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02 | Editorial NOTÍCIAS Publicação de Distribuição Gratuita | N.º 43 4.º Trimestre de 2007 ao declarar o seu irs lembre-se da PÁG.14 Longe de tudo Conclusões e o panorama europeu Muito por fazer R. C. Africana Longe de tudo Migrações Conclusões e o panorama europeu Ano Europeu da Igualdade Muito por fazer

PÁG - ami.org.pt · consumismo de modo a contribuírem para um desenvolvimento equitativo e sustentado global do nosso planeta. Em vez de prevenir, preferimos remediar! Eis-nos agora

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02 | Editorial

Desde a Cimeira do Rio em 1992, sobre alterações climáticas e o subsequente Protocolo de Quioto, que os EUA e a China nunca ratificaram, forçoso é constatar que pouco ou nada se fez no que diz respeito às causas responsáveis pelas alterações climáticas do nosso planeta.O que aconteceu desde então, pese embora a urgência das res-postas perante as alterações constatadas (os inquietantes “efeito de estufa” e “aquecimento global”) bem como a elevada previsibili-dade das suas tremendas consequências, consubstanciou-se sobre-tudo, e isto foi muito positivo independentemente dos responsáveis políticos globais, na esclarecida e decisiva tomada de consciência do problema por parte da emergente Cidadania Global. Como conse-quência dessa metamorfose cívica, ocorreram umas parcas, diminu-tas e tímidas medidas de contenção por parte de alguns governos e da União Europeia. Mesmo estes não souberam estar à altura das suas responsabilidades ao não reagirem e actuarem com a deter-minação exigida a curto e médio prazo, remetendo as aplicações concretas dos objectivos medíocres anunciados para prazos dilata-dos ou até mesmo para as calendas gregas.E assim, no pântano da indecisão e incompetência, já se passa-ram 15 anos! Nestes 15 anos poderíamos e deveríamos ter sido muito mais ambiciosos e audaciosos na poupança de matérias-primas através da reciclagem, na substituição dos hidrocarbonetos (do petróleo, do carvão e do gás como fontes energéticas absolu-tas) e na consequente diminuição das emissões de CO2.Já então tínhamos as capacidades tecnológicas para o fazer! Fal-tou, repito, a vontade e a determinação políticas, assim como a sensibilidade humanística por parte do imenso poderio do “com-plexo petroquímico” que não quis, e continua a não querer até hoje, prescindir de uma parte dos seus fáceis e faraónicos lucros obtidos a partir da exploração das jazidas de matérias fósseis,

Este número da AMI NOTÍCIAS

foi editado com o especial apoio

da Revista VISÃO (Distribuição),

LISGRÁFICA (Impressão e Acabamento),

COMPANHIA DAS CORES (Design),

PRÉ&PRESS (Fotolitos e Montagem),

CTT – Correios de Portugal,

Inapa (patrocínio)

Fundação AMI

Assistência Médica Internacional

Pátio Manuel Guerreiro

R. José do Patrocínio, 49 – Marvila

1949-008 Lisboa

Sumário

02 Editorial

04 Internacional

04 República Centro-Africana

Tão perto e tão longe

08 Dossier Migrações

12 Nacional

12 Ano Europeu da Igualdade

de Oportunidades para todos

16 Galeria AMIarte

17 Infoteca

18 Breves

22 Informações

quase sempre sem as justas contrapartidas de bem-estar para as populações dos países “produtores”. Pelo contrário, veja-se a miséria oferecida aos nativos, do Médio Oriente à costa ocidental de África, como contrapartida da exploração do ouro negro. Fal-tou igualmente, por parte da sociedade civil organizada, e aqui fica o mea culpa, uma sensibilização adequada e sustentada junto das sociedades dos países mais ricos no sentido da contenção do seu consumismo de modo a contribuírem para um desenvolvimento equitativo e sustentado global do nosso planeta.Em vez de prevenir, preferimos remediar! Eis-nos agora perante a iminência de catástrofes cataclísmicas provocadas pelo aqueci-mento global, tais como:•derretimentodosglaciarespolares,daGronelândiaedospicos

glaciares onde tínhamos as maiores reservas de água doce do planeta (em breve, por exemplo, já não haverá neve no cume do Kilimanjaro...);• catástrofes naturais, tais como secas, inundações, tufões e ciclones

(um acréscimo de 30% em 2007 comparativamente a 2006!); •aumentodafomedevidoàsrepercussõesqueasalteraçõescli-

máticas terão nas colheitas;•fluxos de refugiados climáticos e guerras pelo controlo dos

recursos hídricos;•subidadoníveldaáguadosmareseoceanoscomodesapareci-

mento já previsto e anunciado de ilhas (no Pacífico e no Índico) e de significativas regiões das orlas costeiras em todos os conti-nentes, incluindo na Europa (ex: região da Camarga, em França) onde já se começa a pensar, como medida preventiva, na cons-trução de diques como os existentes na Holanda; • ressurgimento de doenças tropicais, tais como a malária, o

dengue e a febre amarela, nomeadamente no Sul da Europa (e por isso, em Portugal também) devido à expansão das

Alterações climáticas e ascrises humanitárias iminentes!

Ficha TécnicaPublicação Trimestral

Director

Fernando de La Vieter Nobre

Directora Adjunta

Leonor Nobre

Redacção

Luísa Nemésio, Paulo Cavaleiro

Paginação

Patrícia Barata e Vanda Nascimento

Colaboraram neste número

João Baptista

Fotografias

Luís Costa, AMI

Tiragem

102.000 exemplares

Autorizada a reprodução dos textos desde que citada a fonte

03 | Editorial

Fernando de La Vieter Nobre - Presidente e Fundador da Fundação AMI

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áreas propícias a insectos vectores (mosquitos...);Tais consequências são já consideradas irreversíveis, faça-se o que se fizer hoje, para os próximos 25 a 30 anos! Já amanhã! Tal é assumido no relatório anual do International Institute for Strategic Studies que refere que essas alterações poderão provocar conflitos internacio-nais “equivalentes a uma guerra nuclear” e também pelos delega-dos do Grupo Intergovernamental de Peritos sobre a Evolução do Clima. Por isso, as Nações Unidas estão a prever necessitar um montante adicional de 4 mil milhões de USD no seu orçamento, sobretudo para reagir às crises humanitárias climáticas em 2008...Será preciso mais para acordarmos todos? Ou será que já esco-lhemos um futuro autofágico e suicida? De que estamos à espera? De mais discursos e mais cimeiras como a que decorreu em Bali, na Indonésia, que juntou cerca de 13 mil pessoas e 190 países, com muita retórica e modestos e decepcionantes objectivos práticos?Em nome da humanidade, de todos nós, dos nossos filhos e netos é preciso actuarmos já, mesmo tendo em conta a irreversibilidade próxima de algumas funestas consequências, resultado da nossa total cegueira das últimas duas a três décadas. O nosso Planeta já não aguenta e não tolera mais os nossos desmandos globais. Não temos sabido escutar e interpretar os muitos sinais anunciadores de mudan-ças e, por isso mesmo, não soubemos ainda adaptar-nos correcta-mente aos novos tempos e às suas prementes exigências; temos sido péssimos gestores do nosso bem-estar futuro. Mais levianos e incompetentes é difícil. SOMOS TODOS RESPONSÁVEIS DA NÃO ASSISTÊNCIA AO NOSSO PLANETA EM PERIGO! É, pois, já uma questão de vida ou de morte! Mais vale um acordar violento do que os cantos de sereia com que alguns irresponsáveis e incom-petentes gananciosos globais nos querem adormecer levando-nos ao suicídio colectivo.

A AMI, como gotinha de água que é, está a actuar e prepara-se para o que aí vem. Está a actuar em Portugal e no Mundo. Como? Aumentando e reforçando as suas iniciativas de reciclagem (RX, consumíveis informáticos, telemóveis, óleos alimentares...), iniciadas há 12 anos, desafiando empresas e cidadãos para a compensação das suas emissões de CO2 através da plantação de árvores autóc-tones (Projecto Ecoética); alargando a sua rede de apoio social em Portugal (em Dezembro de 2007 inaugurámos o nosso 11º equipa-mento social em Angra do Heroísmo, Açores, e em 2008 inaugura-remos mais dois: um em Ponta Delgada, Açores, e outro em Coim-bra) e actuando em mais de 45 países de todos os continentes, tentando criar, com as nossas equipas e os nossos parceiros locais, as condições de desenvolvimento sustentáveis para as suas populações tendo sempre em mente o nosso futuro global colectivo.Estamos também a preparar-nos para o que pensamos ser, desde já, inevitável: tragédias climáticas e fluxos migratórios massivos. Como? Alargando a nossa rede de contactos globais, criando uma rede social de apoio forte e alargada em Portugal e reforçando as nossas capacidades humanas, logísticas e financeiras para que nos permitam actuar sempre que necessário e possível...Ao tentarmos antecipar-nos às crises, prevendo-as “tanto quanto humanamente é possível fazê-lo”, e ao tentarmos adaptar-nos às mudanças já inevitáveis, pretendemos, só e apenas, dar o nosso contributo positivo. É a nossa gota de água na construção da Paz e da Harmonia globais. É apenas uma gotinha, mas dela não prescin-dimos, em nosso nome e em nome dos nossos filhos e netos!Com todos vós, estou certo, vamos conseguir! Obrigado e um 2008 determinado e tenaz pela construção de um mundo mais justo e harmonioso.

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04 | Internacional

Os esclavagistas do século XIX foram, indirectamente, os maio-res responsáveis pela formação deste país. Esta zona de África foi o refúgio de muitos grupos oriundos do Congo e do Sudão que fugiam de um destino atroz. No final do século, os coloniza-dores franceses anexaram este território ao seu império ultra-marino, e começaram por baptizá-lo de Ubandi-Chari. Uma vez integrado na África Equatorial francesa, começou a prosperar, graças sobretudo à sua localização estratégica e ao estabeleci-mento no país de várias empresas estrangeiras. A sua população, no entanto, estava longe de beneficiar com esta inusitada rele-vância económica e em 1928 e dois anos mais tarde, houve no território violentas revoltas contra a brutalidade a que os africa-nos negros eram sujeitos. Em 1946 deu-se um importante avanço. O Ubandi-Chari pas-

sou a fazer parte da União Francesa e até 1958 teve até direito a ter representantes na Assembleia Nacional. Foi nesse ano que se autoproclamou República Centro-Africana (RCA), ganhando definitivamente a independência a 13 de Agosto de 1960. Mas a conquista da autodeterminação, e da sua autonomia, não livrou a RCA de tempos conturbados e de um ambiente de violên-cia e miséria. Em 1966, um golpe de estado coloca no poder o ditador Bokassa que dez anos mais tarde, proclama o Impé-rio Centro-Africano e a si próprio Imperador. A contestação ao seu despotismo quase demente vai crescendo de tom até que, em 1979, novo golpe de estado devolve a democracia ao território. Dois anos depois, novo golpe de estado empurra o país para mais uma década de repressão, instabilidade e con-flito que se prolongou até 1993, ano em que os civis retomaram

República Centro-AfricanaTão perto e tão longePoucos países fazem desta maneira, semelhante justiça ao seu nome. A República Centro-Africana (RCA) está literalmente no centro do continente e está perto de quase tudo mas, como a maior parte dos seus vizi-nhos, muito longe de poder resolver rapidamente os seus enormes problemas.

Fotos: AMI

Internacional05 |

o poder. Esta história atribulada e uma governação que parece ter tido como prioridade o enriquecimento pessoal em detri-mento do país e das suas populações, não facilitou o progresso e a evolução pós-colonial. As infra-estruturas deixadas pelos fran-ceses rapidamente envelheceram e se degradaram e, como tan-tos outros países africanos, ficou praticamente privado das suas riquezas naturais, avidamente exploradas pelos colonizadores sem qualquer espécie de contra-partida. É pois sem surpresas que a República Centro-Africana faz companhia a todos os seus vizinhos no que toca a níveis de pobreza, qualidade de ensino e assistência médica, esperança de vida e mortalidade. Em suma, a RCA tem tudo o que de muito mau ainda vamos associando à condição da maior parte dos países africanos. A República Centro-Africana não tem, no entanto, nem uma população particularmente numerosa (não chega a 4,5 milhões de pessoas, tendo uma densidade populacional de 5 habitantes por quilómetro quadrado) nem um crescimento populacional típico dos países pobres. Mas, apesar de uma taxa de natalidade similar à dos países desenvolvidos (a população está inclusiva-mente a decrescer desde 1994), as crianças e os jovens ainda são o grupo etário dominante na RCA.Com efeito, a estatística populacional revela que 42% da popula-ção têm menos de 14 anos e que 96 % dos habitantes da Repú-blica Centro-Africana tem menos de 25 anos. É portanto natu-ral que seja a esta população que os esforços da AMI se dirijam neste país. Como na maioria dos países africanos mais pobres, as mulhe-res e as crianças são parte importante da força de trabalho da

Apesar de uma taxa de natalidade similar à dos países desenvolvidos (a população está inclusivamente a decrescer desde 1994), as crianças e os jovens ainda são o grupo etário dominante na RCA.

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República Centro-Africana, mas devido à situação demográfica deste país, a mão-de-obra infantil atinge aqui níveis verdadeira-mente alarmantes. Em 2002, a AMI visitou pela primeira vez este país e foi precisamente este cenário que encontrou. De forma geral, todos os elementos, sem excepção, das famílias Centro-Africanas trabalhavam sobretudo nas actividades rela-cionadas com a agricultura de subsistência, sendo as crianças e as mulheres as mais sacrificadas. Dois anos depois, e com o apoio financeiro da AMI que subsidiou integralmente (25 mil euros) o projecto, a parceira da AMI no país - Congrégation des Filles du Saint Coeur de Marie -, concluía o Centro de For-mação Feminino, no bairro de Boy Rabe, na capital Bangui. Um equipamento cujo objectivo era formar e capacitar a popula-ção feminina, evitando o abandono escolar prematuro das rapa-rigas. Neste Centro é dada formação em áreas como corte e costura, bordados, pintura de tecidos, puericultura, higiene, eco-nomia familiar ou pastelaria a cerca de 40 adolescentes e jovens mulheres. Em 2005, a AMI voltou a financiar um projecto na área da edu-cação. A pedido do mesmo parceiro, foi financiada (novamente em 25 mil euros) a construção de 2 salas de aula da escola Mgr Aloys Kobès, ampliação que permitiu duplicar a sua capacidade e passar assim a poder abranger todos os ciclos do ensino pre-paratório.

(...) é dada formação em áreas como corte e costura, bordados, pintura de tecidos, puericultura, higiene, economia familiar ou pastelaria a cerca de 40 adolescentes e jovens mulheres.

Internacional07 |

A consolidação destes dois projectos foi a forma que a AMI encontrou de continuar a apoiar o desenvolvimento sustentado destas populações, e em 2007 aprovou novo financiamento de 35 mil euros. 25 mil dos quais destinados a nova ampliação da escola que passou assim a poder receber ainda mais alunos, 5 mil à aquisição de materiais (panos, tintas, máquinas) para o Centro de Formação Feminino promovendo assim actividades geradoras de rendimento para as mulheres de Bangui e outros 5 mil euros para projectos de apoio a crianças com menos de 5 anos e sensibilização na área do HIV/Sida na cidade de Ndele, no norte da República Centro-Africana, tradicionalmente a zona do país mais afectada por esta doença. Dada a boa aplicação e gestão dos fundos pela ONG Parceira, a AMI prevê continuar nos próximos anos este tipo de apoio, vol-tando a apostar na formação e no ensino.

O novo projecto da AMI na RCA vai permitir nova ampliação da escola, que passará assim a poder receber o triplo dos alunos que tinha em 2005.

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Sem querer simplificar uma questão que é necessariamente complexa, é difícil não considerar uma verdade quase absoluta a seguinte constatação: sem integração, ninguém consegue viver harmoniosamente em sociedade nem consigo mesmo.Transposta para a realidade da imigração, esta afirmação ganha especial relevo e o próprio conceito de cidadania, condição necessária para a realização de uma integração, ganha contornos obscuros. Sobretudo se olharmos para como se encaram os imi-grantes e a imigração face aquilo que é suposto ser o quadro de valores que nós próprios definimos para Portugal, para a Europa e para o Mundo. Nunca é de mais repetir, até porque por vezes as verdades mais evidentes parecem não querer ser vistas por ninguém. Está escrito há mais de 30 anos no primeiro artigo da Lei Fundamental de Portugal que o nosso país é “uma república soberana, baseada na pessoa humana, e na vontade popular e empenhada na constru-ção de uma sociedade livre, justa e solidária”. Mais, a nossa Consti-tuição refere ainda que “os cidadãos e os apátridas que se encon-trem ou residam em Portugal gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres do cidadão português”. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento com 60 anos de vida, reitera este quadro de valores, afirmando que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos (…), e têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica”. O próprio projecto de Constituição Europeia preconiza que a União se baseia “nos valo-res do respeito pela dignidade humana, da liberdade, da demo-cracia, da igualdade (…),do respeito pelos direitos humanos (…) numa sociedade caracterizada pelo pluralismo, a tolerância, a jus-tiça, a solidariedade e a não discriminação (…)”, adiantando ainda que “possui a cidadania da União todo o nacional de um Estado-Membro. A cidadania da União acresce à cidadania nacional, não

MigraçõesIV Parte A forma como o Ocidente olha para os novos imigrantes nem sempre é pacífica. No entanto, o alimentar do preconceito, da descriminação e da fragilização do estatuto socioeconómico dos imi-grantes é profundamente contraditória com o nosso quadro de valores e distancia-nos cada vez mais de uma solução integrada para uma situação complexa e para qual é urgente encontrar solu-ção.

a substituindo”.Posto isto, e partindo do princípio legítimo que, em nenhuma altura, a Constituição da República Portuguesa confere estatuto especial e privilegiado aos nascidos e criados em território nacio-nal, que o mesmo se aplica aos cidadãos da UE e que a Declara-ção Universal Dos Direitos do Homem das Nações Unidas não se nega a si própria, pode-se inferir que à dignidade básica da pes-soa humana estão associados direitos e deveres fundamentais e que nestes, se integra a cidadania de cada indivíduo.

Teoria vs realidade

Basta porém estar minimamente atento aos acontecimentos e à realidade do mundo para se ver que o que acontece quotidiana-mente na Europa e na generalidade do Mundo Ocidental pouco tem a ver com os princípios tão claramente enunciados e que supostamente regem a atitude de quem aí vive e governa. É certo que a globalização trouxe novos desafios e novas realida-des. Os países e as cidades passaram a ser diferentes, as relações entre as pessoas também. Mas foram e são sobretudo os concei-tos que tinham tanto de hermético como frágil, os que mais rapi-damente perderam sentido. Já ninguém é inteiramente local no sentido mais ortodoxo do termo quando já quase ninguém nasce,

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Valores da migração na Europa

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vive e morre no mesmo sítio, tal como já quase ninguém é intei-ramente “nacional” à luz do mais purista dos conceitos de Esta-do-Nação quando absorve e assimila diariamente toda a espé-cie de influências com origem noutros países, seja lá qual for a sua matriz cultural. É por isso que parece tão estranho que assistamos quotidiana-mente ao desrespeito dos nossos próprios compromissos morais e civilizacionais, negando de forma por vezes tão ostensivamente brutal qualquer esgar de cidadania aos que procuram nos nossos países as condições de sobrevivência e de dignidade que não têm hipótese de alcançar na sua própria terra. O discurso xenófobo, racista e securitário para com quem cha-mamos de estrangeiros tem vindo a aumentar progressivamente de tom. Sobretudo depois do 11 de Setembro, em que toda a espécie de delírio paranóico foi autorizado e incentivado. Há quem defenda com alguma pertinência que, na base de todo este movimento de reacção, está uma questão que com a melhor das boas-vontades se pode classificar de cínica: quanto mais precária for a condição do imigrante mais “barato” este fica. E um trabalha-dor “barato” é o melhor dos argumentos para pressionar quem não trabalha assim por tão pouco…

(1) EU-25, 1.85 milhões de imigrantes em 2004; EU-15, 1.81 milhões de emigrantes em 2004. Fonte: Eurostat

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Cidadania dos imigrantes (em 2004)

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(1) 2002

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Vantagens da verdadeira cidadania

Seja qual for a explicação, a verdade é que a privação de cidada-nia aos imigrantes, limitando-lhes os direitos e a autonomia, pre-carizando o trabalho, amputando-lhes a liberdade de movimen-tos, parece ser uma forma muito eficaz de os segregar e de tornar inviável qualquer esforço de integração.Este fenómeno é acompanhado por um voluntário e óbvio pro-cesso de estigmatização, com os Estados tantas vezes a demi-tir-se, até com os próprios filhos de imigrantes nascidos em terri-tório de acolhimento e indiscutivelmente cidadãos nacionais dos seus países, do seu papel de assimilador e integrador. Um bom exemplo deste tipo de postura é dado pelos filhos de imigran-tes magrebinos em França e conflitos nos arredores de Paris no Verão de 2006. Arrumados em bairros pobres da periferia das cidades, con-tinuamente descriminados pela sua cultura e religião, sem pos-sibilidades de aceder a um emprego justamente remunerado e nascendo praticamente sem esperanças de serem vistos como cidadãos no verdadeiro sentido da palavra, são um permanente alvo de exclusão social e por conseguinte de desconfiança, de pre-conceito e rejeição. Não basta pois uma inversão nas políticas de repressão da imi-gração, que resulta inevitavelmente na sua fragilização. E também não bastam meras políticas de assimilação. Só com apostas for-tes na educação e uma eficiente integração sociocultural é que poderá alcançar-se o desenvolvimento de uma cidadania plena e activa dos imigrantes, afastando assim o espectro da exclusão, da precaridade laboral e social, e com eles, o preconceito, o ódio e a descriminação. A história mostra-nos que, sempre que os pro-cessos de integração e inserção dos imigrantes nas suas comuni-dades de acolhimento são bem sucedidos, transformando aquilo que parece ser uma ameaça, numa oportunidade, todos ficam a ganhar…

Fonte: Eurostat

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(1) 2004

(2) Não disponível

NacionaisEstrangeiros

População por cidadania (2005)

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Evolução dos processos de cidadania(pessoas)

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Lituânia

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Fonte: Eurostat

Fonte: Eurostat

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1) Só aderiram à UE em 2007

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Ano Europeude Igualdade de OportunidadesUm longo caminho para percorrer O ano de 2007 foi o Ano Europeu de Igualdade de Oportunidades para Todo(a)s. Uma oportunidade para dar visibilidade a boas práticas e iniciativas que promovem activamente o combate à descriminação mas também um sintoma de que ainda há muito por fazer…

Ao decretar 2007 como o Europeu de Igualdade de Oportuni-dades para Todos, a União Europeia estava, fundamentalmente, a reconhecer a existência e solidez de muitas formas de desigual-dade social, que tem como inevitável consequência um apro-fundar do ciclo de incorrecta distribuição da riqueza. É verdade que desde as origens da humanidade que a forma de organiza-ção social se tem baseado nas relações de poder, na explora-ção dos seres humanos uns pelos outros, e na exploração da natureza, pela procura crescente de recursos esgotáveis. É igual-mente certo que, se antes esta exploração se realizava ape-

nas de forma directa, esta passou nos últimos séculos, a ter um carácter de capital financeiro, com os países e empresas a sub-meter países dependentes (porque endividados), ao seu domí-nio. No entanto, seria legítimo esperar-se que em pleno século XXI, muitas destas situações já não existissem ou que pelo menos, estivessem em vias de cessar. Infelizmente, a crueza dos números é esmagadora e capaz de desmoralizar os mais optimistas. É de 2,8 mil milhões, o número de pobres no planeta, sendo que destes, cerca de metade, ou seja 1,3 mil milhões, vivem na miséria. A desigualdade na distri-

Fotos: AMI

buição da riqueza também é assustadora: 85% da riqueza mun-dial está nas mãos de uma elite de apenas 10% da população e metade da população mundial adulta possui apenas 1% da riqueza mundial. Portugal também não fica de fora destas esta-tísticas sombrias: somos o país da União Europeia que apre-senta maior desigualdade na distribuição do rendimento – a par-cela auferida pela faixa dos 20% da população com rendimentos mais elevados, é mais de 7 vezes superior à que é auferida pelos 20% da população com rendimentos mais baixos. Neste contexto tão assumidamente neoliberal em que quase todos nós vivemos, o progresso da humanidade e a realização da igualdade social parecem pois ser matéria de direitos humanos e condição de justiça social não devendo assim, ser considera-dos isoladamente como uma questão dos excluídos. A resposta parece residir na articulação do local com o global, na tentativa de união e da solidariedade entre todos como responsabilidade mútua, na participação de cada um na sociedade, de forma cívica e responsável, pela denúncia da violação de direitos, pela luta de novos direitos e pela defesa dos direitos já existentes.

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Europeu de Igualdade

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Um longo caminho para percorrer

O ano de 2007 foi o Ano Europeu de Igualdade de Oportunidades para Todo(a)s. Uma oportunidade para dar visibilidade a boas práticas e iniciativas que promo-vem activamente o combate à descriminação mas tam-bém um sintoma de que ainda há muito por fazer…

para Todo(a)s

Dentro deste espírito e indo ao encontro do objectivo fulcral de alertar consciências, a AMI como ONGD participou activamente em diversas iniciativas no âmbito do Ano Europeu de Igualdade de Oportunidades - 2007, dentro das quais, realizando candida-turas ao Prémio Regional “Igualdade na Diversidade”, que teve como entidade promotora a Estrutura de Missão do Ano Euro-peu da Igualdade de Oportunidades para Todos (EMAEIOT).No prosseguimento das candidaturas foram premiadas duas ini-ciativas: um dos prémios foi atribuído pelo Governo Civil de Lis-boa ao Projecto “Capacitação de Mulheres para uma Cidadania Activa”, que decorreu em 2004/05; um segundo prémio foi atri-buído pelo Governo Civil do Porto, ao Projecto “Futebol con-tra a Indiferença”, que decorreu em 2007. Associaram-se a esta outras acções realizadas habitualmente pela AMI aos objectivos do Ano Europeu, entre elas, a participação na Festa de Diversi-dade na cidade de Lisboa, a comemoração do Dia Internacio-nal para os Direitos das Mulheres – 8 de Março, o Dia Interna-cional para a Erradicação da Pobreza – 17 de Outubro, assim como a participação em seminários e conferências, intervenções na comunicação social alertando para as questões sociais, ten-tando assim contribuir para um mundo melhor.

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Há muitas maneiras de ajudar a AMI: contribuindo espontaneamente ou no âmbito das campanhas aderindo aos serviços, com os quais a AMI estabelece parcerias, entregando radiografias nas farmácias, ou tinteiros ou telemóveis para reciclar... No entanto, existe uma forma de o fazer que, arriscamos dizer, será ainda mais eficaz. Trata-se da consignação de 0,5% do IRS liquidado a instituições de utilidade pública. Uma medida prevista desde 2002, esta consignação não custa rigorosamente nada e é um precioso contributo para

Campanha IRSEntre as muitas formas de ajudar a AMI, existe uma particularmente eficiente. Mas que pouca gente ainda conhece. A nova campanha de comunicação da AMI tem como objectivo, chamar a atenção das pessoas para esta forma tão eficaz de ajudar.

que a AMI consolide a sua autonomia financeira e continue a desenvolver os seus projectos de acção humanitária e de apoio social em Portugal e no estrangeiro. Basta preencher o Quadro 9 do Anexo H com o número de contribuinte da AMI (502 744 910) as declarações electrónicas ou em papel. Uma campanha de comunicação, concebida como habitualmente pela Y & R Red Cell vai permitir divulgar melhor esta interessante possibilidade que todos têm de ajudar.

Cartão saúde15 |

O Cartão de Saúde AMI é uma das formas mais interessantes de ajudar a AMI no seu trabalho humanitário. Ao mesmo tempo que contribui para o reforço da independência e autonomia financeiras da AMI, o utilizador do Cartão de Saúde AMI benefi-cia de um vasto conjunto de contra-partidas. Este leque de rega-lias acaba agora de ser ampliado com o alargamento das áreas de cobertura e pela introdução de melhores serviços e “pla-fonds” mais alargados. Isto, num dos serviços mais competitivos do mercado, com um custo de apenas 30 cêntimos por dia.Numa época em que o acesso aos serviços de saúde do Estado nem sempre é exemplar, um serviço como o garantido pelo Cartão de Saúde AMI surge como um complemento muito inte-ressante em matéria de cuidados de saúde para todo o agre-gado familiar. O Cartão de Saúde AMI abrange agora quatro grandes áreas de assistência, com a área do Algarve a juntar-se às zonas da Grande Lisboa, Grande Coimbra e Grande Porto, passando os utentes destas três zonas populacionais a beneficiar de todo o leque de serviços oferecidos pelo Cartão de Saúde AMI. Este inclui a Assistência Médica de Urgência no Domicílio de forma gratuita e em todos os dias da semana num horário muito alargado, Telemedicina (Aconselhamento médico, via tele-fone, 24h/dia, 365 dias por ano), Consultas Médicas de Especia-lidade e Exames Complementares de Diagnóstico, Acordos pri-vilegiados com Clínicas em Lisboa, Porto, Coimbra e Algarve, Rede de Medicina Dentária e Descontos Especiais em Hospi-tais e Clínicas Privadas.Para além destas regalias, o Cartão Saúde AMI dá agora aos seus utentes maiores valores de cobertura no Subsídios de Hospita-lização (que passa a ter limites mínimo e máximo de 50 e 75 euros/dia respectivamente, contra os anteriores 40 e 70 euros/dia), no Subsídio por Morte ou Invalidez Permanente (que passa de 15 mil para 25 mil euros), na Responsabilidade Civil Familiar (que duplica os anteriores 25 mil euros) e no Subsídio de morte e funeral (que passa de 500 para 1000 euros).

Cartão de Saúde AMItem agora mais e melhores regalias

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Aproveitando um espaço com cerca de 200 metros quadra-dos das instalações da AMI na cidade do Porto, reabilitado pelo arquitecto Pedro Burmester, a galeria AMIarte foi pensa-da e criada para promover, divulgar e comercializar regularmen-te obras de arte, surgindo como o resultado de uma ligação fecunda e forte entre a AMI e as artes, caracterizada pela reali-zação assídua de exposições de pintura e de escultura em Lis-boa e no Porto.Desta relação nasceu há um ano o desejo de criar um espa-ço artístico de carácter permanente, onde a criatividade – por-ventura a capacidade mais produtiva e humana da sociedade – coloca parte dos seus produtos ao serviço das acções huma-nitárias da Fundação AMI.

Situada na Delegação Norte da AMI, na Rua da Lomba, n.º 159, no Porto, a Galeria AMIarte assumiu-se assim como ponto de encontro entre artistas, diletantes, amadores de Arte e amigos da AMI, empresários e outros agentes económicos ou perso-nalidades da vida social e cultural. Mas a sua maior originalida-de vem deste cruzamento entre arte e acção humanitária num mesmo espaço.Desde Março de 2007, esta nova galeria do Porto já acolheu diversas propostas e linguagens plásticas, congregando alguns dos melhores artistas nacionais e uma selecção das novas reve-lações da arte através de uma série de exposições individuais e colectivas. A Exposição inaugural foi uma colectiva de 28 obras de arte de 14 grandes artistas plásticos de renome internacio-nal, como é o caso de Vieira da Silva, Picasso, Cargaleiro, Miró e Júlio Resende, entre outros. Por lá passaram ainda, as obras de Henrique do Vale, Humberto Nelson, João Carqueijeiro, entre outros artistas nacionais. Para aquele que será o seu segundo ano de vida, a galeria AMIar-te promete reinventar-se, passando a oferecer como comple-mento à área de exposições, uma zona de lazer com esplanada e serviço de cafetaria.

Galeria AMIarteUm ano de sucessoFoi há cerca de um ano, que a galeria AMIarte foi inaugurada. Pensada como um espaço capaz de materializar o conceito de aliar arte às causas humanitárias, é hoje um espaço de referência na cidade do Porto.

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Inaugurada no dia 5 de Dezembro de 2007 no Centro Porta amiga de Vila Nova de Gaia, a primeira Infoteca Fnac / AMI Contra a Infoexclusão é muito mais que um projecto de res-ponsabilidade social. Este espaço está dotado de equipamento informático e ligação à Internet a que os utilizadores podem aceder livremente propor-cionando-se, ao mesmo tempo, formação em Tecnologias de Infor-mação e Comunicação adequadas às suas próprias necessidades.Visa-se assim permitir aos utentes dos centros Porta Amiga da AMI, e de outras associações de solidariedade social do con-celho, ultrapassarem as barreiras tradicionais da acessibilidade às tecnologias de informação e comunicação, oferecendo-lhes uma nova oportunidade de participação na sociedade global, da informação e do conhecimento, e consequentemente, de inclusão social e integração profissional.A Infoteca de Vila Nova de Gaia está equipada com nove computadores, duas impressoras multifunções, uma máquina fotográfica digital, uma máquina de filmar digital e um vídeo projector. A Fnac também assegurou o mobiliário da sala, equi-

pando-a com mesas, cadeiras e quadros de formação, para além de garantir os consumíveis e material necessário para o bom funcionamento da Infoteca.Em termos de grupos de formação estão previstos, numa pri-meira fase, cinco grupos de pessoas, divididas por faixas etárias, envolvendo crianças, jovens, adultos em idade activa e senio-res. Para a definição dos planos de formação consideraram-se as características dos grupos identificados e, por isso, numa primeira fase o programa de formação será estruturado a um nível básico e elementar de conhecimentos, uma vez que a maioria dos participantes nunca teve qualquer contacto com as novas tecnologias.Para além destes grupos-alvo identificados para a vertente da formação, a utilização da Infoteca contempla, ainda, todas as pessoas da comunidade que pretendam beneficiar do espaço, num regime de acesso livre e totalmente gratuito.Nos próximos anos, a Fnac e a AMI pretendem criar 5 Infote-cas nos centros Porta AMIga de V.N. Gaia, Cascais, Lisboa, Coim-bra e Porto.Para a concretização deste projecto a Fnac e a AMI contaram com o apoio da HP Portugal para o fornecimento do equipa-mento informático e com a Galileu enquanto parceiro para a área da formação, e encarregue de delinear o plano de formação.

Infoteca Fnac/AMIContra a IndiferençaCombater a Info-exclusãoCom o apoio da HP e da Galileu, a AMI e a Fnac lançaram na Porta Amiga de Vila Nova de Gaia, um projecto inovador. A primeira Infoteca Fnac/AMI vai ser uma ajuda preciosa no combate à info-exclusão das populações mais desfavorecidas.

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Quadro de Honra

II Acção de Formação de Voluntários Internacionais É uma preocupação crescente da AMI a adequada preparação dos voluntários internacionais, num contexto em que a ajuda humanitária e a ajuda ao desenvolvimento exige uma actuação cada vez mais profissionalizada e rigorosa. Assim, a AMI vai realizar, nos dias 13 e 14 de Março de 2008, a II Acção de Formação a Voluntários Internacionais, dirigida a médi-cos e enfermeiros – que já tenham feito missão com a AMI ou que pretendem partir em missão no futuro – com o objectivo de dar aos voluntários algumas ferramentas para que melhor reali-zem a missão. A acção de formação, a realizar-se em local ainda por confirmar, prevê a participação máxima de 20 voluntários. A frequência desta formação é gratuita e passará a ser um critério preferencial na selecção de pessoal para as missões.Para formalizar as candidaturas, os interessados deverão enviar uma carta ou e-mail [email protected] juntamente com um currículo actualizado e a ficha de inscrição para voluntariado internacional da AMI (caso ainda não estejam inscritos), bem como a ficha de candidatura à Acção devidamente preenchida até 22 de Fevereiro de 2008.Para mais informações visite o site www.fundacao-ami.org

Fernando Nobre galardoado com prémio de Direitos HumanosO Presidente da AMI, Dr. Fernando Nobre foi distinguido no dia 21 de Dezembro de 2007, com o Prémio Dr. João Madeira Cardoso - Direitos do Homem pela Fundação Mariana Seixas e pelo Conselho Distrital da Ordem dos Advogados. O prémio, entregue na Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra foi atribuído ex aequo a sua Excelência Reverendíssima o Senhor Tomás Balduíno, Bispo de Goiás, Brasil. Este prémio, instituído em 2006 por estas duas entidades, destina-se reconhecer e a incentivar obras de defesa dos Direitos do Homem nos países de língua oficial portuguesa.

Fundação AMI galardoada com Prémio da Ordemdos Advogados

A Ordem dos Advogados e a Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados atribuíram à Fundação AMI, o Prémio Bastonário Angelo d’Almeida Ribeiro pelo mérito no trabalho feito pela Fundação em prol dos Direitos Humanos. A AMI dedica-se há 23 anos à causa dos Direitos Humanos. Nas acções humanitárias internacionais, está presente em cenários de guerra ou catástrofe, apoiando o desenvolvimento dos povos ou prestando assistência médica. Em Portugal, criou uma rede social de apoio aos mais desfavorecidos, contribuindo igualmente de modo activo para a reinserção social dos mais pobres.

Resultados do Peditório Nacional Estão já apurados os resultados de mais um Peditório nacional de rua da AMI, realizado entre os dias 24 e 27 de Outubro de 2007. A AMI angariou um total de 132.021,97 euros em Portugal Continental e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Em 2007, o peditório contou com a participação de mais de 700 voluntários, presentes em praticamente todos os distritos de Portugal. A AMI agradece a todos quantos contribuíram com um donativo para as missões humanitárias desenvolvidas em Portugal e no estrangeiro, bem como a todos os voluntários que participaram no peditório.

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Fundação AMI inaugurou Centro Porta Amigaem Angra do Heroísmo A Fundação AMI inaugurou no dia 18 de Janeiro, na cidade de Angra do Heroísmo, o seu nono Centro Porta Amiga, elevando assim para onze o número de equipamentos sociais da AMI em Portugal. Coube a Andreia Cardoso, Directora Regional da Solidariedade e Segurança Social em representação do Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, e ao Presidente da AMI, Fernando Nobre, a inauguração deste novo espaço numa cerimónia onde também marcaram presença o Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, José Pedro Cardoso e S.A.R. o Duque de Bragança, D. Duarte Pio. Desde sempre, a AMI tem pautado a sua acção baseada nas necessidades da população dos locais onde actua. Assim, e de acordo com as necessidades sociais diagnosticadas pelos organis-mos competentes e pela sua experiência de intervenção social, a AMI aceitou o desafio de abrir um Centro Porta Amiga na cidade de Angra do Heroísmo.A Porta Amiga de Angra dará uma especial atenção aos casos de mulheres que estejam a vivenciar problemas relacionados com a pobreza, violência doméstica e o crescente fenómeno das famílias monoparentais femininas, assim como à população imigrante em situação ilegal e ao crescente número de cidadãos repatriados desenraizados do seu meio.Os Centros Porta Amiga têm por objectivo criar os meios neces-sários para (re)inserção social, colocando à disposição dos seus utentes todas as valências habituais nestes centros de apoio social. Assim, e para além do Refeitório (que fornecerá 50 refeições diariamente) e Balneário, estarão também disponíveis serviços de apoio social, psicológico, jurídico, médico e de enfermagem, Clube de Emprego e apoio à inserção sócio-profissional e actividades de animação sócio-cultural.Será também facultada neste espaço, a distribuição de géneros alimentares e de peças de vestuárioAs instalações da AMI na ilha Terceira encontram-se num edifício de três pisos (ficando a Delegação da AMI no último piso), adqui-rido em 2004 com fundos próprios da Fundação e recuperado através de diversos apoios, nomeadamente o co-financiamento do Governo Regional e donativos de empresas tais como a Desejo Sem Limites/Mecenato Net, através das receitas do Leilão das vacas da Cow Parade, e da Natura Selection, tendo o custo total do pro-jecto (aquisição e recuperação) alcançado os 810 mil euros. Neste primeiro ano de actividade, entre despesas de funcionamento, de estrutura e de pessoal, a AMI estima despender mais 281 mil euros, parcialmente financiados pela Segurança Social.

Viajar Contraa Indiferença – Aventura SolidáriaDe 2 a 11 de Novembro um novo grupo de aventureiros partiu na 2ª edição da iniciativa Missão Aventura Solidária que teve como destino Réfane/Réo Mao no Senegal. A ajuda levada por este grupo às comu-nidades locais consistiu na recuperação do edifício da Maternidade Rural em Réo Mao e de um moinho de milho construído pela AMI há cerca de 10 anos, na entrega de material escolar e computadores à escola local e na oferta de material de tinturaria às mulheres de Réfane. Este projecto foi financiado pelos aventureiros, sendo o dinhei-ro resultante das vendas dos tecidos produzidos depositado num banco mutualista com o objectivo de beneficiar toda a população. Uma aventureira desenvolveu ainda uma palestra sobre lixo e reci-clagem na escola de Réfane. Aproveitando a ida de dois aventureiros

enfermeiros foi dado ainda apoio e formação aos enfermeiros do centro de saúde local. A próxima Missão Aventura Solidária terá lugar de 4 a 12 de Abril. Para mais informação poderá contactar com [email protected]

Festa de Natal de AMI reúne 1200 utentesA Fundação AMI promoveu no passado dia 21 de Dezembro, em associação com a RTP e a organização Natal Feliz, uma festa de Natal diferente para os utentes dos seus Centros Porta Amiga. A festa que decorreu na Cordoaria Nacional, ultrapas-sou em muito, o almoço para cerca de 1200 pessoas, utentes dos Porta Amiga das Olaias, Chelas, Cascais e Almada. Foram cerca de 6 horas de animação transmitidas em directo pela RTP (com o início do almoço marcado para as 12h) e na qual participaram cerca de 80 artistas e figuras públicas nacionais (Fernando Tordo, Ana Brito e Cunha, Oceano, Mila Ferreira, Joaquim Monchique, Rosa do Canto, Mafalda Sacchetti, Eládio Clímaco, Serenella Andrade, Margarida Mercês de Melo e Ricardo Carriço, entre outros), que também serviram as refeições aos utentes da AMI.Para a realização deste grande evento, a AMI, a RTP e a Natal Feliz contaram com o apoio da Delta Cafés, Bacalhau Pascoal, Museu da Marinha, Oliveira da Serra, Central de Cervejas e Bebidas Fruprogress, Primo Horta, Caçarola, Maranata, Auchan, Confeitaria Nacional e Quinta de Santa Sofia.Durante a emissão, passou em rodapé um número de telefone de valor acrescentado que foi criado propositadamente para o evento, revertendo as em favor da AMI. O número 760 780 200 esteve activo até 31 de Dezembro.

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Missões

Tsunami no Sudeste Asiático foi há três anos

O dia 26 de Dezembro de 2004 dificil-mente será esquecido pela população do Sudeste Asiático. Há exactamente três anos, um maremoto assolou toda esta região provocando mais de 250 mil mor-tos e desaparecidos. O Sri Lanka foi um dos países mais afectados, tendo sido para aqui que a AMI dirigiu os seus esforços de apoio humanitário. Dois dias depois do tsu-nami, uma equipa de dois elementos da AMI chegou a este território, tendo no dia seguinte chegado mais oito elemen-tos e 10 toneladas de alimentos e equipa-mento. Graças à impressionante mobiliza-ção da sociedade civil portuguesa (amigos da AMI, entidades públicas e privadas) no

apoio às vítimas, a AMI conseguiu angariar 2.786.661,79 euros até Julho de 2005, um montante que permitiu manter uma equipa expa-triada no Sri Lanka até Janeiro de 2006 e realizar uma série de projec-tos de médio e longo prazo para reabilitação de estruturas médicas e sociais. Até à data, a AMI já aplicou 1,6 milhões de euros, estando já destinados para projectos aprovados para 2007 e 2008, outros 0,5 milhões adicionais. Desde Dezembro de 2004, a AMI está a apoiar vários projectos de organizações locais, às quais foi solicitada a apresentação de pro-postas muito precisas, na área social e da saúde, como é o caso dos orfanatos de St. Vincent´s Home e D. Bosco, do apoio à comu-nidade Burgher (luso-descendentes) através da Portugal-Sri Lanka Burgher Foundation. Ainda no âmbito do apoio às vítimas do tsu-nami, a AMI estabeleceu diversas parcerias com ONG locais em projectos de desenvolvimento. Finalmente, em 2007, e com o res-surgir do conflito Tamil, a AMI recebeu e aprovou o financiamento de um projecto para apoio a um Centro para a Sociedade e Reli-gião, em Colombo.

Cabo VerdePromover melhorias no Centro Edu-cativo da Calabaceira e criar melhores condições de aprendizagem efectiva no complexo escolar são os objecti-vos principais da parceria que a AMI estabeleceu com a Fundação Infância Feliz, de Cabo Verde. O projecto, com um orçamento de 45 mil euros repar-tidos em 3 anos, beneficiarás as crian-ças da capital cabo-verdiana, na ilha de Santiago e é apadrinhado pela Primei-ra-Dama de Cabo Verde.

AfeganistãoA AMI vai dar inicio ao financiamento de 25.810 dólares americanos para a construção de um posto de saúde pela ONG afegã Hope of Mother, parceira da AMI em vários projectos neste país. O posto será construído junto à escola primária em Nanharhar, destinada a 640crianças, também ela construída e equipada com o apoio da AMI em 2006 e 2007.Este projecto venceu o concurso internacional “ Carrying Out Pro-jects Here and Abroad” da SANOFI AVENTIS que atribuiu um sub-sídio à construção do posto de saúde de 5.000 euros.

RDCNa missão da AMI na República Democrática do Congo vai dar-se início em Fevereiro a uma nova vertente de actuação. Mais cen-trada na recuperação nutricional de crianças com menos de 11 anos, quer ao nível de tratamento, quer no que respeita à preven-ção da malnutrição.Este nova vertente que vem aprofundar o trabalho de distribuição alimentar já ini-ciado no Hospital de Nioki, vai comple-mentar as actividades já em curso nas áreas de formação a técnicos de saúde e nos cuidados primários de saúde às popu-lações locais.

MoçambiqueAAMI vai apoiar em Moçambique, a construção de infra-estruturas adequadas à implementação de actividades de acolhimentos, assis-tência médica e medicamentosa, cuidados de nutrição e integração (formação) de 26 crianças órfãs na localidade de Quelimane.

O projecto tem a duração de um ano e tem um custo de 14.350 euros, integralmente suportados pela Fundação AMI.

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TechdataA Tech Data vai levar a cabo uma campanha no âmbito da qual, a empresa fará reverter 20€ por cada servidor HP vendido para a missão da AMI em São João dos Angolares no sul da ilha de Tomé.

Mecenato

Calendários AMIPelo terceiro ano consecutivo a Tecnifar e a Farmalux patrocinaram os calendários de 2008 da Fundação AMI, uma forma importante

de divulgar a temática do Ano Europeu do Diálogo Intercultural.

Editora Espacial e o cantor Bélito Campos editam CDa favor da AMI A editora Espacial e o cantor Bélito Campos associaram-se à AMI para apoiar o seu projecto em Angola. O Coral Infantil de Setúbal empresta a voz na interpretação de 10 temas infantis que estão no

imaginário de todos nós. Associado a esta campanha e parte integran-te deste álbum, o cantor Bélito Campos apoia a iniciativa e inter-preta a canção “Dá a mão a uma criança”. O custo do CD é de 5€ e por cada CD vendido serão entre-gues 2€ à AMI.

Natal 2007 em balançoNo Natal de 2007 a AMI contou com o apoio de numerosas inicia-tivas solidárias provenientes do mundo empresarial e da sociedade civil de todo o país que permitiram angariar perto de 30.000€ De entre as mesmas destacam-se: A TAP, que levou a cabo uma campanha no âmbito da qual os seus clientes puderam entre 15 de Dezembro a 15 de Janeiro, fazer um donativo mínimo de 2000 milhas do programa Victoria, a favor da AMI. Já o Barclays Bank apoiou a Fundação AMI através da divulgação da efeméride dos 20 anos de missões da Fundação nos seus 120.000 postais de Boas Festas. A iniciativa contou ainda com o apoio da Companhia das Cores que se encarregou da concepção gráfica do postal. A AMI agradece ainda a acção de Mecenato da Cimpor no valor de 3.500€. A Baviera Comércio Automóveis S A contribuiu com 600€ para os cabazes de Natal do Abrigo do Porto; A Câmara de Comércio Luso-Belga e Luxemburguesa organizou um jantar anual durante o qual decorreu uma tômbola que reverteu 412€ a favor da AMI; As Páginas Amarelas levaram a cabo uma acção de voluntariado empresarial que consistiu na pintura interior dos Centros Porta Amiga das Olaias (Lisboa) e do Centro Porta Amiga

International HouseA International House apoiou a Fundação AMI através da oferta de 20 inscrições em cursos de línguas em horário pós-laboral nos seus centros de Lisboa e Porto e 5 no centro do Porto. Estas inscrições destinam-se à frequência por parte dos seus colaboradores durante o ano lectivo de 2007/2008.

Fundo Contra a IndiferençaEm Fevereiro de 2008, a AMI lançará oficialmente o Fundo Contra a Indiferença 2008, um fundo de reserva que lhe permitirá intervir nas primeiras 48 horas após a ocorrência de uma emergência humani-tária sempre e onde entender necessário. O Fundo permitirá ainda que o arranque de novos projectos da Fundação em Portugal não dependa de financiamento de terceiros.Já fazem parte do Fundo as seguintes empresas e entidades: Ratiopharm, Bolas - Máquinas e Ferrramentas de Qualidade S A, Generg, Câmara Municipal de Castro Marim.

do Porto (Campanhã); À semelhança dos anos anteriores a Fnac disponibilizou-se para ter mealheiros AMI nos balcões de embrulho das suas lojas. Para além disto, a AMI organizou um grupo de volun-tários para colaborar no processamento das encomendas feitas em www.fnac.pt. Desta acção reverterá um Donativo a favor da AMI; O Sporting Clube de Portugal levou a cabo a campanha de Natal “Sporting Solidário” de angariação de bens que foram divididos por três associações, a AMI, a Cais e a Comunidade Vida e Paz.Para além das iniciativas externas, a AMI propôs às empresas a aqui-sição do “AMI 20 anos a passar fronteiras” para oferta aos seus cola-boradores, clientes, familiares e amigos. Todos os exemplares adqui-ridos contiveram um marcador personalizado com uma mensagem de Natal da empresa e o seu logo. Assim, as prendas de Natal do Barclays Bank, da Guérin e da JA Santos & Carvalho permitiram a angariação de 17.680€ que rever-teram para o financiamento da missão da AMI na Guiné-Bissau.

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01 Lápis de carvão com bonecos em forma de borracha0,50 €

02 Porta lápis em madeira com 5 lápis de cor 4 €

03 Livro "20 anos a passar fronteiras" 35 €

04 “Gritos contra a indiferença” de Fernando Nobre20 €

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Portugal24 Jan. Apresentação do livro "Gritos contra a Indiferença", Setúbal 28 Jan. Gala de entrega do Prémio Cidadania a Fernando Nobre, Lisboa29 Jan. Formalização do Núcleo; Apresentação do livro "Gritos contra a Indiferença", Castelo Branco13 e 14 Março II Acção de Formação Voluntários Internacionais, Lisboa

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abRIGo Da GRaça, LIsboaMédico(a) Clínica Geral

PoRTa aMIGa e abRIGo PoRToenfermeiro(a)Médico(a) PsiquiatraMédico(a) Clínica GeralMédico(a) estomatologista