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O Universo visto com outros olhos Marcio A.G. Maia

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O Universo visto com outros olhos

Marcio A.G. Maia

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O CosmosMurilo Mendes

Desta janela interrogativa distingo o cosmo: metade homem, metade mulher, "due archi paralleli e concolori" (Par.xii, 11). Chora e ri ao mesmo tempo. Levanta um braço, logo depois solta no azul mallarmeano, com absoluta destreza, uma galáxia. Eu então, autômato, me ajoelho e, participante do seu ato, suplico-lhe: "cosmo, já que sabes criar milhares de galáxias, concede-me uma delas: prometo não fundar ali nenhum arranha-céu nem posto de gasolina, centro atômico ou prisão, em contrapartida te levantarei uma ode metálica.“

O cosmo trabalhador ocupadíssimo finge que não me entende. Com luas gigantescas, pedalando, afasta-se, para entre sonho e realidade criar outras galáxias claríssimas cruéis, longe da poluição da atmosfera e do espaço do petróleo.

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O espectro eletromagnético

Curva de resposta do olho humano Decomposição da luz branca em cores

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Resolução de um telescópio

Resolução ≈ 1,22 λ / D

Figura de difração de duas fontes pontuais colocadas muito próximas.

Imagens de Andrômeda com diferentes resoluções.

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Uso de cores falsas em imagens astronômicas

R G B

R+G+B

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Mas nem só de luz vive o astrônomo ...

Ondas gravitacionais

Neutrinos

Partículas

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E nem só indo à montanha ...

Telescópios no espaço

Telescópios no solo

Detectores subterrâneos

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Radioastronomia

Primeiro radiotelescópio - Karl Jansky

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Radiogaláxia Fornax A

A parte laranja representa a emissão em rádio produzida pelo encontro do jato do AGN com gás situado na região externa da galáxia.

600.000 anos luz

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Imagem da Lua feita com RADAR usando telescópios de Arecibo (emissão) e de Green Bank (recepção).

As partes mais claras indicam rochas na superfície e as escuras fluxos de lava.

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Detecção de moléculas do meio interestelar

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PulsaresEm 2003 radioastrônomos detectaram o primeiro pulsar

binário com o telescópio de Parkes (Austrália).

Radiotelescópio de 64m de ParkesA imagem é uma concepção de como seria este sistema.

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Interferometria de grande linha de base - VLBI

Com esta técnica são feitas observações simultâneas de um mesmo astro, por antenas separadas por uma distância muito grande. Elas podem estar localizadas

até em continentes diferentes.

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VLBI Espacial

Um radiotelescópio "maior" que a TerraA parte em azul representa o tamanho que teria um radiotelescópio de prato simples equivalente ao conjunto dos mostrados no desenho.

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Infravermelho

Satélite Spitzer

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Nebulosa de Orion imageada no infravermelho

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Algumas questões a serem respondidas com ajuda de observações no IV

Discos em estrelas Formação de estrelas induzida por onda de choque de supernovas

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Visível

Nebulosa de Orionimageada no visível

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Informações importantes nem sempre resultam de belas imagens

Imagem do telescópio SUBARU, mostrando a galáxia mais distante confirmada espectroscopicamente

até o momento. Ela possui z=6.964 e está a distância de

12.88 bilhões de anos luz.

Detecção de Lyman alfa (1216 Å)

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Very Large Telescope – Cerro Paranal - Chile

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Driblando a turbulência atmosférica ...

Uso de raio laser para simular a imagem de uma estrela que servirá para corrigir distorções

do caminho óptico.

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Driblando a turbulência atmosférica ...

Com o uso de técnicas chamadas de óptica ativa e adaptativa é possível melhorar qualidade da resolução da imagem.

Atuadores no espelho do telescópio deformam o mesmo para se adequar a frente de onda

distorcida que está chegando.

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Óptica adaptativa

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Uso de estrelas artificiais

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Ultravioleta

Satélite GALEX (observações no UV)

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M101 em 3 coresAzul – UV observado com satélite GALEX.Verde e Laranja – Visível observado pelo DSS.

O UV está concentrado nos braços espirais devido a presença de estrelas jovens (10 milhões de anos). O Verde mostra luz de estrelas com mais de 100 milhões de anos. O Alaranjado mostra estrelas velhas, com mais de 1 bilhão de anos.

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Exemplo de ciência feita no UV

Descobriu-se que buracos negros supermassivos suprimem a

formação estelar

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Imagem no UV pelo satélite SOHO de uma fulguração solar

Esta foi uma das maiores fulgurações

já observadas. Ocorreu em

novembro de 2003.

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Anéis de Saturno no UV

Sonda CASSINI fez imagem no UV dos anéis de Saturno. As regiões em vermelho indicam que a composição do material é feita de sujeira. A região de cor turquesa é composta por gelo.

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Raio-X

Satélite CHANDRA (observações no Raio-X)

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Galáxia Centaurus A

Combinação de imagens no UV distante, UV próximo, e Raio-x.

Centaurus A no visível

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GRO J1655-40: Buraco Negro + estrela

Concepção artística de um sistema binário onde um dos objetos é um buraco negro. O espectro em raio-x ajuda a entender o processo de captura de matéria pelo buraco negro efetuado por meio do disco de acresção que contem gás a milhares de graus. Cerca de 30% deste gás é expelido para fora do sistema.

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Galáxia Roda de CarretaEsta galáxia foi perfurada

por uma outra há 100 milhões de anos.

Perturbações induziram a formação de estrelas.

Uma destas perturbações aparece como o anel externo onde ocorre

intensa formação estelar.

Com GALEX foi detectado um fraco anel duas vezes maior que o visto nesta

imagem.

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Imagem do satélite CHANDRA revela que os anéis de Saturno brilham em raio-x (pontos azuis), causado por fluorescência de átomos de oxigênio em moléculas de água atingidas por raio-x do Sol.

Saturno em raio-x

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Lua em raio-x

Observações do satélite CHANDRA (à direita) da porção brilhante da Lua detectando emissão de raio-x de átomos de oxigênio, magnésio, alumínio e silício. O raio-x é produzido por fluorescência quando emissão de raios-x provenientes do Sol atingem a superfície lunar. Análise da proporção destes elementos químicos permite testar a teoria de que a Lua originou-se de um pedaço da Terra, quando esta colidiu com um outro objeto.

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Aglomerado de galáxias 1E 0657-56 (Bullet )

Este aglomerado é resultado da colisão de dois outros. O gás emissor em raio-x é mostrado em vermelho e a matéria escura em azul. Esta imagem é considerada uma prova da existência da matéria escura.

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Animação sobre a colisão de dois aglomerados de galáxias

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Nebulosa Planetária Mz 3

Uma estrela de massa parecida com a do Sol em seu estágio final de evolução expele nuvens de gás quente (vários milhões de graus) produzindo um vento de alta velocidade. Nesta imagem a cor azul é raio-x, verde é visível, e vermelho representa o infravermelho.

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Raios Gama

Satélite INTEGRAL para observação de raios gama

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Eventos de raios gama são extremamente energéticos.

Isto requer fenômenos astrofísicos catastróficos para possibilitar a geração das grandes quantidades de energia observadas.

Alguns dos fenômenos que geram raios gama são fusões de estrelas de nêutrons e as hipernovas.

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Gamma Ray Burst (surto de raios gama) de uma Hipernova

Hipernova é o fenômeno que acontece com uma estrela muito massiva em um dado momento de sua evolução quando ela não consegue gerar energia para suportar o seu "peso". Ela colapsa rapidamente e forma um buraco negro no seu interior, expulsando parte do material de camadas mais externas. A explosão é superior em termos de energia do que a de uma supernova normal.

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Magnetar

Magnetares também produzem raios gama

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Resumindo ...

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Raios Cósmicos

São partículas como elétrons, prótons (~90%), núcleos de hélio (9%), e outros núcleos mais pesados que atingem a Terra provenientes do espaço, viajando com velocidades próximas a da luz.

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Raios Cósmicos

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Formação de um "chuveiro" de partículas

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Observatório Pierre Auger

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Observatório Pierre Auger

Communicationsantenna

Electronics enclosure

3 – nine inchphotomultipliertubes

Solar panels

Plastic tank with12 tons of water

Battery box

GPS antenna

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Raios cósmicos x AstronautasExposição aos raios cósmicos no espaço, pode

produzir câncer, danos cerebrais e catarata.

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Neutrinos

Neutrinos são partículas elementares, possuem massa quase nula e são eletricamente neutras. Não interagem através das forças eletromagnética e forte, mas sim através da gravitacional e da força fraca.

Devido a baixa seção de choque da força fraca, os neutrinos passam facilmente através da matéria.

Para barrar metade dos neutrinos produzidos no Sol, seria necessário uma barreira de chumbo de ~1 ano-luz (1016m) de comprimento.

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Neutrinos são produzidos em:

Reações nucleares nos centros das estrelas;

Explosões de supernovas;

Colisões de estrelas de nêutrons;

Decaimento radioativo.

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Detectores "indiretos" de neutrinos

Detector Super-Kamiokande, localizado a 1 km de profundidade, contem 50 toneladas de água. Em suas paredes internas estão fixados 11.146 tubos fotomultiplicadores para detectar luz, provenientes dos sub-produtos da interação dos neutrinos com a água e rocha nas vizinhanças.

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Ondas GravitacionaisOndas gravitacionais são perturbações na estrutura do espaço-tempo produzidos por massas em aceleração, resultante de eventos violentos no universo.

Concepção artística de uma onda gravitacional

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Ondas gravitacionais são produzidas:

Explosões de supernovas;

Colisões de estrelas de nêutrons ou BN

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Colisão de Buracos Negros

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LIGO (Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory)

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O que vem por aí ...

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Para o futuroAtacama Large Millimeter Array - ALMA

50 antenas de 12 metros de diâmetro. Previsão: 2011

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Laser Interferometer Space Antenna (LISA)

Para o futuro

Conjunto de satélites para detectar ondas

gravitacionais

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Para o futuro OverWhelmingly Large - OWL

Diâmetro: 100metrosCusto: 1,2 bilhões €

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The Large Hadron Collider - LHCÉ um acelerador de partículas com 27 km de circunferência, que está enterrado a ~100m de profundidade na fronteira Suíça-França. Feixes de partículas movem-se dentro do LHC em túneis de vácuo guiados por potentes magnetos supercondutores.

Produzirá choques entre prótons e íons pesados, gerando as menores partículas de matéria.

Será possível recriar as condições dos primeiros milionésimos desegundo da criação do Universo.

Túnel Um dos magnetos

Para o futuro

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Ice Cube (detector de neutrinos)Para o futuro

Detector localizado no Pólo Sul

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Para o futuro James Webb Space Telescope

Diâmetro: 6 metrosPrevisão: 2010

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Não havia como conhecê-lade uma maneira era feitade outra matéria eu a compreendiae nunca elas coincidiam

Se a pegasse fugianão como quem corremas como quem existeem uma verdadefugidia

Não havia como encontrá-laali, como uma noivaatenta, perdidapois não me esperava passivamas corria por meus pensamentos aflitosaflita

De uma maneira eu a viade outra maneira existia... e se eu descobrisse seus donsah.... se eu descobrisse seus donsseus dons se iam e riam

E quando em números transformadaera um infinito de nadasdestino algum lhe convinhana dúvidanas equações em dúvidaresplandecia seus nadas... sorrindo por meus telescópios vazios

O Cosmos e os olhos dos mundosRicardo Kubrusly

Especialmente escrito para o Astronomia para Poetas 2006

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Fim

[email protected]

http://staff.on.br/maia

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ReferênciasNovas janelas para o Universo – Maria C.B. Abdalla & Thyrso Villela Neto. Editora UNESP, 2005.À luz das estrelas – Lilia I. Arany-Prado. DPA editora, 2006.Nossa estrela: o Sol – Adriana V.R. Silva. Editora Livraria da Física, 2006.As origens do Universo – Malcolm Longair. Jorge Zahar Editor, 1994.Introdução à Astronomia e Astrofísica – Kepler de Souza Oliveira & Maria de Fátima O. Saraiva. Editora da UFRGS, 1999.

Endereços na internethttp://astro.if.ufrgs.br (Livro do Kepler de Souza)http://www.on.br/revista/index.html (Revista Café Orbital do Observatório Nacional)http://www.universetoday.com/ (Notícias diárias sobre o Universo (em inglês))http://staff.on.br/maia (Esta palestra e mais algumas outras)http://www.spitzer.caltech.edu/spitzer/index.shtml (Spitzer Space Telescope)http://chandra.harvard.edu/ (CHANDRA Observatory)http://www.galex.caltech.edu/ (Galaxy Evolution Explorer)http://www.jwst.nasa.gov/ (The James Webb Space Telescope)http://lhc.web.cern.ch/lhc/ (The Large Hadron Collider)http://www.eso.org/projects/owl/index.html (OverWhelmingly Large Telescope)http://www.eso.info/projects/alma/ (ALMA Radiotelescope)http://www.auger.org/ (Pierre Auger Cosmic Ray Observatory)http://www.ligo.caltech.edu/ (Laser Interferometer Gravitational Wave Observatory )http://lisa.jpl.nasa.gov/index.html (LISA Observatory)http://www.esa.int/SPECIALS/Integral/ (INTEGRAL Gamma ray observatory)http://icecube.wisc.edu/ (Detector Ice Cube)