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JORNAL DA ALERJ Importância do trabalho do Grupo pela Vidda é destaque na entrega da Medalha Tiradentes PÁGINA 12 Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro | Ano XII - N° 287 – Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2014 FECHAMENTO AUTORIZADO. PODE SER ABERTO PELA ECT Rafael Wallace Saúde à mesa Iara Pinheiro Deputados discutem projetos para incrementar segurança em relação aos alimentos vendidos no comércio PÁGINA 6 a 8

Jornal da Alerj 287

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Publicação quinzenal, que apresenta ao cidadão notícias referentes ao dia a dia do Parlamento, com o trabalho dos deputados e os principais eventos da Casa.

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JORNAL DA ALERJ

Importância do trabalho do Grupo pela Vidda é

destaque na entrega da Medalha Tiradentes

PÁGINA 12

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro | Ano XII - N° 287 – Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2014

fechamento autorizado. pode ser aberto pela ect

Rafael Wallace

Saúde à mesa

Iara Pinheiro

Deputados discutem projetos para incrementar segurança em relação aos alimentos vendidos no comércioPÁGINA 6 a 8

Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 20142

Dep. Thiago Pampolha (PTC), sobre as charretes da ilha de Paquetá

Curta nossa páginano Facebook:

Dep. Luiz Martins (PDT), sobre incentivo a campanhas de doação de sangue, órgãos, medula óssea e demais tecidos

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fRAsEs

JORNAL DA ALERJhttp://bit.ly/jornalalerj

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Ouça as sonoras dos deputados

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“ É uma maneira de aumentar o no de doadores, uma vez que as empresas irão conscientizar seus funcionários”

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Reserva de assentosVOcê sAbIA?

Acompanhantes de pessoas com deficiência física têm direito a reserva de assento em teatros, cinemas, casas de show e espetáculos no Estado do Rio de Janeiro. A lei 6.775/14, que garante o benefício, é de autoria da deputada Clarissa Garotinho (PR). A norma garante ao acompanhante um lugar ao lado do espaço para o espectador com deficiência e estende ao acompanhante o direito a eventuais promoções no preço do ingresso. “Muitos centros culturais já reservam espaços exclusivos para pessoas com deficiência, mas isso não é suficiente. Como não conseguem se movimentar sozinhos, muitos deficientes dependem do auxílio de um acompanhante, de alguém da família, um profissional de saúde ou um cuidador”, justificou Clarissa. Se não cumprir a lei, o infrator será punido de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, que prevê desde a aplicação de multa à imposição de contrapropaganda.

*As mensagens postadas em mídias socias são publicadas sem edição de conteúdo.

MíDIAs sOcIAIs

Foi anunciado em audiência pública na ALERJ, que já está em fase final de conclusão o portal na internet que viabilizará permutas

e permitirá que os militares trabalhem mais perto de suas residências.

Everton Paulofacebook.com/

everton.paulo.9465?fref=nf

Dia 26/0519:29

macalecoinstagram.com/macaleco

Dia 24/05

A extinção desses trabalhos depende do prefeito, mas nos

posicionamos contrários à continuidade da tração animal

http://j.mp/1jmAeR8

Dep. Thiago Pampolha@ThiPampolha

Dia 20/0510:39

Roberto Schneider@BetoSchneider

A Frente Parlamentar Pró-Adoção realizou uma passeata, na orla de

Copacabana, pra chamar pro tema: http://ow.ly/i/5GRe2

Dia 26/0506:52

PresidentePaulo Melo

1º Vice-presidenteEdson Albertassi

2º Vice-presidenteRoberto Henriques

3º Vice-presidenteGilberto Palmares

4º Vice-presidenteRafael do Gordo

1º SecretárioWagner Montes

2º SecretárioGraça Matos

3º SecretárioGerson Bergher

4º SecretárioJosé Luiz Nanci

1o SuplenteSamuel Malafaia

2o SuplenteBebeto

3º SuplenteAlexandre Corrêa

4º SuplenteThiago Pampolha

JORNAL DA ALERJPublicação quinzenal da Subdiretoria Geral de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Jornalista responsável: Luisi Valadão (JP-30267/RJ)

Editor-chefe: Fernanda Galvão

Coordenação: Fernanda Porto

Equipe: André Nunes, Buanna Rosa, Marcelo Dias, Marcus Alencar, Symone Munay e Vanessa Schumacker

Editor de Arte: Mayo Ornelas

Edição de Fotografia: Rafael Wallace

Secretária da Redação: Regina Torres

Estagiários: Bárbara Figueiredo, Eduardo Paulanti, Fabiane Ventura, Fábio Peixoto, Gabriel Deslandes, Iara Pinheiro (foto), Isabela Cabral, Lucas Lima, Thais Barcellos, Vinicius Vasconcellos (foto), Yago Barbosa (foto)

Telefones: (21) 2588-1404 / 1383 Fax: (21) 2588-1404Rua Primeiro de Março s/n, sala 406Palácio Tiradentes - CentroRio de Janeiro/RJ - CEP 20.010-090

Email: [email protected]/alerjwww.facebook.com/assembleiarjwww.alerjnoticias.blogspot.comwww.facebook.com/radioalerj

Impressão: Imprensa OficialPeriodicidade: quinzenalTiragem: 5 mil exemplares

ExPEDIENtE

“A extinção desses trabalhos depende do prefeito, mas nós, junto com a Secretaria Especial de Defesa dos Animais, nos posicionamos contra a continuidade da tração animal”

“A escola é célula formadora de cidadãos. Portanto, tem o dever e a necessidade de discutir questões relacionadas aos idosos”Dep. Marcus Vinicius (PTB), sobre inserção nas escolas de conteúdo sobre a terceira idade

Jogue suas mãos para o céu...

3Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2014

O presidente da Assem-bleia Legislativa do Rio de Janeiro, de-putado Paulo Melo

(PMDB), promulgou no último dia 21 a Emenda Constitucional 57, que limita em cinco anos o prazo para que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) abra investigações contra ex-gestores públicos. Além disso, o texto determi-na que governadores e prefeitos terão dez dias para fornecer documentos e informações a seus antecessores, caso estejam respondendo ao tribunal.

A emenda prevê, ainda, que os atuais governantes responderão solidariamente — e sofrendo as mesmas penalidades — em processos abertos contra seus predecessores, se não atenderem aos pedidos de informação. A promulgação foi anunciada no plenário, em sessão assistida pelo presidente do TCE,

Jonas Lopes de Carvalho Júnior, e 11 prefeitos, entre eles Alessandro Calazans (Nilópolis), Branca Motta (Bom Jesus de Itabapoana) e Juedyr Orsay (Miracema).

“Conheço um caso de um ex-prefeito de Saquarema, Carlos Campos da Silveira. Ele faleceu há dez anos e o TCE abriu um processo 16 anos depois da sua gestão. Hoje, a mulher dele está para perder a casa onde mora porque a dívida está sendo executada. Se até um criminoso tem direito à prescrição

de pena, não é injusto que um ex-gestor seja averiguado 20 anos depois, quando já não tem documentos e nem a memória para mostrar o que possa ter ocorrido?”, avaliou Melo, um dos autores do texto, ao lado de Luiz Paulo (PSDB), André Corrêa (PSD), Edson Albertassi (PMDB), André Ceciliano (PT) e Comte Bittencourt (PPS).

Para o presidente do TCE, a emenda tornará os processos administrativos mais rápidos. “Essa emenda dará mais agilidade aos nossos processos e obrigará os prefeitos a colaborarem com os ex-prefeitos no fornecimento de dados. Isso vai resultar em um ganho para a sociedade.”, afirmou.

Prefeito de Nilópolis, Alessandro Calazans concordou com a medida. Em sua opinião, a emenda corrige injustiças e inibiria até tentativas de sabotagem, por parte de adversários políticos. “Os ex-prefeitos e os prefeitos ficarão mais protegidos contra atos ilegais. Além disso, pode ter havido gestores de correntes políticas diferentes, um criando dificuldades para o outro obter as informações pedidas. A emenda nos responsabilizará também por isso”, analisou Calazans.

Marcelo Dias

Alerj promulga emenda que muda regras para defesa de gestores no TCE

Investigação mais ágilcONtAs

Iara Pin

heiro

O presidente Paulo Melo conduz sessão de promulgação da emenda constitucional que altera defesa de gestores

Yago Barbosa

Jonas Lopes acredita que a emenda será benéfica para a sociedade

Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 20144

Despejo de lixo monitorado

sERVIÇO

Com o rastreamento por GPS, o Estado fiscalizará melhor o destino do lixo

5Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2014

Entendendo o problema

O prazo para que todo o lixo produzido no país seja descartado adequadamente é 2 de agosto deste ano, quando a Lei 12.305/10, que tirou do papel a Política Nacional de Resíduos Sólidos, completará quatro anos. A partir daí, os resíduos que não servirem para reciclagem terão que ser despejados em aterros sanitários.

A política prevê a redução na geração de resíduos, baseando-se em hábitos de consumo sustentável e um conjunto de medidas para permitir o aumento da reciclagem e da reutilização do lixo sólido e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos. A lei também nivela o Brasil com países desenvolvidos no que se refere ao marco legal e inova com a inclusão de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis em todo esse processo, que ainda engloba a prática de logística reversa — com a devolução de vasilhames retornáveis, como cascos de bebida, por exemplo — e de coleta seletiva.

Um dos principais resultados da lei federal foi a elaboração de planos — nacional, estaduais e municipais — de gestão destes resíduos. O plano do Estado do Rio, que começou a ser elaborado antes mesmo do federal, traz oito consórcios públicos que descentralizam e abrandam a responsabilidade das cidades, que passam a cooperar na garantia do serviço.

O estado também criou o programa Lixão Zero, que acabará com estes locais onde o lixo é despejado sem qualquer cuidado com o meio ambiente. Nos aterros, o solo é protegido, com o chorume tratado e o gás metano liberado pelo lixo captado para geração de energia. Esses centros de tratamento de resíduos (CTRs) contam com uma unidade de triagem de material reciclado, outra de tratamento de lixo hospitalar e aterros sanitários para a destinação final de resíduos sólidos.

Hoje, o Rio de Janeiro possui apenas dois lixões oficiais — ambos em vias de extinção —, mas há muitos espaços clandestinos que recebem os resíduos a uma taxa menor do que a cobrada pelos aterros sanitários. Com o monitoramento por GPS, esse despejo ilegal será mais facilmente combatido pelo poder público.

O s caminhões de lixo poderão ser monitorados por satélite em todo o

estado. Segundo o projeto de lei 3.038/10, do deputado Carlos Minc (PT), a ideia é evitar o despejo incorreto por empresas de remoção e transporte de resíduos. Para isso, a proposta prevê a instalação de rastreadores eletrônicos com sistema de posicionamento global (GPS) nesses veículos para acompanhar o escoamento do material.

Aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio no último dia 22, o projeto aguarda a sanção do governador Luiz Fernando Pezão. “O sistema permite calcular, planejar e monitorar a velocidade, os traçados e rotas, bem como avaliar a origem e o destino de todos os tipos de resíduos que possam ser considerados lixo”, explica o parlamentar, acrescentando que a tecnologia aperfeiçoa o serviço, impedindo o despejo clandestino e facilitando a sua fiscalização.

O projeto foi inspirado em denúncia do carioca Ronaldo Tavares, morador

do bairro da Saúde, na capital. Ele conta que viu, no início de 2010, um caminhão jogando lixo em um esgoto a céu aberto perto de sua casa — em vez de levá-lo para aterro sanitário: “Na hora, percebi que isso era errado e decidi denunciar. O deputado comprou a ideia e propôs esse projeto de lei”.

A proposta abrange empresas responsáveis pela coleta do lixo doméstico, hospitalar e industrial. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública de Resíduos Especiais (Abrelpe), são coletados no Estado do Rio cerca de 20 toneladas de lixo por dia. Pelo texto, quem contratar o serviço de remoção e transporte de resíduos receberá uma senha para o rastreamento do despejo no local determinado.

Em caso de contrato com a administração pública, além do acesso ao rastreador, as empresas de coleta de lixo deverão fornecer mensalmente o extrato da rota de seus caminhões. Na Cidade do Rio de Janeiro, a fiscalização ficará a cargo da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).

Para o superintendente de polí-ticas de saneamento da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), Vic-tor Zveibil, o desafio do método do

projeto será a sua interiorização. “A capital vai fazer a parte dela, mas é preciso que os outros 91 municípios se estruturem para tal”, argumenta Zveibil, que elogiou a iniciativa. “A proposta é importante e aponta as responsabilidades do contratante e do contratado. Isso é muito positivo”, aponta.

Sendo sancionada, a norma con-cederá 180 dias para adaptação das empresas. As punições irão variar de multas de R$ 50 a R$ 50 milhões, como prevê a lei federal 9.605/98, que trata das penalidades para crimes ambientais.

Buanna rosa e isaBela caBral

Projeto propõe rastreamento por satélite para caminhões de transporte de resíduos

Minc: proposta reduzirá despejo em lixões irregulares

Rafale W

allace

Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 20146

cAPA

Segurança alimentar no cardápio do dia

Após comer um pastel, a vigilante Maria da Conceição de Almeida passou dias de desconforto. “Foi dor de barriga em seguida. Fui para a academia e passei mal na hora”, relembra.

O lanche feito na rua despertou a atenção diária de Maria. “Uma vez, vi uma funcionária usando o mesmo pano para limpar o chão e o balcão na lanchonete. Comecei a ver que os atendentes sequer lavam as mãos”. O cuidado e desconfiança também fazem parte do cotidiano da servente Antônia Cristina da Costa, que já teve fortes dores no estômago e vômito por causa de comida estragada comprada em um supermercado: “Agora, sempre observo a validade dos produtos e, nos freezers de iogurte e requeijão, coloco sempre a mão pra ver se está gelado mesmo. Vejo venderem esses produtos na rua sem refrigeração nenhuma. Isso é um perigo”.

A importância da segurança alimentar é tanta que já é abordada pela Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílio (Pnad), do IBGE, e com frequência, na Assembleia Legisla-tiva. Recém chegada da Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor, a deputada Cidinha Campos (PDT) apresentou projetos de lei para corrigir falhas observadas pela fiscalização da secretaria no cuidado com os alimentos.“Fiquei chocada ao constatar que até em um supermercado do Leblon, o bairro mais caro do país, a carne moída era estragada. A prática era despejar sangue na carne velha para dar a ela uma cor normal, de carne de boa qualidade”, explica.

Um dos projetos (2.920/14) proíbe a venda de carne previamente moída por conta do risco gerado por sua exposição ao ar. O segundo (2.963/14), altera a Lei 6.736/14, que obriga restaurantes a quilo a oferecer aos seus clientes protetores para utensílios de mesa. Para a deputada, esses estabelecimentos estariam mais suscetíveis à contaminação de alimentos.

Alerj discute medidas para garantir qualidade de alimentos vendidos pelo comércio

eDuarDo Paulanti e lucas liMa

Rafale W

allace

Experiência em secretaria motivou a apresentação de propostas sobre segurança alimentar por Cidinha Campos

7Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2014

Segurança alimentar no cardápio do diaCuidado, sempre!

Segundo a coordenadora da Superintendência de Vigilância Sanitária e Fiscalização Sanitária em Alimentos da Prefeitura do Rio, Nádia Maria Proázio, os cuidados tomados ao comprar alimentos determinam em grande parte a possibilidade de comer sem riscos: “Não é possível preparar refeições saudáveis a partir de ingredientes que não são. Por isso, é importante a escolha correta de um comércio ou fabricante”.

A coordenadora alerta que as doenças transmitidas por alimentos são caracterizadas geralmente por falta de apetite, náuseas, vômitos ou diarreia, que podem ser acompanha-dos de febre. Essas enfermidades podem ser causadas por toxinas, bactérias, vírus ou parasitas.

“Os alimentos de maior risco são os proteicos, não-ácidos e perecíveis, como peixes, mariscos, carnes vermelhas e de ave, ovos ou leites não-pasteurizados. Os mais vulneráveis são crianças, idosos, mulheres grávidas e pessoas doen-tes”, explica Nádia, acrescentando que as infrações mais frequentes são falta de higiene nas instalações, na mani-pulação, acondicionamento, conservação, armazenamento e transporte de alimentos; distribuição e venda de comida imprópria para o consumo; e temperatura inadequada para conservação de produtos.

Além da temperatura e da data de validade, um cuidado apontado pelo gastroenterologista Bernardo de Carvalho, do Hospital Federal dos Servidores do Estado, é o cuidado com alimentos fatiados, como presunto, queijo e peito de peru.

"Peça sempre que eles sejam cortados na hora para ter mais segurança. Isso também vale para a carne, pois apre-sentam risco de contaminação grande. No caso da carne suína, o verme pode até se alojar no cérebro, causando muitos problemas”. Outra dica é evitar comer alimentos crus em lugares de "qualidade duvidosa", principalmente carnes e molhos à base de maionese.

Fiscalização também pelos clientes

A Comissão de Segurança Alimentar da Alerj tam-bém realiza ações de fiscalização em restaurantes e supermercados para analisar a qualidade de estabele-cimentos e dos alimentos comercializados. Sanciona-da em outubro, a Lei 6.551/13, criada pelo colegiado, garante aos clientes o direito de visitar a cozinha de restaurantes, lanchonetes e congêneres, sempre acom-panhados de um funcionário do lugar.

Caso o usuário encontre algum problema, poderá denunciá-lo à própria comissão. “Nossas visitas são realizadas através das reclamações que recebemos pelo ‘Disque Segurança Alimentar’ (0800-282-0376). O trabalho feito em parceria com a sociedade é sempre mais eficiente”, afirma a deputada Lucinha (PSDB), presidente do grupo.

Cuidado no manuseio dos alimentos evita casos

de intoxicação

Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 20148

A Superintendência de Vigilância e Fiscalização Sanitária em Alimentos listou alguns cuidados que o consu-midor pode tomar na hora de escolher e conservar os alimentos, assim como ao se servir em um restaurante. Ações simples, que, de acordo com o órgão, reduziriam drasticamente os casos de intoxicação.

O cuidado nos mercados deve co-meçar na avaliação do ambiente em que estão dispostos os produtos. As condições de higiene de pisos, pare-des, teto, bancadas e equipamentos de conservação devem ser levados em conta, assim como sinais da presença de insetos e roedores.

O cliente também deve estar atento à iluminação do local — fun-damental para a leitura dos rótulos — e ao asseio dos funcionários que manipulam os produtos.

Embalagens violadas, latas estufa-das ou amassadas, datas de validade vencidas e conservas com líquido turvo são razões mais do que suficientes para a rejeição do produto. O consumidor ainda deve evitar manter aberta a porta do freezer nos mercados e não deixar alimentos congelados por muito tempo em cestos e carrinhos — deixando-os

para o final da compra. Nos restaurantes, a atenção deve

ser mantida. Limpeza do ambiente e dos utensílios e a existência de lava-tório para as mãos são essenciais. Os cuidados também incluem medidas impostas pela legislação, como a oferta de canudos embalados individualmente e condimentos em sachês ou embala-gem original.

Além disso, é preciso redobrar a

atenção ao gelo: a abertura central no cubo ou cilindro indica o uso de água filtrada.

Na rua, só aceite sucos preparados na hora, observe se as saladas estão em balcões refrigerados e se os funcionários usam redes de proteção para os cabelos, para que não caiam na comida. E — mais importante — não se esqueça de que leis garantem seu acesso irrestrito às cozinhas dos estabelecimentos.

cAPA

Cliente deve observar disposição de produtos no mercado

Outras leis e projetos sobre o tema

Lei 5.555/09, da Comissão de Segurança Alimentar, que obrigou a publicação mensal do cardápio da merenda nos refeitórios de todas as unidades escolares da rede estadual;

Lei 5594/09, também da Comissão de Segurança Alimentar, criou o Sistema e a Política estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável;

Lei 5.660/10, da ex-deputada Sula do Carmo, que torna obrigatória, para todos os restaurantes, lanchonetes e congêneres, a afixação de cartazes com o número do telefone do “Disque Segurança Alimentar da Alerj;

Projeto de Lei 1.065/11, do deputado Átila Nunes (PSL): o texto propõe tornar obrigatória a informação da quantidade de cloreto de sódio e seu percentual em relação à dose diária para consumo humano em rótulos e embalagens;

Projeto de Lei 486/11, do deputado Átila Nunes, torna obrigatório o uso de embalagens indevassáveis para molhos e temperos de mesa em bares, restaurantes, padarias, lanchonetes e estabelecimentos similares;

Lei 366/11, do deputado Márcio Pacheco (PSC), inclui o Dia Estadual da Alimentação Saudável (16 de outubro) no calen-dário oficial do estado. A celebração incluirá palestras, seminários e outras ações de estímulo à alimentação saudável;

Projeto de Lei 1.394/12, do deputado Luiz Martins (PDT), que proíbe o uso do corante Caramelo IV ou INS 150D no estado. Segundo estudos o corante pode ser um fator decisivo no desenvolvimento de alguns tipos de câncer.

Antônia Cristina já passou mal por comer alimento comprado em mercado

Yago Barbosa

9Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2014

Pessoas a partir de 60 anos agora terão direito a atendimento preferencial nas agências bancárias

do estado. Criada pela deputada Claise Maria (PSD), a Lei 6.771/14 reduz o limite de idade para se obter o benefício — antes, limitada a quem tinha 65 anos ou mais — e adequa a legislação estadual ao que diz o Estatuto do Idoso, alterando a Lei 4.223/03, que trata do atendimento nas agências bancárias. Pela norma, o controle de atendimento será feito por senhas numéricas.

“Buscávamos saber se o aten-

dimento preferencial, com oferta de assentos, estava sendo seguido e notamos que os anúncios da lei estavam com a idade de 65 anos, contrariando o estatuto”, explicou a parlamentar, que preside a Co-missão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso.

Dados do Censo de 2010, do IBGE, revelaram que a proporção de idosos nos municípios brasileiros teve um crescimento generalizado nos últi-mos dez anos. O percentual de pes-soas com mais de 60 anos aumentou de 8,6%, em 2000, para 10,8%, em 2010. Em 78 cidades, essa parcela já representa 20% da população, ou seja, uma em cada cinco pessoas chegou à terceira idade.

Décio Luiz de Carvalho, de 61 anos, já utilizou a fila preferencial e conta que a ida ao banco ficou mais agradável. “As filas de atendimento prioritário são bem mais vazias e

rápidas. Eu costumo levar de dez a 15 minutos para ser atendido. Antiga-mente, levava no mínimo meia hora. Agora, por exemplo, acabei de sair do banco e levei apenas oito minutos para ser atendido”, atesta Décio.

Lei estende aos maiores de 60 anos o benefício do atendimento preferencial em agência bancárias

Buanna rosa

Fotos:Rafale W

allace

Discrepância entre norma estadual e Estatuto motivou nova lei, diz Claise

LEGIsLAÇÃO

Benefícioampliado

Aos 61 anos, Décio elogia a lei, que já o beneficiou: tempo poupado

Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 201410

Aentrada no mercado do contraceptivo de emergência conhecido como “pílula do dia

seguinte”, na década passada, causou uma comoção quase tão grande quanto sua antecessora de uso regular causou nos anos 1960. As mulheres se viram diante da possibilidade até então impensável de evitar a fecundação em caso de descuido. Com o tempo, essa facilidade levou ao uso indiscriminado de um medicamento que pode causar danos à saúde. E é isso o que pretende impedir a Lei 6.748/2014, que fará farmácias e postos de saúde a instalar alertas contra os efeitos colaterais do uso da pílula.

"Em pesquisas feitas recentemente, quase metade das pacientes das unidades básicas de saúde não conheciam os riscos do uso indiscriminado da pílula, que contém altas doses hormonais. Apenas 13% delas sabiam que o remédio só deve ser tomado em casos de emergência”, justifica o autor da norma, deputado Luiz Martins (PDT).

Para ilustrar a questão, o vice-presi-dente da Associação de Ginecologia e

Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro, Hugo Miyahira, realça a potência dos estragos que a pílula pode provocar: “A pílula do dia seguinte pode conter 20 vezes mais dose hormonal do que a anticoncepcional comum. Ela só deve ser tomada em casos de exceção”.

Sem querer se identificar, a univer-sitária X., de 24 anos, conta que viveu as consequências da desinformação. Na adolescência, chegou a ingerir quatro pílulas no período de um mês. “Tive um desequilíbrio hormonal enorme. Fiquei seis meses menstruando em dias e semanas diferentes. As dores de cabeça e as cólicas eram muito fortes. Foi traumático. Nunca mais a tomei e não recomendo para ninguém, a não ser em uma emergência”, diz ela.

Pela lei, o cartaz de aviso deve dizer o seguinte: “O uso da pílula do dia se-guinte, poderá causar náuseas, diarreia, mudanças de humor e alterações no ci-clo menstrual. O medicamento é contra indicado para mulheres hipertensas ou que tenham problemas vasculares”.

Medida tenta frear uso indiscriminado de

medicamento após sexo desprotegido

Rafael Wallace

FaBiane Ventura e thiago Manga

Lei cria alerta sobre efeitos colaterais do uso da pílula do dia seguinte

Rafale W

allace

Martins defende maior informação

PREVENÇÃO

AlERTA ANTES DO DIA SEGUINTE

11Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 2014

A atuação de taxistas pi-ratas e de carros par-ticulares a serviço de hotéis na capital foram

duas das principais queixas de moto-ristas e cooperativas de taxi durante a audiência pública realizada pela Comissão de Transportes da Assem-bleia Legislativa do Rio. O encontro, no último dia 27, foi conduzido pelo vice-presidente do grupo, deputado Dionísio Lins (PP). “Hoje, temos de quatro a seis mil táxis piratas circu-lando com relógio e tabela fantasmas. Os profissionais regularizados estão

sofrendo com a concorrência desleal”, disse o parlamentar.

As denúncias foram encaminha-das ao promotor Marcelo Fabiano, do Ministério Público, que partici-pou da audiência. “As queixas serão encaminhadas aos promotores com atribuição para a devida investigação. Depois, havendo a necessidade, será instalada uma ação penal para conter esses abusos”, explicou ele.

Segundo o taxista Henrique Dutra Câmara, da cooperativa Royalcoop, hotéis da Barra da Tijuca e da Zona Sul do Rio utilizam carros particulares para o transporte remunerado de hóspedes. “Direitos estão sendo violados na nossa cidade. Muitos desses carros circulam sem seguro, vistoria ou higienização, e com pessoas não habilitadas condu-zindo. Isso configura o exercício ilegal da profissão”, reclamou ele, dizendo

que os hotéis ficariam com uma por-centagem entre 40% e 50% do valor arrecadado por esses motoristas.

O uso de aplicativos para encontrar taxis também foi citado pelo presidente da Associação dos Taxistas do Brasil, Antônio Oliviero. “Eles são uma forma regular de manter a ilegalidade. Quando você chama o taxista, é impossível saber se a pessoa é de boa índole, já que é tudo feito pela internet. O motorista se registra e no mesmo dia fará corrida, sem credibilidade e legalidade. Todo mundo tem o direito de trabalhar, mas de forma legal”, disse Oliviero, que também defendeu o reforço nas delegacias de turismo.

Diante das reclamações, Dionísio Lins anunciou que irá pedir a realização de uma nova audiência sobre o tema com órgãos responsáveis por esta fiscalização.

lucas liMa

PIRAtARIA NA PRAÇA

Taxistas reclamam de disputa com piratas e carros a serviço de hotéis

Combate à concorrência desleal

Dionísio Lins estima que existam até 6 mil taxistas piratas circulando ilegalmente pelas ruas do Rio

Fotos: Rafael Wallace

Rio de Janeiro, 16 a 31 de maio de 201412

A importância do trabalho do Grupo Pela Vidda, vol-tado para o tratamento e a prevenção da Aids, foi

reconhecida pela Assembleia Legislati-va do Rio de Janeiro com a condecoração da Medalha Tiradentes, a mais alta comenda do estado, durante sessão solene no último dia 20. A homenagem foi recebida pela fundadora da ONG, a infectologista Márcia Rachid, das mãos do presidente da Casa, deputado Paulo Melo (PMDB), um dos autores da homenagem, de Marcelo Freixo (PSol)

e Gilberto Palmares (PT).Segundo Paulo Melo, a homenagem

é uma forma de trazer o tema para o debate. “A Aids foi muito discutida nas décadas passadas. No entanto, de uma hora para outra, caiu no esquecimento. Mas ela continuou vitimando e incapa-citando pessoas”, disse o deputado.

De 1980 até junho de 2012, o Bra-sil teve 656.701 casos registrados de Aids, de acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Marcelo Freixo contou que começou a acompanhar o trabalho da médica na década de 1990 e chegou a trabalhar ao seu lado: “A Márcia coordenou um trabalho que eu fiz de prevenção ao HIV dentro dos presídios do Rio e ali eu conheci uma pessoa extraordinária, que dedicou boa parte da sua vida ao combate à Aids”.

Também agraciada com a Meda-lha Tiradentes, Márcia Rachid atende pacientes infectados pelo vírus HIV desde 1985 - quando iniciou sua luta em defesa dos direitos dessas pessoas - ressaltou a importância da Medalha. “Isso é um estímulo para continuar-mos o trabalho e mostrar que vale a pena. São muitas barreiras a serem enfrentadas no dia a dia, porque os pacientes são muito discriminados”, explicou ela.

Segundo a infectologista, o Grupo Pela Vidda foi criado para quebrar o estigma relacionado à doença, além de garantir a reintegração social das vítimas do vírus HIV. De acordo com o Ministério da Saúde, a taxa de mortali-dade da doença registra queda, caindo de 6,3 casos por 100 mil habitantes, em 2002, para 5,6, em 2011.

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Rua Primeiro de Março, s/nº sala 406 – Rio de Janeiro/RJ – CEP 20.010-090

Grupo Pela Vidda e médica infectologista recebem Medalha Tiradentes

BárBara FigueireDo

Tributo à vida

Rafael Wallace

O deputado Marcelo Freixo

condecora Márcia Rachid

cONDEcORAÇÃO