Pacto Int Sobre Os Dir Civis e Políticos

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    SALA DE ESTUDO

    DIREITOS HUMANOS

    Pacto Internacional Sobre os

    Direitos Civis e Polticos

    Prembulo

    Os Estados Partes no presente Pacto:

    Considerando que, em conformidade com os princpios enunciados na Carta das

    Naes Unidas, o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da famlia

    humana e dos seus direitos iguais e inalienveis constitui o fundamento da liberdade, dajustia e da paz no Mundo;

    Reconhecendo que estes direitos decorrem da dignidade inerente pessoa humana;

    Reconhecendo que, em conformidade com a Declarao Universal dos Direitos do

    Homem, o ideal do ser humano livre, usufruindo das liberdades civis e polticas e

    liberto do medo e da misria, no pode ser realizado a menos que sejam criadas

    condies que permitam a cada um gozar dos seus direitos civis e polticos, bem como

    dos seus direitos econmicos, sociais e culturais;

    Considerando que a Carta das Naes Unidas impe aos Estados a obrigao de

    promover o respeito universal e efetivo dos direitos e das liberdades do homem;

    Tomando em considerao o fato de que o indivduo tem deveres em relao a outrem e

    em relao coletividade a que pertence e tem a responsabilidade de se esforar a

    promover e respeitar os direitos reconhecidos no presente Pacto:

    Acordam o que se segue:

    Primeira Parte

    Artigo 1.

    Todos os povos tm o direito a dispor deles mesmos. Em viturde deste direito, elesdeterminam livremente o seu estatuto poltico e dedicam-se livremente ao seudesenvolvimento econmico, social e cultural.

    Para atingir os seus fins, todos os povos podem dispor livremente das suas riquezas edos seus recursos naturais, sem prejuzo de quaisquer obrigaes que decorrem dacooperao econmica internacional, fundada sobre o princpio do interesse mtuo e dodireito internacional. Em nenhum caso pode um povo ser privado dos seus meios desubsistncia.

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    O Estados Partes no presente Pacto, incluindo aqueles que tm a responsabilidade deadministrar territrios no autnomos e territrios sob tutela, so chamados a promovera realizao do direito dos povos a disporem de si mesmos e a respeitar esse direito,conforme s disposies da Carta das Naes Unidas.

    Segunda Parte

    Artigo 2.

    Cada Estado Parte no presente Pacto compromete-se a respeitar e a garantir a todos osindivduos que se encontrem nos seus territrios e estejam sujeitos sua jurisdio osdireitos reconhecidos no presente Pacto, sem qualquer distino, derivada,nomeadamente, de raa, de cor, de sexo, de lngua, de religio, de opinio poltica, ou dequalquer outra opinio, de origem nacional ou social, de propriedade ou de nascimento,ou de outra situao.

    Cada Estado Parte no presente Pacto compromete-se a adotar, de acordo com os seusprocessos constitucionais e, com as disposies do presente Pacto, as medidas quepermitam a adoo de decises de ordem legislativa ou outra capazes de dar efeito aosdireitos reconhecidos no presente Pacto que ainda no estiverem em vigor.

    Cada Estado Parte no presente Pacto compromete-se a :

    Garantir que todas as pessoas cujos direitos e liberdades reconhecidos no presente Pactoforem violados disponham de recurso eficaz, mesmo no caso de a violao ter sidocometida por pessoas agindo no exerccio das suas funes oficiais;

    Garantir que a competente autoridade judiciria, administrativa ou legislativa, ouqualquer outra autoridade competente, segundo a legislao do Estado, estatua sobre osdireitos da pessoa que forma o recurso, e desenvolver as possibilidades de recursojurisdicional;

    Garantir que as competentes autoridades faam cumprir os resultados de qualquerrecurso que for reconhecido como justificado.

    Artigo 3.

    Os Estados Partes no presente Pacto comprometem-se a assegurar o direito igual dos

    homens e das mulheres a usufruir de todos os direitos civis e polticos enunciados nopresente Pacto.

    Artigo 4.

    Em tempo de uma emergncia pblica que ameaa a existncia da nao e cujaexistncia seja proclamada por um ato oficial, os Estados Partes no presente Pactopodem tomar, na estrita medida em que a situao o exigir, medidas que derroguem asobrigaes previstas no presente Pacto, sob reserva de que essas medidas no sejamincompatveis com outras obrigaes que lhes impe o direito internacional e que elas

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    no envolvam uma discriminao fundada unicamente sobre a raa, a cor, o sexo, alngua, a religio ou a origem social.

    A disposio precedente no autoriza nenhuma derrogao aos artigos 6., 7., 8.,pargrafos 1 e 2, 11., 15., 16. e 18..

    Os Estados Partes no presente Pacto que usam do direito de derrogao devem, porintermdio do Secretrio-Geral da Organizao das Naes Unidas, informarimediatamente os outros Estados Partes acerca das disposies derrogadas, bem comodos motivos dessa derrogao. Uma nova comunicao ser feita pela mesma via nadata em que se ps fim a essa derrogao.

    Artigo 5.

    Nenhuma disposio do presente Pacto pode ser interpretada como implicando para umEstado, um grupo ou um indivduo qualquer direito de se dedicar a uma atividade ou derealizar um ato visando a destruio dos direitos e das liberdades reconhecidas no

    presente Pacto ou as suas limitaes mais amplas que as previstas no dito Pacto.

    No pode ser admitida nenhuma restrio ou derrogao aos direitos fundamentais dohomem reconhecidos ou em vigor em todo o Estado Parte no presente Pacto emaplicao de leis, de convenes, de regulamentos ou de costumes, sob pretexto de que opresente Pacto no os reconhece ou reconhece-os em menor grau.

    Terceira Parte

    Artigo 6.

    O direito vida inerente pessoa humana. Este direito deve ser protegido pela lei:ningum pode ser arbitrariamente privado da vida.

    Nos pases em que a pena de morte no foi abolida, uma sentena de morte s pode serpronunciada para os crimes mais graves, em conformidade com a legislao em vigor,no momento em que o crime foi cometido e que no deve estar em contradio com asdisposies do presente Pacto nem com a Conveno para a Preveno e a Represso doCrime de Genocdio. Esta pena no pode ser aplicada seno em virtude de um juzodefinitivo pronunciado por um tribunal competente.

    Quando a privao da vida constitui o crime de genocdio fica entendido que nenhuma

    disposio do presente artigo autoriza um Estado Parte no presente Pacto a derrogar dealguma maneira qualquer obrigao assumida em virtude das disposies da Convenopara a Preveno e a Represso do Crime de Genocdio.

    Qualquer indivduo condenado morte ter o direito de solicitar o perdo ou acomutao da pena. A anistia, o perdo ou a comutao da pena de morte podem serconcedidos em todos os casos.

    Uma sentena de morte no pode ser pronunciada em casos de crimes cometidos porpessoas de idade inferior a 18 anos e no pode ser executada sobre mulheres grvidas.

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    Nenhuma disposio do presente artigo pode ser invocada para retardar ou impedir aabolio da pena capital por um Estado Parte no presente Pacto.

    Artigo 7.

    Ningum ser submetido tortura nem a pena ou a tratamentos cruis, inumanos oudegradantes. Em particular, interdito submeter uma pessoa a uma experincia mdicaou cientfica sem o seu livre consentimento.

    Artigo 8.

    Ningum ser submetido escravido; a escravido e o trfico de escravos, sob todas assuas formas, so interditos.

    Ningum ser mantido em servido.

    Ningum ser constrangido a realizar trabalho forado ou obrigatrio;

    A alnea a do presente pargrafo no pode ser interpretada no sentido de proibir, emcertos pases onde crimes podem ser punidos de priso acompanhada de trabalhosforados, o cumprimento de uma parte de trabalhos forados, infligida por um tribunalcompetente;

    No considerado como trabalho forado ou obrigatrio no sentido do presentepargrafo:

    Todo o trabalho referido na alnea b normalmente exigido de um indivduo que detidoem virtude de uma deciso judicial legtima ou que tendo sido objeto de uma tal deciso libertado condicionalmente;

    Todo o servio de carter militar e, nos pases em que a objeo por motivos deconscincia admitida, todo o servio nacional exigido pela lei dos objectores deconscincia;

    Todo o servio exigido nos casos de fora maior ou de sinistros que ameacem a vida ouo bem-estar da comunidade;

    Todo o trabalho ou todo o servio formando parte das obrigaes cvicas normais.

    Artigo 9.

    Todo o indivduo tem direito liberdade e segurana da sua pessoa. Ningum pode serobjeto de priso ou deteno arbitrria. Ningum pode ser privado da sua liberdade ano ser por motivo e em conformidade com processos previstos na lei.

    Todo o indivduo preso ser informado, no momento da sua deteno, das razes dessadeteno e receber notificao imediata de todas as acusaes apresentadas contra ele.

    Todo o indivduo preso ou detido sob acusao de uma infrao penal ser prontamenteconduzido perante um juiz ou uma outra autoridade habilitada pela lei a exercer funesjudicirias e dever ser julgado num prazo razovel ou libertado. A deteno prisionalde pessoas aguardando julgamento no deve ser subordinada a garantir que assegurem a

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    presena do interessado no julgamento em qualquer outra fase do processo e, se for casodisso, para execuo da sentena.

    Todo o indivduo que se encontrar privado de liberdade por priso ou deteno ter odireito de intentar um recurso perante um tribunal, a fim de que este estatua sem demora

    sobre a legalidade da sua deteno e ordene a sua libertao se a deteno for ilegal.Todo o indivduo vtima de priso ou de deteno ilegal ter direito a compensao.

    Artigo 10.

    Todos os indivduos privados na sua liberdade devem ser tratados com humanidade ecom respeito da dignidade inerente pessoa humana.

    Pessoas sob acusao sero, salvo circunstncias excepcionais, separadas doscondenados e submetidas a um regime distinto, apropriado sua condio de pessoasno condenadas;

    Jovens sob deteno sero separados dos adultos e o seu caso ser decidido o maisrapidamente possvel.

    O regime penitencirio comportar tratamento dos reclusos cujo fim essencial a suaemenda e a sua recuperao social. Delinquentes jovens sero separados dos adultos esubmetidos a um regime apropriado sua idade e ao seu estatuto legal.

    Artigo 11.

    Ningum pode ser aprisionado pela nica razo de que no est em situao de executaruma obrigao contratual.

    Artigo 12.

    Todo o indivduo legalmente no territrio de um Estado tem o direito de circularlivremente e de a escolher livremente a sua residncia.

    Todas as pessoas so livres de deixar qualquer pas, incluindo o seu.

    Os direitos mencionados acima no podem ser objeto de restries, a no ser que estasestejam previstas na lei e sejam necessrias para proteger a segurana nacional, a ordempblica, a sade ou a moral pblicas ou os direitos e liberdades de outrem e sejamcompatveis com os outros direitos reconhecidos pelo presente Pacto.

    Ningum pode ser arbitrariamente privado do direito de entrar no seu prprio pas.

    Artigo 13.

    Um estrangeiro que se encontre legalmente no territrio de um Estado Parte no presentePacto no pode ser expulso, a no ser em cumprimento de uma deciso tomada emconformidade com a lei e, a menos que razes imperiosas de segurana nacional a issose imponham, deve ter a possibilidade de fazer valer as razes que militam contra a suaexpulso e de fazer examinar o seu caso pela autoridade competente ou por uma ou

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    vrias pessoas especialmente designadas pela dita autoridade, fazendo-se representarpara esse fim.

    Artigo 14.

    Todas as pessoas so iguais perante os tribunais de justia. Todas as pessoas tm direitoa que a sua causa seja ouvida equitativa e publicamente por um tribunal competente,independente e imparcial, estabelecido pela lei, que decidir quer do bem fundado dequalquer acusao em matria penal dirigida contra elas, quer das contestaes sobre osseus direitos e obrigaes de carter civil. As audies porta fechada podem serdeterminadas durante a totalidade ou uma parte do processo, seja no interesse dos bonscostumes, da ordem pblica ou da segurana nacional numa sociedade democrtica, sejaquando o interesse da vida privada das partes em causa o exija, seja ainda na medida emque o tribunal o considerar absolutamente necessrio, quando, por motivo dascircunstncias particulares do caso, a publicidade prejudicasse os interesses da justia;todavia qualquer sentena pronunciada em matria penal ou civil ser publicada, salvose o interesse de menores exigir que se proceda de outra forma ou se o processo respeita

    a diferendos matrimoniais ou tutela de crianas.

    Qualquer pessoa acusada de infrao penal de direito presumida inocente at que a suaculpabilidade tenha sido legalmente estabelecida.

    Qualquer pessoa acusada de uma infrao penal ter direito, em plena igualdade, pelomenos s seguintes garantias:a) A ser prontamente informada, numa lngua que ela compreenda, de mododetalhado, acerca da natureza e dos motivos da acusao apresentada contra ela;b) A dispor do tempo e das facilidades necessrias para a preparao da defesa e acomunicar com um advogado da sua escolha;c) A ser julgada sem demora excessiva;

    d) A estar presente no processo e a defender-se a si prpria ou a ter a assistncia de umdefensor da sua escolha; se no tiver defensor, a ser informada do seu direito de ter ume, sempre que o interesse da justia o exigir, a ser-lhe atribudo um defensor oficioso, attulo gratuito no caso de no ter meios para o remunerar;e) A interrogar ou fazer interrogar as testemunhas de acusao e a obter a comparncia eo interrogatrio das testemunhas de defesa nas mesmas condies das testemunhas deacusao;f) A fazer-se assistir gratuitamente de um intrprete, se no compreender ou no falar alngua utilizada no tribunal;g) A no ser forada a testemunhar contra si prpria ou a confessar-se culpada.

    No processo aplicvel s pessoas jovens a lei penal ter em conta a sua idade e ointeresse que apresenta a sua reabilitao.

    Qualquer pessoa declarada culpada de crime ter o direito de fazer examinar por umajurisdio superior a declarao de culpabilidade e a sentena, em conformidade com alei.

    Quando uma condenao penal definitiva ulteriormente anulada ou quando concedido o indulto, porque um fato novo ou recentemente revelado provaconcludentemente que se produziu um erro judicirio, a pessoa que cumpriu uma penaem virtude dessa condenao ser indenizada, em conformidade com a lei, a menos que

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    se prove que a no revelao em tempo til do fato desconhecido lhe imputvel notodo ou em parte.

    Ningum pode ser julgado ou punido novamente por motivo de uma infrao da qual jfoi absolvido ou pela qual j foi condenado por sentena definitiva, em conformidade

    com a lei e o processo penal de cada pas.Artigo 15.

    Ningum ser condenado por atos ou omisses que no constituam um ato delituoso,segundo o direito nacional ou internacional, no momento em que forem cometidos. Domesmo modo no ser aplicada nenhuma pena mais forte do que aquela que eraaplicvel no momento em que a infrao foi cometida. Se posteriormente a esta infraoa lei prev a aplicao de uma pena mais ligeira, o delinquente deve beneficiar daalterao.

    Nada no presente artigo se ope ao julgamento ou condenao de qualquer indivduo

    por motivo de atos ou omisses que no momento em que foram cometidos eram tidospor criminosos, segundo os princpios gerais de direito reconhecidos pela comunidadedas naes.

    Artigo 16.

    Toda e qualquer pessoa tem direito ao reconhecimento, em qualquer lugar, da suapersonalidade jurdica.

    Artigo 17.

    Ningum ser objeto de intervenes arbitrrias ou ilegais na sua vida privada, na sua

    famlia, no seu domiclio ou na sua correspondncia, nem de atentados ilegais suahonra e sua reputao.

    Toda e qualquer pessoa tem direito proteo da lei contra tais intervenes ou taisatentados.

    Artigo 18.

    Toda e qualquer pessoa tem direito liberdade de pensamento, de conscincia e dereligio; este direito implica a liberdade de ter ou de adotar uma religio ou umaconvico da sua escolha, bem como a liberdade de manifestar a sua religio ou a suaconvico, individualmente ou conjuntamente com outros, tanto em pblico como emprivado, pelo culto, cumprimento dos ritos, as prticas e o ensino.

    Ningum ser objeto de presses que atentem sua liberdade de ter ou de adotar umareligio ou uma convico da sua escolha.

    A liberdade de manifestar a sua religio ou as suas convices s pode ser objeto derestries previstas na lei e que sejam necessrias proteo da segurana, da ordem eda sade pblicas ou da moral e das liberdades e direitos fundamentais de outrem.

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    Os Estados Partes no presente Pacto comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais e,em caso disso, dos tutores legais a fazerem assegurar a educao religiosa e moral dosseus filhos e pupilos, em conformidade com as suas prprias convices.

    Artigo 19.

    Ningum pode ser inquietado pelas suas opinies.

    Toda e qualquer pessoa tem direito liberdade de expresso; este direito compreende aliberdade de procurar, receber e expandir informaes e idias de toda a espcie, semconsiderao de fronteiras, sob forma oral ou escrita, impressa ou artstica, ou porqualquer outro meio sua escolha.

    O exerccio das liberdades previstas no pargrafo 2 do presente artigo comporta deverese responsabilidades especiais. Pode, em consequncia, ser submetido a certas restries,que devem, todavia, ser expressamente fixadas na lei e que so necessrias:a) Ao respeito dos direitos ou da reputao de outrem;

    b) salvaguarda da segurana nacional, da ordem pblica, da sade e da moralpblicas.

    Artigo 20.

    Toda a propaganda em favor da guerra deve ser interditada pela lei.

    Todo o apelo ao dio nacional, racial e religioso que constitua uma incitao discriminao, hostilidade ou violncia deve ser interditado pela lei.

    Artigo 21.

    O direito de reunio pacfica reconhecido. O exerccio deste direito s pode ser objetode restries impostas em conformidade com a lei e que so necessrias numa sociedadedemocrtica, no interesse da segurana nacional, da segurana pblica, da ordem pblicaou para proteger a sade e a moral pblicas ou os direitos e as liberdades de outrem.

    Artigo 22.

    Toda e qualquer pessoa tem direito de se associar livremente com outras, incluindo odireito de constituir sindicatos e de a eles aderir para a proteo dos seus interesses.

    O exerccio deste direito s pode ser objeto de restries previstas na lei e que sonecessrias numa sociedade democrtica, no interesse da segurana nacional, dasegurana pblica, da ordem pblica e para proteger a sade ou a moral pblicas ou osdireitos e as liberdades de outrem. O presente artigo no impede de submeter arestries legais o exerccio deste direito por parte de membros das foras armadas e dapolcia.

    Nenhuma disposio do presente artigo permite aos Estados Partes na Conveno de1948 da Organizao Internacional do Trabalho respeitante liberdade sindical e proteo do direito sindical tomar medidas legislativas que atentem -- ou aplicar a lei demodo a atentar -- contra as garantias previstas na dita Conveno.

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    Artigo 23.

    A famlia o elemento natural e fundamental da sociedade e tem direito proteo dasociedade e do Estado.

    O direito de se casar e de fundar uma famlia reconhecido ao homem e mulher apartir da idade nbil.

    Nenhum casamento pode ser concludo sem o livre e pleno consentimento dos futurosesposos.

    Os Estados Partes no presente Pacto tomaro as medidas necessrias para assegurar aigualdade dos direitos e das responsabilidades dos esposos em relao ao casamento,durante a constncia do matrimnio e aquando da sua dissoluo. Em caso dedissoluo, sero tomadas disposies a fim de assegurar aos filhos a proteonecessria.

    Artigo 24.

    Qualquer criana, sem nenhuma discriminao de raa, cor, sexo, lngua, religio,origem nacional ou social, propriedade ou nascimento, tem direito, da parte da suafamlia, da sociedade e do Estado, s medidas de proteo que exija a sua condio demenor.

    Toda e qualquer criana deve ser registrada imediatamente aps o nascimento e ter umnome.

    Toda e qualquer criana tem o direito de adquirir uma nacionalidade.

    Artigo 25.

    Todo o cidado tem o direito e a possibilidade, sem nenhuma das discriminaesreferidas no artigo 2. e sem restries excessivas:

    De tomar parte na direo dos negcios pblicos, diretamente ou por intermdio derepresentantes livremente eleitos;

    De votar e ser eleito, em eleies peridicas, honestas, por sufrgio universal e igual epor escrutnio secreto, assegurando a livre expresso da vontade dos eleitores;De aceder, em condies gerais de igualdade, s funes pblicas do seu pas.

    Artigo 26.

    Todas as pessoas so iguais perante a lei e tm direito, sem discriminao, a igualproteo da lei. A este respeito, a lei deve proibir todas as discriminaes e garantir atodas as pessoas proteo igual e eficaz contra toda a espcie de discriminao,nomeadamente por motivos de raa, de cor, de sexo, de lngua, de religio, de opiniopoltica ou de qualquer outra opinio, de origem nacional ou social, de propriedade, denascimento ou de qualquer outra situao.

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    Artigo 27.

    Nos Estados em que existam minorias tnicas, religiosas ou lingusticas, as pessoaspertencentes a essas minorias no devem ser privadas do direito de terem em comumcom os outros membros do seu grupo, a sua prpria vida cultural, de professar e de

    praticar a sua prpria religio ou de empregar a sua prpria lngua.

    Quarta Parte

    Artigo 28.

    institudo um comit dos Direitos do Homem (a seguir denominado comit nopresente Pacto). Este comit composto de dezoito membros e tem as funes definidasa seguir:

    O comit composto de nacionais dos Estados Partes do presente Pacto, que devem ser

    personalidades de alta moralidade e possuidoras de reconhecida competncia nodomnio dos direitos do homem. Ter-se- em conta o interesse, que se verifique, daparticipao nos trabalhos do comit de algumas pessoas que tenham experinciajurdica.

    Os membros do comit so eleitos e exercem funes a ttulo pessoal.

    Artigo 29.

    Os membros do comit sero eleitos, por escrutnio secreto, de uma lista de indivduoscom as habilitaes previstas no artigo 28. e nomeados para o fim pelos Estados Partesno presente Pacto.

    Cada Estado Parte no presente Pacto pode nomear no mais de dois indivduos, quesero seus nacionais.

    Qualquer indivduo ser elegvel renomeao.

    Artigo 30.

    A primeira eleio ter lugar, o mais tardar, seis meses depois da data da entrada emvigor do presente Pacto.

    Quatro meses antes, pelo menos, da data de qualquer eleio para o comit, que no sejauma eleio em vista a preencher uma vaga declarada em conformidade com o artigo34., o Secretrrio-Geral da Organizao das Naes Unidas convidar por escrito osEstados Partes no presente Pacto a designar, num prazo de trs meses, os candidatos queeles propem como membros do comit.

    O Secretrio-Geral das Naes Unidas elaborar uma lista alfabtica de todas as pessoasassim apresentadas, mencionando os Estados Partes que as nomearam, e comunic-la-aos Estados Partes no presente Pacto o mais tardar um ms antes da data de cadaeleio.

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    Os membros do comit sero eleitos no decurso de uma reunio dos Estados Partes nopresente Pacto, convocada pelo Secretrio-Geral das Naes Unidas na sede daOrganizao. Nesta reunio, em que o quorum constitudo por dois teros dos EstadosPartes no presente Pacto, sero eleitos membros do comit os candidatos que obtiveremo maior nmero de votos e a maioria absoluta dos votos dos representantes dos Estados

    Partes presentes e votantes.Artigo 31.

    O comit no pode incluir mais de um nacional de um mesmo Estado.Nas eleies para o comit ter-se- em conta a repartio geogrfica equitativa e arepresentao de diferentes tipos de civilizao, bem como dos principais sistemasjurdicos.

    Artigo 32.

    Os membros do comit so eleitos por quatro anos. So reelegveis no caso de serem

    novamente propostos. Todavia, o mandato de nove membros eleitos aquando daprimeira votao terminar ao fim de dois anos; imediatamente depois da primeiraeleio, os nomes destes nove membros sero tirados sorte pelo presidente da reunioreferida no pargrafo 4 do artigo 30..

    data da expirao do mandato, as eleies tero lugar em conformidade com asdisposies dos artigos precedentes da presente parte do Pacto.

    Artigo 33.

    Se, na opinio unnime dos outros membros, um membro do comit cessar de cumpriras suas funes por qualquer causa que no seja por motivo de uma ausncia temporria,

    o presidente do comit informar o Secretrio-Geral das Naes Unidas, o qualdeclarar vago o lugar que ocupava o dito membro.

    Em caso de morte ou de demisso de um membro do comit, o presidente informarimediatamente o Secretrio-Geral das Naes Unidas, que declarar o lugar vago acontar da data da morte ou daquele em que a demisso produzir efeito.

    Artigo 34.

    Quando uma vaga for declarada em conformidade com o artigo 33. e se o mandato domembro a substituir no expirar nos seis meses que seguem data na qual a vaga foideclarada, o Secretrio-Geral das Naes Unidas avisar os Estados Partes no presentePacto de que podem designar candidatos num prazo de dois meses, em conformidadecom as disposies do artigo 29., com vista a prover a vaga.

    O Secretrio-Geral das Naes Unidas elaborar uma lista alfabtica das pessoas assimapresentadas e comunic-la- aos Estados Partes no presente Pacto. A eleio destinadaa preencher a vaga ter ento lugar, em conformidade com as relevantes disposiesdesta parte do presente Pacto.

    Um membro do comit eleito para um lugar declarado vago, em conformidade com oartigo 33., faz parte do comit at data normal de expirao do mandato do membro

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    cujo lugar ficou vago no comit, em conformidade com as disposies do referidoartigo.

    Artigo 35.

    Os membros do comit recebem, com a aprovao da assemblia Geral das NaesUnidas, emolumentos provenientes dos recursos financeiros das Naes Unidas emtermos e condies fixados pela assemblia Geral, tendo em vista a importncia dasfunes do comit.

    Artigo 36.

    O Secretrio-Geral das Naes Unidas por disposio do comit o pessoal e os meiosmateriais necessrios para o desempenho eficaz das funes que lhe so confiadas emvirtude do presente Pacto.

    Artigo 37.

    O Secretrio-Geral das Naes Unidas convocar a primeira reunio do comit, na sededa Organizao.

    Depois da sua primeira reunio o comit reunir-se- em todas as ocasies previstas noseu regulamento interno.

    As reunies do comit tero normalmente lugar na sede da Organizao das NaesUnidas ou no Departamento das Naes Unidas em Genebra.

    Artigo 38.

    Todos os membros do comit devem, antes de entrar em funes, tomar, em sessopblica, o compromisso solene de cumprir as suas funes com imparcialidade e comconscincia.

    Artigo 39.

    O comit eleger o seu secretariado por um perodo de dois anos. Os membros dosecretariado so reelegveis.

    O comit elaborar o seu prprio regulamento interno; este deve, todavia, conter, entreoutras, as seguintes disposies:O quorum de doze membros;

    As decises do comit so tomadas por maioria dos membros presentes.

    Artigo 40.

    Os Estados Partes no presente Pacto comprometem-se a apresentar relatrios sobre asmedidas que houverem tomado e dem efeito aos direitos nele consignados e sobre osprogressos realizados no gozo destes direitos:

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    Dentro de um ano a contar da data de entrada em vigor do presente Pacto, cada EstadoParte interessado;

    Ulteriormente, cada vez que o comit o solicitar.

    Todos os relatrios sero dirigidos ao Secretrio-Geral das Naes Unidas, que ostransmitir ao comit para apreciao. Os relatrios devero indicar quaisquer fatores edificuldades que afetem a execuo das disposies do presente Pacto.

    O Secretrio-Geral das Naes Unidas pode, aps consulta ao comit, enviar s agnciasespecializadas interessadas cpias das partes do relatrio que possam ter relao com oseu domnio de competncia.

    O comit estudar os relatrios apresentados pelos Estados Partes no presente Pacto, edirigir aos Estados Partes os seus prprios relatrios, bem como todas as observaesgerais que julgar apropriadas. O comit pode igualmente transmitir ao Conselhoeconmico e Social essas suas observaes acompanhadas de cpias dos relatrios que

    recebeu de Estados Partes no presente Pacto.

    Os Estados Partes no presente Pacto podem apresentar ao comit os comentrios sobretodas as observaes feitas em virtude do pargrafo 4 do presente artigo.

    Artigo 41.

    Qualquer Estado Parte no presente Pacto pode, em virtude do presente artigo, declarar, atodo o momento, que reconhece a competncia do comit para receber e apreciarcomunicaes nas quais um Estado Parte pretende que um outro Estado Parte nocumpre as suas obrigaes resultantes do presente Pacto. As comunicaes apresentadasem virtude do presente artigo no podem ser recebidas e examinadas, a menos que

    emanem de um Estado Parte que fez uma declarao reconhecendo, no que lhe dizrespeito, a competncia do comit. O comit no receber nenhuma comunicao queinteresse a um Estado Parte que fez uma tal declarao. O processo abaixo indicadoaplica-se em relao s comunicaes recebidas em conformidade com o presenteartigo:

    a) Se um Estado Parte no presente Pacto julgar que um outro Estado igualmente Parteneste Pacto no aplica as respectivas disposies, pode chamar, por comunicaoescrita, a ateno desse Estado sobre a questo. Num prazo de trs meses a contar darecepo da comunicao o Estado destinatrio apresentar ao Estado que lhe dirigiu acomunicao explicaes ou quaisquer outras declaraes escritas elucidando a questo,que devero incluir, na medida do possvel e do til, indicaes sobre as regras deprocesso e sobre os meios de recurso, quer os j utilizados, quer os que esto eminstncia, quer os que permanecem abertos;

    b) Se, num prazo de seis meses a contar da data de recepo da comunicao originalpelo Estado destinatrio, a questo no foi regulada satisfatoriamente para os doisEstados interessados, tanto um como o outro tero o direito de a submeter ao comit, pormeio de uma notificao feita ao comit bem como ao outro Estado interessado;

    c) O comit s tomar conhecimento de um assunto que lhe submetido depois de terassegurado de que todos os recursos internos disponveis foram utilizados e esgotados,

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    em conformidade com os princpios de direito internacional geralmente reconhecidos.Esta regra no se aplica nos casos em que os processos e recurso excedem prazosrazoveis;

    d) O comit realizar as suas audincias porta fechada quando examinar as

    comunicaes previstas no presente artigo;Sob reserva das disposies da alnea c, o comit pe os seus bons ofcios

    e) disposio dos Estados Partes interessados, a fim de chegar a uma soluo amigvelda questo, fundamentando-se no respeito dos direitos do homem e nas liberdadesfundamentais, tais como os reconhece o presente Pacto;

    f) Em todos os assuntos que lhe so submetidos o comit pode pedir aos Estados Partesinteressados visados na alnea b que lhe forneam todas as informaes pertinentes;

    g) Os Estados Partes interessados visados na alnea b tm o direito de se fazerrepresentar, aquando do exame da questo pelo comit, e de apresentar observaes

    oralmente e/ou por escrito;

    h) O comit dever apresentar um relatrio num prazo de doze meses a contar do dia emque recebeu a notificao referida na alnea b;

    i) Se uma soluo pde ser encontrada em conformidade com as disposies da alnea e,o comit limitar-se- no seu relatrio a uma breve exposio dos fatos e da soluoencontrada;

    j) Se uma soluo no pde ser encontrada em conformidade com as disposies daalnea e, o comit limitar-se-, no seu relatrio, a uma breve exposio dos fatos; o textodas observaes escritas e o processo verbal das observaes orais apresentadas pelos

    Estados Partes interessados so anexados ao relatrio.

    Em todos os casos o relatrio ser comunicado aos Estados Partes interessados.

    As disposies do presente artigo entraro em vigor quando dez Estados Partes nopresente Pacto fizerem a declarao prevista no pargrafo 1 do presente artigo. A ditadeclarao ser deposta pelo Estado Parte junto do Secretrio-Geral das Naes Unidas,que tansmitir cpia dela aos outros Estados Partes. Uma declarao pode ser retirada atodo o momento por meio de uma notificao dirigida ao Secretrio-Geral. O retirar deuma comunicao no prejudica o exame de todas as questes que so objeto de umacomunicao j transmitida em virtude do presente artigo; nenhuma outra comunicaode um Estado Parte ser aceite aps o Secretrio-Geral ter recebido notificao de tersido retirada a declarao, a menos que o Estado Parte interessado faa uma novadeclarao.

    Artigo 42.

    Se uma questo submetida ao comit em conformidade com o artigo 41. no foiregulada satisfatoriamente para os Estados Partes, o comit pode, com o assentimentoprvio dos Estados Partes interessados, designar uma comisso de conciliao ad hoc aseguir denominada Comisso. A Comisso pe os seus bons ofcios disposio dos

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    Estados Partes interessados a fim de chegar a uma soluo amigvel da questo, baseadasobre o respeito do presente Pacto;

    A Comisso ser composta de cinco membros nomeados com o acordo dos EstadosPartes interessados. Se os Estados Parte interessados no conseguirem chegar a um

    entendimento sobre toda ou parte da composio da Comisso no prazo de trs meses,os membros da Comisso relativamente aos quais no chegaram a acordo sero eleitospor escrutnio secreto de entre os membros do comit, por maioria de dois teros dosmembros do comit.

    Os membros da Comisso exercero as suas funes a ttulo pessoal. No devem sernaturais nem dos Estados Partes interessados nem de um Estado que no parte nopresente Pacto, nem de um Estado Parte que no fez a declarao prevista no artigo 41..

    A Comisso eleger o seu presidente e adotar o seu regulamento interno.

    A Comisso realizar normalmente as suas sesses na sede da Organizao das Naes

    Unidas ou no Departamento das Naes Unidas em Genebra. Todavia, pode reunir-seem qualquer outro lugar apropriado, o qual pode ser determinado pela Comisso emconsulta com o Secretrio-Geral das Naes Unidas e os Estados Partes interessados.

    O secretariado previsto no artigo 36. presta igualmente os seus servios s comissesdesignadas em virtude do presente artigo.

    As informaes obtidas e esquadrinhadas pelo comit sero postas disposio daComisso e a Comisso poder pedir aos Estados Partes interessados que lhe forneamquaisquer informaes complementares pertinentes.

    Depois de ter estudado a questo sob todos os seus aspectos, mas em todo caso num

    prazo mnimo de doze meses aps t-la admitido, a Comisso submeter um relatrio aopresidente do comit para transmisso aos Estados Partes interessados:

    a) Se a Comisso no puder acabar o exame da questo dentro de doze meses, o seurelatrio incluir somente um breve apontamento indicando a que ponto chegou o exameda questo;

    b) Se chegar a um entendimento amigvel fundado sobre o respeito dos direitos dohomem reconhecido no presente Pacto, a Comisso limitar-se- a indicar brevemente noseu relatrio os fatos e o entendimento a que se chegou;

    c) Se no se chegou a um entendimento no sentido da alnea b, a Comisso far figurarno seu relatrio as suas concluses sobre todas as matrias de fato relativas questodebatida entre os Estados Partes interessados, bem como a sua opinio sobre aspossibilidades de uma soluo amigvel do caso. O relatrio incluir igualmente asobservaes escritas e um processo verbal das observaes orais apresentadas pelosEstados Partes interessados;

    d) Se o relatrio da Comisso for submetido em conformidade com a alnea c, osEstados Partes interessados faro saber ao presidente do comit, num prazo de trsmeses aps a recepo do relatrio, se aceitam ou no os termos do relatrio daComisso.

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    As disposies do presente artigo devem ser entendidas sem prejuzo das atribuies docomit previstas no artigo 41..

    Todas as despesas dos membros da Comisso sero repartidas igualmente entre os

    Estados Partes interessados, na base de estimativas fornecidas pelo Secretrio-Geral dasNaes Unidas.

    O Secretrio-Geral das Naes Unidas est habilitado, se necessrio, a prover sdespesas dos membros da Comisso antes de o seu reembolso ter sido efetuado pelosEstados Partes interessados, em conformidade com o pargrafo 9 do presente artigo.

    Artigo 43.

    Os membros do comit e os membros das comisses de conciliao ad hoc que foremdesignados em conformidade com o artigo 42. tm direito s facilidades, privilgios eimunidades reconhecidos aos peritos em misses da Organizao das Naes Unidas,

    conforme enunciados nas pertinentes seces da Conveno sobre os Privilgios eImunidades das Naes Unidas.

    Artigo 44.

    As disposies relativas execuo do presente Pacto aplicam-se, sem prejuzo dosprocessos institudos em matria de direitos do homem, nos termos ou em virtude dosinstrumentos constitutivos e das convenes da Organizao das Naes Unidas e dasagncias especializadas e no impedem os Estados Partes de recorrer a outros processospara a soluo de um diferendo, em conformidade com os acordos internacionais geraisou especiais que os ligam.

    Artigo 45.

    O comit apresentar cada ano assemblia Geral das Naes Unidas, por intermdiodo Conselho econmico e Social, um relatrio sobre os trabalhos.

    Quinta Parte

    Artigo 46.

    Nenhuma disposio do presente Pacto pode ser interpretada em sentido limitativo das

    disposies da Cartas das Naes Unidas e das constituies das agncias especializadasque definem as respectivas responsabilidades dos diversos rgos da Organizao dasNaes Unidas e das agncias especializadas no que respeita s questes tratadas nopresente Pacto.

    Artigo 47.

    Nenhuma disposio do presente Pacto ser interpretada em sentido limitativo do direitoinerente a todos os povos de gozar e usar plenamente das suas riquezas e recursosnaturais.

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    Sexta Parte

    Artigo 48.

    O presente Pacto est aberto assinatura de todos os Estados Membros da Organizaodas Naes Unidas ou membros de qualquer das suas agncias especializadas, de todosos Estados Partes no Estatuto do Tribunal Internacional de Justia, bem como dequalquer outro Estado convidado pela assemblia Geral das Naes Unidas a tornar-separte no presente Pacto.

    O presente Pacto est sujeito a ratificao e os instrumentos de ratificao serodepositados junto do Secretrio-Geral das Naes Unidas.

    A adeso far-se- pelo depsito de um instrumento de adeso junto do Secretrio-Geraldas Naes Unidas.

    O Secretrio-Geral das Naes Unidas informar todos os Estados que assinaram opresente Pacto ou que a ele aderiram acerca do depsito de cada instrumento deratificao ou de adeso.

    Artigo 49.

    O presente Pacto entrar em vigor trs meses aps a data do depsito junto doSecretrio-Geral das Naes Unidas do trigsimo quinto instrumento de ratificao oude adeso.

    Para cada um dos Estados que ratificarem o presente Pacto ou a ele aderirem, aps odepsito do trigsimo quinto instrumento de ratificao ou adeso, o dito Pacto entrarem vigor trs meses depois da data do depsito por parte desse Estado do seuinstrumento de ratificao ou adeso.

    Artigo 50.

    As disposies do presente Pacto aplicam-se sem limitao ou exceo alguma a todasas unidades constitutivas dos Estados Federais.

    Artigo 51.

    Qualquer Estado Parte no presente Pacto pode propor uma emenda e depositar o

    respectivo texto junto do Secretrio-Geral da Organizao das Naes Unidas. OSecretrio-Geral transmitir ento quaisquer projetos de emenda aos Estados Partes nopresente Pacto, pedindo-lhes para indicar se desejam a convocao de uma confernciade Estados Partes para examinar estes projetos e submet-los a votao. Se pelo menosum tero dos Estados se declararem a favor desta conveno, o Secretrio-Geralconvocar a conferncia sob os auspcios da Organizao das Naes Unidas. Qualqueremenda adotada pela maioria dos Estados presentes e votantes na conferncia sersubmetida, para aprovao, assemblia Geral das Naes Unidas.

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    As emendas entraro em vigor quando forem aprovadas pela assemblia Geral dasNaes Unidas e aceites, em conformidade com as suas respectivas leis constitucionais,por uma maioria de dois teros dos Estados Partes no presente Pacto.

    Quando as emendas entrarem em vigor, elas so obrigatrias para os Estados Partes que

    as aceitaram, ficando os outros Estados Partes ligados pelas disposies do presentePacto e por todas as emendas anteriores que aceitaram.

    Artigo 52.

    Independentemente das notificaes previstas no pargrafo 5 do artigo 48., oSecretrio-Geral das Naes Unidas informar todos os Estados referidos no pargrafo 1do citado artigo:

    a) Acerca de assinaturas apostas no presente Pacto, acerca de instrumentos de ratificaoe de adeso depostos em conformidade com o artigo 48.;

    Da data em que o presente Pacto entrar em vigor, em conformidade com o artigo 49., eda data em que entraro em vigor as emendas previstas no artigo 51..

    Artigo 53.

    O presente Pacto, cujos textos em ingls, chins, espanhol, francs e russo fazemigualmente f, ser deposto nos arquivos da Organizao das Naes Unidas.