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10 a 25 de maio de 2012 Cirurgia gratuita para orelha de abano “Projeto Orelhinha” visa acabar com os constrangimentos causados pela deformidade Letícia Araújo Orelha de abano é uma deformidade das orelhas que se pro- jetam para fora da ca- beça. Para as pessoas que sofrem com esse problema mais per- ceptível em crianças, o Projeto Orelhinha é uma opção. De acordo com o ci- rurgião plástico Mar- celo Souza de Assis, o projeto consiste em atender crianças de 7 a 14 anos e adultos, a fim de proporcionar cirur- gias gratuitas, evitando o constrangimento. Para a realização da cirurgia, primeiramente é necessário que o pa- ciente faça a inscrição. Após esse procedi- mento uma consulta será agen- dada para que o mé- dico avalie o estado emocional e psicológico do paciente, dando se- quência a uma tri- agem antes da oper- ação. “No caso de cri- anças, a entrevista é feita para que eu veja se realmente ela de- seja fazer a cirurgia, justamente porque os pais que idealizam que a criança deve operar e esse problema às vezes nem afeta a vida da criança. E se o pa- ciente diz que não, eu não faço a cirurgia”, disse o doutor. Conforme o médico, essa operação pode ser feita depois de cinco anos de idade, quando a cartilagem já esta bem formada. De acordo com o médico, a cirurgia de correção da orelha é relativa mente simples e pode ser feita a nível ambu- latorial, tendo retorno das atividades normais den- tro de cinco dias. Flávia Pas- choal, pro- fessora de educação infantil, con- seguiu realizar a ci- rurgia sua e da filha através desse projeto. Porém, o custo era el- evado para a sua situ- ação financeira, e sen- do assim, procurou a clínica que realiza este projeto para que a filha retirasse a orelha de abano e no meio da en- trevista com o médico perguntou se também poderia fazer, o médico fez a triagem e a pro- fessora fez a operação, “hoje minha vida é bem diferente, ando de ca- belos soltos e não sinto vergonha”. O médico ressalta que embora seja uma ci- rurgia simples o ganho físico e psicológico é muito grande, pois a criança e o adulto, re- cuperam sua auto es- tima, tornando-se pes- soas confiantes e sem traumas. Serviço: (19) 3201.3781 / 3201.3782 End: Av. Engenheiro Car- los Stevenson, 385 – Nova Campinas – Campinas SP Projeto propõe sistema de som em ônibus para deficientes visuais O sistema atuará em cidades com mais de 100 mil habitantes Laísa Borges Diório Na realidade, só as pessoas que têm al- gum tipo de deficiência sabem, de verdade, como os serviços públicos são precários para atendê-las, prin- cipalmente no Brasil, que diferentemente de outros países, não têm um bom desenvolvi- mento humano e tec- nológico. Nos Estados Unidos, por exemplo, além das estações de trens e metrôs, alguns ônibus possuem também um sistema de som que indica a todo momento o itinerário das linhas, ajudando assim, deficientes vis- uais e consequente- mente turistas. Esse mesmo sistema in- formativo está ainda em andamento no Brasil. Por enquanto é uma proposta leg- islativa e sugestão ao poder Executivo, que pode ou não ser acol- hida, mas faz parte de um dos projetos en- viado ao Ministério das Cidades no começo do mês de abril pelo deputado federal Roberto Lucena do PV(SP) . Ele disse que se preocupa com a situação dos deficientes visuais que utili- zam os transportes públicos e que, por conta de suas limi- tações físicas, não são orientados ad- equadamente quanto aos pontos, paradas e terminais. A Indicação nº 2706/2012 propõe este sistema nos ôni- bus de cidades com mais de 100 mil habit- antes. “Os deficientes visu- ais, até agora, depen- dem de terceiros para obter identificações e realizar suas ativi- dades, ,cotidianas. “Eles precisam sempre de auxílio para andar nas ruas, distinguir os itinerários dos ônibus e alguns obstáculos, além de ficarem ex- postos a condições de risco.”, afirma o deputado. Segundo ele, ônibus urbanos que transitam nas ci- dades brasileiras, não apresentam sistemas que ajudem os pas- sageiros a identificar os locais de destino ao longo do percurso, diferentemente do que ocorre nas estações metroviárias do país. Esse novo projeto, se instalado nos ônibus, a princípio, iden- tificará os princi- pais bairros das cidades e seus pontos de referên- cia como pontes, prédios impor- tantes, colégios e faculdades, postos de combustíveis, hipermercados, entre outros. Sen- do assim, os pas- sageiros passariam a se habituar ao trajeto de acordo com a cit- ação desses pontos de orientação, facilitando, também, a população em geral. Um dos grandes ra- dialistas da cidade de Campinas, Romeu França Salgado, que atuou na área há mais de 18 anos é defi- ciente visual e acredita no projeto. “A ideia é excelente. Se de fato vingar, além de ajudar deficientes visuais e turistas como propos- to, ajudará também pessoas com outras dificuldades visuais e idosos.”, disse o radi- alista. De acordo com o projeto, esse sistema busca uma boa quali- dade de áudio, jus- tamente para que os passageiros consigam ouvir claramente quais serão as próximas paradas, dando se- quência ao trajeto ou não. E de acordo com os planos do deputa- do, este benefício não elevará o valor das passagens, o que oc- asionaria uma grande preocupação da popu- lação das grandes ci- dades, principalmente a capital e metrópoles. 06

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não faço a cirurgia”, disse o doutor. Conforme o médico, essa operação pode ser feita depois de cinco anos de idade, quando a cartilagem já esta bem formada. De acordo com o médico, a cirurgia de correção da orelha é relativa mente simples e pode dades, ,cotidianas. “Eles precisam sempre de auxílio para andar nas ruas, distinguir os itinerários dos ônibus 06 Laísa Borges Diório Letícia Araújo Serviço:

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10 a 25 de maio de 2012

Cirurgia gratuita para orelha de abano“Projeto Orelhinha” visa acabar com os constrangimentos causados pela deformidade

Letícia Araújo

Orelha de abano é uma deformidade das orelhas que se pro-jetam para fora da ca-beça. Para as pessoas que sofrem com esse problema mais per-ceptível em crianças, o Projeto Orelhinha é uma opção. De acordo com o ci-rurgião plástico Mar-celo Souza de Assis, o projeto consiste em atender crianças de 7 a 14 anos e adultos, a fi m de proporcionar cirur-gias gratuitas, evitando o constrangimento. Para a realização da cirurgia, primeiramente é necessário que o pa-ciente faça a inscrição. Após esse procedi-mento uma consulta

será agen-dada para que o mé-dico avalie o estado emocional e psicológico do paciente, dando se-q u ê n c i a a uma tri-agem antes da oper-ação. “No caso de cri-anças, a entrevista é feita para que eu veja se realmente ela de-seja fazer a cirurgia, justamente porque os pais que idealizam que a criança deve operar e esse problema às vezes nem afeta a

vida

da criança. E se o pa-ciente diz que não, eu

não faço a cirurgia”, disse o doutor.Conforme o médico, essa operação pode ser feita depois de cinco anos de idade, quando a cartilagem já esta bem formada. De acordo com o médico, a cirurgia de correção da orelha é relativa

mente simples e pode

ser feita a nível ambu-latorial, tendo retorno das a t i v i da d e s normais den-tro de cinco dias.Flávia Pas-choal, pro-fessora de e d u c a ç ã o infantil, con-

seguiu realizar a ci-rurgia sua e da fi lha através desse projeto. Porém, o custo era el-evado para a sua situ-ação fi nanceira, e sen-do assim, procurou a clínica que realiza este projeto para que a fi lha retirasse a orelha de abano e no meio da en-trevista com o médico

perguntou se também poderia fazer, o médico fez a triagem e a pro-fessora fez a operação, “hoje minha vida é bem diferente, ando de ca-belos soltos e não sinto vergonha”. O médico ressalta que embora seja uma ci-rurgia simples o ganho físico e psicológico é muito grande, pois a criança e o adulto, re-cuperam sua auto es-tima, tornando-se pes-soas confi antes e sem traumas.

Serviço:

(19) 3201.3781 / 3201.3782End: Av. Engenheiro Car-los Stevenson, 385 – Nova Campinas – Campinas SP

Projeto propõe sistema de som em ônibus para defi cientes visuais

O sistema atuará em cidades com mais de 100 mil habitantesLaísa Borges Diório

Na realidade, só as pessoas que têm al-gum tipo de defi ciência sabem, de verdade, como os serviços públicos são precários para atendê-las, prin-cipalmente no Brasil, que diferentemente de outros países, não têm um bom desenvolvi-mento humano e tec-nológico. Nos Estados Unidos, por exemplo, além das estações de trens e metrôs, alguns ônibus já possuem também um sistema de som que indica a todo momento o itinerário das linhas, ajudando assim, defi cientes vis-uais e consequente-mente turistas. Esse mesmo sistema in-formativo está ainda em andamento no Brasil. Por enquanto é uma proposta leg-islativa e sugestão ao poder Executivo, que

pode ou não ser acol-hida, mas faz parte de um dos projetos en-viado ao Ministério das Cidades no começo do mês de abril pelo deputado federal Roberto Lucena do PV(SP) . Ele disse que se preocupa com a situação dos defi cientes visuais que utili-zam os transportes públicos e que, por conta de suas limi-tações físicas, não são orientados ad-equadamente quanto aos pontos, paradas e terminais. A Indicação nº 2706/2012 propõe este sistema nos ôni-bus de cidades com mais de 100 mil habit-antes. “Os defi cientes visu-ais, até agora, depen-dem de terceiros para obter identifi cações e realizar suas ativi-

dades, ,cotidianas. “Eles precisam sempre de auxílio para andar nas ruas, distinguir os itinerários dos ônibus

e alguns obstáculos, além de fi carem ex-postos a condições de risco.”, afi rma o deputado. Segundo ele, ônibus urbanos que transitam nas ci-dades brasileiras, não apresentam sistemas que ajudem os pas-sageiros a identifi car os locais de destino ao longo do percurso,

diferentemente do que ocorre nas estações metroviárias do país. Esse novo projeto, se instalado nos ônibus,

a princípio, iden-tifi cará os princi-pais bairros das cidades e seus pontos de referên-cia como pontes, prédios impor-tantes, colégios e faculdades, postos de combustíveis, h ipermercados, entre outros. Sen-do assim, os pas-

sageiros passariam a se habituar ao trajeto de acordo com a cit-ação desses pontos de orientação, facilitando, também, a população em geral. Um dos grandes ra-dialistas da cidade de Campinas, Romeu França Salgado, que atuou na área há mais de 18 anos é defi -

ciente visual e acredita no projeto. “A ideia é excelente. Se de fato vingar, além de ajudar defi cientes visuais e turistas como propos-to, ajudará também pessoas com outras difi culdades visuais e idosos.”, disse o radi-alista. De acordo com o projeto, esse sistema busca uma boa quali-dade de áudio, jus-tamente para que os passageiros consigam ouvir claramente quais serão as próximas paradas, dando se-quência ao trajeto ou não. E de acordo com os planos do deputa-do, este benefício não elevará o valor das passagens, o que oc-asionaria uma grande preocupação da popu-lação das grandes ci-dades, principalmente a capital e metrópoles.

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