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12 novembro/2019 TRABALHO Nem pensar em parar de estudar. Para ser um profissional requisitado, nesses tempos de transformações incessantes, é preciso saber se adaptar às inovações e não estagnar na busca de adquisição de conhecimento. Tudo o que é sólido desmancha no ar. A ilustração do filósofo alemão Karl Marx para explicar as transfor- mações da sociedade de sua época segue atual e pode ser aplicada às inúmeras mudanças que presenciamos na educação e no mercado de trabalho. O antigo modo de formação das pessoas para a vida profissional está sendo atropelado por outras formas de aprendizagem. As tradicionais relações de trabalho que conhecemos se dissolveram por meio da tecnologia e de mudan- ças legais. Profissões antes veneradas e cristalizadas de status abrem caminhos para novas atividades em ascensão, principalmente ligadas à computação e à economia criativa. Para compreender os desafios desse cenário em constante instabilidade que afeta o mundo inteiro, ouvimos especialistas e estudantes no Workshop Algomais Educação 2019 realizado na Cesar School durante o Rec’n’Play. “Não tenho uma bola de cristal para falar como será o futuro das profissões, mas temos algumas pis- tas de um movimento que o mundo vem mostrando. Com o avanço das tecnologias todas as profissões se- rão impactadas e nós devemos nos preparar para isso”, advertiu o diretor-executivo da Cesar School Felipe Furtado. Ele conduziu o debate, promovido pela Re- vista Algomais, com mais de 100 estudantes de esco- las públicas e privadas pernambucanas. Adaptabilidade, flexibilidade e saber se comu- nicar são algumas das habilidades necessárias para qualquer profissional, segundo publicação da Hays, empresa líder mundial em recrutamento. “É preciso ser capaz de se adaptar a vários cenários. É necessá- rio estudar muito, entender de várias coisas ao mesmo tempo (não apenas da sua área específica de conheci- mento) e, principalmente, desenvolver competências socioemocionais para se reinventar nos novos contex- tos”, orientou Felipe. Parar de aprender não está nos planos do pernam- bucano Pedro Macedo, 26 anos, que se encaixa bem nesse perfil do profissional do futuro. Ele teve um início de carreira cheio de viradas. Sound designer e produtor musical, começou a trabalhar em shows no Recife, passou por produtoras em São Paulo e, atual- Por Rafael Dantas PARAR POR QUÊ?

PARAR POR QUÊ?§ão-12-17.pdfmuito sobre os cursos e as manifestações que estão sendo feitas no mundo. Fiz algumas for - mações online, mas planejo voltar a estudar uma formação

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12 novembro/2019

TRABALHO Nem pensar em parar de estudar. Para ser um profissional requisitado, nesses tempos de transformações incessantes, é preciso saber se adaptar às inovações e não

estagnar na busca de adquisição de conhecimento.

Tudo o que é sólido desmancha no ar. A ilustração do filósofo alemão Karl Marx para explicar as transfor-mações da sociedade de sua época segue atual e pode ser aplicada às inúmeras mudanças que presenciamos na educação e no mercado de trabalho. O antigo modo de formação das pessoas para a vida profissional está sendo atropelado por outras formas de aprendizagem. As tradicionais relações de trabalho que conhecemos se dissolveram por meio da tecnologia e de mudan-ças legais. Profissões antes veneradas e cristalizadas de status abrem caminhos para novas atividades em ascensão, principalmente ligadas à computação e à economia criativa. Para compreender os desafios desse cenário em constante instabilidade que afeta o mundo inteiro, ouvimos especialistas e estudantes no Workshop Algomais Educação 2019 realizado na Cesar School durante o Rec’n’Play.

“Não tenho uma bola de cristal para falar como será o futuro das profissões, mas temos algumas pis-tas de um movimento que o mundo vem mostrando. Com o avanço das tecnologias todas as profissões se-

rão impactadas e nós devemos nos preparar para isso”, advertiu o diretor-executivo da Cesar School Felipe Furtado. Ele conduziu o debate, promovido pela Re-vista Algomais, com mais de 100 estudantes de esco-las públicas e privadas pernambucanas.

Adaptabilidade, flexibilidade e saber se comu-nicar são algumas das habilidades necessárias para qualquer profissional, segundo publicação da Hays, empresa líder mundial em recrutamento. “É preciso ser capaz de se adaptar a vários cenários. É necessá-rio estudar muito, entender de várias coisas ao mesmo tempo (não apenas da sua área específica de conheci-mento) e, principalmente, desenvolver competências socioemocionais para se reinventar nos novos contex-tos”, orientou Felipe.

Parar de aprender não está nos planos do pernam-bucano Pedro Macedo, 26 anos, que se encaixa bem nesse perfil do profissional do futuro. Ele teve um início de carreira cheio de viradas. Sound designer e produtor musical, começou a trabalhar em shows no Recife, passou por produtoras em São Paulo e, atual-

Por Rafael Dantas

PARARPOR QUÊ?

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13novembro/2019

mente, montou um estúdio no seu aparta-mento no bairro de Perdizes, na capital pau-lista, e presta serviços para clientes diversos. Seu trabalho está presente no cinema, nas publicidades e na gravação de álbuns mu-sicais. O mais novo campo está nas mídias interativas, em que ele presta serviço para um app feito para a plataforma do Google Assistente. Pedro trabalha no aperfeiçoa-mento do áudio das conversações dos usuá-rios de aplicativos com robôs, como a Siri, a assistente inteligente da Apple.

Pesquisador de música desde a adoles-cência, o pernambucano fez um curso tecnó-logo de produção fonográfica. Depois disso, trabalhou alguns anos na Fundarpe, onde aprendeu a fazer a produção de palco e shows, além da montagem de som. Há dois anos sua formação profissional deu um novo passo em São Paulo, onde foi fazer um curso de áudio e acústica. Estão nos planos do profissional seguir para a França e estudar programa-ção para artes e mídias interativas. “Pesquiso muito sobre os cursos e as manifestações que estão sendo feitas no mundo. Fiz algumas for-mações online, mas planejo voltar a estudar uma formação mais longa que pode ajudar a

agregar muito na minha produção de áudio para arte sonora”, planeja Pedro.

De acordo com o diretor da Cesar School, há 20 ou 30 anos as pessoas rece-biam uma educação tradicional que servia para o resto da vida. Mas hoje a geração que está nascendo precisará, assim como Pedro, aprender continuamente durante a vida.

O trabalho home office para vários “pa-trões” – que estão distribuídos pelo País e até no exterior – é outra tendência das carreiras profissionais que também é uma realidade na rotina de Pedro. Além de prestar serviços em casa, ele também viaja bastante. Pedro fechou a agenda do último mês com uma turnê no interior de São Paulo em shows, a produção de um filme em Maceió e um job em uma gravadora na capital paulista.

Para onde ele vai, leva ainda um “mini es-túdio”, que é uma unidade móvel para atender aos clientes remotos. “É difícil gerir o tempo com várias coisas acontecendo. Abri mão de um emprego certo para trabalhar com uma rede de clientes. Mas hoje posso morar em qualquer lugar do mundo e tenho trabalho”, diz, entusiasmado com a adaptação aos novos mercados que se abriram.

Marcos se formou em segurança da informação, agora estuda análise de dados e estatísticas, além de almejar uma pós-graduação em ciência de dados.

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As mudanças na carreira de Pedro estão em sintonia com uma tendência de autono-mia que já é uma realidade no mundo inteiro. “Temos uma relação de trabalho que aponta para a autonomia do indivíduo, que está co-locada não apenas na sua própria atividade de trabalho, mas na formalização do contra-to de trabalho”, aponta Bruno Montarroyos, que é mestre em ciência política com foco em relações internacionais e especialista em po-líticas educacionais e inovação. “O aumento do home office ou do teletrabalho e o fato do profissional controlar o seu próprio horário são algumas tendências que encurtam a dis-tância entre o empregado e o empregador. Uma situação em que o próprio trabalhador faz a gestão do seu tempo e monitora os seus resultados”, apontou Montarroyos.

Bruno, por exemplo, é líder da Divisão de Gestão de Atendimento Técnico de Serviços no Serpro (Serviço Federal de Processamen-to de Dados), mas se divide em uma série de atividades. Ele é Google innovator certifi-cado para a educação (educador inovador), atua como mentor em eventos de hackatons e como voluntário em startups weekends. Teve que batalhar desde muito cedo e fez vá-rias atividades. Uma trajetória que o ensinou bastante e contribuiu para suas múltiplas ati-vidades profissionais.

“Hoje consigo ver o quanto isso foi bom. Quanto mais experiências múltiplas melhor. Sempre buscando uma vivência nova, com pessoas diferentes e aprendendo junto”. Em um

mundo em constante mutação, onde as empre-sas têm valorizado cada vez mais a diversidade de olhares nas suas equipes, o especialista acre-dita que conhecimento compartilhado e traba-lho colaborativo, além de aumentar a competi-tividade dos profissionais, podem tornar a vida das pessoas cada vez melhor.

AUTOMAÇÃOCom as mudanças tecnológicas, enquanto algumas profissões devem desaparecer ou ser altamente impactadas, outras estarão em alta. De acordo com a OCDE (Organiza-ção para Cooperação de Desenvolvimento Econômico) quase dois terços das crianças matriculadas no ensino fundamental atual-mente trabalharão em carreiras que sequer existem. No Brasil, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços estima que até 2055, cerca de 60% das atividades de traba-lho serão substituídas pela automação.

Para Bruno Montarroyos, a ciência de da-dos, a inteligência artificial e a biotecnologia são algumas áreas que seguirão com inten-sa necessidade de atividade humana por um bom tempo. Tendências que precisam ser ob-servadas pelos estudantes que estão entrando no mercado de trabalho.

Quem decidiu abraçar uma dessas carrei-ras em ascensão foi o jovem Marcos Barboza, 20 anos. De família humilde do município de Moreno, ele sempre estudou na rede pública e se formou no curso tecnólogo em segurança da informação, numa época em que sequer tinha

Além de fazer vários cursos, o produtor

musical Pedro abriu mão de um

emprego fixo e montou um

estúdio em casa para trabalhar para "diversos

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um notebook em casa. “Estudei o tempo todo com o computador da faculdade”, conta. Agora tem se dedicado a estudar análise de dados e es-tatísticas para aumentar seu campo de atuação, na promissora área de ciência de dados, em que ele pretende fazer uma pós-graduação.

Seu despertar para esse segmento aconteceu quando estudava na Escola Técnica Maximiano Accioly Campos (Etemac), em Jaboatão, e teve a oportunidade de fazer uma formação técnica em redes. “Sou fascinado pelo pensamento estratégi-co que está por trás da segurança da informação, que é de estar um passo à frente das pessoas que tentam quebrar as barreiras tecnológicas. Para o futuro, penso em investir na área de ciências de dados, que tem um mercado bem amplo aqui no Recife”, avalia, em referência ao Porto Digital. “Temos um polo tecnológico grande que abre oportunidades para pessoas qualificadas”.

Se a área é promissora, também é exigen-te em formação continuada. “É essencial não parar de estudar, principalmente no cam-po da tecnologia, que surge uma novidade a cada 10 segundos. Quem para de buscar conhecimentos fica para trás no mercado”. Enquanto a sonhada pós-graduação não che-ga, ele investe seu tempo em plataformas de ensino a distância, como a Udemy e a Alura.

Montarroyos: "O aumento do home office ou do teletrabalho é uma das tendências nas quais o próprio trabalhador faz a gestão do seu tempo e monitora os seus resultados”.

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16 novembro/2019

E AS ESCOLAS?Se o mercado de trabalho já exige novas habi-lidades e uma série de atividades laborais estão substituindo ocupações mais tradicionais, como a escola está preparando os adolescentes para esse novo cenário? Na avaliação dos especialis-tas e dos estudantes de redes públicas e privadas presentes no Workshop Algomais Educação, as instituições de ensino seguem focadas na trans-missão de conteúdo com foco no desempenho dos alunos no Enem.

“Se a escola não se reinventar e ficar só no con-teúdo pelo conteúdo para fazer uma prova, ela não estará preparando ninguém nem para o presente, quanto mais para o futuro. Os currículos escolares não estão acompanhando a mudança que o mun-do está pedindo. Sobretudo na educação básica é preciso equilibrar o aprendizado das competên-cias cognitivas com as ditas socioemocionais”, de-fendeu Armando Vasconcelos, diretor do Colégio Equipe, membro do conselho editorial da Revista Algomais e mediador do evento.

O estudante Pedro André, aluno do ensino médio da Escola Técnica do Porto Digital, ressal-tou como os adolescentes são pressionados para

fazer a escolha da profissão, num período repleto de incertezas. “Recebemos muita pressão do mer-cado de trabalho, que chegam ao ambiente escolar. Mas penso que daqui há seis anos, quando con-cluir o ensino superior, é provável que o trabalho que penso em fazer agora nem seja mais viável. É preciso um apoio no ambiente escolar para a gente aprender a pensar em como se desenvolver para o futuro e ser mais flexíveis também”.

Outra crítica feita durante o debate foi em relação ao processo de avaliação para ingres-so nas universidades. A estudante do colégio Fazer Crescer, Beatriz Férre, 16 anos, sugere o uso de modelos que já são aplicados por insti-tuições americanas que consideram na seleção outros fatores, que não apenas uma prova de conhecimentos. “Na avaliação dos alunos para a Universidade de Cambridge, por exemplo, eles estão interessados em saber a capacidade de aprendizado da pessoa. Em seleções interna-cionais há também a avaliação da participação social e das atividades extracurriculares, isso valoriza o cidadão que está realmente integrado na sua sociedade. Se as faculdades do Brasil in-

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vestissem mais nisso estariam promovendo uma cidadania mais ativa, do que só decorar conteú-do” sugere a estudante.

Felipe Furtado avalia como uma grande “maldade” a pressão exercida sobre os estudan-tes, em especial durante o ensino médio. Ele defendeu a necessidade do ambiente escolar contribuir para a preparação do aluno para a adaptabilidade e a capacidade de ter um pensa-mento crítico, que serão habilidades essenciais para o futuro profissional, independente da for-mação superior escolhida pelos estudantes.

Assim como Beatriz, Furtado sugeriu que seja repensada a forma de ingresso dos estudantes ao ensino superior. Instituições no exterior e o pró-prio Cesar School adotam avaliações mais com-plexas. Exames que consideram o mapeamento de competências e testes para identificar as habilida-des dos candidatos como a resolução de proble-mas, criatividade, trabalho em equipe e liderança.

O isolamento dos estudantes e dos profis-sionais diante das pressões por resultados e pelo uso de tecnologias foi a preocupação levantada por Thays Coelho, da Escola Municipal Octá-vio Meira Lins. “Uma das pesquisas que li sobre profissões dizia que 90% das demissões de em-pregos na área de tecnologia são motivadas por questões comportamentais. Nesse período atual, em que há muitas pessoas isoladas do mundo, sem interagir, o que elas deveriam fazer para sair desse isolamento?”, indagou.

Furtado afirmou que, de fato, o mundo di-gital, em alguns cenários, leva as pessoas para o isolamento e que esse é um problema a ser superado por um grupo grande de jovens pro-fissionais. “Muitas pessoas saem das empresas não por problemas técnicos, mas porque não conseguem trabalhar em grupo, ser flexíveis, se-guir um processo de construção coletiva. A saída desse isolamento, no entanto, não é um papel só da escola. É da família também e de um esforço do próprio jovem, porque isso irá impactar no futuro do seu trabalho”, respondeu.

POPULAÇÃO VULNERÁVELO acesso da população mais vulnerável eco-nomicamente ao mercado de trabalho tam-bém foi questionada pelos estudantes. “O que acontecerá com as camadas mais populares que perderão seus trabalhos com a automatização? Aumentará o desemprego e a desigualdade?”, indagou a aluna do colégio Conecta Maria Bea-triz, 16 anos. Furtado considera que os impac-tos já estão acontecendo em várias profissões, criando dificuldades econômicas e sociais para uma parcela da sociedade que não consegue se reciclar e se recolocar no mercado. Mas, ele tem a expectativa de que novas atividades abram oportunidades para as pessoas. “Todas as revo-luções causam isso, com perdas de postos para uns e ganhos para outros. Estamos na 4ª Revo-lução Industrial. Não tem como lutar contra a tecnologia, mas melhorar a educação e fazer políticas públicas de inclusão social, com me-canismos de inserção dessas pessoas”, sugeriu.

Outra preocupação levantada no workshop foi com a necessidade de qualificação da popu-lação mais idosa. “Há uma tendência de enve-lhecimento da população e do alongamento das carreiras. Como as pessoas mais velhas que estão no mercado de trabalho podem se adaptar a esse processo de automação, já que elas têm mais difi-culdade de se inserir nos postos com maior exi-gência tecnológica?”, questionou o estudante do Colégio Fazer Crescer, Francisco Beltrão, 17 anos.

Para Furtado, não há uma fórmula pronta, mas uma diretriz. “Acho que a palavra chave para isso é desaprender o que eles sabiam e aprender novas coisas. “A solução passa pelo governo com a adoção de políticas públicas e também por nós, enquanto sociedade, para encontrar mecanismos de inclusão dessas pessoas”, propõe Furtado, res-saltando que a Cesar School está capacitando pes-soas de 50 a 60 anos, que aprenderam profissões ligadas à tecnologia décadas atrás e estão com di-ficuldade para se recolocar no mercado.

No Workshop Algomais Educação alunos debateram como as instituições de ensino estão preparadas para formar o profissional do futuro.