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Palestra Magna : Gestão de Resíduos Sólidos José Valverde Machado Filho 22.08.2012

Palestra Magna : Gestão de Resíduos Sólidos · Palestra Magna : Gestão de Resíduos Sólidos José Valverde Machado Filho ... Responsabilidade Compartilhada pelo ciclo de vida

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Palestra Magna : Gestão de Resíduos Sólidos

José Valverde Machado Filho

22.08.2012

ONU-HABITAT afirma que população urbana da América Latina chegará a 89% em 2050.

De acordo com o ‘Estado das Cidades da América Latina e Caribe’, relatório inédito produzido pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT), a taxa de urbanização no Brasil e nos países do Cone Sul chegará a 90% até 2020.

Economia Verde

• Conceito : ““aquela que resulta na melhoria do bemaquela que resulta na melhoria do bem--

estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo

em que reduz significativamente os riscos ambientais e em que reduz significativamente os riscos ambientais e

as escassezes ecolas escassezes ecolóógicas.gicas.”” (UNEP(UNEP))

Brasil: cenários para a Economia Verde

• Potência Energética Ambiental –condições ambientais favoráveis e vasta disponibilidade de recursos naturais.

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA

� Política Nacional do Meio Ambiente, de 1981;� Política Nacional de Recursos Hídricos, de 1997;� Lei de Crimes Ambientais, de 1998;� Política Nacional de Educação Ambiental, de 1999;� Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza,

de 2000;� Lei de Gestão de Florestas Públicas, de 2006;� Lei da Mata Atlântica, de 2006;� Lei do Saneamento Básico, de 2007;� Política Nacional sobre Mudança do Clima, de 2009;� Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, de 2009;� Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010;� Lei Complementar 140, de 2011.

““Um investimento de 2% do PIB global em dez setores Um investimento de 2% do PIB global em dez setores chave pode combater a pobreza e gerar um chave pode combater a pobreza e gerar um crescimento mais verde e eficientecrescimento mais verde e eficiente””

AlocaAlocaçção de recursos em 10 setores ão de recursos em 10 setores estratestratéégicos para gicos para ““esverdearesverdear”” a economia.a economia.

•• Gestão de resGestão de resííduos duos –– US$ 110 bilhões, US$ 110 bilhões, incluindo reciclagem.incluindo reciclagem.

•• ImobiliImobiliááriorio –– US$US$ 134 bilhões a serem destinados a programas de eficiência 134 bilhões a serem destinados a programas de eficiência energenergééticatica

•• EnergEnergééticotico –– US$ 360 bilhõesUS$ 360 bilhões

•• PescaPesca –– US$ 110 bilhões, incluindo a reduUS$ 110 bilhões, incluindo a reduçção de capacidade das frotas mundiaisão de capacidade das frotas mundiais

•• AgriculturaAgricultura –– US$ 108 bilhões, incluindo as pequenas exploraUS$ 108 bilhões, incluindo as pequenas exploraçções.ões.

•• SilviculturaSilvicultura –– US$ 15 bilhões para o combate US$ 15 bilhões para o combate ààs mudans mudançças climas climááticasticas

•• IndIndúústriastria –– US$ 75 bilhõesUS$ 75 bilhões

•• TurismoTurismo –– US$ 135 bilhõesUS$ 135 bilhões

•• TransportesTransportes –– US$ 190 bilhõesUS$ 190 bilhões

•• ÁÁguagua –– 110 bilhões, incluindo saneamento b110 bilhões, incluindo saneamento báásicosico

ResResííduos Sduos SóólidoslidosPrevê-se que o mundo gerará 13 bilhões de toneladas de resíduos municipais e outros até 2050; atualmente, apenas 25% de todos os resíduos são recuperados ou reciclados.

• Um investimento de 108 bilhões de dólares por ano no "esverdeamento" do setor de resíduos pode conduzir à reciclagem plena de resíduos eletrônicos, em contraste com o atual nível de 15%.

• Tal investimento poderia impulsionar a triplicação da reciclagem global de resíduos até2050 e o corte de mais de 85% nos montantes destinados a aterros sanitários em comparação com o cenário atual.

• Entre 20% e 30% das emissões de gases de efeito estufa relacionadas ao metano poderiam ser reduzidas até 2030 se poupanças financeiras associadas forem realizadas.

• A prevenção e o manejo de resíduos também permanecem como um grande desafio para a fabricação de produtos, onde abordagens como a renovação da produção e da concepção dos produtos e processos pode desempenhar um papel importante na redução de resíduos e na utilização de recursos.

• Se a vida útil de todos os produtos fabricados fosse ampliada em 10%, por exemplo, o volume de recursos extraídos poderia registar um corte semelhante.

• A reciclagem de calor residual por meio de instalações de produção combinada de calor e eletricidade (CHP, na sigla em inglês) apresenta um elevado potencial para o uso eficiente de energia. A indústria de papel e celulose possui instalações de CHP que permitem uma economia superior a 30% no uso de energia primária.

Fundamentos: Cenários e Evolução

“A limpeza da cidade era toda confiada aos urubus,.” Oliveira Lima

“A urina e as fezes dos moradores, recolhidas durante a noite, eram transportadas de manhã para serem despejadas no mar por escravos...”Jurandir Malerba

Gravura: Gravura: MarketMarket stallstall, Henry Chamberlain , Henry Chamberlain -- 18221822

●1808 - Rio de Janeiro – 60.000

habitantes.

●Gestão dos resíduos sólidos –

“AFASTAMENTO”.

●Início Século XX – “Peste bubônica”.

●Século XX – 1ª metade – predomínio

dos resíduos orgânicos. (POPULA(POPULAÇÇÃO: 51,9 MILHÕES)ÃO: 51,9 MILHÕES).

●Século XX – 2ª metade – Planos de

Metas – Governo JK – 1956 – “crescer

50 anos em 5 anos”. Desenvolvimento

Industrial. (POPULA(POPULAÇÇÃO: 190 MILHÕES)ÃO: 190 MILHÕES).

Indicadores : Geração de resíduos urbanos

2010 2011

PIB 2011 – 2,7% (IBGE) Desenvolvimento Econômico

= Geração de Resíduos Sólidos ?

(+)1,8%��������

Geração de RSU per capita (Kg/hab/ano)2010 2011378,4 381,6

(+)0,8%(+)0,8%

Coleta de resíduos urbanos

2010 2011

(+) 2,5%��������

Destinação final dos RSU coletados 2010toneladas/ano

Fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2011 - Abrelpe

42,44%57,56%57,56%InadequadaInadequada

22.962.94822.962.948 31.194.948

AdequadaAdequada

Destinação final dosRSU coletados 2011toneladas/ano

Fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2011 - Abrelpe

InadequadoInadequado AdequadaAdequada41,94%41,94%

23.293.920

58,06%58,06%

32.240.520

Destinação final dos RSU coletados 2011Fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 201 - Abrelpe

Aterro Aterro LIXÃO

Sanitário Controlado 17,7%58,1% 24,2%

ConstruConstruçção de Polão de Polííticas Pticas Púúblicasblicas

●● ArticulaArticulaçção entre Legislativo e Executivo.ão entre Legislativo e Executivo.

●● Engajamento das Entidades Setoriais.Engajamento das Entidades Setoriais.

●● Garantia de ampla participaGarantia de ampla participaçção da Sociedade ão da Sociedade Civil Organizada Civil Organizada

Marcos RegulatMarcos Regulatóórios rios ––fundamentos e formulafundamentos e formulaçções.ões.

Política Nacional de Resíduos Sólidos

• Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.

• Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010, regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências.

Campo de aplicação:

• Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispõe sobre: princprincíípios, objetivos e instrumentos, bem como pios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizessobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

• Estão sujeitas à observância desta Lei as observância desta Lei as pessoas pessoas ffíísicas ou jursicas ou juríídicas, de direito pdicas, de direito púúblico ou blico ou privado, responsprivado, responsááveis, direta ou indiretamente,veis, direta ou indiretamente,pela gerapela geraçção de resão de resííduos sduos sóólidos e as que lidos e as que desenvolvam adesenvolvam açções relacionadas ões relacionadas àà gestão integrada gestão integrada ou ao gerenciamento de resou ao gerenciamento de resííduos sduos sóólidos.lidos.

• União faz as Normas Gerais.

• Os Estados podem suplementar a Legislação Federal.

• Município legisla em face do interesse local.

O que contrariar a Lei Federal perde a eficácia.

Competência Legislativa Concorrente

Princípios do Direito

IntegraIntegraçção de Legislaão de Legislaçção e Polão e Polííticas Pticas Púúblicasblicas

MudanMudançças as ClimClimááticasticas

Crimes Crimes AmbientaisAmbientais

Parceria Parceria PPúúblicoblico--PrivadaPrivada LicitaLicitaççõesões

Instrumentos da PNRS

Nova ordem para a gestão e o gerenciamento

• Não geração

• Redução

• Reutilização• Reciclagem

• Tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequado dos rejeitos

Destinação

final dos

resíduos

Disposição

final dos

rejeitos

PRAZO LEGAL PRAZO LEGAL 02/08/2014 02/08/2014

Responsabilidade Compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos

LogLogíística Reversastica ReversaAcordos SetoriaisAcordos Setoriais

Grupos de Trabalho:

1 – Descarte de Medicamentos

2 2 –– Embalagens em GeralEmbalagens em Geral

3 – Óleo Lubrificante, Seus Resíduos e Embalagens

4 – Lâmpadas Fluorecentes, de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista

5 – Eletroeletrônico

Comitê OrientadorComitê Orientador

Coleta Seletiva Coleta Seletiva Indicadores dos MunicIndicadores dos Municíípios Brasileirospios Brasileiros

*Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000/2008.

**Fonte ABRELPE Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais : Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil – 2011

MUNICÍPIOS EXISTEM NÃO EXISTEM

5.564 994 4.568

*IBGE – PNSB/2008

MUNICÍPIOS COM INICIATIVAS

SEM INICIATIVAS

5.565 3.263 (58,6%) 2.302 (41,4%)

**ABRELPE – 2011

DA PARTICIPAÇÃO DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS E REUTILIZÁVEIS

O sistema de coleta seletiva de resO sistema de coleta seletiva de resííduos sduos sóólidos e a loglidos e a logíística stica reversa priorizarão a participareversa priorizarão a participaçção de cooperativas ou de outras ão de cooperativas ou de outras formas de associaformas de associaçção de catadores de materiais reutilizão de catadores de materiais reutilizááveis e veis e reciclreciclááveis constituveis constituíídas por pessoas fdas por pessoas fíísicas de baixa renda.sicas de baixa renda.

INSTRUMENTOS ECONÔMICOS

• A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas competências, poderão instituir normas com o objetivo de conceder incentivos fiscais, financeiros ou creditícios, respeitadas as limitações da Lei Complementar no 101, de 4/5/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a:

• - indústrias e entidades dedicadas à reutilização, ao tratamento e à reciclagem de resíduos sólidos produzidos no território nacional;

• - projetos relacionados à responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos, prioritariamente em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda;

• - empresas dedicadas à limpeza urbana e a atividades a ela relacionadas.

ATENÇÃO: PROIBIÇÕES!São proibidas, nas áreas de

disposição final de resíduos

ou rejeitos, as seguintes

atividades:

I - utilização dos rejeitos

dispostos como alimentação;

II - catação, observado o

disposto no inciso V do art.

17;

III - criação de animais

domésticos;

IV - fixação de habitações

temporárias ou

permanentes;

V - outras atividades vedadas

pelo poder público.

Muito obrigado!

• José Valverde Machado Filho

• www.arnaldojardim.com.br

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