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Parasitoses transmitidas com participação de vetores Doença de Chagas Malária Leishmaniose Filariose 1

Parasitoses transmitidas com participação de vetores

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1. Parasitoses transmitidas com participação de vetores. Doença de Chagas. Malária. Leishmaniose. Filariose. 2. Doença de Chagas. Agente etiológico. 3. Descoberto em 1909 por Carlos Chagas. - Parasita - Vetor - Modo de transmissão. Carlos Chagas. (1879-1934). 4. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Parasitoses transmitidas com participação de vetores

Doença de

ChagasMalária Leishmaniose Filariose

1

Page 2: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Doença de Chagas2

Page 3: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Agente etiológico

Descoberto em 1909 por Carlos Chagas.

- Parasita - Vetor- Modo de transmissão

(1879-1934)

Carlos Chagas

3

Page 4: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Em 1986, entrou em cena o Plano Cruzado II e, em 20 de fevereiro de 1987Presidente José Sarney.

Em 1989, o Plano Verão - o Cruzado Novo.

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Page 5: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Distribuição geográfica da doença de Chagas em humanos e seus quatro principais vetores

Distribuição:47oN (América do Norte) à Patagônia

Trypanosoma cruzi

Filo: SarcomastigophoraClasse: ZoomastigophoraOrdem: KinetoplastidaFamília: Trypanosomatidae

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Page 6: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• America Latina (México-Argentina) -16-18 milhões de casos (WHO, 1995) -100 milhões de pessoas em áreas de risco

• EUA: aumento gradativo de casos devido à imigração latina.

Epidemiologia

Transmissão:

1. Vetorial 2. Transfusional 3. Congênita 4. Acidentes de laboratório, Caldo de cana e açaí

6

Page 7: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Surto de Chagas em SC já tem 31 casos confirmados

Brasília - O número de casos confirmados de doença de Chagas em Santa Catarina já chegou a 31. Outros 14 estão sob observação, com suspeita da doença, e a Secretária de Saúde do Estado já faz uma estimativa de que cerca de 50 mil pessoas podem ter contraído a doença após ingerir caldo de cana contaminado.

7

Page 8: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Infecções freqüentes  19/04/2005

Por Eduardo Geraque Agência FAPESP - Na cidade de Teotônia, a 100 quilômetros de Porto Alegre, uma microepidemia da doença de Chagas atingiu 17 pessoas. O caso não é recente, mas ocorrido em 1965. Foram cinco mortes em 40 dias. Exames patológicos realizados em dois pacientes que entraram em óbito nos primeiros 15 dias identificaram ninhos de Trypanozoma cruzi no músculo cardíaco. “A suspeita maior é que a contaminação tenha ocorrido por ingestão de carne malpassada de algum animal que estava com o parasita”, disse Sérgio de Abuquerque, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, à Agência FAPESP. Segundo o pesquisador, depois desse episódio na década de 1960 é que a ciência passou a estudar mais a fundo a questão. “Isso culminou com a publicação de um artigo em 1978, no qual os autores confirmaram a transmissão oral da doença em mamíferos”, explica o pesquisador. Os casos gaúchos e os registrados em 2005 em Santa Catarina apresentam características muito semelhantes, segundo avaliação de Iseu Gus, do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. “Nesses dois episódios, a transmissão via oral mostrou que em alguns infectados ela causa um quadro agudo e apresenta uma virulência muito alta”, afirma o pesquisador gaúcho. O mecanismo responsável por essa relação ainda é pouco conhecido. Um artigo assinado por Gus, em 1993, na revista Arquivos Brasileiros de Cardiologia, mostra mais um lado da microepidemia no interior do Rio Grande do Sul. Uma análise feita em oito dos indivíduos que sobreviveram às infecções de 1965 – e que tiveram exames sorológicos positivos na época – não desenvolveram nenhuma complicação de saúde por causa dos parasitas. “A evolução dos oito casos, em 25 anos, foi benigna. Não apresentou nenhum sinal ou manifestação orgânica de doença de Chagas ou de miocardiopatia”, lembra Gus. O pesquisador gaúcho espera que os casos catarinenses tenham sido registrados de forma correta, para que esse acompanhamento, durante as próximas décadas, possa ser feito. “No caso dos que entraram em óbito em 1965, não havia manifestações clássicas de Chagas agudo. As pessoas tinham quadro infeccioso não específico”, disse. Depois do Rio Grande do Sul, destaca Albuquerque, um outro surto importante ocorreu em outubro de 1986 na cidade de Catolé do Rocha, na Paraíba. “A infecção foi comprovada em 26 indivíduos. A hipótese mais provável é que a transmissão via oral também tenha ocorrido por causa do caldo de cana contaminado”, conta. O pesquisador da USP também lembra que casos semelhantes ocorreram tanto no ano 2001, no Pará, como em 2005, no Amapá, provavelmente causados pela ingestão de suco de açaí contaminado. “Sob o meu ponto de vista, no caso específico de Santa Catarina, houve a moagem do triatomíneo infectado com a cana. Eles devem ter sido atraídos pela luz da barraca e caído na moagem”, explica Albuquerque. A transmissão do T. cruzi pela via oral é muito comum no ambiente silvestre da doença. Isso pode ocorrer tanto pelos animais onívoros que ingerem os insetos contaminados como pelo carnivorismo existente entre as diferentes espécies de animais. “Outros casos de infecção oral podem ocorrer com relativa freqüência, por descuidos básicos com as condições de infra-estrutura e higiene”, alerta o cientista.

Page 9: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Chagas

Page 10: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

multiplica no interior das

células musculares, Infective stage

Diagnostic stage

Repasto sanguíneo – trypomastigota metacíclico

nas fezes1

8

Tripomastigoto metacíclico –

Porção posterior do trato digestivo

7

multiplicação

Epimastigotos – no trato digestivo

6

4

Tripomastigoto

Pode infectar outras células - amostigotas e novos focos de

infecção

Tripomastigoto metacíclico –

penetra várias celulas

2

3 Amastigoto

pequena e em forma de ovo

5

Repasto sanguíneo

10

Page 11: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

multiplica no interior das

células musculares, Infective stage

Diagnostic stage

Repasto sanguíneo – trypomastigota metacíclico

nas fezes1

8

Tripomastigoto metacíclico –

Porção posterior do trato digestivo

7

multiplicação

Epimastigotos – no trato digestivo

6

4

Tripomastigoto

Pode infectar outras células - amostigotas e novos focos de

infecção

Tripomastigoto metacíclico –

penetra várias celulas

2

3 Amastigoto

pequena e em forma de ovo

5

Repasto sanguíneo

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Page 12: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

multiplica no interior das

células musculares, Infective stage

Diagnostic stage

Repasto sanguíneo – trypomastigota metacíclico

nas fezes1

8

Tripomastigoto metacíclico –

Porção posterior do trato digestivo

7

multiplicação

Epimastigotos – no trato digestivo

6

4

Tripomastigoto

Pode infectar outras células - amostigotas e novos focos de

infecção

Tripomastigoto metacíclico –

penetra várias celulas

2

3 Amastigoto

pequena e em forma de ovo

5

Repasto sanguíneo

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Page 13: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

multiplica no interior das

células musculares, Infective stage

Diagnostic stage

Repasto sanguíneo – trypomastigota metacíclico

nas fezes1

8

Tripomastigoto metacíclico –

Porção posterior do trato digestivo

7

multiplicação

Epimastigotos – no trato digestivo

6

4

Tripomastigoto

Pode infectar outras células - amostigotas e novos focos de

infecção

Tripomastigoto metacíclico –

penetra várias celulas

2

3 Amastigoto

pequena e em forma de ovo

5

Repasto sanguíneo

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Page 14: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

multiplica no interior das

células musculares, Infective stage

Diagnostic stage

Repasto sanguíneo – trypomastigota metacíclico

nas fezes1

8

Tripomastigoto metacíclico –

Porção posterior do trato digestivo

7

multiplicação

Epimastigotos – no trato digestivo

6

4

Tripomastigoto

Pode infectar outras células - amostigotas e novos focos de

infecção

Tripomastigoto metacíclico –

penetra várias celulas

2

3 Amastigoto

pequena e em forma de ovo

5

Repasto sanguíneo

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Page 15: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

multiplica no interior das

células musculares, Infective stage

Diagnostic stage

Repasto sanguíneo – trypomastigota metacíclico

nas fezes1

8

Tripomastigoto metacíclico –

Porção posterior do trato digestivo

7

multiplicação

Epimastigotos – no trato digestivo

6

4

Tripomastigoto

Pode infectar outras células - amostigotas e novos focos de

infecção

Tripomastigoto metacíclico –

penetra várias celulas

2

3 Amastigoto

pequena e em forma de ovo

5

Repasto sanguíneo

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Page 16: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Epimastigota

Tripomastigoto metacíclico

Tripomastigota

Amastigota

VertebradoInvertebrado

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Page 17: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores
Page 18: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Vários T. cruzi no momento em que se

aderem a uma fibra muscular cardíaca

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Page 19: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Forma digestiva-Megaesôfago-Megacólon

Podem ocorrer formas mistas em que se associam sintomas cardíacos e digestivos

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Page 20: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

triatomas (barbeiros)19

Page 21: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

triatomas (barbeiros)20

Page 22: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Ordem Hemiptera

1

2

Interesse Médico-

Veterinário

Famílias1. Reduviidae2. Cimicidae

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Page 23: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

– Hemiptera – espécies hematófagas:– Reduviidae - Triatominae

(barbeiros)– Cimicidae - percevejos de cama– hemimetábolos

– todos os estágios e ambos os sexos são hematófagos

Artrópodes de importância médica22

Page 24: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Vetores da doença de Chagas•Insetos hemípteros: provavelmente evoluídos a •partir de predadores

Classe: InsectaOrdem: HemipteraFamília: ReduviidaeSubfamília:TriatominaeGêneros: Triatoma (15) Panstrogylus Mais importantes na trasmissão

Rhodnius da doença de ChagasEspécies: 123

•Hábitos distintos, mas todos potenciais vetores do T. cruzi•Nomes vulgares:- Brasil:barbeiro, bicho-de-parede, bicudo, chupança, chupão, fincão, percevejo-do-sertão, piolho-de-piaçava, procotó, vum-vum, etc.- Países Hispano-americanos: chepito, chinche-bebesangre, pelados, quipito, talaje, vinchuca, etc.

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Page 25: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Triatoma infestans Panstrongylus megistus Rhodnius prolixus Triatoma dimidiata

Triatoma pallidipennis Triatoma sordida Triatoma brasiliensis

Triatomíneos mais importantes na transmissão da doença de Chagas

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Page 26: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Estampa de um barbeiro, no caso uma fêmea (1 ou 4), que pode ser identificada pela diferença de sua parte traseira em relação ao macho (3).Também, em destaque, a cabeça (2) do inseto.

fêmea

macho

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Page 27: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

hemíptero fitófago (sugador de seiva)

hemíptero hematófago

hemíptero predador

hematófago predador fitófago26

Page 28: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Hemíptero hematófago27

Page 29: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• permanece debaixo da cabeça e é distendido no momento da picada

• aparelho bucal do tipo picador-sugador• o rostro (probóscida ou tromba) é triarticulado

• Triatoma infestans• Rhodnius prolixus• Panstrongylus megistus • principais espécies transmissoras

da tripanossomose americana

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Page 30: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Morfologia dos vetores

Morfologia Externa: • Triatomíneos adultos: 1,6 – 44 mm

• Fases ninfais sempre menores que os adultos; às vezes microscópicas

• Cor geral: negro ao palha-claro, com combinação de manchas e desenhos variados

• Cabeça coniforme, conectada ao tórax por meio do pescoço, possuindo assim movimentos livres

29 Ciclo Biológico dos Triatomíneos

Tanto machos quanto as fêmeas sofrem repasto sanguíneo

Page 31: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• Aparelho genital: •Macho, adulto:

- utilizado como parâmetro para diferenciação específica- isoladamente, não tem valor taxonômico- cápsula arrendondada, conectada por meio de tecido fibroso flexível, à porção terminal ventral dos últimos segmentos abdominias. - dois fórceps laterais articulados de tamnahos e formas

diferentes- Processo anal

•Fêmea: poucas características usadas para identificação específica

Morfologia dos vetores30

Page 32: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Tubo digestivo do Barbeiro

T. cruzi coloniza a parede intacta sem penetração ou erosão de camada cuticular externa

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Page 33: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

•Morfologia interna•Trato alimentar:

•Dividido em três seções, acrescidas de glândulas salivares e anexos, constiuídas pelo intestino anterior, médio e posterior.

•Intestino anterior: - precedido pela probóscide (pro-mesêntero)

- glândulas salivares: 3 pares localizadas na cavidade

torácica, contíguas à parte incial do tubo disgetivo;

secreções com propriedades anticoagulantes e anestésicas

Morfologia dos vetores32

Page 34: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

•Intestino médio: - maior porção do tubo digestivo (mesêntero) - proventrículo e estômago

•Intestino posterior: - saco muscular, relativamente grande, com grande (pós-mesêntero) capacidade de distensão

- contém normalmente material fecal

- tubos de Malpighi (4, longos), vávula pilórica e reto

- reto: tripomastigottas metacíclicos

Morfologia dos vetores33

Page 35: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Como o Trypanosoma cruzi se liga à cutícula retal de Triatoma infestans ?

Tecidos intestinais de triatomíneos – lectina galactose ligante

Hipótese: moléculas de galactoses no flagelo do tripanosoma

participam do processo de adesão no reto 

Informações e Hipóteses: * Adesão dos epimastigotas influenciando a metaciclogênese  * Substrato natural: quitina da cutícula * Receptores putativos:

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Page 36: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Transmission electron micrograph of Trypanosoma cruzi in the small intestine of Triatoma infestans x8000. Region with apical extracellular membrane layers. ecml, extracellular membrane layers; f, flagellate; gc, gut contents; m, microvilli.

Transmission electron micrograph of Trypanosoma cruzi in the small intestine of Triatoma infestans x8000. Region where extracellular membrane layers are poorly developed or absent. ecml, extracellular membrane layers; f, flagellate; gc, gut content; m, microvilli.

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Page 37: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

triatomas (barbeiros)• Triatoma infestans: principal vetor na América

do Sul

• Clima temperado e seco

• Hábitat doméstico ou peridomiciliar

• Cada repasto sangüíneo desencadeia a produção de ovos pela fêmea (fecundada ou não)

36

Page 38: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

triatomas (barbeiros) Panstrongylus e Rhodnius: hábitos domiciliares e

ambientes silvestres

tatu gambá

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Page 39: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

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Page 40: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• Ciclo silvestre:

- ciclo primitivo: natureza enzoótica; protozoário circulando entre vetores e reservatórios silvestres

- ecótopos primitivos do T. cruzi : -desertos norte-americanos

-altiplanos andinos

-floresta amazônica, mata atlântica

-caatinga, cerrado, pampa úmido

- Ambientes ecologicamente “fechados” ou semi-abertos

- T. cruzi em mamíferos silvestres de pequeno e médio portes e em insetos vetores.

Vetores e o ciclo silvestre39

Page 41: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Vetores e o ciclo silvestre

• Ciclo silvestre:

-Triatomíneos podem formar colônias em ecótopos naturais: palmeiras, ocos e cascas de árvores, ninhos de animais silvestres (passáros, roedores, marsupiais, quirópteros), pedregais, etc.

- T. cruzi causa baixíssima ou nenhuma ação patogênica sobre seus hospedeiros naturais: estado de equilíbrio desenvolvido por longa adaptação evolutiva.

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Page 42: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• Ecótopos naturais:

- Palmeiras (no Brasil: macaubeira, buriti, babaçu):

- Ambiente predileto para R. prolixus e negletus, P. mesgistus e T. sordida

- Outros habitats de vertebrados: cavernas, tocas, etc.

- Reservatórios silvestres: marsupiais (gambás), tatus, roedores, morcegos, gatos e cachorros selvagens, coelhos, raposas e primatas.

Vetores e o ciclo silvestre41

Page 43: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• Ecótopos naturais: - Primatas: ponte fundamental à adaptação de cepas silvestres (zimodema 1) ao ciclo doméstico do T. cruzi

- Vetores estritamente silvestres: Psammolestes tertius, Cavernicola pilosa, etc.

- Vetores estritamente domiciliares: Triatoma rubrofasciata

- Vetores de comportamento ubiquista: T. brasiliensis, T. pseudomaculata, T. sordida, P. megitus

Vetores e o ciclo silvestre42

Page 44: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• Ciclo doméstico: - Situação mais recente no contexto histórico, definida por

fatores antrópicos- Homem é um dos últimos reservatórios naturais do T. cruzi- Fatores bioecológicos e político-sociais aproximaram o homem

do ciclo ezoótico na América Latina

Vetores e o ciclo doméstico

- Causas principais:1- Alterações radicais no meio ambiente2- Habitações e construções peridomiciliares precárias

(galinheiro, chiqueiro, curral, depósitos)3- Grandes migrações e deslocamentos populacionais,

carreadores da infecção e de vetores de alta capacidade de domiciliação (por exemplo, T. infestans)

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Page 45: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Diagnóstico

Fase aguda

- Microscopia – detecção de tripomastigotas sanguíneos – gota espessa - esfregaço - após centrifugação em tubos de micro-hematócrito

-Sorologia – níveis elevados de IgM (sensibilidade baixa)- imunoflorescência indireta- ELISA

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Page 46: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Diagnóstico

Fase crônica

- Sorologia – níveis elevados de IgG- imunofluorescência indireta- hemaglutinação- ELISA

- PCR – alta sensibilidade – fase de desenvolvimento

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Page 47: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Xenodiagnóstico

Fase aguda – pode detectar baixas parasitemias – 15 dias

Fase crônica – sensibilidade relativamente baixa, mas pode confirmar o diagnóstico

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Page 48: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Prevenção48

Page 49: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Profilaxia

(medidas que impedem que indíviduos sadios adoeçam)

1 - medidas específicas: luta antivetorial e cuidados para evitar a tranmissão transfusional

2 - medidas inespecíficas: melhoria da qualidade de vida da população

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Page 50: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Profilaxia - Medidas 1. Educação sanitária.2. Luta contra o vetor.

a) Inseticidas.b) Reboque das paredes.c) Vigilância e manutenção constantes de áreas tratadas.

3. Melhoramento ou substituição de moradias precárias.4. Prevenção da transmissão vetorial.5. Detecção dos casos agudos, congênitos e crônicos

assintomáticos.6. Assistência aos doentes chagásicos agudo indeterminado e

crônico.7. Cuidado no manejo de animais silvestres ou de laboratório

contaminados ou suspeitos de contaminação.8. Ensino e pesquisa em doença de Chagas.

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Page 51: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Controle específico (controle químico):

- Borrifação com inseticidas: casa e peridomicílio.

- Institucionalizado no Brasil em 1950, pelo Serviço Nacional de Malária.

- Inseticidas:

- Usados inicialmente:

- clorados: BHC (hexacloro-ciclo-hexano) e Dieldrin

- fosforados: fenitrohion

-Atuais: piretróides: cyfluorina, cypermetrina, deltametrina

Profilaxia51

Page 52: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• Vacinas de 1a Geração

Tentativas de vacinação com organismos vivo

• pré-inoculações com doses sub-letais de T. cruzi ou com cepas de baixa virulência

• pré-inoculações com Trypanosoma spp. não patogênicos para o homem, particularmente T. lewisi

• pré-inoculações com tripanosomatídeos de outros gêneros, particularmente Leptomonas

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Page 53: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• Vacinas de 1a Geração

Tentativas de vacinação com organismos vivo

• pré-inoculações com cepas atenuadas de T. cruzi

• pré-inoculações com parasitas vivos não proliferantes, sejam irradiados sejam com a capacidade de reprodução bloqueada por diferentes agentes

Resultados: Apenas proteções parciais em camundongos

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Page 54: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• Vacinas de 1Vacinas de 1aa Geração Geração

Tentativas de vacinação com organismos Tentativas de vacinação com organismos mortos mortos

-Primeira tentativa: Emile Brumpt, em 1913.-Primeira tentativa: Emile Brumpt, em 1913.

-Tripomastigotas ou epimastigotas de -Tripomastigotas ou epimastigotas de T. cruziT. cruzi mortos pelo mortos pelo calor, calor, por formolização, com ácido perclórico, por irradiação por formolização, com ácido perclórico, por irradiação ou com ou com anti-sépticos, particularmente o mertiolato, e anti-sépticos, particularmente o mertiolato, e inoculados em inoculados em camundongos com ou sem coadjuvantes. camundongos com ou sem coadjuvantes.

-A mortalidade dos animais após o desafio tenha sido nula, -A mortalidade dos animais após o desafio tenha sido nula, a a parasitemia sempre esteve presente. parasitemia sempre esteve presente.

-Avaliação da evolução crônica nunca foi feita. -Avaliação da evolução crônica nunca foi feita.

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Page 55: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• Vacinas de 1Vacinas de 1aa Geração Geração

Tentativas de vacinação com organismos mortos Tentativas de vacinação com organismos mortos

• Em macacos Em macacos RhesusRhesus inoculados com tripanosomas inativados com inoculados com tripanosomas inativados com mertiolato: mertiolato:

a) os macacos não eram protegidos contra o posterior desafio a) os macacos não eram protegidos contra o posterior desafio b) controles apenas vacinados desenvolviam lesões b) controles apenas vacinados desenvolviam lesões

miocárdicas.miocárdicas.

• Tentativas de vacinação com frações celularesTentativas de vacinação com frações celulares

Resultados: ApenasResultados: Apenas proteções parciais ou proteções parciais ou nenhuma proteção nenhuma proteção

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Page 56: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• Vacinas de 2Vacinas de 2aa Geração Geração

Tentativas de vacinação com antígenos Tentativas de vacinação com antígenos purificadospurificados

As frações celulares cederam lugar a componentes celulares As frações celulares cederam lugar a componentes celulares purificados como antígenos vacinantes. purificados como antígenos vacinantes.

-Purificações químicas de sacarídeos e lipossacarídeos: -Purificações químicas de sacarídeos e lipossacarídeos:

•Notória chagastoxina uma fração fenólica de formas Notória chagastoxina uma fração fenólica de formas produziu apenas proteção parcial além de toxicidade. produziu apenas proteção parcial além de toxicidade.

•Uma fração lipopolissacarídea de formas tripomastigotass, Uma fração lipopolissacarídea de formas tripomastigotass, em vez de induzir proteção, levou a uma exacerbação das em vez de induzir proteção, levou a uma exacerbação das infeções). infeções).

-Antígenos purificados de metacíclicos-Antígenos purificados de metacíclicos

Resultados: ApenasResultados: Apenas proteções parciais ou proteções parciais ou nenhuma nenhuma proteçãoproteção

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Page 57: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

• Vacinas de 3Vacinas de 3aa Geração Geração

Tentativas de vacinação com genes do parasitaTentativas de vacinação com genes do parasita

--As primeiras tentativas de proteção de murinos contra o As primeiras tentativas de proteção de murinos contra o T. cruziT. cruzi utilizando seus próprios genes começaram em 1998. utilizando seus próprios genes começaram em 1998.

-A primeira delas utilizou o gene codificante para o segmento -A primeira delas utilizou o gene codificante para o segmento catalítico do gene da enzima transialidase catalítico do gene da enzima transialidase

-proteínas de superfície (TSA-1) epitopos desencadeantes de -proteínas de superfície (TSA-1) epitopos desencadeantes de resposta humoral e celular:resposta humoral e celular:

-A vacina foi eficaz em produzir resposta humoral e citotóxica, -A vacina foi eficaz em produzir resposta humoral e citotóxica, mas mas apenas produziu parasitemias mais baixas e apenas produziu parasitemias mais baixas e sobrevidas mais longas dos sobrevidas mais longas dos camundongos vacinados. camundongos vacinados.

Resultados: ApenasResultados: Apenas proteções parciaisproteções parciais

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Page 58: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores

Vacina? Quimioterapia

Controle do Vetor

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Page 59: Parasitoses transmitidas com  participação de vetores