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Metodologia Para os alunos que desejam estudar de verdade Roberto Gonçalves da Silva Florianópolis 2002 1

Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

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Metodologia Para os alunos que desejam

estudar de verdade

Roberto Gonçalves da Silva

Florianópolis 2002

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APRESENTAÇÃO

Este texto foi elaborado para oferecer orientações metodológicas básicas para

instrumentalizar o estudo dos meus alunos - tendo em conta as carências por eles trazidas

do 2° grau, relativas à organização da sua vida acadêmica, à leitura de textos científicos e

à própria organização de estratégias de trabalho em grupo para discussão e debates de

temas importantes para a sua formação profissional.

Apesar das inúmeras tentativas de re-estruturação do ensino de 2° grau, ocorridas nos

últimos tempos, o panorama não se alterou substancialmente, sendo que algumas das

carências até se agudizaram. Minha experiência no cotidiano universitário, permitiu-me

constatar que muitas das dificuldades do trabalho intelectual dos meus alunos decorrem

da sua carência efetiva de instrumentalização lógico-conceitual e técnica.

Espero, que este pequeno texto possa contribuir para o aperfeiçoamento das relações

ensino-aprendizagem que hoje ocorrem nesta Universidade.

Roberto Gonçalves da Silva Professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo UFSC

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INTRODUÇÃO QUAL O OBJETIVO DESTE TEXTO?

Desejo oferecer a você, alguns elementos metodológicos que o auxiliem a estudar de

verdade, organizando a sua atividade intelectual e proporcionando um desempenho

efetivo na sua carreira universitária. Neste período da sua vida, em que a Universidade

constitui-se como meio de integração social e relacionamento humano, é importante que

sua vivência se transforme num momento de concentração, de pensamento e de reflexão

rigorosa, sem contudo desprezar o necessário prazer decorrente do cultivo do ócio.

Se o estudo significa a paixão de descobrir o mundo - sua efetividade propicia

descobertas e invenções sempre comprometidas com a melhoria das condições de vida

dos homens. Para permanecer redescobrindo e reinventando, sua atividade universitária

requer instrumentos adequados em três níveis: técnico, lógico e conceitual.

• As sugestões técnicas aqui apresentadas visam disciplinar o seu trabalho intelectual,

garantindo-lhe maior produtividade.

• Elas, por sua vez, fundamentam-se no rigor da lógica, sem o qual não seria

desenvolvido nos estudantes o ato de refletir, condição necessária para se atingir o

objetivo maior de levá-los a aprender a pensar.

• Para que se complete a aprendizagem, necessitamos ainda dos recursos conceituais. Cada disciplina deve oferecer conceitos fundamentais que o ajudem a se

posicionar diante do conteúdo que lhe é apresentado. O domínio de tais conceitos -

das áreas especificas e afins - é imprescindível para o conhecimento verdadeiro e

para o desenvolvimento do pensamento e da pesquisa.

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I - O E S T U D O N A U N I V E R S I D A D E

O ingresso na vida universitária passa a exigir de você uma postura de auto-atividade

didática que deverá ser, sem dúvida, crítica e rigorosa.

O ensino tradicional que normalmente vem sendo desenvolvido nas escolas – apenas

informativo – não está preparando os estudantes para assumir seu verdadeiro lugar no

processo de ensino-aprendizagem. A maneira tradicional de estudar deve ser imediata e

definitivamente abandonada, por todos aqueles que entendam a educação como uma

forma de responsabilidade social e histórica. Em contrapartida, deverão assumir

imediatamente a posição de sujeitos do ato de estudar. Todo processo educacional deve

fornecer os instrumentos para uma atividade criadora.

Para tanto, você deve empenhar-se ao máximo, na individualização do seu trabalho

intelectual e apoiar-se no domínio e na manipulação de uma série de instrumentos que

devem estar contínua e permanentemente ao alcance de suas mãos; é com o auxilio deles

que você deverá organizar sua vida de estudo e disciplinar sua vida cotidiana.

Voce deve convencer-se que sua aprendizagem é uma tarefa eminentemente pessoal.

O E S T U D O

O QUE É? O estudo, na prática, se traduz pela conquista de uma mente: CRITICA OBJETIVA RACIONAL

CRITICA: porque aperfeiçoa os julgamentos e desenvolve o discernimento entre o

essencial e o acidental; entre o prioritário e o secundário.

OBJETIVA: porque liberta a aprendizagem de toda posição subjetivista, evitando as

meias-soluções.

RACIONAL: porque evita preconceitos, emocionalidades, pré-julgamentos, lugares

comuns do pesquisador.

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COMO ESTUDAR?

Ofereço a seguir um esquema para a sua vida de estudante, como

mecanismo auxiliar às exigências da sociedade em que vivemos,

onde normalmente se diz que "não há tempo" para o estudo.

Parte dos estudantes deixa para estudar na véspera da prova,

virando noites antes da entrega de um trabalho, memorizando

apenas, sem apreender ou assimilar o significado do conteúdo

oferecido, o que é um êrro.

O estudo é um processo de apreensão, integração e captação de dados, com a finalidade

de aplicá-los na resolução de problemas concretos. O processo de reter, evocar e recriar

os dados apreendidos, complementa o seu estudo.

Estudamos através de:

AULAS PERGUNTAS LEITURAS

SEMINÁRIOS PASSEIOS INTERNET

OBSERVAÇõES TRABALHO DE CAMPO PESQUISAS

CURSOS VISITAS VIAGENS

INVESTIGAÇÕES DEBATES SIMPÓSIOS

CONGRESSOS ATIVIDADES CULTURAIS ÓCIO

como também através da própria vivência.

Criar o hábito de estudo contínuo será a única proposta viável a possibilitar um bom

desempenho no seu curso universitário.

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ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DE ESTUDO

ORIENTAÇÔES PARA O ESTUDO PESSOAL

Quando for iniciar seu estudo - isto é, seu trabalho intelectual - marque as etapas. É bom

até escrevê-las para não se desviar delas.

É o que se chama de MÉTODO DE ESTUDO.

a) Faça um horário de todas as suas atividades da semana (aulas, trabalhos, lazer, etc.);

b) reserve um horário extra;

c) verifique os horários livres;

d) reserve um tempo maior para as disciplinas em que você tem mais dificuldade;

e) ao estudar, procure um lugar cômodo e adequado, sem ruídos e barulhos;

f) evite estar com sono, fome ou sede;

g) reúna todos os elementos e instrumentos necessários para tal tarefa, mantendo-os à

mão (dicionários,enciclopédias, etc.);

h) comece pelas coisas mais simples para depois enfrentar as mais difíceis;

i) alterne as várias fases de estudo com leituras, gráficos, resumos, esquemas,

exercícios, etc.;

Um esquema adequado à criação do hábito de estudo, pode ser o seguinte:

1. AULA 2. ESTUDO EM CASA 3. AULA

1. AULA O aluno deve ir à aula para participar e tirar dela o melhor proveito. Ao professor

caberá orientá-lo quanto ao aproveitamento do conteúdo.

Em sala de aula:

• é indíspensável a freqüência;

• esteja atento e disposto;

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• participe interrogando e solicitando esclarecimentos quando necessário;

• anote somente o principal;

• organize as suas anotações para não ser objeto, mas sujeito;

• Se houver debate durante as aulas, faz-se necessária também a preparação prévia.

Seja alguém que se educa e não que é educado. 2. ESTUDO EM CASA para o estudo em casa devemos ressaltar a importância de

três momentos:

2.1. .Ambiente adequado - Procure um lugar apropriado. Levante apenas o material para

estudo daquele dia. Reveja a matéria exposta em aula. Confronte e complete com outros

textos as suas anotações de aulas. Prepare as próximas aulas, lendo e anotando no texto

as dúvidas e problemas encontrados.

2.2. Revisão da aula - É fundamental esta revisão, pois, através desta etapa é possível

perceber se houve a personalização da matéria estudada e caso hajam dúvidas, estas

deverão ser anotadas para esclarecimentos na aula seguinte.

É neste momento que recorremos a outros instrumentos de pesquisa, complementando

nossa tarefa com a documentação dos informes necessários. Esta documentação facilitará

o terceiro momento.

A revisão da matéria vista em classe deve ser adaptada às outras situações criadas no

caso da participação em trabalhos de grupo, da preparação do seminário e da elaboração

do trabalho de pesquisa.

2.3.Preparação da aula seguinte - Você deve rever – relendo e re-estudando – a

documentação da matéria organizada em casa, e não se esquecer de anotar as dúvidas

encontradas. Em seguida, você deve entrar em contato com a unidade seguinte, podendo

desta forma, participar ativamente da próxima aula.

3. AULA Você estará preparado através do "estudo em casa", para participar ativamente

da aula seguinte, envolvendo-se com maior facilidade nas exposições, discussões e

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debates. É um momento importante para o esclarecimento de dúvidas quanto ao conteúdo

programático.

Portanto, o estudo deverá ser contínuo: Aula Estudo em casa aula Estudo em casa...

como pode ser sintetizado pelo,

FLUXOGRAMA DA VIDA DE ESTUDOS

AULA ESTUDO EM CASA AULA

. Revisão

. Reorganização

. Documentação

. Preparação

. Releitura

. Leitura complementar

. Nova unidade

Participação

. Exposição

. Discussão

. Debate

. Novas tarefas

. Anotações

Fichamento ou relatório

. Participação

. Retomada da unidade anterior

. Exposição

. Discussão

. Debate

. Anotações

ORIENTAÇÔES PARA O ESTUDO EM GRUPO

O estudo pessoal pode e deve, em muitas ocasiões, ser complementado pelo estudo em

grupo. A importância do estudo em grupo reside, no fato de que, através dele, é possível a

divisão de tarefas e isto permite um aprofundamento dos temas pesquisados. No estudo

em grupo, a troca de idéias provoca o debate, aponta falhas e, logicamente, pressupõe e

provoca o estudo individual.

1. A organização do grupo

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• o grupo deve ser composto por no máximo 6 (seis) pessoas, que tenham facilidade

para se encontrarem;

• todos os elementos do grupo devem anotar as conclusões dos debates; no entanto,

uma pessoa escolhida pelo grupo (o relator) apresentará à classe estas conclusões;

• todos os componentes do grupo devem ter igual disposição para a realização do

trabalho coletivo;

• todos devem ser objetivos e eficientes na realização das tarefas e durante as reuniões

do grupo, além de serem democráticos quanto à opinião da maioria dos colegas nas

decisões tomadas pelo grupo.

2. A elaboração do trabalho

• estabelecer o tema do trabalho, caso este não tenha sido proposto pelo professor;

• levantar e definir a bibliografia referente ao tema;

• distribuir equitativamente as tarefas;

• planejar a elaboração do trabalho;

• discutir em conjunto os resultados obtidos individualmente por cada um dos

componentes do grupo;

• realizar quantas reuniões forem necessárias para elaborar o trabalho e realizar a sua

versão definitiva.

3. O debate

• dispor as cadeiras de modo que todos se vejam; formar o círculo - onde ninguém deve

ter uma posição de destaque - já que no círculo não há dominação;

• todo debate deve ter uma pessoa responsável pela coordenação e pelo andamento

dos trabalhos;

• não forme sub-grupos; não sente junto a seus amigos mas procure sentar-se junto aos

que você ainda não conhece bem, dando chance aos demais colegas do grupo de

conhecé-lo melhor; “entreviste" o outro;

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• mantenha-se atento; não se alheie do grupo para preparar uma intervenção; espere

tranquilamente sua vez de falar e, ao fazê-lo, olhe para todos componentes do grupo;

• não fale baixinho com o companheiro ao lado, porque isto pode ser interpretado como

uma agressão ao grupo; fale sempre alto e dirigindo-se a todos;

• ao intervir, refira-se sempre a alguma afirmação anterior mesmo que seja para

discordar; sempre que fizer uma afirmação, conclua seu pensamento com um porquê;

se não souber dizer o porquê, sua afirmação é mera intuição; explique-se sempre;

• não menospreze contribuições que lhe pareçam insignificantes, principalmente se

emitidas por tímidos; quem entrou no time deve jogar mesmo sem saber - é assim que

se começa a aprender;

• uma discussão é uma operação mental em conjunto - uma cooperação;

• não diga: - não concordo! Discorde sem dizer que está discordando, porque através de

sua explicação todos perceberão sua discordância, sem que sejam criadas barreiras

emocionais intransponíveis e incompatibilidades entre os elementos do grupo;

• se a reunião vai mal, proponha para examinar o que está impedindo a produtividade do

grupo; não deixe para criticar depois da reunião; seja leal e autêntico;

• quando alguém fizer uma afirmação sem "prova", crive-o de perguntas: por que?,

quando? onde? como?, etc.

• procure evitar a expressão "eu acho"; você não está "achando" nada, está afirmando e

deve lutar por sua opinião;

• quando quiser dizer "eu acho que" procure dizer "não posso provar o que vou dizer", a

fim de que todos saibam que você enunciou uma dúvida e não uma convicção;

• todos devem participar, por isso todas as pessoas do grupo devem ter oportunidade de

falar.

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Page 11: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

II - A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

O QUE É? É a procura das várias fontes de informação sobre determinado assunto

ou a localização de um dado específico.

QUANDO SE FAZ?

• Ao se iniciar o estudo de um problema ou assunto.

• Na escolha de argumentos para um seminário ou debate.

• Na antecipação e preparação do conteúdo de uma aula.

• Na coleta de material para elaborar um projeto ou um trabalho escrito.

• Na organização de um arquivo sobre tema de interesse.

A pesquisa bibliográfica não deve ser confundida com a simples consulta do dicionário, para

ampliar o campo conceitual de uma palavra. Também não se compara ao hobby de colecionar,

aleatoriamente, artigos de jornal e revistas.

A pesquisa bibliográfica é uma atividade intelectual auxiliar do estudioso no processo de maior

apreensão e compreensão do conhecimento. Afinal, ao se empreender o estudo de um

assunto, deve-se anteriormente considerar o que já existe sobre o mesmo, o que outros autores

disseram e com quais questões se defrontaram, quais os limites epistemológicos encontrados e

as perspectivas de sua superação, de modo a não cair na repetição vulgar e, efetivamente, dar

um passo efetivo em direção ao domínio do conhecimento.

Dessa maneira, pode-se fundamentar a construção de um saber próprio, criando condições

para inovar no campo científico, cultural e profissional.

A fim de organizar o trabalho de estudo, divide-se a Pesquisa Bibliográfica nos seguintes

momentos:

IDENTIFICAÇÃO ARMAZENAGEM UTILIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DAS DAS DAS FONTES INFORMAÇÕES INFORMAÇÕES 1 2 3

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1. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DAS FONTES

BIBLIOGRAFIA INDICADA NA DISCIPLINA - É a relação indispensável de livros e

artigos, sobre os quais uma dada disciplina versará, oferecida pelo professor no programa

do curso.

LIVROS DIVERSOS - É comum encontrarmos, nos livros, anotações de rodapé de página

e/ou na parte final o registro de referências bibliográficas, remetendo o leitor a uma

complementação de leitura.

PERIÓDICOS - Jornais como Folha de São Paulo (Caderno Mais! de domingo), o

Estado de São Paulo ("Suplemento Cultural" de domingo), Jornal da Tarde

(Suplemento de Leituras de sábado) e revistas como Isto é e Veja, somente para citar

os mais populares (periódicos não especializados), apresentam resumos de livros e

comentários críticos dos lançamentos editoriais recentes.

FOLHETOS E CATÁLOGOS EDITORIAIS - O aluno que quiser receber, pelo correio,

gratuitamente, estes folhetos e catálogos trazendo os últimos lançamentos da editora, bem

como os preços, basta remeter uma ficha pessoal com endereço às casas editoriais.

CATÁLOGOS DE BIBLIOTECA: COMO CONSULTA-LOS? - O aluno deve fazer um

levantamento das bibliotecas existentes na cidade, incluindo as das diversas unidades

existentes na Universidade, e organizar uma tabela de seus horários de funcionamento. A

UFSC mantém na sua Biblioteca Central, um acervo significativo para seus alunos. A

forma da utilização dos catálogos deve ser feita como passamos a explicar.

Os catálogos estão divididos de acordo com as diversas áreas do saber: Antropologia,

Arquitetura, Engenharia, Educação, Filosofia, Letras, Sociologia, e outras. Em cada uma

dessas divisões encontramos fundamentalmente três tipos de catálogos:

CATALOGO DE AUTOR: Recorremos a esse tipo de fichário quando temos em mãos o

nome do autor que pesquisamos. Deve-se procurar pelo sobrenome que está catalogado

em ordem alfabética.

Modelo de Ficha de Autor (o autor procurado é PRADO)

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120 PRADO, Caio (Júnior) - 1907-1990

P896d Dialética do conhecimento, 4.ed.

São Paulo: Brasiliense, 1963.

2v. 23cm.

1. Preliminares - Pré-História da dialética.

2. História da dialética. 3. Lógica dialética.

CATALOGO ALFABÉTICO DE ASSUNTO: Recorremos a esse tipo de catálogo quando

precisamos pesquisar sobre um determinado tema ou assunto e não temos conhecimento

da bibliografia existente a respeito. No catálogo procuramos o número da classificação do

assunto.

Modelo de Ficha de Assunto (o tema procurado é Conhecimento)

Conhecimento - Teoria - Filosofia

120

CATALOGO SISTEMÁTICO: De posse do número correspondente ao tema pesquisado

(no caso é o número 120, em que está classificado o assunto conhecimento da área de

Filosofia), recorremos ao catálogo sistemático, onde encontramos todas as fichas de obras

que tratam do assunto procurado.

Modelo de Ficha do Catálogo Sistemático (procura-se o n° 120 no Catálogo)

120

PRADO, Caio (Júnior) - 1907-1990

Dialética do conhecimento. 4.ed.

São Paulo: Brasiliense, 1963.

2v. 23cm.

Na atualidade, com a informatização das bibliotecas, as buscas embora permaneçam

basicamente as mesmas, foram muito facilitadas: a tela de consultas do Programa

Pergamum - utilizado pelas Bibliotecas da UFSC - oferece as seguintes opções de

consulta: autor, assunto, título da obra.

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Se mesmo consideradas todas essas fontes, o livro ou documento procurado não for

localizado, pode-se pedir o auxílio da bibliotecária, ou solicitar informações, por e-mail,

telefone ou carta, ou através do site:

CATALOGO COLETIVO NACIONAL DE LIVROS E PERIÓDICOS DO INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA.

Site: http://www.ibict.br/SAS - Quadra 05 - Lote 06 - Bloco H - 5º andar Cep: 70070-912 - Brasília / DF Tel: (+55) (xxx) (61) 217-6360 / 6350 Fax: (+55) (xxx) (61) 226-2677

CATALOGO COLETIVO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Site: http://www.usp.br/sibi/ e-mail: [email protected] Edifício da Reitoria da USP – 1° andar - Cidade Universitãria - São Paulo

O SBI (Sistema de Bibliotecas e Informação) providencia a obtenção de cópias de artigos

de periódicos desejados e existentes em bibliotecas locais, regionais ou nacionais

mediante o COMUT (Comutação bibliográfica).

INTERNET - A consulta ao www.google.com é hoje um meio eficiente e rápido à

disposição de quem dispõe de um computador. Realize a sua busca através de palavras-

chave.

2. ARMAZENAGEM DAS INFORMAÇÕES

A armazenagem organizada do material obtido nas fontes facilita e agiliza a eficiente

recuperação das informações.

Os folhetos e catálogos editoriais, por exemplo, podem ser colecionados e as resenhas

dos periódicos recolhidas em arquivos alfabeticamente (caixas de camisa ou fichários, por

exemplo).

Os arquivos de textos e imagens obtidos pela Internet poderão ser arquivados no seu

computador em pastas, por assunto, por autor, ou da maneira que for mais adequada a

cada estudante. Aos que não disponham de computador, recomenda-se a utilização de

disquetes ou cd de dados.

Quanto às demais fontes depende de um trabalho sistemático do pesquisador no sentido

de estocar apenas o relevante para o estudo.

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Apresentamos a seguir algumas situações típicas e as sugestões correspondentes de

armazenagem. Você deve escolher a que melhor se adapte ao seu esquema de estudo

e... MÃOS À OBRA!

Você lê um livro, apostila ou artigo emprestados e precisa guardar informações sobre ele.

Se as informações são inúmeras ou o texto é importante na sua totalidade, a solução é

fotocopiar o documento, escaneá-lo e arquivá-lo no seu computador ou em disquete ou cd

de dados.

ATENÇÃO: O processo de reprodução xerográfica não é pesquisa bibliográfica. Não implica num trabalho mental do estudante. Mais interessante seria fazer uma resenha ou o fichamento do

documento. O aproveitamento é maior.

Se o livro, apostila ou artigo são de sua propriedade e você sabe que terá de relê-lo ainda muitas vezes.

Utilize as margens das páginas (sem danificar o livro), para indexação de palavras-chave

que o auxilie na rápida localização de conceitos, frases, autores e escolas.

Empregue também lápis ou caneta hidrocolor (preferencialmente clara) para evidenciar os

trechos merecedores de maior aprofundamento ou releitura, seguindo um código

inventado por você, de grau de relevância.

Não tenha receio de escrever no seu livro. Como objeto de estudos deve conter

apontamentos para facilitar a apreensão do essencial.

O seu curso exige o conhecimento de um vocabulário especifico (jargão) a respeito dos avanços da área para aplicação de linguagem técnica e formação de sua personalidade profissional.

Organize aos poucos um dicionário próprio, isto é, um GLOSSÁRIO de termos especificas

encontrados durante as leituras feitas. Uma forma de composição de glossário, de modo a

poder ampliá-lo e manuseá-lo facilmente, é anotar as palavras alfabeticamente em fichas

e arrumá-las dentro de uma caixa. Preferindo uma forma portátil, pode-se registrar as

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Page 16: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

palavras em folhas avulsas de um fichário alfabético. O mesmo hoje poderá ser feito no

seu computador ou em disquetes ou cd de dados.

Se você se interessa em guardar parte ou mesmo o todo de jornais, revistas e boletins acerca de um assunto.

Organize uma HEMEROTECA:

HEMERO + TECA = HEMEROTECA . (radical grego: (sufixo grego: (coleção de periódicos: diário, cotidiano) armazenagem, coleção) jornais e revistas)

Trata-se de selecionar o material a ser guardado e agrupá-lo em pastas ou colá-lo em

folhas (se for certa a não retirada) ou ainda, para facilitar utilização posterior, guardá-lo em

caixas (de camisa) com um índice frontal de todos os artigos. No caso dos suplementos,

em que há interesse de colecioná-los na íntegra, pode-se, de tempo em tempo, ajuntá-los

feito um grande caderno ou fichário e amarrá-los lateralmente com um barbante grosso.

Atualmente poderemos organizar também uma hemeroteca no computador.

3. UTILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

O objetivo final da Pesquisa Bibliográfica é o alargamento do campo de estudo sobre

determinado assunto para a prática do seminário, a preparação de aula e/ou a redação de

uma monografia ou memorial descritivo de um projeto.

Quando da utilização do material obtido nos trabalhos acima citados, é impresicndível a

citação das fontes através da referência bibliográfica.

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Page 17: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

O QUE É? "É o conjunto de elementos que permitem a identificação, no todo ou em

parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de

material" 1

Os elementos que devem constar como obrigatórios na referência bibliográfica são:

Autor Titulo Edição Local da Edição: editor, ano de publicação

Elementos complementares podem ser acrescentados na referência bibliográfica se

estiverem disponíveis e/ou forem necessários para identificação de documentos, tais

como:

-Descrição física (n° de páginas ou volumes, ilustração, dimensão) -Dados sobre a série ou coleção -Notas especiais -I.S.B.N.

A seguir você tem um exemplo, citado pela ABNT, com os elementos essenciais e os

complementares:

DIAS, Gonçalves. Gonçalves Dias: poesia. Organizada por Manuel Bandeira;

revisão crítica por Maximiano de Carvalho e Silva. 11ª ed. Rio de Janeiro: Agir, 1983. 87p. 11.16cm. (Nossos Clássicos, 18). B

Bibliografia: p. 77-78. ISBN 85-220-0002-6

No caso de livros e artigos de revistas e jornais, mais utilizados no trabalho acadêmico, os

elementos essenciais são suficientes.

1 Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT - NBR 6023, Agosto 1989, 19p.

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Page 18: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

A referência bibliográfica pode ser citada:

• em notas de rodapé; • em lista bibliográfica no final do texto; • encabeçando resumos ou recensões.

Os exemplos a seguir ilustram os casos mais comuns utilizados na vida acadêmica:

LIVRO DE UM SÓ AUTOR

SANTOS, Milton. Metamorfoses do Espaço Habitado. São Paulo: Hucitec, 1986. 241p.

LIVRO DE DOIS AUTORES

SODRÉ, Muniz e FERRARI, Maria Helena. Técnica de redação - o texto nos meios de informação. São Paulo: Francisco Alves, 1980.

LIVRO DE TRÊS OU MAIS AUTORES

REIS,Daniel Aarão et alii. História do marxismo no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.

208p.

LIVRO DE DIVERSOS AUTORES E UM RES PONSAVEL INTELECTUAL (ORGANIZADOR, COORDENADOR)

CARVALHO, Maria Cecília M. de (org.). Construindo o saber: fundamentos e técnicas de

metodologia científica. 3.ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 1991. 180p.

ARTIGO EM REVISTAS ESPECIALIZADAS

ROCHA, Eucenir Fredini. Corpo deficiente: um desvio da norma? Rev. Terapia Ocupacional da USP, V.2(4): 82-87, 1991.

ARTIGO DE REVISTA COM AUTOR

JAPIASSU, Hilton. 0 mito do Porto Seguro. Reflexão, Instituto de Filosofia, PUCCAMP,

Campinas, v.7 (22): 46-57, 1982.

ARTIGO DE REVISTA SEM AUTOR

Um começo modesto. Isto é, São Paulo, 321, p.42-43, 16 fev. 1983.

ARTIGO DE JORNAL COM AUTOR

RESENDE, Otto Lara. Esquina, praça, povo: São Jorge Amado, Bahia. Folha de São Paulo, São Paulo, 9 ago. 1992, caderno 6, p.3.

ARTIGO DE JORNAL SEM AUTOR

E.U.A. voltam a Marte depois de 17 anos. Folha de São Paulo, Seção Ciência, p. 14, 24 set.

1992.

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Page 19: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

PUBLICAÇÃO PERIÓDICA

REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939-1983. Trimestral.

HOME PAGE

AUTOR. Título. Informações complementares ( Coordenação, desenvolvida

por, apresenta..., quando houver etc...). Disponível em:. <Endereço>. Acesso

em: data.

Você deve lembrar que:

1) Deve-se usar uma forma consistente de pontuação para todas as referências incluídas

numa lista ou publicação. Os elementos ordenados da Referência Bibliográfica devem ser separados entre si por uma pontuação uniforme.

2) A ordenação da lista de Referências Bibliográficas pode ser alfabética, sistemática

(por assunto) ou cronológica.

3) O nome de autor repetido deve ser substituído na lista, nas referências seguintes à

primeira, por um travessão; exemplo:

MORAIS, João Francisco Regis de. O que é ensinar. São Paulo: EPU, 1986.

_______ . Cultura Brasileira e Educação. Campinas: Papirus, 1989.

_______ . Ciência e Perspectivas Antropológicas hoje. In: Construindo o saber: fundamentos e

técnicas de metodologia cientifica, Org. Maria Cecília M. de CARVALHO. Campinas:

Papirus, 1991, 95-104.

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Page 20: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

III - A LEITURA ANALÍTICA

O QUE É? É a técnica de estudo sistemático de um texto, através da abordagem

aprofundada, buscando descobrir sua estrutura e compreender o nexo das

idéias do autor.

QUANDO SE FAZ?

Faz-se quando se quer separar as informações relevantes e

imprescindíveis para a compreensão de um texto, daquelas

meramente ilustrativas, que aparecem mais como exercício de

retórica, dependendo do estilo do autor e/ou do gênero literário.

QUAL A VANTAGEM?

A prática da leitura analítica, conforme os passos que

descreve mos a seguir, leva o educando ao hábito do estudo

aprofundado e interessante, apreendendo o conteúdo

essencial em lugar do acidental, possibilitando construir

conscientemente o seu conhecimento.

É comum o estudante imaginar que de ora em diante toda leitura deverá ser analítica. Se

bem que a técnica possa ser aplicada a qualquer texto, só deverá ser utilizada para as

obras de estudo relacionadas com o curso: aquelas que implicam em manter um diálogo

com o autor do texto para apreensão e compreensão de suas idéias a fim de assumir uma

postura de leitor crítico.

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Atente para as afirmações e para o esquema a seguir:

O homem, na interação com o mundo, adquire experiência cultural, social e histórica.

O homem, refletindo sobre essa experiência, produz uma obra, o texto escrito, o desenho,

a partitura musical, a poesia ...

Outro homem, na leitura dessa obra, interpreta a experiência do autor, refletindo em

confronto com a sua própria experiência.

E S Q U E M A

Interage Resulta Homem Mundo Experiência

REDIGE

Autor

Publica Lê

Autor Leitor DIÁLOGO

Texto .......... ........................................................................................

Texto .......... ........................................................................................

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Page 22: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

PASSOS DA LEITURA ANALÍTICA São quatro passos, cada um tentando responder a uma questão:

•Qual o lugar do leitor, do autor e do texto?

•Quais as dúvidas encontradas na leitura do texto?

•Quais as principais idéias do autor no texto?

•Qual a palavra final do leitor?

EXPECTATIVA DE LEITURA A primeira questão procura instaurar o clima de leitura e a expectativa do leitor sobre o

texto. Para tanto é necessário:

• Verificar o conhecimento antecipado do autor e da obra.

• Pesquisar no material armazenado: resenhas e informações biográficas. Caso ainda

não disponha de informações sistematizadas, pesquisar na biblioteca, na Internet ou

com o professor.

• Ler previamente as "orelhas" e o prefácio do livro.

• Delimitar a obra. Verificar o número de páginas, capítulos, gráficos, ilustrações.

Conhecer o índice.

• Marcar o tempo disponível para leitura. Predispor-se intelectualmente para o estudo.

RESOLUÇÃO DE DÚVIDAS

Este passo objetiva um primeiro contato efetivo com a palavra do autor e a resolução das

dúvidas encontradas no texto.

• Fazer uma leitura rápida do texto para saber qual o assunto. Nem sempre o título

corresponde ao assunto abordado pelo autor.

• Fazer a "limpeza" do texto, isto é, pesquisar sobre o vocabulário especifico, conceitos e

autores desconhecidos.

• Anotar a lápis na margem do texto ou em folha complementar. Não esquecer de

armazenar também esse material.

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Page 23: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

• Organizar um glossário de conceitos: este glossário pode ser organizado ao final do

caderno ou em fichário à parte para que possa ser facilmente consultado ao longo do

curso de graduação.

LEVANTAMENTO DAS IDÉIAS E FICHAMENTO

Esse é o passo mais importante. Objetiva a clara compreensão da palavra do autor, das

idéias e argumentos utilizados para defender seu ponto de vista.

• Ler demoradamente cada parágrafo ou capitulo para identificar as principais idéias.

Textos curtos e bem escritos apresentam geralmente uma idéia distinta, pelo menos,

por parágrafo. O conjunto dessas idéias, coerentemente redigidas em folha à parte,

deve formar um esquema do texto, suficiente para não ficar repetindo leituras. Ele

contém os grandes movimentos de construção do texto: introdução, desenvolvimento e conclusão. Tal esquema deve apresentar a estrutura lógica das

idéias do autor.

• No caso de textos mais longos, para não se perder tempo em transcrever as idéias em

folha avulsa, basta grifá-las (com lápis ou hidrocolor), anotando ao lado, em código

pessoal, uma palavra que sintetize a idéia.

• Este passo será concluído com a elaboração do resumo.

RESUMO consiste no levantamento da idéia central do conjunto da obra os principais

momentos que a justificam.

Para tanto:

• identificar a idéia central do texto, isto é, a TESE que o autor defende. Responde à

questão: o que o autor quer provar com o texto?

• Em seguida, com suas próprias palavras, explique os principais momentos do texto

que justificam a tese do autor.

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Page 24: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

POSICIONAMENTO CRITICO

Este último passo visa apresentar a contrapalavra do leitor, a partir da compreensão

prévia da palavra do autor.

A simples leitura de um texto não é suficiente para fazer crescer o conhecimento. É

necessário ao leitor se posicionar diante do autor. Dessa maneira, completa-se o

DIALOGO entre autor e leitor. Para tanto:

• Apontar, por escrito, as lacunas do texto, as questões não abordadadas, os problemas

pouco desenvolvidos, os pressupostos do autor, a ótica possivelmente distorcida, a

ideologia subjacente ... Estas questões devem ser trazidas à aula a fim de serem debatidas

• Escrever o seu texto, a SUA PALAVRA sobre o assunto. Assim o edifício do

conhecimento, de construção coletiva, ganhará novas dimensões culturais.

• A A.B.N.T.2 também indica os procedimentos para a elaboração de resumos de uma

maneira geral. No site da Biblioteca Central você poderá encontrá-las.

• Define resumo, como sendo "a apresentação concisa dos pontos relevantes de um

texto".

• O resumo visa fornecer elementos capazes de permitir ao leitor decidir sobre a

necessidade de consulta ao texto original e/ou transmitir informações de caráter

complementar.

É utilizado para:

- documentação primária específica: artigos, relatórios, projetos, teses, monografias,

atas de congresso etc.

- documentação secundária: projetos e catálogos de editoras, de livrarias, publicações

de indexação e análise, etc

- documentação de dados bibliográficos

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Page 25: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

TIPOS DE RESUMO

• RESUMO INDICATIVO (abstract)

Indica apenas os pontos principais do texto, não apresentando dados qualitativos ou

quantitativos.

• RESUMO INFORMATIVO (summary)

Informa suficientemente o leitor para que este possa decidir sobre a conveniência da

leitura do texto inteiro. Expõe finalidades, metodologia, resultados e conclusões.

• RESUMO INFORMATIVO-INDICATIVO

Combinação dos anteriores.

• RESUMO CRITICO (resenha)

Resumo que apresenta a análise interpretativa de um documento ou texto, também

denominado recensão ou resenha.

A extensão do resumo depende da finalidade a que se destina:

• para notas e comunicações breves, até 100 (cem) palavras;

• para monografias e artigos, até 250 (duzentas e cinquenta) palavras;

• para relatórios e teses, até 500 (quinhentas) palavras.

Você deve lembrar que:

0 resumo deve ser composto de uma sequência coerente de frases concisas e não de uma enumeração de tópicos.

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Page 26: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

I V - A D O C U M E N T A Ç Ã O

O QUE É?

Consiste na prática de guardar, ordenadamente, as informações colhidas

das leituras de livros, das aulas, das conferências, dos seminários, dos

depoimentos, das observações de campo, etc., assim como os documentos

de interesse.

QUAL A VANTAGEM? É necessário que todo o material encontrado na vida de estudo

esteja à disposição de maneira prática e eficiente. Para isto, é

conveniente que toda esta documentação seja feita em fichas.

COMO FAZER?

Do ponto de vista técnico, encontramos três tipos de documentação:

documentação temática, documentação bibliográfica e documentação

geral.

Documentação Temática > É a realização de um fichário a partir de temas ou subtemas

da área de trabalho. Os elementos a serem transcritos não se restringirão aos dados de

leitura, mas deverão ser ampliados e completados pelos informes das aulas, dos cursos,

dos depoimentos recolhidos em campo, das observações feitas em campo, das

conferências e seminários e, é claro, com as idéias pessoais.

0 estudante ao rever os apontamentos de aula, deverá remeter os tópicos mais

importantes para as fichas, sistematizando , assim, as idéias a serem retidas. Estas fichas

constituirão o seu fichário de temas de assunto relacionado com o curso que está

realizando.

0 fichário pode ser feito em folhas de arquivo comum, com a colocação de folhas em

ordem alfabética dos temas, ou em fichas padrão de 22,5 cm X 15,5 cm. Para ilustrar,

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Page 27: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

apresenta mos um modelo de Ficha de Documentação Temática. Atualmente o

computador poderá ser utilizado para elaborar e arquivar as suas fichas, de maneira

semelhante.

MODELO - Ficha de Documentação Temática

TRABALHO CIENTIFICO

Conceituação

Segundo A.J. Severino, trabalho científico é, num sentido geral, o "Conjunto de processos

de estudo, de pesquisa e de reflexão que caracterizam a vida intelectual do universitário".

De modo restrito e mais técnico, "trabalho científico" é a própria "monografia científica,

texto que relata dissertativamente os resultados de uma pesquisa numa determinada

área".

SEVERINO, Metodologia do Trab. Científico, p.21.

Tipos

SEVERINO distingue os seguintes tipos de trabalhos: monografia (trabalho que reduz sua

abordagem a um único tema, com um tratamento bem especificado e aprofundado);

trabalhos didáticos; resumos de textos; resenhas.

SEVERINO, pp. 143-144.

OBS: 0 tema pesquisado é Trabalho científico.

Documentação Biblíográfica > Constitui um acervo de informações sobre livros, textos,

artigos e demais trabalhos que existem sobre determinados assuntos, dentro de uma área

do saber.

• Deve ser realizada à medida em que o estudante for tomando contato com os livros,

os informes e os sites existentes sobre os mesmos.

• As informações gerais sobre os assuntos poderão ser encontradas em dicionários

especializados e em enciclopédias; necessitando de material atualizado, o estudante

procurará em artigos de revistas especializadas, em artigos de jornais ou em sites ou

home-pages da Internet.

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Page 28: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

MODELO - Ficha de Documentação Bibliográfica

SEVERINO, Antônio JoaquimTRABALHO CIENTIFICO

Metodologia do Trabalho Cientifico. São Paulo: Cortez, 1980.

A obra visa oferecer àqueles que se iniciam na vida Universitária, alguns subsídios para as

várias tarefas com que se defrontarão durante o desenvolvimento de seu trabalho

intelectual.

Apresenta normas práticas para o estudo, visando torná-lo organizado.

No I° capítulo trata da organização da vida de estudos na Universidade. 0 proveito a se

tirar do estudo deve ter a sua continuidade garantida pela prática da Documentação (2Q

cap.). O aprofundamento do estudo científico pressupõe ainda outra forma de leitura; a

leitura analítica (39 cap.). No quarto capítulo são apresentadas algumas sugestões para a

elaboração e execução do Seminário. A elaboração da Monografia Científica é objeto do

5Q capítulo. Os trabalhos exigidos nos cursos de Pós-Graduação são tratados no 6Q

capítulo. 0 livro se encerra com o 7Q capítulo abordando alguns aspectos' lógicos do

pensamento humano, fundamentais no contexto da vida de estudos universitários.

Documentação Geral > Consiste em organizar informações sobre documentos úteis

retirados de fontes perecíveis. Organiza-se através de pastas ou em folhas de arquivo, as

notícias de jornais (recortes), de revistas e fontes julgadas importantes Deve-se registrar

corretamente a fonte das informações.

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Page 29: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

V - 0 S E M I N Á R I O D E T E X T O S

O QUE É?

É um método de estudos, uma atividade em sala de aula muito utilizada na

Universidade, quando existe uma proposta de debates em torno de temas

que exigem reflexão e aprofundamento.

VANTAGEM?

Esta técnica apresenta algumas vantagens sobre a técnica de aulas

expositivas, pois permite uma dinâmica que leva à participação de todos

os elementos da classe no trabalho didático, além de possibilitar o

aprofundamento de temas, o desenvolvimento do espírito critico e

questionador, como também o debate democrático entre os seus

participantes.

CONDIÇÕES PARA SUA REALIZAÇÃO!

Condição Básica: Envolvimento e participação de todos os elementos da classe.

Para isso é necessário:

• Planejamento e programação dos temas dos seminários através da discussão da

classe e professor.

• Divisão da classe em grupos, constituídos por seis elementos (no máximo) cada um.

• De acordo com o planejamento, os temas a serem desenvolvidos serão distribuídos

entre os grupos formados.

• Para cada um dos temas é indicado um texto básico e outros complementares.

A PREPARAÇÃO DO SEMINÁRIO

Todos devem se preparar para o Seminário através da Leitura Analítica do Texto Básico. Somente assim será possível a participação efetiva de todos nos debates

desenvolvidos em sala de aula:

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Page 30: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

PREPARAÇÃO DO SEMINÁRIO PELO GRUPO COORDENADOR

- A preparação do texto básico

Leitura analítica: esclarecimento de todos os conceitos, doutrinas e autores que aparecem

no texto básico, recorrendo para isso a dicionários de língua portuguesa, dicionários

técnicos e especializados, enciclopédias e manuais especializados.

- Leitura analítica dos textos complementares

Elaboração de um texto-roteiro contendo:

a) Apresentação do assunto do Seminário, mostrando a relação entre este e o assunto

anterior.

b) Um esquema do texto básico, de acordo com as orientações da leitura analítica.

c) Localização do texto básico na obra e no pensamento geral do autor.

d) Localização histórica do autor do texto básico, assim como as influências por ele

recebidas na formação de seu pensamento.

e) Apresentação de esclarecimentos dos principais conceitos que aparecem no texto

básico.

f) Levantamento dos problemas fundamentais sobre o assunto do seminário para debate

em classe

A REALIZAÇÃO DO SEMINÁRIO

• O professor introduz o assunto do Seminário

• O grupo responsável pelo Seminário apresenta os passos de encaminhamento do

Seminário, assim como as técnicas que serão utilizadas no debate e o tempo

destinado para cada atividade.

• O grupo responsável apresenta os principais momentos do texto básico (rapi-

damente) e pergunta à classe se existe, no texto, algum ponto que exige novos

esclarecimentos.

• Levantamento dos problemas para o debate.

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Page 31: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

O DEBATE: É a fase mais importante do Seminário, pois permite o aprofundamento, a

reflexão, o confronto de posições divergentes. A técnica mais usual para o debate em

classe é a seguinte:

a. o grupo responsável pelo Seminário levanta um mínimo de problemas, ou seja, os mais

relevantes e que podem gerar polêmica.

b. Divide-se a classe em grupos encarregados do debate em torno dos problemas

levantados. Deve-se estipular um tempo para isso.

c. Cada grupo elege um relator que anotará os pontos fundamentais debatidos. Este

relatório poderá ser exigido pelo professor.

d. É interessante que os elementos do grupo responsável se distribuam nos vários grupos

formados na classe, para que assim possam acompanhar os debates e esclarecer

possíveis dúvidas.

e. 0 professor poderá acompanhar este trabalho, percorrendo os grupos e orientando,

desta forma, os debates.

f. Após a discussão em pequenos grupos, abre-se o debate com a classe toda.

• cada relator apresenta uma síntese do que foi discutido no grupo;

• o grupo responsável, como coordenador dos debates, aponta os possíveis pontos

divergentes, os pontos obscuros, procurando desta forma, animar o debate,

estimulando o confronto de idéias;

• para finalizar, o grupo responsável faz a síntese das discussões e das conclusões

do debate.

A AVALIAÇÃO: Nesta última fase, professor, grupo responsável e a classe fazem uma

análise da apresentação, realização e debate do trabalho realizado.

SUGESTÃO: Para um primeiro Seminário, o professor pode prepará-lo em conjunto com

o grupo responsável, ou então orientar os seus elementos para esta preparação, fora da

sala de aula.

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Page 32: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

V I - A E L A B O R A Ç Ã O T R A B A L H O C I E N T Í F I C O

A REDAÇÃO DO TRABALHO

O QUE É? A redação consiste na expressão literária ou exposição escrita do trabalho.

COMO FAZER?

Além de cumprir as exigências da linguagem, no que diz respeito à

correção gramatical e ortográfica (não conter "erros de português") o

trabalho deve guiar-se pelas exigências da lógica, tanto na construção

das frases e dos raciocínios como na estruturação do trabalho no seu

conjunto, como também pelas orientações técnicas da metodologia.

Aconselha-se que a primeira redação do trabalho seja feita em rascunho, pois a leitura

deste permitirá uma visão global do trabalho que leva a perceber a necessidade de

revisões, correções e mudanças da estrutura lógica do trabalho.

Quanto ao estilo, nos trabalhos de cunho científico (é o caso dos trabalhos universitários),

vale mais uma linguagem sóbria mas clara, do que uma linguagem literariamente

sofisticada mas sem muita precisão, sob o ponto de vista científico. Igualmente, deve-se

evitar o verbalismo desnecessário, as fórmulas batidas e vazias, a linguagem figurada ou

sentimental.

ASPECTOS LÓGICOS DA REDAÇÃO

A ESTRUTURA LÓGICA

A construção lógica é o encadeamento inteligente das idéias com a finalidade de tornar o

trabalho mais claro e coerente, permitindo ao leitor compreender o que se quer

demonstrar. De qualquer tipo de trabalho exige-se sobretudo que tenha unidade, isto é,

que seja organicamente estruturado. Para isto, as partes do trabalhos: seus capítulos e

parágrafos, devem obedecer uma seqüência lógica. Metodologicamente isto é conseguido

dividindo-se a elaboração escrita em três partes fundamentais:

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Page 33: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

1. Introdução - Apresenta o que se pretende com o trabalho, os principais objetivos deste,

assim como o assunto (tema), o problema, o ponto de vista defendido (tese), e os

procedimentos (metodologia) adotados.

A introdução deve ser breve, porque se trata apenas de dar rapidamente, ao leitor, uma

idéia sobre o sentido geral do trabalho. Aconselha se que se escreva a Introdução após ter

redigido todo o trabalho.

2. Desenvolvimento (ou corpo do trabalho) - Contém o núcleo fundamental do trabalho.

É aí que se vai discutir o problema e demonstrar o que se afirma a respeito dele. No

"desenvolvimento", elaboram-se os raciocínios que fundamentam o trabalho. Ele deve ser

estruturado em capítulos, que, por sua vez, se subdividem em itens, seções, etc., de

acordo com a necessidade de desdobramento do assunto e com a lógica da exposição. A

ausência de subdivisões assim como o exagerado divisionamento do trabalho, são

procedimentos a evitar.

OBSERVAÇÃO: A palavra "Desenvolvimento" não deve aparecer no trabalho, mas apenas

os títulos dos capítulos que compõem o desenvolvimento.

3. Conclusão - Nesta, faz-se um balanço dos resultados alcançados pelo trabalho,

retomando brevemente as principais idéias e conduzindo-as a um desfecho. De modo

particular, o autor manifesta seu ponto de vista sobre estes resultados e seu alcance.

A CONSTRUÇÃO DO PARÁGRAFO

O parágrafo é a unidade do texto que, incluindo vários períodos, expressa as etapas do

raciocínio seguido no trabalho. Ele deve, por isso, ser usado adequadamente para esta

finalidade. A ausência de parágrafos ou o seu uso excessivo constituem tendências a

evitar: O uso de parágrafos deve ser dosado na medida necessária para articular o

raciocínio.

Regra Básica:

Toda vez que se dá um passo a mais no desen volvimento do raciocínio,

muda-se o parágrafo.

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Page 34: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

A estrutura do parágrafo é a mesma, em forma diminuta, de todo o trabalho: introdução

(enuncia-se o que se pretende dizer), desenvolvimento (desdobra-se a idéia anunciada) e

conclusão (dá-se o desfecho do que se conseguiu).

ASPECTOS TÉCNICOS DA REDAÇÃO

APRESENTAÇÃO GRÁFICA GERAL

No geral, os trabalhos acadêmicos devem apresentar a seguinte ordem:

1. Capa:

• nome do autor em ordem direta, centralizado, no alto da página.

• título do trabalho, grifado, centralizado, no meio da página.

• local e data, centralizado, no nível da margem inferior.

• não é numerada.

2. Página de rosto:

• nome do autor, em ordem direta, centralizado, no alto da página.

• título do trabalho grifado, acima do meio da página centralizado.

• abaixo do título, do lado direito deve constar uma explicação quanto

à natureza do trabalho, a instituição a que se destina, sob a

orientação de quem foi realizado.

Exemplo:

Trabalho elaborado para a Disciplina .............................................................................., do

Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina, sob a

orientação do Professor ..........................................................................................................

Local e data, centralizado, ao nível da margem inferior.

A numeração se inicia na página de rosto, mas não é obrigatório colocar o número no alto

da pagina.

3. Página de aceitação: Página onde serão colocadas as observações sobre o trabalho e

a avaliação.

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Page 35: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

4. Prefácio: Não é obrigatório: pode ser escrito pelo autor ou por um convidado, citando a

instituição que promoveu a pesquisa, ou agradecimentos pela orientação e patrocínio

recebidos.

5. Sumário: Indica as partes do trabalho, capítulos, seus títulos, ítens e sub-ítens, e as

páginas em que se encontram.

6. Páginas Preliminares: Lista de tabelas, figuras, códigos ou símbolos (quando houver).

São páginas numeradas mas não constam do sumário.

7. Introdução: ver página 32.

8. Desenvolvimento: Corpo do assunto; cada capítulo deve começar nova folha e ser

numerado progressivamente, em algarismos romanos. Os itens e sub-ítens deverão ser

numerados com algarismos arábicos até a terceira sub-divisão, quando então podemos

usar letras

9. Conclusão: ver página 32.

10. Bibliografia: Organizada segundo a ordem alfabética dos autores (a partir do

sobrenome). A finalidade da bi bliografia é mostrar ao leitor toda a documentação

pesquisada ou que se relaciona com o tema do trabalho. A citação bibliográfica deve

apresentar os seguintes dados: autor (sobrenome, nome), título da obra, edição, editora,

cidade, data.

EXEMPLO:

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Cietífico.18ª.ed.. São Paulo:

Cortez, 1992.

11. Notas: As referências ou citações feitas no corpo do trabalho são remetidas, por um

número de chamada, às notas colocadas no pé-de-página ou no final. As notas do

trabalho servem para:

1) indicar a fonte de onde se extraiu a citação;

2) inserir considerações complementares. Procede-se da seguinte forma: coloca-se

apenas o nome do autor (em ordem direta), o título da obra e o número da página.

os demais dados (Editora, cidade, data) são colocados na Bibliografia.

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Page 36: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

OBSERVAÇÕES:

1) Citações são frases extraídas de fontes e de livros pesquisados que servem para

fundamentar as afirmações. Trata-se, muitas vezes, de transcrição feita quando se

documentou a pesquisa. Quando a citação é literal, é colocada entre aspas ou em itálico. Quando apenas se faz a síntese do que o autor pesquisado disse, a

transcrição é livre desde que não se adultere as afirmações. Após a citação, coloca-se imediatamente um numero de chamada que remete às notas de pé-de-página ou do final do trabalho, em que se faz a referência da obra consultada.

2) Todo trabalho intelectual é necessáriamente baseado em trabalhos anteriores

assim, todas as citações são admitidas. Caso contrário, utilizar-se de idéias alheias sem citar a fonte contitui um crime grave, denominado plágio.

12. Apêndices e anexos ( se houver): São documentos, nem sempre do próprio autor do

trabalho, que têm a finalidade de complementar/ilustrar/comprovar dados citados no

decorrer da pesquisa. No caso de vários anexos acompanharem o trabalho de pesquisa,

cada anexo deve vir separado do outro por folha que indique seu conteúdo. Cada anexo

tem sua numeração independente de outro a folha que indica seu conteúdo tem uma

numeração seguindo a seqüência normal do relatório de pesquisa.

13. Contra capa.

OBSERVAÇÃO: Os recursos ilustrativos como: gráficos estatísticos, desenhos, tabelas,

são considerados como figuras e devem ser distribuídos no texto, tendo suas fontes

citadas em notas, com um número de chamada.

A FORMA GRÁFICA DO TEXTO

Tipo de papel: tamanho A4 (21 X 29,7) ou Ofício (21,5 X 31,5).

O texto deverá ser digitado de um só lado, com um espaço entre linhas = 1,5. À margem

superior e à margem esquerda deverá ser dado o espaço de 3 cm, e à margem inferior e à

margem direita o espaço de 2 cm.

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Page 37: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

0 título de cada capítulo do corpo do trabalho deve ser centralizado e colocado a 8 cm da

margem superior da folha.

Todo parágrafo deve iniciar-se depois de contados 8 espaços do inicio da linha.

As vezes se usa colocar as notas no rodapé da folha, ao invés de no final do trabalho.

Neste caso, faz-se um traço de separação que se prolonga até um 1/3 da pagina, e que

deve deixar 1 cm. de espaço tanto acima do traço como abaixo. As notas de rodapé são

digitadas em espaço simples.

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Page 38: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

V I I - C O N C L U S Ã O

Estudar de verdade é muito mais simples do que se imagina. Recomendo que você acate

como básicas as sugestões que estou lhe oferecendo e procure incorporá-las no seu

cotidiano acadêmico. Elas são suficientes para que você assuma a condução do seu

processo de estudos enquanto sujeito, o que significa um compromisso ético e estético

com o rigor, a autonomia e a liberdade.

NÃO DEIXE QUE A ESCOLA ATRAPALHE OS SEUS ESTUDOS!

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Page 39: Para Alunos Que Desejam Estudar (TEXTO 1)

V I I I - B I B L I O G R A F I A

CARVALHO, Maria Cecília M. de. Construindo o Saber: fundamentos e técnicas de

metodologia científica. Campinas: Papirus, 1991.

CERVO, A. L. e BERVIAN, P.A. Metodologia científica. São Paulo: MAcgraw Hill do Brasil,

1988.

DUSILEY, Darci. A arte da investigação criadora. Rio de Janeiro: Junta de Educação

Religiosa e Publicações, 1986.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1983.

FEITOSA, Vera Cristina. Redação de textos científicos. Campinas: Papírus, 1991.

HUHNE, Leda Miranda. Metodologia científica. Rio de Janeiro: Agir, 1987.

KAPLAN A. A conduta da pesquisa. São Paulo: EPU/EDUSP, 1975.

PRADO, Heloisa de Almeida. Organize sua biblioteca. São Paulo: Polígono, 1971.

SEVERINO, Antõnio Joaquim. Metodologia do trabalho científico: diretrizes para o trabalho

didático-científico na Universidade,18ª rev. amp. São Paulo: Cortez, 1992.

38