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Cuidados Alternativos para Crianças: Práticas para além do Acolhimento. Como Garantir a Convivência Familiar e Comunitária?Panorama legal e sistêmico dos cuidados alternativos para crianças afastadas das famílias de origem Valéria Brahim Associação Brasileira Terra dos Homens

Panorama legal e sistêmico dos cuidados alternativos para ... · • Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança - CDC); 1989 –Proteção integral –Convivência

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“Cuidados Alternativos para Crianças: Práticas para além do Acolhimento.

Como Garantir a Convivência Familiar e Comunitária?”

Panorama legal e sistêmico dos cuidados alternativos para crianças

afastadas das famílias de origem

Valéria BrahimAssociação Brasileira Terra dos

Homens

Normativas

• Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança - CDC);1989 – Proteção integral – Convivência familiar e comunitária

• Informe mundial sobre violência contra crianças e adolescentes(representante especial do secretario geral ONU - SRSG) – 2006 –Paulo Sérgio Pinheiro – Violência no lar e família; escola; sistemasassistenciais e de justiça; local de trabalho e comunidade

• Diretrizes internacionais sobre cuidados alternativos de crianças eadolescentes (UNGA) – 2009

• Informe da Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH -OEA – Direito da criança a família – 2013 Pondo fim ainstitucionalização nas Américas.

• Estatuto da criança e do adolescentes ECA- Brasil 1990

• Plano nacional da Convivência Familiar e Comunitária PNCFC- Brasil2006

Convivência Familiar e Comunitária=

Direito Humano de Crianças e Adolescentes

Convencidos de que a família, unidade fundamental da

sociedade e meio natural para o crescimento e bem-

estar de todos os seus membros e, em particular das

crianças, deve receber a proteção e assistência

necessárias para que possa assumir plenamente

suas responsabilidades na comunidade.

Preâmbulo da Convenção sobre os Direitos da Criança (1989)

NÃO institucionalização de crianças, principalmente,as de 0 a 3 anos:

1.“Diretrizes das Nações Unidas sobre o Uso eCondições Apropriadas para CuidadosAlternativos com Crianças ” (2006) – Comitê dos

Direitos da Criança e do Serviço Social Internacional (ISS), Unicef,OGs e ONGs

Diretriz 18. A opinião predominante dos especialistas é de queos cuidados alternativos de crianças pequenas, particularmenteaquelas com menos de três anos, devem ser prestadospreferencialmente em ambiente familiar.

Fundamentação da prevalência do Acolhimento Familiar

Trabalhos de Bowlby, Spitz e Winnicott

Teoria do Vínculo/ Apego

Quanto mais a criança vivenciar relaçõespositivas = mais estará preparada para avida.

Políticas Públicas

• Vicente (2000) – o vínculo é fundamental.

O Estado deve se responsabilizar por asseguraraos cidadãos seus direitos para que as crianças“ desfrutem de bens que apenas adimensão afetiva pode oferecer. É nessemomento que o vínculo, por meio do direito aconvivência familiar e comunitária, passa a fazerparte de um conjunto de pautas de políticaspúblicas”(p. 51)

Cuidado informal

Não há controle por um órgão governamental. Reorganizaçõesespontâneas do sistema familiar de origem. Criança naturalmente

protegida.

Cuidado formal

Uma autoridade competente é designada a acompanhar de forma oficial oacolhimento da criança que necessita de proteção especial. ( media oualta complexidade)

Prevenção a separação da família de origem

Família Nuclear

FamíliaExtensa

• Apoio sócio familiar e comunitário

• Subsídios

• Reorganização natural do sistema familiar

• Influência cultural na reorganização familiar

Família de origem

Família nuclear e extensa

Genograma

Tio

Avô

Primo

Avô

Pai

Tio

PrimoIrmão

Tia

Avó

Irmã Irmã

Avó

Mãe Tia

Prima

Abandono Abuso

NegligênciaViolência Física

Necessidade de

Acompanhamento

Formal

Violência

Psicológica

Situações de violência

Família Nuclear

FamíliaExtensa

Família Acolhedora

Monitoramento e controle formal

obrigatório

Monitoramento e controle formal Quando houver violência

Acompanhamento dos casos com violação de direitos

Família de origem Comunidade

Preservação da Convivência Familiar e Comunitária

Família Acolhedora

Situações onde crianças são colocadas, por uma autoridade competente, em cuidado alternativo, no ambiente doméstico de uma familia outra que não sua propria família que foi selecionada, preparada, aprovada e supervisionada para prover este cuidado.

(UN 2009 Art. 28)

O Programa de Famílias Acolhedoras caracteriza-se como um serviço que

organiza o acolhimento, na residência de famílias acolhedoras, decrianças e adolescentes afastados da família de origem mediante medidaprotetiva.

Representa uma modalidade de atendimento que visa oferecer proteção integral às crianças e aos adolescentes até que seja possível a reintegração familiar.

(PNCFC 2006)

Cuidado na Família de Origem e Comunidade

Cuidado na Família de Extensiva e Comunidade

Acolhimento Institucional

Família Acolhedora

Adoção

Metodologias especificas para cada intervenção

Como trabalhar?

Família Nuclear

FamíliaExtensa

Família Acolhedora

AcolhimentoInstitucional

Adoção

Permanente

Cuidado Alternativo

Destituição do poder familiar

Família de origem

Apoio – preservação de vínculos

Excepcional e provisória

Suspensão do poder familiar

Atendimento Sistêmico

1. Metodologia de atendimento à família de origem que englobe:

• “Suporte familiar ativo” – ter a família ativa no processo (escuta e

participação). Buscar saber se a família compreende o motivo do

afastamento e buscar seu engajamento;

• Foco nas capacidades e potencialidades das famílias – análise dos

fatores de riscos e potencialidades. Diminui-se os riscos e aumenta-se

as potencialidades;

• Apoiar a família na mudança do padrão familiar de violação direitos

• Visita domiciliar qualificada ( respeito e valorização da cultura);

• Grupo de apoio as famílias de origem

• Plano de reintegração/ suporte – periodicidade semanal em ver a

família ;

Trabalho conjunto entre o serviço e a rede (o CREAS deve estar

Atendimento Sistêmico

2. Mapeamento e fortalecimento da rede pessoal e social da

família de origem, com vistas ao seu fortalecimento e

autonomia:

•Políticas públicas – garantia de atendimento nos serviços e criação ou

fortalecimento de redes com reuniões periódicas e estudo de casos;

•Melhoria nas condições de vida – aspectos subjetivos e concretos, tais

como geração de trabalho e renda, condições de habitação;

•Apoio nas relações familiares e comunitárias.

3. Possuir foco principal na atenção a criança,

adolescente e a sua família, para além dos papeis e

protocolos legais:

•Recursos humanos suficientes tanto quantitativamente

quanto qualitativamente

•Capacitação e suporte - “Cuidar de quem cuida”

[email protected]

Tel.: (21)2544-0259

Para contato:

OBRIGADA !!!