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06/09

Direito Romano Jos Isaac Pilati

[email protected] 99806305

O direito romano se estende de 745 a.C. at a morte de Justiniano.

Diferenciao entre posse e propriedade foi uma inveno do direito romano.

Direito vem de "directus", que quer dizer andar reto.

Vem tambm do verbete "jus", que justia, definida como a vontade constante e perptua de dar a cada um o que seu.

Fontes do Direito Romano

Corpus Iuris CivilisA partir de 528 d.C. o imperador Justiniano convocou jurisconsultos do seu tempo sob o comando de Triboniano, para que eles compilassem as fontes de direito, que estavam desaparecendo.

Primeiramente foi escrito o Digesto, em 50 livros.

Era no formato Livro Ttulo Fragmento Pargrafos.

Os jurisconsultos fizeram um sumrio e depois foram compilando o que cada autor falava sobre o assunto.

Eram expostos fragmentos do autor e a fonte.

Se houvesse muita coisa sobre o autor, era distribudo em pargrafos.

O digesto ficou pronto em 531.

Inspirados em Gaio, mas com diferenas, colocaram, antes do Digesto, as Institutas de Justiniano, em 4 livros.

Justiniano se deu conta que faltavam as constituies (espcies de decretos dos imperadores), que tratavam da administrao pblica, e ento publicou o Cdigo das Lies Repetidas, em 12 livros.

Aps, foram publicadas cerca de 197 novelas, que eram as constituies imperiais reunidas.

O Corpus Iuris Civilis ficou assim:- Institutas de Justiniano.- Digesto.- Cdigo das Lies Repetidas. (Codex)- Novelas.

Com a invaso brbara isso foi destrudo, porm foram tiradas cpias.

Por volta dos anos 1000, foi descoberta uma cpia completa do Corpus Iuris Civilis.

Depois foi encontrada no Vaticano uma cpia legtima, apontando erros na anterior.

Ficou conhecido como Copus Iuris Civilis para diferenciar do Corpus Iuris Canonis.

Os glosadores passaram a estudar palavra por palavra, formando alunos na Universidade de Bolonha, onde os professores eram escolhidos pelos alunos.

Havia pessoas que tinham uma espcie de cabana, com uma cpia do Corpus Iuris Civilis, onde eram vendidas horas para se copiar mo.

Isso difundiu os Direitos Romano e Cannico pelo mundo.

Depois os formados trabalhavam o direito local.

Institutas de GaioFoi descoberta por um monge, enquanto limpava a biblioteca de Verona.

A partir disso, foi estudado o direito antes de justiniano.

Tambm se descobriu um texto de Upiniano, as sentenas de Paulo, alguma coisa de Papiniano, mas a grande fonte era o Corpus Iuris Civilis.

O grande problema das fontes de direito romano que elas no so absolutamente fiis, havendo lacunas e alteraes.

Categorias

Jus mais amplo que LexA lei era plano de fundo

A lei apenas orienta, mas no escraviza.

Fas o dia em que tem foro aberto, nfas o que fechado.Nefasto o dia em que no se pode usar os trs verbos da justia.

Havia o direito divino e o direito romano.

No se separava direito da moral.

Havia a diferenciao entre direito pblico e privado.

Havia o direito civil (cada povo tem o seu); Direito das gentes (o de todos); e o Direito natural.

Princpio do mero formalismo romano: trabalhavam o paralelismo das formas.S se pode desfazer da mesma forma que foi feito.

Ex.: Contrato e Distrato.

13.09

Introduo Disciplina de Direito Romano

Realeza (753 a 510 a.C.)

Direito Romano mostra como surgiram os institutos jurdicos, e tambm demonstra os institutos em andamento.

Trs tipos de direito:Direito natural: pr-existente.

Das gentes: para todo mundo.

Direito civil: cada povo tem o seu.

Romanos se chamavam de quiritas entre si, o direito civil romano pode ser chamado de quiritrio tambm.Quiritas era como se chamasse de lanceiros.

O direito mais honroso era aquele roubado do inimigo.

As pessoas que eram de fora de Roma acabavam no tendo direitos.Saram de Roma.

Os romanos gostaria que voltassem.

Eles exigem direito escrito e magistrado para resolver imparcialidade.

Romanos deixam de escravizar o estrangeiro, para absorv-lo, atravs do direito.

Repblica (510 a 27 a.C.)

Lei das 12 tbuas.

Perodo do Direito Pretoriano.Ser pretor era honra, honor, no se ganhava por isso; da surgem os honorrios.

Antes o rei possua todos os poderes fechados em sua mo, o que foi dividido na Repblica.

A jurisdio ficou na mo do pretor.

Pretor pegou o direito quiritrio, e percebendo que vinham mais povos e negcios pra Roma, comeou a mediar novos conflitos com o direito civil antigo, por vezes adaptando, por vezes dando s costas para o direito civil. Foi adaptando tudo aos novos tempos.

o que o prprio judicirio faz.

O Direito maior que a lei, por isso a jurisdio tem criatividade, tcnica jurdica, para trabalhar com a justia.

A justia no trabalha com justa indignao, e sim por equidade. (pretor)

Principado (27 a.C. a 284 d.C.)

a poca do direito jurisprudencial.

O direito daqueles grandes jurisconsultos romanos, que dedicavam a vida ao direito.

Em um primeiro momento no eram remunerados, depois os prprios alunos arrecadavam dinheiro para dar a eles.

Ficavam em sua casa o dia inteiro atendendo.

Resolviam os assuntos em frente a uma plateia, onde ficavam seus alunos.

Passaram uma tcnica jurdica para resolver conflitos.

O juiz era nomeado pelo pretor; as ordens cumpridas eram as do pretor.

Direito Unificado Perodo Justiniano

Antes eram vrias espcies de casamento, em justiniano fica uma espcie s.Vrias formas de propriedade se transformam em uma s.

Adaptao de Justiniano com os comentrios dos glossadores, para depois chegarmos aos Cdigos Civis.

Fases do Direito Romano

Possui essas fases: direito civil, pretoriano, jurisprudencial, justiniano...

Os glossadores fazem uma reintroduo do direito romano ao mundo moderno.Glosas interlineares (entre linhas) ou marginais (s margens).

Depois de um tempo abandona-se o Corpus Iuris Civilis e estuda s pelas glosas.

Mtodo de Estudo

DoisHistria externa: mtodo sincrnico, estuda-se por blocos.

Histria interna: estuda-se instituto por instituto.

Perodos (Histria externa)

Realeza (753 a 510 a.C.)

Repblica (510 a 27 a.C.)

Principado (27 a.C. A 284 d.C.)

Dominato (284 a 565 d.C.)- Perodo Justinianeu

Origem Romana

LendriaEnas, aps ser derrotado na guerra de troia, foi para regio do lastro.

Fez um novo povoado.

Vizinhos etruscos (grandes cidades).

Era s questo de tempo at o etruscos esmagarem os romanos.

Os descendentes de Enas, um rei chamado Munitor tinha uma filha chamada de Reaslvia, que apareceu grvida de gmeos, com a paternidade atribuda Marte, foi deposto por Amrio, o novo rei mandou matar todos os parentes.

A pessoa encarregada no matou os gmeos, apenas os colocou nos rios.

Desceram rio a baixo dentro de uma cesta.

Loba pegou, e as amamentou.

Foram encontrados por padres, e os garotos se criaram na bandidagem.

Descobriram seu parentesco.

Mataram Amrio e devolveram o trono a Munitor.

Munitor (av) deu terra a eles, onde foi fundada a cidade.

Era feito muralha para proteger, e tinham que respeitar.

Remo (um dos irmos) desrespeitou, Rmulo matou.

Parei de prestar ateno.

TradioPescadores foram para a localidade, encontraram povos pacficos, os 7 montes se aliaram contras os etruscos, e em algum momento os etruscos tomaram tudo, fizeram uma nova cidade, depois pegaram a parte de baixo dos montes, e fizeram vrias coisas, e da em diante foram conquistando povos e se expandindo.

20.09

Realeza 1753 a 510 a.C.

Necessrio entender a constituio poltica de roma, para conseguir compreender seus institutos.

Rmulo foi o primeiro rei, primeiro latinos, depois sabinos, depois etruscos.

Reforma a primeira demonstrao de sabedoria de adaptao ao novo.

Srvio Tlio foi assassinado, pois enfrentou os privilgios, e acabou sendo odiado, apesar de estar certo.

Entre si os romanos se chamavam de quiritas (lanceiros).

1. Constituio Poltica

Era uma trilogia: rei (imprio), senado (autoridade) e assembleia popular (soberania).

Democracia direta.

Exemplo: Roma vai decretar guerra. Rei decide, assembleia aprova, senado controla o dinheiro.

poca em que no h corrupo econmica, pois so cargos honorficos, ocupados por pessoas de famlia que se mantm.

Produziam para se sustentar.

Os assuntos eram sempre coletivos.

1.1. Rei

O rei era eleito pela assembleia popular, democraticamente.

Poder de imperium.Poder de impor, de castigar.

Na poca da realeza o rei general, pode dar ordens.

sacerdote pblico, portanto resolve qualquer questo atinente religio.

Poder da jurisdio.O rei magistrado da justia.

detentor da jurisdio.

Recebe as partes, aconselha, etc.

A jurisdio tambm implica em imperium, poder de condenar.

Magistrado pode dar ordens, aplicar multas.- Se desobedece uma ordem judicial, o poder de imperium aplica-se multa.- Existe poder de ordenar e de condenar.

No exerccio da jurisdio, o rei encontra com os sacerdotes, havendo vrios colegiados de sacerdotes.- Em caso de guerra, os sacerdotes eram intocveis.

Aps a morte do rei, at a assembleia eleger outro, assumia o inter rex, que j est designado previamente para assumir essa posio e convocar a assembleia.

Rei possui auxiliares.Nas funes polticas o rei tambm possua assessoria.

Sacerdotes.

Pontfices: grandes responsveis pela criao do processo civil.

Existia Tribunais paralelos ao poder jurisdicional do rei, para que este no se metesse.

1.2. Senado

Poder de autorita (autoridade).Cumpra-se.

Senado dava a ltima palavra.

Senado o grupo de velhos conselheiros.Quem escolhe os senadores o rei.

Rei preside o Senado.

Aps a assembleia aprovar a leia, ela o Senado precisa dar o cumpra-se.

Os senadores detm sabedoria, pois conhecem o passado.

1.3. Assembleia Popular

Aqui, no povo, est a soberania.Ex.: para adotar uma famlia era necessrio aprovao do povo, pois afetaria a populao diretamente, j que diminuiria uma famlia de Roma.

O ltimo recurso era ao povo.

Assembleia que aprova leis.

Tambm se chama comcio, que vem de cum ire, que significa ir com.

Votavam por crias, e aprovavam as lex curiatas.30 crias.

Algumas das assembleias de crias no eram para deliberar alguma coisa, mas sim apenas para dar cincia de coisas importantes que aconteciam em Roma, como a venda de um terreno, por exemplo.

2. Reformas de Srvio Tlio

Srvio Tlio.Filho de escravo.

Rei (Tarqunio Prisco) foi morto, mas a mulher avisou a sociedade que o rei estava bem.

Srvio ficaria responsvel enquanto o rei estivesse indisposto (na real estava morto)

Acabou ficando rei.

Sempre foi acusado pois no ter passado pela assembleia popular.

Pensava Roma de forma diferente dos interesses da populao romana.

Queria fazer uma grande reforma, pois os plebeus queriam ser reconhecidos como romanos.

Viu o problema dos plebeus, que no tinham direitos polticos.

2.1. Censo

Fez levantamento da populao e da riqueza.Atravs disso criou 5 classes.

Essas classes tambm influenciavam a organizao militar, a 1 classe era a ltima a entrar em combate.

Deixou de estabelecer a nobreza por laos de sangue, mas sim por riqueza, de modo que possibilitou que os plebeus que estavam enriquecendo fossem vistos como romanos.

Dividiu Roma em tribos, territorializando Roma.

Plebeus tiveram direitos, patrcios no gostaram, por isso Srvio Tlio foi assassinato.

Fortaleceu o exrcito.

Fortaleceu a carga tributria, estabelecendo tributos aos patrcios.

2.2. Centrias

A assembleia deixou de ser somente curiata, passando a ter a assembleia centuriata e a tribo.Curiata passou a ser a responsvel por eleger o lei.

Assembleia centuriata cuidava dos demais assuntos.

Assuntos locais era responsabilidade das tribos.

Colegiados diferentes, com competncias diferentes e funes semelhantes.Funes legislativa, judicial e eleitoral.

Assembleia curiata entrou em declnio, e a centuriata assumiu o lugar.

Mais tarde, na Repblica, criou-se a assembleia da plebe (plebiscito), de todo o povo romano, e esta tomou o lugar da centuriata.

3. Constituio Social

3.1. Patrcios

Eram os nobres, os ricos da cidade, sendo descendentes dos fundadores de Roma.

Tinha poder de votar e ser votado nas assembleias, portanto tinham acesso aos cargos pblicos.

Tinham o ptrio poder, direito de propriedade, de herana, de testamento, entre outros.

3.2. Clientes

Pessoas que trabalhavam para os patrcios.

Quanto mais clientes os patrcios tivessem, mais poderosos eram.

3.3. Plebeus

Em um primeiro momento eram considerados marginais, no eram escravos, mas tambm no eram muita coisa.

Essa classe comeou a ganhar destaque, formando a grande luta entre patrcios e plebeus.

3.4. Escravos

Considerados semoventes.

Vinham da guerra, aps Roma derrot-los.

4. O Direito na Realeza

poca urea do direito militar.

Direito quiritrio.

Baseado nos costumes e leis populares.As leis populares eram aprovadas em assembleia.

Fala-se dessas leis, mas no chegaram at ns.

Direto era exclusividade dos patrcios, ou seja, dos quiritas.

Os sacerdotes criaram os procedimentos em juzo.Trabalhavam em trs poderes: o de responder, a cautela e o agir (acompanhar em juzo).

O sumo sacerdote dos pontfices (pontificis maximus??) geria as atividades dos sacerdotes, que tiveram grandes influncias nos procedimentos romanos.

27.09

Repblica 510 a 27 a.C.

Introduo

Reformas de Srvio Tlio.Mexeu nas assembleias.- Assembleia por cria, centria e por tribo.

Mexeu no exrcito: plebeus podem mexer no exrcito.

Mudou a organizao social, dividindo a populao romana em classes, para pagar impostos e fortalecer o exrcito.- Todos os romanos integrados na sociedade e no exrcito.

Cria as tribos urbanas e rurais.- Os problemas eram resolvidos por regies.

Srvio Tlio assassinado. Tarqunio, o Soberbo, toma conta da cidade, comanda de forma arbitrria. Os reis so expulsos. O poder do rei dividido.

Organizao Social

Conflito entre patrcios e plebeus.Patrcios: nobreza hereditria. Famlias que fundaram Roma. Detinham o poder poltico. Pensavam o futuro de Roma.

Plebeus: povo livre. Pessoas que moravam em Roma e eram tolerados pela Repblica. No eram cidados da nobreza hereditria dos patrcios, no possuindo os direitos destes. Podiam ser proprietrios.

Plebeus vo embora da cidade, patrcios no tinham mais quem fizesse os trabalhos para eles, foram atrs, os plebeus exigiram uma magistratura, o Tribuno da Plebe.Alm do Tribuno da Plebe, querem um direito escrito.

Surge a lei das 12 tbuas.

Direito a comcio por tribo, o comcio da plebe, chamado de plebiscito.

Clientes: capatazes, que se colocavam sob o manto de proteo de um patrcio.

Escravos: coisas.Alguns eram ricos, tinham prestgio e respeito por parte dos patrcios.

Organizao Poltica

MagistraturaO poder de imprio do rei, passou para os magistrados.- Podiam aplicar multa, sentenciar com pena de morte, etc.- Nem todas tm.- Com: consulado, pretura, ditadura, tribunato militar.Todas as outras sem poder de imprio.

- Tribuno da plebe no pode impor coisas para a populao romana em geral, por isso no considerada com poder de imprio.

Tinham direito de falar pela populao potestas.

Atividade honorfica, no possua remunerao.

Magistratura sempre foi colegiada, para no ocorrer arbitrariedade como foi com Tarqunio.- Para usar o poder de neutralizao de ordens abusivas.

Podem vetar deciso uma das outras.

Algumas so permanentes, outras temporrias.- Cargos temporrios.

Os primeiros foram os Cnsules, com poder de mando sobre a cidade.- Consultavam os deuses antes de ir para a guerra.- Escolhiam o senador.

Depois os pretores.

Tribuno da plebe:- Presente em assembleias, senados.- Pode vetar qualquer deciso do Senado.Instrumento poltico poderoso.

A partir de ento, as leis de Roma s entravam em vigor com a aceitao de todos.- Magistrado no prope; assembleia no aprova; senado no da o exequatur; tribuno da plebe veta.- Ou seja, precisa de todos.

- Direito de ser informado de qualquer projeto se solicitar.- intocvel como o sacerdote.Abenoada pelo sumo pontfice, e quem o matasse seria julgado pelos deuses.

- Com auxiliares, os Edis.

Ditadura.

Tribunato militar.

AssembleiaA partir de Srvio Tlio:

- Cria.- Centria.- Tribos.Plebe consegue os comcios da plebe, chamado de plebiscito.

Depois de um tempo a assembleia por centria suprimi a por cria, e, posteriormente, tambm suprimida pelo plebiscito.

SenadoComea a assumir o poder executivo.

Espcie de presidente da repblica, s que colegiado.

Diviso Territorial

Roma expande o territrio, expandindo a religio tambm, aceitando a religio dos povos dominados.

Roma comanda unidades praticamente autnomas.Foedus;

Provncias: Cnsul e pr-consul (?)

Municpios: autonomia.

- Alguns municpios tinham os mesmos direitos de Roma, outros no chegavam nem a possuir cidadania romana.- Optmus jure: com direitos.- Sine suffragio: sem direitos.

Fontes do Direitos

Lei das 12 tbuas.

Lei das assembleias.

Costumes.

Jurisconsultos

Quinto Mucio SveloPrimeiro grande civilista.

Elogiado por Ccero.

Tibrio Caruncanio.Primeiro professor plebeu de Direito de Roma.

04.10

Principado 27 a.C. - 284 d.C.

AntecedentesRepblica.

- Magistraturas: poderes do rei divido. Ex.: responsvel pela jurisdio: pretor.- Senado.Grupo de conselheiros velhos.

- Assembleias:Plebe tinha o tribuno da plebe, como grande arma para garantir seus direitos.

Aps uma deciso poderia haver a provocatio ad populum, que quem fosse condenado provocava a populao para decidir sobre seu caso.

- As leis eram propostas pelo magistrado competente, precisava do cumpra-se do Senado, mas tambm da aprovao do povo, podendo ser vetados nas assembleias.

O principado comeou com um problema militar.- Aps a guerra o cnsul tinha que dissolver o exrcito e voltar como simples civil, a no ser que houvesse o triunfo (povo clamando por vitria).- Jlio Csar mudou isso, porque sabia que queriam o matar.- O exrcito respondia o seu general, e no a Repblica.- Primeiro guerra com Mrio Sila, depois Csar e Pompeu.- Csar morre.- Marco Antnio e Otvio Augusto eram amigos, brigam porque Marco Antnio matou Ccero, decidiram nas armas, e Otvio venceu.

Instituio do PrincipadoEm 27 d.C. Otvio feito prncipe, e da incio ao principado.

Ocupava o lugar do prncipe no Senado, que era o do mais velho.

Fechou todas as magistraturas na mo dele.- Primeiro o consulado.- Depois o sacerdcio.- O tribuno da plebe.- No concentrou o cargo de pretor, Augusto interferia, mas de outra maneira.

Passou a presidir o Senado, com os poderes da magistratura.

Se coloca no topo de uma hierarquia, e delega esses poderes.

Em um primeiro momento mantm as assembleias, porque diz que ainda a Repblica.- Aprovou srie de leis, mas com a aprovao do povo.- Tibrio j no fazia isso, as leis eram aprovadas somente pelo prncipe e pelo Senado, atravs de constituies imperiais.

CaractersticasEra uma diarquia entre imperador e senado.- O Senado passa a ser um rgo colegiado para aprovar as decises do prncipe.- Senado era eleito pelo principado.

Prncipe fazia relaes internacionais.

Todos os cargos partem do prncipe, que os delega.

O que ocorreu com as magistraturas, senado e assembleias popularesSenado era escolhido pelo rei, e servia somente para aprovar as decises do prncipe.

Magistraturas foram concentradas na mo do Prncipe.

Assembleias:- No deixaram de existir, mas apenas trabalhavam com coisas simblicas.- Tribuno da plebe passou a zelar pela ordem dos cemitrios.- O prncipe legislava por constituies imperiais, sem a convocao das assembleias.

A nova burocracia: em Roma e nas provnciasAlgumas provncias passam a ser senatoriais: arrecadam para o Senado.

Outras de Csar: arrecadam para o errio do povo, que na verdade estava na mo de Csar.

Todos os poderes saem do prncipe, que os delega.

Vrios cargos atribudos pelo prncipe, tanto em Roma, quanto nas provncias.

Nas provncias, os presidentes das provncias exerciam a jurisdio.

O Direito no PrincipadoAlcanou o seu auge, foi o momento do Direito Clssico romano.- Direito Clssico comea com o fim da Repblica e vai at o fim do Principado.- Pretores romanos foram uma das nicas magistraturas que Otvio no concentrou em si.

Mais ou menos em 128 a.C., aprovada por plebiscito, Lei Ebcia, aprovando o processo formulrio, que o processo civil clssico romano.

Fontes: pareceres dos jurisprudentes, as leis aprovadas, constituies imperiais, editos dos pretores, costumes e Senado tambm comeou a legislar, atravs dos senadoconsultos.- Ex. de senadoconsulto: quem negociar com um jovem dono de peclio (depende de outro e est administrando o peclio), assume os riscos, a menos que o pai ratifique.- Senado legislava por exceo, porque as fontes do direito eram vrias.

Os jurisconsultos e a influncia gregaPrimeiro grande nome do direito: Mcio Cvola, civilista.

Pompnio, Upiano, Papiniano (prncipe dos jurisconsultos romanos), Clso, Paulo, Gaio, Modestino (ltimo dos jurisconsultos clssicos romanos).

Lei das citaes: Upiano, Gaio, Paulo, Modestino e Papiniano.

Influncia grega: autores contestam; na poca de Ccero vieram professores gregos morar em Roma.- Roma sempre foi ecltica nesse ponto.- Porm no influenciou a jurisprudncia romana efetivamente.

Duas correntes importantes: Sabinianos e Proculianos. (?)

Perto de 284 Roma comeou a decair.

Dominato 284 a 565 d.C.

Ideia geralFalncia da agricultura.

Impostos pesados.- Poder central fraquejando.- Grandes negcios j no passavam por Roma em decorrncia dos impostos pesados.

Inflao.

Crise de valores.

Imperadores fracos e venais.

Grande desigualdade social.

Indisciplina militar.

Ucreciano, general respeitado, foi aclamado pelos militares, pela crte, pelos servidores, pela populao, e assumiu o poder.- Conseguiu colocar em ordem.- Fez transformao na burocracia romana.Cargos continuavam centralizados, mas organizou os territrios e os cargos.

Criou um almanaque com todos os cargos do imprio.- Imprio inteiro tinha uma cpia, e todos sabiam.

- Criou as formas de tratamento para cargos (Ilustrssimo, etc).Excelentssimo era o mais baixo.

- Mudou o processo civil romano, do processo formulrio para o processo extraordinrio.Processo extraordinrio: um juiz s, recebe as partes, ordena o processo, colhe as provas, e depois da sentena e cabe recurso.- Existia juiz que ia atrs de pequenas causas.

- O imperador est acima de todas as instituies, podendo interferir em qualquer momento.

Constantino assume, leva a capital para Bisncio e muda para Constantinopla, para perseguio aos cristos.- Dividiu o imprio em 4 prefeituras, com provncias e agrupadas em dioceses.

Teodsio, divide o imprio em oriente e ocidente, deixa de ser o pontfice mximo, e o papa assume esse cargo.

Constantinopla cai com o poder dos Turcos.

Justiniano, no fim do dominato, faz o corpus iuris civilis.

18.10

A Pessoa no Direito Romano

Segundo Gaio o direito romano pertinente a:Pessoas - Persona

Bens - Res

Aes - Axiona

T. de Gaio Inst. I, 8, 12 (justiniano I, 1 e 2)Teoria das Pessoas- Teoria das pessoas considera o indivduo nas suas relaes com a famlia, ou seja, o grupo a que ele unido por parentesco.- A unidade era a famlia.- Todo o sujeito de direito em roma uma coletividade, uma famlia.

PersonaA palavra persona vem de personare (suar atravs), que era a mscara que se utilizava no teatro grego e romano.

A palavra pessoa vem dessa representao.

Designa papel perante a sociedade, papel perante famlia, exrcito, religio, etc.

A pessoa uma categoria central no direito romano, que vem da afirmao terica de Gaio, de que o direito vem daquelas trs divises.

Divises:- Pelo status libertati: diviso mais importante, pelo estado de liberdade.Livres:- Cidados (Campo dos direitos civis).- Possui o direito de cidadania, ius civitatis. Que tem duas formas: direitos civis (justas npcias, direito de casar pelo direito quiritrio, e s quem casa assim tem ptrio poder, por exemplo; e o jus commercium, poder transmitir propriedade, etc; entre outros) e direitos polticos (direito de votar (jus suffragi) e ser votado (jus onorum), entre outros). So de dois tipos:Ingnuos: aquele que nunca foi escravo. Se identifica na sociedade por um anel de ouro.

Libertinos: usava um barrete na cabea.

- No Cidados: chegaram em Roma sem saber de onde, chamavam de peregrinos, so os estrangeiros. (Campo dos direitos das gentes)Se houver problema, ser utilizado o direito prprio da pessoa.

Escravos- Os escravos poderiam ser libertados, por diversas formas, exemplo a munimio.-

- Pelo status familiaeSui Iuris: aquele que manda em si mesmo, que tem autonomia, no estando sob a dependncia de ningum, em sentido nenhum.- Era senhor dos bens.- Poder de vida e morte sobre os filhos.- Poder do marido sobre a mulher.

Alieni Iuris: aqueles que estavam sob o poder de outros, so dependentes de algum.

- Pessoas coletivasSocietas: feita por um contrato, pessoas se unem para ganhar dinheiro. Se morresse um, deixando apenas outro, se extinguia a sociedade.

Corporao: uma empresa enorme. Ex.: teatro com 500 pessoas administrando.

25.10

Teoria dos Bens Res

Conceito de ResNo mesmo sentido de coisa para ns.

Tudo que existe fora de ns.- Porm, nem todas as coisas so bens jurdicos, porque bem somente aquilo que traz utilidade.

ClassificaesExistem muitas espcies de bens, cada categoria com regime prprio.- Depende das funes dos bens.

-Res intra patrimonium: esto no patrimnio privado.

- Res extra patrimonium: esto fora do patrimnio privado. Ex.: corao (pertence aos direitos de personalidade).

- Res divino iuris: coisas de direito divino.Res sacrae: terrenos, edifcios consagrados aos deuses superiores (Jpiter, Juno, etc).- As coisas oferecidas aos deuses passam pela consecratio (consagrao).- Estavam sob a gide dos pontfices.- Se fossem liberar o terreno, precisava liberar dos Deuses, que era a profanatio (transformar algo que divino em algo laico)Vem da o princpio do paralelismo das formas: o que se consagra de um jeito, s se desconsagra pela mesma forma. Ex.: o que se faz por escritura, s se desfaz por escritura.

Res religiosae: dedicados aos deuses inferiores, os deuses lares (ancestrais masculinos das famlias): tmulos- Em cada famlia na sala havia um fogo acesso aos ancestrais masculinos das famlias, eles acreditavam que eram protetores.

Res sanctae : portas e muros da cidade.- Limites entre a rea protegida pelos deuses da cidade (superiores e inferiores) e o restante.

- Res humanae iuris: coisas de direito humano.Res communis ommuns: coisas comuns de todos. Ex.: rios, mares.

Res publicae: coisas que pertencem Repblica romana. Ex.: estradas senatoriais, que so aquelas abertas pelo senado; o palcio do governo; o frum.

Res universitatis: tipo de atividade diferente da pblica, criada por um grupo de pessoas, at mesmo o senado. Ex.: teatros, praas, corporaes.

Res privatae: so as coisas que esto no patrimnio no privado, portanto se rege pelo direito quiritrio.

- Res mancipi: bens de produo. Ex.: terreno, escravo, cavalo.

- Res nec mancipi: bens de menor valor. Ex.: cachorro, porco, galinha, dinheiro, po.Romanos nunca se pautaram na diviso de bens mveis e imveis, pois no produziam para vender.

Obedece o desgnio de que os bens de produo ficam nas mos dos romanos, os bens de menor valor pertencem a qualquer um.

- Res corporales: coisas corpreas. Ex.: mesa corprea.

- Res incorporales: coisas incorpreas. Ex.: se der a mesa em direito de uso-fruto, ento coisa incorprea.

01.11

Processo Civil Romano

Actiones

Jurisdictio: jurisdio, que est na mo de uma pessoa, que desfruta dos trs verbos: dico, do, addico.Jurisdicente: pretor, detentor da jurisdio, o que diz o direito.- Eleito pela assembleia popular.- sucessor do rei na parte da jurisdio.- Exerce potestas, tem o poder de falar pela jurisdio romana.- Tem poder de imperium, poder de castigar, de dar ordens.Imperium merum

Imperium mixtum: imprio da jurisdio, do, dico e addico.

- Roma funcionava por arbitragem, e quem comandava era o jurisdicente.

Ius edicend (Dico, dizer solenemente): os pretores, ao assumir, baixavam os editos, que eram chamados de perptuos, mas eram perptuos somente enquanto durasse o seu tempo como pretor, depois perdia eficcia, porm, o novo pretor geralmente mantinha este edito.

Dar juiz (Do): juiz nomeado para as partes pelo pretor, aquele que apresentaria a sentena.Sentena vem de sentire, que sentimento, o que a pessoa acha.

Dar um juiz quando era uma causa simples (iudex).

Quando o caso era difcil, nomeava rbitros (arbitri).

(Addico): poder que o pretor tem de mandar cumprir a sentena do juiz.Adjudicar, adjudicao.

Outro sentido: jurisdio voluntria. Ex.: juiz determinar uma correo no Registro de Imveis.

1. Ordo Iudiciorum Privatorum

1.1 Aes da leiComeam na realeza (rei), e entram na Repblica (Cnsul pretor).

Conjunto de regras para decidir um conflito.

Vigorou nos primeiros seis sculos.

Palavras e fatos rigorosamente determinados, realizados diante dos magistrados, para chegar soluo de um processo, ou vias de execuo.

Obra dos pontfices, ainda na realeza.

Ao ordinria era a actio sacramenti, ao pelo sacramento.- Um desafiava o outro pelo sacramento (quantidade em dinheiro).

Dura at 146 a.C.

1.2 Processo FormulrioLei Ebcia.

As partes compareciam perante o pretor peregrino, ouvia os dois, e colocava isso em um formulrio.

A frmula previa tudo, o fato, a contestao, as alegaes.

Isso era enviado ao juiz nomeado (iudez ou arbitri).

Comea o perodo clssico romano.

Vai at 284 d.C.

At esse momento no cabia recurso do processo.

2. O Processo ExtraordinrioO prncipe comeou a criar cargos para resolver novos assuntos, criando a extraordinria cognitio.- Coisa nova que o direito no prev, o prncipe atribua a soluo do problema, nas mos de autoridades criadas por ele.- Ex.: prefectus urbi, prefeito da cidade, julgava questes novas, cabendo recurso ao prncipe ou a quem nomeou o julgador, e isso comea a substituir, lentamente, o pretor.

Tem uma estrutura em roma para apreciar os processos.

Nas provncias o recurso cabe Roma.

Existem juzes de pequenas causas (pedantes), que eram itinerantes e chegavam nos lugares resolvendo pequenas causas, o recurso vai para quem nomeou o juiz pedante.

nico juiz que recebe as partes, colhe provas, da sentena, e cabe recurso a quem nomeou o juiz, e, em ltimo caso, ao imperador.

3. Principais aesPoderiam ser:- Civis: baseadas nos costumes e nas aes da lei.- teis: aes adaptadas.

Poderiam ser:- Reais: ao direto em relao coisa. Ex.: Reivindicao de posse.- Pessoais: movida contra o causante do dano, e a condenao ser contra a pessoa, entra-se com a ao contra a pessoa.

Poderiam ser:- In jus: baseadas na letra da lei.- In factum: ao decorrente do fato.

Poderiam ser:- Aes diretas.- Aes contrrias.

Poderiam ser:- Aes penais: perseguem a aplicao de uma pena.- Aes repersequentes: para perseguir coisas. Ex.: ao de despejo.

Poderiam ser:- Aes perptuas: no prescrevem, as aes que vem do direito civil. Ex.: ao reinvidicatria.- Aes temporrias: prescrevem, as que tratam de direito patrimoniais disponveis criadas pelos pretores.