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JORNAL DA ALERJ Distribuição de pulseirinhas de identificação para crianças em locais de grande circulação é garantida por lei PÁGINA 9 Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro | Ano XII - N° 289 – Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 2014 FECHAMENTO AUTORIZADO. PODE SER ABERTO PELA ECT Divulgação Digulgação Abrindo Artistas amadores, como os integrantes da banda Quarto do L, poderão ganhar projeção graças a propostas da Alerj espaço

Jornal da Alerj 289

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Publicação quinzenal, que apresenta ao cidadão notícias referentes ao dia a dia do Parlamento, com o trabalho dos deputados e os principais eventos da Casa.

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Page 1: Jornal da Alerj 289

JORNAL DA ALERJ

Distribuição de pulseirinhas deidentificação para crianças em

locais de grande circulaçãoé garantida por lei

PÁGINA 9

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro | Ano XII - N° 289 – Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 2014

fechamento autorizado. pode ser aberto pela ect

Divulgação

Digulgação

Abrindo

Artistas amadores, como os integrantes da banda Quarto do L, poderão ganhar projeção graças a propostas da Alerj

espaço

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Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 20142

Deputada Inês Pandeló (PT),em audiência que analisou a relação entre as mulheres e o recurso

Curta nossa páginano Facebook:

Deputado André Lazaroni (PMDB), sobre o projeto de lei que concedeu reajuste aos funcionários da Suderj

Yago

Bar

bosa

fRAsEs

JORNAL DA ALERJhttp://bit.ly/jornalalerj

Receba em casa! /radioalerj

Ouça as sonoras dos deputados

/radioalerj

siga a @alerj no

www.twitter.com/alerj

“ O Governo corrige uma distorção, um equívoco de anos, concedendo esse aumento”

/assembleiaRJ

PresidentePaulo Melo

1º Vice-presidenteEdson Albertassi

2º Vice-presidenteRoberto Henriques

3º Vice-presidenteGilberto Palmares

4º Vice-presidenteRafael do Gordo

1º SecretárioWagner Montes

2º SecretárioGraça Matos

3º SecretárioGerson Bergher

4º SecretárioJosé Luiz Nanci

1o SuplenteSamuel Malafaia

2o SuplenteBebeto

3º SuplenteAlexandre Corrêa

4º SuplenteThiago Pampolha

JORNAL DA ALERJPublicação quinzenal da Subdiretoria Geral de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Jornalista responsável: Luisi Valadão (JP-30267/RJ)

Editora-chefe: Fernanda Galvão

Coordenação: Fernanda Porto

Equipe: André Nunes, Buanna Rosa, Marcelo Dias, Marcus Alencar, Symone Munay e Vanessa Schumacker

Editor de Arte: Mayo Ornelas

Editor de Fotografia: Fabiano Veneza

Secretária da Redação: Regina Torres

Estagiários: Bárbara Figueiredo, Eduardo Paulanti, Fabiane Ventura, Fábio Peixoto, Gabriel Deslandes, Iara Pinheiro (foto), Isabela Cabral, Lucas Lima, Thais Barcellos, Vinicius Vasconcellos (foto), Yago Barbosa (foto)

Telefones: (21) 2588-1404 / 1383 Fax: (21) 2588-1404Rua Primeiro de Março s/n, sala 406Palácio Tiradentes - CentroRio de Janeiro/RJ - CEP 20.010-090

Email: [email protected]/alerjwww.facebook.com/assembleiarjwww.alerjnoticias.blogspot.comwww.facebook.com/radioalerj

Impressão: Imprensa OficialPeriodicidade: quinzenalTiragem: 5 mil exemplares

ExPEDIENtE

“As mulheres há muito tempo são as gestoras e ocupam um papel importante na construção de uma sociedade sustentável. São elas que administram e controlam o uso da água em casa”

“A ideia é alertar os ‘esquecidos’ da importância vital que é o uso desse equipamento de segurança, que pode salvar muitas vidas”Deputado Bernardo Rossi (PMDB), sobre placas de incentivo ao uso de cinto de segurança

Bala perdida indenizada

VOCÊ sABIA?

As vítimas de armas de fogo por "balas perdidas" em confrontos entre facções criminosas e forças de segurança pública poderão requerer a auxílio e indenização do Governo do estado do Rio. A repa-ração faz parte do projeto de lei 3028/14, de autoria do deputado Marcos Soares (PR), e considera como vítima de violência qualquer pessoa que tenha sofri-do lesões físicas ou psicológicas em decorrência de ações tipificadas na legislação penal. Os beneficiados pelo projeto também incluem familiares das vítimas e testemunhas do crime. O órgão responsável pela indenização será o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro (CEDDH). Entre as assistências, estão programas pedagógicos de readaptação social ou profissional, ressarcimento do dano à pessoa ou patrimônio e concessão de bolsas de estudos para filhos de policiais.

*As mensagens postadas em mídias socias são publicadas sem edição de conteúdo.

MíDIAs sOCIAIs

Michelle Garciainstagram.com/michelle_gfo

Dia 20/06

Sunny day @ALERJ

foto da rampa de entrada do Palácio Tiradentes

Eliane Rolim@eliane_rolimAlerj aprova reajuste de 9%

para professores da rede estadual do Rio

http://fb.me/2gOGZkNOC

Dia 26/0609:54

O medo me fez pensar em desistir, mas a coragem me fez pensar em lutar!

Dep. Wagner Montes@depwagnermontes

Dia 26/0603:30

Enquanto rola Copa, estamos debatendo e aprovando, na ALERJ, + 40 Planos Cargos

e Salários q mexem com vida funcionários

públicos estaduais.

Dep. Luiz Paulo@LuizPaulo_dep

Dia 26/0604:46

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3Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 2014

Desde sua criação, em março, o Vale-Cultura teve a adesão de 498 empresas no estado

do Rio. Esta e outras informações sobre o programa do Governo federal foram apresentadas pelo secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, Ivan Neves, à Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O benefício, destinado à ampliação do acesso a atividades culturais, foi tema de au-diência pública que o grupo realizou no Teatro Raul Cortez, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense.

O presidente da comissão, deputa-do Zaqueu Teixeira (PT), disse que o encontro ocorreu propositalmente em um município da Baixada Fluminense com a intenção de descentralizar as discussões sobre as atividades cul-turais, geralmente restritas à capital.

“Como tudo é feito no Rio, trazer uma audiência oficial aqui é deslocar o eixo”, argumentou.

De acordo com Ivan Neves, as principais metas do programa são estimular o consumo cultural e fazer da cultura parte da cesta básica do brasileiro. Segundo ele, o benefício também incentiva a cadeia produtiva, já que os créditos provêm do desconto de 1% no imposto de renda de empresas credenciadas. “A cultura tem que ser vista da mesma forma que a inclusão. O Vale-Cultura trará para o circuito das artes os 43 milhões de trabalhadores que ganham salário mínimo”, previu o secretário. Desde a criação, o programa conta 33 operadoras de cartão, 4.855 empresas e 712 mil beneficiados, sendo que 67% do consumo se concentra na Região Sudeste.

A secretária municipal de Cultura de São João de Meriti, Fernanda Braga Ferreira, aproveitou o encontro para defender o estímulo às atividades culturais do interior do Estado. Para ela, há poucos espaços de lazer e o deslocamento até a capital é difícil e não compensa. “Temos dificuldade de fomentar atividades culturais em

cidades de baixa captação de recur-sos”, apontou. Segundo a produtora cultural do grupo Terreiro de Ideias, Giordana Moreira, é necessário, ain-da, divulgar o trabalho de artistas independentes e eventos sediados na Baixada, como o Circuito Cineclu-bista e o Encontro Internacional de Graffiti. “Não temos mediadores. Não temos secretário para falar por nós, artistas independentes”, salientou.

O Vale-Cultura é um cartão pré-pago que oferece créditos mensais de R$ 50 a seus usuários para entradas em espetáculos (cinemas, teatros, shows) e aquisição de artigos como livros, CDs, DVDs e revistas. O valor é cumulativo e visa a atender trabalhadores que ga-nham até cinco salários mínimos.

Também participaram da audiência o secretário municipal de Duque de Ca-xias, Jesus Chediak, o coordenador do setor naval da Central Única dos Traba-lhadores (CUT), Jadir Batista de Araújo, a superintendente da Lei de Incentivo à Cultura, Tatiana Richard, o vice-presidente do Conselho Empresarial da Baixada da Firjan, Jorge Rodrigues do Nascimento e o diretor-secretário da Fecomércio, Natan Schiper.

Comissão realiza encontro para debater primeiros resultados do novo cartão

Dados sobre o Vale-cultura são apresentados durante

audiência pública

Yago Barbosa

Ministério apresenta à comissão dados sobre o Vale-Cu ltura

LEI

Gabriel DeslanDes

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Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 20144

N a segunda semana de junho, mais um acidente fatal viti-mou um ciclista no

estado. Cláudio José de Souza, de 48 anos, foi atropelado e morto na Avenida das Américas, Zona Oeste, quando, segundo testemunhas, ten-tava fugir do engarrafamento trafe-gando pela faixa destinada ao BRT. O caso, trágico, é apenas um exemplo recente do alto risco ao qual os ci-

clistas fluminenses estão submetidos há anos, por imprudência própria ou de terceiros. A fim de evitar esses acidentes, a Alerj aprovou a semana de incentivo à conscientização do motorista aos direitos dos ciclistas no trânsito, que acontecerá anualmente na terceira semana de agosto.

A semana é o mote do projeto de lei 2.241/12, do deputado Alexandre Corrêa (PRB). Corrêa conta que teve a ideia ao notar o aumento do número de veículos nas ruas. “Foi quando sen-ti a necessidade de criar uma norma que garantisse a boa convivência no trânsito”, explica, defendendo que muitos dos acidentes envolvendo ciclistas são evitáveis.

Ciclista habitual, o microempresá-

rio Gabriel Subtil defende o debate: "Motoristas não são treinados para conviver com ciclistas. A má educa-ção e o jeitinho comandam a maioria. Eu mesmo, como motorista, só tenho noção porque também sou ciclista", observa. Gabriel utiliza a bicicleta como exercício e recreação. Costuma fazer o trajeto de Jacarepaguá, onde mora, até a Barra ou o Recreio, bairros da zona oeste da capital. Um dos pro-blemas mais frequentes que observa é a saída sem a devida sinalização de veículos de acessos às pistas. "Estava passando de bike na saída da Cedae da Barra e quase bati num caminhão. Ele veio 'a toda' e parou no meio da ciclovia, não me viu. Tive que frear bruscamente", conta ele.

Estado poderá ter semana dedicada ao esclarecimentode direitos dos ciclistas

CPI

Gabriel DeslanDes e isabela Cabral

Vou de bike

Junior Ferraz admite que desconhecia algumas regras de trânsito para

ciclietas, como a que proibe o tráfego pelas calçadas

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5Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 2014

O Detran-RJ será responsável pelas estratégias e campanhas de conscientização dos motoristas sobre os direitos dos ciclistas (ver box), durante a semana especial de que trata o projeto. De acordo com o órgão, sua coordenadoria geral de Educação está estudando a melhor forma de abordar o tema. Corrêa sugere que a campanha tenha crianças e jovens como público-alvo. “Eles ainda estão em formação e são multiplicadores natos de ideias”, aponta.

Números confirmam a importân-cia da conscientização sobre a boa convivência com a bicicleta, que vem ganhando uma participação cada vez maior no cotidiano do carioca. O uso do meio de transporte na cidade do Rio aumentou em 300% nos últimos dez anos, de acordo com a ONG Transporte Ativo. O município também é a capital com a maior malha cicloviária do país e a segunda maior da América Latina,

perdendo apenas para Bogotá, capital da Colômbia. Ao todo, são 361 km de ciclovias, incluindo os 150 km à beira-mar. A prefeitura tem como previsão chegar aos 450 km até 2016, ano dos Jogos Olímpicos no Rio.

Mas nem só de direitos são feitas as relações no trânsito. Ciclistas tam-bém precisam estar atentos aos seus deveres, para garantir a segurança. Alguns, até por desconhecimento, descumprem regras – às vezes na intenção de se proteger do tráfego. É o que alega o porteiro Júnior Ferraz. Ele se surpreende ao saber que seu hábito de pedalar na calçada não é permitido. "A semana de conscientiza-ção vai ajudar bastante o ciclista. Já vi amigos meus terem problemas, como carro se jogando em cima da bike ou não esperando na faixa. Mas o ciclista também precisa se conscientizar. Eu mesmo dou umas abusadas na hora da pressa", admite. Arquivo pessoal

O que o Código de Trânsito Brasileiro, instituído pela Lei Federal 9.503/97, diz sobre ciclistas:

• Bicicletas, assim como triciclos e handbikes, são consideradas veículos de propulsão humana, também chamados de ciclos;

• Os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, ambos, pelos pedestres;

• Ciclovia é uma pista separada do tráfego comum, já a ciclofaixa é uma parte da via destinada à circulação exclusiva de ciclos;

• A circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista, no mesmo sentido da via e em fila única;

• Compete aos órgãos públicos de trânsito promover o desenvolvimento da circulação e segurança dos ciclistas;

• Durante a manobra para entrar em outra via, o moto-rista deve ceder passagem a ciclistas e pedestres;

• Calçadas são para pedestres. Bicicletas só podem circular na calçada em casos previamente autorizados e sinalizados. Ciclista andando e empurrando sua bi-cicleta equipara-se a pedestre;

• O motorista deve dar preferência ao ciclista quando

o mesmo já estiver atravessando a via, ainda que o sinal abra;

• O carro deve manter a distância lateral de 1,5 metro ao passar ou ultrapassar bicicleta. "Tirar fina" é consi-derado ultrapassagem inadequada;

• Veículos não motorizados podem ultrapassar veículos parados ou em fila;

• Ciclistas não podem circular em vias de trânsito rápido, aquelas sem cruzamentos, acessos diretos a garagens e faixas de travessia;

• É proibido ao ciclista se equilibrar em uma só roda, transportar passageiro fora da garupa e circular sem ambas as mãos no guidom;

• Motoristas e passageiros têm a obrigação de olhar antes de abrir as portas do veículo;

• Estacionar em ciclovia ou ciclofaixa é infração grave, passível de multa e remoção do veículo;

• Ameaçar o ciclista com o carro é infração gravíssima, passível de suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo e da habilitação;

• São obrigatórios buzina, espelho e sinalização na frente, atrás, nas laterais e nos pedais da bicicleta.

Para Gabriel, campanhas podem garantir a boa convivência no trânsito

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Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 20146

CAPA

Todo artista tem que ir aonde o

povo está

H á três anos nascia a batalha do passinho. Idealizada por Júlio Ludemir, a batalha

começou em três favelas da Zona Norte, se expandiu para mais 16 comunidades, culminando em uma semifinal no Parque Madureira que reuniu 50 mil pessoas - maior público da história do local. Hoje, se prepara para chegar a Nova York. Apesar do caminho percorrido, Ludemir aponta alguns desafios para o desenvol-vimento da arte. “Acho que ainda falta profissionalizar os meninos. Temos que criar mecanismos para que esse jovem, que criou uma arte sensacional, possa sobreviver dela. Ele ainda sofre com preconceito”, explica Ludemir.

O fim da resistência que o movi-

mento ainda enfrenta e a ampliação do conhecimento a seu respeito po-dem estar em propostas aprovadas pela Assembleia Legislativa do Rio. Nesta legislatura, a arte amadora ga-nhou espaço entre os temas alvos de projetos, e o Parlamento sinalizou seu interesse nela ao derrubar, no final do ano passado, o veto do governador ao projeto que cria o Programa Pró-Arte Amadora. A proposta, da deputada Myrian Rios (PSD), transformou-se na Lei 6.526/14 que, embora ainda careça de regulamentação, prevê o incentivo do Estado às manifestações amadoras de teatro, música (popular ou erudita), dança, cinema, literatura, artesanato, entre outros. “Precisamos amparar os artistas com talento, mas sem espaço”, defende a parlamentar. A norma autoriza o Estado a definir critérios para as apresentações e a firmar parcerias com este objetivo.

Há também o projeto de lei 608/11, que poderá fazer com que espaços culturais administrados pelo Esta-do reservem 15 minutos antes dos espetáculos principais para apre-sentações de artistas amadores. A iniciativa, proposta pelo deputado

Waguinho (PMDB), recebeu o nome de Projeto Rio. “Acho o projeto ma-ravilhoso. É de espaço que o funk precisa no momento, porque abrirá portas na cidade formal para o mo-vimento”, destaca o idealizador da famosa batalha do passinho.

A intenção da proposta, segundo o autor, é abrir as portas e garantir público aos artistas que nunca ti-veram a oportunidade de se profis-sionalizar. “É para quem faz porque gosta, ou não consegue se sustentar com esse emprego e tem outra fonte de renda”, disse. Com a garantia de espaço, novos talentos poderão ser descobertos, renovando a cena cul-tural do estado.

Formado há cinco anos, o gru-po teatral Cinderela Doidona está habituado a enfrentar as dificulda-des impostas aos artistas amadores. Nascido no teatro Tablado, ele tem a filosofia de “praticar arte em qual-quer lugar”, como explica Marcela Rebel – um dos oito integrantes da companhia. Para ela, viver de cultu-ra no Brasil é “estar em um sistema de desigualdades”. Por isso, vê as propostas com bons olhos. “Oferecer

Propostas colocam os artistas amadores sob os holofotes, abrindo espaço para que mostrem seu trabalho

Batalha do passinho, nascida nas ruas, ganha visibilidade em apresentação no Teatro João Caetano, no Centro do Rio

Thaís barCellos e bárbara FiGueireDo

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7Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 2014

Dançarinos em apresentação da 'batalha do passinho'

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um espaço para grupos iniciantes, amadores ou profissionais terem uma oportunidade de mostrar a sua arte é sensacional ”, afirma. Enfrentando a falta de patrocínios, oportunidades e espaços para apresentação, eles acreditam que a norma possa ajudar na difusão de seu trabalho.

“É através da exposição do nosso trabalho que novas oportunidades são construídas. Sem ela, não temos como ter nosso esforço reconhecido, porque não ganhamos público”, avalia Vitor Fontes, cantor e guitarrista da banda Quarto do L. “Esse projeto de lei atrairá a atenção do público alvo. Acreditamos que é mais uma chance de vincular nossa produção a um excelente projeto, o que de fa-to contribui em muito para o nosso trabalho”, prevê o músico.

De alcance estadual, a proposta também dará a artistas de outros municípios a chance de estar sob os holofotes. Codiretora e preparadora de atores do Centro Experimental de Teatro e Artes da Baixada Fluminense (CETA), criado em 2006, Vânia Rocca espera que a norma possa levar os artistas a novos públicos. “A parti-

cipação nesses espetáculos trans-formaria o nosso trabalho em uma pequena referência para as pessoas, ampliando nossa abrangência para fora da Baixada”, acredita.

Sindicato apoia medida, mas faz ressalvas

Presidente do Sindicato dos Ar-tistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão do Estado do Rio (SATED/RJ) e produtor musical, Jorge Coutinho diz que a proposta é bem-vinda, mas com ressalvas: “O que contesto é você por uma apresentação antes de um espetáculo que ganhou um edital para estar ali”, explica ele, que sonha com a reabertura do projeto “Seis e Meia”, musical de sucesso na década de 70 onde pequenos teatros eram abertos para apresentação de amadores com o ingresso popular. “Todo mundo ia”, relembra. Coutinho explica ainda que, no teatro, o tempo de preparação para a estrutura é fundamental, por isso os espetáculos do “Seis e Meia”, que duravam cerca de uma hora e vinte minutos, teriam o formato ideal.

Apesar das divergências, a principal

luta do produtor musical – dar chance aos artistas e técnicos de mostrarem seu trabalho – coincide com o objeti-vo do projeto em tramitação na Alerj. Defendendo toda e qualquer forma de estímulo à cultura, ele acrescenta: “Temos que reinaugurar nossos museus e teatros, que estão fechados enquanto a categoria necessita de espaços para trabalhar. É esse o apelo que muitos fazem a mim”, conta.

O “Projeto Rio” estabelece que a produção dos artistas amadores tenha o tempo máximo de quinze minutos e não use espaços e instrumentos reser-vados ao espetáculo principal, de modo a não prejudicá-lo. Para garantir que as apresentações sejam bem recebidas, elas serão escolhidas de acordo com o gênero da apresentação principal, buscando equiparar categoria e estilo. Os critérios para escolha do artista a se apresentar serão estabelecidos quando o projeto estiver na Secretaria de Es-tado de Cultura (SEC-RJ), mas o depu-tado adianta que haverá um rodízio de artistas a ser definido no momento da regulamentação da norma, de forma a permitir a participação de pessoas de todas as cidades do estado.

Page 8: Jornal da Alerj 289

Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 20148

E como nem só em palcos se faz a arte amadora, tramita na Alerj o projeto de lei 1.730/12, que permite o livre acesso das manifestações culturais de artistas de rua no espaço público aberto, como praças, anfiteatros e largos. Para combater qualquer obstáculo às apresentações, o texto diz que as apresentações não precisam de prévia autorização, desde que cumpram alguns pré-requisitos, como a gratuidade (será permitida apenas a doação espontânea), inexistência de patrocínio e de estrutura. Elas também não podem obstruir o trânsito de veículos, a circulação de pedestres ou o acesso a prédios ou ultrapassar as 22h, como prevê a lei do silêncio.

Embora libere de autorização, o texto prevê que o poder público seja avisado sobre a manifestação artística, através de informação à região administrativa do local onde a apresentação acontecerá. A intenção, diz o texto, é permitir a organização do

uso do espaço compartilhado. Uma vez aprovada, a norma, assi-

nada pelo ex-deputado Robson Leite,

beneficiará apresentações musicais, de teatro, dança, capoeira, circo, de literatura, entre outras.

CAPA

Banda Quarto do L; em busca de um lugar ao sol

Divu

lgação

Comissão quer financiamento igualitário

Divu

lgação

A atriz Vania Rocca em ação

Dar espaço a todo tipo de manifestação cultural em todo o estado de forma igualitária é uma preocupação central da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Rio, ao apreciar o projeto da Lei Estadual de Cultura. O texto da nova lei, formulado pela Secretaria de Estado de Cultura (SEC), cria o Sistema e o Plano Estadual de Cultura, além do Programa Estadual de Incentivo à Cultura e da regulamentação do Fundo Estadual de Cultura. O projeto ainda não chegou à Casa, mas o colegiado já está adiantando o trabalho de análise e de discussão do texto com a sociedade para garantir que o texto final contemple todas as demandas do setor. O presidente do colegiado, deputado Zaqueu Teixeira (PT), destaca a importância da aprovação da lei, mas ressalta que todas as regiões e produções precisam ter os mesmos direitos. “Vamos buscar o aperfeiçoamento desse sistema a partir dessa oitiva da sociedade e daqueles que vivenciam a cultura no estado”, afirma Zaqueu.

Uma questão fundamental para a comissão é assegurar a distribuição dos recursos financeiros de forma ampla e igualitária. Segundo os debatedores, o financiamento, hoje, segue uma lógica comercial. O Estado renuncia 0,4% do montante do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do exercício anterior para ser aplicado em projetos culturais. As produções aprovadas em editais da SEC buscam as empresas contribuintes, que ganham incentivos fiscais, mas estas, a fim de dar visibilidade às suas marcas, costumam escolher os grandes projetos. A concentração na capital também é uma realidade histórica, deixando as importantes manifestações culturais do interior de fora.

Para aprofundar o debate, a comissão abriu dois canais de comunicação para o envio de sugestões: um e-mail ([email protected]) e a formação de um grupo de trabalho. O grupo, formado pela SEC, por instituições e agentes culturais e demais interessados, pretende discutir, durante o mês de julho, as principais deficiências identificadas no pré-projeto e propor emendas em agosto, com a chegada da mensagem do Executivo.

Arte também na rua

Page 9: Jornal da Alerj 289

9Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 2014

Osubsecretário de Es-tado da Casa Civil, José Cândido Muricy, apresentou no último

dia 30 o projeto de reforma do Parque Aquático Julio Delamare – local das competições de polo aquático nas Olimpíadas Rio 2016. Fechado desde a primeira quinzena do mês de maio para adaptações ao padrão internacional de competições, o parque foi tema de mais uma audiência pública da Comissão de Esporte e Lazer da Assembleia Legis-lativa do Rio (Alerj).

O projeto de reforma do equipa-mento prevê duas piscinas – sendo uma olímpica e a outra climatizada e coberta para aquecimento dos atle-tas – estacionamento para 150 carros, reparo da arquibancada para duas mil pessoas e a montagem de outra, móvel, com capacidade para mais três

mil. Haverá ainda uma área comercial, com restaurantes, lojas de artigos es-portivos, cinemas e uma academia. O projeto também causará uma intensa urbanização do entorno, trazendo a população de volta ao local. “O Parque Aquático Julio Delamare será adequado para receber as competições do polo aquático, atendendo às necessidades do Comitê Olímpico, e depois volta au-tomaticamente para a população, com toda a modernização”, aponta Muricy, informando que as obras começarão imediatamente após a Copa do Mundo e terminarão até julho de 2015.

Para o presidente da comissão, deputado Chiquinho da Mangueira (PMN), a audiência definiu questões importantes, como a apresentação do projeto, o caráter provisório da inter-dição e a manutenção das atividades que eram oferecidas no local. Durante o encontro, foi anunciado que clubes do entorno do Complexo Maracanã, como Riachuelo, Monte Sinai, Clube Municipal, São Cristóvão Imperial e a Vila Olímpica da Mangueira poderão ser alugados para realocação das atividades oferecidas pela Suderj. “Estamos, junto

ao Governo, conversando e encontran-do locais próximos ao Maracanã que atendam à população para que essas atividades ocorram”, declarou.

A manutenção das atividades foi a principal cobrança dos usuários do parque. Rosângela Passos, moradora do bairro do Maracanã e frequentadora das aulas de natação no parque há 15 anos, lembrou que a mesma promessa foi feita na ocasião dos preparativos para os Jogos Panamericanos de 2007. “Temos a promessa do Governo que teremos clubes da região que serão alugados para receber nossas atividades durante o período das obras, mas no Pan isso também foi prometido e não aconteceu. Só com a intervenção da comissão que tivemos nossas necessidades ouvidas pelos representantes do Governo, que até então estava tocando a reforma de maneira arbitrária”, conta.

A próxima reunião da Comissão de Esporte e Lazer está marcada para agosto, e tratará do projeto de reconstrução do Estádio de Atletismo Célio de Barros. O deputado Roberto Dinamite (PMDB) também participou da audiência.

Projeto do Júlio Delamare é apresentado à Comissão de Esporte

Fabiano Veneza

A hora e a vez do Parque AquáticoCOMIssãO

Fábio PeixoTo

Chiquinho da Mangueira discute o projeto

Page 10: Jornal da Alerj 289

Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 201410

Com oito anos de idade, a carioca Júlia Carolina Antunes se perdeu dos pais em um posto de ga-

solina. A menina havia ido ao banheiro com a mãe, mas na hora de voltar para o carro, se distraiu com outra criança e se perdeu. Os pais seguiram viagem achando que a filha estava no carro.

“Andamos cerca de 200 km até per-cebermos que a Júlia não estava com a gente. Lembro que a minha esposa se virou para falar alguma coisa com ela e ninguém respondeu. Ficamos desespe-rados. Na mesma hora fizemos o retorno e voltamos para o posto”, conta o pai da menina, Renilson de Oliveira.

Histórias de pais que perdem os filhos em supermercados, shoppings e praias multiplicam-se todos os dias. Segundo dados do Instituto de Segu-rança Pública (ISP), de novembro de 2013 a janeiro de 2014 foram registrados 1.500 desaparecimentos de adultos e crianças no Rio. Garantir a tranquilidade dos pais é a intenção da Lei 6.719/14, que a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) garantiu ao derrubar um veto do governador. A norma, do deputado Luiz Martins (PDT), cria o programa Pulseira Legal, que distribuirá pulsei-ras de identificação em postos da orla, shoppings, áreas de lazer, parques e demais locais com grande circulação de crianças. “Sabemos do altíssimo número de crianças que somem da vista de seus pais ou responsáveis. A iniciativa ajuda a diminuir a angústia dos pais”, explica o deputado. O programa deve ser imple-mentado pela Secretaria de Estado de Segurança (SESEG) em conjunto com as prefeituras.

A ideia de identificar os filhos atra-vés de pulseirinhas já tem sido usada

Lei garante distribuição de pulseirinhas de identificação para crianças

LEGIsLAçãO

Passeio seguro

Fernanda Galvão

buanna rosa

Gabi e a mãe Emília: segurança para os pais e a liberdade para a menina

pelo carioca Marcelo Simões. Na última viagem da família à Disney, nos Estados Unidos, ele confeccionou o artigo para garantir a segurança da filha, Gabriela, de seis anos. A pulseira tinha seu no-me, o telefone dos pais e o contato do hotel onde eles estavam hospedados. “Essa foi à maneira que encontramos de deixarmos ela à vontade pelo parque. Ficávamos atentos, mas, como crianças sempre nos surpreendem, garantimos dessa forma a nossa tranquilidade. Com certeza a pulseira será levada em outras viagens”, garantiu.

Criança desaparecida:

A lei estadual 6737, de 1o de abril de

2014, de autoria do deputado Marcelo Freixo (Psol), cria o Cadastro Estadual de Crianças Desaparecidas. A norma estabelece que o cadastro contenha as características físicas e dados pessoais de crianças e adolescentes, cujo desa-parecimento tenha sido registrado em órgão de segurança pública federal ou estadual em território fluminense.De acordo com o deputado, atual-mente cerca de 50 mil crianças de-saparecem por ano no Brasil, e 15% permanecem sem paradeiro definido. O cadastro estadual pretende ampliar o índice de êxito das investigações policiais, além de contribuir para a criação de um Cadastro Nacional de Crianças Desaparecidas.

Page 11: Jornal da Alerj 289

11Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 2014

A Assembleia Legislati-va do Rio (Alerj) apro-vou nno último dia 26, em discussão única, o

projeto de lei 2.912/14, que contém as diretrizes para a elaboração do projeto de Lei Orçamentária Anual para 2015. Enviada pelo Poder Exe-cutivo, a proposta da chamada Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) foi aprovada com a adição de 549 emendas parlamentares.

Em plenário, duas emendas an-teriormente rejeitadas pelo parecer da Comissão de Orçamento, Fis-calização Financeira e Controle da

Casa puderam ser aprovadas. Uma, do deputado André Ceciliano (PT), cria o orçamento impositivo, tornando obrigatório o atendimento das emen-das parlamentares. A emenda destina 0,5% da receita líquida para esta fi-nalidade. Outra emenda, do deputado Gilberto Palmares (PT), diz que 2,5% do Fundo de Combate à Pobreza (Fe-cp) deve ser empregado no combate à tuberculose. Palmares também assina emenda, aprovada anteriormente, que garante a realização de audiências públicas para discussão da proposta de lei orçamentária.

A Comissão de Orçamento, Fis-calização Financeira e Controle da Alerj assina uma das principais emendas aprovadas: a que incluiu no orçamento demonstrativos de despesas nas áreas de mobilidade urbana e saneamento ambiental. Em discussão anterior, o plenário

também incluiu no texto emenda do deputado Comte Bittencourt (PPS), que prevê a aplicação mínima de 6% da receita tributária líquida às universidades estaduais.

A norma aprovada pela Alerj traz as regras nas quais o Governo do estado se baseará para a elaboração do projeto de Lei Orçamentária Anual, que o Poder Executivo envia ao Parlamento anualmente no final de setembro. Em seus anexos, traz a previsão de receita de R$78,1 bilhões para 2015. As fontes principais são o ICMS/ICM, cuja arrecadação deverá atingir R$37,7 bilhões, e os royalties de petróleo, que as projeções do texto calculam em R$8,8 bilhões. O projeto segue para a sanção do governador Luiz Fernando Pezão com a inclusão de 549 emendas – 495 na íntegra e 54 subemendas. A Casa rejeitou as 100 emendas.

Alerj aprimora e aprova diretrizes para aumento de 2015

Orçamento planejado

FernanDa PorTo

LDOFabiano Veneza

Deputados votam em plenário o projeto do Governo com as metas

do orçamento estadual de 2015

Page 12: Jornal da Alerj 289

Rio de Janeiro, 16 a 30 de junho de 201412

Criada em 1981 com a finalidade de preservar o ecossistema local, a Re-serva Biológica Estadual

da Praia do Sul acabou se tornando uma ameaça para a população caiçara que há gerações habita a paradisíaca praia de Aventureiro, na Ilha Grande, Costa Verde do estado. Como este tipo de unidade de conservação não permite a presença humana, as cerca de 200 pessoas que residem no local, que é também a base de sua pesca e plantio de subsistência, passaram a habitantes indesejáveis e ilegais.

Pôr fim ao impasse de mais de 30 anos é o objetivo do deputado Carlos Minc (PT), que assina a lei 6.793/14. Ela cria a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Aventureiro, área em que a ocupação de populações tra-dicionais é autorizada. “Eles continua-ram lá ilegalmente, porque ninguém os

tirou, mas sem direito nenhum. Essa nova reserva será protegida, não pode ter especulação imobiliária, mas nela o caiçara pode viver, e agora voltando à legalidade”, argumenta. A criação da reserva retirou 2,7% da área de prote-ção original, mas , de acordo com o Minc, os 97% restantes permanecem com o mesmo status anterior. “Meio ambiente não é só árvore, eles fazem parte do ecossistema humano. No fundo, a gente legaliza uma situação que nunca deveria ter sido incorporada há trinta anos. Não fazer isso signifi-cava expulsar dezenas de famílias de lá”, defende.

Enquanto a redução da reserva biológica vai fornecer a porção terrestre da RDS do Aventureiro, a porção mari-nha virá da recategorização do Parque Estadual Marinho do Aventureiro, onde será admitida apenas a pesca de caráter artesanal, característica dos povos caiçaras. A gestão da re-serva de desenvolvimento sustentável será compartilhada entre os próprios moradores e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Segundo o órgão, que ainda definirá um plano de manejo para a região, a lei ajudará a conciliar

a preservação dos ecossistemas locais com a cultura caiçara, valorizando os modos de vida tradicionais.

De acordo com o presidente da ONG Comitê de Defesa da Ilha Grande (Codig), Alexandre Guilherme de Oliveira, a mudança teve amplo apoio de cientistas sociais. “Com a lei, os caiçaras vão poder pescar, fazer suas rotas, tudo dentro dos limites pré-estabelecidos. E mais: agora existe um conselho que afirma que eles são ‘donos de seus narizes’. Apesar de morarem em um espaço público, do governo, eles têm direito de permanecer nela, além de uma série de garantias. Eles estão prontos para retomar a vida com as liberdades que perderam nos anos 1980 por um equívoco”, afirma.

O texto da lei define como po-pulação beneficiária da reserva as pessoas que já residiam no povoado do Aventureiro na época de criação da Reserva Biológica da Praia do Sul, os descendentes dessas mesmas pessoas e as que são casadas ou vivem em regime de união estável com alguém desse grupo. A proposta também proíbe novas construções na RDS do Aventureiro.

Lei preserva comunidade caiçara da paradisíaca praia de Aventureiro

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ECOLOGIA

luCas lima e isabela Cabral

Rafael Wallace

No detalhe, barco sendo contruido na comunidade

caiçara em Aventureiro

Aventureiro e trabalhadorDivulgação