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Informativo externo da Embrapa Suínos e Aves
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Qualidade internacionalTRANSFERÊNCIA
Projeto Frango Aurora auxilia na organização e gestão da propriedade - Página 3
PESQUISA
Embrapa lidera açõespara geração de energia a partir de dejetosPÁGINA 6
GESTÃO DA ÁGUA
Projeto implanta novospadrões de consumonas propriedadesPÁGINA 7
SALMONELA
Vídeo e aplicativoorientam sobre fatoresde riscos nas granjas PÁGINA 2
Suín s e vesINFORMATIVO DA EMBRAPA SUÍNOS E AVES - CONCÓRDIA/SC - ANO XX - DEZEMBRO DE 2014 - EDIÇÃO Nº 54
Suín s e ves
A genética de suínos da Embrapa completa 18 anos e apresenta uma nova fêmea
Suíno Light éalternativa de produção
PESQUISA
PÁGINAS 4 e 5
Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 02 Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 03
FALACHEFIA
Qualidade dapesquisa
Janice Reis Ciacci ZanellaCHEFE GERAL
Foi com muita honra que assumimos a Chefia em agosto de 2014. Iniciamos a gestão buscando dar continuidade aos projetos, obras e processos em andamento da gestão anterior. Também demos a partida na construção do que foi proposto para os próximos anos, focados em qualidade da pesquisa, melhoria de processos internos, objetividade e transparência da gestão, capacitação das equipes, desenvolver um trabalho compartilhado e melhorar a cooperação em todos os níveis, inclusive o internacional.
Em PD&I, priorizamos temas estratégicos como a sanidade animal, bem-estar e automação dos sistemas produtivos, meio ambiente, genômica animal e agricultura familiar. E a área de TT atuará articulada, inserindo-se nos projetos desde a sua concepção. Nossa proposta é trabalhar com o produtor e a sociedade para fortalecer a agropecuária nacional.
Vídeo detalha organização na granja
NA TELA
O Projeto Frango Aurora também
produziu um vídeo sobre organização de
granjas avícolas. O vídeo, que estará
disponível na página eletrônica da
Embrapa Suínos e Aves, também será
utilizado pela Aurora em treinamentos
para seus avicultores integrados em 2015.
Além de tratar sobre os controles
documentais para deixar a granja
organizada, o vídeo apresenta ainda
normas para a qualidade da água e
controle de roedores.
Salmonelômetro explica quais são os fatores de risco na granja
BACTÉRIA
O equipamento com fatores de risco sobre a salmonela foi apresentado pela primeira vez na Pork Expo, realizada em outubro, em Foz do Iguaçu (PR)
A Embrapa Suínos está
popularizando os fatores de ris-
co da salmonela em granjas
produtoras de suínos de uma
forma diferente. Por meio de um
equipamento chamado de Sal-
monelômetro, a Embrapa tem
levado para feiras agropecuá-
rias e eventos científicos um tes-
te que dá uma ideia da presen-
ça da bactéria no rebanho. Bas-
ta responder o teste, tocando
em uma tela, para o produtor ou
técnico saber os acertos e erros
que comete na gestão sanitária
da granja.
O Salmonelômetro é fruto
de um projeto de comunicação
e transferência de tecnologia,
em parceria com a Seara
Alimentos, que levou para o
campo resultados de 10 anos
de pesquisa da Embrapa sobre
a salmonela em suínos. Segun-
do a pesquisadora Jalusa Deon
Kich, líder do projeto, controlar a
salmonela é importante para o
consumidor e para as exporta-
ções brasileiras.
Cada uma das perguntas
feitas no teste do Salmonelô-
metro representa um dos fatores
de risco. Por exemplo: a granja
faz controle de roedores? Se a
resposta for não, aumenta o
índice de provável contamina-
ção por salmonela. A partir das
respostas, no final do teste é
apresentado um relatório com o
o apontamento dos fatores de
risco que precisam ser corrigi-
dos.
Acompanha o Salmonelô-
metro um folder com todas as
orientações para o controle da
bactéria. Quem não pode ir até
um evento, também pode man-
ter contato com o Salmonelôme-
tro. O teste está disponível na
página eletrônica da Embrapa
Suínos e Aves. O acesso, que é
gratuito, deve ser feito por meio
do endereço descrito a seguir:
www.embrapa.br/suinos-e-aves.
Vídeo destaca limpeza e desinfecçãoO projeto que viabilizou o
Salmonelômetro também dispo-
nibilizou a partir de novembro
um vídeo sobre Limpeza e De-
sinfecção em Granjas Suiníco-
las. A limpeza e a desinfecção
são o começo dos bons resulta-
dos na produção de suínos.
O vídeo disponibilizado na
internet pela Embrapa Suínos e
Aves, no endereço eletrônico
www.embrapa.br/suinos-e-aves,
explica em detalhe quais são os
passos indispensáveis para
limpar e desinfetar adequada-
mente as instalações em que
são criados os suínos.
O vídeo é dividido em oito
passos: Limpeza seca, Limpeza
úmida, Aplicação do detergente
para completar a limpeza e reti-
rar a sujeira invisível, Lavagem
final ou enxágue, Retirada da
água acumulada nos pisos e
equipamentos, Secagem das
instalações, Desinfecção e Vazio
sanitário. A Embrapa mostra
ainda que limpar e desinfetar
proporciona bem-estar animal,
custos menores e produtividade.
EXPEDIENTEO informativo Suínos e Aves é editado pelo
Núcleo de Comunicação Organizacional
da Embrapa Suínos e Aves, vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
Embrapa Suínos e Aves
Janice Reis Ciacci Zanella
Chefe geral
Airton Kunz
Chefe adjunto de Pesquisa e
Desenvolvimento
Marcelo Miele
Chefe adjunto de Transferência de
Tecnologia
Armando Lopes do Amaral
Chefe adjunto de Administração
Edição e Redação
Jean Carlos Porto Vilas Boas Souza
(MTb/SC 00717)
Lucas Scherer Cardoso
(MTb/RS 10158)
Monalisa Leal Pereira
(MTb/SC 01139)
Fotografia
Arquivo Embrapa Suínos e Aves
www.embrapa.br/suinos-e-aves
Organização traz à tona toda a qualidade da produção de frango
GESTÃO
Um projeto de comunica-
ção e transferência de tecnolo-
gia da Embrapa Suínos e Aves,
em parceria com a Cooperativa
Central Aurora, está auxiliando
produtores de frango de corte a
atenderem padrões internacio-
nais de organização e gestão da
propriedade. O Projeto Frango
Aurora investe na padronização
de documentos e beneficiou
mais de 1,6 mil integrados da
Aurora.
O projeto partiu da presença
cada vez mais constante de
missões estrangeiras de
compradores da carne de
frango brasileira, que sempre se
interessavam em visitar as gran-
jas avícolas. Normalmente, es-
sas granjas não possuíam do-
cumentos para comprovar a
qualidade da produção. Foi daí
que surgiu a ideia de se orga-
nizar as granjas com docu-
mentos e controles que aten-
dessem normas nacionais e
internacionais de qualidade.
O resultado do projeto é
visível já na entrada das granjas.
O escritório está organizado e
todos os documentos de funcio-
namento da propriedade estão
expostos em um mural. Já as
informações sobre o lote de
frangos estão dispostas em
planilhas organizadas em uma
pasta específica. Há ainda um
acompanhamento documental
sobre controle de roedores e da
água fornecida aos frangos.
‘‘Sempre tivemos essa qualida-
de, mas agora temos tudo com-
provado por meio de documen-
tos, que ficam disponíveis no
escritório da granja’’, explicou
Eliana Renuncio Bodanese, da
Aurora.
Segundo o pesquisador
Paulo Sérgio Rosa, da Embrapa,
que lidera o projeto, ficou mais
fácil também para quem presta
assistência técnica aos produ-
tores. ‘‘Além de ter mais infor-
mações à disposição, o técnico
também encontra um ambiente
arrumado. Antes, as fichas de
controle do lote, por exemplo,
poderiam estar em qualquer
lugar do escritório. Agora, estão
numa pasta, de fácil manuseio’’,
afirmou o pesquisador. Ou seja,
agora a qualidade também está
documentada entre os produto-
res da Aurora.
Documentos da granja agora estão expostos em mural, facilitando o trabalho do produtor e também do profissional que presta a assistência técnica
A Embrapa Suínos e Aves foi
uma das homenageadas duran-
te a festa de 55 Anos da Asso-
ciação Catarinense de Criadores
de Suínos (ACCS). A Unidade
recebeu dois troféus: um como
granja de matrizes e outro como
instituição parceira. A granja da
Embrapa tem registro de 35
anos na associação e foi uma
das dez premiadas.
Reconhecimentopela atuação nacadeia suinícola
A pesquisadora e chefe ge-
ral da Embrapa Suínos e Aves,
Janice Zanella, recebeu dois
prêmios por seu trabalho na
área de sanidade de suínos.
Em maio, Janice foi home-
nageada como Personalidade
Técnica da Suinocultura Brasi-
leira na Feira Latino Americana
da Indústria de Aves e Suínos
(AveSui) 2014 em Florianópolis.
O prêmio destaca, desde
2003, profissionais que atuam
na avicultura e suinocultura e
cuja participação contribui deci-
sivamente para o desenvolvi-
mento da produção de aves e
suínos no Brasil.
Em outubro, Janice recebeu
em Foz do Iguaçu, a premiação
Melhores do Ano da Suinocul-
tura, na categoria Pesquisador,
concedida durante a PorkExpo
2014.
Segundo o regulamento, o
prêmio destaca “as pessoas
que fazem a diferença na suino-
cultura e que, com isso, ajudam
a construir a força do país”.
Os organizadores escolhe-
ram pessoas que se dedicam à
suinocultura e colocaram em
votação seus nomes. Os três
mais indicados concorreram
como finalistas em 13
categorias.
Granja de suínosrecebe distinçãoda ACCS
Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 02 Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 03
FALACHEFIA
Qualidade dapesquisa
Janice Reis Ciacci ZanellaCHEFE GERAL
Foi com muita honra que assumimos a Chefia em agosto de 2014. Iniciamos a gestão buscando dar continuidade aos projetos, obras e processos em andamento da gestão anterior. Também demos a partida na construção do que foi proposto para os próximos anos, focados em qualidade da pesquisa, melhoria de processos internos, objetividade e transparência da gestão, capacitação das equipes, desenvolver um trabalho compartilhado e melhorar a cooperação em todos os níveis, inclusive o internacional.
Em PD&I, priorizamos temas estratégicos como a sanidade animal, bem-estar e automação dos sistemas produtivos, meio ambiente, genômica animal e agricultura familiar. E a área de TT atuará articulada, inserindo-se nos projetos desde a sua concepção. Nossa proposta é trabalhar com o produtor e a sociedade para fortalecer a agropecuária nacional.
Vídeo detalha organização na granja
NA TELA
O Projeto Frango Aurora também
produziu um vídeo sobre organização de
granjas avícolas. O vídeo, que estará
disponível na página eletrônica da
Embrapa Suínos e Aves, também será
utilizado pela Aurora em treinamentos
para seus avicultores integrados em 2015.
Além de tratar sobre os controles
documentais para deixar a granja
organizada, o vídeo apresenta ainda
normas para a qualidade da água e
controle de roedores.
Salmonelômetro explica quais são os fatores de risco na granja
BACTÉRIA
O equipamento com fatores de risco sobre a salmonela foi apresentado pela primeira vez na Pork Expo, realizada em outubro, em Foz do Iguaçu (PR)
A Embrapa Suínos está
popularizando os fatores de ris-
co da salmonela em granjas
produtoras de suínos de uma
forma diferente. Por meio de um
equipamento chamado de Sal-
monelômetro, a Embrapa tem
levado para feiras agropecuá-
rias e eventos científicos um tes-
te que dá uma ideia da presen-
ça da bactéria no rebanho. Bas-
ta responder o teste, tocando
em uma tela, para o produtor ou
técnico saber os acertos e erros
que comete na gestão sanitária
da granja.
O Salmonelômetro é fruto
de um projeto de comunicação
e transferência de tecnologia,
em parceria com a Seara
Alimentos, que levou para o
campo resultados de 10 anos
de pesquisa da Embrapa sobre
a salmonela em suínos. Segun-
do a pesquisadora Jalusa Deon
Kich, líder do projeto, controlar a
salmonela é importante para o
consumidor e para as exporta-
ções brasileiras.
Cada uma das perguntas
feitas no teste do Salmonelô-
metro representa um dos fatores
de risco. Por exemplo: a granja
faz controle de roedores? Se a
resposta for não, aumenta o
índice de provável contamina-
ção por salmonela. A partir das
respostas, no final do teste é
apresentado um relatório com o
o apontamento dos fatores de
risco que precisam ser corrigi-
dos.
Acompanha o Salmonelô-
metro um folder com todas as
orientações para o controle da
bactéria. Quem não pode ir até
um evento, também pode man-
ter contato com o Salmonelôme-
tro. O teste está disponível na
página eletrônica da Embrapa
Suínos e Aves. O acesso, que é
gratuito, deve ser feito por meio
do endereço descrito a seguir:
www.embrapa.br/suinos-e-aves.
Vídeo destaca limpeza e desinfecçãoO projeto que viabilizou o
Salmonelômetro também dispo-
nibilizou a partir de novembro
um vídeo sobre Limpeza e De-
sinfecção em Granjas Suiníco-
las. A limpeza e a desinfecção
são o começo dos bons resulta-
dos na produção de suínos.
O vídeo disponibilizado na
internet pela Embrapa Suínos e
Aves, no endereço eletrônico
www.embrapa.br/suinos-e-aves,
explica em detalhe quais são os
passos indispensáveis para
limpar e desinfetar adequada-
mente as instalações em que
são criados os suínos.
O vídeo é dividido em oito
passos: Limpeza seca, Limpeza
úmida, Aplicação do detergente
para completar a limpeza e reti-
rar a sujeira invisível, Lavagem
final ou enxágue, Retirada da
água acumulada nos pisos e
equipamentos, Secagem das
instalações, Desinfecção e Vazio
sanitário. A Embrapa mostra
ainda que limpar e desinfetar
proporciona bem-estar animal,
custos menores e produtividade.
EXPEDIENTEO informativo Suínos e Aves é editado pelo
Núcleo de Comunicação Organizacional
da Embrapa Suínos e Aves, vinculada ao
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
Embrapa Suínos e Aves
Janice Reis Ciacci Zanella
Chefe geral
Airton Kunz
Chefe adjunto de Pesquisa e
Desenvolvimento
Marcelo Miele
Chefe adjunto de Transferência de
Tecnologia
Armando Lopes do Amaral
Chefe adjunto de Administração
Edição e Redação
Jean Carlos Porto Vilas Boas Souza
(MTb/SC 00717)
Lucas Scherer Cardoso
(MTb/RS 10158)
Monalisa Leal Pereira
(MTb/SC 01139)
Fotografia
Arquivo Embrapa Suínos e Aves
www.embrapa.br/suinos-e-aves
Organização traz à tona toda a qualidade da produção de frango
GESTÃO
Um projeto de comunica-
ção e transferência de tecnolo-
gia da Embrapa Suínos e Aves,
em parceria com a Cooperativa
Central Aurora, está auxiliando
produtores de frango de corte a
atenderem padrões internacio-
nais de organização e gestão da
propriedade. O Projeto Frango
Aurora investe na padronização
de documentos e beneficiou
mais de 1,6 mil integrados da
Aurora.
O projeto partiu da presença
cada vez mais constante de
missões estrangeiras de
compradores da carne de
frango brasileira, que sempre se
interessavam em visitar as gran-
jas avícolas. Normalmente, es-
sas granjas não possuíam do-
cumentos para comprovar a
qualidade da produção. Foi daí
que surgiu a ideia de se orga-
nizar as granjas com docu-
mentos e controles que aten-
dessem normas nacionais e
internacionais de qualidade.
O resultado do projeto é
visível já na entrada das granjas.
O escritório está organizado e
todos os documentos de funcio-
namento da propriedade estão
expostos em um mural. Já as
informações sobre o lote de
frangos estão dispostas em
planilhas organizadas em uma
pasta específica. Há ainda um
acompanhamento documental
sobre controle de roedores e da
água fornecida aos frangos.
‘‘Sempre tivemos essa qualida-
de, mas agora temos tudo com-
provado por meio de documen-
tos, que ficam disponíveis no
escritório da granja’’, explicou
Eliana Renuncio Bodanese, da
Aurora.
Segundo o pesquisador
Paulo Sérgio Rosa, da Embrapa,
que lidera o projeto, ficou mais
fácil também para quem presta
assistência técnica aos produ-
tores. ‘‘Além de ter mais infor-
mações à disposição, o técnico
também encontra um ambiente
arrumado. Antes, as fichas de
controle do lote, por exemplo,
poderiam estar em qualquer
lugar do escritório. Agora, estão
numa pasta, de fácil manuseio’’,
afirmou o pesquisador. Ou seja,
agora a qualidade também está
documentada entre os produto-
res da Aurora.
Documentos da granja agora estão expostos em mural, facilitando o trabalho do produtor e também do profissional que presta a assistência técnica
A Embrapa Suínos e Aves foi
uma das homenageadas duran-
te a festa de 55 Anos da Asso-
ciação Catarinense de Criadores
de Suínos (ACCS). A Unidade
recebeu dois troféus: um como
granja de matrizes e outro como
instituição parceira. A granja da
Embrapa tem registro de 35
anos na associação e foi uma
das dez premiadas.
Reconhecimentopela atuação nacadeia suinícola
A pesquisadora e chefe ge-
ral da Embrapa Suínos e Aves,
Janice Zanella, recebeu dois
prêmios por seu trabalho na
área de sanidade de suínos.
Em maio, Janice foi home-
nageada como Personalidade
Técnica da Suinocultura Brasi-
leira na Feira Latino Americana
da Indústria de Aves e Suínos
(AveSui) 2014 em Florianópolis.
O prêmio destaca, desde
2003, profissionais que atuam
na avicultura e suinocultura e
cuja participação contribui deci-
sivamente para o desenvolvi-
mento da produção de aves e
suínos no Brasil.
Em outubro, Janice recebeu
em Foz do Iguaçu, a premiação
Melhores do Ano da Suinocul-
tura, na categoria Pesquisador,
concedida durante a PorkExpo
2014.
Segundo o regulamento, o
prêmio destaca “as pessoas
que fazem a diferença na suino-
cultura e que, com isso, ajudam
a construir a força do país”.
Os organizadores escolhe-
ram pessoas que se dedicam à
suinocultura e colocaram em
votação seus nomes. Os três
mais indicados concorreram
como finalistas em 13
categorias.
Granja de suínosrecebe distinçãoda ACCS
Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 04 Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 05
A genética “Suíno Light” da Embrapa completa 18 anos PIONEIRISMO
Ms115 é a terceira geração do Suíno Light e tem como proposta um animal mais pesado para abate.
Os reprodutores dessa genética são a alternativa para nichos e produtores que apostam em carne diferenciada
Agregando valor à pesquisa
Para atender melhor às
necessidades e expectativas dos
produtores e, consequentemente,
dos consumidores, a Embrapa
Suínos e Aves também
desenvolveu uma pesquisa para
agregar valor à carne dos suínos
light por meio da nutrição. Ou
seja, paralelo ao desenvolvimento
da fêmea suína MO25C,
pesquisadores da área de
qualidade da carne trabalharam
em um experimento de adição de
óleos na ração dos animais, que
resultou numa carne com alto teor
de ômega 3, um ácido graxo que
atua de diversas formas na
melhoria da saúde humana. “É
preciso que se diga, inicialmente,
que a carne suína produzida em
larga escala nos sistemas
industriais de produção já é uma
carne de ótima qualidade
nutricional. No entanto, nossa
intenção era desenvolver
produtos diferenciados, com valor
agregado, como opção tanto
para os produtores de suínos
como para os consumidores”,
explicou a pesquisadora
Teresinha Marisa Bertol,
responsável pela pesquisa.
A exemplo de outros países,
onde nichos de mercado são
ocupados por uma grande
variedade de produtos de origem
animal com qualidade e valor
diferenciado, a Embrapa buscou
desenvolver esta opção para o
mercado nacional, a qual se
adequa tanto para produção em
sistemas convencionais, com
suínos melhorados para produção
de carne magra, quanto a
sistemas alternativos de produção
com genótipos diferenciados.
“Pensando assim, a carne suína
enriquecida com ômega-3
encaixa-se nesta opção de
produto diferenciado, com valor
agregado em função de ser ainda
mais saudável”, enfatizou.
A pesquisa contou com a
parceria da Universidade Federal
de Santa Maria e a Universidade
Federal do Vale do São
Francisco.
Do porco “banha” ao suíno
light. Essa é a trajetória que a
pesquisa da Embrapa ajudou a
construir na cadeia suinícola do
Brasil em busca de maior renta-
bilidade aos produtores nos
últimos 18 anos.
A exigência da sociedade
em consumir alimentos mais
saudáveis levou o mercado a
valorizar a produção de animais
com mais quantidade e quali-
dade de carne na carcaça. Isso
afetou produtores e mudou a
relação financeira com as a-
groindústrias, que nos anos
1980, implantaram um sistema
de tipificação da carcaça.
De acordo com o ex-
pesquisador Jerônimo Fávero,
esse sistema foi motivador e
orientador para a produção de
carcaças com mais qualidade.
“Os produtores tinham que
comercializar com mais quali-
dade e não mais pela classifica-
ção 'carne', 'misto' ou 'banha'.
Começou, então, a busca por
melhores índices de carne na
carcaça. E, uma das maneiras
de conseguir isso de maneira
progressiva, duradoura e cumu-
lativa era por meio do melhora-
mento genético, desenvolvendo
uma genética de suíno que
conseguisse essa característi-
ca”, lembrou Fávero.
Assim, iniciou o projeto de
pesquisa em melhoramento ge-
nético de suínos da Embrapa,
que resultou em 1996 no lança-
mento do primeiro suíno light, o
Macho Sintético Embrapa -
MS58, em parceria com a Coo-
perativa Central Oeste Catari-
nense (Coopercentral).
A denominação de MS58
está relacionada ao rendimento
da carne na carcaça, que é su-
perior a 58%. “Esse índice era o
mínimo que ele produzia”, des-
tacou o ex-pesquisador, respon-
sável pelo trabalho na época.
Segundo os registros, o MS58
foi comercializado em 14 esta-
dos brasileiros, o que contribuiu,
no ano de 1999, com a produ-
ção de 1.178.452 suínos de
abate, representando 6,1% do
abate de suínos inspecionados.
Em 2000, a Embrapa lançou
a segunda geração do suíno
light, o MS60, que também apre-
sentou melhorias genéticas e
teve como principal característi-
ca ser livre do gene halotano, do
stress. “Ele veio com mais quan-
tidade e qualidade de carne, o
que contribuiu para que a linha-
gem do suíno light fosse suces-
so entre os produtores. Ele re-
presentava um animal produtivo,
«A carne do MS é muito boa e muito bem aceita pela
população aqui da região de Vitória da Conquista."
Mauro Morais, de Guanambi/BA
«O MS115 é um animal que tem bom desempenho e boa conversão alimentar, o que faz
muita diferença no ganho de peso e melhora a carcaça. A qualidade da carne é ótima, é uma
carne magra, que é justamente o que o mercado exige atualmente. Ele tem a marca
da Embrapa, marca de investimento em pesquisa e melhoria genética e de
confiança. Quando você fala em Embrapa, fica tudo mais fácil."
Edinilson Bazzi, da TopGen, de Jaguariaíva/PR
“Considero as principais características do suíno da Embrapa, e que o diferenciam da concorrência, a rusticidade, a boa conformação de
carcaça e o ganho de peso."
José Rossetto, da Suinocultura Rossetto, de Cerqueira César/SP, que trabalha com a
linhagem da Embrapa, desde o lançamento do MS 115 em 2008
«Conhecemos o MS na Expointer, em Esteio no Rio Grande
do Sul e ficamos um ano na fila. Depois, acompanhamos a
evolução, com o MS60 e hoje trabalhamos com o MS115."
Daniel Michels, da Granja Michels, de Braço do Norte/SC
que trazia mais renda e com
preço acessível”.
Na continuidade da pesqui-
sa, a Embrapa e a Aurora lança-
ram, em 2008, o MS115, repre-
sentando a terceira geração do
suíno light. A proposta foi de
adaptação à nova realidade do
mercado, que exigia animais
mais pesados para o abate.
Desde que entrou no merca-
do, o reprodutor da Embrapa
permitiu o acesso ao melhora-
mento genético principalmente
para produtores independentes,
que não fazem parte da integra-
ção das grandes agroindústrias.
Essa fatia de mercado, para o
pesquisador Elsio Figueiredo, é
reflexo da vantagem que o ani-
mal representa. “O reprodutor
MS115 está no nível dos melho-
res reprodutores híbridos comer-
ciais vendidos no Brasil e é ofer-
tado com um preço acessível a
todos os tipos de produtores”.
A linha especializada
E a evolução dos suínos light
e do programa de melhoramen-
to genético suíno da Embrapa
não parou apenas nas linhagens
de reprodutores terminais. Em
setembro de 2014, lançou-se a
fêmea suína Embrapa MO25C.
Ela foi concebida para ser ver-
sátil, com boa produção de lei-
tões, mas também para melhor
qualidade de carne aos suínos
de abate. Ela é voltada para
sistemas de produção que a-
bastecem supermercados, chur-
rascarias, restaurantes, mercado
externo diferenciado e produtos
curados (presunto, copa,
salame), que exigem cada vez
mais qualidade de carne in na-
tura. Também pode ser utilizada
por sistemas que produzem
carne para industrialização em
sistemas intensivos.
"Essa opção de trazer quali-
dade da carne também pelo
lado da fêmea é pouco explora-
da no Brasil. Geralmente, todas
as linhas fêmeas são especiali-
zadas na produtividade de lei-
tões. Esse foi um espaço perce-
bido pela Embrapa com poten-
cial de trazer benefícios para a
produção de carne de qualida-
de, especialmente para produto-
res independentes e de peque-
nas integrações", diz Élsio.
A escolha do nome MO25C
está ligada ao cruzamento utili-
zado no desenvolvimento da li-
nhagem: os suínos da raça
Moura, muito difundidos na re-
gião do Sul do Brasil nas primei-
ras décadas do século passado,
sem registros de sua origem.
Boa aceitação no mercado
de produtores
Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 04 Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 05
A genética “Suíno Light” da Embrapa completa 18 anos PIONEIRISMO
Ms115 é a terceira geração do Suíno Light e tem como proposta um animal mais pesado para abate.
Os reprodutores dessa genética são a alternativa para nichos e produtores que apostam em carne diferenciada
Agregando valor à pesquisa
Para atender melhor às
necessidades e expectativas dos
produtores e, consequentemente,
dos consumidores, a Embrapa
Suínos e Aves também
desenvolveu uma pesquisa para
agregar valor à carne dos suínos
light por meio da nutrição. Ou
seja, paralelo ao desenvolvimento
da fêmea suína MO25C,
pesquisadores da área de
qualidade da carne trabalharam
em um experimento de adição de
óleos na ração dos animais, que
resultou numa carne com alto teor
de ômega 3, um ácido graxo que
atua de diversas formas na
melhoria da saúde humana. “É
preciso que se diga, inicialmente,
que a carne suína produzida em
larga escala nos sistemas
industriais de produção já é uma
carne de ótima qualidade
nutricional. No entanto, nossa
intenção era desenvolver
produtos diferenciados, com valor
agregado, como opção tanto
para os produtores de suínos
como para os consumidores”,
explicou a pesquisadora
Teresinha Marisa Bertol,
responsável pela pesquisa.
A exemplo de outros países,
onde nichos de mercado são
ocupados por uma grande
variedade de produtos de origem
animal com qualidade e valor
diferenciado, a Embrapa buscou
desenvolver esta opção para o
mercado nacional, a qual se
adequa tanto para produção em
sistemas convencionais, com
suínos melhorados para produção
de carne magra, quanto a
sistemas alternativos de produção
com genótipos diferenciados.
“Pensando assim, a carne suína
enriquecida com ômega-3
encaixa-se nesta opção de
produto diferenciado, com valor
agregado em função de ser ainda
mais saudável”, enfatizou.
A pesquisa contou com a
parceria da Universidade Federal
de Santa Maria e a Universidade
Federal do Vale do São
Francisco.
Do porco “banha” ao suíno
light. Essa é a trajetória que a
pesquisa da Embrapa ajudou a
construir na cadeia suinícola do
Brasil em busca de maior renta-
bilidade aos produtores nos
últimos 18 anos.
A exigência da sociedade
em consumir alimentos mais
saudáveis levou o mercado a
valorizar a produção de animais
com mais quantidade e quali-
dade de carne na carcaça. Isso
afetou produtores e mudou a
relação financeira com as a-
groindústrias, que nos anos
1980, implantaram um sistema
de tipificação da carcaça.
De acordo com o ex-
pesquisador Jerônimo Fávero,
esse sistema foi motivador e
orientador para a produção de
carcaças com mais qualidade.
“Os produtores tinham que
comercializar com mais quali-
dade e não mais pela classifica-
ção 'carne', 'misto' ou 'banha'.
Começou, então, a busca por
melhores índices de carne na
carcaça. E, uma das maneiras
de conseguir isso de maneira
progressiva, duradoura e cumu-
lativa era por meio do melhora-
mento genético, desenvolvendo
uma genética de suíno que
conseguisse essa característi-
ca”, lembrou Fávero.
Assim, iniciou o projeto de
pesquisa em melhoramento ge-
nético de suínos da Embrapa,
que resultou em 1996 no lança-
mento do primeiro suíno light, o
Macho Sintético Embrapa -
MS58, em parceria com a Coo-
perativa Central Oeste Catari-
nense (Coopercentral).
A denominação de MS58
está relacionada ao rendimento
da carne na carcaça, que é su-
perior a 58%. “Esse índice era o
mínimo que ele produzia”, des-
tacou o ex-pesquisador, respon-
sável pelo trabalho na época.
Segundo os registros, o MS58
foi comercializado em 14 esta-
dos brasileiros, o que contribuiu,
no ano de 1999, com a produ-
ção de 1.178.452 suínos de
abate, representando 6,1% do
abate de suínos inspecionados.
Em 2000, a Embrapa lançou
a segunda geração do suíno
light, o MS60, que também apre-
sentou melhorias genéticas e
teve como principal característi-
ca ser livre do gene halotano, do
stress. “Ele veio com mais quan-
tidade e qualidade de carne, o
que contribuiu para que a linha-
gem do suíno light fosse suces-
so entre os produtores. Ele re-
presentava um animal produtivo,
«A carne do MS é muito boa e muito bem aceita pela
população aqui da região de Vitória da Conquista."
Mauro Morais, de Guanambi/BA
«O MS115 é um animal que tem bom desempenho e boa conversão alimentar, o que faz
muita diferença no ganho de peso e melhora a carcaça. A qualidade da carne é ótima, é uma
carne magra, que é justamente o que o mercado exige atualmente. Ele tem a marca
da Embrapa, marca de investimento em pesquisa e melhoria genética e de
confiança. Quando você fala em Embrapa, fica tudo mais fácil."
Edinilson Bazzi, da TopGen, de Jaguariaíva/PR
“Considero as principais características do suíno da Embrapa, e que o diferenciam da concorrência, a rusticidade, a boa conformação de
carcaça e o ganho de peso."
José Rossetto, da Suinocultura Rossetto, de Cerqueira César/SP, que trabalha com a
linhagem da Embrapa, desde o lançamento do MS 115 em 2008
«Conhecemos o MS na Expointer, em Esteio no Rio Grande
do Sul e ficamos um ano na fila. Depois, acompanhamos a
evolução, com o MS60 e hoje trabalhamos com o MS115."
Daniel Michels, da Granja Michels, de Braço do Norte/SC
que trazia mais renda e com
preço acessível”.
Na continuidade da pesqui-
sa, a Embrapa e a Aurora lança-
ram, em 2008, o MS115, repre-
sentando a terceira geração do
suíno light. A proposta foi de
adaptação à nova realidade do
mercado, que exigia animais
mais pesados para o abate.
Desde que entrou no merca-
do, o reprodutor da Embrapa
permitiu o acesso ao melhora-
mento genético principalmente
para produtores independentes,
que não fazem parte da integra-
ção das grandes agroindústrias.
Essa fatia de mercado, para o
pesquisador Elsio Figueiredo, é
reflexo da vantagem que o ani-
mal representa. “O reprodutor
MS115 está no nível dos melho-
res reprodutores híbridos comer-
ciais vendidos no Brasil e é ofer-
tado com um preço acessível a
todos os tipos de produtores”.
A linha especializada
E a evolução dos suínos light
e do programa de melhoramen-
to genético suíno da Embrapa
não parou apenas nas linhagens
de reprodutores terminais. Em
setembro de 2014, lançou-se a
fêmea suína Embrapa MO25C.
Ela foi concebida para ser ver-
sátil, com boa produção de lei-
tões, mas também para melhor
qualidade de carne aos suínos
de abate. Ela é voltada para
sistemas de produção que a-
bastecem supermercados, chur-
rascarias, restaurantes, mercado
externo diferenciado e produtos
curados (presunto, copa,
salame), que exigem cada vez
mais qualidade de carne in na-
tura. Também pode ser utilizada
por sistemas que produzem
carne para industrialização em
sistemas intensivos.
"Essa opção de trazer quali-
dade da carne também pelo
lado da fêmea é pouco explora-
da no Brasil. Geralmente, todas
as linhas fêmeas são especiali-
zadas na produtividade de lei-
tões. Esse foi um espaço perce-
bido pela Embrapa com poten-
cial de trazer benefícios para a
produção de carne de qualida-
de, especialmente para produto-
res independentes e de peque-
nas integrações", diz Élsio.
A escolha do nome MO25C
está ligada ao cruzamento utili-
zado no desenvolvimento da li-
nhagem: os suínos da raça
Moura, muito difundidos na re-
gião do Sul do Brasil nas primei-
ras décadas do século passado,
sem registros de sua origem.
Boa aceitação no mercado
de produtores
Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 06 Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 07
As principais questões
científicas no contexto das
emissões de gases e poeira,
bioenergia, automação e con-
trole da ambiência na produ-
ção animal são o tema do
Simpósio Internacional de
Emissões de Gás (amônia, de
efeito estufa, odores) e Poeira.
O evento reúne autoridades
científicas brasileiras, norte-
americanas e europeias.
O EmiLi (www.emili2015.
com.br) tem a expectativa de
desenvolver inventários de
emissão das fontes agrícolas
para padronização internacio-
nal da apresentação dos da-
dos de emissão; desenvolver
protocolos internacionais de
coleta de gases de efeito es-
tufa para todos os sistemas de
produção agrícolas; e desen-
volver sistemas de controle e
automação ambiental em sis-
temas de produção animal.
Poedeira Colonial Embrapa 051 é produto diferenciado para a agricultura familiar.
BiogásFert testa fertilizantesorganominerais sólidos e fluidos
Com a finalidade de atender o Plano Nacional de Agricultura de
Baixo Carbono, a Rede BiogásFert ( ) www.cnpsa.embrapa.br/biogasfert
tem o papel de desenvolver e adequar tecnologias para produção de
metano ou hidrogênio na geração de diferentes energias (térmica,
elétrica e automotiva) e gerar processos de produção para tecnologias
de fertilizantes orgânicos e organominerais com maior eficiência. Os
testes com os fertilizantes começam na safra de verão.A rede tem várias outras atividades, que incluem do aprimoramento
do tratamento de dejetos ao monitoramento dos gases de efeito estufa
ao longo da produção do biogás e posterior uso dos fertilizantes, pas-
sando pelo georreferenciamento de informações sobre a produção de
biogás em cidades do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
Embrapa coordena rede nacional deavaliação de substratos para biogás
A Embrapa Suínos e Aves é a coordenadora de uma rede nacional
para avaliação de substratos com potencial para gerar biogás. A rede
funciona em parceria com a GIZ (Sociedade Alemã de Cooperação
Internacional) e envolve cinco laboratórios do país, além do Laboratório
de Estudos em Biogás (LEB) da Embrapa, inaugurado em maio de 2013
na Unidade de Concórdia. Para o funcionamento da rede, a GIZ investiu
em equipamentos e a Embrapa auxilia na definição e capacitação das
equipes laboratoriais.Além disso, o LEB da Embrapa também faz parte de um trabalho
interlaboratorial de ensaios de análises e padronização de metodologias
para biogás e biodigestor. Um workshop sobre o tema acontece no dia
4 de maio no Rio de Janeiro, durante o pré-Sigera 2015.
Energia gerada a partir de dejetosjá abastece rede elétrica no PR
BIOGÁS
A microcentral termelé-
trica a biogás do Condomí-
nio de Agroenergia para
Agricultura Familiar Sanga
do Ajuricaba, em Marechal
Cândido Rondon (PR), se
tornou em 2014 a menor
unidade geradora conec-
tada ao Sistema Interligado
Nacional (SIN).
Agora, toda a energia
produzida é transferida
para a rede de distribuição
da Copel. A estimativa é
que o condomínio gere
cerca de 24 mil kWh/mês, o
suficiente para abastecer
150 casas. A capacidade
instalada da microcentral é
de 80 kW.
O projeto começou em
2009, liderado pela Itaipu
Binacional e com a
participação da Embrapa.
O condomínio tem hoje 33
pequenos produtores rurais. Em
cada propriedade, dejetos da
produção agropecuária (suínos e
gado leiteiro) são transferidos para
biodigestores, para extração do gás
metano. Os biodigestores estão
conectados à microcentral por meio
de um gasoduto de 25 quilômetros
de extensão. Já a matéria orgânica
residual do biodigestor pode ser
transformada em biofertilizantes.
Experiência em SC
A proposta de produção de
energia elétrica a partir de biogás
também faz parte de um arranjo
tecnológico com a participação de
Evento discutegerenciamentode resíduos
VEM AÍ
A quarta edição do Sim-
pósio Internacional sobre
Gerenciamento de Resíduos
Agropecuários e Agroindus-
triais (Sigera) acontece de 5 a
7 de maio no Rio de Janeiro.
Este ano, o evento tem
como eixos temáticos as tec-
nologias de tratamento de re-
síduos, seus usos como ferti-
lizante, os impactos dos resí-
duos nos sistemas água-solo-
ar e planta, a produção de
energia e os sistemas de ges-
tão de resíduos.
O Sigera é um evento
bianual promovido pela Sbera
e tem a copromoção da
Embrapa Suínos e Aves.
Outras informações
podem ser acessados no site
do evento, no endereço
www.sbera.org.br/sigera2015.
suinocultores da região de
Itapiranga, no oeste catarinense.
Neste arranjo tecnológico, a
Embrapa é a responsável por
algumas atividades, como o
estudo de mecanismos de filtra-
gem do biogás para uso direto
em geradores de energia; a
avaliação da qualidade do bio-
gás produzido; o monitoramento
da água da bacia da região de
Santa Fé; e a avaliação dos
fertilizantes gerados no final do
processo com as recomenda-
ções técnicas para sua aplica-
ção. Também estão em anda-
mento o monitoramento e o
levantamento de dados da
eficiência dos sistemas avalia-
dos no projeto, o que vai pro-
porcionar a construção de uma
base de dados da qualidade
ambiental da região.
Participam do projeto finan-
ciado pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), a Ele-
trosul e a Uirapuru Transmissora
de Energia, como coordenado-
res; e a Fundação Centros de
Referência em Tecnologias Ino-
vadoras (Certi), Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM),
Fundação Parque Tecnológico
Itaipu, Instituto de Tecnologia
Aplicada e Inovação (Itai) e
Embrapa como executores.
Produção de energia elétrica a partir de dejetos de suínos é uma
das apostas da pesquisa da Embrapa Suínos e Aves
Projeto pretende melhoraruso da água para suínos
A Embrapa Suínos e Aves, o Sindicato das Indústrias da Carne e
Derivados de Santa Catarina (Sindicarne) e a Associação Catarinense
dos Criadores de Suínos (ACCS) pretendem
colocar em prática no início de 2015 um
projeto que vai melhorar a gestão da água
em todas as propriedades que produzem
suínos em Santa Catarina. O Projeto Plano
de Gestão da Água na Suinocultura
Catarinense implantará nas propriedades
do Estado os novos padrões de consumo
diário para a suinocultura, apurados em
projeto de pesquisa liderado pela Embrapa.
Atualização de Instrução Normativada suinocultura em Santa Catarina
Desde novembro, uma nova Instrução Normativa define os procedi-
mentos e a documentação necessária ao licenciamento ambiental da
suinocultura em Santa Catarina. A IN11 busca a profissionalização dos
técnicos e dos produtores na gestão dos resíduos e no uso do bioferti-
lizante. Os suinocultores precisam perceber que os dejetos são uma
fonte de renda e que o uso adequado do biofertilizante diminui o custo
de produção pela substituição dos fertilizantes químicos pelo orgânico.
A redação da nova IN 11 teve a participação de universidades, Epagri
e Embrapa. As alterações consideradas necessárias, em função dos
novos resultados gerados pelas pesquisas, foram apresentadas e
discutidas com a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma),
responsável pelas normas de licenciamento ambiental no estado.
Experiência e tecnologias serãoo foco da agricultura familiar
ATUAÇÃO PRODUÇÃO ANIMAL
EmiLi discuteemissões degás e poeira
O tema Agricultura Familiar
foi alvo de atenção por parte da
equipe técnica da Embrapa
Suínos e Aves em 2014 e deve
seguir neste caminho em 2015.
O primeiro passo foi a rea-
lização de um workshop sobre
“Suinocultura e agricultura fami-
liar: tendências, modelos alter-
nativos e possibilidades de polí-
ticas públicas", em parceria com
o MDA, Prefeitura de Concórdia
e Incra, no mês de julho.
Na sequência, ocorreu o
workshop interno "Agricultura
familiar e nichos de mercado na
Embrapa Suínos e Aves”, em
setembro. A intenção, de acordo
com o chefe de Transferência de
Tecnologia, Marcelo Miele, foi
discutir e entender o tema e a
posição da Unidade no cenário
da agricultura familiar, resgatan-
do experiências e trabalhos. “A
Embrapa Suínos e Aves tem em
seu processo histórico uma forte
ligação com a agricultura famil-
iar”, comentou.
A partir deste workshop foi
possível definir e entender que o
papel da Unidade neste momen-
to em relação ao tema é se
voltar para soluções tecnológi-
cas, com grupos de agricultores
organizados e com foco no
mercado.
Para 2015, a Embrapa Suí-
nos e Aves tem como proposta
de trabalho aperfeiçoar e am-
pliar as parcerias para execução
de trabalhos na área, especial-
mente com outras Unidades da
Empresa que atuem com o tema,
bem como com entidades afins e
o Ministério do Desenvolvimento
Agrário. “A intenção é discutir
arranjos e projetos que possam
ser executados em parceria”.
Entre as possibilidades de
atuação da Unidade está a in-
serção da fêmea suína Embrapa
MO25C para cooperativas e o
sistema de produção em família,
além da Poedeira Colonial 051.
Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 06 Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 07
As principais questões
científicas no contexto das
emissões de gases e poeira,
bioenergia, automação e con-
trole da ambiência na produ-
ção animal são o tema do
Simpósio Internacional de
Emissões de Gás (amônia, de
efeito estufa, odores) e Poeira.
O evento reúne autoridades
científicas brasileiras, norte-
americanas e europeias.
O EmiLi (www.emili2015.
com.br) tem a expectativa de
desenvolver inventários de
emissão das fontes agrícolas
para padronização internacio-
nal da apresentação dos da-
dos de emissão; desenvolver
protocolos internacionais de
coleta de gases de efeito es-
tufa para todos os sistemas de
produção agrícolas; e desen-
volver sistemas de controle e
automação ambiental em sis-
temas de produção animal.
Poedeira Colonial Embrapa 051 é produto diferenciado para a agricultura familiar.
BiogásFert testa fertilizantesorganominerais sólidos e fluidos
Com a finalidade de atender o Plano Nacional de Agricultura de
Baixo Carbono, a Rede BiogásFert ( ) www.cnpsa.embrapa.br/biogasfert
tem o papel de desenvolver e adequar tecnologias para produção de
metano ou hidrogênio na geração de diferentes energias (térmica,
elétrica e automotiva) e gerar processos de produção para tecnologias
de fertilizantes orgânicos e organominerais com maior eficiência. Os
testes com os fertilizantes começam na safra de verão.A rede tem várias outras atividades, que incluem do aprimoramento
do tratamento de dejetos ao monitoramento dos gases de efeito estufa
ao longo da produção do biogás e posterior uso dos fertilizantes, pas-
sando pelo georreferenciamento de informações sobre a produção de
biogás em cidades do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
Embrapa coordena rede nacional deavaliação de substratos para biogás
A Embrapa Suínos e Aves é a coordenadora de uma rede nacional
para avaliação de substratos com potencial para gerar biogás. A rede
funciona em parceria com a GIZ (Sociedade Alemã de Cooperação
Internacional) e envolve cinco laboratórios do país, além do Laboratório
de Estudos em Biogás (LEB) da Embrapa, inaugurado em maio de 2013
na Unidade de Concórdia. Para o funcionamento da rede, a GIZ investiu
em equipamentos e a Embrapa auxilia na definição e capacitação das
equipes laboratoriais.Além disso, o LEB da Embrapa também faz parte de um trabalho
interlaboratorial de ensaios de análises e padronização de metodologias
para biogás e biodigestor. Um workshop sobre o tema acontece no dia
4 de maio no Rio de Janeiro, durante o pré-Sigera 2015.
Energia gerada a partir de dejetosjá abastece rede elétrica no PR
BIOGÁS
A microcentral termelé-
trica a biogás do Condomí-
nio de Agroenergia para
Agricultura Familiar Sanga
do Ajuricaba, em Marechal
Cândido Rondon (PR), se
tornou em 2014 a menor
unidade geradora conec-
tada ao Sistema Interligado
Nacional (SIN).
Agora, toda a energia
produzida é transferida
para a rede de distribuição
da Copel. A estimativa é
que o condomínio gere
cerca de 24 mil kWh/mês, o
suficiente para abastecer
150 casas. A capacidade
instalada da microcentral é
de 80 kW.
O projeto começou em
2009, liderado pela Itaipu
Binacional e com a
participação da Embrapa.
O condomínio tem hoje 33
pequenos produtores rurais. Em
cada propriedade, dejetos da
produção agropecuária (suínos e
gado leiteiro) são transferidos para
biodigestores, para extração do gás
metano. Os biodigestores estão
conectados à microcentral por meio
de um gasoduto de 25 quilômetros
de extensão. Já a matéria orgânica
residual do biodigestor pode ser
transformada em biofertilizantes.
Experiência em SC
A proposta de produção de
energia elétrica a partir de biogás
também faz parte de um arranjo
tecnológico com a participação de
Evento discutegerenciamentode resíduos
VEM AÍ
A quarta edição do Sim-
pósio Internacional sobre
Gerenciamento de Resíduos
Agropecuários e Agroindus-
triais (Sigera) acontece de 5 a
7 de maio no Rio de Janeiro.
Este ano, o evento tem
como eixos temáticos as tec-
nologias de tratamento de re-
síduos, seus usos como ferti-
lizante, os impactos dos resí-
duos nos sistemas água-solo-
ar e planta, a produção de
energia e os sistemas de ges-
tão de resíduos.
O Sigera é um evento
bianual promovido pela Sbera
e tem a copromoção da
Embrapa Suínos e Aves.
Outras informações
podem ser acessados no site
do evento, no endereço
www.sbera.org.br/sigera2015.
suinocultores da região de
Itapiranga, no oeste catarinense.
Neste arranjo tecnológico, a
Embrapa é a responsável por
algumas atividades, como o
estudo de mecanismos de filtra-
gem do biogás para uso direto
em geradores de energia; a
avaliação da qualidade do bio-
gás produzido; o monitoramento
da água da bacia da região de
Santa Fé; e a avaliação dos
fertilizantes gerados no final do
processo com as recomenda-
ções técnicas para sua aplica-
ção. Também estão em anda-
mento o monitoramento e o
levantamento de dados da
eficiência dos sistemas avalia-
dos no projeto, o que vai pro-
porcionar a construção de uma
base de dados da qualidade
ambiental da região.
Participam do projeto finan-
ciado pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), a Ele-
trosul e a Uirapuru Transmissora
de Energia, como coordenado-
res; e a Fundação Centros de
Referência em Tecnologias Ino-
vadoras (Certi), Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM),
Fundação Parque Tecnológico
Itaipu, Instituto de Tecnologia
Aplicada e Inovação (Itai) e
Embrapa como executores.
Produção de energia elétrica a partir de dejetos de suínos é uma
das apostas da pesquisa da Embrapa Suínos e Aves
Projeto pretende melhoraruso da água para suínos
A Embrapa Suínos e Aves, o Sindicato das Indústrias da Carne e
Derivados de Santa Catarina (Sindicarne) e a Associação Catarinense
dos Criadores de Suínos (ACCS) pretendem
colocar em prática no início de 2015 um
projeto que vai melhorar a gestão da água
em todas as propriedades que produzem
suínos em Santa Catarina. O Projeto Plano
de Gestão da Água na Suinocultura
Catarinense implantará nas propriedades
do Estado os novos padrões de consumo
diário para a suinocultura, apurados em
projeto de pesquisa liderado pela Embrapa.
Atualização de Instrução Normativada suinocultura em Santa Catarina
Desde novembro, uma nova Instrução Normativa define os procedi-
mentos e a documentação necessária ao licenciamento ambiental da
suinocultura em Santa Catarina. A IN11 busca a profissionalização dos
técnicos e dos produtores na gestão dos resíduos e no uso do bioferti-
lizante. Os suinocultores precisam perceber que os dejetos são uma
fonte de renda e que o uso adequado do biofertilizante diminui o custo
de produção pela substituição dos fertilizantes químicos pelo orgânico.
A redação da nova IN 11 teve a participação de universidades, Epagri
e Embrapa. As alterações consideradas necessárias, em função dos
novos resultados gerados pelas pesquisas, foram apresentadas e
discutidas com a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma),
responsável pelas normas de licenciamento ambiental no estado.
Experiência e tecnologias serãoo foco da agricultura familiar
ATUAÇÃO PRODUÇÃO ANIMAL
EmiLi discuteemissões degás e poeira
O tema Agricultura Familiar
foi alvo de atenção por parte da
equipe técnica da Embrapa
Suínos e Aves em 2014 e deve
seguir neste caminho em 2015.
O primeiro passo foi a rea-
lização de um workshop sobre
“Suinocultura e agricultura fami-
liar: tendências, modelos alter-
nativos e possibilidades de polí-
ticas públicas", em parceria com
o MDA, Prefeitura de Concórdia
e Incra, no mês de julho.
Na sequência, ocorreu o
workshop interno "Agricultura
familiar e nichos de mercado na
Embrapa Suínos e Aves”, em
setembro. A intenção, de acordo
com o chefe de Transferência de
Tecnologia, Marcelo Miele, foi
discutir e entender o tema e a
posição da Unidade no cenário
da agricultura familiar, resgatan-
do experiências e trabalhos. “A
Embrapa Suínos e Aves tem em
seu processo histórico uma forte
ligação com a agricultura famil-
iar”, comentou.
A partir deste workshop foi
possível definir e entender que o
papel da Unidade neste momen-
to em relação ao tema é se
voltar para soluções tecnológi-
cas, com grupos de agricultores
organizados e com foco no
mercado.
Para 2015, a Embrapa Suí-
nos e Aves tem como proposta
de trabalho aperfeiçoar e am-
pliar as parcerias para execução
de trabalhos na área, especial-
mente com outras Unidades da
Empresa que atuem com o tema,
bem como com entidades afins e
o Ministério do Desenvolvimento
Agrário. “A intenção é discutir
arranjos e projetos que possam
ser executados em parceria”.
Entre as possibilidades de
atuação da Unidade está a in-
serção da fêmea suína Embrapa
MO25C para cooperativas e o
sistema de produção em família,
além da Poedeira Colonial 051.
Informativo da Embrapa Suínos e Aves | 08
Custos de produção acumulamaltas nos últimos 12 meses
ECONOMIA
OPINIÃO
A Embrapa Suínos e Aves
desenvolve pesquisas e análises
econômicas das cadeias produ-
tivas de suínos, frango de corte e
ovos desde a sua fundação. Os
trabalhos com custos de produ-
ção são desenvolvidos desde en-
tão, sendo que atualmente são
publicadas estimativas de custo de
produção de suínos e frango de
corte de vários estados do país.
As estimativas de custos de
produção, os Índices de Custos de
Produção (ICPs), as comparações
com outros países produtores
(rede InterPig), bem como as
publicações com os coeficientes
técnicos e a descrição dos siste-
mas de criação estão disponíveis
na Central de Inteligência de Aves
e Suínos (CIAS), no site
www.cnpsa.embrapa.br/cias.
Estas informações são rele-
vantes para orientar a formulação
de políticas públicas e subsidiar
decisões de agentes privados,
seja dentro da porteira, seja entre
os elos das cadeias produtivas.
Desta forma, as estimativas publi-
cadas pela Embrapa podem ser
utilizadas como referência. Entre-
tanto, é importante ressaltar que
não representam situações espe-
cíficas, as quais devem ser retra-
tadas caso a caso pelos agentes
privados.
Desta forma, a Embrapa cum-
pre a missão de apoiar a cadeia
produtiva em temas relacionados
a essa área. Para 2015 e 2016
estão sendo negociadas parcerias
com o Instituto Mato-Grossense
de Economia Agropecuária (IMEA)
e a empresa de software Agriness,
que reforçarão a rede de infor-
mantes em custos, da qual já faz
parte desde 2006 a Companhia
Nacional de Abastecimento.
Outra iniciativa a ser desenvol-
vida buscará capacitar produto-
res, técnicos, associações e sindi-
catos de representação para o
cálculo do custo de produção. Is-
so ocorrerá por meio de cursos de
formação em custos, acompanha-
da da confecção de apostilas e
planilhas de cálculo amigáveis ao
usuário.
Custos de produção de suínos e aves
CHEFE ADJUNTO DE TT
Marcelo Miele
As análises completas podem ser acessadas na página da CIAS, no endereço .www.cnpsa.embrapa.br/cias