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Março de 2014 Presidência 1 PROPOSTA DE POLÍTICAS DE COMPETITIVIDADE Para a Indústria Brasileira de Bens de Capital Mecânicos Março de 2014 carta_aos_presidenciaveis (original).indd 1 05/05/14 16:38

Para a indústria Brasileira de Bens de capital mecânicos · indiretos sobre a produção e consumo de bens – Inverter a atual preponderância da carga tributária relativa a tributos

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Março de 2014 Presidência

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ProPosta de Políticas de comPetitividade

Para a indústria Brasileira de Bens de capital mecânicos

Março de 2014

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Conjuntura

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Sumário

introdução 4

reformas de Base para um País competitivo 5

a indústria de Bens de capital 7

a- a indústria de Bens de capital mecânicos 8

B- os investimentos Produtivos 9

c- conjuntura 10

C1 - Ameaças 11

C2 - Oportunidades 12

d- ambiente institucional e Política macroeconômica 13

D1- Reformas 13

D1.1 - Reforma Política 13

D1. 2 - Reforma fiscal e tributária 14

D1. 3 - Reforma Educacional 14

D2 - Câmbio 15

D3 - Juros de Mercado e SELIC 16

D4 - Sistema Tributário 17

D5- Ambiente Legal e Jurídico 19

e- Política industrial para Bens de capital mecânico 20

Objetivos 20

Instrumentos 20

E.1.1 - Inova Máquinas 20

E1.2- Modernização do Parque Industrial 21

E1.3- Compras governamentais/conteúdo Local 22

E.1.4 - Imposto de importação sobre materias primas e insumos 23

E1.5 - Desoneração dos investimentos 24

E1.6 - Devolução dos créditos tributários 24

E1.7 - Financiamento competitivo 25

E2.1 - Reintegra 25

E2.2 - Mecanismos de defesa comercial 26

E2.3 - Financiamento às exportações 26

E3.1 - Inovação e Produtividade 27

E3.2 - Tecnologias Maduras 30

E3.3 - Recursos Humanos 30

conclusões 31

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Março de 2014

Intr

oduç

ão

A ABIMAQ – Associação Brasileira da

Indústria de Máquinas e Equipamentos,

com este documento, apresenta

aos candidatos à Presidência, como

contribuição, uma agenda que visa o

fortalecimento da indústria brasileira, com

ênfase no setor fabricante de máquinas e

equipamentos, ou seja, em “BKM - Bens de

Capital Mecânicos”.

Sua elaboração não foi motivada

unicamente pela atual campanha eleitoral,

mas principalmente, pela premente

necessidade de sensibilizar os poderes

da República para as causas da falta

de competitividade da indústria, em

função dos elevados custos de produção

decorrentes do “Custo Brasil” e do

desequilíbrio cambial.

As propostas aqui apresentadas têm como

objetivo principal o fortalecimento da

competitividade do setor produtivo de BKM

– Bens de Capital Mecânicos para ocupar

o maior espaço possível no aumento da

demanda interna e, simultaneamente,

aumentar suas exportações.

A indústria de máquinas e equipamentos,

considerada estratégica em todos os países

desenvolvidos e em desenvolvimento,

é reconhecidamente o principal vetor

da inovação tecnológica e, portanto,

justifica medidas específicas de incentivo

à sua competitividade e inovação pois, na

realidade, seu fortalecimento irá beneficiar a

produtividade de toda a indústria brasileira.

Por outro lado, a ABIMAQ e seus associados,

além dos tópicos desta agenda, tem

forte preocupação com os grandes

temas nacionais e requer um firme

comprometimento, dos candidatos, com

educação de qualidade, investimentos em

infraestrutura e logística, serviços públicos

de qualidade em saúde e mobilidade

urbana e com as necessárias reformas

políticas, tributárias e previdenciárias,

dentre outras.

Esperamos com a divulgação deste

documento, contribuir para o debate

das questões levantadas e para a

implementação das indispensáveis

soluções.

Presidência – aBimaQ

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Reformas de

Base para um

País Competitivo

Reforma Políticametas:

• Organização do Estado mais eficiente e mais consentâneo com as necessidades e anseios do

povo brasileiro;

• Processo transparente na escolha (eleição) dos membros dos Poderes Executivo e Legislativo;

medidas: • Revisão da legislação sobre organização e funcionamento dos partidos políticos – redução

do número de partidos;

• Revisão do sistema eleitoral – falência do atual sistema de votação proporcional para escolha

dos membros do Poder Legislativo – novo modelo de financiamento da campanha eleitoral;

Reforma do Pacto Federativometas:

• Dar maior eficiência na aplicação dos recursos públicos – combater a corrupção, as fraudes e

outros atos de desperdício;

• Melhorar os serviços públicos.

medidas: • Revisão do Pacto Federativo, definindo claramente as competências e atribuições dos entes

públicos (da União, dos Estados e dos Municípios);

• Supressão das chamadas Emendas Parlamentares Individuais – manter as Emendas de

Bancadas dirigidas a satisfação das necessidades regionais.

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Março de 2014Março de 2014

reformas de Base para um País competitivo

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Reforma Tributáriametas:

• Simplificar e racionalizar o Sistema Tributário Nacional – reduzir o número de tributos

indiretos sobre a produção e consumo de bens – Inverter a atual preponderância da carga

tributária relativa a tributos sobre o processo produtivo em relação à tributação sobre a renda

(socialmente mais justo).

medidas: • Revisão do Sistema Tributário Nacional de modo a reduzir, gradualmente (com períodos

adequados de transição), o atual número excessivo de tributos, para um IVA (imposto sobre

valor adicionado) Federal e um IVA Estadual;

• Redução das bases e alíquotas de incidência dos tributos sobre o processo de produção e

consumo, simultaneamente com o aumento das bases e alíquotas dos impostos sobre o

lucro e rendimentos (de forma gradual e com períodos suficientemente longos de transição).

• Ampliação dos prazos de recolhimento dos tributos sobre a produção adequando-os aos

prazos médios dos recebimentos das faturas das vendas dos produtos.

Reforma Educacionalmetas:

• Elevação do nível de qualidade do ensino fundamental;

• Ampliação da oferta de vagas e melhoria da qualidade do ensino médio profissionalizante;

• Estímulos para a criação de mais vagas no ensino superior nas áreas de ciências exatas e

biológicas – corrigir a atual situação de preponderância absoluta da oferta de vagas na área

de ciências sociais.

medidas: • No ensino fundamental: (i) organização da carreira do professor com remuneração condigna;

(ii) revisão do sistema de avaliação para fins de promoção escolar; (iii) adoção gradual do

regime em tempo integral (diário);

• No ensino médio profissionalizante: (i) implementação de programa de estímulo para

ampliação da oferta de vagas; (ii) implementação de programa com vistas à elevação do nível

de qualidade e adequação do ensino às mudanças ocorridas na demanda; (iii) instituição de

incentivos a empreendimentos privados;

• No ensino superior: (i) instituição e implementação de programa de estímulos para

criação de novas faculdades e cursos nas áreas de ciências exatas e biológicas; (ii) criação

de estímulos para empreendimentos privados de ensino nas áreas de ciências exatas e

biológicas; (iii) implementação do regime de ensino pago para todas as universidades

públicas, com concessão de bolsas (plenas ou parciais – reembolsáveis ou não) para os

estudantes pobres (benchmarking de modelos de países que adotam esse regime).

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Março de 2014 Presidência

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São considerados BK - Bens de Capital as

instalações, máquinas, equipamentos e

componentes que integram o ativo fixo

das empresas e sejam fatores de produção

de bens e serviços. Compreendem dois

grandes grupos:

a) Bens de Capital Seriados: são máquinas

e equipamentos produzidos de acordo

com projetos padronizados e processos

de produção de caráter repetitivo.

Caracterizam-se pela fabricação dos bens

em quantidades definidas, denominadas

“séries” ou “lotes”.

b) Bens de Capital Não-Seriados: são os

produtos projetados caso a caso, para

atender desempenhos específicos para

um determinado processo ou instalação

industrial. Tais projetos podem ser utilizados

na implantação de diversas instalações

industriais, porém têm especificações

próprias, segundo as necessidades ou

exigências de cada adquirente. Também

são chamados de “bens sob encomenda”.

O setor de “bens de capital” inclui indústrias

metalúrgicas, mecânicas, eletro eletrônicas

e de equipamentos de transporte,

excluindo-se do setor os segmentos

voltados para a produção de insumos

e bens de consumo, a exemplo dos

insumos ferrosos e não-ferrosos, dos eletro

domésticos e dos automóveis.

A participação de cada uma dessas

indústrias na Formação Bruta de Capital

Fixo é apresentada na Figura 1.

A indústria Brasileira de Bens de capital

Fonte: IBGE. elaboração: DCEE/ABIMAQ.

Figura 1 - Estrutura de máquinas e equipamentos na FBCF

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a indústria de bens de capital mecânicos

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A IBKM - Indústria Brasileira de Bens de

Capital Mecânicos, representada pela

ABIMAQ é a maior parte das máquinas

e equipamentos para fins de produção,

conforme Figura 1.

A IBKM é composta por cerca de 6.800

empresas, que empregam mais de 250 mil

funcionários diretos e geram quase dois

milhões de empregos adicionais na cadeia

produtiva.

Juntas, estas empresas faturam anualmente

cerca de R$ 80 bilhões, dos quais R$ 54

bilhões se destinam ao mercado interno e

R$ 26 bilhões são exportados.

A. A Indústria de bens de capital mecânicos

Fonte: Secex. elaboração: DEME/ABIMAQ. Notas: *ABIMAQ: NCMs dos capítulos 84 e 85 constantes na lista de representatividade da ABIMAQ. Contém produtos que podem ser considerados na conta da ABINEE; **ANFAVEA: Capítulo 87 exceto posições SINDIPEÇAS (8708 e 8714) e outros 8711, 8712, 8713, 8714, 8715; ***Compreendendo as Plataformas de Petróleo.

ranking setores da indústria de transformação 2012 2013

1º ABIMAQ* 12.956 11.908

2º Alimentício 11.660 11.226

3º Químico 11.492 11.065

4º ANFAVEA** 8.573 10.548

5º Embarcações 1.548 7.933

A IBKM representa cerca de 5% da indústria

de transformação brasileira, sem incluir o

setor fabricante de tratores que tem um

faturamento de mais de R$ 10 bilhões ao

ano.

Além disso, é responsável por exportar

anualmente cerca de US$ 13 bilhões, ou

seja, quase 15% do total dos produtos

manufaturados exportados pelo país.

Em 2013, a IBKM - Indústria Brasileira de

Bens de Capital Mecânicos, foi a maior

exportadora entre todos os setores da

indústria de transformação (Figura 2).

Figura 2 - Exportação dos principais setores da indústria de transformação

(valores em US$ milhões FOB)

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os investimentos Produtivos

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No Brasil, a FBCF - Formação Bruta de

Capital Fixo está atualmente (2013) em

18,4% do PIB, o que não é suficiente para

o crescimento sustentado do país e deve

ser rapidamente elevada, para um nível

superior à média mundial (22% do PIB),

como condição necessária para permitir ao

país crescer, de forma sustentada, a taxas

iguais ou superiores a 4,0 % a.a..

A experiência recente do Brasil mostra

serem factíveis aumentos, na FBCF, da

ordem de 0,5 a 1,0 ponto percentual ao

ano o que significaria uma demanda

média adicional de BKM - Bens de Capital

Mecânicos de cerca de R$ 6,0 bilhões por

ano, representando, grosso modo, 11% das

vendas atuais do setor no mercado interno.

B. Os Investimentos Produtivos

Fonte: IBGE e Banco Mundial. elaboração: DCEE/ABIMAQ

Figura 3 - Taxa de investimento - FBCF / PIB

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Conjuntura

10conjuntura

10

Como se pode ver na figura 4, o

consumo aparente de máquinas e

equipamentos mostra um crescimento

pequeno nos últimos anos que, quando

eliminado o efeito da desvalorização

C. Conjuntura

Figura 4 - Consumo Aparente de BKM

do Real, se transforma em estabilidade,

comprometendo a FBCF – Formação Bruta

de Capital Fixo e, em última análise, o

crescimento futuro do país.

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Conjuntura

Na figura 5 que representa

o faturamento da IBKM a

estabilidade nas vendas,

nos últimos anos, é mantida

graças ao crescimento

das exportações (área azul

escuro) enquanto que as

vendas no mercado interno

mostram um preocupante

declínio.

A contínua perda de participação da

produção nacional de BKM – Bens de

Capital Mecânicos no consumo aparente,

que caiu de 50% há cinco anos para menos

de 34% em 2013, está alcançando níveis

preocupantes que comprometem a

sobrevivência da indústria de máquinas e

equipamentos brasileiros.

Figura 5 - Faturamento de BKM

Figura 6 - Market Share no Consumo Aparente

C1. Ameaças

Fonte: ABIMAQ e Secex. elaboração: DCEE/ABIMAQ.

Segundo informações do MDIC – Ministério

de Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior, apenas 15% das importações

brasileiras de máquinas e equipamento

são feitas com a utilização de Ex-tarifários1

que é concedido quando da inexistência

de produção nacional. Isto significa que os

demais 85% são importados sem redução

de Alíquota do II – Imposto de Importação,

em função, basicamente, do preço

mais vantajoso do bem importado. Esta

simples constatação deixa clara a ameaça

à produção nacional constituída pela

manutenção de um câmbio defasado e do

elevado “Custo Brasil”.

A competitividade da indústria brasileira

possibilitando sua inserção nas cadeias

globais de valor depende, portanto, da

redução progressiva do “Custo Brasil” com

a adoção, pelo Governo brasileiro, de um

cronograma que permita eliminá-lo ao

longo dos próximos anos.

1 O regime de Ex-tarifário consiste na redução temporária da alíquota do imposto de importação dos bens assinalados como BK – Bens de Capital e/ou BIT – Bens de informática e telecomunicação na Tarifa Externa Comum do Mercosul, quando não houver a produção nacional. A concessão do regime é dada por meio de Resolução nº 17 da Câmara de Comércio Exterior (Camex) após parecer do Comitê de Análise de Ex-Tarifários (Caex).

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Conjuntura

12conjuntura

12

As propostas sugeridas nos próximos

capítulos, ao serem implementadas,

permitirão ao setor recuperar sua

competitividade nos mercados interno e

externo.

Como consequência a substituição de

produção nacional por importados será

parcialmente revertida acarretando um

considerável crescimento da demanda

de bens de capital para os fabricantes

nacionais de Bens de Capital Mecânicos.

A modernização do parque industrial, por

exemplo, além de melhorar a produtividade

e a competitividade de toda a indústria

brasileira, criará outro forte aumento do

consumo aparente de bens de capital que

deverá ser apropriado, em sua maioria, pela

produção nacional.

Esta demanda adicional se refletirá

em maior escala de produção e,

consequentemente, em ganhos de

competitividade, originando mais

investimentos, inclusive em P&D&I –

Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, um

forte efeito renda ao longo de nossa cadeia

produtiva com a criação de empregos

de qualidade, necessários nas faixas de

rendimento acima de três salários mínimos,

conforme Figura 7.

Considerando que o Brasil já foi, na década

de 80, o quinto maior produtor mundial

de bens de capital, consideramos factível,

sempre que as políticas sugeridas sejam

realizadas, passar do atual 14º (décimo

quarto) lugar para o 8º (oitavo) ao longo dos

próximos 8 (oito) anos.

C2. Oportunidades

Figura 7 - Pessoas ocupadas por classes de rendimento no Brasil

Fonte: PNAD/IBGE. elaboração: DCEE/ABIMAQ.

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Política Macroeconômica

D. Ambiente Institucional e Política MacroeconômicaVisando reverter o quadro apresentado

anteriormente, relacionamos a seguir as

reformas necessárias para um país mais

justo e eficiente, bem como as medidas

macroeconômicas necessárias para a

competitividade do setor.

Há excesso de partidos e de transferências

entre partidos, independentemente do tipo

de seus respectivos programas partidários.

D1. Reformas

Por quê?

solução:a. Reduzir o número de partidos, com representação no Congresso, via cláusula de barreira.

b. Adotar o voto distrital misto, com financiamento de campanhas exclusivamente por

doações de pessoa físicas.

c. Eliminar o instituto da reeleição e fazer a coincidência de mandatos.

D1. 1. Reforma políticaPleito: Tornar a apresentação política mais programática e mais próxima do eleitor

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Política macroeconômica

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O excesso de vinculação engessa o

orçamento e torna permanente gastos

ainda que estes se tornem dispensáveis

ao longo do tempo. Há sérias distorções a

Apesar do Brasil gastar na educação uma

parcela do PIB igual ou superior a muitos

países desenvolvidos, nosso desempenho

serem corrigidas como no caso de pensões

de alguns setores e da baixa eficiência na

aplicação dos recursos públicos.

nas provas de avaliação comparada deixam

muito a desejar.

Por quê?

Por quê?

solução:a. Eliminar privilégios de grupos, uniformizando o tipo de benefícios de assistência médica e

pensões para todos os brasileiros.

b. Rever o atual sistema de pensões para adequar seus benefícios a seu funding que deve

passar progressivamente dos salários para o faturamento.

c. A reforma tributária deve priorizar a simplificação do sistema concentrando os atuais tributos

num único imposto de valor agregado com sua partilha entre a União, Estados e Municípios

sendo feita no recolhimento dos impostos cujo prazo deverá ser adequado ao ciclo de

recebimento das empresas.

d. Numa segunda etapa, à medida que suba a renda per capita dos brasileiros, o peso relativo

do imposto sobre a renda deverá crescer com redução simultânea dos impostos sobre a

produção e o consumo.

e. Adotar, sempre que possível, contratos de gestão com metas de desempenho, na execução

de gastos públicos de modo a reduzir desperdícios e corrupção e melhorar sua eficácia.

D1. 2. Reforma fiscal e tributáriaPleito: Rediscutir todos os gastos sob o ponto de vsita do interesse da sociedade e não de grupos de pressão, redefinindo competências de cada ente federativo e seu custeio.

D1. 3. Reforma EducacionalPleito: Elevar continuamente a qualidade do Ensino Fundamental; ampliar a oferta de vagas no Ensino Médio profissionalizante e estimular a criação de mais vagas nas carreiras de exatas e biológias nos cursos superiores e de pós-formação

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Política Macroeconômica

O câmbio é o principal fator de perda

de competitividade da indústria de

transformação Brasileira. Basta verificar o

comportamento da produção em relação

ao consumo a partir da forte apreciação do

Real, iniciada em 2005.

A Figura 8 evidencia que a valorização

do Real frente ao Dólar combinada ao

aumento real da renda garantiu nos últimos

anos forte aumento do consumo, que não

se traduziu em aumento da produção e

sim em aumento de produtos importados,

graças à redução do preço em Reais dos

mesmos.

D2. CâmbioPleito: Câmbio Ajustado

Figura 8 – Produção versus consumo

Por quê?

solução:O Banco Central deve perseguir um Câmbio Real Competitivo e menos volátil, administrando o

repasse da desvalorização cambial à inflação.

Fonte: IBGE e BACEN. Elaboração: DCEE/ABIMAQ.

solução:a. Remunerar condignamente os professores, em todos os níveis de ensino, com uma parcela

dos vencimentos vinculada ao aperfeiçoamento profissional dos mesmos e ao resultado de

seus alunos nas provas de avaliação comparativa (meritocracia).

b. Adotar progressivamente o regime de tempo integral no ensino básico.

c. Na universidade pública implementar o regime de ensino pago para aqueles estudantes que

tenham condições econômicas para tanto.

d. Estimular o envio de nossos estudantes de cursos superiores para especializações no exterior

e iniciar, simultaneamente, um programa de atração de professores, mestres e doutores

estrangeiros para lecionar nas universidades públicas brasileiras.

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Política macroeconômica

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As taxas de juros praticadas no Brasil, tanto

da SELIC quanto dos juros de mercado,

estão muito acima da média dos países

emergentes.

Dados publicados pelo FMI – Fundo

Monetário Internacional mostram que o

Brasil ocupa a 2ª (segunda) posição em

um ranking de 122 países da maior taxa de

juros de empréstimos (Figura 9).

Figura 9 - Taxa real de juros de empréstimo - 2012

Reduzir os juros de mercado aos níveis médios praticados pelos países emergentes, atacando

as causas que promovem a atual distorção dos spreads, tais como: cunha fiscal, depósito

compulsório, entre outras e reduzir a SELIC – Sistema Especial de Liquidação de Custódia

corrigindo o atual modelo de formação da taxa pelo Banco Central.

Por outro lado a adoção de uma politica fiscal não expansionista e a eliminação de toda e

qualquer indexação automática iriam ajudar o Banco Central a reduzir os juros primários e,

consequentemente, os de mercado.

D3. Juros de Mercado e SELICPleito: Reduzir SELIC e juros de mercado a níveis equivalentes aos dos países emergentes

Fonte: FMI – Fundo Monetário Internacional. elaboração: DCEE/ABIMAQ.

Por quê?

solução:

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Política Macroeconômica

Para eliminar impostos não recuperáveis

embutidos nos produtos e reduzir

fortemente seus custos administrativos,

tanto das empresas, como do fisco.

O resultado será um considerável

aumento da competitividade do produto

brasileiro, tanto na exportação quanto na

competição, no mercado interno, com bens

importados.

D4. Sistema TributárioPleito 1: Simplificar o sistema Tributário

Figura 10 – Tempo gasto por uma empresa de médio porte para pagar o Imposto de Renda,

contribuições fiscais e previdenciárias (em horas por ano).

Fazer com que todos os impostos (federais, estaduais e municipais) incidam sobre valor

adicionado e sobre a mesma base e permitir às empresas calcular os créditos e débitos sobre a

totalidade de entradas e saídas, respectivamente, de bens e serviços.

Transferir, progressivamente, a incidência das contribuições sociais da folha de pagamento para

o faturamento.

Fonte: Doing Business do Banco Mundial.

Por quê?

solução:

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Política macroeconômica

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Os “regimes tributários especiais”, em suas

diversas modalidades, acentuam o quadro

de substituição da produção nacional, pois,

desoneram completamente a importação e

apenas parcialmente a produção nacional

que carrega créditos tributários acumulados

em sua cadeia produtiva aguardando sua

devolução que, além de não ser corrigida, é

difícil e incerta.

Estes ”regimes tributários especiais” de

importação, que continuam proliferando,

cobrem as principais áreas dos

investimentos brasileiros, e certamente

constituem, hoje, a maior ameaça à

IBKM ao piorar consideravelmente a

possibilidade do produto nacional competir

com o importado, naqueles setores que

concentram o grosso da demanda.

Figura 11 – Relação de Regimes Tributários Especiais

a. Extinguir os Regimes Tributários Especiais; ou

b. Manter os Regimes Tributários Especiais estendendo a desoneração ao segundo ela da

cadeia produtiva de bens de capital; ou

c. Manter os Regimes Tributários Especiais com incidência dos impostos indiretos (IVA)

a alíquotas reduzidas (moduladas) nas aquisições, pelas empresas beneficiárias, de bens

destinados ao seu ativo imobilizado.

Ver detalhamento de cada uma das soluções propostas no anexo i.

Fonte: FMI – Fundo Monetário Internacional. elaboração: DCEE/ABIMAQ.

Pleito 2: Eliminar o viés importador de todos os Regimes Especiais

Por quê?

solução:

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Política Macroeconômica

Pleito 3: Aumentar o prazo para recolhimento de Impostos

O prazo muito curto para se recolher

os impostos após o fato gerador é uma

herança da época da inflação elevada que

não se justifica hoje em dia por representar,

O excesso de regulação em assuntos fiscais,

trabalhistas e meio ambiente, cria um

ambiente de insegurança jurídica para as

na prática, uma antecipação ao fisco,

pelo fabricante, de impostos ainda não

recebidos.

empresas que convivem com a contínua

ameaça de passivos de difícil mensuração e

de alto custo administrativo.

Alongar progressivamente o prazo de recolhimento dos impostos para um prazo médio

superior a 90 (noventa) dias do fato gerador

a. Na área das relações do trabalho admitir a paridade jurídica entre o legislado e o negociado

entre as partes e eliminar o “poder normativo” da justiça de trabalho.

b. Aprimorar os marcos legais existentes para reduzir fortemente a “judicialização” dos contratos

privados, das concorrências, licitações e concessões públicas.

c. Simplificar e definir prazos máximos para obtenção de licenças ambientais.

D5. Ambiente Legal e JurídicoPleito: Simplificar e reduzir o excesso de normas e regulamentos que a legislação impõe às empresas

Por quê?

Por quê?

solução:

solução:

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Política industrial para Bens de capital mecânicos

20

A política industrial, seja setorial ou não,

tem que ter objetivos permanentes e

suas medidas e instrumentos tem que ter

um horizonte de médio e longo prazo,

evitando, sempre que possível, medidas

tópicas e temporárias. Por outro lado é

indispensável dispor de um sistema de

Para melhorar o market share dos bens de

capital brasileiros no consumo aparente

nacional, sem encarecer os investimentos,

e1. Aumentar o consumo aparente de bens de Capital, com redução simultânea do coeficiente

de importação;

e2. Aumentar as exportações de bens de capital;

e3. Aumentar a competitividade da Indústria de bens de capital.

acompanhamento e de avaliação de

desempenho das medidas adotadas, ao

longo do tempo, para permitir, sempre que

necessário, sua adequação aos objetivos

propostos.

Seus instrumentos são relacionados nos

capítulos que se seguem.

ou seja, sem aumentar o preço dos BKM

nacionais ou dos BKM importados que não

tenham produção nacional.

Objetivos: Os objetivos da política industrial para a indústria fabricante de Bens de Capital Mecânicos são os seguintes²:

E. Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos

E1. 1. Inova MáquinasPleito: Implementar o programa Inova Máquinas

² São os mesmos constantes nas Agendas Estratégicas Setoriais do Plano Brasil Maior validadas e divulgadas por seu Grupo Executivo em abril de 2013.

Por quê?

Instrumentos:

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Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos

E. Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos

Por quê?

solução:

solução:

Elevar o IPI – Imposto sobre Produtos

Industrializados de BKM - bens de capital

mecânicos cujas NCM – Nomenclaturas

Comuns do Mercosul constam do anexo ii em 30 (trinta) pontos percentuais.

As máquinas e equipamentos beneficiados

com a alíquota do II - Imposto de

Importação reduzida a 2% (dois por cento)

por força de ex-tarifário, terão a alíquota do

IPI reduzida a 0% (zero por cento).

Em função do baixo nível dos investimentos

ao longo das últimas décadas o parque

industrial brasileiro está subdimensionado

em relação às necessidades do País e conta

com máquinas e equipamentos com idade

média muito elevada, o que contribui para

piorar os indicadores de produtividade

do Brasil em relação a outros países,

desenvolvidos ou em desenvolvimento.

Quando se estima que a produtividade

brasileira por trabalhador ocupado é pouco

mais de um quarto da produtividade dos

Estados Unidos ou da Alemanha temos que

levar em conta que os recursos produtivos

disponíveis para cada trabalhador brasileiro,

As máquinas e equipamentos produzidos

no país, cujas NCMs estão relacionadas

no anexo ii, e que estejam cadastradas

ou venham a sê-lo no Decred/Finame/

BNDES, como passíveis de serem objeto

de financiamento, através de linhas e

programas desse banco, terão a alíquota do

IPI reduzida a 0% (zero por cento).

além da eventual defasagem tecnológica

em função de sua idade média, são cerca

de um quarto dos de um trabalhador dos

dois países tomados em referência.

Para o Brasil ter chances de sucesso

num processo de catch up3 em relação

aos países desenvolvidos, é imperativo

implementar o programa. Além disso,

a renovação do parque industrial no

arco médio de 20 anos, provocaria uma

demanda adicional de bens de capital

mecânicos de R$ 23 bilhões por ano

somente em máquinas nacionais.

Montar um programa de incentivos à renovação do parque industrial, priorizando os bens

de capital nacionais, com garantia de sucateamento das máquinas antigas, e que conte com

estímulos fiscal, tributário e de financiamento.

E1. 2. Modernização do Parque IndustrialPleito: Iniciar um programa de modernização do Parque Industrial no arco médio de 20 anos

3 Processo em que o mais atrasado alcança o mais avançado.

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Política industrial para Bens de capital mecânicos

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A utilização do poder de compra do Estado

para incentivar a produção nacional está

prevista em lei e não faltam justificativas

para que este incentivo cubra máquinas e

equipamentos.

A exigência de “conteúdo local” mínimo

não é uma obrigação imposta na compra

de BK – Bens de Capital, ou seja, se o

comprador utilizar para tanto, recursos

privados, próprios ou de terceiros, não há

necessidade de cumpri-la. Ela é apenas uma

contrapartida que deve ser exigida sempre

A ABIMAQ fez um estudo exaustivo das

margens de preferência para cada família

de produtos. A sua metodologia e a síntese

dos resultados está no anexo iii.

que o comprador é favorecido pelo uso de

financiamentos públicos a juros reduzidos

ou pela concessão da exploração de bens

e serviços, no Brasil ou no exterior, do

Estado ou ainda quando é beneficiado com

incentivos que impliquem em renúncia

fiscal.

Pleito 2: Ampliação do uso da contrapartida do conteúdo local

E1. 3. Compras governamentais / Conteúdo localPleito 1: Definir margens de preferência em compras governamentais

Por quê?

Definir a margem de preferência de cada família de BK e formalizar sua inclusão dentre os

produtos beneficiados pela lei.

Quando forem utilizados dinheiro ou bens do Estado, seja nas compras públicas, seja em

programas incentivados com renúncia fiscal, seja nas concessões de bens e serviços ou nos

financiamentos com recursos públicos, no Brasil ou no exterior, deve ser obrigatória por parte

dos beneficiários a contrapartida de uso de “conteúdo local” mínimo.

Por quê?

Por quê?

solução:

solução:

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Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos

O II - Imposto de Importação é amplamente

reconhecido como um imposto de caráter

regulatório e se destina, de um lado, a

compensar, ainda que parcialmente, as

ineficiências sistêmicas e, de outro lado, a

estimular a competitividade das cadeias

produtivas nacionais ao tratar de forma

diferenciada as diversas famílias de produtos.

Sucessivas intervenções pontuais nas

alíquotas do II tem afetado, ao longo

do tempo, este conceito o que torna

absolutamente necessária sua revisão e

adequação às finalidades originais.

Os insumos, por exemplo, pesam 53 pontos

percentuais na RLV – Receita Líquida de

Vendas da indústria de bens de capital e,

por serem protegidos com alíquotas iguais

ou superiores ao dos bens finais custam,

em média, cerca de 35% a mais do que nos

países desenvolvidos4, como podemos ver

na Figura 12, contribuindo isoladamente

com mais da metade do “Custo Brasil”

(anexo iv).

Rever as alíquotas de II – Imposto de Importação para proteger de forma crescente, os

produtos a partir dos insumos básicos até o produto final. O objetivo é elevar os preços

dos insumos a níveis internacionais usando, simultaneamente, a redução das alíquotas de

importação como instrumento para os produtores de insumos básicos não se apropriarem de

ganhos cambiais.

E1. 4. Imposto de Importação sobre Matérias Primas e InsumosPleito: Revisão da estrutura de alíquotas do imposto de importação

Figura 12 – Impacto dos custos dos Insumos Básicos na receita líquidade vendas da IBKM

4Alemanha e Estados Unidos foram utilizados na comparação.

Por quê?

solução:

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Política industrial para Bens de capital mecânicos

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Apesar das desonerações concedidas nos

últimos anos, as máquinas e equipamentos

nacionais ainda carregam quase 6 (seis)

As indústrias são isentas do recolhimento

dos impostos devidos na venda de seus

bens ou serviços sempre que estes se

destinem a exportações ou a empresas e/

ou a projetos incentivados pelos regimes

tributários especiais. Entretanto, os insumos

e partes e peças destes produtos, são

adquiridos pelo fabricante sem isenção,

ou seja, eles vem carregados de impostos

que são progressivamente acumulados

pelas indústrias que não tem condições

de utiliza-los quando suas vendas forem

majoritariamente destinadas à exportação

e/ou à venda dentro de regimes tributários

pontos percentuais de impostos não

recuperáveis em sua receita líquida

(anexo v).

especiais ou projetos incentivados.

Os Estados e a União se comportam como

se a devolução fosse não um direito,

mas sim um favor. Exigem das empresas

demonstrações burocráticas, sem prazo

definido de análise por parte dos fiscos,

e devolvem o dinheiro devido, quando

o devolvem, meses ou anos depois, sem

juros e sem correções de qualquer espécie.

Na prática, transformam uma isenção que

originalmente era destinada a reduzir o

preço do produto nacional num custo

adicional para os fabricantes de Bens de

Capital.

E1. 5. Desoneração dos investimentosPleito: Desonerar os investimentos produtivos

E1. 6. Devolução dos Créditos TributáriosPleito 1: Devolução dos créditos tributários de forma automática

a. Devolver ou dar crédito presumido equivalente a 6 pontos percentuais da RL - Receita

Líquida enquanto não forem eliminados todos os impostos não recuperáveis nas vendas

internas.

b. Completar a redução à zero da alíquota do IPI – Imposto dobre Produtos Industrializados

daqueles poucos BK – Bens de Capital ainda não incluídos e tornar esta redução permanente.

c. Avançar na redução do prazo de compensação do ICMS – Impostos sobre Circulação

de Mercadorias e Prestação de Serviços embutido em BK – Bens de Capital, de alçada dos

governos estaduais, que ainda permanece em 48 (quarenta e oito) meses, com altos custos

financeiros de carregamento por parte do investidor. Uma simples redução de um mês a cada

mês neste prazo levaria à situação de crédito imediato do ICMS ao fim de quatro anos, sem

afetar sensivelmente o caixa dos governos estaduais.

Por quê?

Por quê?

Por quê?

Por quê?

solução:

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Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos

A concessão de financiamento competitivo permanente na produção e venda de BK - Bens de

Capital, tanto no mercado interno como nas exportações de bens e serviços, em condições

comparáveis com os concorrentes internacionais, por parte dos bancos públicos, enquanto

o setor financeiro privado não o fizer, é fundamental para a competitividade da produção

nacional e para estimular níveis crescentes de conteúdo local e de engenharia nacional.

E1. 7. Financiamento CompetitivoPleito: Viabilizar financiamentos competitivos permanentes para investimentos produtivos

E2. 1. ReintegraPleito: Reativar o reintegra

Não se justifica que programas de incentivo

ao investimento, tipo PSI - Programa de

Sustentação do Investimento, sejam feitos

com prazos de validade muito curtos

que, mesmo quando eventualmente

prorrogados, não permitem o planejamento

dos investimentos a médio ou longo prazo.

Por outro lado a legislação e o tratamento

tributário dado às operações de leasing

devem ser revistas de modo que o

É fundamental para o setor o ressarcimento

do resíduo tributário nas receitas das

exportações, que atualmente é da ordem de

6% através do REINTEGRA. Isto possibilitaria

minimizar a perda de competitividade da

custo financeiro da operação não seja

superior ao custo de outras formas de

financiamentos de BK – Bens de Capital,

como FINAME, por exemplo, para que este

instrumento pudesse, tal como ocorre

nos países desenvolvidos, ocupar um

espaço importante na comercialização de

máquinas e equipamentos.

Funding adequado.

indústria nacional de transformação nas

exportações, contribuindo para melhorar

o resultado da balança comercial brasileira

sem, contudo, se descuidar da merecida

atenção que o governo dá à situação fiscal.

Devolução dos “créditos tributários” pelo fisco de forma automática visto que com a

generalização da nota fiscal eletrônica as Receitas Federal e Estaduais tem plena condição de

calcular no fim de cada mês os débitos ou créditos a que cada empresa faz jus.

solução:

solução:

solução:

Por quê?

Por quê?

A aprovação do PSL - Projeto de Lei do Senado número 267/2012. O qual está sob análise da

Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Pleiteamos ainda a inclusão de

emenda encaminhado pelo Grupo Coalizão para a Competitividade na MP 628/2013, assim

como a sua transformação em Lei, fazendo com que o REINTEGRA volte a ter vigência com

alíquota progressiva, ou seja, de 1% da receita exportada em 2014, 3% em 2015 e, a partir de 1°

de julho de 2015, a alíquota passaria a ser variável por setor, entre 3 e 6%.

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Política industrial para Bens de capital mecânicos

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O comércio legítimo é saudável ao

desenvolvimento de qualquer país,

porém importações desleais a preços

A redução ou eliminação do valor mínimo

a ser financiado ao importador, fruto de

custos bancários, é fundamental para

atender as empresas exportadoras de

menor porte. A falta de garantia aos

financiamentos das exportações brasileiras

simplesmente as inviabiliza, mesmo que

insustentáveis claramente danam o

progresso do país importador e esta prática

deve ser coibida.

já contem com o acesso ao crédito, ou

seja, atender o exportador somente com

disponibilidade de crédito não basta. A

inexistência de garantia aos financiamentos

é ainda mais grave quando tratamos

dos PMDRs, países para os quais o Brasil

demonstra grande interesse em exportar.

E2. 2. Mecanismos de Defesa ComercialPleito: Aprimorar os monitoramentos e mecanismos de Defesa Comercial

E2. 3. Financiamento às ExportaçõesPleito: Ampliar e flexibilizar linhas de financiamento competitivas internacionalmente para a exportação de Bens de Capital, e as ofertas de garantias as exportações

Os monitoramentos estatísticos conduzidos pelo DECEX/SECEX/MDIC se mostram uma

ferramenta eficaz no combate às importações predatórias e seu uso deve ser ampliado.

Também devem ser ampliado o uso das medidas clássicas de Defesa Comercial tomadas

no âmbito do DECOM/SECEX/MDIC, estas que são instrumentos pontuais de correções de

distorções comerciais. Ambas as atuações devem ser reforçadas e um aumento de efetivo

nestes órgãos de faz necessário para que a Poder Público tenha condição de responder às

demandas do setor produtivo brasileiro de forma mais ágil.

A concessão de financiamento competitivo permanente na produção e venda de BK - Bens de

Capital, tanto no mercado interno como nas exportações de bens e serviços, em condições

comparáveis com os concorrentes internacionais, por parte dos bancos públicos, enquanto

o setor financeiro privado não o fizer, é fundamental para a competitividade da produção

nacional e para estimular níveis crescentes de conteúdo local e de engenharia nacional,

ampliando também a oferta de garantias aos financiamentos das exportações para países em

desenvolvimento e principalmente para os países de menor desenvolvimento relativo.

Por quê?

Por quê?

Por quê?

Por quê?

solução:

solução:

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Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos

Reestruturação das atribuições do MCT – Ministério de Ciência e Tecnologia integrando política

científico-tecnológica com a política educacional superior, passando a atuar como MECT -

Ministério da Educação Superior, Ciência e Tecnológica. O MEC - Ministério da Educação seria

mantido exclusivamente para a educação fundamental e média.

Reestruturação do MDIC integrando a política industrial com a politica de inovação, passando a

atuar como MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Inovação, Indústria e Comércio.

E3. 1. Inovação e ProdutividadePleito 1: Modernização Institucional na inovação

Pleito 2: Fomento à inovação

Falta projeto eficiente de integração

entre universidades e indústrias. O

desenvolvimento é de responsabilidade da

indústria e do governo, que deve estimular,

por meio de seus órgãos de fomento e dos

ministérios, o desenvolvimento tecnológico.

Não basta forçar a união da universidade

com a indústria. Não adianta investir

para que uma universidade execute o

desenvolvimento de um produto para uma

indústria.

Os fundos setoriais foram criados como

sendo o processo que reorganizaria o

investimento em ciência. Mas o maior

problema que nós temos de compreender

é o que se quer com a associação entre

universidade e empresa. É preciso que os

recursos cheguem às empresas.

Muitas ideias estão na universidade, mas

não é ela que faz o desenvolvimento. A

universidade chega a um protótipo, a

uma ideia de como se faz. Essa é a visão

do desenvolvimento científico. Pegar

essa ideia e fazer com que ela chegue ao

mercado é função da indústria que é quem

sabe operacionalizar o desenvolvimento

tecnológico.

Para incorporar tecnologia é preciso uma

base de inovação forte, que acontece nas

empresas. É preciso aumentar e facilitar o

acesso para os recursos de subvenção em

atividades de risco para empresas em suas

atividades de inovação, como todos os

países desenvolvidos fazem.

solução:

Por quê?

Por quê?

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Política industrial para Bens de capital mecânicos

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• Reestruturação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT,

dividindo os fundos em dois: um para Ciência a cargo do MECT, com gestão da FINEP e outro

a cargo do MDIC, com gestão do BNDES.

• Rever o Estatuto dos Fundos Setoriais, transformando-os de Fundos Orçamentários (sujeitos à

contingenciamentos) para Fundos Financeiros (garantindo recursos financeiros para projetos

de inovação aprovados nas várias modalidades);

• Considerar o Setor de Bens de Capital estratégico e prioritário nos recursos de inovação.

• Ampliar os recursos destinados à subvenção econômica e tornar a sua concessão mais

próxima de operação em fluxo contínuo, revendo as contrapartidas exigidas pelas

subvenções e ampliar áreas prioritárias;

• Criar dispositivo que inclua as empresas do lucro presumido como beneficiárias de incentivos

fiscais como, por exemplo, crédito presumido, incluindo outros tributos, tais como IPI e o PIS/

COFINS a partir da revisão da Lei do Bem;

• Criar, através de bancos públicos, novos instrumentos de garantia e seguro de crédito e

ajustar valores de contrapartidas conforme porte das empresas, tecnologia envolvida e

classificação estratégica do BK.

solução:

Por quê?Por quê?

solução:

Para incentivar os Investimentos em P, D & I

é necessário que os instrumentos de apoio

estejam alinhados com as necessidades

das empresas e com as estratégias de

desenvolvimento.

Pleito3: Incentivar Investimentos em P, D & I

O Setor de Bens de Capital é um setor estratégico e transversal e, portanto, são necessários

programas específicos de apoio à inovação no setor, tais como:

• Incentivar fiscal e financeiramente a incorporação de tecnologia digital, eletrônica

embarcada, micro processadores com código fonte e/ou softwares dedicados, desenvolvidos

no Brasil, nos Bens de Capital Mecânicos, a partir do Programa “Bens de Capital Inteligentes”;

• Criar o Programa “Inovação ao alcance das Indústrias de Bens de Capital - BK Inovação”

Integrando e aprimorando os instrumentos de apoio, de forma a promover o aumento

da competitividade de produtos, serviços e soluções em máquinas e equipamentos e a

integração com as empresas brasileiras em áreas prioritárias e estratégicas;

• Usar o poder de compra do Estado para alavancar a inovação no setor de BK;

• Regulamentar a margem de preferência para produtos manufaturados resultantes de

desenvolvimento e Inovação tecnológica realizados no país, previstos na lei de Inovação;

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Política Industrial para Bens de Capital Mecânicos

• Incentivar que a concepção e o desenvolvimento dos Projetos de Engenharia por empresas

nacionais ou consorcio de empresas nacionais com financiamento competitivo para a

elaboração desses projetos;

• Fortalecer a estrutura de capital das empresas nacionais de Engenharia para a contratação de

projetos de grande porte;

• Aumentar a previsibilidade da demanda interna por serviços de engenharia de projetos no

país;

• Utilizar o uso do poder de compra do governo para o fortalecimento da engenharia nacional

e para a aquisição de Bens de Capital em seus investimentos;

• Promover a cooperação entre as empresas nacionais de engenharia consultiva

complementando competências para aumentar o poder de competição.

• Elaborar agendas tecnológicas setoriais para os setores estratégicos da cadeia de bens de

capital;

• Identificar Setores Estratégicos;

• Elaborar Estudos Prospectivos para Setores Estratégicos em BK;

• Implementar a Agenda Tecnológica Setorial (ATS);

• Criar Sistema de Promoção para comercialização de Tecnologia e Inovação Nacionais, novas

soluções e tendências estratégicas da área;

• Fomentar o desenvolvimento de fornecedores locais para eliminação das lacunas

tecnológicas e de suprimento.

Pleito 4: Fortalecer as Empresas de Engenharia Nacional

Pleito 5: Identificar Fronteiras e Atualização Tecnológicas na Cadeia de Bens de Capital

Bens de Capital sob encomenda enfrentam

uma desvantagem competitiva quando

o projeto básico e de engenharia são

realizados fora do país o que privilegia

Quando não há atualização tecnológica,

a produtividade e a competitividade

da indústria como um todo ficam

comprometidas. É fundamental fazer

produtores estrangeiros em detrimento do

nacional, quando faz as especificações com

base nos fornecedores parceiros.

prospectivas tecnológicas que identifiquem

as tecnologias que serão necessárias no

futuro para que o poder público possa

apoiá-las no seu nascedouro

solução:

solução:

Por quê?

Por quê?

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Política industrial para Bens de capital mecânicos

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A falta de tratamento isonômico entre

o produto nacional e importado,

notadamente no setor de bens de capital,

para regulamentos técnicos exigidos em

Apesar dos avanços com a criação dos

programas “PRONATEC” e “Ciência sem

Fronteira”, as empresas ainda possuem

grande dificuldade para encontrar recursos

humanos qualificados em tecnologias

lei, leva a concorrência desleal e a desvio de

comércio, com perda de tecido industrial.

maduras. O problema fica ainda mais

agravado quando se fala em tecnologias

emergentes que requerem rapidez na sua

assimilação, tais como manufatura aditiva,

robótica, simulação etc.

E3. 2. Tecnologias MadurasPleito: Aprimoramento de Tecnologias Maduras

E3. 3. Recursos HumanosPleito: Investir da Formação de Quadros Técnicos Qualificados

• Garantir a isonomia de atendimento à Leis e regulamentos para produtos nacionais e

importados;

• Aumentar o número de Regulamentos de Avaliação de Conformidade para Máquinas e

Equipamentos;

• Criar o Programa de Etiquetagem para Segurança em Máquinas e Equipamentos;

• Colocar em exigência no Siscomex todos os Regulamentos Técnicos;

• Fortalecer a Infraestrutura de Serviços Tecnológicos de apoio P,D&I.

• Ampliar e fortalecer programas governamentais para qualificação de mão-de-obra de nível

médio profissionalizante e de nível superior, sobretudo em cursos de engenharia;

• Ampliar os programas e os incentivos estudantis para o aprimoramento de Engenheiros em

programas de pós-graduação nacionais, notadamente Mestrado e Doutorado;

• Ampliar o intercâmbio de estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação em

instituições de ensino no exterior;

• Ampliar recursos e dar maior visibilidade à concessão de bolsas para coladores de empresas

visando o desenvolvimento tecnológico no exterior, no âmbito do Programa “Ciência sem

Fronteira”;

• Implementar o programa “Mil Doutores na Indústria de Bens de Capital”.

Por quê?

Por quê?

Por quê?

Por quê?

solução:

solução:

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Conclusões

A implementação dos instrumentos

elencados nesta proposta, bem como as

demais medidas do programa vão resultar

em aumento da demanda de BKMs, bem

como de sensível melhoria do market share,

das máquinas e equipamentos nacionais

em nosso consumo aparente permitindo,

à indústria de bens de capital, um forte

aumento do faturamento, do emprego e

das exportações.

Este crescimento, por sua vez, cria as

condições para o setor voltar a investir

A renovação do parque industrial, a uma taxa de 1/20, ao ano irá contribuir para o aumento

anual de 0,5 ponto percentual da taxa de investimento em relação ao PIB – Produto Interno

Bruto (FBCF/PIB) possibilitando ao Brasil manter um crescimento sustentado superior a

4.00% a.a. Esta modernização de toda a indústria brasileira, por outro lado, irá aumentar

sensivelmente sua produtividade e consequentemente a competitividade do Brasil como um

todo.

em modernização e em gastos em P&D

– Pesquisa e Desenvolvimento, inovação

e engenharia o que, junto com os

decorrentes ganhos de escala, vai levar

a fortes incrementos na produtividade e

competitividade da indústria de BKM – Bens

de Capital Mecânicos. O consumo aparente

adicional, nos quatro anos de programa,

será responsável pela arrecadação adicional

direta de cerca de R$ 23,6 bilhões.

Os resultados esperados são resumidos no

quadro abaixo:

Conclusões

Figura 13 – Resultados Esperados na Indústria de Bens de Capital

descrição 2015 2018Demanda prevista em função do crescimento do PIB, FBCF e da modernização

Consumo Aparente (R$ Bilhões) 130,5 152,5

Empregos diretos 260.000 306.000

Atividade Inovativa (% da RLV) 2,1 3,5

Balança Comercial (US$ bilhões) -20,0 -10,0

Exportação (US$ bilhões) 15,0 25,0

Investimento acumulado no período (R$ bilhões) 102,4

Ganhos de produtividade no período (média a.a) 3,0

Empregos adicionais na cadeia 360.000

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aBimaQ - associação Brasileira das indústrias de máquinas e equipamentosAv. Jabaquara, 2925 - 04045-902 - São Paulo - SP

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