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Dehonianos ........................................ 1 |||| Abrindo Espaços e criando Laços! Para Começar F echo a 70ª edição de E&L nas tardas horas da 5ª feira, 27/11/2014. No começo da noite voltei do Encontro de Superiores da América Latina, em Montevidéu, Uruguai. O Ano da Vida Consagrada será aberto no próximo domingo, dia 30 de novembro de 2014 e concluído no dia 02 de fevereiro de 2016. Já o Ano da Comunidade em nossa Província vai de 14 de março de 2015 a 14 de março de 2016. Este tempo especial e propício encontra na celebração do Advento preparação oportuna: vigilância, cuidado, perseverança. “O Ano Litúrgico nos faz celebrar em comunidade duas dimensões maravilhosas da Revelação cristã: a Vida de Jesus por nós e nossa vida em Jesus. Celebramos para recordar, mas principalmente para atualizar em nosso favor o Mistério Pascal do Senhor pela ação do Espírito Santo. A primeira dimensão do Ano Litúrgico nos oferece dois ciclos: o Ciclo do Natal e o Ciclo da Páscoa. Neles celebramos tudo o que aconteceu com Jesus e tudo o que Ele fez por nós. A segunda dimensão é chamada de Ciclo do Tempo Comum, quando recordamos nossos santos e celebramos circunstâncias da vida humana, para louvar, agradecer e pedir ajuda divina” (Deus Conosco, Ano XLIV, nº 54). Interpela-me insistentemente o clamor indisfarçável e inadiável por cuidado que despontou na Análise Institucional. Cuidar, deixar-se cuidar, ajudar a cuidar... “Aqui o que conta é, antes de mais nada, ‘a fé que atua pelo amor’ (Gl 5,6). As obras de amor ao próximo são a manifestação externa mais perfeita da graça interior do Espírito: ‘O elemento principal da Nova Lei é a graça do Espírito Santo que se manifesta através da fé que opera pelo amor’ (cf. Summa Theologiae I-II, q. 66, art. 4-6). Por isso afirma que, relativamente ao agir exterior, a misericórdia é a maior de todas as virtudes; na realidade, compete-lhe debruçar-se sobre os outros e – o que mais conta – remediar as misérias alheias. Ora, esta é tarefa especialmente de quem é superior; é por isso que se diz que é próprio de Deus usar de misericórdia, e sobretudo nisso, se manifesta sua onipotência” (Evangelii Gaudium, 37). P. Mariano, scj. ANO II | Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus - Província BSP | 70 a Edição - 28/11/14 |||| Abrindo Espaços e criando Laços!

Para Começar F - Dehonianos - Província BSP e... · Oitava Meditação (2 ... gerais sobre as diversas Entidades de nossa área geográfica. 5) Percebemos dever acolher com mais

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|||| Abrindo Espaços e criando Laços!

Para Começar

Fecho a 70ª edição de E&L nas tardas horas da 5ª feira, 27/11/2014. No começo da noite voltei do Encontro de Superiores da América Latina, em

Montevidéu, Uruguai.O Ano da Vida Consagrada será aberto no próximo

domingo, dia 30 de novembro de 2014 e concluído no dia 02 de fevereiro de 2016. Já o Ano da Comunidade em nossa Província vai de 14 de março de 2015 a 14 de março de 2016. Este tempo especial e propício encontra na celebração do Advento preparação oportuna: vigilância, cuidado, perseverança.

“O Ano Litúrgico nos faz celebrar em comunidade duas dimensões maravilhosas da Revelação cristã: a Vida de Jesus por nós e nossa vida em Jesus. Celebramos para recordar, mas principalmente para atualizar em nosso favor o Mistério Pascal do Senhor pela ação do Espírito Santo. A primeira dimensão do Ano

Litúrgico nos oferece dois ciclos: o Ciclo do Natal e o Ciclo da Páscoa. Neles celebramos tudo o que aconteceu com Jesus e tudo o que Ele fez por nós. A segunda dimensão é chamada de Ciclo do Tempo Comum, quando recordamos nossos santos e celebramos circunstâncias da vida humana, para louvar, agradecer e pedir ajuda divina” (Deus Conosco, Ano XLIV, nº 54).

Interpela-me insistentemente o clamor indisfarçável e inadiável por cuidado que despontou na Análise Institucional. Cuidar, deixar-se cuidar, ajudar a cuidar... “Aqui o que conta é, antes de mais nada, ‘a fé que atua pelo amor’ (Gl 5,6). As obras de amor ao próximo são a manifestação externa mais perfeita da graça interior do Espírito: ‘O elemento principal da Nova Lei é a graça do Espírito Santo que se manifesta através da fé que opera pelo amor’ (cf. Summa Theologiae I-II, q. 66, art. 4-6). Por isso afirma que, relativamente ao agir exterior, a misericórdia é a maior de todas as virtudes; na realidade, compete-lhe debruçar-se sobre os outros e – o que mais conta – remediar as misérias alheias. Ora, esta é tarefa especialmente de quem é superior; é por isso que se diz que é próprio de Deus usar de misericórdia, e sobretudo nisso, se manifesta sua onipotência” (Evangelii Gaudium, 37).

P. Mariano, scj.

ANO II | Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus - Província BSP | 70a Edição - 28/11/14

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|||| Abrindo Espaços e criando Laços! NestaEdição

Igreja e Congregação

Palavras de Padre Dehon 4

6Dom João de Avis, Ano da Vida Consagrada

8Nova diretoria da ADBM

Encontro dos Superiores da América Latina 5

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|||| Abrindo Espaços e criando Laços! NestaEdição

Província BSP e Distrito BSL

Saberes e Sabores 12

Assembleia do Distrito BSL 9

Pastoral de P. Rudy Hospital Dante Pazzanese 10

P. Zezinho: teologia e devoção feitas poesia e canção 11

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Palavra de Padre DehonOitava Meditação (2) – Jesus no Templo: os estudos

3. Os nosso estudosVejamos quais os caracteres que Jesus

quer que revistam os nossos estudos. Ele no-lo dirá quer no Templo, quer mais tarde.

Ele quer que sejam contínuos.A sua ciência cresce, não a sua ciência

divina e sobrenatural, mas a ciência experimental, adquirida pelo exercício das suas faculdades naturais.

“O intelecto age sucessivamente, diz Santo Tomás, e nesta ciência (sucessiva e experimental) Jesus não soube tudo desde o começo, mas pouco a pouco avançando em idade, o que faz que o Evangelho nos diga que crescia em ciência e em idade” (STh III, a. 2).

Jesus lia, refletia e crescia em ciência. Quis que assim fosse para nos mostrar o caminho.Ele manifesta sempre mais ciência. “Ensinava nas suas sinagogas, diz São Mateus, estavam

maravilhados e diziam: de onde lhe vem esta ciência? Não é Ele operário e filho de operário?” (Mt 13,55).

“Os auditores, diz São Marcos, admiravam a sua doutrina e diziam: de onde Lhe vem esta sabedoria, não é Ele o filho de Maria?” (Mc 6,2).

Ele quer que os seus sacerdotes estudem sempre. Ensinava aos seus apóstolos em particular e dava-lhes o gosto do estudo. São Paulo, formado à parte e depois dos outros, tem o mesmo ideal para o sacerdote: “Guarda-te, diz a Timóteo, de negligenciar a leitura e a doutrina (1Tm 4,13).

Não só Jesus quis dar-nos o exemplo de um crescimento contínuo da ciência, mas fez-nos também compreender que a nossa ciência deve ser guiada pela prudência e pela oportunidade.

Os doutores do Templo admiram a prudência do seu jovem auditor de 12 anos. Quanto à oportunidade, vede por exemplo Jesus na sinagoga de Nazaré, onde ia todos os sábados: passam-Lhe o livro de Isaías, desenrola-o e procura a passagem que anuncia a sua missão (Lc 4, 16).

Para que a nossa ciência seja sempre prudente, evitemos as doutrinas arriscadas, as novidades perigosas. Para que a nossa ciência seja plenamente propositada, estudemos tudo o que pode ser útil à nossa missão, segundo os tempos e os lugares onde devemos exercer o nosso ministério.

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Encontro dos Superiores da América Latina

No começo da tarde de domingo, 23/11, P. Claudinho, P. Ronilton e eu fomos os primeiros a chegar em Montevidéu. Fomos, também, os primeiros a deixar a capital uruguaia antes do almoço de hoje, da sala de reuniões do Centro de Espiritualidade Manresa, dos Jesuítas

direto ao aeroporto.Lá nos encontramos P. Carlos Alberto (BRE), P. Carlos Caamaño (VEN), P. Claudinho (BRM), P.

Leonardo (ARG), P. Arildo (PAR), P. Johnny Li (CHI), P. Ronilton (BSL), P. Marco (URU), P. José Luís (ECU) e P. Mariano (BSP). Do que é que nos ocupamos?

1) Situação do Distrito Uruguai que não tem condições de continuar sem reforço das demais Entidades. Concluímos que não podemos desfazer outros compromissos assumidos para socorrer esta obra antes de 2017. Ao entardecer de 3ª feira, consistente grupo de leigos, próximos à Congregação, nos comoveram, mas não há como improvisar. Desconfio que tanto os confrades locais, quanto o governo geral e os superiores da América Latina quereríamos decidir por deixar o Uruguai, mas ninguém tem coragem para assumir tal responsabilidade.

2) A preparação ao Capítulo Geral recebeu pontual destaque. Convidamos P. Jaírson Hellmann da BRM para montar a apresentação da América Latina ao Capítulo. O provincial interino da BRM, P. Claudinho será o expositor durante o evento congregacional. Pensamos no perfil do nosso candidato a conselheiro geral: ter habilidades, ser convidado, gostar do cargo e, possivelmente, ser jovem. Concluímos que P. Carlos Caamaño da Venezuela é o confrade a propor.

3) Avaliação dos diversos encontros havidos em âmbito latino-americano e os desafios que nos colocam. Sentimos especial necessidade de atender os religiosos jovens e a pastoral paroquial.

4) Informações e partilhas gerais sobre as diversas Entidades de nossa área geográfica.

5) Percebemos dever acolher com mais solicitude e adesão as belas propostas e iniciativas que nos são feitas pela CLAR (Confederação Latino Americana e Caribenha de Religiosos e Religiosas) e das Conferências dos Religioso(a)s nos diversos países. Para nós, portanto, significa mais sintonia e participação na CRB.

Lamento que o pouco tempo não nos tenha possibilitado conhecer a tida como bela Montevidéu e nem mesmo outras obras da Congregação além da Parroquia Santa Rosa del Pinar.

A República Oriental del Uruguay conta com cerca de 3,5 milhões de pessoas das quais aproximadamente 1,7 milhões moram na capital. A evangelização enfrenta árduo desafio: os católicos de batismo chegam a mais de 40% mas os praticantes ficam abaixo de 3%. O país que já se gloriou de ser a Suíça da América vive, atualmente, difícil situação econômica e social. O Estado, duramente laico, não facilita em nada a atuação das Igrejas e Religiões. O menos por onde andamos, gostei de ver muita arborização, com destaque aos pinos, ciprestes e choupos.

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Entrevista com Dom João de Avis: Expectativas para o Ano da Vida Consagrada

Por ocasião do encontro com o prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, do Vaticano, dom João, Cardeal de Avis, que

reuniu em Curitiba, PR, em agosto último passado, cerca de 1.200 religiosas e religiosos, o cardeal, em entrevista exclusiva à Assessoria de Comunicação da CRB Nacional falou sobre suas expectativas em relação ao Ano da Vida Consagrada. O Cardeal versou, ainda, sobre temas como: o lugar das mulheres na Igreja, as relações entre Vida Consagrada e Clero Diocesano, e novos documentos alusivos aos bens dos Institutos e a vocação dos Irmãos.

Quais as expectativas para o Ano da Vida Consagrada?Dom João - Para o Ano da Vida Consagrada, unamo-nos a tudo

que será celebrado no mundo nestas três perspectivas: para o passado, uma memória grata; para o futuro, a confiança na fidelidade de Deus; para o presente, uma entrega apaixonada à nossa vocação. São três perspectivas amplas que inspiram para um caminho positivo. Não devemos

nos desinstabilizar pelas dificuldades do momento presente, pois algumas das nossas Congregações já começam a sentir o problema das vocações e do envelhecimento. É Deus quem cuida do Carisma. Cabe a nós verificar se estamos dando o testemunho correto. Acho que é por aqui que temos de ir, e caminhar na direção de uma vida trinitária, uma vida de relações renovadas.

E qual seria o caminho, como incentivar isto? Que atividades para o Ano da Vida Consagrada podem ajudar a criar esta consciência?

Dom João - O incentivo vem através de tudo o que a Congregação de Roma está orientando, por meio das nossas Conferências Religiosas, como a do Brasil (que está caminhando muito bem), mas, ressaltar essas linhas, como a trinitária, que ainda temos de compreender melhor e, sobretudo, experimentar melhor. Os meios são os nossos encontros, e tentar viver isso dentro das nossas comunidades, sem nos afastar dos nossos carismas, que são estradas normais pelas quais nós passamos. Outras estradas comuns são o seguimento de Jesus e a escuta do momento atual.

Foi lançado recentemente um documento sobre a gestão dos bens dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica. Qual a razão de um documento com este tema?

Dom João - Este documento, que não será definitivo, mas provisório, surge para que todos os religiosos possam dar suas contribuições, as quais ainda serão recolhidas, pois, para o Papa, é importante que enriqueçamos o documento com aquilo que as pessoas já experimentam. Essa preocupação nasceu do fato de que muitas Congregações estão diminuindo, ou, digamos, com um número pequeno de pessoas e muitos bens, e elas precisam organizar tudo isso. Obras que foram construídas há séculos ficam perdidas, deixamos escapar, porque não cuidamos. Então, o Papa quis fazer um simpósio para aproximadamente 600 pessoas. Esse número ultrapassou, e muitas pessoas estão na fila de espera para um novo simpósio.

O documento está sendo elaborado (estou fazendo a tradução em português) e irá para as comunidades para leitura e apreciação. A partir daí, definiremos algumas linhas que queremos seguir para resolver este problema, mas em conjunto, não cada um por conta própria.

Que dicas o senhor dá para se celebrar o Ano da Vida Consagrada no Brasil, um país com uma cultura e jeito próprios de ser?

Dom João - Partindo destas coisas essenciais: seguimento de Jesus, volta aos fundadores, inserção na cultura e na Igreja local e pôr em evidência toda a beleza desta Vida Consagrada como ela é vivida aqui, no âmbito da formação, das obras, da missão. Mas isso depende um pouco do local. O Brasil tem muitas condições, porque a Vida Consagrada está bem organizada, mas que não seja fruto simplesmente de uma organização, e sim também de experiências vividas. Acho que o encontro de Curitiba trouxe muito isso: refletimos e contamos aquilo que é vivido.

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Entrevista com Dom João de Avis: Expectativas para o Ano da Vida Consagrada

Sobre a questão da Profecia da Vida Consagrada, há quem diga que a Vida Religiosa deva ser mais profética em tempos atuais, o senhor concorda?

Dom João - O Papa fala sobre isso, diz que a Vida Consagrada tem de ser profética, e quando ele fala de profecia quer dizer anunciar o Reino de Deus e experimentá-lo; anunciar os valores do Reino, os valores futuros que esse Reino traz. Esta é a profecia e nela todas as realidades que precisam ser transformadas. Neste sentido o Brasil pode fazer muito.

Há temas referentes à Vida Consagrada que serão mais evidenciados no Ano da Vida Consagrada?Dom João - Vamos acentuar a juventude, os formadores, o ecumenismo. No Simpósio final queremos ter presentes

todas as vocações, com momentos comuns e outros distintos para usufruir bem desse momento final do Ano da Vida Consagrada.

A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica têm dado muita atenção às mulheres. Que lugar estas mulheres estão ocupando, de fato, na Cúria? Elas têm voz e vez?

Dom João - Creio que neste momento é preciso acelerar isso, porque, se dependesse do Papa, as mulheres já estariam ocupando metade dos lugares que elas precisam ocupar, seja na Cúria Romana, seja nos Dicastérios. Temos de deixar essa mania de pensar que as mulheres estão um grau abaixo do homem. Não tem sentido isso. Algumas coisas são específicas, mas estas nós sabemos quais são. Então, é preciso levar para frente a Vida Consagrada em conjunto, com a mesma dignidade, isso é fundamental. O Papa quer que esses sinais venham logo; e não só: ele fala explicitamente que as mulheres têm de ocupar cargos de decisão. Creio que nós não temos mais que ficar esperando, temos que acelerar isso. Eu começo pela minha Congregação, mas as outras também poderão fazer isso.

Poderia falar sobre o Documento que está sendo elaborado sobre a vocação dos Irmãos?Dom João - Em 2008, na Assembleia Geral da Congregação (que é feita a cada 2 ou 3 anos, com participação

de representantes religiosos em nível mundial), da qual participava o então Cardeal Jorge Mario Bergoglio, foi solicitado um documento para se aprofundar a vocação dos Irmãos. O documento está pronto e foi elaborado com a colaboração direta dos Irmãos e aprovado pelo Papa. O documento é sobretudo uma distinção, digamos assim, não olhar mais a vocação do Irmão em relação ao sacerdócio, mas como vida consagrada, e olhar muito mais a vida de fraternidade e de consagração.

Existe ainda, ao menos no Brasil, um certo entrave na relação entre Vida Consagrada e o Clero Diocesano. Quais as suas expectativas para o futuro dessas relações?

Dom João - Sobre este tema, falamos para o Santo Padre que gostaríamos de partir da espiritualidade de comunhão e dos dois princípios ou dimensões coessenciais da Igreja: a hierárquica e a carismática. Não existe conflito entre estes dois princípios, porque o Espirito de Deus fala na hierarquia e fala no Carisma. Ele (o Espírito) não se contradiz, quem se contradiz somos nós, às vezes por falta de equilíbrio e de maturidade, que herdamos também do passado. Esses dois mundos são feitos para se integrar, não estão submissos um ao outro, mas submissos ao Espírito. Isso porque um fundador/uma fundadora nunca pede licença ao bispo para começar um carisma. Sente de Deus o chamado, começa e a uma certa altura, querendo saber se aquilo é de Deus, confirma com a hierarquia. Se a hierarquia reconhece, ele/ela sabe que é de Deus e continua seu caminho. Esse equilíbrio é que precisa ser resolvido, e será só se partirmos dessa coessencialidade. Quando partilhamos isso com o Papa ele nos disse: “É isso que eu quero’. Creio que o documento favorecerá muito a integração correta, objetiva. Sempre haverá problemas, porque sempre do lado dos bispos e dos superiores há tradições, feridas, mas temos de ir sempre caminhando para o rumo certo.

Que mensagem o senhor deixa para a Vida Consagrada do Brasil?Dom João - Teremos momentos ricos na Igreja, desde o início do Ano da Vida Consagrada até o final. É bom

que façamos parte de toda essa programação, que participemos, entrando profundamente neste espírito. É importante pensarmos juntos na mesma direção, nesse grande amor à Igreja, porque somos nós, todos juntos, que vamos fazer a Igreja que Jesus quer. Deus abençoe vocês!

Fonte: CRB Nacional

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Nova diretoria da ADBM

A ADBM (Associação Dehoniana Brasil Meridional), de acordo com o que nos foi informado em E&L 68, “é a entidade que habilita e delimita as obras de assistência social e de educação da Congregação nas Províncias BRM e BSP, gerando direitos e deveres civis, garantias e responsabilidades”.

Na sua Assembleia Eletiva do dia 05/11/2014, a entidade elegeu nova diretoria assim composta:

Presidente - Carlos Alberto Rodrigues (BRM), Vice - Daniel Aparecido de Campos (BSP);Secretário - Cleber Sanches (BSP), 2º secretário: Hélio Feuser (BRM);Tesoureiro - Lotívio Finger (BSP), Vice: Luiz Carlos Berri (BSP);Conselho fiscal - Robson Rocha da Silva (BSP), André Marana (BSP),

Marcos Giarola (BSP); Suplentes: Elói Schons (BSP), Nilson Hellmann (BRM), Francisco Lawall

(BRM).

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Assembleia do Distrito BSL

Neste ano, nossa Assembleia aconteceu na casa de encontro e retiro Oásis, que pertence à Arquidiocese de São Luís. Era tudo que estávamos precisando! Oásis é um lugar para descansar e refazer nossas forças, não é simplesmente um lugar imaginário ou ilusório, mas sim um lugar existencial, isto é, um lugar

de experiências. Ao longo do ano precisamos encontrar alguns “oásis” para refazer nossas forças. Alguns destes: o nosso encontro de confraternização na Páscoa, o nosso retiro no meio do ano, os momentos fortes de convivência da vida fraterna em comunidade, etc.

Pois bem, para o Oásis fomos! Foi, sem dúvida, um momento forte para olharmos um pouco mais para nós mesmos e para nossa vida consagrada. Uma coisa é certa: nestes quase três dias que passamos juntos o que me tocou bastante, além do conteúdo e dos projetos aprovados, foi os momentos informais, isto é, os abraços e sorrisos (gargalhadas) no encontro com o irmão, os colóquios dois a dois pelos corredores, a convivência, etc.

O segundo dia da Assembleia foi mais para uma reflexão pessoal e comunitária sobre a Vida Religiosa Consagrada e a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco.

Por ocasião do Ano da Vida Consagrada (30 de novembro de 2014 a 2 de fevereiro 2016), o Papa convida a todos os religiosos(as) a seguir o Senhor de uma forma especial: “eles são homens e mulheres que podem acordar o mundo. A vida consagrada é uma profecia”. O objetivo deste ano, segundo ele, é “formar religiosos que tenham um coração terno e não ácidos como vinagre”. E o tema central é: Alegrai-vos! E para nos ajudar nessa reflexão convidamos uma religiosa da Congregação das Irmãs Franciscanas de São José: Ir. Arizan Silva, que nos levou a olhar com mais caridade e misericórdia o humano na fraternidade. Ela abordou temas do cotidiano, como por exemplo: o diálogo, o trato entre nós, a saúde, a ternura, etc.

Atendendo ao pedido do Santo Padre ao nosso Superior Geral (Da audiência do Papa Francisco com o padre José Ornelas, no dia 8 de setembro passado) em que ele recomendava: “E eu peço-te muito insistentemente que promovas o estudo da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium. Encontrar-vos-eis no centro da mudança necessária: Mudança de mente e de coração!”. Quero transmitir-vos esta recomendação, esperando que a corrente de ar fresco presente na Exortação possa contribuir para renovar a nossa vida e missão com alegria, generosidade e esperança. Portanto, no período da tarde, tivemos um aprofundamento desta Exortação com o Pe. Cláudio Roberto, da Arquidiocese de São Luís, e doutor em Teologia e professor do IESMA. A apresentação foi profunda e enriquecida com outros pensamentos do Santo Padre.

O terceiro e quarto dia tivemos vários assuntos relevantes como: a vida econômica do Distrito, vários informes sobre a vida do Distrito e a elaboração de ações concretas para o ano de 2015. Foram aprovados, para o ano da Comunidade Dehoniana, dois momentos fortes da nossa comunidade Distrital. O primeiro acontecerá no terceiro encontro do Distrito (1 a 4 de setembro em Marabá). O tema será a vida fraterna em comunidade, teremos um assessor de fora para nos ajudar a nos conhecer mais e melhor. O segundo acontecerá por ocasião do primeiro encontro do Distrito, em março de 2016, com uma peregrinação aos santuários do nordeste, encerrando assim o ano da comunidade dehoniana aqui no Distrito.

Celebramos, com o Pe. Eugênio Venzon, os seus 25 anos de ministério presbiteral. Foi um momento simples e de grande espiritualidade. Ele nos motivou a permanecer unidos em Cristo para produzirmos frutos em nossas comunidades. Parabéns ao Pe. Eugênio pelo seu sim e testemunho.

Encerramos a nossa Assembleia com muita alegria e esperança. De fato, o Oásis, foi um momento especial de revitalização da nossa vida consagrada e comunitária. Que Deus abençoe a todos!

Pe. Ronilton Souza de Araujo, SCJ.

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Pastoral de P. Rudy no Hospital Dante Pazzanese

A pedido do nosso provincial, Pe. Mariano, faço aqui um sucinto relato de meus trabalhos na Capelania do Instituto Dante Pazzanese

de Cardiologia (IDPC), mais conhecido como Hospital Dante Pazzanese.

O que me levou a me dedicar ao serviço de Capelania de Hospital foi à experiência e observação do que significa para as pessoas que estão internadas no Hospital, ter apoio religioso ou não ter, o que isto também significa para a família. É constante ouvir-se o testemunho deles, que o fato de receberem, nesta ocasião, um apoio religioso mudou sua Vida Cristã.

Além disso, no exemplo de Cristo vemos sua atenção especial aos doentes. E como Ele declara que considera feito a si o que fazemos aos doentes; considero que isto também uma das maneiras de prestar reparação ao Coração de Jesus na pessoa dos doentes.

No meu trabalho no Hospital Dante Pazzanese além das visitas feitas (por mim) diretamente aos doentes internados não apenas em caso de ser chamado, mais também pelo apoio e conforto aos familiares, que sempre testemunham como isto é importante para eles. Dou incentivo e orientação aos cerca de 35 pessoas da Pastoral da Saúde, que visitam todos os doentes nos dias de missa a saber: 3ª e sábado as 14:15hs, 16hs e 5ª as 10:30hs, sempre em locais para os doentes poderem participar. As pessoas da Pastoral visitam todos os doentes naquele ambiente, motivam para a missa, levam a comunhão aos que desejam e não podem ir à missa, e os que desejam benção, confissão, ou unção dos enfermos encaminham para mim.

Outra tarefa muito importante são os contatos com os profissionais da saúde e outros funcionários, para sua renovação e incentivo humanitário e espiritual, assim eles também têm sempre renovada a sua disposição em atender melhor os doentes. A grande maioria dos médicos, as pessoas da enfermagem e outras mais, sempre manifestam que minha presença, as palavras de incentivo, as orações e bênçãos são muito importantes para eles.

Um setor muito importante do IDPC é a residência médica, e o curso de aprimoramento em cardiologia para enfermagem, psicologia, fisioterapia, reabilitação; Só médicos residentes neste ano são 235. É muito importante que eles sintam a importância da espiritualidade para os enfermos e para a vida humana em geral. O que procuro testemunhar, juntamente com as pessoas da Pastoral da Saúde, e assim eles levem estes conceitos aos hospitais onde irão trabalhar.

O Hospital Dante Pazzanese tem atualmente mais de 400 leitos, número que vai crescer muito quando terminarem as atuais reformas. A maioria deles internam para fazer cirurgia do coração.

Também tive a oportunidade nestes anos de ajudar mais de 12 colegas da nossa Congregação para serem atendidos; desde Pe. Roque Schmitt, Pe. Toninho Moreti, Pe. Afonsinho, Pe. João Miguel, Dom Roque, Pe. Eligio, entre outros; mais recentemente Dom Murilo. E outras pessoas leigas ligadas a Congregação; isto, além de meus trabalhos no Santuário São Judas Tadeu.

Para atender tudo isto, passo todos as semanas perto de 20 horas no hospital, sem contar os chamados de emergência.

Pe. Rudy Antonio Mildner, scj.

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P. Zezinho: teologia e devoção feitas poesia e canção

Meu bom JoséOlha o que foi meu bom JoséSe apaixonar pela donzelaDentre todas a mais bela

De toda sua GaliléiaCasar com Deborah ou com Sarah

Meu bom José você podiaE nada disso acontecia

Mas você foi amar MariaVocê podia simplesmente

Ser carpinteiro e trabalharSem nunca ter que se exilarDe se esconder com MariaMeu bom José você podia

Ter muitos filhos com MariaE teu ofício ensinar

Como teu pai sempre faziaPorque será, meu bom José

Que esse teu pobre filho um diaAndou com estranhas ideiasQue fizeram chorar Maria

Me lembro às vezes de vocêmeu bom José, meu pobre amigo

Que desta vida só queriaSer feliz com sua Maria.

http://letras.mus.br/padre-zezinho/1115209/

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Saberes e Sabores sobre o mais importante

Pedras no vaso

Numa aula de filosofia, o professor queria demonstrar um conceito aos seus alunos. Para tanto, ele pegou um

vaso de boca larga e dentro colocou, primeiramente, algumas pedras grandes. Então perguntou à classe: - Está cheio? Pelo que viam, o vaso estava repleto; então os alunos, unanimemente, responderam: - Sim!

O professor então pegou um balde de pedregulhos e virou dentro do vaso. Os pequenos pedregulhos se alojaram nos espaços entre as pedras grandes. Então ele perguntou aos alunos: - E agora, está cheio?

Desta vez, alguns estavam hesitantes, mas a maioria respondeu: - Sim!

Continuando, o professor levantou uma lata de areia e começou a derramar a areia dentro do vaso. A areia preencheu os espaços entre as pedras e os pedregulhos. E, pela terceira vez, o professor perguntou: - Então, está cheio?

Agora, a maioria dos alunos estava receosa, mas novamente muitos responderam: - Sim! Finalmente, o professor pegou um jarro com água e despejou o líquido dentro do vaso. A água encharcou e saturou a areia. Neste ponto, o professor perguntou para a classe: - Qual o objetivo desta demonstração?

Um jovem e “brilhante” aluno levantou a mão e respondeu: - Não importa o quanto a “agenda” da vida de alguém esteja cheia, ele sempre conseguirá “espremer” dentro mais coisas!

- Não exatamente, respondeu o professor. O ponto é o seguinte: a menos que você, em primeiro lugar, coloque as pedras grandes dentro do vaso, nunca mais conseguirá colocá-las lá dentro. Vamos, experimente, disse o professor ao aluno, entregando-lhe outro vaso igual ao primeiro, com a mesma quantidade de pedras grandes, pedregulhos, areia e água. O aluno começou a experiência, colocando a água, depois a areia, depois os pedregulhos e, por último, tentou colocar as pedras grandes. Verificou, surpreso, que elas não couberam no vaso. Ele já estava repleto com as coisas menores. Então, o professor explicou para o rapaz:

- As pedras grandes são as coisas realmente importantes de sua vida: seu crescimento pessoal e espiritual. Quando você dá prioridade a isso e mantém-se aberto para o novo, as demais coisas se ajustarão por si só: seus relacionamentos, suas obrigações, profissão, seus bens e direitos materiais e todas as demais coisas menores que completam a vida. Mas, se você preencher sua vida somente com as coisas pequenas, então aquelas que são realmente importantes nunca terão espaço em sua vida.

Recomece. É uma boa sugestão. Esvazie seus vasos (mental, emocional) e comece a preenchê-los com as pedras grandes. Ainda há tempo. Ainda é tempo. Sempre é tempo.

(http://pensador.uol.com.br/frase/NTY3NTUw/).