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CARREIRA SET 2017 | EDIÇÃO 2 O SEGREDO PARA ATRAIR O OLHAR DOS RECRUTADORES NO LINKEDIN pág. 30 INFRAESTRUTURA URBANA TRATAMENTO DE RESÍDUOS ETA OPORTUNIDADE PARA REÚSO pág. 17 DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES NORMA DE DESEMPENHO: EXIGÊNCIAS QUE AINDA SÃO DESCONHECIDAS pág. 23 PLANEJAMENTO DE OBRAS SISTEMA DE INDICADORES DE CONTRUÇÕES PREDIAIS pág. 08 E mais...

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CARREIRA

SET 2017 | EDIÇÃO 2

O SEGREDO PARA ATRAIR O OLHAR

DOS RECRUTADORES NO LINKEDIN

pág. 30

INFRAESTRUTURA URBANA

TRATAMENTO DE RESÍDUOS ETAOPORTUNIDADE

PARA REÚSOpág. 17

DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES

NORMA DE DESEMPENHO:

EXIGÊNCIAS QUE AINDA SÃO DESCONHECIDAS

pág. 23

PLANEJAMENTO DE OBRAS

SISTEMA DE INDICADORES

DE CONTRUÇÕES PREDIAIS

pág. 08

E mais...

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SUMÁRIO

05 Análise da qualidade da energia

08 Sistema de indicadores de construções prediais

12Simulação Numérica:Uma importante ferramenta da engenharia estrutural

15 Perícias na Engenharia do Trabalho

17 Tratamento de resíduos de ETA: Oportunidade para reúso

20 Recebimento de obras novas

23Norma de desempenho: Exigências que ainda são desconhecidas

29 A engenharia clínica e a segurança do paciente

30 O Segredo para atrair o olhar dos recrutadores no Linkedin

ColaboradoresEng. Nélio Fleury

Eng. Aldo Dórea MattosEng. Romis Alberto da Silva

Eng. Juliano Geraldo Ribeiro NetoEng. Ana Cristina Rodovalho

Eng. Fausto CarraroEng. Ricardo Maranhão

Eng. Eber Rodrigues dos Santos

Projeto Gráfico e DiagramaçãoIMAGEM 7

DireçãoRTG ESPECIALIZAÇÃO

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ESPECIALIZAÇÃO EM

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A cada dia novos equipamentos eletroeletrônicos são inseridos no nosso dia a dia. A indústria, o comercio,

as repartições públicas e os condomínios residenciais, assim como nossas casas, recebem constantemente equipamentos com grande índice de tecnologia e inovação. Podemos destacar os sistemas de climatização com tecnologia “inverter”, os sistemas de monitoramento e alarme com alto desempenho e tecnologia “HD”, os sistemas de iluminação LED, os eletrodomésticos, máquinas e equipamentos com circuitos lógicos programáveis e finalmente a automação industrial e residencial.

ANÁLISE DA QUALIDADE DA ENERGIA

Em todos estes processos e tecnologias, a energia elétrica a ser disponibilizada deverá possuir parâmetros que garanta o perfeito funcionamento dos circuitos lógicos, os quais permitirão à máquina ou equipamento operar conforme as especificações do fabricante. Um sistema de climatização alimentado por sistema de distribuição de energia elétrica deficiente prejudicará o seu funcionamento podendo causar panes que por sua vez podem causar acidentes tais como incêndios, além de elevar o consumo e a fatura de energia elétrica da unidade consumidora.

ENGENHARIA DE ENERGIA

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Ao analisarmos a qualidade da energia disponibilizada na entrada da unidade consumidora, devemos identificar a tensão (V), a corrente (A), a potencia ativa (W), a potencia aparente (VA), o fator de potência (Fp % – percentual) e se indutivo ou capacitivo, as tensões e correntes harmônicas (Ithd e Vthd), a resistência do sistema de proteção e do neutro (Rp e Rn em Ω), a resistência de contato entre neutro e proteção. Para obtermos estes parâmetros utilizamos o analisador de energia e o terromêtro, e a partir dos valores medidos e identificados podemos, se necessário propor soluções. Um dos maiores problemas encontrados nos sistemas elétricos com alto índice tecnológicos é a presença de correntes e tensões harmônicas, somadas a má qualidade das malhas de aterramento do sistema de proteção e do neutro. As correntes harmônicas, em especial, devem ser drenadas à malha do neutro, e caso a resistência desta malha esteja com valores elevados (Rn ≥ 3,0Ω) ao ser drenada ira provocar o que denominamos “Ruido de Modo Comum” que ira estabelecer uma diferença de potencial (VRc = Ithd . Rn / Fp) causador de panes nos sistemas digitais. Em linhas gerais se VRc ≥ 2% da tensão de operação do sistema devemos propor medidas de correção. Entre as medidas corretivas, podemos citar a melhoria das malhas de proteção e neutro, evitar circuitos longos e com queda de tensão, estabelecer blindagem entre os quadros

Eng. Nélio Fleury

compartilhados por sistemas de força e sistemas de comando e implantar filtros capacitivos no quadro de distribuição geral. Estes procedimentos estão dispostos na Nota Técnica n. 0029/2011 – SRD / ANEEL “Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Eletrico Nacional – PRODIST”. Ao eliminarmos o ruído de modo comum, além de elevarmos a qualidade da energia elétrica disponibilizada na unidade consumidora, reduzimos na mesma proporção o consumo e a conta da energia elétrica. Em recentes correções dos parâmetros da energia elétrica foram obtidos reduções de até 35% do consumo de energia elétrica.

Especialista em Segurança do Trabalho e Mestre em Engenharia Elétrica. Coordenador do curso de Engenharia de Segurança do Trabalho.

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SISTEMA DE INDICADORESDE CONSTRUÇÕES PREDIAIS

Empresas de atuação setorial bem definida precisam gerar indicadores de qualidade e produtividade a partir de suas obras, de forma a conhecer melhor a relação entre o projeto e as quantidades de serviço, bem como dispor de um parâmetro que permita mais facilmente avaliar funcionalidades e de desempenho, e permitir ao orçamentista realizar estimativas expeditas. Construtoras de estrada, de linhas de transmissão e de redes de saneamento básico devem ser capazes de gerar indicadores sem grande esforço, dada a repetitividade dos serviços e a facilidade da tabulação. A

INDICADORES DO PROJETO

ARQUITETÔNICO

PLANEJAMENTO,GERENCIAMENTO E QUALIDADE DE OBRAS

geração de indicadores é uma aplicação típica daquilo se chama gestão do conhecimento. No caso de construtoras de edifícios, os indicadores servem para uma comparação quantitativa, ou seja, através de métrica, entre um projeto arquitetônico e outro. Como avaliar se a tipologia tirou bom partido do terreno? Como avaliar se há funcionalidade no projeto? Como saber de modo expedito se um quantitativo levantado pelos orçamentistas está correto (ou pelo menos numa ordem de grandeza razoável)? Para todas estas perguntas, a solução é trabalhar com indicadores.

Apresentamos a seguir alguns indicadores relevantes para obras prediais. Não basta calcular o indicador para um único prédio, pois o dado trará pouca informação — o desafio é ter um banco de dados de outros projetos com o qual se possa comparar o indicador em análise. Há um inegável espírito estatístico permeando o estudo de indicadores. O conjunto de indicadores sugeridos abaixo dá apenas uma breve ideia do que pode ser medido e tabulado. Dividimos os indicadores em 3 grandes categorias: projeto arquitetônico, projeto de instalações e projeto estrutural.

Estes indicadores dão uma ideia da eficiência do projeto sob

o ponto de vista geométrico. Envolvem áreas e perímetros.

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O índice de compacidade indica o quanto o projeto afasta-se da forma circular, que é a mais compacta. Quando menos compacta a planta do prédio, maior a relação entre as fachadas e a área construída. Sua fórmula é dada pela equação:

INDICADORES DO PROJETO

DE INSTAL AÇÕES

FAIXA DE VALORES COMUNSIndicador Valor

Área de circulação no pavimento-tipo por área do pavimento-tipo

2 apartamentos por andar = 12 a 22% 4 apartamentos por andar = 8 a 12% 8 apaertamentos por andar = 5 a 10%

Índice de compatidade 60 a 75% (quanto maior, melhor)

FAIXA DE VALORES COMUNSIndicador Valor

Área de circulação no pavimento-tipo por área do pavimento-tipo 4 a 7 m/ponto

Índice de compatidade 2 a 5 m/ponto

Estes indicadores dão uma ideia da eficiência do projeto

de instalações elétricas e hidráulicas. Envolvem

comprimento de tubos, número de pontos e áreas

Onde Apavt é a área do pavimento-tipo e PP é o perímetro das paredes externas

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A relação abaixo foi inspirada no manual Sistema de

Indicadores, do NORIE, uma publicação muito

prática e de fácil consulta (está esgotado). Lá o leitor

encontra muitos outros indicadores e pode pensar em criar os seus próprios.

OBSERVAÇÕES:• O gestor pode criar indicadores para todos os setores: suprimento, RH, financeiro, vendas, segurança, do trabalho, etc.

• Não existe indicador errado. Pense num terreno comprido — não será nunca possível ter um índice de compacidade muno alto. O indicador pode ajudar a ver como o número se comporta em relação a outros projetos da empresa.

• Um bom estatístico pode deleitar-se correlacionando custos com áreas e perímetros, procurando chegar a equações que mostrem o comportamento de um parâmetro ao se variar o outro.

• Pesquisa de indicadores são um trabalho muito útil para construtoras, incorporadoras e também para entidades como Ademi e Sinduscon, que desejam fazer benchmarking. E também para trabalhos de conclusão de curso.

Aldo Dórea Mattos

INDICADORES DO PROJETO ESTRUTURAL

Estes indicadores dão uma ideia da relação entre

concreto, fôrma e aço. Envolvem áreas, massas e

volumes.

FAIXA DE VALORES COMUNSIndicador Valor

Peso de aço por área construída <15 pavimentos = 8 a 12 kg/m²

15-20 pavimentos = 12 a 18 kg/m² >20 pavimentos = 15 a 21 kg/m2

Volume de concreto por área construída 0,13 a 0,12 m³/m²

Área de fôrma por área construída 1,6 a 2,1 m²/m²

Aldo Dórea Mattos é graduado em Engenharia Civil e Direito pela UFBA; Mestre em Geofísica Aplicada e Project Management Professional (PMP) pelo Project Management Institute (PMI). Aldo já trabalhou em grandes projetos no Brasil, EUA, África do Sul, Moçambique, Peru, Espanha e Egito pelos grupos Isolux Corsán, Acciona e Odebrecht e escreveu os livros Como Preparar Orçamentos de Obras e Planejamento e Controle de Obras, da Editora PINI.

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ESPECIALIZAÇÃO EM

ENGENHARIA DEESTRUTURAS

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SIMULAÇÃO NUMÉRICA:UMA IMPORTANTE FERRAMENTADA ENGENHARIA ESTRUTURAL

Métodos simplificados de análise e dimensionamento estrutural, que se baseiam na subdivisão de um sistema estrutural tridimensional mais complexo em subsistemas de pórticos planos (muito comuns no passado), perdem cada vez mais espaço. Diante de um mercado cada vez mais competitivo, que busca aliar economia e segurança, as ferramentas de modelagem estrutural e simulação numérica são uma importante ferramenta da engenharia estrutural. As matrizes curriculares dos curso de graduação em Engenharia no Brasil encontram-se em grande defasagem em relação a muitos aspectos da área de estruturas. O ensino tradicional, na maioria das vezes, aborda de forma restrita os conceitos teóricos e a resolução de exemplos isolados de forma manual. Nesse contexto, o aluno não tem acesso às praticas usuais de projetos e aos processos que envolvem o dia a dia de um projetista estrutural. O professor por sua vez, cumprindo suas obrigações legais, tem que seguir as ementas das disciplinas elaboradas décadas atrás. Nesse processo, professores altamente qualificados e, em sua grande maioria, com vasta experiência no desenvolvimento de projetos, ficam limitados e não conseguem realmente preparar o aluno para o mercado de trabalho. As obras de engenharia necessitam de projetos que contemplem uma minuciosa e detalhada análise do comportamento estrutural e dimensionamento das mesmas. Para que isso ocorra de forma mais próxima do real possível, os softwares de modelagem e simulação numérica são uma importante e fundamental ferramenta de trabalho. Com eles

Dessa modelagem, pode-se realizar uma análise do comportamento global da estrutura através da representação por elementos de barras e levantamento dos carregamentos que irão atuar ao longo da sua vida útil.

é possível dicretizar uma estrutura de forma a contemplar o seu comportamento global, como mostrado na figura abaixo:

ENGENHARIA DE ESTRUTURAS

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Além de viabilizar a obtenção das distribuições de esforços e dos deslocamentos (fundamentais para a análise de estabilidade da estrutura) de forma prática e com relativa economia de tempo.

Dentre os softwares mais usuais para esse tipo de análise, pode-se destacar: o SAP2000 (que é uma poderosa ferramenta de análise estrutural, reconhecida mundialmente pela sua diversidade de aplicações); o STRAP (amplamente conhecido pela sua grande aplicação no dimensionamento de estruturas metálicas) e o TQS (muito usual entre os principais escritórios de projetos de estruturas de concreto). Como forma de suprir a falta de aplicação prática nos cursos de graduação, sem nenhuma desvalorização da sólida formação teórica que é essencial ao desempenho do projetista estrutural, os cursos de pós-graduação surgem com essa perspectiva. Ao engenheiro recém formado que se identifica com a área, cabe a procura por um curso que, além de uma sólida formação conceitual e teórica, também ofereça a oportunidade de aprendizado com as mais modernas ferramentas computacionais. Dentro desse cenário, o curso de Especialização em Engenharia de Estruturas da RTG se destaca por contar com um quadro docente altamente qualificado. Com profissionais que, além da atuação acadêmica, também possuem uma grande experiência prática no desenvolvimento de projetos estruturais e sólida formação técnica.

Juliano Geraldo Ribeiro Neto

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Goiás - UFG (2006). Mestrado em Engenharia Civil pela UFG (2010). Doutorado em Construção Metálica pela Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP (2016), atuando principalmente nos seguintes temas: conector de cisalhamento, vigas e pilares mistos, estruturas tubulares.

Possui experiência profissional na área de projetos de estruturas metálicas, tendo participado de projetos de edifícios de múltiplos andares, galpões, ampliações indústrias, comerciais e coberturas de estádios de futebol, dentre outras.

Coordenador de Curso no RTG Especialização

MINICURRÍCULO

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ESPECIALIZAÇÃO EM

SEGURANÇA DO TRABALHO

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PERÍCIAS NAENGENHARIA DO TRABALHO

Quando tentamos definir a habilidade maior de um Engenheiro de Segurança do Trabalho, ou melhor, de um Engenheiro do Trabalho a primeira das virtudes é a argumentação lógica: a sequência de raciocínio que possibilita a análise e interpretação isenta dos fatos e das sequências de eventos. Ao ser nomeado Perito Oficial, cabe ao Engenheiro do Trabalho esclarecer de forma matemática o histórico que antecedeu o acontecimento objeto da pericia. Nesta primeira etapa – histórico, deve o perito destacar e evidenciar todos os fatos e sequência de acontecimentos que levaram ao cenário questionado, seja um acidente com vitimas ou um fato causador de prejuízos materiais ou morais, com foco restrito aos documentos constantes do processo. Não cabe ao perito inserir no processo fatos ou interpretações pessoais sem o devido vinculo com as petições que antecederam a nomeação do perito. Quando da realização da pericia, deve o perito obter esclarecimentos e possíveis divergências entre o relato constante do processo, onde na petição inicial tem a forma de “Verdade do Reclamante” e na defesa da Reclamada assume a forma de “Contestação da Verdade do Reclamante” ou “Verdade da Reclamada”. A partir da perícia, o perito deverá construir a “Verdade do Juízo” mostrando de forma clara e inequívoca as possíveis falhas nas “Verdades das Partes”. A este processo chamamos de “Desconstrução das Verdades das

Partes”. Assim seguindo a teoria de “Heinrich” ou “Teoria dos Dominós”, que mostra que o acidente e as perdas e consequentemente as possíveis lesões ou danos são causados por alguma coisa anterior, alguma coisa onde se encontra o homem e que todo acidente ou perdas são sempre causados, ou seja, nunca acontecem sozinhos, deve o perito construir a sequencia de ações e atividades que culminaram no acidente ou perda. Nesta construção o perito deve identificar os perigos e os fatores de riscos anteriores ao acidente, as habilidades dos agentes envolvidos no acidente, a existência de analise de riscos e ordens de serviços especificas, como em uma sequência de dominós para finalmente concluir o que realmente aconteceu. Para avaliação da “Verdade do Juízo” o perito deverá constar de sua conclusão a sequencia dos “Dominós” que levaram ao acidente ou perda e demonstrar de forma clara e objetiva, qual dominó, se houvesse sido retirado evitaria a perda ou dano. Ao identificar qual fator de risco ou ação de risco resultou no acidente ou perda, o perito possibilitará ao julgador estabelecer as responsabilidades e penalidades no processo. Compete unicamente e finalmente ao perito esclarecer as dúvidas das partes, respondendo aos quesitos formulados. Jamais caberá ao perito estabelecer a Culpa e as Responsabilidades Legais, que são atribuições especificas do Julgador.

SEGURANÇA DO TRABALHO

Eng. Nélio Fleury

Especialista em Segurança do Trabalho e Mestre em Engenharia

Elétrica. Coordenador do curso de Engenharia

de Segurança do Trabalho.

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INFRAESTRUTURA URBANA, PERÍCIA E

AUDITORIA AMBIENTAL

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TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE ETA: OPORTUNIDADE PARA REÚSO

Estação de Tratamento de Água – ETA, são unidades que possuem função fundamental de separar os resíduos e impurezas presentes, principalmente, nas águas de mananciais superficiais, considerada como “ Água Bruta”. Diversas são as tecnologias utilizadas para tratamento de água, iniciando desde processos mais simples, como filtração lenta ou direta, processo convencional de floculação + decantação + filtração e chegando até processos mais avançados com a utilização de flotação ou ultrafiltração através de membranas. Com a degradação dos mananciais, provocados pelo desenvolvimento urbano e agrícola, cresce a necessidade de tratamento integrado, ou seja, mais etapas no processo, gerando complexidade e aumento dos custos de produção. Qualquer que seja a tecnologia utilizada no tratamento de água, teremos a geração de resíduos, que pode ser em um nível baixo ou elevado, podendo ser quantificado em “g de sólidos/ m³ de água ”. Águas superficiais de qualidade ruim produzem taxas de resíduos mais elevadas, provocadas pelas próprias impurezas presentes na água bruta, acrescida dos resíduos gerados pelos produtos químicos utilizados no processo. Dentre os processos usuais de tratamento de Resíduos de ETA, citados em literaturas existente, podemos destacar dois tipos de sistemas de remoção de água dos resíduos: naturais e mecânicos. Dentre os naturais, temos: as lagoas de lodo e os leitos de secagem/drenagem, bastante utilizados em unidades nos EUA. Quanto aos sistemas mecanizados temos as centrífugas, filtros prensa, prensa desaguadora e outros. A utilização dos BAG´s também concebida como um sistema natural de desaguamento, tem sido muito expandida a sua utilização no Brasil. Exceto para as lagoas de lodo e leitos de drenagem, os demais sistemas necessitam de unidades complementares precedendo a desidratação do lodo, como:

Tanque de equalização de vazão e processo de coagulação/floculação. Já a alternativa de descarte dos resíduos no sistema de esgotamento sanitário, pode ser utilizada desde que a vazão seja regularizada e o sistema de tratamento dos esgotos seja devidamente avaliado para o incremento de resíduos com características específicas.Recente experiência inovadora de projeto e implantação em escala real, de unidade de tratamento de resíduos com reuso, para uma ETA do tipo convencional que opera com vazão em torno de 1100 m³/h, foram obtidos resultados satisfatórios com remoções elevadas de sólidos e coliformes totais/escherichia coli, possibilitando o reúso do efluente líquido. Além dos resultados e o próprio reúso, o grande diferencial do processo em relação aos usuais, se deu pela inexistência de mecanização, utilização de membrana geotêxtil como meio filtrante e funcionamento intermitente das unidades. A concepção projetada agregou os processos de equalização, filtração e secagem do lodo em um único módulo de tratamento. Funcionam por processos unicamente gravitacionais, necessitando de energia elétrica apenas para o bombeamento da recirculação do efluente para reúso. As figuras ilustram as características visuais do afluente, efluente, reúso e lodo do processo.

INFRAESTRUTURA URBANA, PERÍCIA E AUDIRTORIA AMBIENTAL

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Romis Alberto da Silva

Especialista em Tratamento de Resíduos Sólidos e Líquidos

Professor de Pós-Graduação.

Secagem dos sólidos

Filtração

Reúso do efluente líquido

No caso específico, o efluente da unidade de tratamento de resíduos está sendo reutilizada uma vazão de 60 m³/h, suprindo uma demanda existente por água tratada. Com a unificação das fases de tratamento de resíduos, a partir do revezamento das unidades, gerou economia de recursos para implantação, economia de energia elétrica e simplicidade operacional. Portanto, diante de um cenário no Brasil de poucas experiências em escala real de tratamento de resíduos de ETA, cabe aos profissionais a busca pelo conhecimento teórico e operacional, aliado a uma visão global, crítica e ousada para conceber sistemas de tratamento que atendam as legislações ambientais, assegurem viabilidade executiva e custos compatíveis com a realidade operacional. O reúso consolida e “coroa” sistemas eficientes com a minimização dos impactos ambientais e financeiros.

Afluente dos resíduos

Efluente do processo

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ESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIA, AVALIAÇÃOES,

PATOLOGIAS E PERÍCIAS EM ARQUITETURA E

ENGENHARIA

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A compra de um imóvel é sempre uma alegria para nós brasileiro, porém nem sempre o recebimento deixa esta alegria

prosperar, acaba na maioria das vezes em uma terrível tristeza. Infelizmente nosso ambiente construtivo ainda está muito além das expectativas de nossos usuários e nossas obras ficam a desejar, podendo inclusive colocar nosso sossego e segurança em risco. Toda vez que forem receber um imóvel deve-se formalizar este recebimento. Na Europa este procedimento é feito tanto para transações entre imóveis usados quanto para imóveis novos. Lá ninguém compra um imóvel sem um Laudo de Inspeção e mesmo de Avaliação do imóvel. Aqui no Brasil os agentes financeiros fazem o laudo de avaliação, porém o Laudo de Inspeção ninguém faz. O Laudo de recebimento de obras novas está sendo divulgado e começa a ser feito, após os 26 anos de existência do Código do Consumidor. Nossa sociedade começa a entender que o imóvel é um produto como o fabricado por uma indústria qualquer. A exemplo do veículo, as concessionárias buscam informar de nossos direitos e deveres com veículos, oferecem o manual de uso e manutenção, enfim nos cobrem de direitos e deveres para a garantia deste veículo. Quando ocorre um defeito de fabricação promovem o conhecido “recall”. Por que os imóveis não tem o mesmo tratamento? A diferença está no fabricante. Em nossa cultura estabeleceu-se um tratamento diferenciado para os imóveis. Não se

RECEBIMENTODE OBRAS NOVAS

compreende que uma incorporadora/construtora é uma indústria, cujo produto é o imóvel. Neste contexto não se compreende que a aplicação dos artigos previstos nos Códigos Civil e Código do Consumidor se aplica aos imóveis. Nos brasileiros não temos a cultura de conhecer nossos direitos e deveres, e neste caso podemos dizer que saímos em um grande prejuízo. Por outro lado ocorre um grande desconhecimento de técnicas construtivas, pois é comum a pergunta: Você está construindo para morar ou para vender? Esta pergunta não procede as técnicas construtivas são mencionam técnicas para o construtor que vai vender o imóvel ou para morar neste imóvel. O que se sabe é que o imóvel construído para ser vendido possui baixa qualidade.

Imagem da calçada na entrega da obra

AUDITORIA, AVALIAÇÕES, PATOLOGIAS E PERÍCIAS EMARQUITETURA E ENGENHARIA

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Em primeiro lugar para verificar o que você comprou, iniciando pela área construída, especificações de acabamento, qualidade e segurança do imóvel, atividades que só um profissional habilitado pode fazer com competência. O Código do Consumidor estabelece prazos de garantia para os produtos e neste caso o imóvel se enquadra como um produto. Para a construção do imóvel é necessário a elaboração de projetos, memoriais, divisões proporcionais de áreas, verificação de regularidade do terreno e aprovações junto há Órgãos como a Prefeitura e o Corpo de Bombeiros. É importante compreender que todo documento feito para a construção será necessário também para uma boa manutenção e reforma deste imóvel. O recebimento de imóveis novos neste caso deve ser feito, verificando a regularidade da documentação, o estado geral da construção, deve ser feito o registro fotográficos na data deste recebimento. A presença de profissionais habilitados se faz necessário tendo em vista que as obras podem apresentar vícios aparentes e ocultos. De maneira geral os vícios aparentes podem ser observados pela maioria dos usuários, porém vícios ocultos podem acontecer logo na entrega ou com o tempo de uso e serem diagnosticados somente por profissionais habilitados. Feito o Laudo de Recebimento este poderá também servir para registrar os vícios que ocorreram após o recebimento. O profissional com maior competência para fazer este recebimento são os peritos que atuam na área da arquitetura e engenharia e devem ter sua experiência comprovada. Lembre-se seu imóvel é seu sonho, seu patrimônio, talvez o único, seu bem de família e deve ser cuidado como tal, desde o recebimento. Não importa se é um apartamento, uma casa popular ou uma casa em algum condomínio de alto padrão deve ser feito o recebimento formal deste imóvel.

POR QUE FAZER O LAUDO

TÉCNICO DE RECEBIMENTO

DE OBRA?

Eng. Esp.Ana Cristina Rodovalho Reis

Perita em Engenharia com ênfase em Instalações Prediais. Atua principalmente em projeto de instalação predial, hidro-sanitário, combate a incêndio, inspeção predial e projeto de estrutura metálica para cobertura. Coordenadora de curso do RTG Especialização.

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ESPECIALIZAÇÃO EM

DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES

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Certo dia, comprei o almoço através de um aplicativo de entrega de comida em domicílio. A refeição escolhida, popular no Brasil e apropriada para o clima, estava descrita como FEIJOADA. Tudo estava conspirando a favor: o pedido chegou antes da hora prevista, o preço era razoável, não houve “pegadinhas” na hora do pagamento e a refeição estava bem embalada em uma caprichosa caixa de papelão. Até então, tudo em ordem. Ao abrir a caixa, contudo, estranheza: um pote com arroz branco, uma colher de feijão preto... e só! Surreal, não? Contatei imediatamente o fornecedor que alegou que o prato que ele conhecia como feijoada era aquilo. Mas, mas... e a couve? A farofa? A laranja? As carnes...paio, rabo, orelha, linguiça, carne seca, costelinha? O vinagrete, a pimentinha? Nada disto fazia parte da feijoada, segundo o fornecedor. Revi o pedido no aplicativo. Realmente, não havia descrições detalhadas; o prato estava descrito como “feijoada” e eu partira da minha experiência pessoal para inferir o que seria uma feijoada. Por não haver especificação

mais clara dos ingredientes que comporiam a feijoada, e ciente de que o fornecedor não estava disposto a mudar seu ponto de vista, restou-me ficar com aquela pseudo-feijoada e uma desconcertante frustração.

Esta estória, fictícia porém didática, é a forma como tenho tentado explicar a maneira como são os projetos na construção civil no que concerne a seu cumprimento à norma de desempenho das habitações, cujo atendimento é compulsório há exatos 4 anos. Transportando o suposto exemplo para os proetos de construção civil, este autor vem exercendo atividades que reforçam a analogia exótica dos projetos com a feijoada. Os dados revelam que os projetos contêm, em geral, menos de 20% das informações que deveriam conter. Assim, é inócuo falar em atender à norma de desempenho sem antes promover uma revolução na forma de contratar, elaborar, entregar e receber os “projetos nossos de cada dia”, bem como revolucionar o modo de ensinar alunos de Engenharia e Arquitetura a projetar. Em verdade, é necessário mudar a forma de se pensar a Arquitetura e a Engenharia.

NORMA DE DESEMPENHO: EXIGÊNCIAS QUE AINDA SÃO DESCONHECIDAS

POR MUITOS PROFISSIONAIS

DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES

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Pensar a construção civil sob a ótica do desempenho da edificação é, sobretudo, uma questão de estado de espírito. Nas faculdades, é habitual que os cursos de Arquitetura concentrem o foco na questão da forma, não da função. Já na Engenharia o foco é, indubitavelmente, “manter a estrutura em pé” ou, em outras palavras, a atenção se concentra na questão da solidez da estrutura. O resultado destas abordagens infesta os lares brasileiros com uma miríade quase infinita de patologias, degradações, vícios e defeitos nas edificações, dos mais simples aos mais complexos. Mudar esta visão não é tarefa fácil, e os motivos para se ter chegado a esta situação são tantos que podem ser objeto de um próximo texto. No afã de encontrar um discurso

Exemplo 1: O vidro que não limpa

Comecemos com um exemplo muito simples. Observe a Figura 1. Trata-se de uma porta de vidro comum. Desempenho implica necessariamente prever o uso e a manutenção dos elementos ao longo de sua vida útil. Pois bem, esta porta está fechada e, portanto, no máximo afastamento possível entre as placas de vidro. Entre elas, há a aposição de alguns centímetros de largura dos componentes de vidro. Pergunta-se: como se faz a limpeza das faces destes vidros justapostos? A limpeza desta porta deveria pressupor que o elemento limpo obtivesse a mesma caracteísticavisual em toda sua extensão, mas em geral não é o que ocorre. O acesso para a limpeza das regiões justapostas é difícil, resultando na não

Requisito: manutenibilidadeCaracterística do exemplo: cotidiano

limpeza adequada desta região. A consequência disto, ao longo do tempo de uso, é a diferença de tonalidade entre as lâminas livres e os trechos justapostos. O projeto não previu esta situação. As condições para se

fazer a manutenção do elemento (limpeza, neste caso) não incluíram a parte mais penosa. A esta condição de se pensar na facilidade de manutenção durante o projeto, denomina-se manutenibilidade.

Figura 1 – Porta de vidro com justaposição de placas, de difícil acesso para limpeza.

minimamente potente para sensibilizar meus interlocutores pela força de sua lógica, tenho procurado usar exemplos que contenham uma ou mais das três características a seguir: extremos/dramáticos, cotidianos, informativos ou uma mescla destes. Assim, seguem-se 5 exemplos, ilustrativos de efeitos ou causas relacionados a requisitos de desempenho das edificações. Foi tomado o cuidado de empregar uma linguagem coloquial para transparecer que tudo relativo à temática do desempenho das edificações diz respeito a conceitos originalmente simples e lógicos. Não é pretensão esgotar o tema com estes exemplos, mas tão somente apresentar o assunto de uma forma fácil de compreender. A tempo: neste texto serão apresentados 5 exemplos, cada um de um requisito da norma. São, ao todo, 13 requisitos, portanto, nem todos foram abordados, por ora.

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Exemplo 3: Textura em ambiente interno

Exemplo 2: Incêndio em Londres

O mundo assistiu estarrecido às cenas de pânico causadas pelo incêndio ocorrido em 14 de junho de 2017 no Grenfell Tower (Figura 2), edifício residencial em Londres com 129 apartamentos de 1 e 2 quartos, que culminou na morte de 80 pessoas, aproximadamente (há divergências sobre o número de vítimas). Em meio às investigações que se iniciam, sabe-se que o edifício passou por recente reforma (2016). Há relatos de que a sinalização interna do prédio orientava os moradores a ficarem em suas unidades em caso de incêndio, pois elas teriam sido construídas como unidades resistentes ao fogo, de modo que se um apartamento pegasse fogo ele não se espalharia para os demais. Não foi o que aconteceu. Infelizmente, após início do incêndio em uma unidade no quarto andar, o fogo se alastrou rapidamente pelo

Pense no painel de um carro e tente imaginar se há nele algum revestimento ou peça que possua contundências, pontas cortantes, perfurantes ou superfícies rugosas. Certamente, a resposta foi não. A pergunta seguinte, então, é simples: por que o mesmo não se aplica à construção civil?

Requisito: segurança contra fogoCaracterística do exemplo: informativo

Requisito: conforto tátilCaracterística do exemplo: cotidiano

revestimento da fachada.Não obstante as investigações estejam em curso, este triste episódio revela a importância que deve ser dada à segurança contra fogo nas edificações. Há muito tempo se sabe que combate a incêndio não se resume ao trabalho dos bombeiros, mas, principalmente,

a decisões corretas de projeto e execução das obras. Infelizmente, este assunto não é sequer mencionado na esmagadora maioria dos cursos de Engenharia e Arquitetura, então, não é de se estranhar que os profissionais tenham nenhum ou pouco conhecimento sobre o assunto.

Qual é a lógica, do ponto de vista do uso que o morador faz de seu imóvel, em haver revestimentos de parede interna (sacada, por exemplo), como a da Figura 3? O que há de inteligente em uma abordagem na qual o morador pode se machucar ao tocar em um revestimento com pontas que em muitos casos se assemelham a lâminas afiadas?

Por que as roupas e móveis devem se desfiar ou estragar quando encostadas nessas superfícies? Não há motivo racional para isto. Nenhuma superfície com a qual o usuário tenha contato deveria expô-lo ao risco de um machucado, arranhão ou lesão. Isto não é uma questão de Engenharia avançada; trata-se apenas de lógica e bom senso.

Figura 2 – Incêndio no Grenfell Tower – Londres Junho 2017 (foto: Daniel Leal-Olivas AFP).

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Exemplo 4: A cachorra da vizinha

Desempenho acústico é um assunto complexo tecnicamente, que efetivamente demanda acompanhamento de pessoal especializado, mas cuja lógica é descomplicada, fácil de entender. São muitos os ruídos emitidos em uma edificação: tome-se apenas um como exemplo, a cachorrinha da proprietária do apartamento acima do seu. Ela é médica, trabalha em plantões e, ao

Exemplo 5: volinista no telhado

A célebre imagem do filme Um Violinista no Telhado (1972), do diretor Norman Jewison, mostra um violinista fazendo uso de um telhado como seu palco. Na ficção, uma primazia vencedora de 3 Oscars, mas, e na vida real? Embora telhados não costumam ser projetados para concertos, outros usos lhes são muito comuns, como troca de componentes e manutenção

chegar em casa tarde da noite, é calorosamente recebida por sua cachorrinha, que raspa o piso freneticamente com suas patinhas, causando um ruído desagradável no imóvel abaixo. Observe que neste exemplo não há quebra de direitos: a proprietária tem o direito de ser acolhida por sua cadelinha, assim como o vizinho de baixo tem o direito de não ter seu descanso interrompido com

de sistemas instalados nas coberturas (antenas, SPDA). Nestas circunstâncias, o sistema de cobertura deveria proporcionar a segurança necessária para que tais usos sejam realizados sem preocupações ou riscos. Isto parece inquestionável, mas não é praxe de projeto calcular os sistemas de cobertura para suportar uma carga definida e prever condições seguras de uso.

Requisito: desempenho acústicoCaracterística do exemplo: cotidiano

Requisito: segurança no uso e operaçãoCaracterística do exemplo: cotidiano

o esfolar das patinhas da cadelinha no piso. Esta situação, bem como outras equivalentes (mulher caminhando com calçado de salto alto, móveis sendo arrastados etc.) tem promovido estresse e desentendimentos entre vizinhos, diminuindo a qualidade de vida de ambos. É disso que trata o desempenho acústico das edificações.

Figura. 5 – Pessoa fazendo uso do telhado de modo

não convencional.

Figura 4 – Revestimento sem rugosidade na sacada.

Figura 3 – Revestimento rugoso na sacada.

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Há de se anuir que nenhum dos exemplos apresentados é esdrúxulo. Tratam-se de situações corriqueiras que, sem que se perceba, afetam a qualidade de vida de todos, em maior ou menor grau. Outro fato a considerar é que a grade curricular e as práticas docentes dos cursos de Arquitetura e Engenharia (especialmente a Civil) não abarcam o adequado aprofundamento de conteúdo em todos os requisitos abordados na norma de desempenho. Por isto, um curso em nível de Especialização que concentre as atenções em diversos dos inúmeros aspectos relacionados ao desempenho das edificações é uma iniciativa de extrema importância para o desenvolvimento profissional dos agentes atuantes neste setor e para a criação da cultura do desempenho no meio técnico. Não se pode reclamar de uma feijoada que venha somente com arroz e feijão se o cliente desconhece o conteúdo mínimo de uma feijoada, assim como não se pode querer evoluir tecnicamente os projetos se não se tem conhecimento das informações que o mesmo deve conter. Não há dúvida de que o agente propulsionador desta revolução será o contratante dos projetos, mas é necessário que ele possua conhecimento de causa para saber cobrar do projetista. O fato é: a cultura do desempenho das edificações ainda é incipiente na construção civil brasileira, desde a formação acadêmica dos engenheiros e arquitetos até a conscientização dos usuários. Trabalhar incessantemente para reverter esta situação é dever de todos envolvidos, começando na formação técnica dos profissionais, passando pela implantação de mecanismos sistemáticos de controle nas construtoras e na dedicação das partes interessadas, especialmente projetistas e construtoras, e resultando em obras bem feitas, pensadas e executadas para atender aos requisitos dos usuários durante toda sua vida útil.

Fausto Carraro

Coordenador do curso de Especialização em Desempenho

de Edificações do RTG.

Fausto Carraro

professor_fausto

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62 3091 6222MATRÍCULAS ABERTAS

ESPECIALIZAÇÃO EM

ENGENHARIACLÍNICA

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A ENGENHARIA CLÍNICAE A SEGURANÇA DO PACIENTE

Os avanços das tecnologias em saúde com o diagnóstico precoce, terapia mais assertiva, procedimentos cirúrgicos menos invasivos e de alta precisão, menos tempo de internação e atendimento de emergência e urgência mais precisos, tem agregado um ganho importante para a qualidade dos serviços de saúde, mas também aumentou o risco. Podemos avaliar que o cuidado à saúde, que antes era simples, menos efetivo e relativamente seguro, passou a ser mais complexo, mais efetivo, porém potencialmente perigoso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2004, preocupada com esta situação de risco criou a “World Alliance for Patient Safety” a qual definiu medidas para reduzir a um mínimo aceitável, o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde. No Brasil o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do paciente (PNSP), por meio de Portaria MS/GM 529, abril 2013, RDC 63 (resolução diretiva colegiada) e a RDC 36 A Engenharia Clinica tem como princípio a “aplicação de conceitos de Engenharia na solução de problemas clínicos”. A segurança na utilização da tecnologia de saúde compreende o benefício e o impacto no uso de um ou mais recursos, em prol da saúde do paciente. Visa identificar as soluções e promover melhorias específicas em áreas de maior risco na assistência à saúde, e o uso adequado da tecnologia.

“A qualidade no atendimento, a estrutura física e o uso dos equipamentos médico-hospitalares interferem na cura

do paciente”

A Engenharia Clinica proporciona segurança aos pacientes de forma otimizada dos recursos financeiros, físicos e tecnológicos no estabelecimento de saúde com a gestão de tecnologia da saúde. Desta forma a Engenharia Clinica assume o compromisso da responsabilidade pela gestão das tecnologias em saúde voltada para o cuidado do paciente utilizando como bases normativas a RDC 02 e a NBR 15943 aplicando os princípios da rastreabilidade, qualidade, eficácia, efetividade e segurança.

“100 mIl pessoas moRRem em hospItaIs (eUa) VItIma de eVentos adVeRsos e qUando não ocasIonam a moRte, geRam gastos anUaIs estImados entRe 17 a 29 bIlhões de dólaRes. oUtRo estUdo ReVela qUe Uma médIa de 10% dos pacIentes InteRnados soFRe algUm tIpo de eVento adVeRso e sendo qUe 50% desses eVentos podem seR eVItáVeIs”

ENGENHARIA CLÍNICA

Ricardo Maranhão

Mestre em Gestão de Tecnologias em

Saúde.Coordenador

de curso do RTG Especialização.

Eber Rodrigues dos SantosEng. Eletrônico, Especialista em

Engenharia Clínica, Especialista em

Gestão dos Recursos Físicos e Tecnológicos,

Doutorando em Engenharia Clinica.

Coordenador de curso do RTG Especialização

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CARREIRA

O SEGREDO PARA ATRAIR O OLHARDOS RECRUTADORES NO LINKEDIN

Quer usar seu perfil no LinkedIn como um ímã de oportunidades? Fernanda Brunsizian, gerente de comunicação da rede social, explica como fazer isso. Aliado de recrutadores e headhunters na caça por talentos , o LinkedIn oferece um verdadeiro oceano de oportunidades profissionais. Porém, do ponto de vista do candidato, pode ser difícil se destacar da concorrência — ainda mais quando se lembra que a rede social é usada por nada menos que 30 milhões de pessoas só no Brasil. O segredo para atrair o olhar das empresas está nos detalhes. Da sua foto — que

pode aumentar em até 21 vezes a chance de clique — às palavras-chave do seu perfil, é importante gerir a sua presença na rede de forma minuciosa, diz Fernanda Brunsizian, gerente de comunicação do LinkedIn para América Latina. Para fazer um perfil que funcione como “ímã” de oportunidades de emprego, é fundamental entender o processo de recrutamento dentro da rede. O LinkedIn funciona, de certa maneira, como um “Google de candidatos”: o recrutador pode fazer pesquisas por termos específicos dentro

do enorme banco de dados da plataforma. Nessa busca, ele pode usar filtros como cargo, localização, habilidades, empregadores, ano de formação, instituições de ensino, entre muitas outras variáveis. Daí a importância de o candidato usar palavras-chave sobre si mesmo para rechear o seu perfil e, assim, ser mais facilmente encontrado. Segundo Brunsizian, essa é a principal diferença entre o LinkedIn e o CV tradicional. “Quando você manda o currículo para alguém, essa pessoa já te encontrou e você já é visto como um bom candidato”, explica ela.

Por Claudia Gasparini para a Exame

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“No LinkedIn, o processo

é anterior a isso. Se

você está procurando

emprego, o seu exercício

é ser encontrado, então a

primeira pergunta deve ser:

Como alguém procuraria alguém como você?”

A partir dessa pergunta, é possível traçar a melhor estratégia para ser visto por quem interessa. Além de ter um perfil completo e recheado com as palavras-chave corretas, também é importante se envolver com a comunidade em torno da sua carreira.Uma das melhores formas de fazer isso é usar a ferramenta de publicação do LinkedIn, que permite que você escreva artigos ligados à sua área de atuação e eventualmente até se torne uma referência no seu mercado. “Você pode transformar o seu perfil em um blog pessoal, com menos esforço do que teria com um blog pessoal, porque você já começa com 30 milhões de pessoas no Brasil que já estão dentro da rede”, diz Brunsizian. “O que funciona muito é fazer relações entre coisas que acontecem no mundo e o mercado de trabalho, como a mudança do Neymar do Barcelona para o PSG, que inspirou muitos textos interessantes sobre decisões de carreira”. Segundo ela, o usuário que publica textos na rede social tem a chance de chegar a um número enorme de pessoas e criar uma comunidade em torno da sua marca profissional.

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