevantes devidamente justificados.

Comentário:

De acordo com o art. 15 da Lei nº 9.784/99 a avocação

temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente

inferior somente será permitida, em caráter excepcional e por

motivos relevantes devidamente justificados.

Gabarito: Errado.

50. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Permite-

se, em caráter excepcional, a avocação temporária de

competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior, e,

sendo a avocação ato discricionário da administração pública,

não há necessidade de motivação.

Comentário:

De fato, nos termos do art. 15 da Lei nº 9.784/99,

permite-se, em caráter excepcional, a avocação temporária de

competência a órgão hierarquicamente inferior. Contudo, embora seja

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discricionária, deve ser devidamente justificada (motivada).

Gabarito: Errado.

51. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN –

CESPE/2010) Considerando-se que, de acordo com a teoria do

órgão, os atos praticados pelos agentes públicos são

imputados à pessoa jurídica de direito público, é correto

afirmar que os atos provenientes de um agente que não foi

investido legitimamente no cargo, são considerados

inexistentes, não gerando qualquer efeito.

Comentário:

O exercício da função de fato se dá quando o agente

é investido em cargo, emprego ou função, muito embora exista

alguma irregularidade que torna este ato ilegal.

Teríamos a chamada teoria do servidor de fato, ou

seja, de um agente que de fato exerceu as atribuições ou

competências administrativas como se de direito fosse um

servidor.

Assim, em decorrência da teoria do órgão, a qual

estabelece que os atos praticados pelos agentes são imputados ao

órgão é com isso a própria pessoa jurídica, os atos praticados pelo

agente de fato não são considerados inexistentes, seus atos são

considerados válidos.

Cuidado quando for o caso de usurpação de

competência, pois neste caso, o ato é inexistente, eis que o agente

sabe não ser servidor, mas age justamente buscando tirar vantagem

disso, cometendo crime.

Gabarito: Errado.

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52. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) Segundo

a doutrina, o excesso de poder decorre de vício de

competência exercido além do que a lei permite e o desvio de

poder resulta da violação da finalidade.

Comentário:

Como se sabe, o abuso de poder pode ocorrer por

excesso de poder ou por desvio de poder. O excesso é vício que

atinge a competência, na medida em que se extrapola, vai além de

seus limites. Já o desvio ocorre vício na finalidade, pois se busca fim

distinto do pretendido pela regra de competência.

Gabarito: Certo.

53. (DELEGADO – PC/AL – CESPE/2012) Considere que o

prefeito de um município tenha determinado a desapropriação

de uma fazenda de seu adversário político, como forma de

retaliação. Nesse caso, fica configurado o desvio de finalidade

do ato.

Comentário:

O desvio de poder ou finalidade ocorre quando se

pratica o ato visando fim distinto do da regra competência. Assim,

quando um Prefeito determina a desapropriação de um bem de seu

adversário político, como forma de retaliação, está exercendo sua

competência legal para fins diversos do interesse público. Portanto,

praticando ato com desvio de finalidade.

Gabarito: Certo.

54. (PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO – INSS –

CESPE/2010) A alteração da finalidade do ato administrativo

expressa na norma legal ou implícita no ordenamento da

administração caracteriza o desvio de poder.

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Comentário:

A alteração da finalidade expressa ou implicitamente

imposta no ordenamento legal caracteriza o desvio de finalidade ou

de poder.

Gabarito: Certo.

55. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) Dado o

princípio da legalidade, o motivo para a prática dos atos

administrativos deve necessariamente estar expresso em lei.

Comentário:

Motivo é o fundamento de fato e de direito que dá

suporte a prática do ato. Pode-se afirmar que todo ato administrativo

tem um motivo, podendo estar ou não expresso em lei. Ou seja, o

motivo pode está definido em lei ou a lei pode dar margem para

escolha quanto a esse requisito do ato.

Gabarito: Errado.

56. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) O motivo, como

pressuposto de fato que antecede a prática do ato

administrativo, será sempre vinculado, não havendo, quanto a

esse aspecto, margem a apreciações subjetivas por parte da

administração.

Comentário:

O motivo pode ser expresso em lei ou a lei pode dar

margem para escolha (decisão). Portanto, o motivo pode ser um

elemento vinculado ou discricionário.

Veja o seguinte:

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Elemento Ato Vinculado Ato discricionário

Competência Vinculado Vinculado

Finalidade Vinculado Vinculado

Forma Vinculado Vinculado

Motivo Vinculado Discricionário Vinculado

Objeto Vinculado Vinculado Discricionário

Então:

1) A competência, finalidade e forma são sempre elementos

vinculados, seja no ato vinculado, seja no discricionário;

2) O motivo e o objeto podem ser discricionários ou

vinculados.

3) No ato discricionário haverá pelo menos um requisito

discricionário (o motivo e/ou o objeto).

Assim, o motivo e/ou o objetivo será(ão)

discricionário(s).

Gabarito: Errado.

57. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011) A

motivação do ato administrativo, isto é, a declaração por

escrito dos motivos que determinaram a prática do ato,

constitui, em qualquer situação, elemento obrigatório para a

prática do ato, sob pena de nulidade, que, se declarada, terá

efeitos ex tunc.

Comentário:

A motivação é a exteriorização dos motivos, ou seja, do

fundamento de fato e de direito que dá suporte à prática do ato.

Em regra, o ato administrativo deve ser motivado.

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Contudo, nem todo ato administrativo necessita explicitar,

exteriorizar o motivo, a exemplo da nomeação e exoneração de cargo

comissionado.

Gabarito: Errado.

58. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANCINE – CESPE/2012) A

motivação, que é a exteriorização das razões que levaram à

prática do ato, não é obrigatória para todo tipo de ato

administrativo.

Comentário:

A motivação é a exteriorização do motivo, ou seja, é a

apresentação das razões que levaram à prática do ato. Em regra,

exige-se a motivação do ato. Contudo, nem todo ato necessita ser

motivo, a exemplo da nomeação e exoneração de cargo comissionado

que é livre.

Gabarito: Certo.

59. (DELEGADO – PC/AL – CESPE/2012) Não é possível, nos

atos administrativos, haver a dispensa de sua motivação.

Comentário:

A motivação é regra, mas comporta exceção. Significa

dizer que existem atos administrativos que dispensa a motivação.

Gabarito: Errado.

60. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) Os atos administrativos

que neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses devem

ser motivados, assim como os que importem anulação,

suspensão ou convalidação de ato administrativo, não sendo

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essencial a motivação para os atos que os revoguem, pois a

revogação ocorre por motivo de conveniência e oportunidade

da administração.

Comentário:

De acordo com a Lei nº 9.784/99, em seu artigo 50,

devem ser motivados os seguintes atos:

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados,

com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos,

quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou

sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou

seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de

processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a

questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas

e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou

convalidação de ato administrativo.

Assim, a revogação, anulação, suspensão ou

convalidação de ato administrativa deve ser sempre motivada.

Gabarito: Errado.

61. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) O ato de delegação, assim

como sua anulação, deve ser publicado em meio oficial, exceto

no caso de revogação decorrente de fato superveniente

devidamente comprovado, pertinente e suficiente para

justificá-la.

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Comentário:

A revogação deve sempre ser motivada, conforme art.

50, inc. VIII, da Lei nº 9.784/99.

Gabarito: Errado.

62. (INSPETOR – PC/CE – CESPE/2012) O ato de aplicação

de penalidade administrativa deve ser sempre motivado.

Comentário:

Conforme art. 50, inc. II, deve ser sempre motivado o

ato que imponha ou agrave deveres, encargos ou sanções.

Gabarito: Certo.

63. (JUIZ DO TRABALHO – TRT 1ª REGIÃO – CESPE/2010)

Segundo a teoria dos motivos determinantes, a motivação dos

atos administrativos é sempre necessária, seja para os atos

vinculados, seja para os discricionários, pois constitui garantia

de legalidade que tanto diz respeito aos interessados como à

própria administração.

Comentário:

Conforme a teoria dos motivos determinantes, a

administração está vinculada aos motivos declarados para a

realização do ato, de modo que se falsos ou inexistentes o ato é nulo.

De toda sorte, nem todos os atos administrativos

exigem motivação, porém se os motivos forem declarados (motivo

determinante) aplica-se a referida teoria.

Gabarito: Errado.

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64. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN –

CESPE/2010) Considere a seguinte situação hipotética. Um

município estabeleceu que somente seriam concedidos alvarás

de funcionamento a restaurantes que tivessem instalado

exaustor de fumaça acima de cada fogão industrial. Na

vigência dessa determinação, um fiscal do município atestou,

falsamente, que o restaurante X possuía o referido

equipamento, tendo-lhe sido concedido o alvará. Dias após a

fiscalização, a administração verificou que não havia no

referido estabelecimento o exaustor de fumaça. Nessa

situação hipotética, considera-se nulo o alvará, dada a

inexistência de motivo do ato administrativo.

Comentário:

De fato, na hipótese o motivo que fundamentou o

deferimento do alvará é inexistente. Assim, conforme a teoria dos

motivos determinantes, se estes são falsos ou inexistentes o ato é

nulo.

Gabarito: Certo.

65. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TAQUIGRAFIA – TJ/ES –

CESPE/2011) Nem todo ato administrativo necessita ser

motivado. No entanto, nesses casos, a explicitação do motivo

que fundamentou o ato passa a integrar a própria validade do

ato administrativo como um todo. Assim, se esse motivo se

revelar inválido ou inexistente, o próprio ato administrativo

será igualmente nulo, de acordo com a teoria dos motivos

determinantes.

Comentário:

De fato, nem todo ato administrativo necessita ser

motivado. Contudo, a regra é a motivação.

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Assim, nos casos em que a motivação é dispensável, a

explicitação do motivo que fundamentou o ato passa a integrar a

própria validade do ato administrativo como um todo. E, se esse

motivo se revelar inválido ou inexistente, o próprio ato administrativo

será igualmente nulo, de acordo com a teoria dos motivos

determinantes.

Gabarito: Certo.

66. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) Segundo

a teoria dos motivos determinantes, a motivação expressa —

declaração pela administração pública das razões para a

prática do ato — é exigível apenas para os atos vinculados.

Comentário:

A motivação é em regra exigível para qualquer ato

administrativo, seja vinculado, seja discricionário. Por outro lado, a

teoria dos motivos determinantes diz que a motivação declarada pela

administração a vincula, de modo que se for falsa ou inexistente,

invalida o ato.

Gabarito: Errado.

67. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) De

acordo com o entendimento do STJ, o administrador,

consoante a teoria dos motivos determinantes, vincula-se aos

motivos elencados para a prática do ato administrativo, porém

o vício de legalidade resta configurado quando inexistentes ou

inverídicos os motivos suscitados pela administração,

independentemente da existência de coerência entre as

razões explicitadas no ato e o resultado obtido.

Comentário:

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O CESPE foi copiar a jurisprudência do STJ e deu

sentido completamente diverso do entendimento daquela Corte.

Para o STJ, "consoante a teoria dos motivos

determinantes, o administrador vincula-se aos motivos elencados

para a prática do ato administrativo. Nesse contexto, há vício de

legalidade não apenas quando inexistentes ou inverídicos os motivos

suscitados pela administração, mas também quando verificada a falta

de congruência entre as razões explicitadas no ato e o resultado nele

contido" (MS 15.290/DF, Rel. Min. Castro Meira, Primeira Seção,

julgado em 26.10.2011, DJe 14.11.2011).

Significa dizer que para o STJ, a teoria dos motivos

determinantes permite a nulidade do ato em razão de motivo falso,

motivo inexistente, ou quando há falta de congruência entre o motivo

e o resultado do ato.

Assim, entendo que a questão deveria ter sido anulada.

Gabarito: Errado. (*)

68. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2012)

Josué, servidor público de um órgão da administração direta

federal, ao determinar a remoção de ofício de Pedro, servidor

do mesmo órgão e seu inimigo pessoal, apresentou como

motivação do ato o interesse da administração para suprir

carência de pessoal. Embora fosse competente para a prática

do ato, Josué, posteriormente, informou aos demais

servidores do órgão que a remoção foi, na verdade, uma forma

de nunca mais se deparar com Pedro, e que o caso serviria de

exemplo para todos. A afirmação, porém, foi gravada em vídeo

por um dos presentes e acabou se tornando pública e notória

no âmbito da administração. À luz dos preceitos que

regulamentam os atos administrativos e o controle da

administração pública. Assim, ainda que as verdadeiras

intenções de Josué nunca fossem reveladas, caso Pedro

conseguisse demonstrar a inexistência de carência de pessoal

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que teria ensejado a sua remoção, por força da teoria dos

motivos determinantes, o falso motivo indicado por Josué

como fundamento para a prática do ato afastaria a presunção

de legitimidade do ato administrativo e tornaria a remoção

ilegal.

Comentário:

De fato, como se observa, pela teoria dos motivos

determinantes, sendo o motivo sendo falso ou inexistente torna o ato

nulo. Outrossim, em tais casos há também desvio de finalidade.

Portanto, a remoção é ilegal.

Gabarito: Certo.

69. (ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – MS –

CESPE/2010) Conforme afirma a doutrina prevalente, o ato

administrativo será sempre vinculado com relação à

competência e ao motivo do ato.

Comentário:

Então, como ressaltei, a competência será sempre uma

elemento vinculado, pois é a lei que estabelece quem é competente.

Contudo, o motivo pode ser ou não vinculado. Vejamos:

Elemento Ato Vinculado Ato discricionário

Competência Vinculado Vinculado

Finalidade Vinculado Vinculado

Forma Vinculado Vinculado

Motivo Vinculado Discricionário Vinculado

Objeto Vinculado Vinculado Discricionário

É que há atos em que a lei estabelece um único motivo

para sua realização (vinculado) e há outros em que a lei estabelece

mais de um motivo, cabendo ao administrador decidir qual é o mais

adequado ao interesse público, ante os critérios de conveniência e

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oportunidade (discricionário).

Assim, podemos dizer que o motivo pode ser um

elemento vinculado ou discricionário, conforme haja ou não margem

de liberdade para decidir/escolher o mais adequado.

Gabarito: Errado.

70. (AFCE – TI – CESPE/2010) Sempre que a lei

expressamente exigir determinada forma para que um ato

administrativo seja considerado válido, a inobservância dessa

exigência acarretará a nulidade do ato.

Comentário:

A forma é considerada elemento vinculado, ou seja, a

forma é prescrita ou não vedada em lei. Contudo, de acordo com o

art. 22 da Lei nº 9.784/99, em regra, a forma é livre, salvo quando a

lei a exigir como essencial ao ato.

Significa dizer que quando a lei não a exigir como

essencial, mesmo tendo sido adotada outra forma, o ato não será

considerado nulo. De outro lado, sempre que a lei expressamente a

exigir, a inobservância acarretará a nulidade do ato.

Gabarito: Certo.

71. (PERITO MÉDICO – INSS – CESPE/2010) O ato

administrativo pode ser perfeito, válido e ineficaz.

Comentário:

Relembre que o ato administrativo pode ser analisado

sobre três planos. O plano da validade, o plano da eficácia e o plano

da perfeição.

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É perfeito o ato administrativo quando ele completa

seu ciclo de formação, ou seja, quando completa todo o procedimento

para sua produção. É válido quando produzido de acordo com os

ditames normativos. Enfim, é eficaz quando disponível para

produção de seus efeitos, ou seja, quando independe de qualquer

evento ou condição.

Assim, o ato poderá ser perfeito, válido e eficaz.

Perfeito, válido e ineficaz. Perfeito, inválido e eficaz. E, ainda,

perfeito, inválido e ineficaz.

Eficaz

Válido

Ineficaz

Perfeito

Eficaz

Inválido

Ineficaz

Gabarito: Certo.

72. (PROCURADOR FEDERAL – AGU – CESPE/2010) O ato

administrativo pode ser inválido e, ainda assim, eficaz,

quando, apesar de não se achar conformado às exigências

normativas, produzir os efeitos que lhe seriam inerentes, mas

não é possível que o ato administrativo seja, ao mesmo

tempo, perfeito, inválido e eficaz.

Comentário:

Perfeito é o ato administrativo que completou seu ciclo

de formação, ou seja, é aquele que completou todo o procedimento

para sua emanação, reunindo todos os elementos necessários à sua

exequibilidade, isto é está apto e disponível para produzir seus

efeitos.

É válido quando produzido de acordo com os ditames

normativos. Enfim, é eficaz quando disponível para produção de seus

efeitos.

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Com efeito, é possível que o ato seja perfeito, inválido

e eficaz, ou seja, que completo seu procedimento, tenha sido

projetado com burla ao comando normativo, porém apto a produzir

efeitos, conforme o seguinte esquema:

Eficaz

Válido

Ineficaz

Perfeito

Eficaz

Inválido

Ineficaz

Gabarito: Errado.

73. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) Considerando a relação

entre a validade e a eficácia do ato administrativo, é correto

afirmar que um ato pode ser válido e eficaz ou, ainda, inválido

e ineficaz, mas não inválido e eficaz, pois não é possível

considerar que, tendo sido editado em desconformidade com a

lei, um ato esteja apto a produzir efeitos.

Comentário:

O ato pode ser válido e eficaz; válido e ineficaz;

inválido e eficaz ou inválido e ineficaz. Ou seja, mesmo que o ato

tenha sido editado em desconformidade com a lei, ele poderá

produzir efeitos, até que seja anulado.

Gabarito: Errado.

74. (TÉNICO JUDICIÁRIO – TRE/RJ – CESPE/2012)

Considera-se que o ato administrativo é válido quando se

esgotam todas as fases necessárias para a sua produção.

Comentário:

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O ato administrativo é válido quando produzido de

acordo com o ordenamento jurídico e é perfeito quando se esgotou

todas as fases necessárias para a sua produção.

Gabarito: Errado.

75. (PERITO MÉDICO – INSS – CESPE/2010) O ato

administrativo pendente pressupõe um ato perfeito.

Comentário:

O ato administrativo pendente é aquele que, muito

embora seja perfeito e possa está de acordo com o direito, ainda não

produz seus efeitos, isso porque está sujeito à condição ou termo.

Condição é evento futuro e incerto (o agente será

nomeado assim que surgir vaga). Termo é evento futuro e certo (o

agente será nomeado no dia do servidor).

Portanto, somente poderá ser pendente é ato perfeito,

pois ato imperfeito é aquele que não completou seu ciclo de formação

e, por isso, não se considera como ato administrativo.

Gabarito: Certo.

76. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÕES – DPU – CESPE/2010)

Quanto à exequibilidade, o denominado ato administrativo

perfeito é aquele que já exauriu seus efeitos, tornando-se

definitivo e não podendo mais ser impugnado na via

administrativa ou na judicial.

Comentário:

Perfeito é o ato administrativo que completou seu ciclo

de formação, ou seja, é aquele que completou todo o procedimento

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para sua produção, reunindo todos os elementos necessários à sua

exequibilidade, isto é está apto e disponível para produzir seus

efeitos.

Assim, aquele que já exauriu seus efeitos é

denominado ato consumado, tornado-se definitivo, irretratável ou

imodificável por ter sido consumado seu objeto.

Gabarito: Errado.

77. (ADVOGADO – CORREIOS – CESPE/2011) Segundo a

doutrina, no que se refere à exequibilidade, ato administrativo

consumado é aquele que já exauriu seus efeitos e se tornou

definitivo, não sendo passível de impugnação na via

administrativa nem na judicial.

Comentário:

É praticamente a mesma questão anterior. De fato, o

ato consumado é aquele que já exauriu seus efeitos e se tornou

definitivo, não sendo mais passível de impugnação administrativa ou

judicial.

Gabarito: Certo.

78. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) A

falta da aprovação da autoridade competente para o ato

administrativo produzir efeitos configura hipótese de ato

administrativo pendente de exequibilidade, visto que está

sujeito a condição ou termo para o início da produção de seus

efeitos.

Comentário:

Segundo o Prof. Carvalho Filho, a exequibilidade diz

respeito à “efetiva disponibilidade que tem a Administração para dar

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operatividade ao ato, ou seja, executá-lo em sua inteireza”.

Para o professor, a eficácia distingue-se da

exequibilidade na medida em que aquela é a mera aptidão que o ato

possui para produzir seus efeitos, e a exequibilidade seria a

possibilidade de operar tais efeitos, ou seja, não existência de termo

ou condição.

Assim, nessa linha de pensamento, a falta de

aprovação do ato impedindo de produzir efeitos afeta a eficácia do

ato, de modo que ele não é eficaz, não dizendo respeito à

exequibilidade, por não se tratar a hipótese de termo ou condição.

Gabarito: Errado.

79. (CONTADOR – AGU – CESPE/2010) O ato discricionário

permite liberdade de atuação administrativa, a qual deve

restringir-se, porém, aos limites previstos em lei.

Comentário:

O ato discricionário é aquele que dá certa margem de

liberdade para a atuação da administração para decidir acerca da

conveniência e oportunidade de se praticar o ato. No entanto, essa

margem de liberdade encontra limites na própria lei, a exemplo da

verificação de razoabilidade e proporcionalidade.

Gabarito: Certo.

80. (AUDITOR – TC/DF – CESPE/2012) O fator limitador do

ato administrativo discricionário é o critério da conveniência e

oportunidade.

Comentário:

O fator limitador do ato discricionário é a própria

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legalidade, auferida, sobretudo, pelos critérios de razoabilidade e

proporcionalidade.

Gabarito: Errado.

81. (AFCE – TCU – CESPE/2011) Incluem-se na classificação

de atos administrativos discricionários os praticados em

decorrência da aplicação de norma que contenha conceitos

jurídicos indeterminados.

Comentário:

O conceito jurídico indeterminado é qualquer expressão

que apresenta significado indefinido, por exemplo, bons costumes,

boa-fé, mulher honesta etc.

Nessas expressões é possível identificarmos três zonas

de alcance, sendo: 1ª) zona da não incidência (sabe-se exatamente o

que a expressão não atinge); 2ª) zona da incidência (sabe-se

exatamente o que a expressão atinge); 3ª) Zona cinzenta ou de

indeterminação (não se sabe bem se certo caso entra ou não no

campo de alcance).

Assim, no tocante à zona cinzenta é que incide a

possibilidade de se definir sobre o ponto de vista da conveniência e

oportunidade, e, por isso, pode-se dizer que tal conceito se insere no

âmbito dos atos discricionários.

Gabarito: Certo.

82. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJ/ES –

CESPE/2011) A autorização é ato administrativo vinculado

pelo qual a administração consente que o particular exerça

atividade ou utilize bem público no seu próprio interesse.

Comentário:

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A autorização é ato discricionário e precário pelo qual a

administração consente que o particular exerça atividade ou utilize

bem público no seu próprio interesse.

Gabarito: Errado.

83. (ADVOGADO – CORREIOS – CESPE/2011) Quanto ao

conteúdo, a aprovação e a homologação são espécies de atos

administrativos unilaterais e discricionários, por meio dos

quais se exerce o controle a posteriori do ato.

Comentário:

A homologação é ato unilateral e vinculado pelo qual a

Administração Pública reconhece a legalidade de um ato, sendo

realizada sempre a posteriori. De outro lado, a aprovação é ato

unilateral e discricionário, podendo ocorre a priori ou a posteriori.

Gabarito: Errado.

84. (ADVOGADO DA UNIÃO – AGU – CESPE/2012) Por serem

atos de polícia administrativa, a licença e a autorização,

classificadas, respectivamente, como ato vinculado e ato

discricionário, são suscetíveis de cassação pela polícia

judiciária.

Comentário:

A cassação é a extinção do ato administrativo quando

as condições ou requisitos que foram estabelecidos para a sua prática

restaram desatendidas pelo beneficiário, quando deveriam ser

observadas a fim de que pudesse continuar desfrutando dos

benefícios decorrentes do ato.

Desse modo, a polícia judiciária, atuando como tal, não

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pode cassar atos proferidos pela Administração Pública.

É óbvio que a Polícia Judiciária, atuando como polícia

administrativa ou, no exercício do poder de polícia administrativa

(porte de arma, por exemplo), poderá cassar o ato anteriormente

editado que teve seus requisitos descumpridos.

Gabarito: Errado.

85. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) A licença é ato

administrativo unilateral, discricionário e precário, por meio

do qual a administração faculta ao particular o desempenho de

uma atividade que, sem esse consentimento, seria legalmente

proibida.

Comentário:

A licença é ato administrativo vinculado por meio do

qual se confere ao interessado consentimento para realizar certa

atividade, a exemplo da licença para dirigir.

Gabarito: Errado.

86. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) O estabelecimento

que obtenha do poder público licença para comercializar

produtos farmacêuticos não poderá, com fundamento no

mesmo ato, comercializar produtos alimentícios, visto que a

licença para funcionamento de estabelecimento comercial

constitui ato administrativo vinculado.

Comentário:

A licença tem natureza vinculada. Assim, tanto a

Administração Pública deve concedê-la observando os requisitos

legais, bem como o administrado ao recebê-la deve atuar em

conformidade com o que fora conferido, sob pena de extinção do ato.

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Gabarito: Certo.

87. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Quanto à

formação da vontade administrativa, o ato administrativo é

classificado em simples, composto ou complexo, sendo a

aposentadoria de servidor público, de acordo com o

entendimento do STF, exemplo de ato composto.

Comentário:

Quanto à manifestação de vontade, o ato

administrativo poderá ser simples, complexo e composto.

Ato simples é o que decorre da manifestação de

vontade de um único órgão, colegiado (comissão disciplinar) ou

singular (ato do chefe).

Ato complexo é o que decorre de manifestação de

vontade de dois ou mais órgãos, que se fundem formando um único

ato. Por isso, o ato só se considera perfeito quando há as duas

manifestações, a emanação de apenas uma é insuficiente para dar

existência ao ato.

Nesse sentido, conforme entendimento do STJ e STF, é

exemplo de ato complexo a aposentadoria de servidor.

O ato composto é aquele que resulta da manifestação

de um só órgão que edita o ato. Porém, para produção dos efeitos

depende de ato de outro órgão que o aprove.

A doutrina, de forma majoritária, entende que é

exemplo de ato composto a nomeação de Ministro do Tribunal

Superior, ante a necessidade de o nomeado ter seu nome aprovado

em sabatina pelo Senado.

No caso do ato composto, temos dois atos, sendo que

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um é o principal e o outro é o acessório ou secundário, sem o qual o

ato perfeito não produzirá seus efeitos.

Gabarito: Errado.

88. (ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – MP – CESPE/2012)

Os atos administrativos classificam-se, quanto à formação da

vontade administrativa, em atos simples, compostos e

complexos, constituindo a aposentadoria de servidor público

exemplo de ato administrativo complexo.

Comentário:

De fato, quanto à manifestação de vontade temos atos

simples, compostos e complexos. No entanto, a aposentadoria de

servidor é considerada ato complexo.

Esse é o entendimento do STJ e STF como fundamento

para afastar a incidência do prazo decadencial da Lei nº 9.784/99 ao

ato antes da apreciação pelo Órgão de Contas. Vejamos:

ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA DE SERVIDORA

PÚBLICA. INCORPORAÇÃO DE VANTAGEM REVOGADA:

RECUSA DE REGISTRO DE APOSENTADORIA PELO TRIBUNAL

DE CONTAS DA UNIÃO. INAPLICABILIDADE DO ART. 54 DA

LEI 9.784/1999: ATO COMPLEXO. PRECEDENTES. EM

19.1.1995 A SERVIDORA NÃO CUMPRIA OS REQUISITOS

EXIGIDOS PELO REVOGADO ART. 193 DA LEI N. 8.112/1990.

SEGURANÇA DENEGADA. (MS 25697, Relator(a): Min.

CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 17/02/2010, DJe-

04-03-2010)

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM

RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO

FEDERAL. APOSENTADORIA. ATO COMPLEXO. DECADÊNCIA.

TERMO INICIAL. MANIFESTAÇÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS

DA UNIÃO. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NO SUPERIOR

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA. ÓBICE DA SÚMULA 168/STJ.

1. Segundo orientação consolidada nesta Corte

Superior, o ato de aposentadoria é ato complexo,

somente se aperfeiçoando com a manifestação

posterior do Tribunal de Contas competente a respeito

dos pressupostos de legalidade do ato administrativo.

2. Agravo regimental não provido. (AgRg nos EREsp

1213716/PR, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,

PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2012, DJe 01/02/2013)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. FUNGIBILIDADE RECURSAL.

RECURSO RECEBIDO COMO AGRAVO REGIMENTAL.

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. CONCESSÃO DE

APOSENTADORIA. MANIFESTAÇÃO DA CORTE DE CONTAS.

TERMO INICIAL DO PRAZO PREVISTO NO ART. 54 DA LEI N.

9.784/1999. PREQUESTIONAMENTO DE DISPOSITIVOS

CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE.

1. Em nome dos princípios da economia processual e da

fungibilidade, admitem-se como agravo regimental embargos

de declaração opostos a decisão monocrática proferida pelo

relator do feito no Tribunal, quando não se enquadrarem em

nenhuma das hipóteses previstas no art. 535 do CPC.

2. A concessão de aposentadoria tem natureza jurídica

de ato administrativo complexo, uma vez que não se

operam os efeitos da decadência antes da

manifestação do Tribunal de Contas, momento em que

se inicia a fluência do prazo decadencial de cinco anos

previsto no art. 54 da Lei n. 9.784/1999.

3. Não cabe ao Superior Tribunal de Justiça intervir em

matéria de competência do STF, tampouco para

prequestionar questão constitucional, sob pena de violar a

rígida distribuição de competência recursal disposta na Lei

Maior.

4. Embargos de declaração recebidos como agravo

regimental, ao qual se nega provimento. (EDcl nos EREsp

1240168/SC, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA,

CORTE ESPECIAL, julgado em 07/11/2012, DJe 21/11/2012)

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Gabarito: Certo.

89. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) O

administrador público que concede aposentadoria por tempo

de serviço a um servidor que reúne condições para tanto está

realizando, necessariamente, um ato administrativo

classificado como de gestão.

Comentário:

A aposentadoria é ato complexo, conforme

entendimento firme da jurisprudência.

Gabarito: Errado.

90. (TÉCNICO CIENTÍTICO – DIREITO – BANCO DO

AMAZÔNIA – CESPE/2012) O ato administrativo complexo,

como, por exemplo, a investidura em cargo ou emprego

público, forma-se pela conjugação de vontades de mais de um

órgão administrativo.

Comentário:

A investidura é considerada ato complexo na medida

em que é depende da nomeação (realizada pela autoridade máxima

da entidade ou do órgão) e depende da posse (realizada pelo chefe

da repartição).

Nesse sentido bem esclarece Hely Lopes ao salientar

que “a investidura de um funcionário é um ato complexo

consubstanciado na nomeação feita pelo Chefe do Executivo e

complementada pela posse e exercício dados pelo chefe da repartição

em que vai servidor o nomeado”.

Gabarito: Certo.

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91. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RR – CESPE/2012) No que

se refere à formação da vontade, os atos administrativos

simples são aqueles que decorrem da declaração de vontade

de um único órgão, o qual pode ser tanto singular quanto

colegiado.

Comentário:

De fato, atos simples são aqueles que decorrem da

declaração de vontade de um único órgão, o qual pode ser tanto

singular quanto colegiado. Ex.: despacho do chefe da repartição,

decisão de uma Comissão de Licitação.

Gabarito: Certo.

92. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STJ –

CESPE/2011) Denomina–se ato composto aquele que ocorre

quando existe a manifestação de dois ou mais órgãos e as

vontades desses órgãos se unem para formar um só ato.

Comentário:

Ato composto é aquele que resulta da manifestação de

um só órgão, cuja produção dos efeitos depende de ato de outro

órgão que o aprove. Temos o ato principal que para produzir efeitos

depende de ato de órgão diverso.

Assim, o ato complexo é que é aquele que se forma

com a manifestação de dois ou mais órgãos, que se unem, formando

um só ato.

Gabarito: Errado.

93. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/BA –

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CESPE/2010) Ato administrativo complexo é aquele que

resulta do somatório de manifestações de vontade de mais de

um órgão, por exemplo, a aposentadoria.

Comentário:

É verdade, o ato complexo é formado pelo somatório de

manifestações de vontade de mais de um órgão, sendo exemplo a

aposentadoria.

Gabarito: Certo.

94. (ANALISTA DE TRANSPORTES – ADVOGADO –

CETURB/ES – CESPE/2010) Segundo entendimento do

Supremo Tribunal Federal (STF), a aposentadoria seria

exemplo de ato composto mesmo nos casos em que o tribunal

de contas, no exercício do controle externo

constitucionalmente previsto, aprecia a legalidade da própria

concessão.

Comentário:

A aposentadoria é ato complexo e não composto,

conforme já demonstrado anteriormente, e com base na

jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, vejamos:

INFORMATIVO Nº 575

TÍTULO: Alteração de Aposentadoria: Aditamento e

Desnecessidade de Contraditório

PROCESSO: MS - 25561

ARTIGO

O Tribunal indeferiu mandado de segurança impetrado

contra ato do Tribunal de Contas da União - TCU que,

sem prévia manifestação do impetrante, excluíra dos

seus proventos de aposentadoria o pagamento de

“quintos”. Na espécie, a Corte de Contas reputara legal

a aposentação originária do impetrante, ocorrida em

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80

1995. Entretanto, em 1997, a fundação que concedera

a aposentadoria ao impetrante incluíra, de maneira

superveniente, o pagamento de “quintos”, parcela

remuneratória esta não examinada naquela

oportunidade, por não constar do processo. Ocorre que,

submetida tal inclusão ao TCU, este a considerara ilegal

ante a insuficiência de tempo de serviço do impetrante

para auferi-la. Inicialmente, rejeitou-se a preliminar

suscitada pelo Min. Marco Aurélio, relator, sobre a

ausência de quórum para julgamento da matéria

constitucional. Em seguida, afastou-se a preliminar de

decadência ao fundamento de que o prazo de cinco

anos previsto no art. 54 da Lei 9.784/99 teria sido

observado. No ponto, ressaltando que o ato de

aposentadoria seria complexo, aduziu-se que o

termo a quo para a contagem do referido prazo

seria a data em que aperfeiçoada aquela. No

mérito, consignou-se que, na situação dos autos, fora

encaminhada ao TCU alteração introduzida

posteriormente nos proventos de aposentadoria do

impetrante e que o órgão competente glosara o que

praticado na origem, modificando os parâmetros da

aposentadoria então registrada. Mencionou-se,

ademais, que o procedimento referente à alteração

estaria ligado ao registro. Asseverou-se que, uma vez

procedido o registro da aposentadoria pelo TCU,

fixando-se certos parâmetros a nortearem os

proventos, alteração realizada pelo órgão de origem em

benefício do aposentado implicaria aditamento e, então,

não haveria necessidade de estabelecer-se

contraditório. MS 25525/DF, rel. Min. Marco Aurélio,

17.2.2010.

ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA DE

SERVIDORA PÚBLICA. INCORPORAÇÃO DE

VANTAGEM REVOGADA: RECUSA DE REGISTRO DE

APOSENTADORIA PELO TRIBUNAL DE CONTAS DA

UNIÃO. INAPLICABILIDADE DO ART. 54 DA LEI

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9.784/1999: ATO COMPLEXO. PRECEDENTES. EM

19.1.1995 A SERVIDORA NÃO CUMPRIA OS

REQUISITOS EXIGIDOS PELO REVOGADO ART. 193 DA

LEI N. 8.112/1990. SEGURANÇA DENEGADA. (MS

25697, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal

Pleno, julgado em 17/02/2010, DJe-04-03-2010)

Gabarito: Errado.

95. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) Considere que um

servidor público federal tenha sido aposentado mediante

portaria publicada no ano de 2008 e que, em 2010, o TCU

tenha homologado o ato de aposentadoria. Nessa situação

hipotética, esse ato caracteriza-se como complexo, visto que,

para o seu aperfeiçoamento, é necessária a atuação do TCU e

do órgão público a que estava vinculado o servidor.

Comentário:

O entendimento jurisprudencial é nesse sentido, ou

seja, de que a aposentadoria, por ser necessária a atuação do TCU e

do órgão a que estava vinculado o servidor, é ato complexo.

Gabarito: Certo.

96. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) Atos compostos são

aqueles cuja vontade final exige a intervenção de agentes ou

órgãos diversos e apresenta conteúdo próprio em cada uma

das manifestações.

Comentário:

O ato cuja vontade final exige a intervenção de agentes

ou órgãos diversos (ou seja, um só ato) e apresenta conteúdo próprio

em cada uma das manifestações (ou seja, mais de uma manifestação

de vontade) é o complexo.

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82

Gabarito: Errado.

97. (ADMINISTRADOR – TJ/RR – CESPE/2012) Atos de

império, sempre gerais, são todos aqueles que a

administração pratica usando de sua supremacia sobre o

administrado ou servidor e lhes impõe obrigatório

atendimento.

Comentário:

Quanto à prerrogativa, os atos são de império, os atos

de gestão e os de mero expediente.

Os atos de império são aqueles caracterizados pelo

poder de coerção estatal, ou seja, a Administração atua com

superioridade, com poder de império (jus imperii).

Como destaca Hely Lopes, “são todos aqueles que a

Administração pratica usando de sua supremacia sobre o

administrado ou servidor e lhes impõe obrigatório atendimento”.

Nem sempre são atos gerais, podem ser individuais, tal

como o exercício do poder de polícia, a desapropriação etc.

Os atos de gestão são aqueles em que a administração

atua em patamar de igualdade com o administrado, ou seja, despida

de prerrogativas, de poder de império.

E os atos de mero expediente são atos de mera rotina

administrativa, de impulso processual, não sendo, na expressa

técnica, considerados atos administrativos.

Gabarito: Errado.

98. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) São

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exemplos de atos de gestão a desapropriação de um bem

privado, a interdição de um estabelecimento comercial e a

apreensão de mercadorias.

Comentário:

A desapropriação, a interdição e a apreensão de

mercadorias são atos de império.

Gabarito: Errado.

99. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Os atos

administrativos unilaterais, também chamados de atos de

autoridade, são fundamentados no princípio da supremacia do

interesse público, e sua prática configura manifestação do

denominado poder extroverso.

Comentário:

Ato unilateral é aquele que dependem somente de uma

vontade, a da Administração. Por isso, é considerado ato de

autoridade, praticados com fundamento no princípio da supremacia

do interesse público, sendo, pois, decorrência do poder extroverso.

Gabarito: Certo.

100. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) A

assinatura de uma nota promissória e a oferta de ações de

uma sociedade anônima são exemplos de atos jurídicos

multilaterais.

Comentário:

Os atos bilaterais são aqueles que dependem da

anuência de duas partes (contrato administrativo) e multilaterais os

que dependem de manifestações de três ou mais partes (consórcio

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público).

A nota promissória depende sempre da existência de

duas partes o emitente ou subscritor (devedor), que emite a nota, e o

tomador (credor), que é o beneficiário da nota. Portanto, é ato

bilateral. Já a oferta de ações pode ser considerada ato multilateral

por se tratar de participação de pelo menos três pessoas, a entidade

(PJ) que abre seu capital, o órgão que atua na Bolsa de Valores, e o

eventual acionista (que adquirirá o papel).

Gabarito: Errado.

101. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012)

Conforme a classificação dos atos administrativos quanto aos

seus efeitos, a anulação do ato administrativo configura

exemplo de ato constitutivo, por criar, modificar ou extinguir

um direito ou situação do administrado.

Comentário:

Quanto aos efeitos, temos os atos administrativos

constitutivo (cria um nova situação jurídica), extintivo ou

desconstitutivo (extingue ou põe termo a situações constituídas),

declaratório (preserva ou reconhece situações preexistentes),

alienativo (tranfere bens ou direitos), modificativo (altera, modifica,

situação existente) e abdicativo (abre mão de um direito).

Com efeito, a anulação do ato administrativo configura

exemplo de ato desconstitutivo, já que extingue ou retira uma

situação anteriormente constituída.

Gabarito: Errado.

102. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) A

administração pública, por intermédio de seus órgãos, tem

competência para editar atos administrativos ordinatórios com

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o objetivo de organizar e otimizar a atividade administrativa.

Comentário:

São espécies de atos administrativos: os atos

normativos, os atos ordinatórios, os atos negociais, os atos punitivos

e os atos enunciativos.

Atos normativos são atos gerais e abstratos que visam

explicitar a maneira correta da aplicação da norma no âmbito

administrativo, tal como os regulamentos, as resoluções.

Atos ordinatórios são os atos emanados da hierarquia

administrativa que estabelecem ordem, organização e o

funcionamento da Administração, bem como da conduta funcional de

seus agentes, a exemplo das portarias, aviso, circulares, ordens de

serviço.

Atos negociais são atos administrativos contendo uma

declaração de vontade da Administração coincidente com a pretensão

do particular, ou seja, são declarações de vontade da Administração

que geram efeitos pretendidos pelo interessado, a exemplo da

licença, autorização, permissão, aprovação, visto, homologação.

Os atos enunciativos atestam, certificam, enunciam ou

declaram um fato ou situação, bem como transmitem opinião da

Administração sobre determinado assunto. Exemplo: certidões,

atestados, pareceres opinativos.

E, finalmente, os punitivos são atos que contêm

imposição de sanção, penalidade àqueles que vinculados à

Administração, tal como advertência, demissão, multa contratual etc.

Portanto, a Administração tem competência para editar

atos administrativos ordinatórios com o objetivo de organizar e

otimizar a atividade administrativa.

Gabarito: Certo.

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103. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012)

Consideram-se atos enunciativos os que alteram uma relação

jurídica, criando, modificando ou extinguindo direitos, dos

quais é exemplo o parecer.

Comentário:

Enunciativos são os que exprimem ou reconhecem um

situação de fato existente, ou seja, atestam, certificam, enunciam ou

declaram um fato ou situação, bem como transmitem opinião da

Administração sobre determinado assunto.

Gabarito: Errado.

104. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) A autorização para

exploração de jazida é exemplo de ato declaratório, já que

expressa aquiescência da administração para o particular

desenvolver determinada atividade.

Comentário:

A autorização é exemplo de ato constitutivo, já que

inaugura uma nova relação jurídica entre o particular e o Estado,

permitindo-lhe a exploração da área.

Gabarito: Errado.

105. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJ/ES –

CESPE/2011) O ato administrativo pode extinguir–se pela

cassação, situação em que a retirada do ato se dá porque

sobrevém norma jurídica que torna inadmissível a situação

antes permitida pelo direito e outorgada pelo ato precedente.

Comentário:

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A questão apresenta o conceito de Di Pietro para ato constitutivo ("aquele pelo qual a Administração cria, modifica ou extingue um direito ou uma situação do administrado"). Os outros doutrinadores dividem em atos constitutivos, desconstitutivos e modificativos.
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Há diversas formas de extinção do ato administrativo,

sendo a extinção natural (consumou seus efeitos), a extinção objetiva

(perda do objeto), a extinção subjetiva (desaparecimento do

beneficiário do ato) e extinção por ato da administração, também

chamada de retirada.

A retirada ocorre nos casos de revogação, anulação,

cassação, caducidade, contraposição.

A cassação ocorre por descumprimento das condições

ou requisitos do ato por parte do beneficiário.

A caducidade ocorre porque sobreveio norma que não

se permite mais os efeitos do ato antes autorizado. Trata-se,

portanto, de norma superveniente contrária à que permitia a prática

do ato.

A contraposição diz respeito à prática de novo ato

administrativo, cuja competência é diversa do que gerou o ato

anterior, porém o conteúdo é ditado em contradição ao daquele.

A revogação é a retirada do ato por não mais atender

ao interesse público, ou seja, por razões de mérito (conveniência e

oportunidade).

A anulação é a retirada do ato por vício de legalidade.

Portanto, a situação em que a retirada do ato se dá

porque sobrevém norma jurídica que torna inadmissível a situação

antes permitida pelo direito e outorgada pelo ato precedente é a

caducidade.

Gabarito: Errado.

106. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR –

CESPE/2012) Segundo o STJ, a possibilidade de a

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administração poder anular ou revogar os seus próprios atos

quando eivados de irregularidades não se estende ao

desfazimento de situações constituídas com aparência de

legalidade, sem a necessária observância do devido processo

legal e da ampla defesa.

Comentário:

Segundo o entendimento do STJ quando a

Administração exerce seu poder de autotutela diante de situação que

aparente ser regular e que tenha gerado efeitos concretos na esfera

individual, deverá observar o contraditório e ampla defesa para

anular ou revogar o ato. Precedente:

ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM

MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUNAL DE CONTAS

ESTADUAL. NEGATIVA DE REGISTRO DE ADMISSÃO DE

CANDIDATOS APROVADOS EM CONCURSO PÚBLICO

REALIZADO POR MUNICÍPIO. PROCESSO

ADMINISTRATIVO. DIREITO AO CONTRADITÓRIO,

AMPLA DEFESA E DEVIDO PROCESSO LEGAL.

1. Dirige-se o recurso contra acórdão denegatório de

writ, no qual se pleiteia anulação da decisão do Tribunal

de Contas do Estado de São Paulo, proferida no

Processo Administrativo n. TC 3317/003/01.

Na oportunidade, foram julgadas irregulares as

admissões realizadas pelo Município de Rafard/SP

durante os exercícios de 1998 e 1999, dentre elas a da

ora recorrente.

2. Em suas razões, a recorrente aponta a ausência de

contraditório e objetiva a anulação do processo

administrativo no âmbito do Tribunal de Contas do

Estado de São Paulo que a avaliou e reconheceu a

ilegalidade do concurso por meio do qual ela foi provida

no cargo de professor do Município de Rafard.

3. Esta Corte já apontou que o procedimento

administrativo realizado por Tribunal de Contas

estadual que importe em anulação ou revogação

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de ato administrativo, cuja formalização haja

repercutido no âmbito dos interesses individuais,

deve assegurar aos interessados o exercício da

ampla defesa à luz das cláusulas pétreas

constitucionais do contraditório e do devido

processo legal. Precedente.

4. Recurso ordinário em mandado de segurança

provido. (RMS 27.233/SP, Rel. Ministro MAURO

CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em

07/02/2012, DJe 14/02/2012)

Gabarito: Certo.

107. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/CE – CESPE/2010) Como

faculdade de que dispõe a administração para extinguir os

atos que considera inconvenientes e inoportunos, a revogação

pode atingir tanto os atos discricionários como os vinculados.

Comentário:

A revogação só alcança os atos discricionários, eis que

é um juízo de mérito, ou seja, avaliação de conveniência e

oportunidade do ato. Por isso, não se pode revogar o ato vinculado na

medida em que não há essa liberdade para o agente.

Gabarito: Errado.

108. (AFCE – TCU – CESPE/2011) Os atos vinculados são

passíveis de revogação.

Comentário:

A revogação só ocorre nos atos discricionários. Assim, o

ato vinculado não é passível de revogação.

Gabarito: Errado.

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109. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/BA –

CESPE/2010) Apesar de o ato de revogação ser dotado de

discricionariedade, não podem ser revogados os atos

administrativos que geram direitos adquiridos.

Comentário:

Não se admite a revogação no tocante aos seguintes

atos: a) que a lei declare irrevogáveis; b) atos consumados; c)

direito adquirido; d) atos vinculados; e) Meros atos administrativos,

e; f) atos integrante de procedimento administrativo.

Gabarito: Certo.

110. (JUIZ DO TRABALHO – TRT 1ª REGIÃO – CESPE/2010) O

pressuposto da revogação é o interesse público, razão pela

qual ela incide sobre atos válidos e inválidos que a

administração pretenda abolir do rol de normas jurídicas, em

razão dos inconvenientes e dos malefícios que causem à

coletividade.

Comentário:

A revogação só alcança os atos discricionários e

válidos. O ato inválido deve ser anulado.

Gabarito: Errado.

111. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN –

CESPE/2010) A revogação de um ato revogador não restaura,

automaticamente, a validade do primeiro ato revogado.

Comentário:

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Quando um ato é nulo, de fato faz ressurgir o que ele

antes havia revogado. Todavia, quando se revogado um ato, os

efeitos são prospectivos (não retroativos – ex nunc).

Portanto, a edição de um ato (a) revogando outro ato

(b) que havia revogado um ato anterior (c) não faz repristinar,

restaurar, o ato anteriormente revogado (c), salvo se houver

expressa determinação para isto.

Gabarito: Certo.

112. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) A

revogação não pode atingir os meros atos administrativos,

tais como as certidões e os atestados.

Comentário:

Então, não se admite a revogação nos casos de: a) atos

que lei declare irrevogáveis; b) atos consumados; c) os que gerarem

direitos adquiridos; d) atos vinculados; e) Meros atos administrativos,

e; f) Atos integrantes de procedimento administrativo.

Portanto, não é possível revogar certidões ou atestados

por serem atos enunciativos.

Gabarito: Certo.

113. (ADVOGADO DA UNIÃO – AGU – CESPE/2012) Embora a

revogação seja ato administrativo discricionário da

administração, são insuscetíveis de revogação, entre outros,

os atos vinculados, os que exaurirem os seus efeitos, os que

gerarem direitos adquiridos e os chamados meros atos

administrativos, como certidões e atestados.

Comentário:

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Não são suscetíveis de revogação atos que lei declare

irrevogáveis, atos vinculados, atos consumados (efeitos exauridos),

os que gerarem direitos adquiridos e os meros atos administrativos.

Gabarito: Certo.

114. (ANALISTA DE TRANSPORTES – ADVOGADO –

CETURB/ES – CESPE/2010) A revogação de atos pela

administração pública, por motivos de oportunidade e

conveniência, possui limitação de natureza temporal, como,

por exemplo, o prazo qüinqüenal previsto na Lei n°

9.784/1999, no entanto não possui natureza material.

Comentário:

O prazo decadencial de cinco anos, previsto na Lei nº

9.784/99, art. 54, é para anular o ato administrativo que contenha

vício de legalidade. Quanto à revogação não há previsão de prazo, ou

seja, não possui limitação temporal, mas apenas limitações materiais.

Gabarito: Errado.

115. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Quando

uma situação concreta, no âmbito do juízo de mérito

administrativo, estiver enquadrada na zona de indeterminação

jurídica, poderá o Poder Judiciário decidir ou não sobre a

prática do ato administrativo.

Comentário:

No caso de conceitos jurídicos indeterminados, como se

sabe, há uma zona cinzenta, ou seja, zona de indeterminação

jurídica. Neste aspecto, trata-se de zona que se permite o juízo de

mérito (discricionariedade).

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Por isso, não cabe ao Judiciário decidir ou não sobre a

prática do ato administrativo, por se tratar de questão de mérito.

Gabarito: Errado.

116. (TÉNICO JUDICIÁRIO – TRE/RJ – CESPE/2012) Atos

administrativos podem ser revogados por determinação tanto

da administração quanto do Poder Judiciário.

Comentário:

A revogação é a extinção ou retirada do ato por razões

de conveniência e oportunidade, ou seja, por razões de mérito

administrativo. Por isso, somente a administração pode decidir sobre

o mérito, não podendo o Poder Judiciário revogar ato administrativo.

Gabarito: Errado.

117. (ANALISTA – ANATEL – CESPE/2012) Embora tenha

competência para analisar a legalidade dos atos

administrativos, o Poder Judiciário não a tem relativamente ao

mérito administrativo desses atos.

Comentário:

De fato, é vedado ao Poder Judiciário decidir acerca do

mérito administrativo, por se tratar de decidir acerca da conveniência

e oportunidade.

Gabarito: Errado.

118. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2012)

Josué, servidor público de um órgão da administração direta

federal, ao determinar a remoção de ofício de Pedro, servidor

do mesmo órgão e seu inimigo pessoal, apresentou como

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motivação do ato o interesse da administração para suprir

carência de pessoal. Embora fosse competente para a prática

do ato, Josué, posteriormente, informou aos demais

servidores do órgão que a remoção foi, na verdade, uma forma

de nunca mais se deparar com Pedro, e que o caso serviria de

exemplo para todos. A afirmação, porém, foi gravada em vídeo

por um dos presentes e acabou se tornando pública e notória

no âmbito da administração. À luz dos preceitos que

regulamentam os atos administrativos e o controle da

administração pública. Pedro não poderá ingressar em juízo

visando a anulação do ato administrativo, visto que é proibido,

em qualquer hipótese, o exame pelo Poder Judiciário da

conveniência e oportunidade de atos administrativos.

Comentário:

Eis aí, enfim, uma boa questão para se colocar os

pingos nos i’s. Então, o Poder Judiciário não pode é decidir o mérito

administrativo, ou seja, substituir o administrador público para

avaliar a conveniência e oportunidade de se praticar o ato, sob pena

de ofensa ao princípio da separação de poderes.

Contudo, poderá o Poder Judiciário realizar exame de

legalidade, sobretudo sobre o prisma da razoabilidade e

proporcionalidade, limites aplicáveis à discricionariedade

administrativa (mérito administrativo).

Portanto, o servidor poderá ingressar com ação

pretendendo anular o ato, demonstrando que a decisão acerca da

conveniência e oportunidade extrapola os limites legais.

Gabarito: Errado.

119. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) O Poder

judiciário pode, sempre, desde que provocado, revogar um ato

editado pelo Poder Executivo ou pelo Poder Legislativo, sendo

a revogação o exercício do controle de mérito administrativo.

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Comentário:

A revogação é exercício do controle de mérito

administrativo. Por isso, é vedado ao Poder Judiciário revogar ato

editado por outro Poder.

Gabarito: Errado.

120. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/TO – CESPE/2012) Se o

motivo for um aspecto discricionário de determinado ato

administrativo expressamente indicado pela administração

pública, não haverá hipótese de controle de tal ato pelo Poder

Judiciário.

Comentário:

Então, aqui duas coisas: Primeiro, ainda que

discricionário é possível analisar o motivo no tocante à observância

dos limites legais (proporcionalidade/razoabilidade). Segundo,

quando o motivo foi expressamente indicado, aplica-se a teoria dos

motivos determinantes, sendo possível ao Judiciário verificar, para

fins de anulação, se o fato é verídico, existente, se as razões

guardam congruência com o resultado do ato.

Gabarito: Errado.

121. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÕES – DPU – CESPE/2010) Os

atos administrativos discricionários, por sua própria natureza,

não admitem o controle pelo Poder Judiciário.

Comentário:

O Poder Judiciário poderá analisar os elementos que

compõe o mérito do ato administrativo, de forma a verificar se foram

praticados dentro dos limites legais (razoabilidade e

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proporcionalidade), ou seja, exame de legalidade.

Todavia, não poderá é decidir o mérito do ato

administrativo, ou seja, examinar a conveniência e oportunidade em

substituição ao agente público, por se tratar de competência

exclusiva deste atinente ao próprio exercício da função

administrativa.

De todo modo, o ato discricionário possui elementos

vinculados (competência, finalidade e forma) que podem ser objeto

de apreciação pelo Poder Judiciário, que poderá anular o ato por vício

de legalidade.

O que o Poder Judiciário, no exercício de sua função

típica, não pode fazer é revogar ato administrativo.

Gabarito: Errado.

122. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – RELAÇÕES

PÚBLICAS – MPS – CESPE/2010) É permitido ao Poder

Judiciário avaliar e julgar o mérito administrativo de ato

proveniente de um administrador público.

Comentário:

Olha aí, a mesma questão!! Moleza, moleza. Pois é, não

é dado ao Poder Judiciário o poder de substituir o administrador, de

modo que somente a este cabe a análise da conveniência e

oportunidade de se realizar o ato administrativo discricionário.

Gabarito: Errado.

123. (ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – MS –

CESPE/2010) No controle dos atos discricionários, os quais

legitimam espaço de liberdade para o administrador, o Poder

Judiciário deve, em regra, limitar-se ao exame da legalidade

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do ato, sendo vedada a análise dos critérios de conveniência e

oportunidade adotados pela administração.

Comentário:

E aí? Em outras palavras, o que acabei dizer é que em

relação aos atos discricionários o Poder Judiciário deve, em regra,

limitar-se ao exame da legalidade do ato, sendo vedada a

análise dos critérios de conveniência e oportunidade adotados

pela administração.

Gabarito: Certo.

124. (ANALISTA – ARQUIVOLOGIA – MPU – CESPE/2010) A

legalidade dos atos administrativos vinculados e

discricionários está sujeita à apreciação judicial.

Comentário:

De fato, o que o Poder Judiciário, no controle judicial

dos atos administrativos, seja vinculado ou discricionário, pode fazer

é o exame de legalidade, ou seja, verificar se estão de acordo com o

ordenamento jurídico, caso não estejam então deverá anulá-lo.

Gabarito: Certo.

125. (AUDITOR – TC/DF – CESPE/2012) A extinção de ato

administrativo perfeito por motivo de conveniência e

oportunidade é denominada anulação.

Comentário:

A extinção do ato por questões de conveniência e

oportunidade se chama revogação.

Gabarito: Errado.

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126. (AFCE – TI – CESPE/2010) O Poder Judiciário pode, de

ofício, apreciar a validade de um ato administrativo e decretar

a sua nulidade, caso seja considerado ilegal.

Comentário:

Lembre-se que o Judiciário não atua de ofício, precisa

ser provocado. Assim, mesmo diante de um ato ilegal, se não for

provocado, o Judiciário não poderá anulá-lo de ofício.

Gabarito: Errado.

127. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) O ato

administrativo com vício de legalidade somente pode ser

invalidado por decisão judicial.

Comentário:

A Administração Pública, conforme princípio da

autotutela, pode por si mesma, independentemente de autorização

judicial, anular seus atos administrativos, quando verificar vício de

legalidade.

Gabarito: Errado.

128. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) A

anulação de ato administrativo pela administração pública

independe de provocação e produz efeitos ex tunc.

Comentário:

De fato, a Administração Pública independentemente de

provocação, ou seja, de ofício, pode anular seus próprios atos quando

ilegais. Assim, a anulação produzirá efeitos retroativos (ex tunc),

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diferentemente da revogação que não retroage (ex nunc).

Gabarito: Errado.

129. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RJ –

CESPE/2012) Tanto o direito administrativo quanto o direito

privado distinguem os atos nulos dos atos anuláveis. Os atos e

negócios jurídicos contrários ao ordenamento jurídico

poderão, no âmbito do direito privado, estar eivados de vícios

de nulidade ou anulabilidade, já os atos administrativos

praticados em desacordo com o ordenamento jurídico serão

considerados inválidos.

Comentário:

Atualmente, com base na Lei nº 9.784/99, pode ser

dizer que o direito administrativo incorporou a teoria civilista dos atos

nulos e anuláveis (teoria dualista dos vícios). Porém, trata-se de

adoção de tal critério de forma mitigada.

É que no âmbito civil, o Código estabelece quais são

vícios sanáveis e insanáveis. No direito administrativo a lei não faz

expressamente a distinção, muito embora preveja que pode ser

convalidado ato com vício sanável, sem dizer quais são.

Gabarito: Errado.

130. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RJ –

CESPE/2012) Tratando-se de nulidade superveniente, os

efeitos da declaração de nulidade de determinado ato

administrativo não retroagem.

Comentário:

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No direito administrativo a nulidade é sempre

congênita, ou seja, originária. Por isso, a sua declaração opera efeitos

retroativos.

A propósito, só para constar, há forte discussão no

âmbito doutrinário e jurisprudencial acerca da aplicação da técnica de

modulação temporal dos efeitos existente no controle de

constitucionalidade. Todavia, ainda prevalece a tese de retroatividade

da nulidade.

Gabarito: Errado.

131. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RJ – CESPE/2012) Para

que possa declarar a nulidade de seus próprios atos, a

administração deve ingressar com ação específica no Poder

Judiciário.

Comentário:

A própria Administração em razão de seu poder de

autotutela (princípio da autotutela) poder anular seus atos ilegais ou

revogar os inconvenientes e inoportunos, conforme art. 53 da Lei nº

9.784/99.

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios

atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode

revogá-los por motivo de conveniência ou

oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

Gabarito: Errado.

132. (TÉCNICO CIENTÍTICO – DIREITO – BANCO DO

AMAZÔNIA – CESPE/2012) Os efeitos da anulação de um ato

administrativo operam ex nunc.

Comentário:

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A anulação opera efeitos retroativos (ex tunc) e a

revogação não retroativos (ex nunc).

Gabarito: Errado.

133. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) A

administração pode anular seus próprios atos por motivo de

conveniência ou oportunidade.

Comentário:

A anulação ocorre por vício de legalidade e a revogação

por questões de mérito (conveniência e oportunidade).

Gabarito: Errado.

134. (ANALISTA – ANATEL – CESPE/2012) A anulação de ato

administrativo será aplicada ao ato que, mesmo válido,

legítimo, perfeito, venha a se tornar inconveniente,

inoportuno ou desnecessário.

Comentário:

Somente se anula ato inválido. O ato legítimo, perfeito

e válido, que se tornou inconveniente e inoportuno, ou seja, que não

mais atende ao interesse público deve ser revogado.

Gabarito: Errado.

135. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2012)

Josué, servidor público de um órgão da administração

direta federal, ao determinar a remoção de ofício de Pedro,

servidor do mesmo órgão e seu inimigo pessoal, apresentou

como motivação do ato o interesse da administração para

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suprir carência de pessoal. Embora fosse competente para a

prática do ato, Josué, posteriormente, informou aos demais

servidores do órgão que a remoção foi, na verdade, uma forma

de nunca mais se deparar com Pedro, e que o caso serviria de

exemplo para todos. A afirmação, porém, foi gravada em vídeo

por um dos presentes e acabou se tornando pública e notória

no âmbito da administração. À luz dos preceitos que

regulamentam os atos administrativos e o controle da

administração pública. O ato administrativo que removeu

Pedro foi praticado por Josué com desvio de poder e poderá

ser anulado por autoridade competente do próprio órgão,

desde que haja provocação por parte do interessado, no caso,

Pedro.

Comentário:

A anulação pode se dá de ofício ou mediante

provocação do interessado.

Gabarito: Errado.

136. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) A anulação de ato

administrativo que afete interesses ou direitos de terceiros

depende de provocação da pessoa interessada.

Comentário:

A anulação pode se dá de ofício ou mediante

provocação do interessado. Então, mesmo que afete interesses ou

direitos de terceiros, a Administração pode atuar de ofício. Todavia,

conforme entendimento do STJ, nesses casos deve ser assegurado ao

interessado o contraditório e ampla defesa.

Gabarito: Errado.

137. (ADMINISTRADOR – TJ/RR – CESPE/2012) A prescrição

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administrativa não impede que a administração anule o ato

administrativo, já que assim exige o princípio da supremacia

do interesse público.

Comentário:

A prescrição é a perda do prazo para ingressar com

ação judicial, aplicando-se, em regra, o Decreto nº 20.910/32, que

estabelece o prazo de cinco anos do dia em que o ato ou fato se

originou. Assim, verificada a prescrição, a Administração ficará

impedida de anular o ato.

Gabarito: Errado.

138. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÕES – DPU – CESPE/2010)

Valendo-se de seu poder de autotutela, a administração

pública pode anular o ato administrativo, sendo que o

reconhecimento da desconformidade do ato com a lei produz

efeitos a partir da própria anulação.

Comentário:

Então, como é? É a partir da própria anulação ou é

retroativa? Ex nunc ou ex tunc? A anulação é ex tunc, ou seja,

retroativa, produzindo seus efeitos desde a origem do ato.

Gabarito: Errado.

139. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/ES –

CESPE/2011) O ato praticado com vício de incompetência em

razão da matéria não admite convalidação.

Comentário:

A convalidação do ato pode ocorrer por decisão da

Administração (convalidação expressa) ou por decurso de prazo

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(convalidação tácita).

A convalidação expressa, ou seja, por decisão da

Administração (discricionário) pode ser feita nos casos de vício

sanável, que não houver prejuízo a terceiro, nem lesão ao interesse

público.

Com efeito, nos termos da doutrina, são sanáveis os

vícios de competência, desde que não seja exclusiva ou definida pela

matéria, e o vício de forma, desde que não seja essencial.

Na convalidação tácita os requisitos são o decurso do

prazo quinquenal e a boa-fé do beneficiário.

Assim, o ato praticado com vício de incompetência em

razão da matéria não admite convalidação.

Gabarito: Certo.

140. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) É possível a convalidação

de ato administrativo praticado por sujeito que não disponha

de competência para praticá-lo, desde que não se trate de

competência outorgada com exclusividade.

Comentário:

O vício de competência é considerado sanável, desde

que não seja exclusiva ou definida em razão da matéria. Assim, é

possível a convalidação de ato praticado por sujeito incompetente

quando não se tratar de competência exclusiva.

Gabarito: Certo.

141. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RR – CESPE/2012)

Quando o sujeito pratica o ato administrativo em hipótese

considerada pela lei como de impedimento, resta configurada

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a nulidade absoluta, circunstância que impede a convalidação

do ato.

Comentário:

Embora o servidor que esteja impedido de atuar

cometa falta grave, observa-se que tal vício é passível de

convalidação, na medida em que não se convalida vício de

competência quando se tratar de competência exclusiva ou definida

em razão da matéria.

Gabarito: Errado.

142. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012)

Estando o servidor impedido ou sob suspeição ao praticar o

ato administrativo, resta configurada hipótese de vício

insanável.

Comentário:

Nessas hipóteses, o vício é sanável por não se tratar de

ato de competência exclusiva ou definida em razão da matéria.

Gabarito: Errado.

143. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012)

Quando o vício do ato administrativo atinge o motivo e a

finalidade, não é possível a sua convalidação.

Comentário:

De fato, não são passíveis de convalidação, por ato

administrativo, os vícios de finalidade e motivo.

Gabarito: Certo.

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144. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011)

Considerando–se a possibilidade de convalidação do ato

administrativo eventualmente viciado, é correto afirmar que

os efeitos da convalidação retroagem à data do ato

convalidado.

Comentário:

O ato de convalidação sana o vício do ato, de modo que

se considera que o ato nunca fora viciado. Por isso, seus efeitos são

retroativos (ex tunc).

Gabarito: Certo.

145. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) O ato de convalidação,

pelo qual é suprido vício existente em ato ilegal, opera efeitos

ex tunc, retroagindo em seus efeitos ao momento em que foi

praticado o ato originário.

Comentário:

Perfeito. Para convalidar o vício é editado um novo ato

(ato de convalidação), pelo qual é suprido vício existente em ato

ilegal, operando efeitos retroativos (ex tunc), ous seja, retroagindo

em seus efeitos ao momento em que foi praticado o ato originário.

Gabarito: Certo.

146. (PERITO CRIMINAL – PC/ES – CESPE/2011) O agente

público, com o objetivo de convalidar ato administrativo

anteriormente editado, pode editar outro ato para efetuar a

supressão do defeito sanável existente. Entretanto, os seus

efeitos não retroagirão à edição do primeiro, sob pena de

ofensa ao princípio da segurança jurídica.

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Comentário:

O ato de convalidação sana o vício ou o defeito

anteriormente existente no ato. Dessa forma, seus efeitos são

retroativos.

Gabarito: Errado.

147. ADMINISTRADOR – TJ/RR – CESPE/2012) Em regra,

sempre que a administração estiver perante ato insuscetível

de convalidação, ela será obrigada a invalidá-lo, excetuando-

se a essa determinação a situação em que o ato viciado já

tenha sido estabilizado pelo direito.

Comentário:

De fato, quando o ato for insuscetível de convalidação é

dever da Administração de anulá-lo. Todavia, quando se tratar de

situação já consolidada em razão do tempo, o beneficiário estiver de

boa-fé, o ato deve ser mantido, até por questões de segurança

jurídica.

Gabarito: Certo.

148. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) Uma declaração de

utilidade pública para fins de desapropriação feita por meio de

portaria, e não de decreto, constitui vício sanável, que,

portanto, não torna o ato inválido.

Comentário:

O vício de forma somente é insanável quando a lei o

exigir como essencial ao ato. Com efeito, no caso de desapropriação,

a própria lei determina que seja expedido decreto declarando a

propriedade de utilidade, necessidade ou de interesse social.

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Portanto, trata-se de vício insanável que gera nulidade

do procedimento.

Gabarito: Errado.

149. (AFCE – TCU – CESPE/2011) Tendo em vista a aplicação

da teoria da realidade, a doutrina administrativista entende

válidos os efeitos decorrentes de ato administrativo típico

praticado por pessoa investida de forma irregular em cargo,

emprego ou função pública.

Comentário:

Pela teoria do servidor (agente) de fato, decorrência da

teoria da aparência, é que, conforme a doutrina administrativista,

entende-se válidos os efeitos decorrentes de ato administrativo típico

praticado por pessoa investida de forma irregular em cargo, emprego

ou função pública.

Gabarito: Errado.

150. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/ES – CESPE/2010) Pela

conversão, a administração converte um ato inválido em ato

de outra categoria, com efeitos retroativos à data do ato

original.

Comentário:

Conforme explica Vicente Paulo, “a conversão

consiste em um ato privativo da administração pública

mediante o qual ela aproveita um ato nulo de uma

determinada espécie transformando-o, retroativamente, em

um ato válido de outra categoria, pela modificação de seu

enquadramento legal”.

Gabarito: Certo.

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Ufa! É isso aí,

Vamos que vamos, em frente!

Bons estudos e grande abraço,

Prof. Edson Marques

QUESTÕES SELECIONADAS

1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/AL –

CESPE/2012) Todo ato praticado no exercício da função

administrativa consiste em ato da administração.

2. (ANALISTA DE TRANSPORTES – ADVOGADO – CETURB/ES –

CESPE/2010) Atos praticados pela administração valendo-se de suas

prerrogativas e regido pelas normas de direito público são exemplos

de atos administrativos, não podendo ser classificados, portanto,

como atos da administração.

3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/AL –

CESPE/2012) De acordo com os critérios objetivo, funcional ou

material, ato administrativo corresponde ao ato praticado no exercício

concreto da função administrativa que é editado exclusivamente por

órgãos administrativos.

4. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRAÇÃO – STM –

CESPE/2011) Os atos administrativos têm origem no Estado ou em

agentes investidos de prerrogativas estatais.

5. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/AL –

CESPE/2012) Os atos administrativos incluem os despachos de

encaminhamento de papéis e os processos.

6. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – REL. PÚBLICAS – MPS

– CESPE/2010) Quando um banco estatal celebra, com um cliente,

um contrato de abertura de conta-corrente, está praticando um ato

administrativo.

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7. (ANALISTA – ANATEL – CESPE/2012) A formalização de

contrato de abertura de conta-corrente entre instituição financeira

sociedade de economia mista e um particular enquadra-se no

conceito de ato administrativo.

8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/AL –

CESPE/2012) Os atos políticos não se sujeitam ao regime jurídico

constitucional.

9. (DELEGADO – PC/AL – CESPE/2012) O fato administrativo é

conceituado como a materialização da função administrativa.

10. (JUIZ DO TRABALHO – TRT 1ª REGIÃO – CESPE/2010) Em

obediência ao princípio da solenidade da forma, entendida esta como

o meio pelo qual se exterioriza a vontade da administração, o ato

administrativo deve ser escrito e manifestado de maneira expressa,

não se admitindo, no direito público, o silêncio como forma de

manifestação da vontade da administração.

11. (AFCE – TCU – CESPE/2011) A presunção de legitimidade, como

atributo do ato administrativo, representa a faculdade ou a

prerrogativa conferida à administração pública para impor,

unilateralmente, obrigações aos administrados e interferir na esfera

alheia independentemente de anuência prévia.

12. (ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010) Os

atos administrativos gozam de presunção iuris et de iure de

legitimidade.

13. (ARQUITETO – CAIXA – CESPE/2010) O princípio da presunção

de legitimidade que incide entre os atos administrativos caracteriza-

se por presumir que toda atividade administrativa está em

conformidade com a lei; no entanto, trata-se de presunção relativa,

uma vez que o administrado pode contestá-la e provar o contrário.

14. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) No caso de

um administrado alegar a existência de vício de legalidade que

invalide determinado ato administrativo, esse indivíduo deverá

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fundamentar sua alegação com provas dos fatos relevantes, por força

da obrigatoriedade de inversão do ônus da prova, originada no

princípio da presunção de legitimidade do ato administrativo.

15. (ADVOGADO – EBC – CESPE/2011) Ao serem emanados, os

atos administrativos, que possuem presunção juris tantum de

legalidade, são, desde logo, imperativos, ou seja, tornam-se

obrigatórios e executáveis; podem, ainda, ser implementados sem

necessidade de autorização prévia do Judiciário, invertendo-se a

presunção quando forem contestados em juízo.

16. (TÉCNICO MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) Inerente aos

atos administrativos, a presunção de legitimidade caracteriza-se por

ser um princípio de direito público relativo, isto é, que não admite

prova em contrário.

17. (CONTADOR – AGU – CESPE/2010) O ato administrativo, uma

vez publicado, terá vigência e deverá ser cumprido, ainda que esteja

eivado de vícios.

18. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/ES –

CESPE/2011) Enquanto não for decretada a invalidade do ato pela

administração ou pelo Poder Judiciário, o ato inválido produzirá

normalmente seus efeitos.

19. (ANALISTA DE TRANSPORTES – ADVOGADO – CETURB/ES –

CESPE/2010) Os atos administrativos são dotados de presunção de

veracidade e legitimidade, razão pela qual é vedado ao Poder

Judiciário apreciar de ofício a validade de tais atos.

20. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/BA – CESPE/2010)

Um dos efeitos do atributo da presunção de veracidade dos atos

administrativos reside na impossibilidade de apreciação de ofício da

validade do ato por parte do Poder Judiciário.

21. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÕES – DPU – CESPE/2010) Pelo

atributo da presunção de veracidade, a validade do ato administrativo

não pode ser apreciada de ofício pelo Poder Judiciário.

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22. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANCINE – CESPE/2012)

Enquanto não for decretada a invalidade do ato pela administração ou

pelo Poder Judiciário, o ato inválido produzirá normalmente seus

efeitos.

23. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE-MT – CESPE/2010)

A prefeitura de determinada cidade, por meio de seu órgão

competente, fechou uma casa de espetáculos que funcionava sem

alvará e em dissonância com as normas de ordem urbanísticas locais.

O dono do estabelecimento rebelou-se contra o ato, sob o argumento

de que, para tanto, a prefeitura deveria ter recorrido ao Poder

Judiciário e pedido o fechamento da casa e não agido por conta

própria. A situação hipotética descrita acima demonstra o atributo do

ato administrativo denominado autoexecutoriedade.

24. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) Em decorrência da

autoexecutoriedade, atributo dos atos administrativos, a

administração pública pode, sem a necessidade de autorização

judicial, interditar determinado estabelecimento comercial.

25. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A

autoexecutoriedade é um atributo de todos os atos administrativos.

26. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/ES – CESPE/2010) Todos os

atos administrativos dispõem da característica da

autoexecutoriedade, isto é, o ato, tão logo praticado, pode ser

imediatamente executado, sem necessidade de intervenção do Poder

Judiciário.

27. (AGENTE ADMINISTRATIVO – AGU – CESPE/2010) Nem todos

os atos administrativos possuem o atributo da autoexecutoriedade, já

que alguns deles necessitam de autorização do Poder Judiciário para

criar obrigações para o administrado.

28. (ADVOGADO – CORREIOS – CESPE/2011) O atributo da

autoexecutoriedade está presente em todos os atos administrativos,

como também o da presunção de legitimidade e o da imperatividade.

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29. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Todo ato

administrativo goza do atributo da autoexecutoriedade, a exemplo

das obrigações pecuniárias como os tributos, que são exigíveis e

autoexecutáveis.

30. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) São atributos

de todos os atos administrativos a imperatividade e a

autoexecutoriedade.

31. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – IBAMA – CESPE/2012) O

atributo da exigibilidade, presente em todos os atos administrativos,

representa a execução material que desconstitui a ilegalidade.

32. (PROFESSOR – IFB – CESPE/2011) Por meio da imperatividade,

uma das características do ato administrativo, exige–se do particular

o cumprimento do ato, ainda que este contrarie disposições legais.

33. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/AL –

CESPE/2012) A imperatividade é um atributo de todos os atos

administrativos.

34. (ANALISTA – ANATEL – CESPE/2012) Competência, finalidade,

forma, motivo e objeto são requisitos de validade de um ato

administrativo.

35. (ANALISTA – ARQUIVOLOGIA – MPU – CESPE/2010) A

competência constitui elemento ou requisito do ato administrativo

vinculado, cabendo, entretanto, ao próprio órgão público estabelecer

as suas atribuições.

36. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) O poder legal

conferido ao agente público para o desempenho específico das

atribuições de seu cargo constitui um requisito do ato administrativo,

ou seja, o requisito da competência.

37. (ADVOGADO – CORREIOS – CESPE/2011) elemento do ato

administrativo, o sujeito é aquele a quem a lei atribui competência

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para a prática do ato, razão pela qual não pode o próprio órgão

estabelecer, sem lei que o determine, as suas atribuições.

38. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) A

competência é delegável, mas não é passível de avocação.

39. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/ES –

CESPE/2011) A delegação da competência para a realização de um

ato administrativo configura a renúncia da competência do agente

delegante.

40. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) A competência,

um dos elementos do ato administrativo, é irrenunciável, salvo os

casos de delegação e avocação legalmente admitidos; entre as

hipóteses cabíveis de delegação inclui-se a edição de decretos

normativos.

41. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) Pelo instituto

da delegação ocorre a transferência do requisito da competência.

42. (PROCURADOR FEDERAL – AGU – CESPE/2010) O ato de

delegação não retira a atribuição da autoridade delegante, que

continua competente cumulativamente com a autoridade delegada

para o exercício da função.

43. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – RELAÇÕES PÚBLICAS –

MPS – CESPE/2010) A delegação não transfere a competência, mas

somente o exercício de parte das atribuições do delegante.

44. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) Os órgãos administrativos e seus

titulares podem delegar parte de sua competência a outros órgãos ou

agentes, mesmo que não lhes sejam hierarquicamente subordinados,

por conveniência de ordem técnica, social, econômica, jurídica ou

territorial e desde que não haja impedimento legal.

45. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) A delegação é medida unilateral

da autoridade delegante, que detém o poder de revogá-la a qualquer

tempo. Entretanto, o ato que a formaliza não pode conter ressalvas

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ou restrições ao pleno exercício da atribuição delegada.

46. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPS – CESPE/2010) A edição de

atos de caráter normativo é um dos objetos de delegação.

47. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010)

Caso o diretor-presidente de uma autarquia federal edite um ato,

delegando a outro diretor a competência para julgar recursos

administrativos, tal delegação será legal.

48. (AFCE – TCU – CESPE/2011) A decisão de recurso

administrativo pode ser objeto de delegação.

49. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) A avocação

será permitida em caráter excepcional e por motivos relevantes

devidamente justificados.

50. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Permite-se, em

caráter excepcional, a avocação temporária de competência atribuída

a órgão hierarquicamente inferior, e, sendo a avocação ato

discricionário da administração pública, não há necessidade de

motivação.

51. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010)

Considerando-se que, de acordo com a teoria do órgão, os atos

praticados pelos agentes públicos são imputados à pessoa jurídica de

direito público, é correto afirmar que os atos provenientes de um

agente que não foi investido legitimamente no cargo, são

considerados inexistentes, não gerando qualquer efeito.

52. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) Segundo a

doutrina, o excesso de poder decorre de vício de competência

exercido além do que a lei permite e o desvio de poder resulta da

violação da finalidade.

53. (DELEGADO – PC/AL – CESPE/2012) Considere que o prefeito

de um município tenha determinado a desapropriação de uma

fazenda de seu adversário político, como forma de retaliação. Nesse

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caso, fica configurado o desvio de finalidade do ato.

54. (PERITO MÉDICO PREVIDENCIÁRIO – INSS – CESPE/2010) A

alteração da finalidade do ato administrativo expressa na norma legal

ou implícita no ordenamento da administração caracteriza o desvio de

poder.

55. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) Dado o princípio

da legalidade, o motivo para a prática dos atos administrativos deve

necessariamente estar expresso em lei.

56. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) O motivo, como pressuposto de

fato que antecede a prática do ato administrativo, será sempre

vinculado, não havendo, quanto a esse aspecto, margem a

apreciações subjetivas por parte da administração.

57. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011) A motivação do

ato administrativo, isto é, a declaração por escrito dos motivos que

determinaram a prática do ato, constitui, em qualquer situação,

elemento obrigatório para a prática do ato, sob pena de nulidade,

que, se declarada, terá efeitos ex tunc.

58. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANCINE – CESPE/2012) A

motivação, que é a exteriorização das razões que levaram à prática

do ato, não é obrigatória para todo tipo de ato administrativo.

59. (DELEGADO – PC/AL – CESPE/2012) Não é possível, nos atos

administrativos, haver a dispensa de sua motivação.

60. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) Os atos administrativos que

neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses devem ser

motivados, assim como os que importem anulação, suspensão ou

convalidação de ato administrativo, não sendo essencial a motivação

para os atos que os revoguem, pois a revogação ocorre por motivo de

conveniência e oportunidade da administração.

61. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) O ato de delegação, assim como

sua anulação, deve ser publicado em meio oficial, exceto no caso de

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revogação decorrente de fato superveniente devidamente

comprovado, pertinente e suficiente para justificá-la.

62. (INSPETOR – PC/CE – CESPE/2012) O ato de aplicação de

penalidade administrativa deve ser sempre motivado.

63. (JUIZ DO TRABALHO – TRT 1ª REGIÃO – CESPE/2010) Segundo

a teoria dos motivos determinantes, a motivação dos atos

administrativos é sempre necessária, seja para os atos vinculados,

seja para os discricionários, pois constitui garantia de legalidade que

tanto diz respeito aos interessados como à própria administração.

64. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010)

Considere a seguinte situação hipotética. Um município estabeleceu

que somente seriam concedidos alvarás de funcionamento a

restaurantes que tivessem instalado exaustor de fumaça acima de

cada fogão industrial. Na vigência dessa determinação, um fiscal do

município atestou, falsamente, que o restaurante X possuía o referido

equipamento, tendo-lhe sido concedido o alvará. Dias após a

fiscalização, a administração verificou que não havia no referido

estabelecimento o exaustor de fumaça. Nessa situação hipotética,

considera-se nulo o alvará, dada a inexistência de motivo do ato

administrativo.

65. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TAQUIGRAFIA – TJ/ES –

CESPE/2011) Nem todo ato administrativo necessita ser motivado. No

entanto, nesses casos, a explicitação do motivo que fundamentou o

ato passa a integrar a própria validade do ato administrativo como

um todo. Assim, se esse motivo se revelar inválido ou inexistente, o

próprio ato administrativo será igualmente nulo, de acordo com a

teoria dos motivos determinantes.

66. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) Segundo a

teoria dos motivos determinantes, a motivação expressa —

declaração pela administração pública das razões para a prática do

ato — é exigível apenas para os atos vinculados.

67. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) De acordo

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com o entendimento do STJ, o administrador, consoante a teoria dos

motivos determinantes, vincula-se aos motivos elencados para a

prática do ato administrativo, porém o vício de legalidade resta

configurado quando inexistentes ou inverídicos os motivos suscitados

pela administração, independentemente da existência de coerência

entre as razões explicitadas no ato e o resultado obtido.

68. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2012) Josué,

servidor público de um órgão da administração direta federal, ao

determinar a remoção de ofício de Pedro, servidor do mesmo órgão e

seu inimigo pessoal, apresentou como motivação do ato o interesse

da administração para suprir carência de pessoal. Embora fosse

competente para a prática do ato, Josué, posteriormente, informou

aos demais servidores do órgão que a remoção foi, na verdade, uma

forma de nunca mais se deparar com Pedro, e que o caso serviria de

exemplo para todos. A afirmação, porém, foi gravada em vídeo por

um dos presentes e acabou se tornando pública e notória no âmbito

da administração. À luz dos preceitos que regulamentam os atos

administrativos e o controle da administração pública. Assim, ainda

que as verdadeiras intenções de Josué nunca fossem reveladas, caso

Pedro conseguisse demonstrar a inexistência de carência de pessoal

que teria ensejado a sua remoção, por força da teoria dos motivos

determinantes, o falso motivo indicado por Josué como fundamento

para a prática do ato afastaria a presunção de legitimidade do ato

administrativo e tornaria a remoção ilegal.

69. (ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010)

Conforme afirma a doutrina prevalente, o ato administrativo será

sempre vinculado com relação à competência e ao motivo do ato.

70. (AFCE – TI – CESPE/2010) Sempre que a lei expressamente

exigir determinada forma para que um ato administrativo seja

considerado válido, a inobservância dessa exigência acarretará a

nulidade do ato.

71. (PERITO MÉDICO – INSS – CESPE/2010) O ato administrativo

pode ser perfeito, válido e ineficaz.

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72. (PROCURADOR FEDERAL – AGU – CESPE/2010) O ato

administrativo pode ser inválido e, ainda assim, eficaz, quando,

apesar de não se achar conformado às exigências normativas,

produzir os efeitos que lhe seriam inerentes, mas não é possível que

o ato administrativo seja, ao mesmo tempo, perfeito, inválido e

eficaz.

73. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) Considerando a relação entre a

validade e a eficácia do ato administrativo, é correto afirmar que um

ato pode ser válido e eficaz ou, ainda, inválido e ineficaz, mas não

inválido e eficaz, pois não é possível considerar que, tendo sido

editado em desconformidade com a lei, um ato esteja apto a produzir

efeitos.

74. (TÉNICO JUDICIÁRIO – TRE/RJ – CESPE/2012) Considera-se

que o ato administrativo é válido quando se esgotam todas as fases

necessárias para a sua produção.

75. (PERITO MÉDICO – INSS – CESPE/2010) O ato administrativo

pendente pressupõe um ato perfeito.

76. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÕES – DPU – CESPE/2010) Quanto à

exequibilidade, o denominado ato administrativo perfeito é aquele

que já exauriu seus efeitos, tornando-se definitivo e não podendo

mais ser impugnado na via administrativa ou na judicial.

77. (ADVOGADO – CORREIOS – CESPE/2011) Segundo a doutrina,

no que se refere à exequibilidade, ato administrativo consumado é

aquele que já exauriu seus efeitos e se tornou definitivo, não sendo

passível de impugnação na via administrativa nem na judicial.

78. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) A falta da

aprovação da autoridade competente para o ato administrativo

produzir efeitos configura hipótese de ato administrativo pendente de

exequibilidade, visto que está sujeito a condição ou termo para o

início da produção de seus efeitos.

79. (CONTADOR – AGU – CESPE/2010) O ato discricionário permite

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liberdade de atuação administrativa, a qual deve restringir-se, porém,

aos limites previstos em lei.

80. (AUDITOR – TC/DF – CESPE/2012) O fator limitador do ato

administrativo discricionário é o critério da conveniência e

oportunidade.

81. (AFCE – TCU – CESPE/2011) Incluem-se na classificação de

atos administrativos discricionários os praticados em decorrência da

aplicação de norma que contenha conceitos jurídicos indeterminados.

82. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJ/ES – CESPE/2011)

A autorização é ato administrativo vinculado pelo qual a

administração consente que o particular exerça atividade ou utilize

bem público no seu próprio interesse.

83. (ADVOGADO – CORREIOS – CESPE/2011) Quanto ao conteúdo,

a aprovação e a homologação são espécies de atos administrativos

unilaterais e discricionários, por meio dos quais se exerce o controle a

posteriori do ato.

84. (ADVOGADO DA UNIÃO – AGU – CESPE/2012) Por serem atos

de polícia administrativa, a licença e a autorização, classificadas,

respectivamente, como ato vinculado e ato discricionário, são

suscetíveis de cassação pela polícia judiciária.

85. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) A licença é ato administrativo

unilateral, discricionário e precário, por meio do qual a administração

faculta ao particular o desempenho de uma atividade que, sem esse

consentimento, seria legalmente proibida.

86. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) O estabelecimento que

obtenha do poder público licença para comercializar produtos

farmacêuticos não poderá, com fundamento no mesmo ato,

comercializar produtos alimentícios, visto que a licença para

funcionamento de estabelecimento comercial constitui ato

administrativo vinculado.

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87. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Quanto à

formação da vontade administrativa, o ato administrativo é

classificado em simples, composto ou complexo, sendo a

aposentadoria de servidor público, de acordo com o entendimento do

STF, exemplo de ato composto.

88. (ANALISTA DE INFRAESTRUTURA – MP – CESPE/2012) Os atos

administrativos classificam-se, quanto à formação da vontade

administrativa, em atos simples, compostos e complexos,

constituindo a aposentadoria de servidor público exemplo de ato

administrativo complexo.

89. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) O administrador

público que concede aposentadoria por tempo de serviço a um

servidor que reúne condições para tanto está realizando,

necessariamente, um ato administrativo classificado como de gestão.

90. (TÉCNICO CIENTÍTICO – DIREITO – BANCO DO AMAZÔNIA –

CESPE/2012) O ato administrativo complexo, como, por exemplo, a

investidura em cargo ou emprego público, forma-se pela conjugação

de vontades de mais de um órgão administrativo.

91. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RR – CESPE/2012) No que se

refere à formação da vontade, os atos administrativos simples são

aqueles que decorrem da declaração de vontade de um único órgão,

o qual pode ser tanto singular quanto colegiado.

92. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – STJ –

CESPE/2011) Denomina–se ato composto aquele que ocorre quando

existe a manifestação de dois ou mais órgãos e as vontades desses

órgãos se unem para formar um só ato.

93. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/BA –

CESPE/2010) Ato administrativo complexo é aquele que resulta do

somatório de manifestações de vontade de mais de um órgão, por

exemplo, a aposentadoria.

94. (ANALISTA DE TRANSPORTES – ADVOGADO – CETURB/ES –

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CESPE/2010) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal

(STF), a aposentadoria seria exemplo de ato composto mesmo nos

casos em que o tribunal de contas, no exercício do controle externo

constitucionalmente previsto, aprecia a legalidade da própria

concessão.

95. (ANALISTA – CÂMARA – CESPE/2012) Considere que um

servidor público federal tenha sido aposentado mediante portaria

publicada no ano de 2008 e que, em 2010, o TCU tenha homologado

o ato de aposentadoria. Nessa situação hipotética, esse ato

caracteriza-se como complexo, visto que, para o seu

aperfeiçoamento, é necessária a atuação do TCU e do órgão público a

que estava vinculado o servidor.

96. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) Atos compostos são aqueles cuja

vontade final exige a intervenção de agentes ou órgãos diversos e

apresenta conteúdo próprio em cada uma das manifestações.

97. (ADMINISTRADOR – TJ/RR – CESPE/2012) Atos de império,

sempre gerais, são todos aqueles que a administração pratica usando

de sua supremacia sobre o administrado ou servidor e lhes impõe

obrigatório atendimento.

98. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) São exemplos

de atos de gestão a desapropriação de um bem privado, a interdição

de um estabelecimento comercial e a apreensão de mercadorias.

99. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Os atos

administrativos unilaterais, também chamados de atos de autoridade,

são fundamentados no princípio da supremacia do interesse público,

e sua prática configura manifestação do denominado poder

extroverso.

100. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) A assinatura de

uma nota promissória e a oferta de ações de uma sociedade anônima

são exemplos de atos jurídicos multilaterais.

101. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) Conforme a

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classificação dos atos administrativos quanto aos seus efeitos, a

anulação do ato administrativo configura exemplo de ato constitutivo,

por criar, modificar ou extinguir um direito ou situação do

administrado.

102. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) A

administração pública, por intermédio de seus órgãos, tem

competência para editar atos administrativos ordinatórios com o

objetivo de organizar e otimizar a atividade administrativa.

103. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) Consideram-se

atos enunciativos os que alteram uma relação jurídica, criando,

modificando ou extinguindo direitos, dos quais é exemplo o parecer.

104. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) A autorização para exploração de

jazida é exemplo de ato declaratório, já que expressa aquiescência da

administração para o particular desenvolver determinada atividade.

105. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TJ/ES – CESPE/2011)

O ato administrativo pode extinguir–se pela cassação, situação em

que a retirada do ato se dá porque sobrevém norma jurídica que

torna inadmissível a situação antes permitida pelo direito e outorgada

pelo ato precedente.

106. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) Segundo o

STJ, a possibilidade de a administração poder anular ou revogar os

seus próprios atos quando eivados de irregularidades não se estende

ao desfazimento de situações constituídas com aparência de

legalidade, sem a necessária observância do devido processo legal e

da ampla defesa.

107. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/CE – CESPE/2010) Como

faculdade de que dispõe a administração para extinguir os atos que

considera inconvenientes e inoportunos, a revogação pode atingir

tanto os atos discricionários como os vinculados.

108. (AFCE – TCU – CESPE/2011) Os atos vinculados são passíveis

de revogação.

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109. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRE/BA –

CESPE/2010) Apesar de o ato de revogação ser dotado de

discricionariedade, não podem ser revogados os atos administrativos

que geram direitos adquiridos.

110. (JUIZ DO TRABALHO – TRT 1ª REGIÃO – CESPE/2010) O

pressuposto da revogação é o interesse público, razão pela qual ela

incide sobre atos válidos e inválidos que a administração pretenda

abolir do rol de normas jurídicas, em razão dos inconvenientes e dos

malefícios que causem à coletividade.

111. (OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA – ABIN – CESPE/2010) A

revogação de um ato revogador não restaura, automaticamente, a

validade do primeiro ato revogado.

112. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) A revogação

não pode atingir os meros atos administrativos, tais como as

certidões e os atestados.

113. (ADVOGADO DA UNIÃO – AGU – CESPE/2012) Embora a

revogação seja ato administrativo discricionário da administração, são

insuscetíveis de revogação, entre outros, os atos vinculados, os que

exaurirem os seus efeitos, os que gerarem direitos adquiridos e os

chamados meros atos administrativos, como certidões e atestados.

114. (ANALISTA DE TRANSPORTES – ADVOGADO – CETURB/ES –

CESPE/2010) A revogação de atos pela administração pública, por

motivos de oportunidade e conveniência, possui limitação de natureza

temporal, como, por exemplo, o prazo qüinqüenal previsto na Lei n°

9.784/1999, no entanto não possui natureza material.

115. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) Quando uma

situação concreta, no âmbito do juízo de mérito administrativo,

estiver enquadrada na zona de indeterminação jurídica, poderá o

Poder Judiciário decidir ou não sobre a prática do ato administrativo.

116. (TÉNICO JUDICIÁRIO – TRE/RJ – CESPE/2012) Atos

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administrativos podem ser revogados por determinação tanto da

administração quanto do Poder Judiciário.

117. (ANALISTA – ANATEL – CESPE/2012) Embora tenha

competência para analisar a legalidade dos atos administrativos, o

Poder Judiciário não a tem relativamente ao mérito administrativo

desses atos.

118. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2012) Josué,

servidor público de um órgão da administração direta federal, ao

determinar a remoção de ofício de Pedro, servidor do mesmo órgão e

seu inimigo pessoal, apresentou como motivação do ato o interesse

da administração para suprir carência de pessoal. Embora fosse

competente para a prática do ato, Josué, posteriormente, informou

aos demais servidores do órgão que a remoção foi, na verdade, uma

forma de nunca mais se deparar com Pedro, e que o caso serviria de

exemplo para todos. A afirmação, porém, foi gravada em vídeo por

um dos presentes e acabou se tornando pública e notória no âmbito

da administração. À luz dos preceitos que regulamentam os atos

administrativos e o controle da administração pública. Pedro não

poderá ingressar em juízo visando a anulação do ato administrativo,

visto que é proibido, em qualquer hipótese, o exame pelo Poder

Judiciário da conveniência e oportunidade de atos administrativos.

119. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/RO – CESPE/2012) O Poder

judiciário pode, sempre, desde que provocado, revogar um ato

editado pelo Poder Executivo ou pelo Poder Legislativo, sendo a

revogação o exercício do controle de mérito administrativo.

120. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/TO – CESPE/2012) Se o motivo

for um aspecto discricionário de determinado ato administrativo

expressamente indicado pela administração pública, não haverá

hipótese de controle de tal ato pelo Poder Judiciário.

121. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÕES – DPU – CESPE/2010) Os atos

administrativos discricionários, por sua própria natureza, não

admitem o controle pelo Poder Judiciário.

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122. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – RELAÇÕES PÚBLICAS –

MPS – CESPE/2010) É permitido ao Poder Judiciário avaliar e julgar o

mérito administrativo de ato proveniente de um administrador

público.

123. (ANALISTA TÉCNICO-ADMINISTRATIVO – MS – CESPE/2010)

No controle dos atos discricionários, os quais legitimam espaço de

liberdade para o administrador, o Poder Judiciário deve, em regra,

limitar-se ao exame da legalidade do ato, sendo vedada a análise dos

critérios de conveniência e oportunidade adotados pela

administração.

124. (ANALISTA – ARQUIVOLOGIA – MPU – CESPE/2010) A

legalidade dos atos administrativos vinculados e discricionários está

sujeita à apreciação judicial.

125. (AUDITOR – TC/DF – CESPE/2012) A extinção de ato

administrativo perfeito por motivo de conveniência e oportunidade é

denominada anulação.

126. (AFCE – TI – CESPE/2010) O Poder Judiciário pode, de ofício,

apreciar a validade de um ato administrativo e decretar a sua

nulidade, caso seja considerado ilegal.

127. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) O ato

administrativo com vício de legalidade somente pode ser invalidado

por decisão judicial.

128. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) A anulação

de ato administrativo pela administração pública independe de

provocação e produz efeitos ex tunc.

129. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RJ – CESPE/2012)

Tanto o direito administrativo quanto o direito privado distinguem os

atos nulos dos atos anuláveis. Os atos e negócios jurídicos contrários

ao ordenamento jurídico poderão, no âmbito do direito privado, estar

eivados de vícios de nulidade ou anulabilidade, já os atos

administrativos praticados em desacordo com o ordenamento jurídico

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serão considerados inválidos.

130. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/RJ – CESPE/2012)

Tratando-se de nulidade superveniente, os efeitos da declaração de

nulidade de determinado ato administrativo não retroagem.

131. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/RJ – CESPE/2012) Para que possa

declarar a nulidade de seus próprios atos, a administração deve

ingressar com ação específica no Poder Judiciário.

132. (TÉCNICO CIENTÍTICO – DIREITO – BANCO DO AMAZÔNIA –

CESPE/2012) Os efeitos da anulação de um ato administrativo

operam ex nunc.

133. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – STJ – CESPE/2012) A administração

pode anular seus próprios atos por motivo de conveniência ou

oportunidade.

134. (ANALISTA – ANATEL – CESPE/2012) A anulação de ato

administrativo será aplicada ao ato que, mesmo válido, legítimo,

perfeito, venha a se tornar inconveniente, inoportuno ou

desnecessário.

135. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ANATEL – CESPE/2012) Josué,

servidor público de um órgão da administração

direta federal, ao determinar a remoção de ofício de Pedro, servidor

do mesmo órgão e seu inimigo pessoal, apresentou como motivação

do ato o interesse da administração para suprir carência de pessoal.

Embora fosse competente para a prática do ato, Josué,

posteriormente, informou aos demais servidores do órgão que a

remoção foi, na verdade, uma forma de nunca mais se deparar com

Pedro, e que o caso serviria de exemplo para todos. A afirmação,

porém, foi gravada em vídeo por um dos presentes e acabou se

tornando pública e notória no âmbito da administração. À luz dos

preceitos que regulamentam os atos administrativos e o controle da

administração pública. O ato administrativo que removeu Pedro foi

praticado por Josué com desvio de poder e poderá ser anulado por

autoridade competente do próprio órgão, desde que haja provocação

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por parte do interessado, no caso, Pedro.

136. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) A anulação de ato administrativo

que afete interesses ou direitos de terceiros depende de provocação

da pessoa interessada.

137. (ADMINISTRADOR – TJ/RR – CESPE/2012) A prescrição

administrativa não impede que a administração anule o ato

administrativo, já que assim exige o princípio da supremacia do

interesse público.

138. (TÉCNICO EM COMUNICAÇÕES – DPU – CESPE/2010) Valendo-

se de seu poder de autotutela, a administração pública pode anular o

ato administrativo, sendo que o reconhecimento da desconformidade

do ato com a lei produz efeitos a partir da própria anulação.

139. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TJ/ES –

CESPE/2011) O ato praticado com vício de incompetência em razão

da matéria não admite convalidação.

140. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) É possível a convalidação de ato

administrativo praticado por sujeito que não disponha de competência

para praticá-lo, desde que não se trate de competência outorgada

com exclusividade.

141. (ANALISTA PROCESSUAL – TJ/RR – CESPE/2012) Quando o

sujeito pratica o ato administrativo em hipótese considerada pela lei

como de impedimento, resta configurada a nulidade absoluta,

circunstância que impede a convalidação do ato.

142. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/RR – CESPE/2012) Estando o

servidor impedido ou sob suspeição ao praticar o ato administrativo,

resta configurada hipótese de vício insanável.

143. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PI – CESPE/2012) Quando o

vício do ato administrativo atinge o motivo e a finalidade, não é

possível a sua convalidação.

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144. (ADMINISTRADOR – CORREIOS – CESPE/2011) Considerando–

se a possibilidade de convalidação do ato administrativo

eventualmente viciado, é correto afirmar que os efeitos da

convalidação retroagem à data do ato convalidado.

145. (JUIZ – TJ/PI – CESPE/2012) O ato de convalidação, pelo qual é

suprido vício existente em ato ilegal, opera efeitos ex tunc,

retroagindo em seus efeitos ao momento em que foi praticado o ato

originário.

146. (PERITO CRIMINAL – PC/ES – CESPE/2011) O agente público,

com o objetivo de convalidar ato administrativo anteriormente

editado, pode editar outro ato para efetuar a supressão do defeito

sanável existente. Entretanto, os seus efeitos não retroagirão à

edição do primeiro, sob pena de ofensa ao princípio da segurança

jurídica.

147. ADMINISTRADOR – TJ/RR – CESPE/2012) Em regra, sempre

que a administração estiver perante ato insuscetível de convalidação,

ela será obrigada a invalidá-lo, excetuando-se a essa determinação a

situação em que o ato viciado já tenha sido estabilizado pelo direito.

148. (JUIZ – TJ/AC – CESPE/2012) Uma declaração de utilidade

pública para fins de desapropriação feita por meio de portaria, e não

de decreto, constitui vício sanável, que, portanto, não torna o ato

inválido.

149. (AFCE – TCU – CESPE/2011) Tendo em vista a aplicação da

teoria da realidade, a doutrina administrativista entende válidos os

efeitos decorrentes de ato administrativo típico praticado por pessoa

investida de forma irregular em cargo, emprego ou função pública.

150. (PROMOTOR DE JUSTIÇA – MPE/ES – CESPE/2010) Pela

conversão, a administração converte um ato inválido em ato de outra

categoria, com efeitos retroativos à data do ato original.

PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS

OFICIAL E AGENTE DE INTELIGÊNCIA – ABIN

DIREITO ADMINISTRATIVO

Prof. Edson Marqueswww.pontodosconcursos.com.br

130

GABARITO

01 C 21 C 41 E 61 E 81 C 101 E 121 E 141 E

02 E 22 C 42 C 62 C 82 E 102 C 122 E 142 E

03 E 23 C 43 C 63 E 83 E 103 E 123 C 143 C

04 C 24 C 44 C 64 C 84 E 104 E 124 C 144 C

05 E 25 E 45 E 65 C 85 E 105 E 125 E 145 C

06 E 26 E 46 E 66 E 86 C 106 C 126 E 146 E

07 E 27 C 47 E 67 E 87 E 107 E 127 E 147 C

08 E 28 E 48 E 68 C 88 C 108 E 128 E 148 E

09 C 29 E 49 E 69 E 89 E 109 C 129 E 149 E

10 E 30 E 50 E 70 C 90 C 110 E 130 E 150 C

11 E 31 E 51 E 71 C 91 C 111 C 131 E 151 --

12 E 32 E 52 C 72 E 92 E 112 C 132 E 152 --

13 C 33 E 53 C 73 E 93 C 113 C 133 E 153 --

14 C 34 C 54 C 74 E 94 E 114 E 134 E 154 --

15 C 35 E 55 E 75 C 95 C 115 E 135 E 155 --

16 E 36 C 56 E 76 E 96 E 116 E 136 E 156 --

17 C 37 C 57 E 77 C 97 E 117 E 137 E 157 --

18 C 38 E 58 C 78 E 98 E 118 E 138 E 158 --

19 C 39 E 59 E 79 C 99 C 119 E 139 C 159 --

20 C 40 E 60 E 80 E 100 E 120 E 140 C 160 --