3
de am, que fica na e ntrada do canal do Limoeiro i parte de eirna. lI avendo bom pratico, vento, e mare fU'OTal" eiJI se podem atravesser sem rillCO as du u ba- hi18 por Córa da ilha Uararay, se m tomar o r urc delta. .xo verêc se faz a trareesie em qua lquer hora do dia; porem no inverne convem aproveitar as marh ma ti- oao.":l ; por qU I: de tarde llllO frequentes, e ordinaries as tempestades . 10. Estai duns bahiu são a ba rra do grande, e cau dcloso rio doe 'I'ecnntina, e está em 2 grãos e 15 minut oade lalilude austral. O dito rio tem o s eu nasci- men to abaixo da chap ll d;\ gran de, ou dilntlldo cordão dos montes das minos gerees; I: corre do meio dia para o ecptcutrião. lJcsaguaõ nelle muitos rios por uma , e out ra margem. Pelo oriental; O rio do So no de J\lanoel Alves; Paranil inga: rio P reto; e o do Mu anhão; Pela occidental: os rios 'l 'acoanhunas: da Capoeira: de 51.' Luzia; dos l\lang oe!J,; Boa- vbta, e rio das Almas. As suas agoas 5âo crilltalinas, com declinação da ro r verde. Nellu se u iio delicio- aos peixes, e perfeiunimaa tartarugas; para cuja pro- ducção tem muitas, e vistceas praias de arera. A sua llnH'gação é lraballKJlla peles &a ltos, ou eetad upas, e pedras, que ne llll se enecn trêe; e pejo perigo da iü- nsiw do tenumere re t gentio, que habita nll l IU8S mar- gen... , e centros; por cujo motivo se dlflic uha a es ua c- ção do muito pão crave, q ue ha ne ste rio, e se não communieâo por elle com o Pa as lIuas minas de ouro, que eâo; ali minas de S. Felis: da ult ima freguesia, e termo do bispado do P or á pel a. parte de Su este: de S. Jcsé dos 'I'c cantins, li . Ali nações mais conhecidas do gentio, qu e lia na oriental do rio dos T ocantins, aão: Apj. 1lIIgé: 'Iim bira: Aguruji: Copegé: Aman.j Óll ; Ac aIllji -

Pages From 1862 Noronha Viagem

Embed Size (px)

DESCRIPTION

História

Citation preview

Page 1: Pages From 1862 Noronha Viagem

de am, que fica na entrada do canal do Limoeiro iparte de eirna. lIavendo bom pratico, ven to, e ma refU'OTal"eiJI se podem atravesser sem rillCO as duu ba­hi18 por Córa da ilha Uararay, sem toma r o rurc delta..xo verêc se faz a tra r eesie em qualquer hora do dia;porem no inverne convem aproveitar as marh mati­oao.":l ; por qUI: de tarde llllO frequen tes, e ordinaries astempestades.

10. Estai duns bahiu são a barra do grande, ecaudcloso rio doe 'I'ecnntina, e está em 2 grãos e 15minutoa de la lilude a ustral. O dito rio tem o seu nasci­mento abaixo da chaplld;\ grande, ou dilntlldo cordãodos montes das minos gerees; I: corre do meio d ia parao ecptcutrião. lJcsaguaõ nelle muitos rios por uma ,e outra margem. Pelo oriental; O rio do So no deJ\la noel Alves; Paranilinga: rio P reto; e o do Muanhão;Pela occidenta l: os rios 'l'acoanhunas: Ar~guaya : daCapoeira: de 51.' L uz ia; dos l\langoe!J,; Curija~ Boa­vbta, e rio das Almas. As suas agoas 5âo crilltalinas,com declinação da ror verde. Nellu se u iio delicio­aos peixes, e perfeiunimaa tartarugas; para cuja pro­ducção tem muitas, e vistceas praias de arera. A suallnH'gação é lraballKJlla peles &altos, ou ee tad upas,e pedras, q ue nellll se enecn trêe; e pejo perigo da iü­nsiw do tenumereret gentio, que habita nll l I U8S mar­gen..., e centros; por cujo motivo se dlflicuha a esuac­ção do muito pão crave, q ue ha neste rio, e se nãocommunieâo por elle com o Pará as lIuas minas deouro, que eâo; ali minas de S. Felis: da N"ativid~de ,

ultima freguesia, e termo do bispado do Porá pela.parte de Sueste: de S. J csé dos 'I'ccantins,

li . Ali nações mais conhecidas do gentio, quelia na ~arte oriental do rio dos T ocantins, aão: Apj.1lIIgé: 'Iimbira : Aguruj i : Copegé: Am an.jÓll; AcaIllji-

Page 2: Pages From 1862 Noronha Viagem

~.-pitanga: Pururií: Panacumueír J '>01: C uruamerim: Cu­ruauaçú: Copepoty. Na perte oceidental vivem ~

indica d.. ""QÓ"= Gnj;tcã : Gl"lllj uarã: Uaya: Mutun ;'I'uriuara, e de outru lIlui~ o. que habitaO m'Iuma, e outra margem I<u perior á barra do rio Araguay• •("lltiio t;i tu.do~ em c.ampoll; e "ati matai, os q ue liciodo Ara~ay. para baixo. As aldeal são populo88.&, emuilll. de cadll nação; especialmente do COpege. O" in­dios dae nações Apinagii e 'I'imbira são de corso, e U$IlÕ

por instrumentes maremes de maças de pão, e pa ra ac:u;1l de arcos e fteXllll sem veneno: o que tambémpratidio o. de outras muit/l tl neçoes, sendo DDlI mai.cenun ur nti uso de arco, e flexns , parn II gUl'r ra, e paroa Caçll: todos geralmente são valerosos, e Inclinados 5.guerra. E de ordinario a movem uns , contra outrosem derez.a das suas pedrei..... que ~timão por serv i.rem das pedras de rogo em f_ ha de machado, e maiaferramentas. XaO tem pila, nem eommeecc com (lII

brancoe: mostra com tudo a experiencja, quo eehendoeJlesalgulQ branco d~no. ou prh ionaudo-o em geer­n1, o não ma11l.o; antes pelo contnlrio o tratio bem,e lhe deat inaõ logo mulher eonfOlme os seus eestumes,

12 . 'Todos 08 iodios das rrieridn naÇOt'S a ex­cepção das mulheres, tem no beiço inferior entre a ex­tremidade delle, e a eova da barba um furo maior, 011

menor, qundo a sua particular distinção, em que me­tem uma pedra. de figura cylindricu, e bem lC'f' iglld".As orel uas são rasgadas entre lI .cart ilagem, c :lo cxtre­n udede inferior com furo tiio lurgo, que ad miUc urnarcdella da grandeaa da palma, ou metacarpe do limamão, com que fazem monstruoso, e horrivcl o seu 1I ~­

pecto. 0" índios da nação Allllm~joz tem o furo nobeiço superior, e o adoruâo com um canudinho delí­cado de pennas amarelles, e u ues, de que lambem

Page 3: Pages From 1862 Noronha Viagem

f'E, 7 _

UMo nas orelha.. ClIjo furo ~ pequeDO, e apertado,OOD1O o do beiço./. 13. Xão Mo lo tropo(ap, Dem idolatro. A luareligião li nenhuma. lia porem entre eljes Pübo& ouFeiticeiros, que IÓ o Ião no nome, fingimento, e erra­tio. persuasão, II quem ecneuhêo para li. predição dOIHUCOO1l90S futuros, em que lle interessâo, e recorrem pam:t cura das suai enfermidades mais rebeldes. Nas ee­remonlee, ri tos, bailes, adornos de pennas, lia ruetici­J ade, e costumes, Dão diferem dos mail iJulios da Pro­vincia do A m UZOIl:tIl. N,u. IIUas fClOti\,idndea maioreslll1io os que eêc habeia pnra a guerra da bebida, que \(aliem da raiz de certo pão chamado -Juremll - cujavirtude li nimiamente noreotica. Depoíiltc eahjrem ~\.lh..t\"tUdo banho, que lomão geralmente tot.IOIJ 011 inofiOll ante. ~de amanhecer, li iny.ria l'e! o costume de ir um iudiodestluado P.1.f1 este rniniaterio instruir no pa tee, oupmça da aldea II geme moça na bistoria particula r da,ua nação, referindo o peineiplo, e suceesscs della. A~

euas tnInlmigraçOl'$, ou mudanoças (Ml k m harido) deumal para oull'U pane.: '$ lua, gtJenal pasu.das, elno(Í\'Olt dellas: .s lua. alianças, e confederações: a8nações, que em algum tempo lhe foral) ralH8, e trai-dorl\iõ, ou conetantee, e lieis:: as que oe tem beneficiado,ou ,"ravado: o bercieo 'Falor, e esforço dos R UMma-icree, e uutr•• cousas semelhantes, que todOll ouvemcom auençâo, e lhe fali uma indelevel impre~l!I\o.

H . Em outro tempo ee deseeeac do rio 'recan­tin ll muitos indica dali nações 'I'opinambas, c Pochl­guarÍl., COIlI O!I queee IIC fundou uma aldêa na margemOrienta! do mesmo rio pouco menos til' uma maré deviagem acima da vilL1 \liÇOllll , da qual ~~llrao) pluaa alMa de ~lortigu fll, hoje chamada villa de Conde.

15. A. mui tll . ilhu , qqe ba na barra de.1C rio,