28
PATRIMÔNIO Técnicos divulgam parecer sobre terminal de ônibus ENERGIA Documento mostra as principais tecnologias verdes SOM Coral da AEAARP completa 20 anos Produtores resistem à seca, investem e têm um campo colorido, cujo mercado é grande e disputado As flores da região de Ribeirão painel

Painel - edição 235 - out.2014

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Veículo de divulgação oficial da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP).

Citation preview

Page 1: Painel - edição 235 - out.2014

PATRIMÔNIO

Técnicos divulgam parecer sobre terminal de ônibus

ENERGIA

Documento mostra as principais tecnologias verdes

SOM

Coral da AEAARP completa 20 anos

Produtores resistem à seca,investem e têm um campo

colorido, cujo mercado é grandee disputado

As flores daregião deRibeirão

painel

Ano XVIII nº 235 outubro/ 2014

A E A A R P

Page 2: Painel - edição 235 - out.2014
Page 3: Painel - edição 235 - out.2014

Há exatamente um ano memanifestei neste espaço e na mídia sobre as condições de

conservação da Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto.

Naquela ocasião, muito se discu|u sobre as causas dos danos estruturais verificados

no imóvel centenário e tombado pelo CONPAC.

De acordo com o laudo técnico, elaborado à época por empresa de engenharia espe-

cializada no assunto, a principal causa dos danos era, entre outras coisas, ocasionada

pelo grande fluxo de veículos pesados nas vias limítrofes à edificação.

Se de um lado, {nhamos um imóvel centenário, dos poucos representantes daquela

época que ainda estavam preservados na cidade. De outro, {nhamos vias que faziam

parte de corredores de circulação vitais para o escoamento do tráfego na região.

Se era importante a integração dessas vias como complexo viário da região central, não

menos importante era a preservação do imóvel, que representa parte da nossa história.

Necessária, portanto, a rápida definição dos procedimentos a serem adotados para

garan|r a preservação do imóvel, sem prejuízo da circulação dos veículos necessários

ao transporte da população.

Um ano depois, a situação local é a mesma.

Recentemente, a AEAARP par|cipou de discussões sobre o assunto ocorridas na Câ-

mara Municipal. Encaminhou à Comissão Legisla|va de Estudos que trata do assunto,

através de nossos representantes, a posição da en|dade em relação à proposta do Poder

Execu|vo de implantar um terminal de ônibus na Praça das Bandeiras, que é discordante

da proposta oficial e foi acatada pela Comissão de Estudos para análise.

Se a principal causa dos danos verificados no imóvel, de acordo com o laudo técnico

mencionado, é o grande fluxo de veículos pesados nas vias limítrofes à edificação, causa

estranheza a proposta demanutenção e de ampliação da presença desses veículos, com

a implantação do terminal no local.

Recentemente foi criado em Ribeirão Preto o Fórum das En|dades de Ribeirão Preto

(FERP), cons|tuído por 22 organizações representa|vas da sociedade civil e do qual a

AEAARP é uma das en|dades fundadoras. Uma de suas finalidades é a discussão e o

encaminhamento de propostas aos poderes públicos cons|tuídos sobre assuntos de

interesse geral do município, com o peso decorrente da representa|vidade dessas en-

|dades junto à população.

O assunto em pauta está em discussão pelo FERP em conjunto com a AEAARP e seus

demais integrantes, com o intuito de encaminhar ao poder público municipal propostas

alterna|vas para a solução em defini|vo do problema.

Esperamos do poder execu|vo, a disposição necessária para o diálogo na busca de

alterna|vas posi|vas.

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Eng.º Civil João PauloS. C. Figueiredo

Editorial

Page 4: Painel - edição 235 - out.2014

Expediente

A S S O C I A Ç Ã ODE ENGENHARIAARQUITETURA EAGRONOMIA DERIBEIRÃO PRETO

Horário de funcionamentoAEAARP CREADas 8h às 12h e das 13h às 17h Das 8h30 às 16h30Fora deste período, o atendimento é restrito à portaria.

ÍndiceESPECIAL 05Também temos flores

MEIO AMBIENTE 10Um mapa de projetos em química verde

HISTÓRIA 12Som Geométrico | 20 anos

BIBLIOTECA 18Cenário e perspectivas da agricultura brasileira

SAÚDE 19AEAARP reduz taxa da Unimed

PATRIMÔNIO 20Catedral em risco

OPINIÃO 22Construções sustentáveis precisam de legislações sustentáveis

CREA-SP 24PPRA e PCMAT são privativos dos profissionais do CREA

DESIGN 25Bicicleta em forma de carro

INDICADOR VERDE 25

NOTAS E CURSOS 26

Rua João Penteado, 2237 - Ribeirão Preto-SP - Tel.: (16) 2102.1700Fax: (16) 2102.1717 - www.aeaarp.org.br / [email protected]

Eng. civil João Paulo de Souza Campos FigueiredoPresidente

Arq. e urb. Ercília Pamplona Fernandes Santos1º Vice-presidente

Eng. civil Ivo Colichio Júnior2º Vice-presidente

DIRETORIA OPERACIONALDiretor Administrativo: eng. civil Hirilandes AlvesDiretor Financeiro: eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio BagatinDiretor Financeiro Adjunto: eng. civil Elpidio Faria JúniorDiretor de Promoção da Ética de Exercício Profissional: eng. eletr. Tapyr Sandroni JorgeDiretor Ouvidoria: eng. civil Milton Vieira de Souza Leite

DIRETORIA FUNCIONALDiretor de Esportes e Lazer: eng. civil Edes JunqueiraDiretor de Comunicação e Cultura: eng. civil José Aníbal LagunaDiretor Social: arq. e urb. Marta Benedini VecchiDiretor Universitário: arq. e urb. José Antonio Lanchoti

DIRETORIA TÉCNICAAgronomia, Agrimensura, Alimentos e afins: eng. agr. Gilberto Marques SoaresArquitetura, Urbanismo e afins: arq. e urb. Carlos Alberto Palladini FilhoEngenharia e afins: eng. civil José Roberto Hortencio Romero

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: eng. civil Wilson Luiz Laguna

Conselheiros TitularesEng. agr. Callil João FilhoEng. civil Carlos Eduardo Nascimento AlencastreEng. civil Cecilio Fraguas JúniorEng. civil Edgard CuryEng. agr. Dilson Rodrigues CáceresEng. seg. do trab. Fabiana Freire Grellet FrancoEng. agr. Geraldo Geraldi JúniorEng. mec. Giulio Roberto Azevedo PradoEng. elet. Hideo KumasakaEng. civil Iskandar AudeEng. civil José Galdino Barbosa da Cunha JúniorArq. e Urb. Maria Teresa Pereira LimaEng. civil Nelson Martins da CostaEng. civil Ricardo Aparecido DebiagiConselheiros SuplentesEng. Agr. Alexandre Garcia TazinaffoArq. e urb. Celso Oliveira dos SantosEng. Agr. Denizart BolonheziArq. Fernando de Souza FreireEng. civil Leonardo Curval MassaroEng. agr. Maria Lucia Pereira Lima

CONSELHEIROS TITULARES DO CREA-SP INDICADOS PELA AEAARPEng. mec. Giulio Roberto Azevedo Prado e Eng. civil Hirilandes Alves

REVISTA PAINELConselho Editorial: - eng. agr. Dilson Rodrigues Cáceres, eng. mec. Giulio RobertoAzevedo Prado, eng. civil José Aníbal Laguna e eng. civil e seg. do trab. Luis Antonio Bagatin [email protected]

Coordenação Editorial: Texto & Cia Comunicação – Rua Joaquim Antonio Nascimento 39,cj. 13, Jd. Canadá, Ribeirão Preto SP, CEP 14024-180 - www.textocomunicacao.com.brFones: 16 3916.2840 | 3234.1110 - [email protected]

Editores: Blanche Amancio – MTb 20907 e Daniela Antunes – MTb 25679

Colaboração: Bruna Zanuto – MTb 73044

Publicidade: Departamento de eventos da AEAARP - 16 2102.1719Angela Soares - [email protected]

Foto da capa: Daniela AntunesTiragem: 3.000 exemplaresLocação e Eventos: Solange Fecuri - 16 2102.1718Editoração eletrônica: Mariana Mendonça NaderImpressão e Fotolito: São Francisco Gráfica e Editora Ltda.

Painel não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. Os mesmos também nãoexpressam, necessariamente, a opinião da revista.

Page 5: Painel - edição 235 - out.2014

5

AEAARP

ESPECIAL

temos floresA região de Ribeirão Preto, caracterizada em todo o mundo

pela produção de cana-de-açúcar e de café, também tem flores;

produ\vidade não atende a demanda local

Também

O setor de flores e plantas ornamentais cresceu entre 10 e 15% ao ano nos úl}mos

10 anos, de acordo com dados da Câmara Setorial de Flores e Plantas Ornamentais

do estado de São Paulo, órgão ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.

Das terras de 8.017 produtores brasileiros, saem as flores que são vendidas em todo

o país. Esse setor também é responsável pela geração de 209 mil vagas de emprego

(nas áreas de produção, atacado, varejo e apoio), segundo o úl}mo levantamento

realizado em 2013, pelo Ins}tuto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). O estado de São

Paulo emprega 85.769 trabalhadores e atende 70% do mercado.

Page 6: Painel - edição 235 - out.2014

6

Revista Painel

ESPECIAL

Demanda na regiãode Ribeirão Preto

Em 2010, o setor produ|vo de flores

e plantas ornamentais faturou R$ 3,8

bilhões no país. Em 2011, o faturamen-

to foi de R$ 4,3 bilhões; R$ 4,8 bilhões

em 2012 e cerca de R$ 5,2 bilhões em

2013. Para 2014, o Ibraflor es|ma um

crescimento entre 8 e 10%. Ronaldo, de

Bonfim Paulista, nota que o mercado

regional também cresceu. “O consumo

de flores aumentou e muito. Isso acon-

Índices de crescimento de 2012 para 2013

- Crescimento do faturamento do mercado: 12%

- Crescimento de área de produção: 2%

- Crescimento do número de produtores: 1%

- Crescimento do número de empregos: 1%

- Consumo anual per capita de flores: de R$ 23 para R$ 26

Fonte: Câmara Setorial de Flores e Plantas Ornamentais do Estado de São Paulo

De tradição cafeeira e canavieira, a re-

gião de Ribeirão Preto abriga produtores

de diversas espécies de flores, na|vas ou

exó|cas. Das rosas às orquídeas, das alpí-

nias às strelitzias, a região comporta cen-

tenas de espécies de flores. Em Bonfim

Paulista-SP, no Sí|o Manga Rosa, o agrô-

nomo Ronaldo Posella Zaccaro cul|va em

torno de 20 espécies. Em uma área de 3,6

hectares, ele, a esposa Aracy Zaccaro, e

mais dois funcionários cuidam do cul|vo

das flores que estão distribuídas emvárias

partes da propriedade. A produção de flo-

res é uma das linhas de negócios do sí|o,

que tambémproduz árvores fru{feras.

Há aproximadamente 100 km de Ri-

beirão Preto, a cidade de Matão-SP

abriga uma plantação de rosas que ocu-

pa pouco mais de um hectare. O Sí|o

São João, do produtor Antonio Carlos

Pereira, também conhecido como To-

ninho das Rosas, atua há 21 anos no

mercado e produz entre 25 e 50 dúzias

de rosas por dia. Já no período de seca,

a produção cai para 10 a 22 dúzias/dia,

explica Antonio. O produtor conta que

trabalha com 10 variedades de rosas:

vegas, carola e ambiance são as mais

comercializadas.

O interesse do produtor agrícola Luis

Carlos Novelli, do Orquidário Santa Ca-

tarina, em Itápolis-SP, pelas orquídeas é

hereditário. Sua mãe |nha uma coleção

e foi ela quem ensinou ao Luis como

cuidar dessas flores. Em uma proprie-

dade de 10 alqueires, são cul|vadas

cerca de 100 espécies em uma estufa

de 3.000 m².

teceu por causa do crescimento do nú-

mero de floriculturas em Ribeirão Preto

e também da grande quan|dade de for-

maturas no final do ano”.

A venda de flores representa 30% do

seu faturamento, os outros 70% corres-

ponde ao cul|vo de árvores fru{feras

como: pitanga, jabu|caba, pêssego etc.

Ronaldo fornece produtos para várias

floriculturas, mas a maior parte de sua

produção vai para empresas organiza-

doras de eventos. Segundo ele, Ribeirão

Preto tem potencial para ter uma pro-

dução expressiva de flores. Atualmente,

segundo Ronaldo, a produção local não

atende a demanda da cidade.

Toninho das Flores, de Matão, tem

uma visão diferente de Ronaldo. “O

consumo de rosas diminuiu muito nos

úl|mos anos, por causa da grande va-

riedade de flores que tem hoje no mer-

cado”. Toninho, que divide o trabalho

de plan|o e manejo com a esposa e os

dois filhos, atende três floriculturas nas

cidades de Araraquara-SP e Itápolis-SP.

O produtor também se dedica a uma

plantação de cana e outra de milho. A

principal receita do sí|o vem do cul|vo

das rosas.

Para Luis Novelli, de Itápolis, o con-

sumo de orquídeas tem diminuído por

causa do aumento de produtores da

flor. “Grandes produtores têm |rado

Page 7: Painel - edição 235 - out.2014

7

AEAARP

uma boa parte do mercado de nós, que

somos pequenos”. Luis comercializa

orquídeas para algumas floriculturas e

vendedores de flores. Porém, a maior

parte da sua renda vem da venda de

orquídeas nas exposições organizadas

pela Coordenadoria das Associações

Orquidófilas do Brasil (CAOB), que pro-

move cerca de 80 eventos no ano, em

quase todos os estados brasileiros. “No

ano passado, par|cipei de 24 exposi-

ções. Mas neste ano, par|ciparei só de

13, porque o custo para ter um estande

subiu muito, além de ter aumentado o

número de expositores”.

Dificuldades na produção

O setor teve um aumento conside-

rável na qualidade e diversidade de

produtos ofertados ao consumidor, na

como casca de pinus, casca de coco da

Bahia ou substratos, e existem poucas

empresas que oferecem esses produtos”.

O Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento lançou a Agenda Es-

tratégica 2010-2015 - Flores e Plantas

Ornamentais, que tem como obje|vo

fortalecer polí|cas públicas e privadas

para o agronegócio, reunir informações

e ampliar as discussões sobre a cadeia

produ|va de flores. A par|r de novem-

bro deste ano deverão ser divulgadas as

informações coletadas nos úl|mos qua-

tro anos, segundo Renato Opitz.

Clima e seca

Umdos fatores que temprejudicado o

cul|vo de flores é a seca. Para Ronaldo,

a falta de chuva neste ano tem atrapa-

avaliação do engenheiro agrônomo Re-

nato Opitz, presidente da Câmara Se-

torial de Flores e Plantas Ornamentais

do Estado de São Paulo. Porém, o órgão

detectou alguns gargalos. “A legislação,

por exemplo, é ultrapassada, ineficien-

te, onerosa e com interpretação dúbia”,

explica Op|z. Outros fatores nega|vos

foram o alto índice de informalidade,

a ausência de informações do setor, a

falta de padronização em alguns produ-

tos, principalmente na área de paisagis-

mo, o transporte deficitário e a falta de

mão de obra especializada.

O úl|mo fator é um dos problemas

enfrentados por Toninho das Rosas. “O

que encarece a produção de rosas é a

mão de obra. Nós não encontramos

pessoas que já saibam cuidar de rosas.

A pessoa tem que saber preparar a terra

e onde corta para os cabos ficaremmais

longos”. O agrônomo Ronaldo Zaccaro

concorda com essa avaliação: “Tendo a

terra para plantar, o que sai mais caro

no processo de produção são as mudas

e a mão de obra”.

Já no caso das orquídeas, Luis Novelli

explica que a mão de obra torna-se mais

cara pela demora do processo de produ-

çãodaflor. “Temorquídeaquedemorade

5 a 6 anos para dar a primeira flor. Outras

florescem duas vezes ao ano”. Outras difi-

culdades da produção de orquídea, expli-

ca o produtor, é o aumento de fungos e,

principalmente, as mudanças no proces-

so produ|vo. “Hoje, não pode mais usar

xaxim, temos que usar outros materiais,Renato Opitz

Page 8: Painel - edição 235 - out.2014

8

Revista Painel

ESPECIAL

lhado a produção. “Em 2001 teve uma

seca séria, mas a seca que vemos hoje

é algo a|pico. Está diucil trabalhar com

este clima”. O produtor explica também

que algumas das espécies cul}vadas

por ele crescem mais rápido no período

da primavera e verão, que costuma ter

muita chuva, mas com a falta desta, as

flores não têm crescido bonitas.

Já as helicônias e as alpínias produ-

zem o ano todo. Porém, têm perdido

um pouco da coloração, além de fica-

rem com aspecto de queimadas, devido

a falta de água, explica o produtor. No

Sí}o Manga Rosa, os canteiros dessas

espécies ficam esparramados pela pro-

priedade e estão localizados, principal-

mente, nas áreas que têm certa decli-

vidade. Nessa condição, o emaranhado

de suas raízes ajuda a conter o solo e

também auxilia na penetração de água.

Cidade das Flores

A Estância Turís}ca de Holambra detém o |tulo de Cidade das Flores, com

aproximadamente 300 produtores responsáveis por 40% da produção nacio-

nal, que inclui também as plantas ornamentais. A par}r da década de 1960, as

flores e plantas surgiram como uma opção rentável para os imigrantes holande-

ses, que chegaram no Brasil no final da década de 1940, depois da devastação

ocorrida no país pela Segunda Guerra Mundial. Técnicas especiais de plan}o e

cul}vo, como a produção em estufas, trazidas diretamente da Holanda, foram

determinantes para que a produção local a}ngisse níveis de qualidade al|ssi-

mos e conquistasse o mercado brasileiro. Atualmente, além dos imigrantes e

descendentes de holandeses, muitos brasileiros cul}vam flores no município,

cujo nome é resultado da junção das iniciais de Holanda, América e Brasil.

Fonte: Revista Casa da Agricultura

No caso de Toninho, o produtor tem

colheita de rosas o ano todo, mas expli-

ca que asmelhores safras acontecem na

transição das estações, das frias para as

quentes e vice-versa. Toninho também

explica que a qualidade da muda de

rosa melhora no frio, porém há queda

na produ}vidade. “A muda de rosa pre-

cisa de temperatura amena. No inver-

no, a muda não sente o calor que preci-

sa dentro da estufa, pois a temperatura

cai muito”. Ele explica que a temperatu-

ra ideal dentro da estufa de mudas de

rosas é entre 26° e 38°.

Já para o produtor de orquídeas Luis,

Ronaldo Zaccaro

Page 9: Painel - edição 235 - out.2014

9

AEAARP

a seca não traz grandes problemas.

Como a produção é feita em estufa, a

irrigação é realizada através de asperso-

res ou manualmente, no caso de orquí-

deas já floridas, por que não pode cair

água nas pétalas. Outro diferencial da

orquídea é a grande variedade de espé-

cies, que são adaptadas a vários climas,

fazendo com que floresçam o ano todo.

“Cada espécie de orquídea tem uma ca-

racterís}ca, umas gostam mais de calor,

outras de frio, isso faz com que tenham

orquídeas floridas o ano inteiro”.

Avanços

Com a criação da Câmara Setorial de

Flores e Plantas Ornamentais, em de-

zembro de 2003, aconteceram várias

mudança posi}vas no setor, como o au-

mento da representa}vidade de pessoas

da cadeia produ}va de flores junto ao

governo, através das câmaras setoriais,

e maior acesso às linhas de crédito para

custeio de inves}mento, commenor cus-

to e maior prazo. Esse é um dos pontos

ressaltados pelo produtor agrícola Ro-

naldo. “Hoje, o sistema de financiamen-

to está mais fácil do que há 30 anos”.

UF N° produtor Área (ha) Consumo Emprego

2013 2013 p/capta (R$) Total

SP 2.266 6.720 43,63 85.768

RS 1.534 912 36,99 18.430

RJ 1.020 840 35,48 17.665

MG 570 405 25,86 17.725

PR 249 349 27,81 11.063

BA 202 326 15,28 8.475

SC 393 980 31,46 8.130

DF 127 476 43,72 4.706

CE 189 312 16,88 6.159

GO 96 171 22,93 4.947

PE 233 188 12,75 6.031

PA 121 314 11,15 3.778

ES 123 206 21,18 2.592

MT 64 73 16,43 1.498

MS 64 51 17,56 1.300

AM 96 259 8,87 1.420

MA 64 123 4,28 1.213

RN 127 270 8,30 1.610

PI 64 158 7,65 1.205

AL 117 135 7,59 1.403

PB 75 181 5,14 1.045

TO 54 45 11,49 630

SE 42 79 5,88 678

RO 32 45 7,41 680

AC 42 67 6,33 515

RR 21 40 8,67 313

AP 32 45 4,22 363

Total 8.017 13.770 25,83 209.338

DADOS DO SETOR

Fonte: Ibraflor

Page 10: Painel - edição 235 - out.2014

10

Revista Painel

MEIO AMBIENTE

química verdeDocumento mostra projetos de êxito e fracassados dos pontos

de vista comercial e industrial; obje\vo é colaborar com o

desenvolvimento de novas tecnologias

Um mapa de projetos em

Em 1952, quando se passou a discu}r

mais o uso de energia nuclear para fins

pacíficos, foram apontadas cerca de 110

potenciais tecnologias para produzir

energia a par}r do átomo. Três anos de-

pois, em 1955, apenas uma dúzia delas

foi considerada promissora e somente

três tornaram-se viáveis industrialmen-

te: as que u}lizam reatores de água leve

e pesada e a baseada em soluções gás-

-grafite.

Especialistas na área de “Química Ver-

de” – comoédefinida a criação de produ-

tos e processos químicos ambientalmen-

te sustentáveis – es}mam que o mesmo

processo de “seleção natural” deve acon-

tecer no campo das inicia}vas relaciona-

das ao desenvolvimento de biocombus|-

veis e materiais renováveis baseadas em

rotas tecnológicas inovadoras.

“Muitos projetos existentes hoje mor-

rerão antes de serem produzidos em es-

cala comercial. Só alguns sobreviverão

por ter o privilégio cien|fico e tecnoló-

gico ou a sorte histórica de alcançar o

mercado inves}dor”, disse João Furta-

do, professor da Escola Politécnica da

Universidade de São Paulo (USP) e di-

retor da empresa Elabora Consultoria, à

Agência FAPESP.

A fim de auxiliar os tomadores de

decisão de inves}mento a iden}ficar

os projetos mais promissores na área,

a empresa de consultoria preparou um

compêndio reunindo 250 inicia}vas

que estão sendo desenvolvidas em di-

ferentes países. A publicação in}tulada

“World directory of advanced renewa-

ble fuels and chemicals” foi lançada re-

centemente durante uma conferência

internacional sobre energia realizada

em Campos do Jordão-SP.

“O obje}vo da publicação é oferecer

um panorama abrangente das principais

inicia}vas hoje no mundo, para reduzir o

grau de incerteza dos agentes tomadores

de decisão nos campos cien|fico, tecno-

lógico, industrial e comercial”, afirmou

Furtado. “A falta de informação de qua-

lidade aumenta o grau de incerteza e,

Page 11: Painel - edição 235 - out.2014

11

AEAARP

consequentemente, eleva os riscos pre-

sumidos e adia a tomada de decisões.”

De acordo com o professor, os 250

projetos listados na publicação foram

anunciados até 2012 e têm origem

tanto em grandes empresas como em

start-ups, universidades, spin-offs (em-

presas surgidas em universidades) e ins-

}tuições de pesquisa.

Alguns deles são inicia}vas individu-

ais, mas outros contam com uma com-

plexa rede de parcerias formada por

empresas de diversos setores, como de

biotecnologia, energia e bens de consu-

mo, por exemplo.

“As inicia}vas nessa área se deparam

com incerteza na trajetória tecnológica

e podem resultar no desenvolvimento

tanto de um novomaterial, como de um

biocombus|vel ou um insumo para um

bem de consumo”, disse Furtado. “Para

isso, precisam reunir apoio de parceiros

de diferentes setores, como das indús-

trias de energia e bens de consumo, por

exemplo”, afirmou.

De acordo com o professor, os prin-

cipais critérios para a seleção dos pro-

jetos foram: ser baseado em inovação

radical – que pode resultar em um pro-

duto novo – e ter uma alta probabilida-

de de atrair inves}dores.

“Muitos projetos listados já contam

com parcerias com empresas de petró-

leo, energia e automobilís}ca”, disse.

Seleção dos projetosOs projetos selecionados foram iden-

}ficados a par}r de fontes públicas,

como a internet. Uma equipe técnica da

empresa, formada por engenheiros quí-

micos e profissionais de outras áreas,

recolheu e analisou durante dois anos

as informações para iden}ficar os mais

promissores em termos de esforços

cien|ficos e tecnológicos.

As informações foram validadas pelos

autores da publicação por meio de pes-

quisas realizadas com líderes dos projetos.

“Conseguimos reunir informações

muito específicas de cada um dos proje-

tos relacionados, como a capacidade da

planta, total do inves}mento, patentes

e a descrição da rota tecnológica u}liza-

da, o principal ponto de focalização dos

esforços cien|ficos”, disse Guilherme

de Oliveira Marques, sócio da Elabora

Consultoria e coordenador da equipe

técnica do projeto.

Projetos de 38 países foram incluídos

na publicação. Os Estados Unidos, com

94 projetos, são o país com o maior nú-

mero de inicia}vas relacionadas ao de-

senvolvimento de tecnologias de próxi-

ma geração em combus|veis avançados

realizados em seu território.

Os outros são Brasil (33), Alemanha

(14), Holanda (12), Reino Unido (7) e

Canadá (7).

A liderança dos Estados Unidos na área

está relacionada ao grande número e à

diversidade de polí}cas adotadas nos úl-

}mos anos para fomentar o avanço da

bioenergia no país por meio do financia-

mento de projetos voltados ao desenvol-

vimento de novas fontes de energia.

O país norte-americano vem colocan-

do ênfase no financiamento de projetos

voltados a encontrar novas rotas de

produção de biocombus|vel, como eta-

nol biodiesel e butanol.

“A polí}ca norte-americana de bioe-

nergia nos mo}vou a fazer a compara-

ção do cenário desse setor em outros

países”, disse Furtado.

No caso do Brasil, os autores da publi-

cação creditam a vice-liderança do país

na área às inicia}vas de produção de

etanol de cana-de-açúcar com tecnolo-

gia de ponta.

Em razão da experiência adquirida

com o desenvolvimento e a integração

de programas de produção de biocom-

bus|veis, o Brasil apresenta um grande

potencial para desenvolver produtos

bioquímicos e biocombus|veis nos pró-

ximos anos.

Atualmente, as maiores ins}tuições

de apoio ao desenvolvimento de bio-

produtos no país são o Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico e So-

cial (BNDES), a Financiadora de Estudos

e Projetos (Finep) e a FAPESP, apontam

os autores da publicação.

“Um dos méritos da publicação é

mostrar que o Brasil não é somente um

celeiro de recursos renováveis, como

também de capacidade cien|fica e de

vontade polí}ca”, avaliou Marques.

Segundo o especialista, além dos ca-

sos de sucesso, o compêndio também

reúne projetos que fracassaram por-

que não conseguiram se tornar viáveis

industrial e comercialmente. Algumas

das razões para estarem na publicação

é porque ilustram o grau de incerteza

de sucesso no setor e porque podem

servir de lição para quem está dispos-

to a entrar e inves}r nessa seara, disse

Marques.

“Talvez seja possível aprender muito

mais com os casos de fracasso do que

com os de sucesso, até mesmo porque

os casos de sucesso, propriamente di-

tos, são muito poucos”, es}mou.

Fonte: Agência Fapesp

Page 12: Painel - edição 235 - out.2014

12

Revista Painel

HISTÓRIA

20 anosSob a regência da engenheira Regina Fores\, coral da

AEAARP encanta em eventos na cidade e em outras

localidades do estado de São Paulo

Som Geométrico

Em 1984, Regina Fores| fez história

na AEAARP ao ser a primeira mulher a

assumir um cargo de direção na en|da-

de. E tomou gosto em ser personagem

marcante da en|dade. Dez anos depois,

ingressou no Coral Som Geométrico,

criado em 1994. E, em poucos meses,

assumiu a regência, um trabalho inicia-

do pela mezzo-soprano Cris|na Modé,

estrela dos mais pres|giados concertos

de música erudita da cidade.

O Coral Som Geométrico hoje e nos anos de 1990

Prazer em cantar e reunir amigos

Page 13: Painel - edição 235 - out.2014

13

AEAARP

Regina conta que o coral surgiu como

um projeto de inserção da AEAARP na

sociedade por meio de ações culturais.

Outros projetos foram iniciados naquele

mesmo período. Apenas o Som Geomé-

trico resis|u ao tempo. E se fortaleceu.

Outubro 2013: Encontro de Corais Corporativos de

Campos do JordãoMissa a São Josemaria Escrivá, na Paróquia Sta Angela, em 2014

Em 2013, Natal na Esplanada do Theatro Pedro II

Cristina Modé foi a primeira maestrina do grupo

Page 14: Painel - edição 235 - out.2014

14

Revista Painel

Atualmente, são 30 vozes, sendo 26

femininas e quatro masculinas. E todos

cumprem uma agenda de muitos en-

saios, pra}camente cartesianos. Há 20

anos, todas as terças-feiras, às 20 horas,

o grupo se reúne na AEAARP. Com o

passar do tempo, outras pessoas soma-

ram-se ao grupo: Adriana Moraes, há

16 anos é tecladista e preparadora vocal

e há dois anos Angela Soares atua como

produtora em vários eventos.

HISTÓRIA

Com figurino especial, coral entoa músicas nordestinas na Semana de Música de Sertãozinho, em 2013

Em setembro 2012, Casamento na Catedral Metropolitana: em primeiro plano a tecladista Suzana Samorano

Agosto de 2013, Festa dos Anos 60 para comemorar o aniversário da coralista Maria Angélica FrancoEspecial de Natal: Canal 20, Programa Holofote

Festa do Dia das Mães no Lar Divina Lola

Especial de Natal: Canal 20, Programa Holofote

Page 15: Painel - edição 235 - out.2014

15

AEAARP

Casamento na Igreja Santa Terezinha

Em maio 2011: ensaio e comemoração de aniversário do Casal Edméa e Makoto Ono

Cultura em Canto, no Teatro Municipal de Ribeirão Preto, em 2012

Cultura em Canto, no Teatro Municipal de Ribeirão Preto, em 2013

revistapainel

ANUNCIENA

PAINEL

16 | [email protected]

Page 16: Painel - edição 235 - out.2014

16

Revista Painel

Marta Benedini Vecchi*

HISTÓRIA

As semanas técnicas e principais so-

lenidades da AEAARP são abrilhantados

pelo coral. E Regina se esmera na esco-

lha do repertório. Quando a en|dade

completou 60 anos, por exemplo, apre-

sentou uma paródia de Ode à Alegria,

Apresentação no Lar VicentinoClaraval

de Beethoven. Mais recentemente,

homenageou o nordeste do país e ca-

racterizou os coralistas que entoaram

um pot-pourri com as canções Romaria,

Trenzinho Caipira, dentre outras.

O coral já fez também uma emocio-

nante homenagem à cultura afro-bra-

sileira e caracterizou-se para cantar as

canções Siyahamba, Banzu Maracatu e

Kumbayah. Este repertório foi apresenta-

do no Encontro de Corais Corpora|vos de

2014 em Campos do Jordão - SP.

Música é puramatemá|ca. Nós can-

tamos todo |po de música que fala

ao coração, e quem canta os males

espanta. Somos mais ou menos trin-

ta pessoas, três rapazes e o resto é a

mulherada. Falamos e cantamos. Can-

tamos e falamos. Músicas africanas,

religiosas, americanas, argen|nas...

Tem a Nair, nossa mais an|ga cora-

lista. Tem a Kelma, que tem ne|nhos

nenênzinhos gêmeos. Tem a Ana,

que veio de outro coral. Tem a Angé-

lica que nos convidou para cantar no

seu aniversário. Tem o príncipe ena-

morado de voz maravilhosa, o rapaz

discreto - e seu pai também discre-

to. Tem a esposa, nossa competente

Márcia, a secretária virtual do Coral.

Tem quem toma conta do dinheiro,

a eficiente Rosa. Tem a paciente (im-

paciente) eficiente tecladista Adriana.

Ahhhh, mesmo sabendo da vida de

todos, a gente ensaia! Temos uma pis-

cóloga, a Maria José, sempre atenta e

delicada. Temos outra professora de

música, a Dona Zilda. Tem as mães e

filhas, tem a caçulinha soprano Carol,

que ficou noiva e vai se casar, e tem a

amiga que acabou de ir para Europa.

Aquecemos a voz aprendendo a

respirar. E cantamos. Cantamos mú-

sica caipira, Chico Buarque, Tom Jo-

bim. Cantamos Roberto Carlos, Ary

Barroso, Luis Gonzaga, Zé Ramalho.

Cantamos Vinícios de Moraes. Tam-

bém cantamos Gilberto Gil, músicas

folclóricas, músicas de Natal, hinos,

músicas de missas. Cantamos Carli-

nhos Brown e Milton Nascimento.

E falamos, como falamos! Não so-

bre a vida dos outros, mas da nossa

própria. Trocamos receitas e livros,

falamos sobre saúde e filhos. Rimos,

gargalhamos e dançamos. A nossa

maestrina Regina tem que dar bronca.

Cantar em um coral é aprender a

respeitar o limite do outro, se con-

trolar, esperar o outro lado cantar.

Quando aprendemos uma nova can-

ção é uma delícia quando todos can-

tam juntos. Aos poucos se aprende

a cantar com outra pessoa cantando

diferente ao lado. A vida não é assim?

Você vai passando e conhecendo ou-

tras pessoas, fazendo amizades. Se

não fosse o coral eu não teria esta

alegria. A gente canta, ensaia, repe-

te, repete, e finalmente se apresenta

para o público. Mas, quer saber? Isso

não é o importante. Importante é o

tempo de ensaio. Nós rimos, canta-

mos, respiramos, cantamos, rimos,

cantamos, rimos.

Eu canto em um coral

Arquiteta, diretora social da

AEAARP e coralista no Som

Geométrico

Page 17: Painel - edição 235 - out.2014

17

AEAARP

Claraval

Entrega de alimentos no Lar VicentinoII Encontro de Mulheres - Sesc

VII SEFISC

Page 18: Painel - edição 235 - out.2014

18

Revista Painel

BIBLIOTECA

Cenário e perspectivasUnicamp e Embrapa editam livro que aborda as mudanças ocorridas

no cenário rural brasileiro e aponta caminhos para o futuro

da agricultura brasileira

Ao longo das úl}mas quatro décadas,

a pesquisa agropecuária brasileira con-

tribuiu, de forma defini}va, para a mo-

dernização dos sistemas de produção do

país, fazendo com que o Brasil garan}s-

se o abastecimento interno e produzis-

se excedentes exportados para todo o

mundo. Essa mudança do perfil da agri-

cultura brasileira impôs o desafio de, ao

mesmo tempo, con}nuar avançando em

produ}vidade e incluir o maior número

possível de pequenos agricultores nos

beneucios gerados por esse processo.

Preocupados com essa questão o pro-

fessor do Ins}tuto de Economia da Uni-

versidade Estadual de Campinas (Uni-

camp) e conselheiro do CIB, José Maria

da Silveira, em parceria com os pesqui-

sadores da Embrapa Eliseu Alves e Zan-

der Navarro editaram o livro O Mundo

Rural no Brasil do Século 21. A publica-

ção recém-lançada tem como obje}vo

das no ano passado e considerando os

embarques de grãos, farelos e óleos, o

país contabilizou US$ 30,96 bilhões em

receitas com exportações.

A inovação é fundamental para au-

mentar a produ}vidade e a biotecno-

logia é uma ferramenta que pode con-

tribuir. Na safra 1997/1998, no Brasil,

imediatamente antes da aprovação da

primeira soja transgênica pela Comissão

Técnica Nacional de Biossegurança –

CTNBio (1998), a produ}vidade da legu-

minosa foi de 2,3 mil kg por hectare (ha)

de acordo com dados da Companhia

Nacional de Abastecimento (Conab). Na

safra 2013/2014, a previsão é que esse

número seja de 3 mil kg por ha. Mais

de 90% das lavouras da commodity fo-

ram plantadas com variedades GM no

úl}mo ano. Esses dados apontam para

uma significa}va contribuição da bio-

tecnologia para a produ}vidade da soja.

José Maria da Silveira lembra que os

desafios do desenvolvimento tecnológi-

co são muitos, a exemplo dos alimentos

funcionais, transgênicos com caracte-

rís}cas nutricionais melhoradas, biofer-

}lizantes, agricultura de precisão etc.

Com essas e outras informações sobre

a agricultura brasileira, o livro O Mundo

Rural no Brasil do Século 21 é, ao mes-

mo tempo, um documento histórico,

um retrato do presente e um guia para

o futuro.

analisar o cenário e propor reflexões

que podem contribuir com a formulação

de polí}cas sobre o assunto.

Um dos 37 capítulos do livro, in}-

tulado “Pequenos e Médios Produto-

res na Agricultura Brasileira – Situação

Atual e Perspec}va”, sugere que muitos

obstáculos enfrentados por pequenos

produtores para compe}r no mercado

poderiam ser mi}gados pela tecnolo-

gia. Escrito por Steven Helfamd (Univer-

sidade da Califórnia-Riverside), Vasessa

da Fonseca Pereira (Embrapa) e Wag-

ner Lopes Soares (IBGE) o texto sugere

ações cole}vas que facilitem o acesso

às tecnologias agrícolas. “A produ}vi-

dade, e não o tamanho da propriedade,

é que determinará a sobrevivência dos

produtores”, afirmam.

Dados presentes no capítulo escrito

pelo pesquisador do Ins}tuto de Pes-

quisa Econômica Aplicada (Ipea), José

Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, revelam a

importância da tecnologia para o avan-

ço agropecuário brasileiro das úl}mas

décadas. No texto “Transformação His-

tórica e Padrões Tecnológicos Brasilei-

ros” ele mostra que, a par}r da década

de 1970, a produ}vidade da agropecuá-

ria brasileira passou a evoluir de forma

mais intensa que a média mundial e

essa evolução é ainda mais evidente a

par}r dos anos 1990. Apenas em soja, o

Brasil exportou 42,8 milhões de tonela-

Page 19: Painel - edição 235 - out.2014

19

AEAARP

Rodovia Régis BittencourtDuplicação e dispositivo

de acesso

PCH

Galeria Celular

Blocos

Sede da Sanen Ribeirão Preto - SP

Pisos Intertravados

0800 703 3013www.leaoengenharia.com

0800 703 3013www.leaoengenharia.com

Sede da Sanen - Saubáudia - PRRodovia Castelo Branco

LEÃO ENGENHARIA.Modernizando para continuar

oferecendo qualidade, agilidadee pleno atendimento.

Trevão Via Anhanguera

Concreto

Tubo Circular

SAÚDE

AEAARP reduz

Valor refere-se à administração do plano

taxa da Unimed

O valor da taxa de administração do

plano de saúde da Unimed foi reduzida

de 12% para 8%, uma ação aprovada

pela assembleia geral de associados.

Há quatro anos a associação assumiu

uma grande responsabilidade, que

chegou com um volume igualmente

grande de expecta}vas e trabalho. A

legislação brasileira obrigou as en}da-

des de classe a assumirem a adminis-

tração de seus planos de saúde.

O da Unimed, vinculado à AEAARP,

atende cerca de quatro mil vidas e des-

de aquele momento mantém-se admi-

nistra}vamente equilibrado. “Conquis-

tamos estabilidade e fomos eficientes

também do ponto de vista financeiro.

Por este mo}vo foi possível propor

esta redução, que é boa para todos

nós”, afirma Callil João Filho, conse-

lheiro da AEAARP e um dos principais

interlocutores da en}dade junto à

operadora.

No primeiro semestre de 2014, foi

lançada uma modalidade diferencia-

da do plano, o AEAARP Jovem. Uma

equipa visita as universidades da cida-

de apresentando os diferenciais de ser

associado à en}dade e os beneucios

decorrentes.

Page 20: Painel - edição 235 - out.2014

20

Revista Painel

PATRIMÔNIO

em riscoCatedral

Documento encaminhado aos vereadores alerta para os riscos da

implantação de terminal de ônibus na Praça das Bandeiras e aponta soluções

Os engenheiros civis José Aníbal La-

guna e Can|dio Maganini e o arquiteto

e urbanista Jorge de Azevedo Pires en-

caminharam uma análise à Comissão

de Estudos ins}tuída pela Câmara Mu-

nicipal de Ribeirão Preto para avaliar o

impacto da implantação de um terminal

de ônibus na Praça das Bandeiras, próxi-

mo à Catedral Metropolitana.

O projeto do terminal foi encaminha-

do ao Conselho de Defesa do Patrimô-

nio Histórico, Arqueológico, Ar|s}co e

Turís}co (Condephaat), que deve emi}r

parecer sobre a obra. No início deste

ano, a Prefeitura Municipal anunciou a

construção de terminais de ônibus urba-

nos em várias regiões da cidade. Além

deste da região central, também estão

planejados ou em execução os terminais

Bonfim Paulista, USP, São José, Planalto

Verde e Jerônimo Gonçalves.

No documento que a revista Painel

reproduz a seguir, os técnicos, que são

associados à AEAARP e membros do

COMUR, alertam os vereadores sobre

os riscos aos quais o patrimônio histó-

rico está exposto.

Até o fechamento desta edição, o

Condephaat não havia se manifestado a

respeito deste processo.

Page 21: Painel - edição 235 - out.2014

Contamos com suacolaboração!

Destine16% dovalorda ARTpara aAEAARP

(Associação deEngenharia, Arquitetura

e Agronomia deRibeirão Preto)

Agora você escreve o nome

da entidade e destina parte do

valor arrecadado pelo CREA-SP

diretamente para a sua entidade

Temos par|cipado das reuniões desta Câmara para discussão deste assunto, co-

mandada pelo vereador Rodrigo Simões, que, de maneira isenta e imparcial, conduz

as discussões dos par|cipantes. Acompanhamos as opiniões dos presentes interes-

sados e elogiamos os esforços desta Câmara em tentar equacionar a solução para a

eficácia do Sistema Urbano de Transporte cole|vo.

Neste ano que se passou, propostas e discussões foram expostas e o Governo Mu-

nicipal, através de seus técnicos, insiste na adoção da Praça das Bandeiras como ter-

minal principal na área central, com a qual não concordamos.

A Catedral de São Sebas|ão, omais rico Patrimônio Histórico e Cultural de Ribeirão Pre-

to, con|nua ameaçado por um tráfego demolidor, que inevitavelmente abalará a estrutu-

ra desta Catedral, que já apresenta sinais de fadiga causados pelas vibrações indesejadas.

A responsabilidade dos males provocados por tal u|lização deve ser nominalmente

citada sobre aqueles que insistem em consolidar a ocupação deste sí|o, mesmo com

medidas aparentemente mi|gadoras do impacto gerado ao Templo maravilhoso do

qual nos orgulhamos nesta cidade.

Consideramos indispensável e fundamental exigir a elaboração de um Estudo de Im-

pacto de Vizinhança e Ambiental, em decorrência da circulação e frenagem dos veículos

pesados, bem como pela emanação de gases provocados pela combustão do combus{-

vel destes veículos pesados, que provocará inevitavelmente a adulteração dos afrescos e

imagens ines|máveis neste Templo bem comoda pintura original e de seu piso da época.

Estes estudos sugeridos por nós técnicos é uma obrigação prevista no Plano Diretor

desta cidade e é nomínimomedida técnica de bom senso e respeito dos responsáveis

pelos Estudos, Planos, Projetos e medidas a serem adotadas no Plano de Mobilidade

Urbana no entorno da Catedral, especialmente dos Poderes Públicos envolvidos.

Este assunto já foi objeto de parecer do maior Ins|tuto de Análises Tecnológicas do

país: o famoso escritório Falcão Bauer, que emi|u amplo relatório analí|co das causas

de eventuais fenômenos que comprometem a integridade da estrutura e do patrimô-

nio desta Catedral bem como a qualidade da riqueza vegetal da Praça das Bandeiras,

das mais lindas e tradicionais do município.

Nossa posição coincide com as sugestões deste relatório e sugerimos que estudos

alterna|vos deslocando este terminal para seu an|go lugar, na Praça Carlos Gomes,

ou em outro espaço equivalente, tal como área das an|gas instalações da CPFL na Rua

Mariana Junqueira com as Ruas Álvares Cabral e Tibiriçá, u|lizando-se de parceria pú-

blico-privada, amplamente viável quanto a este uso. A Praça Carlos Gomes tem basalto

em seu subsolo e já foi densamente compactada com seu longo uso no passado e am-

bas sugestões têm em seu entorno edificações de menor importância histórica e cul-

tural. Também o entorno da atual Rodoviária Municipal poderia absorver grande parte

do transbordo de passageiros urbanos, conjugando-o com a Rodoviária Municipal.

Pela existência de alterna|vas viáveis, nós, técnicos, engenheiros e urbanistas, con-

denamos veementemente a futura u|lização do entorno de nossa Catedral de São Se-

bas|ão como terminal principal do Sistema de Transporte Cole|vo de Ribeirão Preto

e sugerimos seu deslocamento para os pontos alterna|vos que sugerimos.

Aguardando ter contribuído para o bem estar e a proteção dos usuários do Sistema

Cole|vo de Transporte Urbano da cidade.

Engenheiro Civil José Aníbal Laguna, Arquiteto e Urbanista Jorge de Azevedo Pirese Engenheiro Civil Can{dio Maganini

À Comissão de Estudos da Câmara Municipal de Ribeirão PretoAssunto: Terminal central de ônibus urbanos na Praça das Bandeiras

Page 22: Painel - edição 235 - out.2014

22

Revista Painel

precisam de legislações sustentáveis

Luiz Augusto Pereirade Almeida*

como a captação, armazenamento e uso

da água das chuvas e redução do consu-

mo de energia, commelhores condições

de luminosidade natural, lâmpadas de

baixo consumo e aparelhos eletrodo-

més}cos econômicos.

O Governo Federal também realiza

ações para es}mular programas susten-

táveis. O Ministério do Meio Ambiente

disponibiliza cursos pela internet sobre

procedimentos que podem ser adota-

dos para adequar os prédios públicos.

Além disso, o programa Minha Casa,

Minha Vida estabelece a obrigatorieda-

de do uso de energia solar em todos os

novos empreendimentos sob sua chan-

cela. Legislações estaduais e municipais

também vão estabelecendo medidas

alinhadas ao conceito de sustentabili-

dade.

Contraponto – As legislações

ambientais brasileiras, porém, parecem

desconsiderar essa vocação nacional

para a sustentabilidade das edificações,

pois é extremamente restri}va e tende

a inverter a lógica jurídica universal de

que todo mundo é inocente até que se

prove a culpa ou dolo. Nosso arcabou-

ço legal parece par}r do pressuposto

de que todos os projetos urbanís}cos,

OPINIÃO

Construções sustentáveis

Luiz Augusto Pereira de Almeida

Diretor da Fiabci/Brasil

Pouco se difunde tal informação, mas

o Brasil é uma das nações mais avan-

çadas em quan}dade de construções

sustentáveis. Estamos em terceiro lu-

gar, atrás dos Estados Unidos e China.

O ranking é do Green Building Council

(GBC), cujo capítulo nacional sediou em

São Paulo, em agosto, o congressomun-

dial da organização, presente em mais

de 100 países. Cresce em todo o plane-

ta o esforço na direção dos ediucios ver-

des. São mais de 140 mil edificações em

processo de cer}ficação, somando um

bilhão de metros quadrados. Há 27 mil

empresas suportando esse movimento

supranacional e milhares de voluntários

dedicados à causa.

Aqui, não tem sido diferente. Informa-

ções do GBC Brasil mostram um cenário

de padronização dos conceitos de cons-

trução sustentável. Há uma crescente

busca pela cer}ficação por parte de pré-

dios comerciais e industriais. Na visão

da en}dade, conforme se observa em

conteúdos veiculados em seu website,

o momento é oportuno para um alinha-

mento com polí}cas públicas de incen}-

vo nas esferas federal, estadual e muni-

cipal e a disseminação desses conceitos

no âmbito dos empreendimentos resi-

denciais. Estamos falando de soluções

Page 23: Painel - edição 235 - out.2014

23

AEAARP

arquitetônicos, residenciais, hoteleiros,

empresariais ou até mesmo bairros pla-

nejados, que são um avanço em termos

de sustentabilidade, já nascem es}g-

ma}zados pelo pecado original da má

intenção contra ecossistemas e biomas.

A aprovação ambiental de projetos é

lenta e muito burocra}zada. Até mes-

mo empreendimentos emblemá}cos

quanto à sustentabilidade, aprovados,

licenciados e que já receberam prê-

mios nacionais e internacionais nessa

área, são judicialmente impedidos de

conclusão, sob jus}fica}vas que não re-

sistem à análise lógica e à comparação

com questões semelhantes nos países

desenvolvidos. Há nações nas quais se

constroem hotéis e outros empreendi-

mentos em santuários ecológicos. São

projetos alinhados à preservação e à

economia de energia e água, inclusive

contribuindo para a proteção da área.

Além disso, geram empregos, renda e

arrecadação pública. Aqui, é impensá-

vel algo semelhante. Assim, é extraor-

dinário que tenhamos conquistado a

medalha de bronze na quan}dade de

projetos sustentáveis. É para se indagar:

em que posição estaríamos se nossas

legislações ambientais os incen}vas-

sem, ao invés de restringi-los?

Um exemplo de como é possível es-

}mular empreendimentos sustentáveis

é o Decreto 58.996/março de 2014, do

governo paulista, regulamentando, 15

anos depois, a Lei 10.019 de 3/07/1998,

que dispõe sobre o Zoneamento Eco-

lógico-Econômico do Setor da Baixada

San}sta. A par}r de agora, os nove mu-

nicípios da região contam com regras

claras e obje}vas para tratar a ques-

tão ambiental e seu desenvolvimento

socioeconômico. Trata-se de um novo

paradigma para o Brasil, pois diminui a

insegurança jurídica dos novos inves}-

mentos e, ao mesmo tempo, estabelece

es|mulos à criação de empregos, renda

e arrecadação de impostos. Precisamos

de mais normas como essa para que o

país planeje sua liderança mundial na

sustentabilidade.

Page 24: Painel - edição 235 - out.2014

24

Revista Painel

CREA-SP

PPRA e PCMATsão privativos dos profissionais do CREA

O Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais (PPRA) é um documento

obrigatório, exigido pelo Ministério do

Trabalho a todos os empregadores e

estabelecimentos que admitam traba-

lhadores como empregados. Tem como

principal finalidade o reconhecimento,

iden}ficação, avaliação e controle de to-

dosos riscos ambientais (usicos, químicos

e biológicos) existentes no ambiente de

trabalho. O obje}vo é preservar a saúde

e a integridade usica dos trabalhadores.

O Programa de Condições e Meio

Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção (PCMAT), exigido também

peloMinistério do Trabalho emcanteiros

de obras commais de 20 trabalhadores,

estabelece diretrizes administrativas,

de planejamento e de organização que

obje}vam a adoção de procedimentos

e normas de segurança detalhadas. A

adoção do PCMAT objetiva prevenir

acidentes e doenças ocupacionais, nas

condições e nomeio ambiente de traba-

lho na Indústria da Construção.

Segundo a Resolução 437 de 27 de

novembro de 1999 do CONFEA, estes

documentos devem ser elaborados

por profissionais do Sistema CONFEA/

CREA que possuam especialização em

Engenharia de Segurança do Trabalho. A

Resolução cita que os estudos, projetos,

planos, relatórios, laudos e quaisquer

outros trabalhos ou a}vidades de En-

genharia de Segurança do Trabalho, so-

mente serão reconhecidos comode valor

legal e só poderão ser subme}dos às

autoridades competentes se es}verem

acompanhados das devidas Anotação de

Responsabilidade Técnica (ARTs).

A Lei Federal 5.194/66 de 24 de dezem-

bro de 1966, que regula o exercício das

profissões de Engenharia, reforça a Reso-

lução437/99.OArt.º13daLeidispõeque:

“Os estudos, plantas, projetos, laudos e

qualqueroutro trabalhodeEngenharia,de

ArquiteturaedeAgronomia,querpúblico,

querpar}cular, somentepoderão ser sub-

me}dos ao julgamento das autoridades

competentes e só terão valor jurídico

quando seus autores forem profissionais

habilitados de acordo com esta Lei”.

Desta forma, o PCMAT e o PPRA ela-

borados por profissional que não esteja

legalmente habilitado e que não tenha a

ART, não tem valor legal.

O empregador precisa ficar atendo. Ao

contratar serviços da área de segurança

do trabalho de empresas ou pessoas

usicas não registradas no CREA-SP estará

adquirindo serviços e ou documentos

sem valor jurídico.

Para não correr riscos, é necessário

verificar a regularidade do profissional

e da empresa prestadora do serviço,

solicitando aos mesmos as certidões

de registro no CREA-SP ou através de

consulta ao site do www.creasp.org.br.

É imprescindível a emissão da ART pelos

serviços contratados, na qual deverá

constar o nome da empresa (para con-

trato com pessoa jurídica) ou somente

no nome do profissional (para contrato

com pessoa usica).

Os documentos não têm valor legal se não forem

elaborados por profissionais habilitados pelo Conselho,

com devido preenchimento da ART

CREA-SP

Page 25: Painel - edição 235 - out.2014

25

AEAARP

1

É aquan|dadedeemissãodióxico

de carbono na atmosfera que a

geração de energia eólica evitou

no primeiro semestre de 2014.

Segundo dados da Associação

Brasileira de Energia Eólica

(Abeeólica), até o final de 2014,

a redução chegará a 3,25milhões

de toneladas. A estimativa é o

dobro do total de 2013, que foi de

1,6 milhão de toneladas. O setor

investe cerca de 15 bilhões por

ano para a construção de parques

eólicos. De acordo com Élbia

Melo, presidente da Abeeólica,

até 2018 o Brasil deve dominar a

tecnologia, para fabricar e instalar

aerogeradores, o que deve atrair

a atenção do mercado externo.

As regiões que apresentam

melhores condições para receber

os parques são as do nordeste e

sul do país. “O Brasil é um dos

países que mais está expandindo

sua capacidade eólica nomundo”,

diz Melo.

Fonte: Jornal da Energia

INDICADORVERDE

Milhão detoneladas

DESIGN

de carroBicicleta em forma

Mais de 1.500 cidades no mundo par-

|ciparam do Dia Mundial Sem Carro. A

ação teve sua primeira edição em 1994

na cidade espanhola de Toledo. É um

dia em que as pessoas devem evitar sair

de carro como um alerta contra a polui-

ção sonora e do ar, o uso de combus{-

veis, o uso do carro par|cular, o espaço

ocupado pelos carros, bem maior que o

espaço para uma bicicleta etc. O obje-

|vo é chamar a atenção para a impor-

tância de se usar meios de transporte

sustentáveis.

A data foi comemorada dia 22 de

setembro, mas uma ação chamou a

atenção: um grupo de ciclistas saiu às

principais avenidas da capital Riga, da

Letônia, pedalando suas bicicletas,

porém com uma armação às costas no

formato de automóvel para chamar a

atenção da população.

No Brasil, 11 cidades aderiram ao

Dia Mundial Sem Carro, segundo o site

hup://diamundialsemcarro.org.br: Belo

Horizonte (MG), Diadema (SP), Juiz de

Fora (MG), Mauá (SP), Ribeirão Pires

(SP), Rio Grande da Serra (SP), Salvador

(BA), Santo André (SP), São Bernardo do

Campo (SP), São Caetano do Sul (SP) e

São Paulo (SP).

Fonte: www.archdaily.com.br,

www.plataformaurbana.cl,

hUp://diamundialsemcarro.org.br

Cortesia de Let’s Bike It (© delfi.lt) para www.archdaily.com.br

Page 26: Painel - edição 235 - out.2014

26

Revista Painel

NOTAS E CURSOS

A arquitetura brutalista surgiu da expressão francesa “béton brut” (tradução betão embruto).

Essa terminologia foi usada pelo arquiteto Le Corbusier para descrever a sua escolha de mate-

riais e depois foi renomeada pelo crí}co britânico Reyner Banham de “brutalismo”. O tamanho

excessivo, as fachadas frias com pequenos adornos e as fortes formas geométricas fizeram com

que durante décadas essas construções fossem consideradas horrorosas. Hoje, o brutalismo

recuperou o seu esplendor graças à literatura e aos filmes de ficção cien|fica. O apogeu dessa

arquitetura aconteceu durante as décadas de 1950 e 1970. A par}r daí, o “brutalismo” decaiu

até que Terry Gilliam ou Paul Verhoeven o recuperaram para obras-primas da ficção cien|fica

como “Brazil: O Outro Lado do Sonho” (1985) e “Desafio Total” (1990).

Fonte: Idealista.pt

EdiYcios brutalistasestão na moda

Obra do pioneiro em aço no Brasil,

Siegbet Zanetni, o livro “A obra em aço”,

que conta com 120 páginas divididas

entre fotos, plantas e textos, já pode

ser baixado pela internet. Publicado em

2011 pela editora J.J Carol, com prefácio

escrito por João Filgueiras Lima, conhecido

como Lelé, o conteúdo traz projetos

relacionados à educação, cultura e arte,

edificações, hospitais, centros de saúde,

projetos especiais, e ciências, tecnologia

e sustentabilidade, além de mostrar obras

como o Centro de Pesquisas Schlumberger,

a ampliação do Cenpes – Petrobras e a

passarela do Hospital das Clínicas, entre

outras. Em versões em português e inglês,

o livro está disponível no site do arquiteto:

hvp://www.zanetni.com.br/

Fonte: PiniWeb

Livro “A obra em aço”:disponível para download

ODepartamentoNacional de InfraestruturadeTransportes (Dnit)

divulgouqueonovoSistemadeCustosReferenciais deObras (Sicro)

está em fase final de revisão e será divulgado até o início de 2015.

Através de uma câmera técnica, o novo Sicro passará por uma va-

lidação. Em seguida será apresentado em audiências públicas em

Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ). Após a apresentação, ficará

em consulta pública no período de ummês no site do Dnit. O novo

sistemadeverá ser usado na elaboração de orçamentos damaioria

dos projetos de infraestrutura de transporte. A divulgação direta

do novo Sicro será realizada pelo Sistema Nacional de Pesquisa de

Custos e Índice da Construção Civil (Sinapi).

Fonte: PiniWeb

Sicro passa por revisões que serão implantadas no início de 2015

Cien}stas da Universidade de Amsterdã acreditam ter

descoberto como os egípcios moveram as pedras das

pirâmides, que pesavam 2,5 toneladas. O segredo pode

estar relacionado à usica. A areia molhada e o atrito com

asenormesplacas rochosaspermi}amqueasplataformas

pudessem ser empurradas até o local da construção. O

documento divulgado pela Physical Review Levers mos-

tra que uma versão de um trenó egípcio foi colocado em

uma bandeja de areia para determinar a força de tração

necessária ea rigidezdaareia comouma funçãodaquan}-

dadede águana areia. Eles tambémusaramumreômetro

(instrumento demedida de escoamento dos fluidos) para

descobrir a rigidez que demonstra a quan}dade de força

necessária para deformar certo volume de areia.

Fonte: Ins\tuto de Engenharia

Cien]stas na Holandadescobrem como os egípciosmoveram as pirâmides

Page 27: Painel - edição 235 - out.2014

27

AEAARP

Page 28: Painel - edição 235 - out.2014