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SALVADOR SÁBADO 21/9/2013 OPINIÃO A3

ASSOCIADAÀ SIP -

SOCIEDADEINTERAMERICANA

DE IMPRENSA

ASSOCIADAAO IVC -

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CAU GOMEZ

Ogrande espetáculo da vida renasce acada dia. Nenhuma intolerância podeimpedir a vitória da alegria. Nenhuma

estupidez pode mais do que o sonho coletivode crescer e construir um futuro mais bonito.Nós, os moradores do Alto do Itaigara, saindoda solidão dos nossos condomínios e da apatiado conformismo, viemos nos reunindo e so-mando esforços para preservar uma das úl-timas áreas verdes da região, e hoje, pela sen-sibilidade de empresas baianas, renasce a praçae bosque Esperança. A partir das 16 horas,estaremos reunidos, na ladeira Artesão JoãoPrata, para a celebração de sua adoção.Comunidade e poder público demãos dadas

agradecem e apontam novos caminhos para aedificação de uma nova Salvador, onde há deimperar o desejo de diminuir as diferençassociais e restaurar a concórdia de uma cidadereferência universal. Uma cidade onde o es-plendor do seu mar e do seu magnífico céuazul, de pensadores e artistas geniais, de umafé inabalável em seu destino, há de vencerseus desafios e continuar caminhando a pépara o Bonfim.Perdoe-me o entusiasmo emocionado, mas o

meu coração em chamas não tem mais medode acreditar. Crer que é possível trilhar novoscaminhos em direção a um grande trabalhocoletivo. Voltar às serenatas no Abaeté, às re-gatas da Ribeira, ao espetacular pôr do sol dofarol, nossas praças outra vez ocupadas pelapoesia, pela capoeira, o artesanato, nossa gran-de arte popular. Outra vez a pesca do xaréu,nossos saveiros no mar, nossas arraias no céu.Nosso ciclo de festa restaurados e, outra vez, olirismo e a beleza dos ternos da Lapinha. Ci-clovias por toda parte e automóveis egoístastransmutados em transporte solidário.

Raras comunidades no planeta se estimamcomo nós, e toda essa violência que hoje nosaflige pode ser vencida por um novo acordosocial. No afã de aglutinar os moradores daregião, com apoio inestimável do Apita, lide-rados por Andréia e Mário Amici, pude cons-tatar, para minha profunda alegria, que gentelinda é o povo da minha terra; honra e glóriaa ti, Salvador!

WALTER QUEIROZ ESCREVE SÁBADO, QUINZENALMENTE

Walter Queiroz Jr.Advogado, poeta, compositor, membro daConfraria dos Saberes

[email protected]

Raros, como eu até pouco, sabem queAraguaína fica no estado do Tocan-tins, desmembrado de Goiás em 1988,

sendo Palmas sua capital. Araguaína é asegunda cidade em população, 200 mil ha-bitantes, mas a primeira na agropecuária.População miscigenadíssima, predominan-do os cafuzos e mamelucos. Fundada em1958, não dispõe de imóveis históricos, emesmo a matriz do Coração de Jesus e osprincipais prédios públicos, inclusive os tú-mulos do cemitério, infelizmente, não pri-mam pela esmero arquitetônico.Presença marcante do catolicismo e das re-

centes igrejas evangélicas. A principal rua co-mercial tem o nome de um cônego, e os padresde DomOrione, originários da Itália, controlamenorme hospital, colégio e universidade. Tem-plos evangélicos grassam por toda parte: sónum bairro periférico contei 16, um deles cominsólita denominação: Igreja Evangélica daNoi-va do Cordeiro.Restaurantes, lanchonetes e pamonha-

rias servem comidas deliciosas, mesclandoo receituário do cerrado goiano e do sertãopiauiense, com produtos amazônicos do Pa-rá, incluindo sucos de cupuaçu e jurema. Aspamonhas de milho verde são saborosís-simas: há salgadas, com linguiça, e doces,recheadas de queijo.Nos três dias que passei em Araguaína, cum-

pri programa ultradiversificado: fiz concorridapalestra na Universidade Federal do Tocantins,fui a uma típica feira livre commuita variedadede farinhas, polvilhos e uma dezena de tiposde feijão; nunca vi alhures jilozinhos e ca-juzinhos tão pequeninos; suave doce de buriti,muito urucum e castanha-do-pará. Participeida 4ª Parada da Diversidade, a menor dasmuitas que já visitei pelo Brasil afora: menosde 300 participantes, certamente efeito repres-sor das igrejas que inibem os/as araguainensesa sair do armário. Fui ao circo e a um showconcorridíssimo da famosa banda católica Rosade Saron. O que mais curti foi o banho nacachoeira do Jenipapo, a meia hora do centro,um oásis geladinho rodeado por quenturaigual a de uma fogueira de São João!

LUIZ MOTT ESCREVE SÁBADO, QUINZENALMENTE

Luiz MottProfessor titular de Antropologia da Ufba

[email protected]

21 de setembro: início da primavera, Diada Árvore. Por simbolizar a força e orenascimento perpétuo da natureza,

foi escolhido como Dia Nacional de Luta pelomovimento brasileiro de pessoas com defi-ciência, em um encontro nacional em 1982.Com o passar dos anos, a data tornou-se re-ferência para todas as organizações e para pes-soas com deficiência, sendo oficializada poruma lei federal em 2005. Em todo o País,eclodem neste dia manifestações culturais, se-minários, atos públicos e eventos políticos, co-mo expressão da cidadania das pessoas comdeficiência e das suas reivindicações de par-ticipação plena em igualdade de condições.As pessoas com deficiência quebraram re-

centemente a invisibilidade na sociedade edevem esse resultado, sobretudo, a suas or-ganizações representativas e a suas lideran-ças, que souberam impor sua voz na agendapolítica, com a introdução do modelo socialda deficiência nas políticas públicas, em subs-tituição ao modelo médico: de objeto de cui-dados, a pessoa com deficiência passou a sersujeito de direitos. “Nada sobre nós sem nós”foi o lema do movimento planetário de pes-soas com deficiência que acompanhou todoprocesso de elaboração da Convenção Inter-nacional sobre os Direitos das Pessoas comDeficiência, ratificada pelo Brasil em 2008.As pessoas com deficiência representam

24,5% da população brasileira (46 milhõesde pessoas), segundo censo IBGE 2010. En-contram-se em maior proporção nas mu-lheres, na população negra e indígena, nasregiões Norte e Nordeste e, de forma geral,em todas as camadas mais pobres e ex-cluídas na sociedade. Dois terços dos idosospossuem alguma deficiência, assim comoum terço das mulheres negras.O Brasil possui uma das legislações mais

avançadas para as pessoas com deficiência.Na última década, foram implementadosmecanismos e instrumentos de democraciaparticipativa que estimularam a participaçãosocial e a articulação de diversas e novasorganizações. Mas o caminho da inclusãosocial ainda é longo. E é de responsabilidadedos poderes públicos, das organizações so-ciais como também de toda sociedade.

Damien HazardEconomista, coordenador da ONG Vida Brasil,diretor-executivo da Associação Brasileira deONGs

[email protected]

EDITORIAL

DilemadigitalApresidenteDilmaRousseff reagiu e bateu

com força nos EUA. Em duas frentes: na

primeira, pela via diplomática, cancelou a

viagem oficial a Washington, agendada

para o mês que vem; na segunda, pela via

tecnológica,determinouaseustécnicosque

tratemdeaumentarasegurançadosdados

brasileiros no universo da informática.

O cancelamento da visita a Washington

foi entendido por alguns especialistas em

política externa como gesto inócuo, parte

de uma pantomima diplomática que não

gera resultados, apenas conforta uma pre-

sidente zelosa de sua autoridade. A viagem

será remarcada.

O outro gesto, o de investir tempo, di-

nheiro e esforços para dar maior e melhor

musculatura à “cibersoberania” nacional,

traz consigo umamoeda e suas duas faces:

é direito e dever de um governo proteger

suas informações reservadas e/ou secretas,

bemcomoprotegerosdadose informações

pessoais de seus cidadãos. A outra face é de

alto risco, pois, ao aumentar e fortalecer

mecanismos de segurança de dados, isso

poderia se transformar em potencial con-

trolador deles e dos cidadãos a quem essas

informações pertencem.

O dilema do Big Brother, tão bem apre-

sentado na literatura de George Orwell,

está, pois, outra vez presente. E o que é pior,

a presidente não está só na pretensão dela.

Governos de viés autoritário, noOriente ou

na América Latina, volta e meia sinalizam

esse desejo. China e Rússia igualmente es-

grimem frequentes gestos de controle do

ciberespaço de seus cidadãos. Estão todos a

aplaudir e encorajar o gesto da presidente.

Acontece, que, comonopoemadeDrum-

mond, “no meio do caminho tem uma pe-

dra”, e ela se materializa na centralização

denossosdadoseinformaçõesemsistemae

empresas norte-americanas. O natural co-

modismonacionalpavimentouessavia.Eo

secular descaso como investimento emtec-

nologia sacramentou a situação.

A solução ideal está longe e é cara. A

intenção de controle é sempre um perigo.

No meio do dilema e das vontades oficiais

fica o cidadão, sempre a partemais frágil e

desprotegida.

“O Supremo tem uma jurisprudência remansosa, velha,de que a execução da pena se dá com o trânsito emjulgado da decisão condenatória” RODRIGO JANOT, procurador-geral da República

Renasce aesperança

Araguaína,Tocantins

21 desetembro