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Ano IX N° 235 – Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 2011 l NESTE NÚMERO Congresso de municípios leva Parlamento ao Cais do Porto PÁGINA 3 O que fazer para se cadastrar e receber o JORNAL DA ALERJ em casa PÁGINAS 4 e 5 Edino Fonseca conta sua luta em defesa dos princípios da fé e da família PÁGINA 12 D roga que tem o mesmo princípio ativo da cocaína, mas cujo poder de destruição é cinco vezes maior, o crack tem a enorme capacidade de devastar vidas. Dessa forma, o psiquiatra e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Jairo Werner Júnior chama atenção para aquele que já se tornou um dos maiores desafios sociais dos governos na atualidade: o combate ao consumo desse entorpecente. O alerta sensibilizou a Assembleia Le- gislativa do Rio, que, através da Comissão de Defesa dos Assuntos da Criança, do Ado- lescente e do Idoso, presidida pela deputada Claise Maria Zito (PSDB), colocou mãos à obra e realizou audiências e encontros, lançou uma campanha e organizou um dia inteiro de conscientização na Baixada Fluminense. Os resultados dessas inciativas, bem como a importância da aprovação de uma lei que cria o Programa de Atenção aos Dependentes Químicos, ilustram as páginas centrais desta edição. A equipe do JORNAL DA ALERJ esteve em uma clínica de reabilitação em Ja- carepaguá, zona Oeste do Rio, e conversou com ex-dependentes, que contaram o que fizeram para manter o vício. “Cheguei a roubar em nome do crack”, afirmou um dos entrevistados. O assunto mobilizou internautas que acompanham a Alerj pelo Twitter ou pelo blog. Muitos votaram em uma enquete e deram seu parecer sobre o que fazer para combater as drogas. PÁGINAS 6, 7 e 8 Deputados se engajam no combate ao uso do crack, criam leis e organizam eventos para conscientizar a população sobre os males das drogas Rafael Wallace A dor do c r a c k

Jornal da Alerj 235

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Jornal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

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Page 1: Jornal da Alerj 235

Ano IX N° 235 – Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 2011

lNESTE NÚMERO

Congresso de municípios leva Parlamento ao Cais do PortoPÁGINA 3

O que fazer para se cadastrar e receber o JORNAL DA ALERJ em casa PÁGINAS 4 e 5

Edino Fonseca conta sua luta em defesa dos princípios da fé e da famíliaPÁGINA 12

D roga que tem o mesmo princípio ativo da cocaína, mas cujo poder de destruição é cinco vezes maior,

o crack tem a enorme capacidade de devastar vidas. Dessa forma, o psiquiatra e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) Jairo Werner Júnior chama atenção para aquele que já se tornou um dos maiores desafios sociais dos governos na atualidade: o combate ao consumo desse entorpecente.

O alerta sensibilizou a Assembleia Le-gislativa do Rio, que, através da Comissão de Defesa dos Assuntos da Criança, do Ado-lescente e do Idoso, presidida pela deputada Claise Maria Zito (PSDB), colocou mãos à obra e realizou audiências e encontros, lançou uma campanha e organizou um dia inteiro de

conscientização na Baixada Fluminense.Os resultados dessas inciativas, bem como

a importância da aprovação de uma lei que cria o Programa de Atenção aos Dependentes Químicos, ilustram as páginas centrais desta edição. A equipe do JORNAL DA ALERJ esteve em uma clínica de reabilitação em Ja-carepaguá, zona Oeste do Rio, e conversou com ex-dependentes, que contaram o que fizeram para manter o vício. “Cheguei a roubar em nome do crack”, afirmou um dos entrevistados.

O assunto mobilizou internautas que acompanham a Alerj pelo Twitter ou pelo blog. Muitos votaram em uma enquete e deram seu parecer sobre o que fazer para combater as drogas.

PÁGINAS 6, 7 e 8

Deputados se engajam no combate ao uso do crack, criam leis e organizam eventos para conscientizar a população sobre os males das drogas

Rafael Wallace

A dor docrack

Page 2: Jornal da Alerj 235

Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 2011122

ALERJAssEmbLEiA LEgisLAtivA do EstAdo do Rio dE JAnEiRo

“Ao se adotar a cor branca para os telhados, e considerando a superfície citada, haveria a compensação de dez toneladas de gás carbônico a cada 100 m²”Luiz Paulo (PSDB), sobre texto que pretende minimizar absorção de calor ao pintar telhados das casas de branco

“O Governo precisa estar, nestas situações, presente também na assistência psicológica, para que as vítimas possam se reerguer e construir suas vidas depois de tamanho trauma”Marcelo Simão (PSB), ao falar sobre projeto que determina atendimento a vítimas de desastres naturais

“Quero agilizar o processo para obter o documento e beneficiar as pessoas que não podem usufruir deste tipo de serviço durante os atuais dias de atendimento”Paulo Ramos (PDT), debatendo projeto sobre funcionamento do Detran aos sábados

Daniel Tiriba

PresidentePaulo Melo

1ª Vice-presidenteEdson Albertassi

2º Vice-presidenteGilberto Palmares

3º Vice-presidentePaulo Ramos

4º Vice-presidenteRoberto Henriques

1º SecretárioWagner Montes

2º SecretárioGraça Matos

3º SecretárioGerson Bergher

4ª SecretárioJosé Luiz Nanci

1a SuplenteSamuel Malafaia

2o SuplenteBebeto

3º SuplenteAlexandre Corrêa

4º SuplenteGustavo Tutuca

JORNAL DA ALERJPublicação quinzenal da Diretoria Geral de Comunicação Social e Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Jornalista responsávelLuisi Valadão (JP-30267/RJ)

Editor-chefe: Pedro Motta Lima

Editor: Everton Silvalima

Chefe de reportagem: Fernanda Galvão

Reportagem: André Nunes, Fernanda Porto, Marcela Maciel, Marcus Alencar, Melissa Ornellas, Raoni Alves, Symone Munay e Vanessa Schumacker

Edição de Fotografia: Rafael Wallace

Edição de Arte: Daniel Tiriba

Secretária da Redação: Regina Torres

Estagiários: André Coelho, Andresa Martins, Cynthia Obiler, Diana Pires, Diego Caldas, Fellippo Brando, Fernando Carregal, Mauro Pimentel, Natash Nunes, Paulo Ubaldino e Ricardo Porto.

Telefones: (21) 2588-1404/1383 Fax: (21) 2588-1404Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 CEP-20010-090 – Rio de Janeiro/RJEmail: [email protected]/alerjwww.facebook.com/assembleiarjwww.alerjnoticias.blogspot.comwww.radioalerj.posterous.com

Impressão: Gráfica da AlerjDiretor: Octávio BanhoMontagem: Bianca MarquesTiragem: 2 mil exemplares

siga a @alerj no

www.twitter.com/alerj radioalerj .com

Ouça sonoras dos deputados

.JORNAL DA ALERJ

Receba o

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em casa Veja nossos álbuns do Picasa

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FRASES ExPEDIENTE

MíDIAS SOCIAIS

QR CODE NO JORNAL

As mensagens de mídias sociais são publicadas na íntegra, sem nenhum tipo de edição.

@eduardo603 Eduardo de Oliveira

@kerigmatico Leandro Costa

@LeandrodeReis Leandro Reis

Dia 3/819:58

Dia 4/8às 16:28

Dia 5/8 às 14:46

@alerj Ótima a derrubada do veto do @SergioCabralRJ ao PLC 4/11. Aumentar prazo p/ resposta e n° d parcelas das multas do #TCE é o + correto

@alerj Parabéns pela edição do “JA - Edição 234.Com debates que sem duvida são necessárias no tempo atual. Turismo, meio ambiente, social...

@alerj parabéns aos funcionários da biblioteca, fui muito bem atendido.

VOCê SABIA?

Quando o cidadão tem seus documentos oficiais (CPF, iden-tidade, carteira de motorista e de trabalho, dentre outros) roubados ou furtados, tem o di-reito de emitir a segunda via de graça. É o que determina a Lei 3.051, de autoria do ex-deputado Jarbas Stelmann, promulgada em setembro de 1998. Para isso, basta a pessoa se dirigir a uma delegacia de polícia, retirar o boletim de ocorrência do crime e apresentá-lo ao órgão emissor. Mas a isenção só vale para documentos emitidos por

órgãos do Governo do Estado do Rio de Janeiro, a exemplo do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RJ) e do Ins-tituto de Identificação Félix Pacheco (IFP).

Com o intuito de fazer a sociedade tomar conhecimento desse direito, a Alerj aprovou, em dezembro, a Lei 5.614/09, cujo autor foi o ex-deputado Caetano Amado, que obriga os órgãos pú-blicos emissores de documentos a afixar cartazes com a íntegra do texto da norma 3.051/98 em suas dependências.

A partir desta edição, algumas notícias publicadas no

JORNAL DA ALERJ virão acompanhadas de links para

conteúdos complementares, como artigos e entrevistas.

Além dos links, você verá códigos bidimensionais

(QR Codes). Estes códigos são lidos por muitos modelos

de celular com câmera fotográfica e acesso à internet.

Desta forma, basta ativar o leitor do celular e apontar para

o código para acessar o conteúdo. No exemplo acima, o

código direciona para o perfil da Alerj no Twitter.

A Lei 5.614/09 obriga órgãos emissores de documentos a afixar cartazes informando sobre a

gratuidade, em caso de roubo, da segunda via

Page 3: Jornal da Alerj 235

11Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 2011

Dois dias de integração e troca de experiências. Assim foi o 2º Congresso Fluminense de

Municípios, promovido pela Associação Estadual de Municípios do Rio (Aemerj) em parceria com a Alerj e realizado nos dias 10 e 11, no Cais do Porto. Duas mil pessoas discutiram temas de relevância para cidades de todas as regiões do es-tado. Logo no primeiro dia, o governador Sérgio Cabral anunciou que as cidades poderão contar com financiamentos para projetos diversos, através da Agência de Fomento do Rio (InvesteRio). Presi-dente da Alerj, o deputado Paulo Melo (PMDB) destacou o momento favorável do estado. “Esta é a política para todos, independente de partidos ou de apoio. Temos a grande missão de trabalhar para o estado, e o desenvolvimento e a autonomia dos municípios é de extrema relevância”, frisou.

Para o presidente da Aemerj e prefeito de Valença, Vicente Guedes, o congresso serviu para discutir a im-portância da gestão pública eficiente e o fortalecimento das parcerias público-

privadas para o desenvolvimento dos municípios. O evento contou com pa-lestras, seminários e painéis, como o capitaneado pelo secretário-chefe de Estado da Casa Civil, Régis Fichtner, que orientou os gestores sobre o que chamou de “caminho das pedras” para a busca de novas fontes de receita.

A gestão de programas e sistemas de saúde também foi discutida, com pales-tras e painéis sobre temas como a Saúde da Família. Subsecretária de Estado de Saúde do Rio, Monique Zita dos Santos Fazzi defendeu a ampliação da atenção básica e a mordernização das unidades de saúde e enumerou os avanços con-quistados pela administração estadual.

A redistribuição dos royalties do pe-tróleo no País, tema que voltará à pauta no Congresso Nacional ainda este ano, fechou as discussões do encontro. Para o vice-governador Luiz Fernando Pezão, a questão deve fazer com que os muni-cípios estejam unidos para o enfrenta-mento ao embate. “Será um ano difícil. A questão dos royalties é uma injustiça que estão fazendo com o Rio”, ponderou Pezão, salientando que a realização do congresso mostra a força da municipa-lidade do estado.

Prefeitos, secretários de Estado e dos municípios e chefes de autarquias e de empresas públicas também parti-ciparam do evento.

3

AEMERJ

da Redação

Fotos: Rafael Wallace

Fortalecimento das parcerias público-privadas unem autoridades em congresso

Cidades mais visíveis

Presidente da Alerj (em pé), deputado Paulo Melo frisa, na abertura do evento, que estado vive momento de “política para todos”

Durante o 2º Congresso Fluminense de Municípios, a Alerj montou um stand, no Cais do Porto, para mostrar suas ações e cadastrar interessados em receber edições do JORNAL DA ALERJ em casa. Foram 257 cadastros em dois dias de evento

A Alerj no encontro

Page 4: Jornal da Alerj 235

Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 2011124

MíDiAS SOciAiS

daniel TiRiba (@dtiriba)

Fotos: Rafael Wallace

Paulo César Cassão recebe quinzenalmente as edições do JORNAL DA ALERJ: “fico inteirado do trabalho dos deputados”

Em seu perfil no Twitter, o servidor público da Fiocruz Paulo César Cassão (@cassao)

descreve seus principais interesses: po-lítica, informática, cultura e cotidiano. Antenado com as novas mídias digitais de comunicação, Cassão, como gosta de ser chamado, não abre mão do papel e anda sempre com um caderno onde faz anotações sobre fatos que considera relevantes. Foi acompanhando as pos-tagens da Alerj no serviço de microblog (www.twitter.com/alerj) que ele ficou sabendo da campanha de assinatura do JORNAL DA ALERJ. “Logo que me cadastrei para receber o jornal em casa, o perfil da Assembleia publicou uma mensagem de agradecimento. Essa interação é boa, pois demonstra que a população está sendo tratada com a devida atenção”, elogia.

Promover a aproximação da população com o Legislativo fluminense é o objetivo principal da campanha, que é divulgada também em redes sociais como o Face-book (facebook.com/assembleiaRJ). O contato com o cidadão é característica fundamental da atuação da Casa nas mídias sociais. A participação popular também é incentivada, por exemplo, através de enquetes e da publicação de comentários na seção Mídias Sociais do jornal. Vale lembrar que a assinatura da publicação é gratuita para qualquer pessoa que queira recebê-lo.

O presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB) (@PauloMeloA-cao), comemora o sucesso da iniciativa e destaca a importância das mídias so-ciais para o desenvolvimento da socie-dade. “O Poder Legislativo é um ótimo exemplo de exercício da democracia, pois é composto de representantes das mais diversas classes e pensamentos. Sendo assim, a Alerj não poderia ficar de fora da revolução que as mídias sociais estão proporcionando. É um momento em que cada vez mais gente

Próximo de vocêAssinatura do JORNAL DA ALERJ faz sucesso nas mídias sociais e aproxima população do Legislativo

Page 5: Jornal da Alerj 235

11Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 2011 5

A participação popular na política através de redes sociais online

Receba o Jornal da Alerj em casahttp://bit.ly/jornalalerj

tem a chance não apenas de falar, mas também de ser ouvido”, ressalta.

A professora da rede municipal de ensino do Rio Ana Paula Accioly (@Ana_Acioly) considera que a presença do Legislativo fluminense em suas re-des a fez ficar por dentro de assuntos de seu interesse. Ela valoriza o recebi-mento do jornal em casa. “O jornal me aproximou ainda mais da Assembleia, pois elevou a relação do mundo virtual para o mundo real. Acompanho o @alerj e sempre encontro notícias relevantes. Às vezes, pela dinâmica da própria ferramenta, perco alguma informação. Com o JORNAL DA ALERJ em minha casa, posso guardá-lo como fonte de consulta”, afirma Ana Paula.

O publicitário João Carlos Caribé (@caribe) é ex-funcionário da Casa e sempre acompanhou o jornal. Ele achou ótima a opção de recebê-lo em casa. “A aproximação da Alerj com a população é de extrema importância por questão de exercício da cidadania, pois são novas formas de acompanhar o trabalho dos parlamentares que nós mesmos elege-mos”, frisa. Ele considera as possibili-dades que as novas mídias apresentam o início de uma grande mudança na

sociedade. “Estamos resgatando valores muito bons, como solidariedade e cida-dania”, acrescenta João Carlos.

Sobre o exercício da cidadania, Cas-são destaca como exemplar a história da menina Emanuelle Chiapetta (Jornal da Alerj 233 - http://bit.ly/jornal233), de apenas dez anos de idade, que ligou para o Alô, Alerj (0800 022 0008) e teve diver-sos problemas resolvidos. “Ela mostrou que crianças também têm o poder de promover mudanças, basta ter força de vontade. Aprendi com ela que, quando precisar, posso entrar em contato com o serviço da Casa”, argumenta.

EconomiaO sucesso da campanha de assinatu-

ra do jornal nas mídias sociais gera, como consequência, um aumento do volume de exemplares postados nos Correios. Pensando nisso, a Diretoria Geral de Comunicação Social e Cultura da Alerj aposentou o uso de selos para postagem e adotou a modalidade de chancela, o que resulta em uma economia de 57% nos custos de envio. Outra vantagem é a devolução garantida, que possibilita retirar do cadastro endereços onde a entrega não é realizada com sucesso.

A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

JORNAL DA ALERJAno IX N° 227 – Rio de Janeiro, de 16 a 31 de março de 2011

O sol refletido no espelho d’água do

rio Paraíba do Sul alonga e esconde

seu horizonte, mas ali não há mis-

térios: seu brilho se perdeu há décadas, fruto

do assoreamento, da ausência de saneamento

e da ocupação desordenada de suas margens.

Esse cenário – incluindo o que resta da sua

preservação ambiental – pode ser visto na

exposição Paraíba do Sul – Um rio de histórias,

que ficou na Assembleia Legislativa do Rio até

o dia 10 de abril e, agora, irá passar por mais

17 cidades fluminenses. O Paraíba do Sul percorre 500 quilômetros

e banha pelo menos 37 dos 92 municípios do

estado. Além da degradação ambiental de seu

curso, outro evento traz preocupação aos depu-

tados estaduais: a proposta de transposição das

suas águas. A ideia, defendida pelo Governo de

São Paulo, tem como objetivo abastecer a capital

paulista e a cidade de Campinas. O benefício

do estado vizinho, porém, pode se traduzir em

prejuízo para o povo e a economia fluminenses,

em um estrago que se alastraria por todas as

regiões do estado. A exposição é, portanto,

mais uma forma que a Assembleia Legislativa

encontrou para alertar para a importância da

preservação do rio. A esta iniciativa somam-se,

ainda, uma Frente Parlamentar, presidida pela

deputada Inês Pandeló (PT), além da realização

de diversas audiências públicas e da composi-

ção de uma comissão especial para discutir a

aplicação de recursos do ICMS Verde na região

mais afetada.Com fotos produzidas pelo editor de Foto-

grafia da Diretoria Geral de Comunicação Social

da Casa, Rafael Wallace, a exposição, que é gra-

tuita e já esteve no Palácio Tiradentes, chegará

a cidades como Itatiaia, Resende, Porto Real,

Barra Mansa e Pinheiral, dentre outras.PÁGINAS 6, 7 e 8

NESTE NÚMERO Nova turma de MBA

está nos planos da Escola do Legislativo

para este anoPÁGINA 3

Assembleia Legislativa irá utilizar

softwares livres em

seus computadoresPÁGINAS 4 e 5

Deputado Samuel Malafaia diz que

não defende uma única bandeira

PÁGINA 12

Um rio que passa em nossas vidasAssembleia lança exposição de fotografias

do rio Paraíba do Sul e traz à tona discussão

sobre a transposição de suas águas

Rafael Wallace

A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

JORNAL DA ALERJAno IX N° 226 – Rio de Janeiro, de 1º a 15 de março de 2011

NESTE NÚMERO

CPI da Região Serrana constata indícios de mau uso do soloPÁGINAS 4 e 5

Elerj realiza ciclo de palestras para apresentar departamentosPÁGINA 9

Deputado Marcelo Freixo encara novo desafio com CPI das ArmasPÁGINA 12

O caráter plural e multifacetado da Assembleia Legislativa vai além das diferenças partidárias e re-gionais. A Casa também abriga defensores de variadas categorias profissionais. De de-putados que deixaram de lado suas carreiras para abraçar o mandato a parlamentares que tentam conciliar os dois lados da vida, a Alerj consegue abrigar a todos, de maneira igual mas sem perder as características particulares de cada um.

As proporções de distribuição das cate-gorias também seguem as demais diferenças verificadas no dia a dia da Casa: se dos 70 deputados, 15 são advogados, carreiras como a Enfermagem e a Odontologia só contam com um representante, cada. Mas estes garantem

que a quantidade de defensores das respecti-vas categorias não importa – o que vale é sua disposição em atuar em nome dos colegas. Corporações como a Polícia Militar e a Polícia Civil também têm membros de seus quadros na função de deputado. Atrizes, jornalistas, apresentadores, jogadores de futebol e até um corretor de seguros ocupam seus espaços na Casa, em pé de igualdade. E a bancada de pro-fessores, das mais variadas disciplinas, garante que os olhos de seus representantes continuarão voltados para a defesa da Educação. Isto é o que une os variados profissionais que compõem as bancadas: suas carreiras ajudam a construir um olhar diferenciado, plural e multifacetado para a condução da defesa do Estado.

PÁGINAS 6, 7 e 8

Bancadas da 10ª Legislatura abrigam professores, policiais, médicos

e até um corretor de seguros. Pluralidade é sinal da democracia

Rafael Wallace

Deputados por opção

A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R OJORNAL DA ALERJAno IX N° 225 – Rio de Janeiro, de 16 a 28 de fevereiro de 2011

Em outubro, mês em que o Brasil

elegia pela primeira vez em sua

história uma mulher presidente

do Brasil, a Alerj via crescer a bancada

feminina para a legislação 2011-2014, que

passou de oito a 13 parlamentares. O aumen-

to, aliado à grande renovação – nove delas

são estreantes do Parlamento – trouxe como

reflexo uma declarada intenção de fazer

uso de características femininas, como a

persistência, para garantir o cumprimento

das leis, os debates de temas relacionados

à família e avanços nas políticas públicas

voltadas às mulheres do estado.

Unidas em torno desde objetivo, as de-

putadas Andreia Busatto (PDT), Aspásia

Camargo (PV), Cidinha Campos (PDT),

Claise Maria Zito (PSDB), Clarissa Garoti-

nho (PR), Enfermeira Rejane (PCdoB), Graça

Matos (PMDB), Graça Pereira (DEM), Inês

Pandeló (PT), Janira Rocha (PSol), Lucinha

(PSDB), Myrian Rios (PDT) e Rosangela

Gomes (PRB) se organizaram, apesar de

diferenças ideológicas e partidárias, para

criar uma frente parlamentar dedicada ao

acompanhamento, sob a ótica feminina,

de todos os trabalhos desenvolvidos na

Casa. A intenção, explica Aspásia, é tirar

proveito do olhar amplo e integrado que as

mulheres têm para garantir o sucesso das

políticas públicas. "Com isso, caminhamos

um pouco mais para a construção de uma

sociedade pós-feminista, que não apenas

está preocupada em ter direitos equiva-

lentes aos homens – o que é uma coisa

natural e necessária – mas em ir além,

dando uma contribuição na inovação e

transformação das políticas públicas no

nosso estado”, argumenta.PÁGINAS 6, 7 e 8

NESTE NÚMERO

Escola do Legislativo

promove cursos para servidores e parlamentaresPÁGINA 3

Medida quer divulgar

lei que determina horário para entregas

PÁGINAS 4 e 5

Deputado Wagner Montes anuncia caminhos da nova CPI: 'Vai incomodar

muita gente'PÁGINA 12

Assembleia de

Bancada feminina da Alerj

cresce de oito para 13

parlamentares e anuncia que

o toque característico das

mulheres fará a diferença

nesta legislatura, a começar

pela união do grupo, que

vai propor a criação de

uma Frente Parlamentar

A S S E M B L E I A L E G I S L A T I V A D O E S T A D O D O R I O D E J A N E I R O

JORNAL DA ALERJ

Ano IX N° 230 – Rio de Janeiro, de 1º a 15 de maio de 2011

NESTE NÚMERO

Desenvolvimento do

Noroeste do estado é

tema de reunião do

FórumPÁGINA 3

Trimestre é

marcado por alta

produtividade e

votação de vetos

PÁGINAS 4 e 5

Pedro Augusto torce

pela construção de

monumento à Nossa

Senhora

PÁGINA 12

Uma das principais portas de entrada

para turistas em todo o País, o Estado

do Rio, mesmo com os problemas

cambiais que afetam o mundo, vive um momento

promissor para o setor. Com um número cres-

cente de visitantes – estima-se que, em 2011,

eles cheguem a 5,5 milhões –, o estado terá 23

cidades que irão receber a sua parte nos US$ 187

milhões que o Programa Nacional de Turismo

(Prodetur) destinará ao território fluminense.

Serão municípios com reconhecido potencial

turístico, como Paraty, Angra dos Reis, Petrópolis

e Nova Friburgo, além da capital. Com o intuito

de acompanhar o gasto dessa quantia, a Comis-

são de Turismo da Alerj, presidida pela deputada

Myrian Rios (PDT), tem realizado audiências e

participado de eventos para melhor conhecer o

funcionamento do setor no estado.

Os projetos que poderão ser contemplados

englobam desde a revitalização de estradas e

centros históricos à padronização da sinalização

turística. Além disso, esse recurso irá auxiliar

o Governo do estado, segundo o secretário de

Turismo, Ronald Ázaro, a reparar um engano

histórico e priorizar melhorias no interior.

“Já fizemos a nossa parte. Ficamos três anos

preparando um plano para investir o dinheiro

do Prodetur. Agora, nossa proposta está em

Brasília”, disse Ázaro. Para falar sobre o bom

momento do setor no estado, o JORNAL DA

ALERJ procurou outros parlamentares, que

acreditam que os investimentos deixarão um

importante legado. PÁGINAS 6, 7 e 8

Assembleia vai acompanhar investimento de US$ 187 milhões no

fomento do setor. São previstas intervenções em 23 municípios do estado

Rafael Wallace

A melhoria do turismo

Roney Belhassof @roneybConsultor em Gestão do Conhecimento e Cibercultura

ARTigO

(...) Estamos nos primórdios da internet, ainda que ela pareça um fenômeno maduro. A maioria das pessoas está descobrindo as pos-sibilidades da hiperconectividade, algo que não é real e nem universal. Assim, temos a chance de agir para criar espaços de diálogo e infor-mação ordenados. As iniciativas da Alerj no Twitter são um ótimo exemplo de construção desse am-biente. O perfil da Casa utiliza um espaço “naturalmente caótico” (a Rede) para contar, ao vivo, o que acontece no Parlamento, informar sobre leis e eventos, responder dúvi-das, mostrar sua arquitetura (Visita Tuitada) e fazer enquetes, enfim: mantém uma voz organizada em um ambiente de caos, apresentando um cenário amistoso que estimula a participação.

No entanto, talvez a iniciativa mais importante do perfil seja a antecipação de dúvidas, identi-ficando o que é queixa comum e respondendo a todos os seguidores, que, naturalmente, podem repassar (retuitar) as informações sem que elas se deteriorem pelo efeito “tele-fone sem fio”. Destaco a atuação da Alerj no Twitter e, principalmente, a iniciativa acima por dois motivos: agir proativamente, monitorando a Rede para responder as dúvidas, possibilita que poucos interajam com muitos; e, ao assumir a iniciati-va de estar entre os cidadãos, a Casa ajuda a criar uma nova cultura de participação, sem a qual a atuação da sociedade poderia se caracterizar pelo chamado #mimimi, ou seja, o hábito de praguejar contra Deus e o mundo por crer que não será ouvido de outra forma. (...)

Leia o artigo completo em http://bit.ly/alerjroneyb

Ana Paula acompanha o jornal impresso sem deixar de participar nas mídias sociais

Ou aponte o leitor de QR Code de seu celular Ou aponte o

leitor de QR Code de seu celular

Page 6: Jornal da Alerj 235

Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 201112

A Alerj entrou de vez na luta contra o crack. O consumo desta que é considerada uma das piores drogas existentes cresceu muito nos últimos anos. Preocupado com o problema, o Legislativo aprovou

uma lei para que o Estado do Rio tenha um Programa de Apoio à Recuperação do Dependente Químico. Além disso, a presidente da Comissão de Defesa dos Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Casa, deputada Claise Maria Zito (PSDB), tem se dedicado, desde que tomou posse, a combater o avanço dessa droga. No dia 13, ela e o presidente do Parlamento, deputado Paulo Melo (PMDB), participaram de uma campanha dedicada à conscientização da população da Baixada Fluminense (ver pág. 8) e que também contou com material publicitário preparado pela agência Staff (ver ilustração ao lado) para chamar a atenção para os males do crack.

Autores da Lei 6.011/11, os deputados Edson Albertassi e Rafael Picciani, ambos do PMDB, Claise, Clarissa Garoti-nho (PR) e Márcio Pacheco (PSC) acreditam que o programa que visa à recuperação deverá ampliar o número de leitos para o atendimento de dependentes químicos dos atuais 270 para mais de duas mil vagas. Segundo Rafael, o programa vai colocar o Rio em uma posição de exemplo para o País. “O crack, assim como outras drogas, precisa ser enfrentado com campanhas de conscientização, mas também com medidas que resgatem as pessoas que já são dependentes”, acredita o parlamentar.

O programa vai fazer com que o estado apoie financeira-mente entidades sem fins lucrativos que atuam na recuperação de dependentes, como a Associação Solidária Amigos de Be-tânia, em Jacarepaguá, zona Oeste da capital. A irmã Maria Elci Zerma é a fundadora da associação, mantida através de parceria com a Prefeitura do Rio e de instituições religiosas. À frente da associação há 11 anos, a religiosa defende ações continuadas por parte do Governo. “Precisamos possibilitar a reinserção social das pessoas que são usuárias de drogas e recolhidas nas ruas. O problema não será resolvido com ações de uma só secretaria ou de um só ministério”, ressalta. A instituição tem capacidade para 50 pessoas e é referência neste tipo de tratamento.

Fundo do poçoRecém-chegado à associação, Henrique Duarte de Oliveira

Cardoso, de 19 anos, conta que o começo do vício é sempre parecido. “Primeiro é o consumo de álcool e maconha; de-pois, vem a cocaína; e o crack é o passo seguinte. Foi assim

comigo. Comecei a usar drogas aos 14 anos. Com o crack foi diferente: em um mês de uso, já estava dependente”, revela. Cardoso diz ainda que o vício é tão forte que, em muito pouco tempo, o dependente pode parar “no fundo do poço”. “Perdi o emprego em uma transportadora e comecei a morar na rua. Para conseguir a droga, tive que roubar algumas vezes”, lamenta. Para se libertar, Cardoso procurou ajuda em uma instituição municipal e de lá foi transferido para o Betânia. “Quero recuperar a confiança da minha família, voltar a es-tudar e arrumar um emprego”, destaca.

Assistente social da associação, Lúcia do Carmo Pinto relata que o grito por socorro vem quando existe uma consciência da própria desmoralização. “Morar na rua é muito degradante e o vício do crack é difícil de ser abandonado”, afirma. Lúcia comenta ainda que o tratamento na instituição dura nove meses e conta com atendimento médico e dentário, todos

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cApA

crônica da morte anunciada?Vanessa schumackeR e andRé coelho

Campanha de combate ao uso do crack e aprovação de lei que cria Programa de Apoio a Dependentes Químicos marcam ações do Parlamento para dar fim a um dos mais nocivos males que afligem o estado: as drogas

3. Esporte afasta jovens e crianças das drogas

2. Henrique Cardoso sofreu com o vício. Hoje, recebe auxílio, mas lamenta: “tive que roubar pela droga”

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Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 2011 117

crônica da morte anunciada?

voluntários. “O acolhido vai passando por etapas para se livrar do vício, sendo avaliado individualmente. Quando chega ao final do ciclo, ele sai para procurar emprego e, mesmo quando consegue, ainda fica na associação por mais um mês, até que, com o primeiro salário, possa pagar um aluguel”, pontua. Ela lembra também que a instituição recebe doações, como móveis, livros e eletrodomésticos. Basta ligar para (21) 2424-5560.

ClínicasDe acordo com a subsecretária de Estado da Assistência

Social e Descentralização da Gestão, Nelma de Azeredo, trata-se de uma questão de saúde pública, que deve e está sendo debatida. “Apesar de a saúde ser a protagonista, estamos tra-balhando na elaboração de uma diretriz para ações conjuntas das duas pastas. Estas ações contemplam o assunto ampla-mente: à saúde, compete o tratamento e à Assistência Social,

acolhimento, ressocialização e reintegração social”, afirma. Atualmente, o estado conta com três clínicas para internação: uma na capital e outras duas em Valença e Barra Mansa. As três contam com 90 vagas cada. Além das clínicas, o estado também possui o Centro Estadual de Atendimento ao Depen-dente Químico e Familiares, em São Cristóvão, zona Norte do Rio, que faz uma média de 60 atendimentos por dia.

Presidente da Comissão de Prevenção ao Uso de Drogas e Dependentes Químicos em Geral da Alerj, a deputada Ro-sângela Gomes (PRB) diz que pretende focar na prevenção. “Se nós não criarmos dispositivos para prevenir e alertar o cidadão, as pessoas acabam caindo neste mal”, salienta. “É preciso o Governo admitir que sozinho não pode resolver este problema. Por isso, dar suporte a entidades que já fazem este trabalho é fundamental”, defende o deputado Márcio Pacheco. (colaborou Cynthia Obiler)

1. Legislativo lançou campanha que alerta a população para a falsa sensação de euforia causada pelo uso do crack

3. Esporte afasta jovens e crianças das drogas 4. Irmã Maria Zerma

ajuda pessoas a se livrarem da dependência

Psiquiatra com mais de 15 anos de experiência no tratamento de usuários de drogas e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Jairo Werner Júnior é taxativo ao falar do problema do crack no País. Segundo ele, “é preciso uma grande articulação científica, social e política para enfrentar este problema”. De acordo com o especialista, esta diferença em relação às outras drogas acontece porque, apesar de ter o mesmo princípio ativo da cocaína, o crack tem um poder de ação muito maior. “Por ser fumado, ele entra no sistema arterial e vai direto para o cérebro; já a cocaína é metabolizada e chega ao cérebro gradual-mente”, relata.

“Com a mesma quantidade de princípio ativo da cocaína, o crack atinge uma concen-tração até cinco vezes maior no cérebro em menos de um quinto do tempo, gerando um efeito muito mais potente e menos duradouro, o que faz com que a pessoa já queira usar de novo. Por isso, a frequência do uso aumenta muito, o usuário se vicia mais rápido e tem mais dificuldade para largar a droga”, explica. “Precisamos investir em pesquisa, formação e capacitação de pessoas para atuar de forma eficaz na prevenção e tratamento”, defende.

Leia a matéria e entrevista em http://bit.ly/jairoalerj

Ou aponte o leitor de QR Code de seu celular

Efeito devastadorMontagem sobre fotos de Rafael Wallace e Mauro Pimentel

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cApA

Mauro Pimentel

O combate ao consumo do crack será alvo de uma campanha em todo o estado. O anúncio foi feito no dia 13 pela presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Alerj, deputada Claise Ma-ria Zito (PSDB), durante o evento Baixada unida no enfrentamento ao crack. “Pre-tendo alcançar os 92 municí-pios fluminenses. Iniciamos na Baixada e continuarei percorrendo outras cidades”, adiantou a parlamentar em Duque de Caxias.

Presente ao evento, o presidente da Alerj, depu-tado Paulo Melo (PMDB), defendeu a continuidade da campanha. “Queremos, a par-tir desta iniciativa, sair pelo estado realizando seminários de conscientização. O desafio é o que nos incentiva a criar políticas públicas, apoiar as famílias e dizer que todos temos responsabilidade”, afir-mou. Cerca de 100 pessoas participaram da caminhada em Caxias (a campanha acon-teceu simultaneamente nas 13 cidades da região).

Claise informou que fez

uma indicação ao governa-dor Sérgio Cabral, pedindo a criação de um centro de tratamento para dependen-tes químicos em um dos municípios da Baixada. “A ideia é que o centro seja um consórcio. É muito importan-te esta ação unificada, pois

o que acontece, hoje, são ações isoladas que acabam provocando a migração dos usuários de um local para outro”, afirmou.

Secretária Municipal de Desenvolvimento Social de Nilópolis, Aparecida Pereira da Silva Lopes elogiou a

iniciativa da Alerj e disse que este evento foi somente o “pontapé inicial”. A comis-são também percorreu Bel-ford Roxo, Nilópolis, Itaguaí, Seropédica e Queimados, distribuindo materiais de conscientização e realizan-do palestras.

Campanha será levada a todo estado

ENQUETEQue ação de combate ao consumo do crack você acha mais eficiente?

Vote na próxima enquete, acesse: www.alerjnoticias.blogspot.com

* Descriminalização das drogas / Políticas públicas mais eficientes /Maior patrulhamento nas fronteiras nacionais / Que o usuário volte a ser penalizado judicialmente pelo porte e uso (e mais)

Combate ao tráfico

Auxílio ao dependente

Campanhas de conscientização

Outras*

24%

43%

20%

13%

Cerca de 100 pessoas, dentre elas crianças, acompanharam Claise (vestido branco) em Caxias

@alerj p/ combater o craque, os pais tem q/ participar mais saber onde esta os filhos e parar de pensar q a escola educa-os p/ a VIDA...

@CelesteTeixeir1 Celeste Teixeira

Dia 4/8 às 14:28

@alerj Empezar por proibir el consumo álcool es coibir el uso de otras drogas.

@rosevellame

Dia 3/8 às 17:23

@alerj melhor seria combater os traficantes de alto poder, mas qm vai fazer isso?

@alerj creio q vigiando as fronteiras do Estado p/ impedir a entrada do crack diminuiria bastante

@Helleenia

@cadu_e_angel Angelica e Cadu

Dia 5/8 às 11:31

Dia 6/8 às 15:41

MíDIAS SOCIAIS

As mensagens de mídias sociais são publicadas na íntegra, sem nenhum tipo de edição.

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Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 2011

cuLTuRA

Ações de resgate da memória cultural do estado. Este, se-gundo o presidente da Comis-

são de Cultura da Alerj, deputado Robson Leite (PT), é um dos principais objetivos do colegiado. Pensando nisso, o parlamen-tar conta que o início desse resgate já está em curso e se dá com o jongo, também conhecido como caxambu e considerado por muitos como o “avô” do samba. Ritmo trazido pelos escravos ainda nos tempos do Brasil colônia, foi durante muito tempo uma das únicas manifestações culturais africanas permitidas no País. Até os anos 1920, o jongo permaneceu como uma das principais manifestações culturais popu-lares do estado, passando a perder espaço, a partir daí, com o crescimento de outros ritmos populares.

Apesar disso, o ritmo africano con-tinua vivo graças a grupos quilombolas que resistiram. Buscando valorizar esse legado popular de extrema importância, a Alerj prestou homenagem à Tia Maria do Jongo da Serrinha, uma das mais antigas jongueiras do País. Premiada com a mais importante comenda do Legislativo,Tia Ma-ria recebeu, aos noventa anos, a Medalha Tiradentes. Ela conta que já participava das rodas de jongo desde criança. “Dançávamos escondidos de nossos pais, após as missas e festas dos santos. Sinto-me honrada em

receber a homenagem e a dedico a todos os mestres e futuros jongueiros”, diz.

A ONG Jongo da Serrinha foi criada, em 2000, graças a Mestre Darcy, que, preocupado com a possível extinção desta manifestação popular, passou a ensinar às crianças a tradição de seus antepassados na comunidade da Serrinha, em Madureira, zona Norte da capital. O jongo foi uma das primeiras manifestações da cultura popular a ser reconhecida pelo Instituto de Patrimô-nio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial, em 2005.

“A Comissão de Cultura tem como principais pautas a valorização da cultura popular. O exemplo do jongo é emblemá-tico, pois sofre preconceito, sendo ligado a cultos e religião. Na verdade, o jongo é uma manifestação como qualquer outra, que resgata raízes importantíssimas para a memória cultural brasileira”, reforça Leite. O petista é ainda autor de um projeto de lei que institui o 26 de julho como Dia Estadual do Jongo. “Essa seria uma data para encontros, celebrações e debates sobre ações que promovam o seu reconhe-cimento no Estado do Rio”, completa.

Para os jongueiros, este dia sempre foi de comemorações, já que, na mesma data, é celebrado o Dia das Avós. Segundo Délcio Bernardo, representante das comu-nidades jongueiras da Costa Verde, as avós simbolizam a importância da transmissão de conhecimentos. “Nenhuma data seria melhor para ser o Dia do Jongo, já que é graças aos nossos avôs e avós que as tradições dessa manifestação foram con-servadas”, declara.

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No meio da roda

Tradição reconhecida como patrimônio imaterial, jongo é prioridade de comissão

cynThia obileR

Escola de Jongo da Serrinha (Rio)Rua Balaiada 124, Serrinha – Madureira.Produtora do grupo: Adriana Penha Tel: (21) [email protected] Quilombo São José (Valença)Rua Vereador João Batista Gomes 150, Fazenda St. Isabel do Rio Preto – 3° distrito de Valença.Coordenador: Antonio FernandesTel: (24) 2457-1130 Quilombo do Campinho (Paraty)Coordenadora: Érica BrazTel: (24) 9844-1385 Centro de Referência do Jongo de PinheiralRua Bulhões de Carvalho 146, Centro – Pinheiral.Coordenadora Geral: Maria de FátimaTel: (24) [email protected] Pontão de Cultura do Jongo/Caxambu (Rio)Secretária adm.: Izabella AlvarezTel: (21) [email protected]

Rodas de jongo

Fotos: Mau

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Tia Maria recebeu a medalha das mãos de Leite e a dedicou aos jongueiros do País

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Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 20111210

l cuRTAS SAÚDE

A Frente Parlamentar de Com-bate ao HIV/Aids e Tuber-culose da Alerj, presidida

pelo deputado Gilberto Palmares (PT), concedeu, no dia 8, o Título de Benemérito do Estado à Fundação Ataulpho de Paiva (FAP), responsável pela produção da vacina BCG no País. O título foi entregue ao presidente da FAP, professor Germano Gerhardt Filho, durante cerimônia realizada no Palácio Tiradentes. Segundo o deputado Palmares, a homenagem é uma forma de reconhecer o importante trabalho desenvolvido pela fundação: “as lutas importantes não são travadas apenas com denúncia, mas também valori-zando quem está desempenhando um trabalho eficiente. Estamos lutando para tirar o Rio da condição de campeão de casos da doença. Os indicadores de tuberculose aqui são quase o dobro da média nacional”.

Segundo o presidente da FAP, o Bra-sil registra uma incidência de 38 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto no Estado do Rio este número sobe para aproximadamente 72 casos para cada 100 mil habitantes, sendo registrados por ano, no País, cerca de 72 mil novos casos e 4.700 mortes por ano relacio-nadas à doença. “Há que se buscar a gestão adequada por parte do poder público para usar o conhecimento que já temos para minimizar estes números no Brasil e, principalmente, no Rio. Só o

esforço permanente de cada um de nós, nas diferentes áreas de atuação, pode reverter este quadro grave que temos atualmente”, afirmou Germano.

A homenagem foi feita durante sessão solene realizada pela Frente Parlamentar em virtude do Dia Estadual de Combate à Tuberculose, que foi comemorado em 6 de agosto. “O dia 6 foi escolhido por ser a data em que foi criado o Fórum de Or-ganizações Não-Governamentais contra a Tuberculose, importante associação da sociedade civil na luta pela erradicação da doença”, relatou Palmares. No evento, o deputado lembrou ainda da relação es-treita entre a doença e a pobreza, a falta de acesso à saúde e à informação.

Durante a solenidade, estiveram pre-sentes ainda o professor Claudio Costa Neto, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tem projetos de combate à doença em parceria com a FAP; a pesquisadora Margareth Dalcomo, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); e o ex-senador e ex-prefeito do Rio Satur-nino Braga.

Produção totalCriada em 1900 por um grupo de

médicos e intelectuais que decidiram enfrentar a tuberculose no Brasil, a Liga Brasileira Contra a Tuberculose – que deu origem à FAP – tinha o objetivo de combinar a medicina com ações sociais. Atualmente, a fundação produz 100% das doses de vacina BCG utilizadas no País, que imuniza contra as formas mais graves da doença, tendo sido responsável também pela fabricação de mais de 600 milhões de doses ao longo de sua história na fábrica localizada no bairro de São Cristóvão, zona Norte do Rio.

ConstitucionalA Escola do Legislativo do Estado (Elerj) iniciou, no dia 4, as aulas do curso Controle de Constitucionalidade, realizado em parceria com a Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), no auditório da Elerj, Centro do Rio. Presidente da Alerj, o deputado Paulo Melo (PMDB) ressaltou, durante a abertura do curso (foto), a importância da parceria entre o Judiciário e o Legislativo para oferecer formação aos integrantes da Casa, aprimorando, cada vez mais, o trabalho do Parlamento. “A Alerj, apesar de ser uma casa política, é também, essencialmente, uma casa jurídica, porque fazemos aquilo que, depois, servirá de instrumento para o trabalho dos operadores do Direito”, afirmou.

Às escurasCom o intuito de responsabilizar a Light por mais um apagão na cidade do Rio de Janeiro, que deixou 11 bairros às escuras no dia 5, representantes da Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj, presidida pela deputada Cidinha Campos (PDT), estiveram, no dia 8, com o juiz Wilney Magno de Azevedo Silva, da 16ª Vara Federal do Rio, para reforçar o pedido de liminar referente à ação coletiva de consumo que o colegiado move contra a concessionária por causa das sucessivas falhas no fornecimento de energia. A ação pede que a Light seja multada pelos seguidos apagões, bem como tenha de indenizar os consumidores que sofreram danos decorrentes dessas quedas de luz.

Vacina eficiente

Fundação Ataulpho de Paiva recebe o Título de Benemérito do Estado

André Coelho

Fellippo Brando

andRé coelho

No Dia de Combate à Tuberculose, entidades mostram esforço para diminuir casos

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11Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 2011

A Alerj aprovou, no dia 11, os projetos do Poder Exe-cutivo com o reajuste para

o corpo docente da rede estadual, que se encontra nas secretarias de Educa-ção e Cultura, e para os servidores do Quadro Permanente da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec). Uma das nove emendas aprovadas no projeto 677/11 aumentou o índice do aumento dos 3,5% propostos pelo Governo para 5%. A mesma proposta foi apresentada para o projeto 679/11.

A proposta que fala dos professo-res ainda traz duas mudanças subs-tanciais: a antecipação em mais um ano na incorporação do programa de gratificação Nova Escola, cujos valores passarão a fazer parte do salário-base da categoria, que agora será encerrado em 2013, e não em 2014 – como o texto original propunha –, e a inclusão dos animadores culturais, em emenda que reajusta seus vencimentos em 14,6% – valor correspondente à soma do reajuste em si e à antecipação da parcela do No-va Escola. Além disso, os funcionários administrativos terão incorporados aos seus salários todo o valor que recebem como gratificação do programa Nova Escola, como estava previsto no projeto original do Poder Executivo.

O presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (PMDB), anunciou que o Parlamento tomará a iniciativa de

discutir algumas demandas da área. “Além dos avanços que foram possí-veis nesta votação, vamos marcar uma reunião com o secretário de Ciência e Tecnologia e com o presidente da Faetec para discussão sobre Plano de Cargos. Iniciaremos também, no âmbito das comissões de Educação e de Servidores Públicos, a discussão sobre a questão orçamentária. E eu, pessoalmente, farei a intermediação com o Governo desses temas”, comprometeu-se.

Acentuando a necessidade de in-vestimento na Educação do estado, o presidente da Comissão de Educação da Casa, deputado Comte Bittencourt (PPS), sentenciou: “ou entendemos

que qualquer desenvolvimento passa necessariamente pelo investimento em Educação, ou continuaremos na lanterna nacional do sistema educacional”.

Também foram aprovadas emendas que resguardam o interstício de 8%, que delimitam distribuição da carga horária dos professores em “2/3 em sala de aula e 1/3 em horário de planejamento”, que garantem abono de falta por dias pa-ralisados – todas do deputado Sabino (PSC); e emendas coletivas que mudam o nome do quadro de apoio para “Pessoal Administrativo Educacional” e garantem que a Gratificação de Lotação Prioritária (GLP) seja equivalente à remuneração do Professor Docente I/16 horas.

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EDucAçãO

FeRnanda PoRToFotos: Rafael Wallace

Alerj aumenta índice de reajuste para professores da rede estadualNovos salários

Escolas compartilhadas

Deputados discutiram a inclusão de nove emendas aos projetos do Poder Executivo

O secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia, disse, no dia 10, durante audiência pública da Comissão de Educação da Alerj (foto), que nenhuma escola compartilhada – quando estado e prefeitura usam o mesmo prédio para colégios diferentes – deixará de funcionar. Quanto ao processo de municipalização, Risolia adiantou que, nos próximos meses, o foco do Governo será voltado para as unidades de ensino da capital. “Se não é fácil para o estado gerir todas as escolas, imagina o que não deve acontecer com alguns municípios. Já temos cidades discutindo a construção de universidades públicas, mas que são locais que não conseguem oferecer nem a educação básica. Precisamos combinar e saber o tempo que as cidades necessitam para se organizar”, afirmou. (colaborou Vanessa Schumacker)

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Rio de Janeiro, 1º a 15 de agosto de 20111212

Como o senhor percebeu que a política era um ca-minho para a sua vida?Minha história é bem interes-sante: fui líder estudantil em 64; meu bisavô por parte de mãe foi o primeiro governador do Estado do Rio de Janeiro; e meu avô por parte de pai, Manoel Mendonça, foi funda-dor do Lloyd Brasileiro – não os conheci, mas recebi este legado deles. Sempre gostei da atuação política. Dirigi o Grêmio Estudantil de Niterói durante a Revolução (a ditadura militar). Mas chegou uma hora que percebi que aquele cami-nho que os estudantes estavam tomando, de sequestro, armas e violência, não era o meu caminho. Assim sendo, aban-donei o movimento estudantil e segui para o movimento de jovens evangélicos. Apesar dis-so tudo, sempre gostei muito de Che Guevara, de Fidel Castro, enfim, de homens idealistas e sinceros como eles. Resolvi, então, ir atrás de Che, mas o Exército boliviano chegou an-tes de mim e matou Guevara.

Com isso, permaneci missio-nário na Bolívia por oito anos. Cheguei a pregar na casinha onde Che foi morto. Depois, fui para a Cordilheira dos Andes, a seis mil metros de altitude, e lá fundei um centro missio-nário para alcançar os não alcançados da sociedade, ou seja, os indígenas das monta-nhas. Fiquei quatro anos por lá, solteiro, e, por isso, voltei ao Brasil para fugir da solidão.

Quando o se-nhor voltou, sentiu que as coisas por aqui estavam muito modificadas?Ao voltar, percebi, sim, que as coisas andavam muito di-ferentes, principalmente no que se refere a mudanças sociais que estavam ocorrendo na área da fé e da família. Mudanças de lei e de código que, a meu ver, mexiam muito a concepção que sempre tive sobre a insti-tuição familiar. Daí, o único

caminho que eu poderia seguir para reverter isso era entrar para a política.

Como se dá, na prática legislativa, essa defesa da família que o senhor tanto apregoa?Minha principal ação é tentar convencer os colegas deputa-dos de que a minha visão está correta. Tenho até consegui-

do sucesso dentro desse meu intuito. Acho que temos ti-do muitos avanços na área da fé e da família. Tivemos agora a discussão da PEC 23 (que inclui a proibição de discriminar por orientação sexual na Constituição

Estadual) e, há um certo tempo, a questão da pensão para com-panheiros de homossexuais que me mobilizaram nesse sentido. Sempre deixei claro que me opus a esses projetos não pelo comportamento homossexual. O que acho é que não podemos

criar, dentro da sociedade, um cidadão de primeira classe e os outros de segunda classe. Não posso aceitar que somente um grupo tenha privilégios apenas por viverem juntos.

Além da defesa da família, qual sua outra bandeira?A defesa nacional. O Brasil é o País mais rico do mundo e estamos sendo explorados pelo capital estrangeiro. Te-mos 25% da água potável do planeta, 98% do nióbio e 92% do quartzo, além de muitos outros minerais. Esses três são suficientes para que o mundo caia de joelhos diante de nós. O mundo não tem água. O nióbio, praticamen-te, só o Brasil tem. Sem ele, não se faz avião supersônico, foguetes espaciais e nem na-ves espaciais. Mesmo assim, tem sido vendido a preço de banana. Hoje, temos televisão, rádio, satélite, porque quartzo o Brasil também tem de sobra. Isso precisa ser aprofundado. Temos que mudar essa situ-ação de exploração.

Nacionalista e, como ele mesmo diz, incansável defensor da família e da paz. Assim o deputado Edino Fonseca (PR), que está em seu terceiro mandato, se define. Ex-

dirigente do Grêmio Estudantil de Niterói e ex-militante do Movimento de Jovens Evangélicos, o parlamentar, que também foi missionário na Bolívia e é pastor, fez questão de frisar, durante conversa com o JORNAL DA ALERJ, que não é preconceituoso e que sua bandei-ra pelos não privilégios dos homossexuais se dá por não considerar justa a criação de diferentes patamares na sociedade, “para que não existam vantagens nem discriminações”. Casado e pai de duas filhas, Edino diz que a família é sua maior felicidade. O deputado contou ainda ser amante da leitura, em especial, de livros sobre estratégia e biografias: “Preciso aprender a viver melhor, e uma das formas de fazer isso é ver o que as pessoas fizeram de bom e tirar dali aquilo que você pode aplicar à sua vida”.

lENTREViSTA EDINO FONSECA (PR)

Rafael Wallace

‘Minha missão sempre visou a alcançar os não alcançados da sociedade’maRcela maciel

Minha principal ação é tentar

convencer os colegas

deputados de que a minha visão de

defesa da fé e da família

está correta

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 – Rio de Janeiro/RJ – CEP-20010-090