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Para onde Vamos ? O Destino do Universo
Paulo S. PellegriniGEA/Observatório do ValongoMCT/Observatório Nacional
Uma breve história do mapeamento do Universoe da descoberta de suas propriedades
O Universo conhecido em 1600: Terra, Sol, Lua, Planetas: objetos luminosos que se movimentam em relação a um Fundo de estrelas aparentemente fixas.
O Universo conhecido em 1600, como descrito por Copérnico
Movimento dos planetas sobre o fundo de estrelas
No fundo de estrelas fixas se destaca uma faixa, relativamente estreita, cortando o céu, com aparência nebulosa, denominada Via Láctea.
1610 - Galileu Galilei
Ao apontar sua luneta para a Via Láctea, descobre que ela é formada de estrelas
1775 – Immanuel Kant
Por isso, quando olhamos na direção do plano desse disco, vemos mais estrelas que quando olhamos na direção perpendicular ao plano.
Esquema mais tarde feito por Herschel
Sugere que a Via Láctea
seja um sistema de estrelas, achatado como um disco.
Tendo conhecimentoda observação deobjetos difusos enebulosos,
Kant especula queassim seriam
vistosoutros sistemasestelares, como onosso, se
estivessemmuito distantes
1785- William Herschel
Constrói e utiliza telescópio de diâmetro 1,2m
Tenta, pela primeira vez, determinar
a forma da Via Láctea, o sistema de
estrelas em que vivemos.
Herschel argumenta que se o Universo
de estrelas tem um limite visível, e sua forma é irregular (ou, achatada) deve-se contar mais estrelas emalgumas direções que em outras.
Herschel assume que as estrelastêm mesmo brilho e estão distribuídas homogeneamente no espaço.
Campo de 20”x20” nadireção da Via Lactea
Campo de 20”x20” perpendicular à Via Lactea
Herschel mapeia a Via Láctea realizando contagem sistemática de estrelas em 683 diferentes direções no céu
e encontra a seguinte forma para o nosso
sistema de estrelas
Sol
O Universo conhecido em 1785 (como descrito por Herschel)
Herschel, tambémciente da existência deobjetos de aparênciadifusa, encontra ecataloga cerca de 5000“estrelas nebulosas”.
Varia sua opinião se são
objetos dentro da Via Láctea ......ou outros sistemas deestrelas muito
distantes,como especulado por
Kant
Exemplos de “estrelas nebulosas”
1845 – William Parsons Constrói e utiliza um telescópio de diâmetro 1,80m
Descobre que algumas
“nebulosas” tem forma espiral.
Seeliger
Kapteyn
Kapteyn coordena um esforçointernacional para pesquisar
omáximo possível de área do
céu.
Assim como Herschel, realizam contagens estelares em diferentes direções no céu, com técnicas e instrumentos mais modernos.
Usam propriedades conhecidas das estrelas mais próximas: distâncias e número relativo por intervalo de brilho
1901 – 1922 Hugo von Seeliger (Obs Yerkes, EUA) , Jacobus Kapteyn (Obs. Leiden, Holanda)
Tópico Complementar: Distâncias Astronômicas
A velocidade de propagação da luz no vácuo é cerca de 300.000 km/s.•
•
•
Nesta velocidade, ela percorre uma distância de9.460.000.000.000 km em 1 ano.
Por isso, a definição da unidade de distância 1 “ano-luz” = 9.460.000.000.000 km.
Tópico Complementar: Distâncias Astronômicas
--------------------------------------------------------------------- Distâncias anos-luz km---------------------------------------------------------------------
0,000016 150.000.000 (8 minutos- luz)
Diâmetro da Galáxia(estimado por Kapteyn) 50.000
473.000.000.000.000.000
Sol – Estrela mais próxima 4,4 42.000.000.000.000
Sol – Plutão(Sistema Solar)
0,00062 5.900.000.000 (5,5 horas-luz)
Sol - Terra
Modelo de Kapteyn para a nossa Galáxia
Sol situado próximo do centro
Sistema de estrelas achatado, e mais denso no centro, com dimensões aproximadas: diâmetro 50.000 anos-luz e espessura 10.000 anos-luz
O Universo conhecido, no início do século XX
Para uma estrela situada em diferentes distâncias D
Bin Bap = D 2
medimos um brilhoaparente Bap igual seubrilho intrínseco Bin
dividido (diluído) peladistância ao quadrado
Tópico Complementar: Distâncias Astronômicas
Diluição do Brilho com a Distância
Diluição do Brilho com a Distância
Um telescópiocolhe menosluz de umafonte situada auma distânciamaior
Tópico Complementar: Distâncias Astronômicas
Descobre relação entre: o tempo de variação (Período) e o Brilho intrínsecode uma classe de estrelas com variação regular denominadas Cefeidas
1908 – Henrietta Leavitt (Obs. Harvard, EUA)
Tópico Complementar: Distâncias Astronômicas
Etapas para medir distânciasusando estrelas Cefeidas:
1 - Identificar uma estrela deste tipo
2 - Medir o período de variação de sua luz e seu brilho aparente Bap
3 - Usar a relação Período – Brilho intrínseco para obter o brilho intrínseco Bin
4 - Usar a fórmula Bap = Bin/D2
para obter a distância D
1920: Curtis x Shapley
Nebulosidades sãogaláxias como a Via Láctea
Via Láctea como estimada por Kapteyn: 50.000 x 15.000 anos-luz Sol aproximadamente no centro.
Nebulosidades são objetos pequenos dentro da Via Láctea
----------------- 300.000 anos-luz -------------
Heber CurtisHarlow Shapley
SolCentro da Galáxia
Mapeamento usando Cefeidas em aglomerados de estrelas
Diferentes propostasPara o tamanho da ViaLactea e natureza dasnebulosidades
1923 – Edwin Hubble (Obs. Mount Wilson, EUA)
Encontra uma estrela Cefeida numa das maiores nebulosidades, na constelação de Andrômeda ...
e calcula a distância da nebulosa como 1.400.000 anos-luz !Muito além do maior diâmetro estimado
para a nossa Galáxia
O Universo conhecido em 1923 – 1929
Hubble determina distância para cerca de 20 nebulosas, mostrando que são sistemas de estrelas, como a nossa Galáxia, a milhões de anos-luz de distância.
Para diferenciar das pequenas nuvens de gás, dentro da Via Láctea,esses objetos distantes passam a ser chamados de galáxias
Alguns Conceitos Importantes Sobre a Luz A luz é uma perturbação do campo eletromagnético,que se propaga pelo espaço, e que pode ser parcialmente representada por uma onda
Uma característica importante de uma onda é a distância entre 2 máximos ou mínimos da sua variação.Essa distância é chamada comprimento de onda ()
| |
Uma feixe de radiação pode conter desde apenas um comprimento de onda até uma infinidade de valores de .
Ao atravessar alguns materiais, a radiação pode ser “espalhada” nos seus infinitos comprimentos de onda e vemos o seu espectro
Quando observamos a luz de uma estrela, espalhada nos seus comprimentos de onda (o espectro da estrela), vemos um contínuo de cores e linhas escuras onde há “ausência” de radiação
No interior das estrelas, é produzido um espectro contínuo de cores
Nas atmosferas das estrelas, os vários átomos absorvem a radiação vinda do centro, retirando do espectroalguns comprimentos de onda
Estrela
Cada átomo absorve um conjunto de comprimentos de onda característico
A mesma fonte de luz se afastando
A mesma fonte de luz se aproximando
Espectro de uma fonte de luz estacionária que emite e absorve radiação numa variedade de comprimentos de onda (ex. um estrela)
Espectro se desloca para o vermelho
Espectro de desloca para o azul
Efeito que acontece com a radiação
comprimentos de onda
A Lei Descoberta por Hubble (1929)
Edwin Hubble (Obs. Mount Wilson, EUA), medindo distâncias com estrelas Cefeidas e deslocamentos dos espectros para o vermelho, encontra uma importante propriedade do Universo
Vesto Slipher (Observatório Lowell, EUA), em 1914, foi o primeiro a indicar que todas as 14 galáxias, por ele observadas, apresentavam o espectro deslocado para o vermelho
A Lei Descoberta por Hubble
Como o deslocamento do espectro para o vermelho é maior quanto maior for a velocidade com que a fonte está se afastando, este resultado significa que ...
quanto mais distante está uma galáxia, maior é a velocidade com que ela se afasta da nossa Galáxia
mais deslocado está seu espectro para o lado vermelho
Quanto mais distante estáuma galáxia,
A Lei Descoberta por Hubble
V = H D
distância (anos-luz)de uma galáxia qualquer à nossa Galáxia
velocidade de afastamento (km/s),medida pelo deslocamento do espectro
500.000.000 anos-luz
1.000.000.000 anos-luz
500.000.000 anos-luz
1.000.000.000 anos-luz
10.000 km/s 10.000 km/s 20.000 km/s
20.000 km/s
NossaGaláxia
20 km/s/Manos-luz
Um estimador de distâncias
O Universo Conhecido no Final do Século XX
Praticamente todas as galáxias, em alguma escala de tamanho, podem ser consideradas como parte de um sistema:
pares
grupos
aglomeradossuperaglomerados
grandes estruturas
Mapeando as Galáxias com a Lei de Hubble
Pares de Galáxias
Sistemas de 2 galáxiasligadas pela atraçãogravitacional
Grupos de GaláxiasSão sistemas contendoentre 3 e 50 galáxias
O Grupo Local : onde está situada a nossa Galáxia
Galáxias Elípticas anãsGaláxias Irregulares anãs
M33
Andrômeda
Nossa Galáxia
<-------------- 3.000.000 anos-luz ---------------->
Aglomerados de galáxias têm dimensões da ordem de 6.000.000 de anos-luz
<----------------------------- 6.000.000 anos-luz ----------------------------->
Aglomerados de Galáxias
Aglomerados de Galáxias
e alguns chegam a conter mais de 1000 galáxias
Superaglomerados de Galáxias
A Observação do Universo Distante
A presença de poeira ao longo do disco da nossa Galáxia bloqueiaa visão na direção do plano do disco
Sol
A observação óptica de galáxias distantes só pode ser feita em direções perpendiculares ao plano do disco da nossa Galáxia
Nossa GaláxiaDireçãoocultapelapoeira
Direçãoocultapelapoeira
Direçãolivredepoeira
Direçãolivredepoeira
As Grandes Estruturas do Universo
As galáxias e suas associações se agrupam em estruturascom formas de filamentos e “paredes”, que circundamgrandes regiões vazias de material luminoso
aglomeradosfilamento
vazio
Parede vista de frente
nossa Galáxia
<-------------- 400.000.000 anos-luz -------------------->
Parede vista de perfil
nossa Galáxia
Parede vista de perfil
As grandes paredesde galáxias têm umadimensão característicade 200.000.000 anos-luze espessura 15.000.000 anos-luz
<------------------ 800.000.000 anos-luz ------------------->
Imagem mais profundado Universo, na faixa de luz visível .
Galáxias mais distantes na figura estão a cerca de 10 bilhões de anos-luz
Nossa Galáxia não ocupa um lugar preferencial no Universo
A lei de expansão vale para qualquer local do Universo
500.000.000 anos-luz
1.000.000.000 anos-luz
500.000.000 anos-luz
10.000 km/s 10.000 km/s 20.000 km/s
20.000 km/s
Nossa Galáxia
A Expansão do Universo
1.000.000.000 anos-luz
500.000.000 anos-luz
1.000.000.000 anos-luz
1.500.000.000 anos-luz
2.000.000.000 anos-luz
10.000 km/s 20.000 km/s
30.000 km/s 40.000 km/s
Uma galáxiaqualquer
Uma representação da expansão
Uma representação da expansão
Uma representação da expansão
Uma representação da expansão
Uma representação da expansão
Uma representação da expansão
Como era o Universo em seus momentos iniciais ?
Pode-se inferir uma resposta rodando o “filme” da expansão ao contrário e usando o conhecimento da Física da matéria
Rodando o filme ao contrário ...
Rodando o filme ao contrário ...
Rodando o filme ao contrário ...
Rodando o filme ao contrário ...
Rodando o filme ao contrário ...
Rodando o filme ao contrário ...
Rodando o filme ao contrário ...
Rodando o filme ao contrário ...
Rodando o filme ao contrário ...
Rodando o filme ao contrário ...
Toda a matéria e radiação do Universo contidas num pequeno volume
O Universo numa pequeníssima fração de segundo, logo apósa seu surgimento
O Conceito da “Grande Explosão” George Gamow
(1948)(Univ. George Washington, EUA):
A expansão pode ser descrita como conseqüência de uma “Grande Explosão” (Big Bang) a partir de condições físicas extremas: altíssima densidade altíssima temperatura
Nestas condições, toda a matéria está na forma de seus constituintes mais elementares.A matéria, que conhecemos, se forma a medida que o Universo se expande, fica menos denso e mais frio.
Evolução do Universo após a “Grande Explosão” Até 1000 anos (temperatura >
60000K) Radiação domina o Universo:- não deixa elétrons se associarem a núcleos e formar átomos- destrói condensações de matéria eventualmente causadas pela gravitação- Universo bastante homogêneo
Expansão faz o Universo esfriar e se tornar menos denso
Após 1 milhão de anos (temperatura < 3000 K): Matéria domina o Universo:- elétrons e núcleos se combinam para produzir os átomos de Hidrogênio e Hélio - matéria se agrupa sob efeito da gravitação- radiação que permeia o Universo segue esfriando, quase sem interagir com a matéria
Uma Confirmação da Teoria da “Grande Explosão”
Arno Penzias e Robert Wilson (Bell Laboratories, EUA) utilizando uma radio-antena, para outras finalidades, detectaram em 1965 um “ruído” constante, proveniente de todas as direções do espaço, na faixa de microondas. Ao medirem a temperatura da radiação como 3 K, perceberam que estavam detectando o remanescente previsto da “Grande Explosão”
Com o aperfeiçoamento da teoria da “Grande Explosão”, previa-se que, a radiação que permeia o Universo, com o seu esfriamento, teria atualmente (cerca de 15 bilhões de anos após o início) uma temperatura de cerca de 3 K que deveria ser percebida no espectro eletromagnético na faixa de microondas
Penzias Wilson
Universo Primordial Universo Atual
Universo inicial:muito próximo dahomogeneidade
Matéria e radiação fortemente acoplados
Matéria no Universo atual:distribuição heterogênea, galáxias, aglomerados, vazios
Radiação no Universo atual:- remanescente da Grande Explosão,- reflete condições no momento em que matéria e radiação desacoplam- exibe grande homogeneidade,- mostra pequenas irregularidades
Mapa da radiação cósmica em microondas (T=3 K), em todo o céu, mostrando marcas de pequenas variações (T=0,0002 K) na temperatura, já existentes quando o Universo tinha cerca de 1000 anos (desacoplamento matéria-radiação)
Regiões de maior temperatura e mais densas
Regiões mais frias e menosdensas
Como radiação e matéria estavam acopladas até essa época, as mesmas variações na radiação estavam presentes na matéria
A Radiação Cósmica em Microondas
As galáxias se formam nos locais onde o efeito da gravitação suplanta a força de expansão do Universo e condensa nuvens primordiais de Hidrogênio
Irregularidades na distribuição primordial de matéria e radiação constituem centros de atração gravitacional
A Formação das Galáxias
Agrupamentos de galáxias se formam posteriormente pela atração gravitacional entre as galáxias, também suplantando a força de expansão do Universo
A Formação das Galáxias
Universo inicialmuito próximo dahomogeneidade
Na verdade, pequenas irregularidades primordiais estão presentes (como visto na radiação de fundo)
Matéria e radiação
A Formação das Galáxias
Evolução das irregularidades sob efeito da gravitação
Regiãomenosdensa
Regiãomaisdensa
A Formação das Galáxias
Evolução das irregularidades sob efeito da gravitação
Regiãomenosdensa
Regiãomaisdensa
A Formação das Galáxias
Evolução das irregularidades sob efeito da gravitação
Regiãomenosdensa
Regiãomaisdensa
A Formação das Galáxias
Evolução das irregularidades sob efeito da gravitação
Regiãomenosdensa
Regiãomaisdensa
A Formação das Galáxias
Evolução das irregularidades sob efeito da gravitação
Regiãomenosdensa
Regiãomaisdensa
A Formação das Galáxias
Evolução das irregularidades sob efeito da gravitação
Regiãomenosdensa
Regiãomaisdensa
1933 - Fritz Zwicky (Caltech, EUA), estudando os movimentos caóticos de galáxias em aglomerados mostrou que movimentos observados só podem ser causados por uma quantidade de matéria cerca de 10 vezes maior que a visível na forma de galáxias
Fritz Zwicky
A Matéria Escura no Universo Evidências Observacionais
Vera Rubin
1976 - Vera Rubin (Carnegie Inst., EUA), estudando o movimento de rotação de galáxias espirais (como a nossa) mostra que nas partes externas, movimento só pode ser explicado se existe um halo de material escuro, com cerca de 10 vezes mais massa que a galáxia
A Matéria Escura no Universo Evidências observacionais
A Matéria EscuraOs
candidatosGás (Hidrogênio) que não formou estrelas.
Estrelas pouco luminosas ou sem luminosidade, planetas, planetóides, asteróides, etc
Pode ser detectado:-frio pela radiação devida a uma mudança de estado eletrônico.-quente pela radiação térmica (óptico até raios-X)
Conhecimento da nossa vizinhança mostraque, mesmo contabilizando todos os tiposde objetos pouco luminosos ou semluminosidade, massa total é pequena
Poeira Pode ser detectada:- fria obscurece material mais distante- quente pela radiação térmica (radio ou microondas)
Medidas indicam que gás e poeira (contidos nas galáxias ou, fora delas), não representam fração significativa
Problemas Para a Matéria ComumMétodos analíticos e numéricos mostram que, se o Universo fosse constituído apenas da matéria que conhecemos, as irregularidades observadas na radiação cósmica
não seriam suficientes para criar as estruturas que vemos hoje em dia.É necessário que matéria invisível ecom propriedades diferentes da matéria que conhecemos, tenha participado da formação das estruturas que vemos hoje em dia.
Isso existe ?
Algumas partículas elementares previstas pela Física (axions, neutrinos, neutralinos, etc) têm as seguintes propriedades:
- Não absorvem, nem emitem radiação (são invisíveis)
- Só interagem por gravitação (causam alteração dos movimentos de outros corpos)
- Não formam outras partículas mais complexas
A Matéria EscuraOs melhores candidatos
Quantidade: Medidas indicam que existe 10 vezes mais matéria escura que a matéria que observamos
Sua importância para o Universo
A Matéria Escura
Suposta natureza: Partículas elementares que só interagem gravitacionalmente
Localização: Envolvendo galáxias e suas aglomeraçõesSuposta atuação: Condensações de matéria escura não foram destruídas na Era da Radiação (pois tal matéria não interage com a radiação) e devem ter sido as “sementes” para a formação das galáxias, aglomerados e grandes estruturas no Universo, atraindo para seus centros, a matéria que observamos
Simulações numéricas para representar a formação de galáxias e aglomerados, partindo de matéria escura, reproduzem muito bem as estruturas observadas no Universo
A Matéria EscuraSimulação: Clique abaixo para ver o
filme
A Formação de Estruturas no UniversoEvolução das irregularidades de matéria escura sob efeito da gravitação, formando estruturas em grande escala
Simulação: Clique abaixo para ver o filme
Observado
A Gravitação e o Espaço no Universo
A gravitação (causada pela existência de massa) “deforma” o espaço na sua vizinhança
Albert Einstein (1916) elabora a Teoria da Relatividade Geral
Albert Einstein
Uma Constatação da Teoria da Relatividade Geral
Galáxias situadas atrás de aglomerados tem suas imagens deformadas pelocampo gravitacional intenso, causado pela grande quantidade de massa (muitas galáxias) do aglomerado.
A Gravitação e o Espaço no Universo
Quanto mais massa estiver concentrada, mais curvado e “fechado” é o espaço em sua volta
Representação da deformação do espaço pela presença de massa
A Gravitação e o Espaço no Universo
O Universo contendo todaa matéria e a radiação
A curvatura do espaçopela presença de matéria
O Universo pode ser descrito como se toda sua matéria curvasse e “fechasse” o espaço completamente em sua volta.
Todo o espaço a que temos acesso está “fechado” em nossa volta
A Gravitação e o Espaço no Universo
Estamos restritos ao volume do Universo como uma formiga colocada dentro de um balão sendo inflado, estaria restrita ao volume deste balão
Conceito correto sobre a expansão do Universo :
Não são as galáxias que estão se expandindo num espaço vazio. É o próprio espaço que está se expandindo como conseqüência de uma “explosão” inicial.
A Gravitação e o Espaço no Universo
Idade do UniversoPode ser calculada de 3 maneiras
distintas :Pela idade e transformação dos elementos químicos (através do conhecimento da Física Nuclear), lembrando que eles foram formados nos interiores das estrelas: 10 -15 bilhões de anos (adicionar 1bilhão)
Pela idade das estrelas mais velhas, através do conhecimento da evolução estelar : 11 - 13 bilhões de anos (adicionar 1bilhão)Pela escolha de um modelo para o Universo baseado em
dados observacionais: - quantidade total de matéria - taxa de expansão = constante H da lei de Hubble ( D = H×V )Exemplo: Modelo padrão, expansão desacelerando 12 – 15 bilhões de anos Melhor estimativa de idade para
Universo: 12 – 15 bilhões de anos
Tamanho do Universo
Universo total é maior que o Universo visível . A distâncias muito grandes, a expansão (do espaço) se processa numa velocidade maior que a da luz.
Quão maior é o Universo total ? Desconhecido: estimativas teóricas dependem do modelos que assumimos para o Universo. Pode ser desde um pouco maior que o limite visível, até infinito
Até onde podemos ver: distância percorrida pela luz durante a idade do Universo = 12 - 15 bilhões de anos-luz
A Evolução do Universo
A evolução do Universo depende da competição entre:
a força da “Grande Explosão”, que causa a expansão
a força de atração gravitacional (de toda a sua matéria), que tende a frear a expansão
A Evolução do Universo
Se a força da “Grande Explosão” for maior que a força gravitacional, a expansão continuará indefinidamente.
Neste caso, o evento “criação do Universo” foi único
A Evolução do Universo Se a quantidade de matéria existente no
Universo for grande o suficiente para causar uma força de atração gravitacional maior que a da “Grande Explosão”,
Este processo seria repetitivo e o Universo pode ter sempre existido,sem início ou fim.
todo o Universo se contrairá, até ser tão denso que produzirá uma nova “explosão”.
expansão será freada até parar,
A Evolução do Universo
Resultados observacionais na década de 90 indicam que, mesmo contabilizando a matéria escura, a quantidade total de massa no Universo parece ser bem inferior (30%) à necessária para reverter a expansão.
Número de galáxias no Universo 100 bilhõesDensidade de matéria visível é 10-31 g/cm3 (0,0000000000000000000000000000001 g/cm3)
Densidade necessária para parar a expansão 10-29 g/cm3 (0,00000000000000000000000000001 g/cm3)
Modelo mais aceito atualmente: Universo em expansão eterna.
A Evolução do Universo
Resultados observacionais na década de 90 indicavam que expansão do Universo estaria desacelerando. Com o passar do tempo, teríamos acesso ao resto do Universo que ainda não vemos Entretanto, resultados recentes indicam que a expansão pode estar sendo acelerada ! A expansão é impulsionada por uma força cósmica . Neste caso, com o passar do tempo perdemos gradativamente acesso ao Universo mais distante
Onde nossa curiosidadenos levará ?