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1 Ano XVI - Nº 55 - Outubro, Novembro e Dezembro / 2013 - Rua Piauí, 220, 5º andar - Santa Efigênia - BH/MG CEP: 30150-320 NA WEB Empresas usam as redes sociais para se aproximarem do consumidor e divulgar os benefícios dos lácteos pág. 11 Indústrias de laticínios esperam crescer 4% em 2013 pág. 13 Mapa autoriza indústrias mineiras do semi-árido a reconstituírem o leite UHT a partir do uso do leite em pó págs. 08 a 10 PARA DRIBLAR A SECA ASSEMBLEIA GERAL DO SILEMG Impresso Fechado Pode ser aberto pela ECT

Para driblar a seca - Silemgsilemg.com.br/wp-content/uploads/2015/01/silemg_edicao_55.pdf · Ano XVI - Nº 55 - Outubro, Novembro e Dezembro / 2013 - Rua Piauí, 220, 5º andar -

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Indústrias de laticínios esperam crescer 4% em 2013pág. 13

Mapa autoriza indústrias mineiras do semi-árido a reconstituírem o leite UHT a partir do uso do leite em pó págs. 08 a 10

Para driblar a seca

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Impresso FechadoPode ser aberto pela ECT

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Os 168 municípios mineiros beneficiados pela recente normativa do Ministério da Agri-cultura (Mapa), que autoriza a reconstituição do leite UHT e pasteurizado, a partir do leite em pó, estão localizados no Norte do Estado e nos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha. Essas regiões são atendidas pelo Programa Um Leite pela Vida, que beneficia mais de 150 mil famílias carentes, mas que nos últimos meses sofreram uma redução de pelo menos 50% do volume de leite doado. A possibilidade no atendimento pleno aos benefici-ários justifica a medida adotada pelo Mapa.

Para o setor industrial mineiro, essa autori-zação possibilita às indústrias locais tratamento idêntico ao concedido aos laticínios dos estados do Nordeste, que têm as mesmas condições climáti-cas, índices pluviométricos e que já estavam autori-zados ao procedimento, desde abril deste ano.

Sem tirar o mérito da normativa adotada, algumas reflexões me vêm à cabeça: “que medi-das estão sendo efetivamente tomadas para pre-servar o pequeno produtor?”, “não corremos o risco de haver reidratação de leite em pó impor-tado e, desta forma, acabar de vez com a produ-ção de leite na região?”. Para a indústria mineira, se houver viabilidade econômica, a reidratação do leite é uma oportunidade de reduzir a capa-cidade ociosa das fábricas e de manter os em-pregos gerados.

O processo de reidratação consiste, basica-mente, em adicionar ao leite em pó o volume de água que dele foi retirado no processo de secagem. O valor nutricional e sua composição

original ficam preservados. O volume de leite a ser reidratado foi limitado pelo Mapa a 35% da capacidade de produção dos laticínios, o que visa proteger o produtor rural e evitar abusos na adoção dessa prática pelas indústrias. Além disso, a possibilidade da reidratação pode ser-vir como um teste importante. Se a experiência for positiva, poderemos estender a autorização a todo o território nacional e, assim, equilibrar-mos o excesso de oferta na safra com a menor produção na entressafra.

Na reconstituição do leite, a indústria deve-rá adotar os procedimentos de rotina quanto à higiene, limpeza, controles laboratoriais, micro-biológicos e físico-químicos. Atendendo a legisla-ção em vigor e em nome da transparência, ao co-mercializar o leite reconstituído o laticínio deverá informar ao consumidor, por meio da rotulagem, que ele está adquirindo um leite que sofreu o processo de reconstituição. O importante é que todos possam ser beneficiados com as mudan-ças e contabilizem resultados satisfatórios.

Boa leitura!Guilherme OlintoPresidente do Silemg

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ANO XVI / Número 55 / Outubro, Novembro e Dezembro de 2013SILEMG / Endereço: Rua Piauí, 220 / 5º andar / Santa EfigêniaCEP: 30150-320 / BH/MG / Tel: (31) 3223-1421www.silemg.com.br / [email protected]: BimestralImpressão: Gráfica Del Rey / Tiragem: 3.500

DIRETORIA EXECUTIVAGuilherme Olinto Abreu Lima Resende - CoaperiodocePresidentePaulo Bartholdy Gribel - Laticínios São Vicente de Minas LtdaVice-presidenteJoão Lúcio Barreto Carneiro - Laticínios Porto Alegre LtdaDiretor AdministrativoGuilherme Silva Costa Abrantes - Laticínios Dona Formosa LtdaDiretor FinanceiroAlessandro José Rios de Carvalho - Laticínios Verde Campo LtdaDiretor Tecnológico

DIRETORIA ADJUNTAAntônio Fernandes de Carvalho - Laticínios Union LtdaArmindo José Soares Neto - Coop. Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais/ItambéBernardo Bahia - Laticínios MB LtdaCarlos da Silveira Dumont - Coop. dos Produtores Rurais do Serro LtdaCarlos Eduardo Abu Kamel - Coop. dos Produtores Rurais de Itambacuri LtdaCarlos Henrique Pereira - Forno de Minas Alimentos S/ACarlos Roberto Soares - Dairy Partners Americas Manufacturing/DPA NestléCícero de Alencar Hegg - Laticínios Tirolez LtdaClaudinei Ribeiro Chaves - Laticínios Bom Gosto LtdaEstevão Andrade - Laticínios PJ LtdaGiovanni Diniz Teixeira - Coop. Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais/ItambéGuglielmo Agostini da Matta - Godiva Alimentos LtdaHumberto Esteves Marques - Barbosa & Marques S/AIvan Teixeira Cotta Filho - Cottalac Indústria e Comércio LtdaJaime Antônio de Souza - Laticínios Bela Vista LtdaJoão Bosco Ferreira - Coop. Central Mineira de Laticínios Ltda/CemilJosé Antônio Bernardes - Embaré Indústrias Alimentícias S/AJosé Márcio Fernandes Silveira - CristaulatJosé Samuel de Souza - Coop. Agropecuária de Raul Soares LtdaJuarez Quintão Hosken - Laticínios Marília S/ALéo Luiz Cerchi – Scalon & Cerchi LtdaLúcia Alvarenga - Laticínios Lulitati LtdaMarcelino Cristino de Rezende - Nogueira e Rezende Indústria de Laticínios LtdaMarcos Alexandre Macedo Narciso - Laticínios Vida Comércio e Indústria LtdaMarcos Sílvio Gonçalves - Indústria de Laticínios Bandeirantes LtdaMaurício Chucre de Castro Silva- Puroleite Industrial LtdaOlavo Imbelloni Hosken - Laticínios Marília S/ARicardo Cotta Ferreira - Coop. Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais/ItambéRodrigo de Oliveira Pires - Brasil Foods S/AValéria Cristina Athouguia Dias - Indústrias Flórida LtdaVicente Roberto de Carvalho - Vicente Roberto de Carvalho e Cia. LtdaWelson Souto Oliveira - Coop. de Laticínios Vale do Mucuri LtdaWellington Silveira de Oliveira Braga - Laticínios Bela Vista LtdaWilson Teixeira de Andrade Leite - Laticínios Vitória Ltda

CONSELHO FISCAL EFETIVOJosé Nilton Gomes Barbosa - Coop. dos Produtores de Leite de Leopoldina de Resp. LtdaLuiz Fernando Esteves Martins - Barbosa & Marques S/ARoberto de Souza Baeta - Cayuaba Agroindustrial LtdaCONSELHO FISCAL SUPLENTEAna Paula Reis Lopes - Laticínios Nutrileite Ind. e Com. LtdaElias Silveira Godinho - Laticínio Sevilha LtdaRamiz Ribeiro Junqueira - Laticínios Curral de Minas LtdaDELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES/FIEMG - EFETIVOSGuilherme Olinto Abreu Lima Resende - CoaperiodoceFrancisco Rezende Alvarenga - Alvarenga & Cia. LtdaDELEGADOS JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES/FIEMG - SUPLENTESLuiz Fernando Esteves Martins - Barbosa & Marques S/AValéria Cristina Athouguia Dias - Indústrias Flórida Ltda

Jornalista responsável: Flávia Rios (06013 JP)Projeto Editorial: Rede Comunicação de ResultadoEdição: Jeane Mesquita e Licia LinharesRedação: Hellem Malta, João Luís Chagas, Juliana Soares e Viviane MirandaFotos: Ana Paula Couto, Diego Vara/Agência RBS, Laticínios Porto Alegre/Divulgação, Laticínios Yoguedes/Divulgação, Leandro Bifano, Mapa/Divulgação e Tetra Pak/Divulgação Capa: ShutterstockProjeto Gráfico, Diagramação e Ilustrações: Obah Design

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Os laticínios de pequeno e médio porte contam agora com mais uma novidade lançada pela Tetra Pak. O soro de leite, hoje alçado à condição de coproduto da indústria leiteira, dispõe de tecnologias que facili-tam a sua comercialização. Isso é possível por meio do novo sistema de filtração customizado, chamado de Tetra Alcross RO® Lite.

A tecnologia surge como uma alternativa aos equipamentos até então disponíveis no mercado e faz a filtragem por osmose reversa contínua para remover o excesso de água do soro de leite, aumentando a sua concentração e mantendo suas propriedades.

O Tetra Alcross RO® Lite custa cerca de 30% menos que seus similares, é de fácil instalação e está disponibilizado em cinco tamanhos. Além de aumentar o ganho dos laticínios, sua utilização reduz, significativamente, o custo de transporte do soro de leite.

Criado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to (Seapa) e executado pela Emater-MG, o Programa Minas Leite busca aumentar a produtividade e melhorar a qualidade do leite, por meio de técnicas simples e de baixo custo. Em 2013, a iniciati-va atendeu cerca de 1.300 propriedades de agricultura familiar do

Giro No mercado

Nova foNte de reNda

ateNdimeNto em maior Número

Estado, um resultado 12,4% maior que o registrado no primeiro semestre do ano. O aumento no número de atendimentos foi possível devido às parcerias com instituições privadas – cooperativas, sindica-tos, associações – que fortaleceram o trabalho desenvolvido com os produtores de pequeno porte.

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No Campo das Vertentes, 18 laticínios, entre eles Vitória, Madre de Deus, D´Annita, Puroleite, Cooperbom, Verde Campo, Cru-ziliense, Caarg, Polenghi, Nosso, Nazareno e São Vicente de Minas, participaram do curso de 16 horas, ocorrido nos meses de outubro e novembro de 2013.

O objetivo do “Leite Legal” é qualificar 15 mil produtores em Minas Gerais, sendo que o Laticínios Porto Alegre, de Ponte Nova, na Zona da Mata, espera formar mais de 300 pes-soas até o final de 2014. “Estamos satisfeitos com a mobilização. É fundamental que haja um consenso sobre a necessidade do traba-lho conjunto para a melhoria da qualidade do leite”, ressalta Bernard Woodcock, CEO da QCONZ América Latina, empresa contratada para ministrar os treinamentos dos produto-res mineiros.

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A 18ª edição do Troféu Ponto Extra re-conheceu o presidente da Vigor Alimentos, Gilberto Xandó, como o Executivo do Ano. A premiação, realizada no dia 10 de outubro, no Centro de Convenções de São Paulo, é conside-rada uma das mais importantes do setor nacio-nal de supermercados.

O bom trabalho do executivo à frente da di-reção da empresa e sua efetiva atuação no proces-so de reposicionamento da categoria de iogurtes no país motivaram a homenagem da diretoria da Associação Paulista de Supermercados (APAS), responsável pelo prêmio. “Com o lançamento e o sucesso do iogurte grego no Brasil, a Vigor está reposicionando essa categoria e auxiliando no desenvolvimento do setor”, ressaltou João Galassi, presidente da Apas.

A Vigor faz parte do grupo JBS que, recen-temente, associou-se à CCPR/Itambé, forman-do a Itambé Alimentos S.A.

O programa de treinamento em qualida-de do leite “Leite Legal” teve expressiva adesão dos produtores na região do Campo das Ver-tentes. Proposta pelo sistema CNA/SENAR em parceria com o Sebrae, a iniciativa visa à capacitação de pequenos e médios produto-

executivo do aNo

leite de qualidade

No Laticínios Porto Alegre, a expectativa é capacitar mais de 300 pessoas no programa “Leite Legal” até o final de 2014

O presidente da Vigor, Gilberto Xandó (o terceiro, à esq.) é premiado como o Executivo do Ano

res, com foco na melhoria do leite captado e no atendimento aos padrões exigidos pela Ins-trução Normativa nº 62, que prevê, até 2016, Contagem Bacteriana Total (CBT) menor que 100.000/ml e Contagem de Células Somáticas (CCS) menor que 400.000/ml.

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de olHo

Mais de 3.000 pessoas que almoçam na Unidade I do Res-taurante Popular de Belo Horizonte puderam desfrutar, em 18 de outubro, de um cardápio especialmente preparado com produtos lácteos eficientes na prevenção à osteoporose. O motivo foi ante-cipar a comemoração do Dia Mundial de Combate à Osteoporose, celebrado em 20 de outubro.

A data, instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS), busca alertar sobre os riscos da doença que atinge 1,6 milhão de in-divíduos por ano em todo o mundo. Para reforçar esse cuidado, o Si-lemg, em parceria com a Tetra Pak e a Gerência de Coordenação dos Programas de Alimentação de Belo Horizonte, convidou o renomado chef Felipe Rameh, do restaurante Trindade – A cozinha do Brasil, para preparar o menu comemorativo junto à equipe de nutrição do Restau-rante Popular. Dentre outros pratos, foram servidos frango ao molho branco, legumes sauté na manteiga de limão com castanha e queijo e arroz doce com doce de leite.

Hábitos saudáveisAlém do cardápio com um toque gourmet, as pessoas presentes

receberam informações sobre como evitar a osteoporose. De acor-do com o médico ortopedista e integrante da clínica de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Belo Horizonte, Sérgio Nogueira Drumond Júnior, é importante se conscientizar a respeito dos riscos. “A doença pode ser evitada por meio de hábitos saudáveis, como o consumo de alimentos adequados”.

O leite e seus derivados são as principais fontes de cálcio, mineral responsável pela construção e manutenção dos ossos. Na infância e na adolescência, esse componente é importante para o fortalecimento dos ossos, enquanto adultos e idosos necessitam dele para manter e repa-rar a massa óssea, controlando a degradação acelerada. No caso de a doença ser manifestada, é vital acompanhar com especialista e evitar riscos de quedas que causem fraturas. “Pacientes com histórico familiar de fraturas por traumas leves de fêmur, punho, ombro ou coluna devem procurar assistência médica precocemente”, acrescenta Sérgio.

Silemg promove almoço especial no Restaurante Popular para alertar contra os perigos da osteoporose

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cuidados preventivos

A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição gra-dual da massa óssea, tornando os ossos mais porosos e fragilizados e aumentando o risco de traumas. O processo de desgaste começa por volta dos 35 anos e afeta, principalmente, as mulheres. A doença não apresenta sintomas até que ocorra uma fratura, por isso, é conhecida como doença silenciosa. Confira algumas dicas para prevenção:

√ Ingira alimentos ricos em cálcio, como leite, queijos, manteigas e io-gurtes nas quantidades ideais para cada fase da vida:• Crianças: 800 mg/dia (2 copos de leite integral e 1 pote de iogurte

de frutas).• Adolescentes e adultos jovens: 1.200mg/dia (2 copos de leite inte-

gral e 1 fatia (100 g) de queijo minas fresco).• Adultos e idosos: 1.000 mg/dia (1 copo de leite integral, 1 pote de

iogurte natural e 100 g de coalhada).• Mulheres grávidas ou amamentando: 1.200 a 1.500 mg/dia (2 copos

de leite integral, 1 fatia (100 g) de queijo minas fresco e 1 pote de iogurte de frutas).

√ Tome sol. Os raios ultravioletas estimulam a produção de vitamina D, que absorve o cálcio de maneira eficiente.

√ Pratique regularmente exercícios físicos.

O frango ao molho branco, preparado pelo chef Felipe Rameh, foi um dos pratos servidos durante o almoço

Mais de 3.000 pessoas almoçaram na Unidade I do Restaurante Popular, na capital mineira, durante o evento do Silemg

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eNtrevista

Procura dos brasileiros por lácteos cresceu 3% ao ano na última década. Hoje, o consumo anual de leite per capita no país é de 180 litros

Na mesa do coNsumidor

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O aumento da renda das famílias tem favorecido o consumo de lei-te no país. A demanda por produtos lácteos cresceu a uma taxa anual de 3% nos últimos dez anos. Hoje, cada brasileiro consome, em média, 180 litros de leite por ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entretanto, o consumo per capita desse produto ainda é inferior aos 210 litros anuais mínimos recomendados pelo Ministério da Saúde para atender às necessidades nutricionais da população. Existe um déficit de consumo de pelo menos 30 litros por habitante.

Se multiplicarmos este volume por 200 milhões de pessoas – população aproximada do Brasil –, haverá um déficit de produção interna da ordem de 6 bilhões de litros/ano. Atualmente, os seis maiores estados produtores de leite são Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, que juntos produzem 24,8 bilhões de litros de leite, sendo que os paulistas são os que mais consomem leite no país.

Este é um cenário positivo a ser vislumbrado pelo setor lácteo que, desde a crise de 2008, vem buscando se reestruturar. Para falar sobre o as-sunto, o Silemg Notícias convidou o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil), Jorge Rubez. Confira o bate-papo.

Na última década, a demanda por produtos lácteos no Brasil cresceu 3% ao ano. O que provocou esse aumento do consumo de leite no país?

A renda per capita do brasileiro melhorou muito de um modo geral. Tendo dinheiro no bolso, ele gosta de consumir lácteos e dá preferência por esses produtos. Há dez anos, o consumo anual de lei-te no país era de 90 litros per capita. Hoje, cada brasileiro consume 180 litros de leite por ano, segundo dados do IBGE. O consumo do-brou, mas o que falta para aumentar ainda mais esse número é fazer-mos investimentos em propaganda como outros setores da indústria de alimentos.

Existe uma grande demanda por produtos lácteos de maior valor agregado como os iogurtes funcionais e os queijos sem lac-tose. Por que essa procura é favorável para o setor?

Essa variedade de produtos colabora para aumentar o consu-mo. Percebo que algumas empresas começaram a investir em iogur-tes diferenciados e com valor agregado, como o iogurte grego. Isso é bom, afinal, quanto mais variedade de lácteos tiver no mercado,

O presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, acredita que investir em propagandas é a saída para reduzir o déficit do consumo de leite no Brasil

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melhor. Os 180 litros de leite per capita consumidos anualmente são resultado desses produtos, que não são leite in natura. No en-tanto, em relação a outros países, ainda temos de investir nesse segmento. Os Estados Unidos, por exemplo, têm muitos produtos lácteos diferenciados.

Existe um déficit de consumo de pelo menos 30 litros/ano por habitante, conforme recomenda o Ministério da Saúde (210 litros por pessoa). O que as indústrias e os produtores podem fazer para reverter esse quadro?

No passado fizemos arrecadação conjunta entre indústrias e produtores para divulgar os benefícios do leite. O caminho para au-mentar o consumo do leite e derivados é usar médicos e nutricionis-tas renomados para falar sobre os benefícios do produto. Mas isso é gradual. Da maneira como o consumo está crescendo no país, acredi-to que em dois anos chegaremos lá.

Quais são os benefícios do crescimento do consumo de leite para os laticínios?

Todo mundo ganha: o produtor, as cooperativas, as indústrias e, principalmente, o consumidor. O setor lácteo é um dos que mais emprega no Brasil. Em cada segmento da cadeia, tem uma infinida-de de mão de obra para produzir, industrializar, vender no varejo e até para entregar em casa. Mas o maior benefício desse crescimento é que conseguimos alimentar todas as escalas de idade, desde a in-fância até a velhice.

Qual é a tendência para os próximos anos? O consumo interno de leite é a salvação para o produtor. Te-

mos de preservá-lo, produzindo um alimento de qualidade, com preço justo, e bons produtos para que, cada vez mais, a demanda por lácteos seja maior. Ainda temos espaço no mercado para man-ter esse crescimento.

Acredito que o Brasil tem possibilidade de aumentar a sua produ-ção leiteira. Isso só não acontece porque a nossa produção acompanha

o consumo. Não temos condições de exportar muito, não por falta de competência, mas por falta de subsídios. Os Estados Unidos, a União Europeia e a Nova Zelândia pagam para o produtor um subsídio para eles terem leite suficiente no mercado interno e condições de expor-tar. Aqui não temos subsídio do governo e o custo é altíssimo. Além disso, o valor do leite já é alto porque usamos commodities (composto de farelo de soja, de algodão, de milho, de trigo e poupa cítrica) caras na alimentação dos animais, que têm os preços norteados pelo mer-cado externo.

Hoje, produzimos 33 bilhões de litros de leite por ano. Se a pro-dução fosse de 40 bilhões de litros/ano, iria sobrar produto e não con-seguiríamos exportá-lo. E quando sobra leite no merca-do, a tendência é baixar o preço e o produtor deixa de trabalhar porque a indústria não tem condi-ções de pagar o que eles querem. É a lei da oferta e da procura. Por isso, temos de andar no fio da navalha.

Esse crescimento pode ser impactado pela carga tributária?

Cada estado brasileiro tem uma le-gislação tributária. Os tributos que oneram a cadeia do leite são pou-cos em relação ao custo Brasil. O produtor e as indústrias pagam uma fatia de imposto, mas ela é pequena se comparada ao gasto que se tem com a logística do lei-te. O que mais onera a atividade leiteira é o transporte diário. Nossas estradas pavimentadas e vicinais são ruins, algumas in-transitáveis, e o resultado disso é caminhão quebrado e um alto custo com manutenção.

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Devido à forte estiagem no Norte mineiro, Governo Federal autoriza reconstituição do leite a partir do leite em pó, garantindo o abastecimento da região

alta Produtividade até Na seca

De acordo com a Defesa Civil de Minas Gerais, 2013 foi o ano com o maior número de municípios que decretaram situação de emergência pela estiagem, desde 2004. A região Norte do Estado, em especial, sofre diversos problemas devido às altas temperaturas e ao tempo seco, o que impacta o abastecimento e afeta a econo-mia local. Os efeitos da seca, inclusive, são sentidos também na oferta de leite.

Dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) revelam que a falta de chuvas para a safra 2011/12 afetou a produção de leite em mais de 60%, causando um prejuízo de R$ 48 milhões em seis meses. Além disso, os regis-tros dos últimos dois anos apontam o abate de 110 mil cabeças de bovinos e a evasão de mais de 500 mil animais vendidos a outros produtores. Os prejuízos advindos das últimas duas secas somam aproximadamente R$ 500 milhões.

“É comum a produção leiteira diminuir entre o período de chuvas e a época de seca. O problema é que não choveu nos meses de dezembro de 2012 a março deste ano. Com isso, a escassez no ano todo comprometeu a tal ponto de a fabricação cair em quase 60%, impactando a geração de renda das famílias, o abastecimen-to local e o faturamento dos negócios”, explica Marcos Alexandre Narciso, diretor do Laticínios Vida, de Montes Claros. Ele conta que, para conseguir resistir aos efeitos negativos da estiagem, pre-cisou reduzir custos e vender animais. “Geralmente, conseguimos driblar a seca produzindo mais no tempo chuvoso e armazenando ou vendendo essa produção para não passar aperto, mas este ano o estrago foi maior. Sofremos como nunca e só vamos conseguir recuperar o gado e a produção em alguns anos”, acrescenta.

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solução bem-vindaA cena vivida por Marcos se repetiu em cerca de 168 municí-

pios do Norte mineiro. Mas, desde outubro deste ano, os empresá-rios e produtores da região passaram a contar com uma solução. A permissão para a produção temporária de leite UHT (longa vida) e pasteurizado a partir da reconstituição do leite em pó foi amplia-da para toda a área de atuação da Superintendência de Desenvol-vimento do Nordeste (Sudene), que abrange parte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já compreendia as cidades do Nordeste brasileiro, também atingidos pela escassez de água.

“A autorização especial de três anos para reconstituir o leite em pó evitará o risco de desabastecimento à população e possibi-litará aos laticínios a manutenção de sua produção”, vislumbra o superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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de Minas Gerais, Marcílio Magalhães. Os resultados previstos são satisfatórios. “Primeiramente, esperamos aumentar em até 30% a oferta de leite no Norte mineiro, regularizando a sua distribuição, principalmente, para a alimentação humana por meio dos projetos federais, dos programas de alimentação escolar e de aquisição de alimentos para distribuição a famílias de baixa renda”, completa.

Para Ralph Damione, diretor do Laticínios Yoguedes, de Caraí, a determinação veio em boa hora. “A medida aprovada pelo Mapa permitirá que o laticínio consiga atender a demanda do mercado do leite pasteurizado tipo C. Para nós, é frustrante ter de suspen-der o abastecimento de um produto essencial, além de interromper a linha de produção, provocando o desemprego e abrindo brecha para os concorrentes”, esclarece. O diretor destaca, ainda, que a medida vai equilibrar os preços do produto no setor. “Outro bene-fício será o fato de conseguirmos a estabilização do preço do leite, o que é positivo para a indústria, os produtores e os consumidores.”

implantação Para que a medida seja implantada com sucesso, o Mapa definiu

algumas normas a serem seguidas pelas empresas. A produção de lei-te UHT e pasteurizado reconstituídos não poderá ultrapassar 35% da produção total de cada laticínio. A inspeção será feita pelo Mapa por meio de um fiscal que percorrerá as fábricas para analisar os registros da entrada de matéria-prima e dos produtos fabricados pela empre-sa. Segundo Marcílio, não há nenhuma complexidade na implanta-ção da determinação. “De forma geral, os laticínios da região fiscali-zados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) já estão preparados para fazer a reconstituição do leite em pó e possuem treinamento e mão de obra qualificada. Várias dessas empresas já fazem esse processo na elaboração de derivados do leite, como autoriza o Ministério”, diz.

Normas Para começar a fabricação, o laticínio deverá realizar o regis-

tro do novo produto, descrevendo, detalhadamente, o processo de produção do leite reconstituído e o controle de qualidade a ser fei-to. O leite em pó deve originar-se de estabelecimento localizado em território nacional, registrado no SIF, ou de estabelecimento estran-geiro devidamente habilitado pelo Mapa a exportar para o Brasil.

A reconstituição do leite tem de ser feita a partir da mistura do leite em pó e água potável, admitindo, como ingredientes opcionais, creme de leite, manteiga extra ou de primeira qualidade sem sal ou gordura anidra de leite. Para a elaboração do leite, o laticínio deve dispor de dependência própria e específica para a reconstituição, como um depósito para o leite em pó a ser usado nos trabalhos diá-rios, e equipamentos em aço inoxidável. Entre eles, estão funil recep-tor do leite em pó, bomba sanitária para a circulação da mistura de leite em pó com água e tanque para circulação do composto.

As quantidades de leite em pó e de água devem ser calculadas em função do extrato seco desengordurado (ESD) exigido para o pro-duto final, utilizando-se normalmente as relações de 1:8 (1 parte de leite para 8 de água) para leite integral e 1:11 para o leite desnatado.

É necessário ainda transportar o leite sob temperatura máxima de 4ºC e levá-lo ao comércio por meio de veículos com carrrocerias providas de isolamento térmico e dotadas de unidade frigorífica para serem ex-postos nos pontos de venda com temperatura máxima de 7ºC. Além das informações obrigatórias no rótulo do leite, como as características e pro-cedência, deverá ser acrescentado o termo reconstituído em destaque.

Para Marcílio, o desafio com a implantação é a fiscalização. “Do ponto de vista do Mapa, temos de monitorar os percentuais autori-zados pela Portaria que libera o limite de reconstituição do leite em pó em até 35% da capacidade instalada dos laticínios”, finaliza.

Latic

ínio

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9Fábrica do Laticínios Yoguedes, em Caraí

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cidades mineiras que podem usufruir da medida

Datas

Diamantina

Juvenília

Montalvânia

Manga

Matias Cardoso

São João das Missões

Miravânia

ItacarambiGameleiras

Mamonas

Espinosa

Monte AzulMontezuma

NinheiraSão João do Paraíso

Vargem Grande do Rio PardoSanto Antônio do Retiro

Mato VerdeJaíbaJanuária

Cônego Marinho

Bonito de MinasChapada Gaúcha

Pedras de Maria da Cruz

IbiracatuVarzelândia

Lontra

JaponvarSão Francisco São João da PonteArinos

Verdelândia

JanaúbaNova Porteirinha

Riacho dos Machados

Porteirinha

Pai PedroRio Pardo de Minas

Indaiabira

Taiobeiras

Berizal

Curral de Dentro

Águas Vermelhas

Novorizonte

Fruta de Leite Santa Cruz de Salinas

Cachoeira de PajeúPedra Azul

Divisa AlegreDivisópolis

Mata Verde

BandeiraJordânia

Salto da DivisaPatisLuislândiaUrucuiaPintópolis

Riachinho

São Romão

Icaraí de Minas Brasília de MinasUbaí

Campo Azul

São João do Pacuí

Mirabela

Lassance

Serro

Campanário

Pescador

Frei GasparItambacuri

Teófilo OtoniFranciscópolis

MalacachetaPoté

LadainhaSetubinha

Nanuque

Carlos Chagas

Serra dos Aimorés

AtaléiaOuro Verde de Minas

Pavão

Crisólita

Novo Oriente de Minas

Catuji

Padre ParaísoÁguas Formosas

MachacalisBertópolis

Santa Helena de Minas

Umburatiba

Fronteira dos Vales

Palmópolis

Rio do PardoFelisburgo

Almenara

Jequitinhonha

JoaímaSanta Fé de Minas

Ibiaí

MedinaJacinto

Santa Maria do Salto

Rubim

Santo Antônio do Jacinto

Comercinho

Rubelita

Itaobim

Itinga

Salinas

Coronel Murta

Padre Carvalho

JosenópolisGrão Mogol

Francisco Sá

Capitão Enéas

CristáliaMontes ClarosCoração de Jesus

Várzea Da Palma

Pirapora

Formoso

Buritizeiro Jequitaí

Lagoa dos Patos

Claro dos Poções

Francisco Dumont

Bocaiúva

Engenheiro Navarro

Olhos D’água

Guaraciama Itacambira

Turmalina

VeredinhaCarbonita

Leme do Prado

Minas Novas

Chapada do NorteFrancisco Badaró

Juramento

GlaucilândiaBotumirim

José Gonçalves de Minas

Berilo

São João da Lagoa

Ponto Chique

Araçuaí

Virgem da Lapa

Jenipapo de Minas

Ponto dosVolantes

Monte Formoso

Caraí

Novo CruzeiroItaipé

CapelinhaItamarandiba

Aricanduva

Senador Modestino Gonçalves

Felício dos Santos

São Gonçalo do Rio Preto

Couto de Magalhães de Minas

Rio Vermelho

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PoNto de vista

*Por Renato Ponzio Scardoelli

O Brasil é um dos países mais populares nas redes sociais. Perde apenas para os Estados Unidos. Dos 901 milhões de usuários do Facebook no mundo, 67 milhões moram no Brasil, segundo levantamento feito em 2012 e publicado pela empresa norte-americana Socialbackers, que monitora o uso das redes sociais. No Twitter, dos 500 milhões de usuários, 30 milhões vestem a camisa verde-amarela. Dentro do espaço de 140 caracteres, os brasileiros discutem sobre novela, futebol, temas políticos e polêmicos. O universo do agronegócio do leite é bem menos popular nas redes, mas, aos poucos, vem ganhando adeptos. São fazendas, cooperativas, órgãos estatais e portais que perceberam o poder das mídias sociais e passaram a utilizar essas ferramentas para disseminar ideias e fazer negócios.

A Fazenda Agrindus S/A, em Descalvado (SP), considerada a segunda maior produtora de leite do Brasil em 2012, segundo o Top 100 2013 do portal MilkPoint, está na frente entre as propriedades que industrializam a própria marca (Letti). Mantêm contas no Twitter, Google +, Youtube e Facebook, onde possui mais de 20 mil fãs. Além de fazer o marketing de seus produtos, publica dicas de boa alimentação, benefícios do produto e derivados, curiosidades culinárias, links de reportagens sobre a marca e seus donos e programação de leilões da propriedade.

Dentre as cooperativas, a Castrolanda, com matriz em Castro (PR), que reúne alguns dos principais produtores de leite do país, merece destaque. Para disseminar as notícias da entidade e novidades do setor, possui um canal de vídeo (Castrolanda na TV) e páginas no Twitter e no Facebook, este último com mais de 9,3 mil seguidores. Também é destaque o espaço com as marcas comercializadas, que englobam desde sal mineral para o gado até

Conheça os poucos e bons exemplos de empresas que usam as redes sociais para se aproximar de seus consumidores e disseminar os benefícios do leite

Para curtir o leite

aperitivos tipo snacks de batata e derivados de leite. A página é atualizada três a quatro vezes ao dia.

A Sekita Agronegócios, grupo de São Gotardo (MG), que fornece para a Itambé e a DPA – joint venture entre Nestlé e Fonterra –, se difere das demais por manter ativas contas no Linkedin, rede de relacionamentos profissionais criada nos Estados Unidos em 2003 que alcançou a marca de 15 milhões de usuários no Brasil, e no Flickr, site de hospedagem e compartilhamento de imagens fotográficas, onde possui quase 500 imagens das atividades da fazenda.

segmentaçãoAs redes sociais segmentadas ganham espaço entre aqueles que

querem as funcionalidades de mídias sociais convencionais, mas em um ambiente mais restrito e com preferências semelhantes. Há dois anos, o projeto Núcleo para Valorização dos Produtos Lácteos na Alimentação Humana (Nuvlac) do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora, em parceria com a Embrapa e a Epamig, trouxe inovação para a discussão sobre o leite e seus derivados ao colocar no ar uma rede social voltada exclusivamente para o tema.

A rede (www.nuvlac.com.br) nasceu com o objetivo de organizar e divulgar informações, estudos científicos, benefícios e eventos ligados ao setor de lácteos, além de criar um ambiente de debate para o assunto. Em 2013, o Nuvlac lançou uma ferramenta para quem se interessa pelo leite UHT, a Wiki UHT. Nela, encontram-se conceitos atrelados à produção, ao processo e ao consumo do leite UHT. Outro destaque é a página no Facebook com quase 900 seguidores.

No grupo das empresas estatais, a referência é a Embrapa Gado de Leite que, desde 2011, mantém a Rede de Pesquisa e Inovação

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em Leite (Repileite) com 2.664 membros, entre pesquisadores da empresa e de outras instituições, produtores rurais, técnicos e estudantes ligados à pecuária leiteira. A instituição também possui uma página no Youtube, desde 2010, com mais de 138 mil visualizações.

Mas, a iniciativa de maior êxito na cadeia leiteira em relação à quantidade de público são as páginas do Twitter e Facebook e do portal MilkPoint (www.milkpoint.com.br), que contam com 2.747 e 88.821 seguidores, respectivamente. As páginas são alimentadas com as notícias publicadas no portal, mas com uma linguagem mais informal, com o uso de charges, enquetes rápidas e fotos. Além disso, há espaço para postagens dos artigos técnicos e matérias de destaque.

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* Jornalista e radialista. É assessor de comu-nicação da Sociedade Rural Brasileira (SRB)

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As indústrias lácteas de Minas Gerais devem registrar em 2013 um crescimento de 4% em relação ao ano passado. A afirmação é do presi-dente do Silemg, Guilherme Olinto, durante a Assembleia Geral do Si-lemg, realizada no dia 23 de outubro, em Belo Horizonte. O evento reu-niu cerca de 100 empresários e produtores de leite para discutir o atual momento do mercado e apontar as tendências para os próximos meses.

Segundo Olinto, 2013 foi um bom ano para o setor lácteo mi-neiro, em que a produção de leite anual fechará na casa dos 9,3 bilhões de litros, cerca de 600 milhões de litros a mais que em 2012. Esse aumento foi proporcionado pelo maior investimento dos pe-cuaristas nos rebanhos, o que reflete diretamente na produtividade e qualidade final do produto.

Durante o encontro, o preço do leite foi um dos principais assun-tos debatidos. Após um período de alta na remuneração ao produtor devido, principalmente, ao incremento no custo com a alimentação do rebanho, o valor pago pelo insumo caminha para a estabilidade com o início da safra. “Houve uma recuperação de preço ao longo do ano, que foi boa para produtor e indústria. A instabilidade no valor do alimento não prejudicou o consumo, que segue em níveis satisfa-tórios”, explica o presidente do Silemg, destacando que o momento é de alinhamento na cadeia produtiva, pois o crescimento do consumo e da produção permite que o mercado absorva bem a oferta, reduzin-do o volume de estoque no varejo e na indústria.

expansãoOs investimentos na expansão, modernização e instalação de

novas unidades no Estado têm sido mantidos pelas indústrias lácte-as. Entre as empresas que realizaram aportes no território mineiro, está o Laticínios Bela Vista, detentor da marca Piracanjuba, que co-meçou a construir uma fábrica em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e o Laticínios Verde Campo, de Lavras, no Campo das Vertentes, que investiu cerca de R$ 5 milhões na ampliação de seu mix de produtos sem lactose, LacFree.

valor da marcaDuas palestras sobre o desenvolvimento do negócio foram

apresentadas para o público da Assembleia. A diretora de marketing da Tetra Pak, Elisa Prado, apresentou um painel sobre A importân-cia da reputação em tempos de crise, mostrando aos empresários a melhor estratégia nesses momentos para resguardar seu bem mais precioso: a marca. Já a atleta e médica Karina Oliani, que integra o casting da Ecco, agência de consultores fundada pela família Schur-mann, ministrou a palestra Qual é o seu Everest? e fez uma analogia entre os desafios enfrentados em suas caminhadas com os do mun-do corporativo.

Indústrias de laticínios esperam crescer 4% este ano, e captação de leite no Estado deve ultrapassar a marca de 9 bilhões de litros

exPectativa em alta

Ana

Pau

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Diretoria do Silemg acompanha apresentação do balanço patrimonial durante a Assembleia Geral

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coNtaNdo HistÓriassaúde com sabor

Sim! O consumo de queijo pode ajudar na manutenção da saú-de da boca e dos dentes. De acordo com o estudo da Academy of General Dentistry, de Chicago, nos Estados Unidos, a ingestão de laticínios, em especial o queijo, tem efeito positivo na prevenção do aparecimento de cáries. Os dados revelaram que a mastigação e os compostos antiácidos do alimento provocam o aumento do pH devido à maior produção de saliva, o que influencia diretamente no risco de erosão dos dentes. “Ao mastigar o queijo, estimula-se o flu-xo salivar. A natureza alcalina da saliva obstrui os ácidos formados pela placa. Desta forma, mastigar queijo pode reduzir os níveis de bactérias cariogênicas e ajudar na saúde bucal”, revela a nutricionis-ta Licinia de Campos.

O alto teor em cálcio e fósforo é outro fator no mecanismo cariostático do queijo, impedindo a progressão de cáries. “A caseína e as proteínas do soro estão associadas à redução da desminerali-zação do esmalte, tecido responsável por conferir proteção, rigidez e brilho aos dentes. Estudos indicam que os fosfopeptídeos da ca-seína são responsáveis por parte da ação protetiva contra as cáries por meio da concentração de cálcio e fósforo na placa”, acrescenta Licinia. Além disso, o consumo de laticínios ajuda a neutralizar o açúcar ingerido por crianças, jovens e adultos.

Nas diversas formasPratos que têm o queijo como um dos ingredientes, como

macarrão ao molho de queijo, além de apetitosos, podem ser efi-cientes no aumento do cálcio na placa dentária dos consumidores. Segundo os pesquisadores da Newcastle University, esse mineral é importante por estimular o fortalecimento dos dentes, evitando o seu amolecimento, que é o primeiro estágio para o surgimento de cáries.

Esta prevenção é intensificada se o produto for usado no esta-do puro. Uma pequena fatia de queijo sem a interferência da tem-peratura aumenta a concentração de cálcio nos dentes em cerca de 112%, enquanto o queijo derretido usado no molho do macarrão favorece a proteção de 61%.

Porém, estas propriedades não são encontradas em todos os tipos de queijos disponíveis no mercado. Os maturados, a exemplo do cheddar, são mais efetivos na prevenção de cáries que os frescos. Além disso, pequenas quantidades de queijo já são necessárias para manter o sorriso sempre saudável. Uma porção de cerca de 15g é suficiente e evita o consumo elevado de gorduras.

Parceiro da saúde bucalO queijo contribui na proteção dos dentes?

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medida preventivaMas, para ter sempre um sorriso bonito e livre de doenças,

também é preciso manter a escovação adequada, sempre após o consumo de alimentos. Escovar os dentes quando a boca está em estado ácido pode enfraquecer a superfície do dente, por isso, é indicado esperar por volta de meia hora após ingerir os alimentos para que a saliva neutralize os ácidos e, assim, reduzir os riscos. Fa-zer a higienização da língua e utilizar enxaguante bucal antibacte-riano também colaboram na prevenção contra cáries.

*Em 30 gramasFonte: www.queijosnobrasil.com.br (adaptado)

Queijos Calorias (Kcal)*

Gordura (%)*

Colesterol (mg)*

Cálcio (mg)*

Minas frescal

22,5 16 – 18 3 190

Muçarela 25,5 20 – 24 7,5 359

Ricota 15 8 – 12 4,5 68

Cottage cheese

9 0,5 – 4 1,5 40

Queijo fundido

30 24 – 32 7,5 90

Prato (lanche)

31,5 28 – 32 7,5 304

Requeijão 31,5 24 – 36 10,5 18

Os queijos maturados são mais efetivos na prevenção de cáries que os frescos

bons para a saúdeConheça os queijos que ajudam a evitar doenças bucais:

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