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LEIA NO PANORAMA GERAL Emater/RS-Ascar na Expodireto, um Tour tecnológico e cultural LEIA NESTA EDIÇÃO Soja: potencial de safra é muito bom e colheita atinge os 6% da área plantada N.º 1.439 2 de março de 2017 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL Emater/RS-Ascar na Expodireto, um Tour tecnológico e cultural Na próxima semana, de 6 a 10 de março, estaremos na Expodireto, em Não-Me-Toque, com a nossa Casa da Família Rural. Juntamente com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), a Emater/RS-Ascar, através das gerências de Planejamento e de Comunicação, apresenta as expectativas da safra de grãos 2016/2017, no tradicional café da manhã para a imprensa. Esse café com leite oferecerá deliciosos alimentos, preparados pelas extensionistas que trabalham na Cozinha Didática, que neste ano destaca as massas frescas recheadas, elaboradas a partir das Boas Práticas de Fabricação, reguladas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além da Cozinha Didática, que fará demonstrações e oferecerá degustação para o público visitante, a Emater/RS-Ascar vai apresentar outras 12 temáticas, num verdadeiro tour tecnológico e cultural, abordando Manejo Integrado de Pragas (o MIP) e o Programa de Conservação de Solos, Energia Fotovoltaica, Horticultura, Turismo Rural, Bovinocultura de Leite, as sete Unidades de Cooperativismo e o trabalho realizado com 186 cooperativas, Secagem e Armazenagem de Grãos, Piscicultura, Florestas Comerciais, Horto de Plantas Bioativas, as capacitações nos oito Centros de Treinamento e o Recanto Temático, que neste ano apresenta Os Caminhos da Soja, a história dessa oleaginosa no RS, desde a chegada do grão, aptidões, usos e expansão, ocupação de área, tecnologia, mercado e renda. Com o tema Emater/RS-Ascar, Promovendo Desenvolvimento Rural, queremos demonstrar que desenvolver o espaço rural implica em satisfazer a necessidade das pessoas, do ambiente e da economia, potencializando a produção, racionalizando custos, aumentando eficiência dos sistemas de produção e garantindo a melhoria da qualidade de vida das famílias rurais. Com essa diversidade e todas essas possibilidades produtivas e sustentáveis para manter as famílias no campo, convidamos a todos para que visitem a Casa da Família Rural e comprovem o trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) desenvolvido de forma contínua e qualificada pelos técnicos e extensionistas da nossa Emater/RS-Ascar. A todos e todas, uma ótima feira! Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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LEIA NO PANORAM A GERAL Emater/RS-Ascar na Expodireto, um Tour tecnológico e cultural

LEIA NESTA EDIÇÃO

Soja: potencial de safra é muito bom e colheita atinge os 6% da área plantada

N.º 1.439

2 de março de 2017

Aqui você encontra:

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando

você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

Emater/RS-Ascar na Expodireto, um Tour tecnológico e cultural

Na próxima semana, de 6 a 10 de março, estaremos na Expodireto, em Não-Me-Toque, com a nossa Casa da Família Rural. Juntamente com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), a Emater/RS-Ascar, através das gerências de Planejamento e de Comunicação, apresenta as expectativas da safra de grãos 2016/2017, no tradicional café da manhã para a imprensa. Esse café com leite oferecerá deliciosos alimentos, preparados pelas extensionistas que trabalham na Cozinha Didática, que neste ano destaca as massas frescas recheadas, elaboradas a partir das Boas Práticas de Fabricação, reguladas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além da Cozinha Didática, que fará demonstrações e oferecerá degustação para o público visitante, a Emater/RS-Ascar vai apresentar outras 12 temáticas, num verdadeiro tour tecnológico e cultural, abordando Manejo Integrado de Pragas (o MIP) e o Programa de Conservação de Solos, Energia Fotovoltaica, Horticultura, Turismo Rural, Bovinocultura de Leite, as sete Unidades de Cooperativismo e o trabalho realizado com 186 cooperativas, Secagem e Armazenagem de Grãos, Piscicultura, Florestas Comerciais, Horto de Plantas Bioativas, as capacitações nos oito Centros de Treinamento e o Recanto Temático, que neste ano apresenta Os Caminhos da Soja, a história dessa oleaginosa no RS, desde a chegada do grão, aptidões, usos e expansão, ocupação de área, tecnologia, mercado e renda. Com o tema Emater/RS-Ascar, Promovendo Desenvolvimento Rural, queremos demonstrar que desenvolver o espaço rural implica em satisfazer a necessidade das pessoas, do ambiente e da economia, potencializando a produção, racionalizando custos, aumentando eficiência dos sistemas de produção e garantindo a melhoria da qualidade de vida das famílias rurais. Com essa diversidade e todas essas possibilidades produtivas e sustentáveis para manter as famílias no campo, convidamos a todos para que visitem a Casa da Família Rural e comprovem o trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) desenvolvido de forma contínua e qualificada pelos técnicos e extensionistas da nossa Emater/RS-Ascar.

A todos e todas, uma ótima feira!

Clair Kuhn

Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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Dizimação de abelhas

Trabalho de especialistas de sete países sobre o declínio das populações de polinizadores aponta dez prioridades de políticas públicas para proteger os polinizadores no mundo. O estudo internacional coordenado pela Plataforma Intergovernamental para Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) reuniu especialistas do Reino Unido, Brasil, Suécia, México, Austrália, Argentina e Japão, a fim de avaliar o declínio das populações de abelhas e propor medidas protetivas a esse e a outros polinizadores que participam diretamente da produção de alimentos. A avaliação do IPBES confirma a evidência de declínios em larga escala de polinizadores selvagens em partes da Europa e da América do Norte e a necessidade urgente de monitoramento mais efetivo desses organismos. Os polinizadores são importantes para as pessoas em todos os lugares, tanto do ponto de vista econômico quanto cultural. As políticas sugeridas ajudam a apoiar e a proteger os polinizadores como parte de um futuro sustentável e saudável. O desaparecimento crescente de colônias de abelhas atinge especialmente a espécie mais utilizada para a polinização de plantas cultivadas, a Apis mellifera (abelha europeia), que se adapta facilmente a diferentes ecossistemas e formas de manejo. Juntamente com outros insetos e animais, as abelhas têm responsabilidade direta no aumento da produtividade agrícola, já que cerca de 70% das plantas utilizadas no consumo humano dependem de polinização. A dizimação, associada a várias causas, têm sido tratada como síndrome: o distúrbio do colapso das colônias (CCD). Segundo a Embrapa, o desaparecimento de abelhas melíferas no mundo é um somatório de problemas, entre os quais destacam-se uso de agrotóxicos, perda dos hábitats naturais em decorrência do uso da terra, patógenos e parasitas que atacam as colônias e mudanças climáticas. No Brasil, casos de enfraquecimento, declínio e colapso têm sido relatados especialmente nos estados de São Paulo e Santa Catarina, que somam grandes perdas. Apesar de não confirmar a ocorrência da síndrome no país, o estudo deixou claro que o risco é iminente porque muitos dos fatores associados ao colapso já são encontrados. Em cerca de um terço do território nacional, houve perda de grandes áreas de vegetação natural. Além disso, os possíveis impactos da fragmentação de hábitats sobre as comunidades de abelhas não têm sido devidamente avaliados. Estima-se que o valor da polinização feita por insetos, principalmente abelhas, corresponde a 9,5% da produção agrícola mundial. No Brasil das

141 espécies de plantas cultivadas para uso na alimentação humana, produção animal, biodiesel e fibras, aproximadamente 60%, ou seja, 85 espécies dependem da polinização animal. Além disso, a produção de mel no Brasil movimenta mais de 300 milhões de reais. Por esses dados, é possível prever o quanto um colapso nas populações de abelhas poderia causar de prejuízos à economia nacional. Entre os problemas enfrentados no País destacam-se a ausência de um sistema de monitoramento das colônias de abelhas nos apiários e no ambiente natural, o uso intensivo de agrotóxicos nas lavouras, a inexistência de um cadastro amplo e organizado de apicultores e meliponicultores, entre outros. O estudo reporta dez diretrizes para auxiliar governantes na elaboração de políticas públicas voltadas à preservação dos polinizadores: aprimorar os padrões regulatórios de pesticidas; promover o manejo integrado de pragas (MIP); incluir efeitos indiretos e subletais na avaliação de riscos de culturas geneticamente modificadas; regular o movimento dos polinizadores manejados entre os países; desenvolver incentivos, tais como seguros, para incentivar os agricultores a utilizar serviços ecossistêmicos, como polinização, ao invés de agroquímicos; reconhecer a polinização como insumo agrícola nos serviços de extensão; apoiar sistemas agrícolas diversificados; conservar e restaurar os hábitats de polinizadores nas paisagens agrícolas e urbanas; desenvolver o monitoramento de polinizadores a longo prazo; financiar pesquisas participativas para intensificar o uso de práticas de agricultura orgânica. Fonte: Embrapa

Mapeamento da cadeia produtiva da suinocultura

Um trabalho de mapeamento da suinocultura nacional foi encomendado pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Segundo o mapeamento desta cadeia produtiva, cerca de 40% das carnes consumidas em todo o mundo vêm da produção de suínos. Ainda é alvo de preconceito, por ser considerado por muitas pessoas um alimento gorduroso e que, por isso, supostamente faria mal à saúde humana. As campanhas de instituições representativas deste setor tentam desfazer esse mito, já derrubado por vários especialistas em nutrição. Especialmente no Brasil, há muito que fazer: em sexto lugar no ranking mundial, em termos absolutos, cada brasileiro consome apenas 15 quilos dessa proteína animal por ano,

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quantidade muito baixa em comparação, por exemplo, aos Estados Unidos, cujo consumo gira em torno de 27,9 quilos; Alemanha, 53,5 quilos; e Hong Kong, 60,4 quilos. Essa área do agronegócio nacional, sozinha, gera mais de um milhão de empregos diretos e indiretos. Os números mostram a grandeza suinícola, que contribui, de maneira determinante, para o desenvolvimento do Brasil, especialmente nos municípios do interior, onde está localizada a maior parte das plantas e das cadeias integradas. De acordo com o Mapeamento, do valor total movimentado anualmente pelo setor, a maior parte ocorre no processamento e na comercialização da própria carne. Estima-se que o faturamento “depois da granja” chegue a quase 80% de todo o montante. São dados expressivos que mostram a importância setorial para outros elos da economia. A expansão desses números passa por uma série de fatores, como a retomada econômica e o aumento das vendas externas, com a conclusão da abertura de novos mercados, como o da Coreia do Sul. O estudo evidencia que a maior parte do faturamento da suinocultura brasileira é gerada em negociações no mercado interno. Das vendas de carne suína pelos frigoríficos, 93% se relacionam às comercializações domésticas. Entre os produtos suínos, a linguiça fresca tem registrado o maior faturamento. O Mapeamento sugere que o baixo consumo de carne suína, no Brasil, poderia ser justificado pela menor disponibilidade de cortes suínos em relação a outras carnes, a exemplo da bovina e de aves. A percepção acerca da qualidade da carne suína vem ganhando novas abordagens que ressaltam a qualidade dos produtos, inclusive em dietas hospitalares. Projeções da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicam que, até 2021, essa produção dará um salto de 10%, somando 130 milhões de toneladas de carcaça. Diante disso o Mapeamento da Suinocultura Brasileira alerta para a necessidade de um planejamento estruturado por parte do Estado brasileiro. Como exemplo, cita-se a solução da alta de preços do milho, principal insumo das rações dos animais; se houvesse um estoque regulador significativo, o governo poderia manter o preço do milho no mercado interno em um patamar tolerável para o produtor. Fonte: Embrapa

GRÃOS Arroz – A cultura evolui de forma satisfatória, sem ocorrência de maiores percalços. Apenas casos pontuais de excesso de umidade devido às recentes chuvas têm impedido uma colheita mais célere, que nesta semana atinge 20% do total da área semeada nesta safra. A colheita tem se mostrado mais rápida na Fronteira Oeste e Campanha, onde o calor e a insolação favorecem o processo de retirada da produção das lavouras dessa região. Já no Centro e em parte do Noroeste, os trabalhos de colheita são executados de maneira mais lenta devido às chuvas mais frequentes. Nessas regiões as chuvas vieram acompanhadas por temperaturas mais baixas, fato que trouxe preocupação para os produtores que ainda têm lavouras em fase de floração. A ocorrência de dias mais secos e com alta insolação também ameniza o aparecimento de doenças fúngicas, como brusone e mancha parda, fazendo com que os produtores poupem aplicações desnecessárias, economizando custos. Nas lavouras já colhidas, as produtividades obtidas têm ficado dentro do esperado, oscilando entre 7,5 mil e 8 mil quilos por hectare, com grãos apresentando bom rendimento no engenho.

Arroz: fases da

cultura no RS

Safra atual Safra

anterior Média

Em 02/03

Em 23/02

Em 02/03

Em 02/03

Plantio 100% 100% 100% 100%

Ger./Des. vegetativo

0% 02% 5% 0%

Floração 10% 20% 20% 03%

Enchimento de grãos

35% 42% 50% 21%

Maduro por colher

35% 25% 15% 46%

Colhido 20% 11% 10% 30%

Preço médio da saca de 50 quilos pago ao produtor: R$ 47,74, uma variação de -0,62% em relação ao período passado. Milho – A colheita das lavouras de milho para grão da safra plantada em período preferencial está com 50% da área já concluída, com produtividades superando as expectativas iniciais; em lavouras de sequeiro, variam de 100 a 150 sacas por hectare; em lavouras irrigadas variam de 200 a 250 sacas por hectare, além da boa qualidade dos grãos, bem desenvolvidos sem presença de grãos avariados.

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Diversos produtores estão investindo na construção de silos secadores em alvenaria para armazenagem do milho grão na propriedade, esperando obter um produto de melhor qualidade e maior preço. Todavia os produtores seguem insatisfeitos com os preços recebidos, que continuam em queda ao longo das últimas semanas, com a saca de 60 quilos girando ao redor dos R$ 23,00 para o produtor. As lavouras de milho chamado “safrinha” já foram todas implantadas desde janeiro, apresentando bom stand de população de plantas; no momento apresentam um bom desenvolvimento vegetativo devido às condições climáticas favoráveis. Há relatos de ataque da lagarta em algumas lavouras, exigindo aplicação de inseticida para seu controle. Nessas lavouras seguem em andamento as primeiras aplicações de adubação nitrogenada em cobertura.

Milho: fases da

cultura no RS

Safra atual Safra

anterior Média

Em 02/03

Em 23/02

Em 02/03

Em 02/03

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germ./Des. vegetativo

1% 02% 5% 09%

Floração 3% 03% 20% 09%

Enchimento de grãos

20% 26% 50% 24%

Maduro e por colher

26% 26% 15% 19%

Colhido 50% 43% 10% 40%

Preço médio da saca de 60 quilos pago ao produtor: R$ 25,95, uma variação de -2,52% em relação ao período passado. Soja – As lavouras semeadas dentro do calendário do zoneamento agrícola para a soja (final de outubro até meados de dezembro) continuam, na grande maioria, apresentando excelente porte e aspecto geral, com um dossel bem formado, altura superior a 1,30 m e com boa carga de vagens em formação e enchimento do grão. As lavouras precoces tendem a ser colhidas com mais intensidade em meados de março. Como o clima continua com chuvas regulares e dias ensolarados, as lavouras se apresentam com perspectiva de uma das melhores safras dos últimos anos, seja por que os produtores não pouparam nos insumos e tecnologias, seja por que não houve necessidade de replante, seja por que a eficiência dos produtos foi muito boa em função do clima, favorecendo o controle de ervas

daninhas, de pragas e da ferrugem asiática, uma vez que neste ano a maioria dos produtores está realizando no máximo três aplicações de fungicida, bem menos que ano passado, quando se chegou, em média, a seis aplicações. No momento há relatos de ocorrências de percevejo, exigindo aplicação de inseticida específico, que na maioria dos casos é aplicado junto com o fungicida, o qual vem sendo aplicado preventivamente para controle da ferrugem, a fim de garantir o bom potencial produtivo. Nas lavouras de soja “safrinha” implantada em final de janeiro e início de fevereiro, a germinação foi boa e o desenvolvimento vegetativo está muito bom, mas estão encontrando dificuldade de controlar o milho “guaxo” nas lavouras com resteva de milho safra. Os produtores têm expectativa de colher em torno de 2.200 a 2.400 kg/ha nas lavouras de soja safrinha. Errata: Na edição anterior (nº 1438) do Informativo Conjuntural em sua 1ª edição, foi publicada tabela com erro relativo às fases da cultura de soja, devidamente retificada no site. A tabela com os dados corretos é a seguinte:

Soja Fases da

cultura no RS

[dados IC 1438,

23/02/2017]

Semana Atual

Semana Anterior

Safra Anterior

Média*

Em 23/02

Em 16/02

Em 23/02

Em 23/02

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germina/Des. veget.

3% 6% 8% 5%

Floração 20% 20% 21% 18%

Enchimento de grãos

68% 70% 60% 76%

Maduro e por colher

6% 4% 10% 0%

Colhido 3% 0% 1% 0%

Para esta semana, as lavouras apresentam as seguintes fases:

Soja Fases da

cultura no RS

Semana Atual

Semana Anterior

Safra Anterior

Média*

Em 02/03

Em 23/02

Em 02/03

Em 02/03

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germina/Des. veget.

2% 3% 5% 8%

Floração 15% 20% 20% 21%

Enchimento de grãos

62% 68% 50% 60%

Maduro e por colher

15% 6% 15% 10%

Colhido 6% 3% 10% 1%

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Preço médio da saca de 60 quilos pago ao produtor: R$ 64,17, uma variação de -0,97% em relação ao período passado. Feijão – A finalização da primeira safra está na dependência apenas da colheita das áreas implantadas nos Campos de Cima da Serra. A colheita deverá iniciar próximo do final da primeira quinzena desse mês. Nos aproximadamente oito mil hectares de feijão, apenas dois mil são de feijão preto, sendo o restante de cor (carioca), e que deverá ser exportado, basicamente para a região Sudeste. Lavoura da segunda safra ultrapassando os 50% semeados e com germinação e desenvolvimento vegetativo normal, favorecido pelo clima da semana. Nas primeiras lavouras semeadas, estão sendo realizados os tratos culturais de adubação nitrogenada em cobertura e capina. Produtores em alerta com o aumento da incidência de Diabrotica e ataque de mosca branca em algumas áreas, sendo necessário o controle. Mantendo a tendência de queda, em decorrência da entrada de volumes da nova safra, o preço médio teve baixa de 2,52% em relação à semana anterior, passando para R$ 182,58/saca de 60 kg de feijão preto.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Na região do Alto Uruguai (Norte), o tomate fechou a colheita com boa produtividade e boas vendas no mercado local; preços variam entre R$ 2,00 a R$ 3,00/kg. Repolho com preços em torno de R$ 0,75/kg. Na cultura de alface houve prejuízos no cultivo em estufas. A elevação das temperaturas e o aumento dos dias de sol melhoraram o desenvolvimento das verduras. A alface está sendo comercializada com preços de R$ 1,50 a R$ 2,20/pé, no mercado. Citros em fase de desenvolvimento do fruto; devido ao clima favorável, espera-se boa produtividade. Este ano a estimativa é de bons preços alavancados pela alta ocorrida em função do baixo estoque de sucos em São Paulo, Estado onde os preços comercializados no início da colheita são 30% maiores que na mesma época em 2016. Na uva só restam ser colhidas variedades tardias como a Isabella com bom rendimento; o preço é bom para vinho e mesa,

variando de R$ 1,50/kg a R$ 3,00/kg. Em Erechim, a média de produtividade foi de 18 t/dia. No Vale do Caí, o clima facilitou o trabalho no período, mas as chuvas foram mal distribuídas (65 mm no período), ocasionando limitação no desenvolvimento de algumas culturas. Dias de sol, com temperaturas altas, dias abafados e sol escaldante, ocasionando desconforto no trabalho e também limitando o desenvolvimento das culturas. Intensifica-se o preparo de áreas para implantação de cultivos de outono. Período de baixa demanda e de preços estagnados. O cenário do clima dos últimos 21 dias do período registrou temperaturas elevadas frequentes, ‘pancadas’ isoladas de chuva, o que exigiu complementação da irrigação em muitas lavouras. No Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, melhorou a incidência de radiação solar na semana; somada a chuvas regulares e temperaturas elevadas, favoreceu o desenvolvimento da maioria das olericulturas. Porém as altas temperaturas nessa época do ano são prejudiciais para culturas folhosas como alface, as quais necessitam de proteção (sombrites). A condição climática de alta umidade e temperaturas elevadas favorece também a incidência de doenças fúngicas, necessitando de monitoramento e controle. Culturas folhosas (alfaces): bom desenvolvimento, quando manejadas com estruturas de proteção (sombrites e aluminetes). Repolho, couve-flor e brócolis: presença de pulgões e lagartas; dependendo do nível de ataque/dano, é necessário o manejo. Tomate se encontra em fase de colheita, com boa qualidade dos frutos. Quanto ao preço pago ao produtor, a redução foi drástica. Abóboras e morangas em fase de colheita e desenvolvimento dos frutos. As chuvas regulares associadas a temperaturas mais elevadas favorecem o desenvolvimento dessas cucurbitáceas. Melancia e melão em fase final de colheita no município de Encruzilhada do Sul. Nos outros municípios produtores, Rio Pardo e General Câmara, a colheita está praticamente concluída. Iniciou a colheita do pepino em conserva em algumas lavouras. O clima está favorecendo o aparecimento de ácaros filófagos e de doenças, necessitando controles. Aipim e batata-doce: em fase de desenvolvimento. As lavouras apresentam bom aspecto fitossanitário e bom potencial produtivo. Agricultores se

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preparam para iniciar a colheita de variedades precoces; oferta regular de produtos nos mercados e feiras Frutícolas Moranguinho – No Vale do Rio Pardo os canteiros se encontram em fase de produção; no entanto, as condições de temperaturas mais elevadas reduzem bastante a produção. Atualmente estão em produção as cultivares San Andreas e Albion. Nessa época do ano, em função da temperatura média elevada, as plantas entram na fase de emissão de estolões, e muitos produtores aproveitam essas estruturas reprodutivas para fazer a “muda puxada” (muda caseira). No Vale do Taquari, cultura em entressafra e com produção residual sendo ofertada neste momento. Intensificam-se atividades de melhorias e reformas nas unidades de produção em ambiente protegido, como reposição de slabs; podas em início nas cultivares de dias neutro. Já há encomendas de mudas nacionais e importadas. No balanço geral a produtividade do morango da safra que encerra na região ficou abaixo das expectativas por razões associadas ao clima, a atraso na chegada de mudas importadas e à própria qualidade de mudas. As perdas na produção pela ocorrência da mosca Drosophila neste ano foram menos significativas, devido ao fato de ter aparecido mais tarde nos cultivos do que no ano anterior; além disso, os produtores já dominam com mais segurança as estratégias de convívio.

Uva – Na região Serrana, segue firme a colheita da safra, estando no momento no auge da principal variedade cultivada na região, a Isabella. As condições do clima dos últimos dias, sem pancadas de chuvas, com bastante insolação e calor, têm contribuído para melhorar o teor de açúcar e manter a sanidade das bagas, principalmente quanto às podridões. Uma característica difícil de ser melhorada é a coloração dos frutos, mantendo-se mais para um rosado do que para tinto. Tal fato é decorrente de elevada carga de cachos e perdas das folhas ponteiras pela incidência de fitopatias. Também inicia a colheita das variedades tardias, como as Moscato e Cabernet Sauvignon. Algumas agroindústrias começam a refugar o recebimento de parte da produção, mesmo de viticultores parceiros, em função do volume já recebido e da capacidade estática de estocagem das cantinas.

Olerícolas Alho – Nos últimos dias as condições climáticas de pouca umidade e frequente presença de ventos têm favorecido a cura e conservação dos bulbos armazenados nos galpões. De forma costumeira, nos meses de fevereiro e março, haja vista a priorização da mão de obra para a colheita da safra de uva na região da Serra, a oferta da olerícola é fortemente reduzida. Essa condição contribuiu para a reação considerável na precificação do produto; porém, o fluxo mercantil se mantém um tanto lento. O momento é de toalete e classificação do bulbo, atividades que certamente se intensificarão na segunda quinzena de março em diante. Preços médios por quilo na propriedade: indústria - nº 3 a R$ 2,50; nº 4 a R$ 5,50; nº 5 a R$ 6,50; nº 6 a R$ 7,50; e nº 7 a R$ 8,50. No Nordeste do Estado, no entorno do município de Ibiraiaras, o preço ofertado está entre R$ 10,00 e12,00/kg; porém, os produtores não estão vendendo, em decorrência de uma procura maior que oferta. Batata - A produção colhida no Planalto Médio e Nordeste do RS está sendo destinada principalmente para indústria de fritas em Minas Gerais alguma coisa para exportação. Mercado na região Sul fraco, mas estável. No mercado local de Ibiraiaras, a cotação está estável em R$ 30,00 a rosa e entre R$ 20,00 e R$ 25,00/sc. a branca. Com este preço e produtividade média de 35 t/ha, quem consegue comercializar está apenas tirando os custos de produção ou tendo margem reduzida de lucro. Produto começou a perder qualidade, pois está passando do ponto de colheita, associado às altas temperaturas do solo. Segundo os comerciantes e produtores, a comercialização está fraca, mas estável. Cebola - Lavouras com a colheita finalizada; segue a comercialização tanto para os mercados locais da região Sul, principalmente nos municípios de Rio Grande e Pelotas, como para exportação interestadual. Em São José do Norte os preços seguem em torno de R$ 0,45/kg a caixa 3; está sendo pago no máximo R$ 0,20/kg para a caixa 4 e 2. Produtores com alguma cebola armazenada em galpão esperam por preços melhores para comercialização. Estima-se um volume armazenado de 10% da safra, aguardando comercialização.

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Em Rio Grande, está finalizada a colheita da cebola de ciclo tardio, com boa média de produção ficando entre 25 a 30 t/ha. Ainda persistem problemas de comercialização, com o preço médio muito abaixo do esperado, fixando-se na faixa de R$ 0,45/kg. Pepino – No Vale do Caí, a cultura se encontra na fase de colheita e desenvolvimento vegetativo das novas áreas; situação fitossanitária regular, com alguns problemas, principalmente de mosca branca e doenças fúngicas; crescimento normal em função das temperaturas e chuvas adequadas para o período. Neste momento têm-se lavouras em fase final de colheita e com novos plantios, tanto do pepino conserva quanto do salada. As temperaturas altas limitaram um pouco o desenvolvimento normal da cultura em ambientes protegidos que não adotam alternativas para redução da temperatura interna. O período foi de intensa colheita com bastante oferta de produto. A mosca branca tem sido presença preocupante neste momento, particularmente nas áreas em produção; este ciclo de cultivo sucessivo não permite vazio que possa criar condição melhor para a próxima safra. A procura pelo pepino está em alta, e o preço se manteve entre R$ 25,00 a R$ 30,00/ cx. de 20 quilos (preço de entrega dos produtores). Tomate cereja - A cultura se encontra em fase final de colheita, com movimentação para busca de crédito para novos plantios em área estável, sem expansão há mais de dois anos devido a preços em queda e também pela oscilação no preço pago ao produto nessa última safra do Vale do Caí. O preço no período ficou em torno de R$ 3,50 a R$ 5,00/kg para o Cereja ou R$ 10,00 para seis cumbucas (variação de R$ 1,40 a R$ 1,70 a bandeja). Tomate - Pequenas áreas em fase de colheita neste momento alcançam preços totalmente desanimadores para a época, à ordem de R$ 10,00/cx. de 20 quilos. No Vale do Taquari, as altas temperaturas atrapalham a polinização; há poucos frutos e de baixa qualidade; fases de colheita e início de semeadura. Preço R$ 2,00/kg. Pimentão - Área de pimentão em fase de colheita, com valor muito baixo de comercialização, à ordem de R$ 10,00/cx. de 10 quilos.

Repolho - No geral, a cultura se desenvolve sem maiores problemas no Vale do Caí. O período é de colheita e de trabalhos para implantação de áreas menores com a cultura, em função de desestímulo gerado com o baixo preço e excesso de oferta nesta safra que se finaliza. Foi comercializado a R$ 0,45 a R$ 1,00/unid. Brócolis e couve-flor - Neste momento os produtores realizam práticas de preparo de solo das áreas para implantação de novos cultivos. O brócoli colhido está sendo comercializado a R$ 15,00/dz. e a couve-flor a R$ 25,00/dz. Alface - Período de intensa necessidade de utilização de irrigação e proteção para o cultivo; devido ao calor e à umidade, há significativa ocorrência de doenças foliares, particularmente cercosporiose, septoriose e viroses transmitidas por insetos sugadores. O valor de comercialização manteve-se no patamar de R$ 10,00/z. para alface crespa de primeira e de R$ 15,00/dz. para Americana de primeira. No Vale do Taquari, ocorreu o pendoamento de algumas variedades devido às altas temperaturas. Apenas os feirantes que têm sistema protegido conseguem produzir, e mesmo assim nos últimos dias o pendoamento aumentou; foi comercializada a R$1,00/unid. Tempero verde - O preço da salsa produzida e comercializada na região do Vale do Caí neste momento é de R$ 20,00/cx. de seis quilos, devido à oferta muito grande de temperos vindos do município de São Francisco de Paula. Aipim - Incrementa-se neste momento a colheita precoce da mandioca devido à boa remuneração, o que justifica penalizar parte da produtividade que este cultivo alcançaria com seu ciclo fisiológico completo. Os valores de venda direta neste momento alcançam R$ 2,50/kg no Vale do Caí. Nas Missões e Fronteira Noroeste, a cultura está em desenvolvimento vegetativo, sendo realizados tratos culturais, como o controle de plantas daninhas, que devido às condições climáticas estão causando grande concorrência à cultura. As lavouras estão com bom desenvolvimento. Agricultores iniciam a colheita. Perspectiva de uma boa safra em função do grande número de raízes nas plantas. A área de aipim está diminuindo ano após ano no Vale do Taquari, principalmente em função da falta de mão de obra e da valorização de outros cereais. Neste ano a bacteriose atingiu a maioria

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das lavouras, por ser um ano chuvoso e por falta de cuidados na escolha das manivas sadias. A colheita foi antecipada: iniciou há 10 ou 15 dias, com baixo rendimento em função do reduzido tamanho das raízes; o preço chegou a R$ 25,00/cx. de 20 quilos, mas agora está em R$ 20,00/cx., com boa demanda. Mais de 80% das lavouras (500 ha de cultivo em Cruzeiro do Sul) são da variedade Vassourinha. A maior parte da produção vai para a Ceasa Porto Alegre, mas há também agroindústrias, inclusive familiar, no município que fazem o descascamento e vendem o produto congelado. Feijão-vagem - Áreas com cultivos tradicionais de safrinha de feijão-vagem da região do Vale do Caí se encontram neste momento em fase de desenvolvimento vegetativo e com boa sanidade. No Vale do Taquari, se encontra em fase de colheita. As altas temperaturas prejudicam a polinização, reduzindo a produtividade. Apenas os feirantes produzem no momento, sendo comercializado a R$ 2,50/kg. Abóbora híbrida - Na última safra, no município de Cruzeiro do Sul, Vale do Taquari, obteve-se um bom rendimento por hectare (aproximadamente 800 sc./ha); isso porque o clima colaborou e os agricultores estão cada vez mais fazendo tratamentos contra doenças e insetos-praga. A maioria também faz a polinização hormonal, borrifando as flores ao amanhecer. O preço médio no final da colheita estava em R$ 15,00/sc. de 20 quilos. Na última semana ficou à ordem de R$ 10,00. A comercialização dos estoques seguirá naturalmente nos próximos 90 dias. Para a safrinha, temos um agricultor que experimentou o plantio, encontrando-se a cultura com bom desenvolvimento vegetativo. Milho-verde - Este ano o rendimento da cultura está acima do esperado, principalmente pelo clima, inclusive em relação ao milho produzido também para outros fins (silagem e grãos) no Vale do Taquari. A maior parte da cultura é comercializada na Ceasa, e apenas uma parte é beneficiada por uma agroindústria e vendida para uma rede de mercados. A variedade mais cultivada é a AG 8011, que está saindo do mercado e sendo substituída por outros híbridos. A produtividade média fica na faixa de 40 mil espigas colhidas/ha, numa densidade de 60 mil plantas, gerando 15 toneladas/ha de média. O valor pago ao agricultor hoje fica na faixa de R$ 0,15 a R$ 0,18/espiga.

Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da CEASA/RS, no período entre 21 a 27/02/2017, tivemos 25 produtos estáveis em preços, 10 em alta e nenhum em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo.

Um produto destacou-se em alta: a couve – de R$ 1,00 para R$ 1,25/molho (+25,00%) Em função do feriadão de Carnaval, a Ceasa/RS esteve fechada em 28 de fevereiro; assim, excepcionalmente, procedeu-se à análise conjuntural do mercado no dia anterior. Tradicionalmente as segundas-feiras são de mercado extremamente fraco. Com a terça-feira sem mercado, o universo varejista compareceu em massa nesta segunda, procurando abastecer seus equipamentos de venda. O resultado foi a constatação de 10 produtos em alta. Ocorreu apenas uma elevação nas cotações digna de comentários, o da couve-folha que similarmente a outras folhosas está sofrendo com a grande insolação e as temperaturas muito elevadas. Assim, com redução da oferta, ocorreu elevação das cotações de atacado. Preços de comercialização praticados na Ceasa Serra por produtores do Vale do Caí

Repolho: R$ 1,0 unid.

Beterraba: R$ 18,00 cx.

Cenoura: R$ 20,00 cx.

Alface: R$ 10,00 dz.

Pimentão: R$ 18,00 cx.

Tomate: R$ 40,00 cx.

Tempero verde: R$ 1,70 molho

Pepino salada: R$ 20,00 cx.

CRIAÇÕES Pastagens - Com a sequência de chuvas, insolação e altas temperaturas das últimas semanas as pastagens estão com excelente rebrote e taxa de crescimento. As pastagens de verão, áreas cultivadas com milheto, sorgo forrageiro e capim sudão, apresentam ótima condição de utilização. Este quadro também se repete nas pastagens perenes de verão (braquiárias, panicuns e tiftons). Produtores que realizaram fenação nas pastagens de trevo e cornichão estão manejando as áreas de melhor

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potencial produtivo com objetivo de produção de sementes. O campo nativo apresenta alta capacidade de suporte, fornecendo alimentação em quantidade e qualidade. Os produtores realizam roçadas nas áreas de campo nativo, para controle de plantas invasoras. Os pecuaristas estão ajustando a carga animal de acordo com a oferta de forragem das pastagens e do campo nativo. Ocorrem troca de potreiros e manejo das áreas com uso de cercas elétricas. Com o ajuste da carga, apresentam melhores resultados no ganho de peso dos animais. Alguns produtores já começam a implantar as pastagens de inverno na região, assim como a aquisição de sementes para estes plantios. Bovinocultura de corte – As condições de pastagens são satisfatórias para a época, e os rebanhos estão mantendo uma excelente condição corporal. Terneiros ganham peso rapidamente, com bom desenvolvimento nesta temporada. O clima é favorável à produção de forragem das pastagens naturais; a oferta de pasto tem apresentado constância e tendência de manutenção. A suplementação dos rebanhos vem sendo realizada com sal mineral e sal comum. Quanto à reprodução, em poucos rebanhos ainda há os touros nos rodeios de cria, apenas complementando a temporada de monta. Outros com estação mais curta, mais cedo já retiraram os reprodutores. A percentagem de cios é considerada boa e há perspectivas de boas taxas de prenhez. O calor e a umidade têm favorecido a incidência de carrapatos, bernes e mosca-do-chifre nos rebanhos. Ocorre manejo sanitário contra parasitas internos e externos em todas as categorias, com atenção especial à verminose em terneiros. Os produtos utilizados em banho e pour on em alguns casos têm apresentado pouca eficiência no controle, principalmente do carrapato, que pode ser atribuída a dois fatores: a ocorrência de chuva após a aplicação e a resistência dos parasitas ao princípio ativo utilizado. Esta situação tem levado os produtores a utilizar novas moléculas ou associar produtos para controle das infestações. O procedimento eleva os custos e em alguns casos pode haver intoxicação dos animais. É recomendado que os produtores busquem orientação preferencialmente de um médico veterinário e sigam as recomendações de utilização de cada produto, tomando também os devidos cuidados na manipulação e aplicação

destes produtos, evitando risco para as pessoas e os animais. Alguns produtores vacinaram as terneiras contra a brucelose e outros também vacinaram os rebanhos evitando as clostridioses. Comercialização O preço da carne e dos bovinos de corte continua estável, com pouca comercialização em função dos feriados de carnaval. Os preços estáveis e a abundância de pastagens estimulam que o produtor mantenha o gado por mais tempo na propriedade, o que possibilitará um melhor acabamento das carcaças. Os produtores estão apreensivos para realizar as reposições. Na região de Passo Fundo, semana de menor movimentação nas operações de compra e venda de gado de corte, com o boi gordo sendo comercializado entre R$ 5,00 e R$ 5,30/kg, vaca descarte R$ 4,40 e 4,70 e o novilho para engorda com preço estável na faixa de R$ 5,20 a R$ 5,50/kg. Preços praticados na região de Caxias do Sul (R$/kg vivo)

Produto Unidade Preço (R$)

Boi gordo kg vivo 5,20

Novilha 2 anos kg vivo 4,50

Novilho 2 anos kg vivo 5,00

Novilho 3 anos kg vivo 4,80

Novilho sobreano kg vivo 4,20

Terneiro kg vivo 5,00

Vaca descarte kg vivo 4,00

Vaca gorda kg vivo 4,60 Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul

Preços praticados na região de Santa Rosa (R$)

Produtos Unidade Preços (R$)

Boi gordo kg vivo 5,10 a 5,20

Novilha 1,5 anos kg vivo 4,80 a 5,00

Novilha 2,0 anos kg vivo 4,70 a 4,80

Novilho 1,5 anos kg vivo 5,20 a 5,30

Novilho 2 anos kg vivo 5,10 a 5,20

Terneira kg vivo 4,70 a 4,90

Terneiro kg vivo 4,90 a 5,10

Vaca com cria cabeça

1.800,00 a 2.100,00

Vaca gorda kg vivo 4,20 a 4,55

Vaca magra kg vivo 3,80 a 4,00 Fonte: Escritório regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa

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Arrendamento de campo Na região da Fronteira Noroeste e Missões, a referência oscila entre 4.000 a 5.000 kg de boi gordo por quadra de campo/ano, que equivale a 87,12 ha. Pequenos arrendamentos ainda ocorrem, tendo o hectare como referência por preços em torno de R$ 180,00 a R$ 250,00/ha. Estas variações se dão em função da condição do campo nativo, da presença de boas aguadas e também da quantidade de reservas (matas) na área arrendada. Bovinocultura de leite - A disponibilidade de forragem para o rebanho leiteiro está excelente, tanto em campo nativo como em pastagens cultivadas. As pastagens anuais de verão (capim sudão, sorgo, milheto) já demonstram menor rebrote e sinal de final de ciclo. Entretanto, as pastagens perenes de verão (tifton e aries), devido às boas condições climáticas de chuva e calor, continuam com bom desenvolvimento e excelente rebrote, proporcionando pastejo aos rebanhos. Para manutenção da qualidade das forrageiras, faz-se necessário roçar as pastagens perenes nos piquetes, para a produção máxima de folha, ofertando pastagem de boa qualidade. Alguns agricultores se especializaram no preparo de feno para comércio, uma nova fonte de renda alternativa, e estão vendendo ao preço de R$ 7,00 a R$ 8,00/fardo de aproximadamente 12 quilos. Assim, junto com a boa produtividade da silagem de milho, os produtores de leite terão boas reservas de alimento para o inverno. A ampla oferta de pasto contribui para manter os custos de produção estáveis. Além das pastagens, os agricultores estão utilizando silagem, feno e ração. Em muitos municípios ainda estão elaborando silagem de milho, com altos índices de produtividade. A silagem de milho está praticamente toda colhida, com bons rendimentos (±40 t/ha). O solo está sendo preparado para o plantio de pastagens de outono e inverno, para evitar maior vazio forrageiro. Fatores que afetam os rebanhos e estão presentes em muitas propriedades, são a falta de água (sem considerar a qualidade da água) e sombra, que, aliados às altas temperaturas, inibem o consumo forrageiro, mesmo em potreiros com boa oferta. A sanidade do rebanho de forma geral é satisfatória, embora o calor e a umidade tenham aumentado a incidência de moscas, endoparasitas e ectoparasitas. Isto tem obrigado os produtores a realizarem controle com produtos químicos.

Produtividade Na região de Porto Alegre, nos municípios de Taquara, Viamão, Gravataí, Glorinha, Rolante Santo Antônio da Patrulha e Eldorado do Sul, alguns tambos estão realizando reservas forrageiras, fundamentalmente com base na silagem milho, que tem apresentado rendimentos considerados aceitáveis de 25 a 30 t/ha. Predominância de vacas pouco especializadas na produção de leite: 70% das propriedades, com média de 12 L/vaca/dia. Nas demais 30%, com perfil de produção mais especializada, a média é de 18 l/vaca/dia. Todavia, há casos isolados em que a produtividade média chega a 22 L/vaca/dia. O mais complicado atualmente é o estresse calórico, pela ocorrência de temperaturas elevadas, que pode levar a uma queda de mais de 5% na produção diária. Comercialização Se as condições para a produção são favoráveis, a condição de comercialização do leite não apresenta o mesmo quadro positivo. De maneira geral há uma redução entre 15 e 20% no preço pago pelo leite ao produtor em relação ao início do segundo semestre de 2016; mesmo com bonificações de qualidade e quantidade, o preço base apresentou redução. As empresas alegam que há aumento na produção e redução no consumo, o que é normal para a época do ano. Em geral, os produtores estão reduzindo a oferta de concentrados em função da disponibilidade de forragens, para reduzir os custos. O valor pago pelo litro de leite apresentou leve melhora em todas as empresas, e maior parte dos produtores recebe entre R$ 0,90 e R$ 1,25/L, e preço médio de R$ 1,11/L. Os preços da ração têm se mantido estáveis, com leve redução de R$ 1,00 a R$ 2,00/sc., reflexo da queda dos preços do milho e da soja. Na região de Pelotas, continua o atraso no pagamento por parte de cooperativas e perdas de qualidade de leite devido a frequentes quedas e faltas de luz em algumas localidades da bacia leiteira. Ovinocultura - Na região de Bagé, alguns rebanhos estão sendo encarneirados, prioritariamente das raças Merino e Ideal; avaliação e seleção dos machos e fêmeas; época de feiras de verão e remates para venda de carneiros; período de final de safra de lã, com os rebanhos esquilados e com uma remuneração semelhante ou até inferior à safra passada. A

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produção de lã se manteve nos padrões de produção, com média de 3,5 kg/ovelha. O custo de operação da esquila oscilou de R$ 4,50 a R$ 5,50 dependendo do método e do tamanho do rebanho. Os cordeiros apresentam bom desenvolvimento atualmente, sendo abatidos aos cinco meses com cerca de 35 kg vivo, e o preço de mercado pode chegar até R$ 6,00/kg vivo. O aumento da umidade pode acarretar em maior incidência de parasitas nos rebanhos ovinos; assim, produtores realizam manejos estratégicos para o controle da verminose ovina com dosificações de acordo com a necessidade ou conforme a condição corporal do rebanho. Houve informações de ocorrência de haemonchus e oestrus ovis (bicho da cabeça). Também na região de Pelotas, época de classificação dos rebanhos, seleção de borregas para a reprodução e descarte das matrizes velhas ou com defeitos da reprodução. Tem início o período de monta a fim de produzirem cordeiros mais cedo, com pastagens na parição, em vários municípios. Em função da umidade, produtores relatam ocorrência de miíases e presença de problemas nos cascos dos animais; aumento da verminose em função da umidade e altas temperaturas. Alguns produtores relatam a presença de oestrose (falso bicho da cabeça), também característica do período. Preço da lã de cordeiro (borrego) a R$ 7,00 na Cooperativa de Lãs Mauá Ltda. de Jaguarão. Segue o movimento de entrega de lã na Cooperativa, colhendo velos ainda e lã de borrego (esquila de cordeiros); enviada semanalmente para a indústria uma carga (8 ton.). Preços da carne com leve queda durante a semana. Eventos Herval irá sediar Concurso Regional de Artesanato e Borregas que acontecerá em 28/04/2017. Em Jaguarão, no dia 05 de março próximo acontece o 18º Concurso de Borregas e Exposição de Artesanato em Lã de produtores assistidos pela Emater/RS-Ascar de Jaguarão que ocorrerá dentro da programação da 44º Exposição Estadual de Ovinos Meia Lã. Na região de Santa Rosa, ocorrem os banhos para controle de ectoparasitas. As condições climáticas atuais também favorecem o rebanho ovino no sentido da boa oferta de forragens. Preço médio da região pelo kg/vivo: capão R$ 5,50; ovelha R$ 5,00 a R$ 6,50 e cordeiro: R$ 6,50; lã praticamente toda comercializada.

Na região de Soledade, da mesma maneira que com os demais animais de produção, os ovinos encontram-se com bom escore corporal devido às condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento do campo nativo e das pastagens cultivadas. A verminose, como sempre nessa época, é o grande problema da ovinocultura; alguns produtores têm maior dificuldade para controlar, mas a maioria está conseguindo fazer o controle com eficiência. Alguns rebanhos estão com problema de foot rot, o tratamento curativo está sendo eficiente, mas ainda assim alguns produtores estão utilizando a vacina para evitar a disseminação da doença. Suinocultura – Segundo pesquisa da ACSURS, realizada em 27/02/2017, o preço do suíno baixou R$ 0,16 nesta semana. Os produtores independentes obtiveram R$ 4,36/kg posto na indústria e os produtores integrados ficaram com o preço médio de R$ 3,36. O número de animais da pesquisa foi de 10.670, com peso médio de 106 quilos. Esta semana tivemos dois informantes que compraram milho, ficando a saca de 60 quilos em R$ 25,50. O preço da tonelada de farelo de soja permaneceu em R$ 1.060,00 no pagamento à vista e subiu para R$ 1.080,00 no pagamento com 30 dias de prazo, ambos no preço da indústria. Apicultura - Os enxames estão fortalecidos pela alta floração dos campos e matas nativos, com floradas ricas em pólen, o que provoca uma alta enxameação, resultando assim, em captura de novos enxames pelos apicultores. Após dois anos de baixa produtividade de mel, este ano está sendo muito bom para os apicultores, que realizam as primeiras coletas do produto. A colheita de mel tem mostrado uma alta produção o que confirma a floração rica em pólen. Apicultores realizam a migração das colmeias para as florestas de eucaliptos com objetivo de aproveitar a floração. Os apicultores estão realizando monitoramento dos apiários para evitar e controlar os predadores. Alguns apicultores estão otimistas; em alguns casos estão elevando a expectativa de colheita por colmeias e estimando colheitas, pontuais, de até 30 quilos por colmeia, em função do manejo dessas e das condições de clima e florada que vêm ocorrendo nessa safra. Na região de Erechim, houve registro de mortalidade de abelhas, possivelmente em virtude da contaminação por agrotóxicos das culturas anuais de verão.

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Os preços seguem os mesmos da semana anterior, em todas as regiões do Estado (R$/kg).

Região Atacado (R$/kg)

Varejo (R$/kg)¹

Caxias do Sul 12,00 22,00

Erechim 12,00

15,00 a 20,00

Pelotas 8,00 a 12,00

15,00 a 22,00

Porto Alegre 12,00 24,00

Santa Maria 10,00 a 15,00

20,00 a 25,00

Santa Rosa² 15,00 a 18,00

20,00 a 25,00

Soledade 10,00

15,00 a 20,00

1 Venda direta ao consumidor e em feiras municipais

2 Galões com 285 quilos de mel

Fonte: Escritórios regionais da Emater/RS-Ascar.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2012/2016

02/03/2017 23/02/2017 02/02/2017 03/03/2016 GERAL MARÇO

Arroz em Casca 50 kg 47,74 48,04 48,52 45,25 43,48 41,70

Feijão 60 kg 182,78 187,50 205,24 166,85 172,96 170,35

Milho 60 kg 25,95 26,80 28,71 39,91 32,70 33,75

Soja 60 kg 64,17 64,80 66,51 79,36 76,08 73,51

Sorgo Granífero 60 kg 26,57 27,20 31,65 33,01 27,79 28,25

Trigo 60 kg 28,37 28,29 28,12 36,89 37,09 36,12

Boi para Abate kg vivo 5,08 5,11 5,10 5,88 5,00 5,08

Vaca para Abate kg vivo 4,52 4,55 4,60 5,26 4,49 4,55

Cordeiro para Abate kg vivo 5,50 5,49 5,56 5,86 5,34 5,24

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,54 3,46 3,42 3,50 3,72 3,70

Leite (valor liquido recebido) litro 1,11 1,12 1,11 0,98 1,03 0,98

27/02-03/03 20/02-24/02 30/01-03/02 29/02-04/03

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica , são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2012-2016 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2012-2016.