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de, disposta no capítulo 1 do estatuto, se inclui a organização e promoção de congressos de âmbito regional, nacional e internacional, reunião de seminários e cursos, com o intuito do aperfeiçoamento técnico-científico dos associados.

Se passaram 15 anos, cinco gestões para o que era considerado “um sonho quase im-possível” se tornasse realidade. Sendo assim, em Campos do Jordão (SP), no Convention Center Centro de Convenções, de 5 a 8 de outubro foi realizado o 1o Congresso Brasi-leiro de Dermatologia Veterinária (CBDV).

“Chegou o dia do 1o Congresso Brasileiro de Dermatologia Veterinária. Foram 15 anos

(À esq.) presidente da SBDV, Lucarts, comemora a realização do evento. Mário Pulga fala da Saúde Única e Dermatologia

Às 19 horas do dia 16 de mar-ço de 2000, no auditório “Century Paulista”, em São Paulo (SP), reuniram-se em assembleia geral, os médi-

cos-veterinários, acadêmicos de Medicina Veterinária e demais pessoas que assinaram o respectivo livro de presença de número 1, para tratarem de assunto relativo à fundação da Sociedade Brasileira de Dermatologia Ve-terinária (SBDV)”. Assim começa a história da criação da entidade que hoje completa cerca de 400 associados, oriundos de seis países e 22 unidades federativas brasileiras.

Dentro das finalidades da socieda-

se tornou realidade”Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária promove o eventomagno da especialidade: 1o Congresso Brasileiro de Dermatologia Veterinária

› Mariana CavaLCanti,de CaMPos do Jordão (sP)mariana@ciausullieditores.com.br

Presidente do SBDV, Guilherme Goldfeder cita a importância da família Larsson na Medicina Veterinária

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“o sonho impossível

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o terceiro melhor mercado pet do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido. “Além disso, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) registrou 0,1% de cres-cimento, o segmento pet cresceu 10%, de acordo com os dados da Associação Brasi-leira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet, São Paulo/SP). As previsões da Abinpet indicam que, em 2015, o setor atingirá R$ 17,9 bilhões de fatura-mento, um aumento de 7,4%. Nesse cenário otimista de expansão e de estreitamento das relações entre animais de estimação e seus donos, a Dermatologia Veterinária se destaca como uma importante área para garantir a

Palestras destaques:

› Diretrizes para o uso de antimicrobianosna terapia das piodermites superficiais com Sheila Torres A médica-veterinária ressaltou a escolha dos antibióticos ideais para o sucesso do tratamento, sendo que o profissional não pode esquecer também do seu papel na saúde pública. E que a possibilidade de incentivar a resistência bacteriana deve ser sempre considerada, por isso, os antibióticos de primeira geração devem ser prescritos sempre que possível.

› Formulações oficinais com Carlos Eduardo Larsson JuniorEle apresentou as formulações preferidas para cada doença, composições que, em sua experiência clínica, apresentam melhores resultados, discutindo com-ponentes ativos e excipientes.

› Fórum Alopecia X com Viviane De Marco,Flavia Tavares, Fabrício Lorenzini e Paulo SalzoO tema polêmico e intrigante teve uma das salas mais concorridas de todo o congresso e o formato de debate propiciou uma grande troca de experiências entre os representantes da mesa e plateia.

› Genética e dermatologia: da ictiose à Dermatite Atópica com Lluís FerrerForam apresentadas nove enfermidades dermatológicas de origem genética. Algumas bem estabelecidas e outras ainda em estudo, mas na maioria foram identificadas e descritas nos últimos quatro anos. O que prova a necessidade de atualização constante dos dermatólogos.

› Nutrologia para dermatólogo com Aulus CarcioffiForam apresentados os principais nutrientes envolvidos na manutenção de uma pelagem saudável e casos onde a alimentação tem papel fundamental no apareci-mento de enfermidades dermatológicas, como na alergia ou hipersensibilidade, assim como em doenças nutricionais originadas por dietas mal balanceadas.

Durante os quatro dias de evento, en-tre pré-congresso e congresso, foram realizados mais de 40 palestras, fóruns e apresentação de trabalhos com a participação de 50 palestrantes, sendo destes quatro internacionais, com mais diversos temas: novos protocolos de

Por dentro da Programação diagnóstico, genética e dermatologia, nutrologia, microbioma, formulações oficinais, nova classes de ativos, derma-tologia comparada, otologia e cirurgia otodermatológica e de dermatopaticas de outras espécimens domésticas inclu-sive dos não convencionais.

de entidade respeitada e consolidada, para alicerçar esse evento e, assim, transformar esse sonho em apenas um desafio”, sublinha o atual presidente da SBDV, Luiz Eduardo Bagini Lucarts, durante o discurso da aber-tura oficial do evento.

O presidente da comissão organizadora do congresso, sócio-fundador e ex-presidente da SBDV, Carlos Eduardo Larsson explica os motivos pelos quais foram necessários longos anos, de espera. “Todos nós, ao longo desses anos concordávamos que tal empreitada deve-ria ser viável e plena de sucesso, com a SBDV consolidada e, hoje, certamente, está”, pontua.

Ele acrescenta que se tinha em mente que não deveria tornar o Congresso Brasileiro de Dermatologia Veterinária uma aventura impensável. Devendo ter em caixa uma re-serva suficiente para embasar do CBDV ou, ao menos, para cobrir um eventual e inde-sejável prejuízo. “Era incerto que teríamos o apoio da classe, das agências de fomento e, principalmente, de empresas brasileiras e multinacionais. Mas, para nossa surpresa, tivemos como aliado o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP, São Paulo/SP), da Funda-ção de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp, São Paulo/SP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq, Brasília/DF), além de 19 empresas farmacêuticas, prestadoras de serviços, produtoras de evento e editoras, se-lecionadas a dedo. Sendo assim, foi possível produzir este evento no valor de US$ 120 mil. Portanto, esperamos que esses 15 anos de atraso valham pena”, frisa.

Também compuseram a mesa de abertura o presidente do CRMV-SP, Mário Eduar-do Pulga, representando o presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV, Brasília/DF), Benedito Fortes de

Arruda; o presidente da Sociedade Argentina de Dermatologia Veterinária e professor da Universidade de Buenos Aires (UBA, Buenos Aires/Argentina), Alejandro D. Blanco; o presidente da Sociedade Brasileira de Car-diologia Veterinária (SBCV, São Paulo/SP), Guilherme Goldfeder, representando as de-mais entidades de classe de especialidade e o professor Titular da Universidade Anhembi-Morumbi (São Paulo/SP), sócio-fundador e ex-presidente da SBDV, Ronaldo Lucas.

O presidente do CRMV-SP sublinhou a importância deste evento para a Medicina Veterinária brasileira, principalmente em um momento em que o País desponta como

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Durante o 1o Congresso Brasileiro de Dermatologia Veterinária também fo-ram realizadas algumas homenagens a médicos-veterinários brasileiros que dedicaram toda a trajetória profissional, com o título de sócio-honorário da SBDV, sendo eles o professor titular aposentado da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade Es-tadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho (Unesp, Campus Botucatu, São Paulo/SP), Cid Figueiredo, também criador da então

saúde única, conceito este tão defendido pela Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS, Genebra/Suíça). Diversas pesquisas de mercado apon-tam que os atendimentos da Dermatologia Veterinária respondem por 30 a 75% da rotina das clínicas de peque-nos animais. Dentro dessa grandeza, reforço o quanto a

Homenagens

Durante a abertura oficial, os médicos-veterinários Mary Marcondes e Ronaldo Lucas prestaram homenagem ao homem que devotou à Dermatologia Veterinária mais de 40 anos de sua existência: Carlos Eduardo Larsson. “Como é possível pensar em Dermatologia Veterinária sem que nos venha à cabeça imediatamente o seu nome? Antes de qualquer coisa, se não fosse pelo seu esforço, pelo seu sonho de ter implan-tado o primeiro Congresso Brasileiro de Dermatologia Veterinária, não estaríamos todos reunidos aqui nesse exato momento”, frisou Mary Marcondes.

Carlos eduardo Larsson, regina Helena ruckert ramadinha e Cid Figueiredo

ronaldo Lucas e Mary Marcondes prestam homenagem

a Carlos eduardo Larsson

denominada, Academia Brasileira de Dermatologia Veterinária, sendo sócio número dois e o primeiro presidente e vice-presidente do conselho constru-tivo da SBDV, na gestão 2000/2003; e a professora titular aposentada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ, Rio de Janeiro/RJ), Regina Helena Ruckert Ramadinha, também consultora ad-hoc da revista Brazilian Journal of Veterinary Resear-ch and Animal Science da FMVZ-USP.

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Medicina Veterinária deve estar em constan-te avanço e consonância com as demandas nacionais e mundiais”, comenta.

O presidente da SBCV citou os diversos motivos que o fizeram estar presente na abertura oficial do evento. Dentre eles, frisou a importância que a família Larsson tem para a Medicina Veterinária. “Sugiro aos derma-tólogos presentes que já fazem o último ano, aproveitarem a área e a experiência do profes-sor Larsson, porque é impressionante como esse, que posso chamar de ‘pai’, gosta de der-matologia. Ele é insuperável. Com quase 70 anos, ele continua aqui. O médico-veterinário que mais tem atendido ocorrência, que mais tem vontade de crescer e que nunca parou”.

Nos bastidoresEm entrevista exclusiva para à Cães&Gatos VET FOOD, o presidente da SBDV fez um balanço sobre o 1º Congresso Brasileiro de Dermatologia Veterinária. “Avaliamos como positivo, já que as inscrições se esgotaram antes do último prazo. Também teve pessoas que vieram pra o evento, mesmo sabendo que não tinha vaga”, revela. O presidente da comissão organizadora do congresso compar-tilha e complementa que é uma felicidade o evento ter dado tão certo. “A grade da pro-gramação científica atendeu aos anseios dos participantes. Esperamos agora a avaliação dos congressistas. A ideia foi mudar o en-foque que abordamos nos fóruns realizados pela SBDV. Retornamos com as apresentações orais que tinham dado por encerrado, prin-cipalmente com os pôsteres eletrônicos, que foram bem frequentados”, explica.

De acordo com Larsson, o congresso deve ocorrer a cada três anos, e ele já foi procurado para que o evento seja levado para outros Estados. Como resposta ele cita que a cidade, Campos do Jordão, foi uma escolha feliz, por-que atraiu muitos congressistas, cuja infraes-trutura da cidade está recheada com o que há de melhor na gastronomia serra, hospitalidade e a possibilidade de deslocamento a pé, sem trânsito. “A única queixa que eu ouvi, para não dizer que não houve, foi de uma pessoa que disse estar chateada, pois não conseguiu sentar para assistir uma determinada palestra”, adverte e complementa que o evento teve a participação de mais de 750 participantes, sendo destes 98% profissionais da área. ◘

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