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Parceria inédita: imóvel novo a poucos passos de você hoje 02/2011 | vol. 19 | www.sbn.com.br REGIONAIS Confira um relatório sucinto sobre nossos representantes CARREIRA | Entrevista especial com o presidente da Fenam que fala sobre o papel do neurocirurgião PACIENTE | Infográfico traz as melhores formas de preencher o Termo de consentimento POLÍTICA | SBN inicia luta para a proteção da população junto ao Ministério das Cidades

Parceria inédita · Diretor comercial Marconde Miranda Editor Bruno Aires (MTB 26.204/RJ) Coordenação editorial Luciana Rosário Repórteres Gabriela Lopes e Marcello Manes Designers

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Parceria inédita:imóvel novo a poucos passos de você

hoje02/2011 | vol. 19 | www.sbn.com.br

RegionaisConfira um relatório

sucinto sobre nossos representantes

CaRReiRa | Entrevista especial com o presidente da Fenam que fala sobre o papel do neurocirurgião

PaCiente | Infográfico traz as melhores formas de preencher o Termo de consentimento

PolítiCa | SBN inicia luta para a proteção da população junto ao Ministério das Cidades

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SérieCELLO

Pelo segundo ano consecutivo obtivemos excelência em desempenho hidrodinâmico e qualidade.

Com 25 anos dedicados à neurocirurgia a Ventura Biomédica fabricae comercializa a Válvula para Hidrocefalia Synchrony - Série Cello.

Oferecemos uma diversidade de modelos para a população:

Neonatal, Pediátrica e Adulta.

Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento.

Prod

uzid

o Se

gund

o no

rmas

ISO

719

7

Registro Anvisa 10175060021

Empresa CertificadaISO 9001:2008 ISO 13485:2003

www.ventura.ind.br

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entReVistaPresidente da Fenam, Cid Carvalhaes, fala do papel do neurocirurgião contemporâneo

24

VoCÊ FaZ a sBn HoJe Novo espaço da revista reservado para seus comentários, críticas e sugestões | 9

seÇÕes

editoRial | 5

CuRtas | 6

CalendáRio sBn | 7

sBn eVentos | 13

FinanÇas | 22

inFogRáFiCo | 27

WFns no BRasil | 28

RelatÓRio de Viagens | 29

CoMuniCado oFiCial | 31

diRetoRia de PolítiCas da sBn | 31

CaRteiRinHa da VálVula | 32

sBnHonoRáRios Histórico e visão crítica sobre a evolução da Tabela de Honorários Médicos

10

CaPaParceria com o Banco do Brasil e com a Telecom Service facilita crédito para sócios da SBN

16

aÇÃo soCialProjeto Pense Bem, da SBN, participa de ação social em comunidade no Rio de Janeiro

21

PaRCeRiaSBN, Ministério das Cidades e Denatran juntos contra os neurotraumas

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02/2011 | vol. 19 | www.sbn.com.br

hojeSérieCELLO

Pelo segundo ano consecutivo obtivemos excelência em desempenho hidrodinâmico e qualidade.

Com 25 anos dedicados à neurocirurgia a Ventura Biomédica fabricae comercializa a Válvula para Hidrocefalia Synchrony - Série Cello.

Oferecemos uma diversidade de modelos para a população:

Neonatal, Pediátrica e Adulta.

Tecnologia, Pesquisa e Desenvolvimento.

Prod

uzid

o Se

gund

o no

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ISO

719

7

Registro Anvisa 10175060021

Empresa CertificadaISO 9001:2008 ISO 13485:2003

www.ventura.ind.br

VoCÊ saBia Saiba quais eram as práticas neurocirúrgicas já adotadas pelos Incas | 8

Qualidade de Vida Saiba qual taça correta para cada tipo de vinho | 33

oRientaÇÃo JuRídiCa Fique atento e saiba quais são os procedimentos que não constam na Tabela do SUS | 14

alÉM da neuRoCiRuRgia Neurocirurgião fala da sua paixão sobre cachorros, em especial labrador retriever | 30

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02/2011 |www.sbn.com.br

Presidente | José Marcus Rotta Vice-presidente | Benedicto Oscar Colli Secretário geral | Marco Túlio França Tesoureira | Marise Augusto Fernandes Audi 1º Secretário | Eberval Gadelha Figueiredo Secretário auxiliar | Modesto Cerioni Junior Presidente anterior | Luiz Carlos de Alencastro Presidente da SBN 2012 |Sebastião Nataniel Silva Gusmão Presidente do Congresso 2012 |Marco Aurélio Marzullo de Almeida Presidente do Congresso 2014 |Luis Alencar Biurrum Borba Diretor de Formação Neurocirúrgica |Benedicto Oscar ColliDiretor de Relações Institucionais |Cid Célio Jayme CarvalhaesDiretor de Políticas |Clemente Augusto de Brito Pereira Diretor de Divulgação e Projetos |Eduardo de Arnaldo Silva Vellutini Diretor de Recursos Financeiros | Jânio Nogueira Diretor de Departamentos |José Fernando Guedes Correa Diretor de Patrimônio |Paulo Henrique Pires de Aguiar Diretor de Representantes Regionais |Paulo Ronaldo Jubé RibeiroDiretor de Diretrizes |Ricardo Vieira Botelho

Conselho Deliberativo Presidente | José Antonio Damian Guasti Secretário | Luis Alencar Biurrum BorbaMembros | Albert Vincent B. Brasil, Atos Alves de Sousa, Cid Célio Jayme Carvalhaes, Carlos Roberto Telles Ribeiro, Djacir Gurgel de Figueiredo, Evandro Pinto da Luz de Oliveira, José Alberto Landeiro, José Carlos Saleme, Kunio Suzuki, Léo Fernando da Silva Ditzel, Luis Alencar Biurrum Borba, Mário Gilberto Siqueira, Nelson Pires Ferreira, Paulo Andrade de Mello e Sebastião Nataniel Silva GusmãoAperfeiçoamento | Carlos Gilberto Carlotti Jr, Antonio Cesar de Melo Mussi, Helder Tedeschi, João Cândido Araújo, Paulo Henrique Pires de Aguiar, Kunio Suzuki, Luis Alencar Biurrum Borba e Samuel Tau ZymbergCredenciamento | Roberto Colichio Gabarra, Aziz Rassi Neto, Francisco Ricardo Borges Ribeiro, Marcelo Paglioli Ferreira, Orival Alves, Sandoval Inácio CarneiroAcreditação de Eventos | Antonio Carlos Montanaro, Alessandra de Moura Lima, Nelci Zanon Collange, Daniel Freire de Figueirêdo, Osvaldo Vilela Filho, Juan Oscar Alarcon AdornoEnsino | Paulo Andrade de Mello, Arlindo Alfredo

Silveira D Avila, Carlos Henrique Ribeiro, Maria Carolina Martins de Lima, Jean Gonçalves de Oliveira, Wen Hung TzuÉtica | Francisco Flávio Leitão de Carvalho, Kurt Cléssio Morais Figueiredo de Mendonça, Luiz Alcides ManrezaExercício Profissional | Júlio César Meyer, Edson Lopes Jr, Alexandre Varella Giannetti, Pedro Garcia Lopes, Bruno Silva Costa, Marcelo Luis Mudo

Intercâmbio Internacional Alemanha - Dierk Fritz Bodo Kirchhoff e Juan Oscar Alarcon Adorno | Árabe - Líbano Aziz Rassi Neto | Canadá Leonardo Vieira Neto e Osvaldo Vilela Filho | EUA - Evandro Pinto da Luz de Oliveira, José Carlos Lynch Araújo e Wen Hung Tzu | França - Atos Alves de Sousa | Japão - Koshiro Nishikuni | Portugal - José Alberto LandeiroJovem Neurocirurgião | Lórimer Sandoval Carneiro, Bruno Lôbo Mota de Siqueira , Giordano Queirós Miranda, André Bedin, Christian Diniz Ferreira, Tiago da Silva FreitasGerenciamento do Fundo Financeiro | Carlos Batista Alves de Souza, Modesto Cerioni Junior, Nelson Pires Ferreira Comissão Fiscal | Modesto Cerioni Junior, Jânio Nogueira, José Carlos Saleme, Roberto Colichio GabarraRepresentantes internacionais | Luiz Carlos de Alencastro (Flanc e World Federation – WFNS) e José Marcus Rotta (Flanc e World Federation – WFNS)Representantes nacionais |Alagoas - Abynadá de Siqueira Lyro | Bahia - José Marcos Ponde Fraga Lima | Ceará - Otaviano B. Alencar Araripe | Distrito Federal - Arlindo Mattos de Oliveira Jr | Espírito Santo - Robson Ribeiro Modenesi |Goiás - Paulo Ronaldo Jubé Ribeiro | Maranhão - Arthur Lopes Gonçalves Almeida | Minas Gerais - Carlos Eduardo Amaral Pereira da Silva | Mato Grosso do Sul - Luiz Antônio Monteiro Simões | Mato Grosso - Atila Monteiro Borges | Paraíba - Luciano Ferreira de Holanda | Pernambuco - Geraldo de Sá Carneiro Filho | Piauí - José Nazareno Pearce Oliveira Brito | Paraná - Pedro Garcia Lopes | Rio de Janeiro - Francisco Ricardo Borges Ribeiro | Rio Grande do Norte - José Luciano Gonçalves de Araújo | Rio Grande do Sul - Marcelo Paglioli Ferreira | São Paulo - Roberto Colichio Gabarra

DepartamentosBase de Crânio | Paulo Abdo do Seixo Kadri, Carlos Eduardo da Silva, Antônio Aversa Dutra do Souto, Carlos Gilberto Carlotti Jr, Frederico de Melo Tavares de Lima, Hélio Ferreira Lopes, Jânio Nogueira e José Alberto Landeiro Coluna | Ronald de Lucena Farias, Aluízio Augusto Arantes Junior, Albert Vincent B. Brasil, Alexandre José Reis Elias, Antônio Vinícius Ramalho Leite, Asdrubal Falavigna, Carlos Henrique Ribeiro, Cleanto Moreira de Lacerda, Edson Lopes Jr, Eidmar Augusto Neri, Ericson Sfreddo, Fernando Luiz Rolemberg Dantas, Francisco Ricardo Borges Ribeiro, Geraldo de Sá Carneiro Filho, Gladstone Santos da Costa, Jefferson Walter Daniel, João Domingos Barbosa Carneiro Leão, Marcelo Luis Mudo, Márcio Vinhal de Carvalho, Marcos Masini, Mario Augusto Taricco, Osmar José Santos de Moraes, Paulo Roberto Romano Ribeiro, Paulo Sergio Teixeira de Carvalho, Ricardo Vieira Botelho e Wilson Eloy Pimenta Jr.

Endovascular e Imagem | Benjamim Pessoa Vale, Valdir Delmiro Neves, Carlos Batista Alves de Souza Filho, Eduardo Ernesto Pelinca da Costa, Jean Gonçalves de Oliveira, João Ferreira de Melo Neto, Luciano Ricardo França da Silva, Michel Eli Frudit, Miguel Giudicissi Filho, Orlando Teixeira Maia Junior, Paulo Abdo do Seixo Kadri, Wilson Guimarães NovaisFuncional e Dor | Alexandre Novicki Francisco, José Roberto Pereira Guimarães e Marcelo Neves LinharesNervos Periféricos | Roberto Sergio Martins, Fernando Henrique Morais de Souza, Herbert Almeida Oliveira e Souza, Joel Monteiro de Jesus, Jorge Roberto Cilento, José Álvaro Bastos Pinheiro, José Fernando Guedes Correa, José Milton Peixoto, Leandro Pretto Flores, Luiz Antonio Araujo Dias, Manoel Baldoino Leal Filho, Marcos Alcino Soares Siqueira Marques, Marcos Flavio Ghizoni, Mário Gilberto Siqueira, Paulo Cézar Grigolli, Pedro Luís Gobbato, Ricardo de Amoreira Gepp e Ricardo Torres SantanaNeurointensivismo | Jorge Luiz da Rocha Paranhos, Paulo Ronaldo Jubé Ribeiro, Carlos Umberto PereiraOncologia | Carlos Gilberto Carlotti Jr, Frederico de Melo Tavares de Lima, Antônio Aversa Dutra do Souto, Carlos Eduardo da Silva, Hélio Ferreira Lopes, Jânio Nogueira, José Alberto Landeiro, Paulo Abdo do Seixo KadriPediatria | Geraldo José Ribeiro Dantas Furtado, José Aloysio da Costa Val Filho, Hamilton Matsushita, Jorge Wladimir Junqueira Bizzi, José Francisco Manganelli Salomão, Ricardo Santos de OliveiraTrauma e Terapia Intensiva | José Luciano Gonçalves de Araújo, Audrey Beatriz Santos Araujo, Rodrigo Moreira FaleiroVascular | Jean Gonçalves de Oliveira, Benjamim Pessoa Vale, Carlos Batista Alves de Souza Filho, Eduardo Ernesto Pelinca da Costa, João Ferreira de Melo Neto, Luciano Ricardo França da Silva, Michel Eli Frudit, Miguel Giudicissi Filho, Nilson Ferreira Novais, Orlando Teixeira Maia Junior, Paulo Abdo do Seixo Kadri e Valdir Delmiro NevesRadiocirurgia | Luiz Fernando Martins e José Paulo Montemor

Comercialização | Rose Almeida Telefone: (11) 3051-6075 | (11) 8473-0776 [email protected]

Diretor geral Renato GregórioDiretor comercial Marconde MirandaEditor Bruno Aires (MTB 26.204/RJ)Coordenação editorial Luciana RosárioRepórteres Gabriela Lopes e Marcello ManesDesigners gráficos Beatriz Lopez e Danielle V. CardosoFotógrafos André Lima e Drika Barbosa

RJ Estrada do Bananal 56 - JacarepaguáRio de Janeiro - (21) 2425 8878SP Av. Santa Catarina 1521 sala 308Vila Mascote - São Paulo - (11) 2539 8878www.editoradoc.com.br

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EDITORIAL

A SBN Hoje é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), distribuída gratuitamente aos membros da Sociedade. Os artigos publicados não representam necessariamente a opinião da diretoria da entidade ou da Editora DOC. É autorizada a reprodução, desde que citada a fonte: www.sbn.com.br

Caro colega,De tempos em tempos, penso em nossa profissão

não apenas como ofício, mas como missão. É claro que todos nós somos profissionais e fazemos da Medi-cina nosso sustento, mas acredito realmente que existe uma força muito maior por trás de nossa escolha. Es-tudar o que estudamos, sacrificar nossa vida pessoal e familiar ao longo dos anos, investir o que investimos... Fica óbvio, para mim, que não fazemos isso só para termos um bom salário no final do mês. Não quero e não vou desmerecer nenhuma outra profissão, mas não vejo em minha experiência de vida nenhuma ou-tra atividade que exija tanto investimento, sacrifício, dedicação e abnegação como a nossa.

Se ao final de um dia conseguirmos salvar pelo menos uma vida, nossa missão estará cumprida. É claro que nem sempre isso é possível, mesmo que lancemos mão de todo nosso conhecimento e experiência. De qualquer maneira, “um dia normal no consultó-rio” pode fazer uma diferença enorme para famílias inteiras, para pessoas que colocam suas vidas em nossas mãos, que confiam e nos honram com a responsabilidade de tentar salvá-las. Por isso, acredito que, para se tornar um bom médico, é preciso mais do que vontade, mais do que talento, mais do que estudo constante. É preciso ter alma.

É fundamental ter a consciência de que aquilo que fazemos em nosso dia a dia não é apenas uma obrigação, mas uma realização. Saber que é necessário, antes de tudo, ter sentimentos nobres com relação ao próximo, acreditar que ele poderia ser um ente querido, que existem várias pessoas que serão afetadas pelos acontecimentos, que, se você estivesse em seu lugar, gostaria de poder confiar plenamente na experiência, na capacidade e na maestria de seu médico. A nobreza humana está justamente aí: cumprir nossa missão na vida com dignidade, com seriedade e com amor. Parece meio piegas, mas não é. Pois só quem ama de verdade poderá dar valor a uma vida.

Não é o dinheiro, a fama ou o status que definem um bom profissional, mas a sua autêntica, verdadeira e legítima vontade de ajudar a quem o procura, usando não só o seu conhecimento, mas também seu coração, sua alma e sua essência humana.

O médico é muito mais que um especialista em Anatomia ou aquele que indica exames, medicamentos e cirurgias. Um médico de verdade extrapola a condição de profissional. É claro que existem excelentes profissionais que não pensam e nem agem desta forma, mas estes não sabem como fariam um bem se o fizessem, como seriam muito mais do que já são hoje. Eles prestariam um serviço muito melhor à sociedade e seriam pessoas mais realizadas.

Sei que estou filosofando muito neste editorial, mas acredito que o profissional e o homem devem caminhar juntos dentro de um médico. Na verdade, não só dentro de um médico, mas de todos os profissionais. Se todos nós pudéssemos compartilhar os mesmos ideais de democracia, liberdade, verdade, justiça, beleza, bondade e amor, cer-tamente viveríamos em um mundo muito melhor que este que se apresenta. Precisamos com urgência sermos mais humanos, não importa a profissão. Se todos se preocupassem menos com a matéria e mais com a alma, certamente viveríamos em uma sociedade mais justa, verdadeira e feliz.

José Marcus Rotta Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN)

“São precisos 60 anos e não nove meses para fazer um homem.”

André Malraux

| 5 | sBn Hoje

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curtas

Campanha nacional da carteirinha da válvulaFernando Campos Gomes Pinto, coor-denador do Grupo de Hidrodinâmica Cerebral do Hospital de Clínicas da FMUSP e do Grupo de Hidrocefa-lia do HSPE, inicia um movimento nacional de conscientização de todos os neurocirurgiões da importância de fornecer a todo o paciente submeti-do à cirurgia de derivação ventricular interna, um documento contendo o modelo da válvula implantada, o valor da PRESSÃO de funcionamento e o sítio distal (peritônio, pleura ou átrio). Este documento deverá sempre estar junto do paciente, como ocorre com os pacientes portadores de marcapasso cardíaco. Veja a matéria completa e um exemplode carteirinha, na página 32.

Diretoria de Políticas da SBNA atual presidência da SBN instituiu a diretoria de políticas com o propósito de coordenar o expediente das comis-sões de Ética e de Defesa profissional com maior agilidade, principalmente quando envolverem temas geralmente comuns. O objetivo é que problemas recorrentes tenham soluções mais rápi-das. Oferecendo aos colegas o apoio que buscam da SBN no menor tempo possível. Os membros da SBN que te-nham dúvidas ou dificuldades no exer-cício profissional e ético ou se vejam envolvidos em processos de responsa-bilidade civil, podem contar com o au-xílio daquelas duas comissões para opi-niões e pareceres, desde que entrem em contato com a diretoria de políticas.

XII Congresso da SNCRJ O XII Congresso da SBN-Rio de Janeiro aconteceu nos dias 9, 10 e 11 de junho, no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca e reuniu cerca de 160 participantes. O Congresso flu-minense, que acontece tradicional-mente a cada dois anos, teve sua data alterada em virtude dos eventos que acontecerão na nossa cidade em 2012 como o CLAN e o CBN. O Presidente de Honra do Congresso, José Carlos Lynch, foi homenagea-do na sessão de abertura pelos 35 anos dedicados à prática e ao en-sino da neurocirurgia no Brasil, e um emocionado tributo ao Marlo Steiner Flores, falecido em abril, marcou o evento.

SNC-RJ presta homenagem a Marlo Steiner Flores

Segue trecho do texto por José Alber-to Landeiro, membro do Conselho Deliberativo da SBN:

“Com profundo pesar comunico o falecimento de Marlo Steiner Flores, ocorrido em 25 de abril de 2011, aos 58 anos. Casado com Beatriz, mé-dica, deixa três filhos: José, Marlo, Marcela e dois netos. Formado na Faculdade de Medicina de Vassouras,

neurocirurgião, membro titular da SBN, foi secretário da SBN na gestão 2004-2006. Trabalhou durante longos anos no Hospital da Força Aérea do Ga-leão e na rede D’Or de hospitais, plena-mente reconhecido pela competência, carisma, relacionamento com colegas, e extrema dedicação aos seus pacientes.

Quando há alguns anos descobriu-se doente, submeteu-se a todo tratamento

com otimismo e resignação. Durante os últimos meses de sua vida manteve o otimismo, dedicando mais tempo a sua adorada Beatriz, filhos, noras e netos.

(...)A cada dia nós descobrimos um significado para a vida. Marlo encon-trou o significado de sua vida na pro-fissão e iluminou muitos caminhos. A sua partida deixa muitas saudades.”

sBn Hoje | 6 |

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SBNCalendário

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Mais informações no nosso site:

www.sbn.com.br

14 a 17 de setembro de 2011 Local: Porto de Galinhas – PE

7 a 12 de setembro de 2012 Local: Rio de Janeiro – RJ

31 de março a 5 de abril de 2012 Local: Rio de Janeiro – RJ

10, 11 e 12 de novembrode 2011Local: Belo Horizonte - MG

Curso de Ciências Básicas em Neurocirurgia

| 7 | SBN Hoje

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A trepanação, procedimento que consiste em perfurações no crânio, é uma prática ancestral, que remonta à Idade da Pedra. Alguns pesquisadores atribuem aos rituais religiosos; outros reforçam sua finalidade médica, como forma primitiva da Neurocirurgia con-temporânea. É o que defende um ar-tigo publicado no American Journal of Physical Anthropology. O estudo indica evidências de que a civilização inca era

dotada de conhecimento sobre a anato-mia do crânio e utilizava a técnica para curar traumas na cabeça e infecções.

Para chegar a essa conclusão, foram analisados 441 crânios encontrados em sítios arqueológicos em Cuzco (Peru), antiga capital do Império Inca, onde a primeira evidência de trepanação foi des-coberta em 1865.

Perfurações típicas, com formas e ta-manhos diversos, foram observadas em 66 crânios. Em mais da metade, eram circulares, com diâmetro variando en-tre 0,3 e 7,3 centímetros.

De acordo com os au-tores do estudo, a

trepanação parecia ser praticada prin-cipalmente para tratar ferimen-tos resultantes de batalhas, já que a maioria era do

sexo masculino e apresentava lesões na

parte frontal da cabeça, possivelmente resultado de

combates corpo a corpo. Outros sinais também sugerem que o método era usado para tratar a mastoidite, infecção na região temporal, atrás dos olhos.

O procedimento foi aperfeiçoado pe-los incas ao longo do tempo. Os crânios mais antigos (de cerca de 1000 a.C.) não tinham sinais de crescimento ósseo ao re-dor dos orifícios, o que indica que a tre-panação quase sempre levava à morte.

Quatrocentos anos depois, as peças indicam sobrevivência de cerca de 90% dos indivíduos. Também foi observada a padronização da técnica: partes do crânio, cuja perfuração poderia afetar as meninges ou grandes vasos sanguí-neos, foram evitadas pelos incas mais modernos. Eles também faziam uso mais frequente de compostos vegetais derivados do bálsamo (antisséptico) ou da coca (analgésico) durante o proce-dimento.

práticas neurocirúrgicas

Você sabia?

Tela do pintor flamenco Hieronymus Bosch (1450-1516): A extração da pedra da loucura

Incas já apresentavam

sBn Hoje | 8 |

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Você faz a hoje

Saber a opinião dos nossos leitores é fundamental para a consolidação de nossa revista entre as demais publicações das sociedades médicas. Por este motivo, a SBN Hoje oferece nesta nova seção, um espaço para que seus associados, residentes e demais espe-cialistas enviem sugestões, críticas e elogios. Contribua para o fortalecimento de nossa Sociedade e com o desenvolvimento da Neurocirurgia no país e no mundo.

Fale conosco: [email protected]

Associado, faça seu cadastro! Acesse o novo site da Sociedade Brasilei-ra de Neurocirurgia (SBN) e preencha seus dados. Acompanhe as principais notícias e eventos da especialidade e conheça os be-nefícios exclusi-vos oferecidos aos membros da SBN. Mais informações: www.sbn.com.br

Mídias sociaisFique por dentro das novidades da SBN. Agora temos dois novos canais de comunicação on-line: o Twitter e o Fa-cebook. Siga nossas atualizações diárias com notícias, fotos e artigos relaciona-dos à Sociedade e à Medicina.

Acesse:

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Por mais inverossímil que pareça, o leitmotiv que ins-pirou a Associação Médica Brasileira (AMB) a propor

e a adotar uma tabela de honorários médicos foi o desejo da categoria de manter seu exercício profissional li-beral e alicerçado na livre escolha dos pacientes, hoje também cognomina-dos clientes.

Assim, a questão de tabelar ho-norários médicos concebeu-se quan-do o então Departamento Nacional de Previdência Social (DNPS), em 1962, solicitou à Associação Paulis-ta de Medicina (APM) valores para uma tabela de honorários médicos e outros serviços, com a qual pudesse remunerar os profissionais que aten-dessem os seus segurados.

Para que se estabelecesse uma rela-ção entre diferentes serviços médicos, tornou-se necessária a adoção de um índice ideal e constante. Surgiu, en-tão, a Unidade de Serviço (US), que após estudos teve seu valor fixado em 1/20 do maior salário mínimo decre-tado pelo Estado de São Paulo. A pri-meira US valia, em 1962, Cr$100.

Em dezembro de 1966, médicos do Centro Médico de Ribeirão Pre-to, que prestavam serviços através de empresas intermediadoras (hoje nominadas operadoras), decidiram adotar uma tabela própria de hono-rários para todas as empresas a que prestavam assistência. A decisão foi comunicada à AMB.

Em reunião na APM em fevereiro de 1967, a Subcomissão de Hono-rários Médicos elaborou uma tabela baseando-se naquela formulada pe-los médicos de Ribeirão Preto e pe-los dados oferecidos pela Comissão da AMB. Assim, a primeira tabela de honorários médicos, formulada por uma entidade associativa dos

próprios médicos, foi publicada em abril de 1967, entrando em vigor a partir de 1º de maio. Assentava-se o ideário de que os atos médicos have-riam de ter uma tabela de honorários a lhes nortear e, assim, os pacientes poderiam procurar seus médicos e seu seguro lhes ressarcir de acordo.

Entretanto, a livre escolha jamais asseguraria o caráter liberal da pro-fissão médica, pois os honorários passariam a ser pactuados por inter-mediação. Além disso, a tabela, ela-borada como índex mínimo, passou a ser usada como indexador máximo e, mais recentemente, a ser questionada como cartelização.

Aconteceu de tudo. Associações de especialidades, presididas por cole-gas que se julgavam superiores, pouco se dedicaram à pre-cificação de seus procedimentos ou de sua codificação. Por não atuarem em suas práticas diárias por tabelas, a estas não quise-ram se dedicar à época. Igualmente, por não se dedica-rem a certos proce-dimentos que seus concorrentes ime-diatos dominavam, codificaram-nos propositalmente a menor, atuando em uma espécie de afronta.

A partir do ano de sua criação, em 1967, a AMB revisou periodicamente a tabela, resultando em novas edições: 1970, 1974, 1976, 1978 e 1983. Em 1978, foi criado o Coeficiente de Ho-norários Médicos (CH). O novo índi-ce conviveu pacificamente com a US

criada pela Previdência Social. O va-lor do primeiro CH foi de Cr$6,50. Muitos exaltariam tal valor, que em meu ponto de vista, pouco significa-va. Pavimentava-se, apenas, a estrada ao nosso cotidiano apocalíptico.

Esta “convivência pacífica” da tabelas INPS, depois INSS-Inamps, que evoluiu para SUDS e depois SUS, evanesceu-se na passagem para os anos de 1980, pois a assistência previdenciária ficou sem fundos para acumular a assistência mé-dica, dela por fim apartando-se.

Nisto é que deu o “preservar a livre escolha”. Entretanto, a tendência a tor-nar estatal o atendimento médico tam-bém não vem dando certo, pois muitos

dos equipamentos recém-inaugura-dos pelos governos têm sido entregues à administração das chamadas or-ganizações sociais (OSs) e fundações, sob argumento que administra-riam melhor que o próprio governo. Nelas se incluem entidades que, em seu nascedouro, nem lidavam com assistência médi-ca e outras, mas que congregam em seus conselhos

gestores profissionais (até membros de associações classistas) aquinhoados com polpudos proventos, de fazer inveja até aos idealizadores de sítios de relaciona-mento social na internet.

Em outubro de 1983, na gestão de Nelson Proença, a AMB consti-tuiu uma comissão para uma com-pleta revisão da tabela, com novo sistema de codificação e formatação.

A livre escolha jamais asseguraria

o caráter liberal da profissão médica, pois

os honorários passariam a ser pactuados por intermediação. Além

disso, a tabela passou a ser usada como indexador máximo

Honorários médicos

por Dr. Sergio ListikCoordenador de Equipe de Neurocirurgia e de Parkinson.

sBn Hoje | 10 |

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Edição1967

1970

1974

1976

1978

1983

1984

1984/1986

1987

1988

1990

1992

1996

1999

2003

2003

2004

2005

2008

2010

DescriçãoTabela de honorários médicos

Tabela de honorários médicos

Tabela de honorários médicos

Tabela de honorários médicos

Honorários médicos

Tabela de honorários

Tabela de honorários médicos

Tabela de honorários médicos

Tabela de honorários médicos

Tabela de honorários médicos

Tabela de honorários médicos

Tabela de honorários médicos

Lista de procedimentos médicos

Lista de procedimentos médicos

Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos – 1ª Edição – projeto-piloto

Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos – 2ª Edição – projeto-piloto

Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos – 3ª Edição

Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos – 4ª Edição

Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos – 5ª Edição

Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos – 2010

Responsável

Dr. Kassab

Dr. Márcio Barreto

Dr. Proença / Dr. Nassif

Dr. Proença / Dr. Nassif

Dr. Nassif

Dr. Nassif

Dr. Nassif

Dr. Mário Cardoso

Dr. Nassif

Dr. Nassif

Dr. Amilcar

Dr. Amilcar

Dr. Amilcar

Dr. Amilcar

Dr. Amilcar

Dr. Amilcar

Vigência

10/1984

01/1987 a 10/1988

11/1988 a 12/1989

01/1990 a 08/1992

09/1992 a 06/1996

07/1996 a 01/1999

02/1999 a 07/2003

07/2003 a 07/2003

08/2003 a 06/2004

07/2004 a 08/2005

09/2005 a 09/2008

10/2008 a 09/2010

A paritr de 10/2010

Em setembro de 1984, a Assembleia de Delegados, reunida em Curitiba (PR), aprovou uma nova tabela de honorários médicos, a THM 1984.

Na década de 1980, foram publi-cadas ainda outras duas edições da ta-bela: 1987 e 1988. As revisões eram uma necessidade lógica, pois além de surgirem cotidianamente novos pro-cedimentos médicos (clínicos, cirúr-gicos e diagnósticos), a inflação (em nosso caso, o período de hiperinfla-ção) corroeu e desorganizou todos os coeficientes econômicos.

Em janeiro de 1990, uma nova tabela de honorários médicos foi

lançada. Esta edição foi a que melhor aceitação obteve junto às empresas contratantes. No entanto, os planos econômicos lançados pelos (“des”)governos travaram sua implantação. Tais planos eram economicamen-te heterodoxos, da lavra alucinante, intervencionista e autoritária de po-líticos despreparados e equipes eco-nômicas que jamais haviam saído dos muros acadêmicos.

Em setembro de 1992, foi publi-cada nova edição, que vigorou até ju-nho de 1996. Em julho de 1996, foi publicada a Lista de Procedimentos Médicos (LPM/96). Nesta edição, os

procedimentos foram expressos em Real, já que as medidas econômicas adotadas no governo Itamar Franco estabilizaram nossa moeda.

A LPM/96 vigorou até janeiro de 1999. Em junho de 1996, foram declaradas extintas todas as edições das tabelas de honorários anteriores publicadas pela AMB, bem como o seu multiplicador. Assim declaradas, todos os intermediadores de direito privado continuaram a nela se emba-sar, como se o universo estivesse esta-cionado em 1990. E mais: oferecendo não mais coeficientes multiplicadores, mas, sim, frações de coeficientes antes

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praticados, com o aceite de protagonistas do meio médico, em escambo pelo cha-mado “encaminhamento preferencial”.

Em fevereiro de 1999, a AMB publi-cou a Lista de Procedimentos Médicos (LPM/99), que vigorou até julho de 2003. O movimento associativo, en-tão, modificou os critérios de codifica-ção, contratando fundações de estudos econômicos, especializadas no cálculo de índices monetários, coeficientes e reajustes, alicerçando-os em todos os insumos, fatores de risco e tempo de capacitação, enfim, tudo que influen-ciasse de alguma forma a atividade fim, neste caso, os procedimentos médicos.

Em 2003, a AMB publicou a Classifi-cação Brasileira Hierarquizada de Proce-dimentos Médicos (CBHPM). A publi-cação representou um novo conceito em tabela de honorários médicos: recebeu novo título e os procedimentos foram or-denados por região anatômica. Foi ado-tado um novo sistema de codificação, a valoração dos procedimentos passou a ser expressa em portes e, por fim, foi incluída uma coluna de custos operacionais. Até 2008, esta classificação foi sucessivamen-te atualizada.

Entretanto, todas as tabelas e classificações mais recentes não tiveram impacto prático, pois ja-mais foram aceitas por operadoras, convênios, seguros e hospitais. Fo-ram, inclusive, questionadas por estes intermediadores junto ao Conselho de Defesa da Atividade Econômica (Cade), acusadas de promover a carte-lização do atendimento médico.

O Conselho Federal de Medicina (CFM), pela resolução 1673/03, consi-derou a CBHPM como padrão mínimo

ético de remuneração. De imediato, o Ministério Público Federal (MPF) obteve liminarmente a nulidade de tal resolução, acusando-a de ferir o código de consumo. Apenas em 2009 logrou o CFM senten-ça judicial legitimando sua resolução de 2003. De forma pedagógica, cita-se na sentença que “nada há de truste ou cartel na CBHPM” e “intermediadores criam operadoras que desejam impor valores aos médicos, controlan-do-os mediante o subterfúgio de do-minar a clientela”.

Ao se permitir a intromissão de se-guradoras, convê-nios e agenciadores na prestação dos serviços médicos, cometeu-se o pe-cado original. No sagrado binômio médico-paciente, ninguém pode-ria meter o bico, falando de forma clara. Com a intro-missão, julgaram as entidades médi-cas que o criar de um código mínimo de remuneração protegeria o exercício profissional e suas características. Além disso, não houve entendimento das au-toridades econômicas do período hipe-rinflacionário de que os índices preci-savam ser atualizados de acordo com o corroer da moeda. Assim, tudo aumen-tava, menos os “imexíveis” honorários médicos pagos pelos intermediários. Da tabela do SUS e seus antecessores nem é possível comentar, pois o sistema paga por cirurgias menos que um borracheiro cobra para tratar de um pneu furado.

Diante da profana abundância de escolas médicas e de serviços marginais a oferecer especializações, o mercado médico viu-se inundado por um nú-mero exagerado e mal distribuído de prestadores de serviço. Na luta pela so-brevivência, faz-se de (quase) tudo: ofe-rece-se trabalho por pouco e aceita-se “pacotes” e “pacotinhos”. Que contra-tante pagará tabelas atualizadas se no mercado há quem custe bem menos?

É forçoso admitir que os modos e costumes da classe poderiam ser

outros. Os metalúrgicos fizeram um presidente, enquanto nós nos afo-gamos nos pântanos das operadoras e afins. Na época em que só havia a prática privada e as Misericórdias, mantido comedimento nos honorá-rios, tudo se ajeitaria. Mas a ganância chamou os intermediadores. Além do mais, não faltaram (nem faltam) as fraudes Brasil adentro, nas quais até

homens viravam parturientes, tudo com um carimbo de CRM.

Assim sendo, a CBHPM atual é um índex bem feito e estudado e talvez moneta-riamente com-pensador. Resta ser adotado e respeitado pelos agentes pagado-res, coisa que não vem sendo feita, inclusive por falha dos próprios mé-dicos. Tem de ser adotada, inclusi-

ve pelo SUS, pois é, oficialmente, o mínimo ético.

Não poderia deixar de mencionar o sistema de Troca de Informação em Saúde Suplementar (Tiss), instituí-do pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Sob pretexto de uniformizar os dados do setor, obri-ga-se toda esta prestação de serviços a utilizar formulários, modelos, no-menclatura e codificação únicos.

O mundo mudou muito, assim como os costumes. A ética profissional também muda, pois é reflexo do seu tempo. Todavia, não é possível admi-tir o status quo, pois aquilo que vemos no cotidiano é tão equivocado que vai cair, por bem ou por mal. Modos e costumes de autopreservação a qual-quer custo precisam acabar. Por falar nisso, há uma pergunta que não pode calar: se a tabela praticada é irrisória, se há quem pague e quem receba me-nos que esta tabela, se o os repasses são feitos com até 90 dias de atraso, isso quando não há glosas, afinal, do que está vivendo a classe médica?

Ao se permitir a intromissão de

convênios na prestação dos serviços médicos, cometeu-se o pecado original. No sagrado

binômio médico-paciente, ninguém

poderia meter o bico, falando de forma clara

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Em 30 de junho, a SBN reuniu os princi-pais componentes da diretoria e dos Con-selhos Deliberativos para a Assembléia geral, que abordou questões relativas aos honorários dos neurocirurgiões. Na foto, estão o presidente da APM, Jorge Carlos Machado Curi, o secretário geral da SBN, Marco Túlio França, o secretário auxiliar da SBN, Modesto Cerioni Júnior, presi-dente da SBN, José Marcus Rotta, presi-dente CRM/SP, Renato Azevedo, e vice-presidente da APM, Florisval Meinão.

SBN EventosCongresso SNP

(Da esquerda para direita) Os neurocirur-giões, Ricardo Santana e Mario Siqueira, o cirurgião de mão, Luiz Kimura e o eletrofi-siologista, Carlos Otto Heise

(Da esquerda para direita) O professor, An-tonio João Tedesco-Marchese, após sua ho-menagem, o professor, Manoel J. Teixeira, e o coordenador do evento, Roberto Martins

Nos dias 14 e 15 de agosto, foi realizado o II Congresso Brasileiro de Cirurgia do Sistema Nervoso Periférico no Centro de Convenções Rebouças em São Paulo-SP. O evento foi uma iniciativa do Departamento de Nervos Periféricos da SBN, com o apoio do Centro de Estudos em Neurologia Antonio Branco Lefreve do Depar-tamento de Neurologia do HC – FMUSP. O evento se caracterizou pelo tempo dedicado às discussões resultando em intensa participação dos 118 ouvintes.

Assembléia geral

SBN e neurocirurgiões do nordeste

A SBN está realizando encontros regionais no país para aproximar-se dos especialistas de todas as regiões. Após o sucesso do primeiro evento, realizado na região norte, em junho foi a vez do nordeste.

O encontro aconteceu durante o XIV Congresso Nordestino de Neu-rocirurgia, em Teresina (PI), com a presença de neurocirurgiões de Ser-gipe, Alagoas, Bahia, Ceará, Mara-nhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte.

O presidente da SBN, José Marcus Rotta, participou da abertura oficial e, durante o Congresso apresentou os objetivos da Sociedade e de seu Progra-ma de Presidência. Rotta apresentou duas palestras, sendo a primeira sobre “A responsabilidade social da SBN” e, posteriormente, “Gliomas malignos”.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, junto com o governador do

Estado do Piauí e Neuroci-rurgião, Wilson Nunes Mar-tins, recebeu a comitiva da SBN em encontro político e dialogou sobre o relaciona-mento SBN/MS/SUS. Além de tratarem de temas como: o mercado de trabalho para o neurocirurgião, os honorá-rios da categora, e o projeto Pense bem, que atua em do-enças vasculares e trauma-tismos crânio-encefálicos e raque medulares. Novo encontro foi marcado em Brasília.

A secretária de Estado da Saúde do Piauí, Lilian Martins também parti-cipou do evento.

Durante o congressoA mesa de discussão sobre “Respon-

sabilidade Social” foi presidida pelo membro da Comissão Científica do

Congresso e diretor de Políticas SBN, Clemente Augusto de Brito Pereira. A mesa contou com a participação do promotor de Justiça do Piauí, Antonio Ivan e Silva.

Os Representantes da SBN tam-bém formaram uma “Ouvidoria” das necessidades peculiares de cada Serviço, onde atuam os diferentes neurocirurgiões participantes do evento.

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JurídicaOrientação

por Dr. Roberto GodoyNeurocirurgião e bacharel em Direito, presidente e membro da Câmara Técnica de Políticas de Saúde do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e vice-presidente da Comissão Especial de Planos de Saúde e Assistência Médica da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Procedimentos que não constam na Tabela SUS

Muitas vezes, nos deparamos com a necessidade de utilizar recurso não previsto nas tabelas do Sistema Único de Saúde (SUS). Embora haja muitas maneiras de repassar recursos, des-tacamos algumas das normas que norteiam esse assunto.

A resolução SS-SP 50, de 18 de abril de 2002, cria minutas de contratos a serem realizados entre a Secretaria de Saúde do Es-tado de São Paulo e os vários estabelecimentos de saúde para atendimento de pacientes vinculados ao SUS. Assim, há minutas para: contrato com labo-ratórios, clínicas de terapia e SADT; contrato com hospitais privados; convênio com entidades hospitalares sem fins lucrativos; convênio univer-sitário nos termos da portaria MS 1.125/99; convênio universitário; e anexo que inclui o rol dos serviços contratados.

Desta resolução, destacam-se as seguintes diretrizes constantes nas minutas contratuais:

Em todas as minutas há cláusu-la vedando qualquer cobrança de

complementação diretamente dos pacientes ou familiares, qualquer que seja o título.

Os serviços a serem prestados pe-las diversas entidades obedecerão aos limites quantitativos fixados contra-tualmente.

Na cláusula que diz respeito ao preço, os contratos determinam que o contratado receberá mensalmente do Ministério da Saúde ou do Fundo Nacional de Saúde ou do Fundo de Ações Estratégicas e de Compensação a importância referente aos serviços

efetivamente prestados, de acordo com os valores unitários de cada pro-cedimento previsto pela tabela de procedimentos do Ministério da Saúde/SUS.

Nos hospitais privados, os serviços contratados estão discriminados no anexo I

que faz parte do contrato.

Na cláusula referente à obrigação de pagar, a

contratante (Secretaria de Estado da Saúde) isenta-se

da responsabilidade de efe-tuar o pagamento às diversas

entidades assistenciais no caso de não haver repasse de recursos do Ministério da Saúde (Fundo Nacio-nal de Saúde) para a secretaria.

Com a publicação da resolução SS-SP 88, de 29 de agosto de 2003, hou-ve alteração de cláusulas nas minutas-padrão dos contratos da resolução 50. Destaca-se a mudança na cláusula sétima, parágrafo primeiro, em que a Secretaria de Estado da Saúde, me-diante autorização de pagamento, é a unidade orçamentária responsável pelo repasse de recursos provenientes do Fundo Nacional de Saúde/MS para

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o pagamento dos serviços contratados de média complexidade, alta comple-xidade e estratégicos, até o montante declarado em documento administra-tivo. Ainda dessa resolução, a altera-ção da cláusula sexta determina que o custeio deverá ser de responsabilidade do Fundo Nacional de Saúde com re-passe ao Fundo Estadual de Saúde.

A par dessas resoluções, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo ce-lebrou convênio com o Consórcio de Municípios para execução e aperfei-çoamento das ações de saúde do SUS através da resolução SS 299, de 18 de novembro de 1996. Também criou um modelo-padrão para o contrato de ges-tão através da resolução SS-SP 158, de 6 de dezembro de 2000, revogada pela resolução SS-SP 87, de 6 de outubro de 2006 que, em sua cláusula terceira, item 1, determina que o provedor dos recursos é a Secretaria de Saúde.

Por fim, tem interesse neste assunto a Portaria MS/GM 358, de 22 de feve-reiro de 2006, que cria diretrizes para a contratação de serviços assistenciais, a qual em seu artigo segundo, parágrafo

quarto, prevê a participação comple-mentar mediante contrato ou convê-nio com municípios e/ou estados, bem como a cooperação entre os diversos ní-veis de governo através de termo de coo-peração, previsto em seu artigo terceiro, parágrafo primeiro.

Pelo exposto, fica claro que existem vários tipos de repasse de recursos por parte do SUS e que o pagamento pelos serviços prestados dependerá do tipo de

estabelecimento de saúde, do tipo de contrato ou convênio e, principalmen-te, do que consta do contrato firmado especificamente no local de trabalho.

A responsabilidade pelo pagamen-to direto às instituições de saúde é da Secretaria de Estado da Saúde, com recursos advindos do Ministério da Saúde. O repasse se dá do Fundo Na-cional de Saúde para o Fundo Estadu-al de Saúde. Frise-se que a secretaria se exime de responsabilidade se não hou-ver o correto repasse dos recursos.

Há uma corresponsabilidade entre os três níveis de governo. Municípios e estados, assim como a União, são obrigados a destinar parte de seus or-çamentos para as ações de saúde.

Ficou evidente que há proibição de cobrança complementar dos pacientes ou seus familiares. Por outro lado, os contratos preveem somente o paga-mento daquilo que foi contratado, ou seja, qualquer recurso utilizado fora da tabela de procedimento do SUS, e que não seja objeto de contrato específico, será custeado pela própria instituição contratada ou conveniada.

Ficou evidente que há proibição de cobrança complementar

dos pacientes ou seus familiares. Por outro lado, os

contratos preveem somente o pagamento daquilo que foi

contratado.

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Iniciativa inovadora dentre as sociedades médicas oferece facilidades no financiamento imobiliário

Parceria inédita:imóvel novo a poucos passos de você

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Os membros da Sociedade Brasileira de Neuroci-rurgia (SBN) a partir de

agora têm mais uma facilidade em suas vidas. Através de uma parce-ria exclusiva com o Banco do Brasil e com o grupo Telecom Service, a SBN tornará viável o acesso a cré-dito e financiamento imobiliário. Tudo isso com juros mais baixos que os praticados no mercado e com facilidades que reduzem consi-deravelmente a burocracia do pro-cesso de financiamento de imóveis. Todos os neurocirurgiões associa-dos à entidade terão direito a este benefício.

A parceria firmada entre SBN, Banco do Brasil e Telecom Service servirá para imóveis residenciais e comerciais. Entre as condições di-ferenciadas que este convênio ofere-ce, estão taxa de 8,4% ao ano, mais TR (imóvel com valor de compra e venda até R$ 500 mil) e escolha de um mês do ano para pular o paga-mento da parcela. No mês vigente, serão cobrados apenas os valores re-ferentes aos seguros.

Dentre as demais sociedades mé-dicas, atualmente a SBN é a única instituição que oferece um convê-nio aos seus associados para finan-ciamento de imóveis com o Banco do Brasil. “A SBN representa o porto-seguro do neurocirurgião, que busca respaldo e confiança para o exercício de sua profissão. Percebemos a necessidade de ofe-recer ao associado a oportunidade

de ampliar seu patrimônio comer-cial ou residencial, tendo em vista a valorização de sua vida profissional e pessoal”, explica o presidente da so-ciedade, José Marcus Rotta.

Segundo ele, esta parceria é his-tórica tanto para a SBN quanto para os seus associados. “O diferen-cial deste financiamento que é pro-porcionado pela parceria está nos juros. Eles apresentam valores bem menores do que os que são encon-trados em financiamentos comuns e de outras instituições bancárias. A Sociedade tem por objetivo sempre trazer uma melhoria para a vida de seus associados”, afirma o dirigente.

Menor burocracia esimulação on-line

Além de taxas mais atrativas, a SBN também teve preocupação com os trâmites legais para opera-cionalizar o financiamento. “A par-tir da definição do tipo de serviço que seria oferecido aos associados, passamos a buscar uma forma de facilitar também os trâmites legais. Isto porque o neurocirurgião pos-sui uma carga horária de trabalho e estudos extenuante, sem ter como dispor de tempo para resolver ques-tões burocráticas. Por isso, abri-mos em nosso site este espaço, para que a simulação do financiamento possa ser realizada com rapidez. É neste aspecto que entra a Telecom, que prestará toda a assistência de

forma diferenciada para este público tão distinto de ou-tras categorias”, explica Rotta.

Condições para crédito imobiliário

Os interessa-dos em financiar seu imóvel através deste convênio encontrarão todas as informações ne-cessárias no site da Sociedade. Entre as condições para que o médico solicite o seu fi-nanciamento estão o limite de idade (entre 18 e 80 anos) e o rendimento mensal mí-nimo de R$ 1.400.

Durante a análise ini-cial de capacidade de pagamento, o Banco do Brasil solicita aos associados que apre-sentem alguns do-cumentos originais. Também será neces-sária a apresentação de documentos do imóvel, do vende-dor (pessoa física ou jurídica) e outros

Benefícios para os associados Carência de até seis meses para iniciar o pagamento das parcelas;

O cliente pode escolher um mês do ano para não pagar o valor referente à amortização de capital e juros;

Taxas de 8,4% ao ano, as menores do mercado;

Possibilidade de compra do 2º imóvel pela linha SFH.

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referentes à utilização do FGTS (se for o caso),

além de formulários e de-clarações específicos. “A escolha do prazo ou do

valor financiado é uma deci-são bastante particular. Porém,

vale lembrar que as taxas pratica-das nas linhas de crédito imobiliá-rio são inferiores àquelas praticadas em contratos de Contrato de Aber-tura de Crédito Rotativo (CDC)”, orienta o gerente de Mercado Pes-soa Física da Superintendência de Varejo do Banco do Brasil, Felipe de Almeida (SP).

Para agilizar todo o processo de financiamento, o Grupo Te-lecom Service, correspondente do Banco do Brasil autorizado a efetuar transações comer-ciais, coleta os documentos necessários. A partir do mo-mento em que o financiamen-to é liberado, os associados da SBN encontram facilidade

para arcar com despesas como escrituras, mudanças, mobílias,

instalações e compra de equipa-mentos para o consultório.Para o presidente do Grupo Tele-

com Service, Roberto Lamacié, esta parceria representa uma oportuni-

dade ímpar para que os membros da SBN adquiram um imóvel. “Essa parceria é a oportunidade ideal para que os associados troquem suas par-celas de aluguel por um financiamen-to próprio rumo ao sucesso na carrei-ra profissional”, conclui o executivo.

José Marcus Rotta

Felipe de Almeida

O associado pode contar com a

Telecom Service para auxiliar em

todo o processo, desde a coleta

dos documentos até a realização

de transações comerciais.

José Marcus Rotta

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11 dicas para escolha do imóvel

1) Localização do imóvel é essencial. Estime valor de mercado e potencial de valorização;

2) Verifique a qualidade dos materiais usados na obra e dos equipamentos, como ar condi-cionado e acabamentos;

3) Confirme no cartório de registro se o imóvel está em condições legais de ser comprado;

4) Comprove na Prefeitura se o imóvel está regular e se não possui débitos atrasados;

5) Confira as condições físicas do imóvel, como rachaduras, umidade, qualidade das portas;

6) Consulte outros proprietários e funcionários do prédio comercial, que podem prestar informações importantes para ajudar na tomada da sua decisão;

7) Negocie prazos e valores. Lembre-se de que quando financiar o vendedor receberá o valor à vista;

8) Tudo que foi negociado com o vendedor deve constar no Compromisso de Compra e Venda. Não faça acordos paralelos;

9) Não feche negócio antes da aprovação da operação de financiamento com o Banco;

10) Se o empreendimento estiver na planta, certifique-se de que a construtora é idônea. Consulte Serasa, SPC, Cartórios de Protesto e Procon;

11) Verifique se as vantagens anunciadas ou prometidas são reais: medidas, acabamento, vagas de garagem, valor do condomínio e áreas de lazer.

Fonte: Banco do Brasil

Atendimento personalizado

1) Acesse www.sbn.com.br;

2) Digite seu nome, telefone e e-mail;

3) Informe o tipo de imóvel que deseja;

4) Informe o valor que pretende financiar.

Roberto Lamacié, Telecom

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participa de ação social em comunidade do Rio de Janeiro

Usando a cabeça para proteger o corpo: médicos estimulam a prevenção de neurotraumas

Quais cuidados jovens e crianças devem tomar ao soltar pipas nas lajes de suas casas? Quais os riscos

de subir em árvores, pular em rios e la-gos ou em andar de bicicleta? Às vezes simples brincadeiras podem resultar em graves acidentes. Essas e outras dú-vidas foram esclarecidas por meio do projeto Pense bem, executado pela So-ciedade de Neurocirurgia do Rio de Ja-neiro (SNRJ) durante a edição de maio da Ação Global Nacional, realizada na Vila Olímpica da Mangueira, na zona Norte da cidade.

Com o apoio do Sesi e da Rede Glo-bo e liderado pelo presidente da regional, Ricardo Ribeiro, o Pense bem contou, ainda, com a colaboração dos médicos residentes do Hospital dos Servidores do Estado (HSE-RJ). A equipe da SNRJ distribuiu cartilhas da Campanha de Pre-venção do Neurotrauma, desenvolvida pela SBN, e explicou para dezenas de crianças, adolescentes e adultos os riscos dos neurotraumas e como evitá-los.

Maria Letícia, moradora da comu-nidade, disse que os filhos ficaram im-pressionados com as explicações dos neurocirurgiões. Ela espera convencer o filho mais velho, de 16 anos, a usar o capacete quando sair de moto. “Conhe-cemos muitos adolescentes na vizinhança que hoje estão paraplégicos depois de aci-dentes com moto”, conta.

SBN: em busca de parcerias nas regionais

A presença do projeto Pense bem em um evento de tamanha magnitude re-presenta o primeiro contato da SNRJ com a sociedade civil. Desenvolver um programa nacional estruturado, em con-junto com ações locais, permite educar

e mudar o pensamento e as atitudes da população e, assim, contribuir para a di-minuição dos riscos de acidentes.

O vice-presidente da SNRJ, Celestino Esteves Pereira, afirma que, no momen-to, a regional fluminense estuda a criação de parcerias com o Detran-RJ e com ins-tituições que têm interesse em apoiar o projeto e faz um importante alerta: “Para que o projeto tenha boa repercussão,

precisamos de orçamento para a impres-são de materiais informativos. Quando o jovem leva a informação para fora da es-cola, a família e os amigos têm acesso ao trabalho de conscientização desenvolvido pelo projeto”, argumenta o neurocirur-gião, que coordena o Pense bem em todo o estado do Rio de Janeiro.

Desde o seu lançamento, em 1995, o projeto Pense bem já realizou diversas ações, coordenadas por neurocirurgiões membros da SBN, e já fechou parcerias importantes, como com o Os amigos da escola, programa também fundado pela Rede Globo, e com o Serviço Social do Transporte (Sest) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Recentemente, a SBN também firmou convênio com o Ministério da Saúde a fim de promover um maior nú-mero de palestras em todos os estados. As instituições interessadas em se tornarem parceiras do projeto Pense bem devem en-trar em contato com a SBN pelo e-mail [email protected]

Quando o jovem leva a infor-

mação para fora da escola, a família e os amigos têm acesso ao trabalho de conscien-tização desenvolvido pelo projeto”.

Celestino Esteves Pereira,vice-presidente da SNRJ

Pense bemProjeto

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Dicas para o seu planejamento financeiro

Finançaspor Dr. Francinaldo Lobato Gomes e Dr. Francisco Vaz FilhoFrancinaldo Lobato Gomes é neurocirurgião especialista em Neurocirurgia de Epilepsia, formado pela Universidade Federal do Pará. Francisco Vaz Filho é neurocirurgião especialista em Neurocirurgia de Tumores Hipofisários, graduado pela Universidade Federal de São Paulo. Ambos são autores do livro Bolsa de Valores para Médicos, que será lançado no segundo semestre de 2011.

Alcançar a independência finan-ceira é o sonho de dez entre dez mé-dicos. E o que é essa tão almejada independência? Significa ser capaz de manter o padrão de vida de maneira sustentável e duradoura sem ter que trabalhar mais por isso. Pode parecer uma utopia para muitos, mas não é, desde que se observem alguns concei-tos básicos.

O sucesso financeiro deve ser cons-truído sobre o seguinte tripé: reserva de segurança, acúmulo de patrimônio e geração de renda futura. A base deste tripé é um bom planejamento finan-ceiro. Para isso, é preciso ser discipli-nado e adquirir o hábito de investir.

Inicialmente, você deve ter e se-guir rigorosamente uma planilha or-çamentária. Documente os ganhos e todas as despesas. Gaste com inteli-gência, evite os supérfluos e, princi-palmente, gaste menos do que você ganha. Viva dentro do seu orçamento e aplique com sabedoria o excedente.

Procure trabalhar para o seu próprio enriquecimento. Isso será possível se você procurar pagar todas as suas dívi-das e evitar fazer novas dívidas. Se você comprar apenas o que pode pagar evi-tando os juros sobre empréstimos ou financiamentos. Se obtiver incentivos fiscais (aplicações em planos de pre-vidência privada tipo PGBL e, quan-do tiver que vender ações com lucro, vender menos que R$20 mil por mês). Evite comprar o que você não precisa com o dinheiro que você não tem.

Em seguida, crie uma reserva de segurança em uma aplicação finan-ceira conservadora e que disponha de uma quantia suficiente para pa-gar todas as suas contas por um pe-ríodo de seis meses a um ano. Esse é o chamado “colchão financeiro”. Assim, os infortúnios da vida podem ser mais bem assimilados. Imagine que, por um motivo de saúde, você tenha que parar de trabalhar por um determinado período. Esta reserva permitirá que você tenha um tem-po para se reorganizar. Se necessita de R$5 mil por mês, deixe R$60 mil nesta aplicação.

Após as etapas acima (ou mesmo simultaneamente), você poderá co-meçar a acumular patrimônio. Um grande patrimônio não vem do dia para a noite. Ele precisa ser construí-do diariamente, em alicerces sólidos, para que seja duradouro. O patri-mônio pode ser dividido em ativo e passivo. Ativo é tudo aquilo que gera renda. São exemplos: saldos em fun-dos de investimento, poupança, cré-ditos a receber, entre outros. Passivo é tudo aquilo que gera custo (pres-tações, seguros, IPTU, IPVA etc.). Um adequado balanço do tipo de patrimônio é o segredo para a gera-ção de renda futura. Quanto maior seu patrimônio ativo, maior será a renda gerada.

Estabeleça metas financeiras plau-síveis. Caso tenha dificuldade em alcançá-las, busque a metade delas. Você verá que, conforme caminha em direção a sua meta, o aprendizado e as experiências adquiridas ao longo do caminho farão com que os resultados sejam alcançados com mais rapidez. Escolha modalidades de investimen-tos adequadas as suas necessidades. Procure reinvestir os lucros de forma a fazer uso dos juros compostos. Sai-ba que a progressão do patrimônio, caso este conceito seja seguido, será exponencial. Além disso, quanto mais dinheiro você tiver, mais oportunida-des de investimento você terá.

Dê importância à educação finan-ceira. Procure educar-se financeira-mente e eduque seus filhos e familia-res. É muito importante entender a importância de cuidar bem do dinhei-ro. Isso fará com que o patrimônio que você conquistou seja ampliado, e não destruído pelos descendentes. Tenha sempre em mente o mais importan-te: família, saúde, amigos e felicidade acima de tudo. Dinheiro não compra felicidade. Ele potencializa a felici-dade. Portanto, usufrua todas as suas conquistas juntamente com seus fami-liares e amigos. Celebre cada objetivo conquistado. Por fim, cuide de sua saúde para que possa gozar plenamen-te tudo daquilo que conquistou.

Evite comprar o que você não precisa com o dinheiro que você não tem .

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Um neurocirurgião em defesa da categoria médica

SBN Hoje – De que forma você en-veredou na política médica?

Cid Carvalhaes – Minha ligação com a atividade é muito antiga. Fui presidente da Associação Nacional de Médicos Residentes em 1970. Desde então o vínculo com a polí-tica médica se intensificou cada vez mais e, naturalmente, ocupei cargos políticos por consequência desse en-volvimento. Até hoje estou compro-metido com a política médica, sem nenhum arrependimento.

SBN Hoje – Ainda na faculdade de Medicina sentiu-se imbuído do sen-so de ajuda ao coletivo?

CC – Cursei a graduação em 1964, em um período bastante crítico no país que foi a Ditadura. Os estudan-tes eram “obrigados” a ser alguma coisa, não por imposição pessoal, mas pelo ambiente e pela série de acontecimentos e movimentos que marcaram a época. Vivíamos em um contingente de envolvimento polí-tico muito grande, era quase uma imposição de natureza sociocultural que tomou conta dos grupos estu-dantis. Isto fez com que tivéssemos convicções e posicionamentos am-plos e pró-ativos.

SBN Hoje – Como avalia a sua ex-periência como presidente da SBN (gestão 2000-2002)?

CC – Presidir a SBN foi uma expe-riência positiva e gratificante. Guardo boas recordações e só tenho a agrade-cer aos neurocirurgiões pela confiança depositada em minha gestão. Todas as sociedades, sem exceção, exercem um poder de qualificação do profissional no que diz respeito à formação do espe-cialista. Elas desenvolvem o aperfeiçoa-mento progressivo do médico, sejam por simpósios, seminários, reuniões, palestras ou por meio dos congressos anuais. Hoje, os congressos da SBN são reconhecidos e respeitados in-ternacionalmente e os programas de residência médica são referências na Neurocirurgia.

SBN Hoje – Quais foram as conquis-tas da SBN durante a sua gestão?

CC – Inauguramos em 2002 uma nova sede para a sociedade, quatro vezes maior do que a sede antiga, o que permitiu um aumento patrimo-nial. Outro ponto importante foi ter a oportunidade de profissionalizar a gestão da Sociedade e atualizar o Es-tatuto da SBN. Acredito que a gestão atual é composta por membros respon-sáveis, conscientes e determinados a

programas arrojados, que vêm trazendo posicionamentos diante da classe mé-dica sobre avanços na Saúde e par-ticipações no movimento político. A evolução da Sociedade no decorrer

Perfil

Em junho, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Cid Carvalhaes, assumiu

pela segunda vez consecutiva a gestão do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) para

o triênio de 2011 a 2014. Com uma história pautada pela representatividade da hifenização

médica à frente de suas reivindicações, o neurocirurgião encara antigos e novos desafios nos

próximos três anos. Em entrevista à SBN Hoje, Carvalhaes fala sobre sua trajetória profissional

em meio às entidades e o papel do neurocirurgião contemporâneo

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dos anos é fruto da maturidade da diretoria que vem se sucedendo.

SBN Hoje – Há 11 anos foi lançado um livro sobre o perfil do neuroci-rurgião brasileiro. Você pretende atualizar a obra?

CC – Sim, me parece oportuno, pois a obra não representa mais a reali-dade do especialista. Hoje, as con-dições de trabalho são diferentes, não temos mais uma posição que se resume à vivência do médico. Se a diretoria da Sociedade entender que é pertinente uma reedição do perfil, será muito bem-vinda pela categoria para conhecer, com mais proprieda-de, a real dimensão do neurocirur-gião brasileiro: suas condições de trabalho e expectativas. Segundo o IBGE, os dados censitários têm va-lidade por dez anos.

SBN Hoje – Quais as diferenças en-tre o neurocirurgião do século XX e o do século XXI?

CC – Teoricamente evoluímos muito neste espaço de tempo no que diz res-peito a técnicas, abordagens e situações distintas. Uma grande diferença que observo é uma mudança na postura ética e na formação do médico no que diz respeito à relação médico-paciente. Os neurocirurgiões precisam ser cada vez mais humanos e afeitos às deman-das dos pacientes e entender que esse humanismo é insubstituível apesar de todos os avanços tecno-científicos.

SBN Hoje – Em sua opinião, o que sig-nificou ter sido reeleito presidente do Simesp? Quais são seus projetos para os próximos três anos de gestão?

CC – Uma enorme satisfação, mas, acima de tudo, uma preocupação em

O neurocirurgião precisa ser cada vez mais afeito às demandas dos pacientes. O humanismo é insubstituível apesar dos avanços tecno-científicos”.Cid Carvalhaes, presidente do Simesp e da Fenam

torno do sindicato. A classe médica acredita que o presidente reeleito use a sua experiência e ofereça ações concretas em comparação à gestão anterior, o que aumenta o senso de responsabilidade. Por outro lado, há uma sensação de reconhecimento e reciprocidade dos colegas. Nesta gestão temos pela frente o combate a dois inimigos: as operadoras e as seguradoras de saúde. Ambas têm poder coercitivo em função da in-fluência financeira sobre a qual exer-cem e cobiçam lucros abusivos. Esta questão deve alinhar um trabalho conjunto com o sindicato, a Fenam e das entidades médicas como a AMB, o CFM, além das demais unidades federadas, que também mobilizam a política médica.

SBN Hoje – Que mensagem deixa para os novos neurocirurgiões?

CC – Digo aos jovens neurocirurgiões que tenham compromissos com os pacientes. Eles devem ser acolhidos como pessoas que merecem receber toda a atenção especial possível. Acreditem nas entidades médicas e entendam que resultados positivos implicam uma dedicação mais cole-tiva do que individualizada por par-te de todos os profissionais da Saú-de. Só assim podemos avançar frente à causa médica.

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Pare e pense bem

Inspirado no Think First, pro-grama implementado nos Es-tados Unidos pela National Injury Prevention Foundation,

a SBN promove, desde 1995, o pro-jeto Pense bem. Seu principal obje-tivo é o desenvolvimento de ações e campanhas para educar públicos de diferentes faixas etárias para a pre-venção de neurotraumas (traumatis-mos cranianos e traumas na coluna vertebral), em geral vítimas de aci-dente no trânsito, quedas e até de violência.

Para fortalecer sua divulgação, a Sociedade uniu-se ao Ministério das Cidades por meio do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para a criação de uma campanha inédita: o projeto Pare e pense bem, junção dos slogans das campanhas do ministério (Pare, Pense, Mude) e da SBN (Pense bem). Sua ação inicial consiste na ela-boração de um vídeo educacional, que será veiculado por meio de palestras em todas as autoescolas do país.

Mudança de comportamento pode reduzir acidentes

Em junho deste ano, o Ministério das Cidades, por meio do Denatran lançou a cam-panha nacional Pare, Pense, Mude com o objetivo

de conscientizar a população sobre a importância de uma convivência pacífica e segura no trânsito, onde todos os atores são responsáveis por suas atitudes ao volante.

Recentes pesquisas mostram que a atitude natural das pessoas é cul-par os demais pelos problemas que ocorrem no trânsito. Boa parte de-les é atribuída às atitudes alheias e quase nunca à própria conduta ao volante, nas ruas e calçadas. Quando questionados sobre atitudes como o uso do cinto no banco traseiro, o respeito aos limites de velocidade e a preocupação em beber e dirigir, algumas pessoas reconhecem que es-tão falhando no trânsito.

De acordo com o ministro Mário Negromonte, para melhorar o com-portamento no trânsito é necessária a sensibilização de toda a sociedade e dos agentes públicos. O conceito da campanha é: o trânsito só muda quan-do a gente muda.

Por sua vez, o projeto Pense bem, da SBN, complementa o mote da campanha Pare, Pense, Mude. Sua iniciativa é estimular a população a pensar em suas atitudes antes de executá-las, a fim de evitar acidentes e, consequentemente, as sequelas no cérebro e na medula. Entre as ações do Pense bem, estão a apresentação de pesquisas e palestras, além da dis-tribuição de folhetos e divulgação

de casos e depoi-mentos de vítimas de acidentes.

“A campanha é volta-da para todos os públicos, mas com atenção especial às crianças e aos jovens, ofe-recendo dicas de como praticar ati-vidades esportivas, de lazer e dirigir veículos sem comprometer a saúde e minimizar os riscos de acidentes. É possível mudar a cultura de compor-tamentos de risco no país”, afirma o neurocirurgião e presidente da SBN, José Marcus Rotta. Segundo o Mi-nistério da Saúde, 20,7% dos jovens internados nas unidades de saúde são vítimas de traumas cerebrais.

Uma nova parceria entre SBN,Ministério das Cidades e Denatran

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Explique minuciosamente ao paciente as possíveis intempéries que podem acontecer durante o pro-cedimento cirúrgico. Nesse momento, é essencial transmitir segurança ao paciente, para que ele en-tenda os benefícios e possíveis resultados negativos do procedimento.

Prepare um documento em que conste todo o conteúdo da conversa. A partir dele, o paciente comprova estar ciente de que entendeu as possí-veis complicações e de que exime o profissional da responsabilidade caso aconteça de fato algum dos problemas descritos no documento.

Peça ao paciente que vá acompanhado ao con-sultório por uma pessoa de sua confiança quan-do você explicar as etapas de tratamento. Dessa forma, essa outra pessoa também estará ciente dos possíveis riscos com os quais o paciente será defrontado.

Em casos de operação cirúrgica, o TCI deve possuir três vias: uma para o profissional, uma para o pacien-te e a última deve ser repassada ao estabelecimento de saúde onde o procedimento será realizado. Se o paciente for menor de idade, seu responsável legal é quem deve estar de acordo e assinar as três vias.

Termo de consentimento informadoMais segurança e menos dor de cabeça

Hoje, alguns médicos so-frem ações na Justiça oriundas de pacientes insatisfeitos com o resul-

tado de um tratamento ou de procedi-mentos cirúrgicos. Em muitos casos, a ação nasce da dificuldade de o paciente chegar à cura do problema de saúde ou pela aparição de efeitos colaterais in-desejáveis.

Diante de situações como essas, os neurocirurgiões recorrem cada vez

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mais ao termo de consentimento in-formado (TCI), elemento necessário ao atual exercício da Medicina. Esse documento funciona como uma ga-rantia para ambos os lados da relação médico-paciente, pois é um direito do paciente e um dever moral e legal do neurocirurgião.

A ideia principal do TCI é que, uma vez o paciente sendo responsável por decidir se prefere manter-se em seu

estado atual de saúde ou submeter-se a um tratamento relativamente perigo-so, ele deve estar munido de informa-ções acerca dos procedimentos para poder esclarecer quaisquer dúvidas.

Nessa edição, a SBN Hoje apre-senta um Infográfico para o médico passar o TCI ao seu paciente e, assim, além de deixá-lo ciente das possíveis complicações, mantê-lo seguro e con-fiante em seu neurocirurgião.

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Em 55 anos de existência da World Federation of Neuro-surgical Societies (WFNS), pela segunda vez, o Brasil

será a sede de dois importantes even-tos para a especialidade: o 14º Interim Meeting e o 15º Congresso Brasileiro de Atualização em Neurocirurgia, que acontecem, simultaneamente, entre 14 a 17 de setembro, no Summerville Beach Resort Hotel, em Porto de Ga-linhas (PE).

Direcionado para a Educação Mé-dica Continuada, o 14º Interim Mee-ting da WFNS reúne renomados espe-cialistas do Brasil e do mundo, sendo o mais importante evento da Neuro-cirurgia em 2011, também dedicado

ao desenvolvimento de residentes e de jovens neurocirurgiões. “Esse con-gresso receberá mais de 700 especia-listas consagrados, incluindo médicos brasileiros. Durante o evento, vamos escolher o país onde será sediado o Congresso Mundial de Neurocirurgia de 2017”, conta Hildo Azevedo, pre-sidente da Comissão Organizadora do desse evento e do 15º Congresso Brasi-leiro de Atualização em Neurocirurgia.

Vilarejo em sintonia com a natureza

Eleita por nove anos consecutivos a melhor praia do país pela revista Via-gem e Turismo, Porto de Galinhas é também a praia mais visitada do litoral

nordestino. Localizada no município de Ipojuca, litoral sul de Pernambuco (a 60 quilômetros de Recife), a praia é famosa pelas piscinas naturais de águas cristalinas e mornas (média de 28ºC). Lá, os visitantes podem ver uma enorme variedade de peixes coloridos e contem-plar o belíssimo ecossistema da região.

Com animada vida noturna, o vila-rejo conta ainda com opções de bares e restaurantes, onde o visitante pode se deliciar com gastronomia local e internacional, além de desfrutar ativi-dades de lazer, como mergulho, trilhas, passeio de jangada ou de bugres pelos manguezais bem preservados – exce-lentes dicas para um passeio ecológico inesquecível.

Porto de Galinhas recebe 14ª edição do WFNS

14º Interim Meeting of the World Federation of Neurosurgical Societies 15º Congresso de Atualização da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia 14 a 17 de setembroCentro de Convenções do Summerville Beach Resort Hotel Acesso Muro Alto, s/nº, Praia do Muro Alto, s/nº, Praia do Muro Alto, Ipojuca, Porto de Galinhas (PE)Beach Class ResortsMuro Alto, lote 5, Gleba Merepe C, s/nº, Ipojuca, Porto de Galinhas (PE)Mais informações: http://wfnsinterimmeeting2011.com.br

Dicas de passeios com hospedagem FK ViagensEndereço: Av. Graça Aranha, 19, grupo 501, Centro, Rio de JaneiroTelefone: (21) 3212-1300

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Em 2011, a SBN deu mais um passo e iniciou um novo e importante ciclo de eventos. Com o objetivo de se aproxi-mar das sociedades regionais e seus re-presentantes, conhecer as dificuldades e necessidades peculiares de cada estado e promover uma ouvidoria aos neuro-cirurgiões atuantes nas diversas regiões do país, a SBN iniciou um programa de encontros regionais em todo o Brasil.

O primeiro ciclo de discussões aconteceu no final de maio: Encontro SBN Região Norte. Na ocasião, viajei ao lado dos colegas José Marcus Rotta, presidente da SBN, e Clemente Augus-to de Brito Pereira, diretor de políticas para o Amazonas e para o Pará, e ti-vemos a oportunidade de conhecer de perto o dia a dia dos neurocirurgiões instalados na região.

O foco inicial do trabalho está na formação e no exercício profissional do neurocirurgião, na sua possibilidade de atualização em cursos locais ou a distân-cia e no modelo de trabalho oferecido, assim como nas condições de atendi-mento ao paciente e a remuneração pra-ticada. É interessante conhecer também as condições locais de formação dos especialistas, a migração e a fixação dos residentes pelas cidades, a adequação dos serviços às urgências, às emergências e aos tratamentos eletivos, o desenvol-vimento tecnológico regional, as fontes de remuneração dos médicos, a análise da qualidade do exercício profissional e outros assuntos pertinentes.

Essas informações, fornecidas pelas sociedades regionais, permitem uma atuação mais incisiva da SBN, que, em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Federação Nacio-nal dos Médicos (Fenam), passa a ter mais poder na obtenção de melhorias e

soluções, negociando junto aos órgãos públicos e empresas operadoras. Estas entidades já mantêm encontros diretos com o Ministério da Saúde e diversos avanços foram alcançados nas tabelas de remuneração do SUS (portaria SAS/MS 189, de 27 de abril de 2011) e em valores da CBHPM, na qual alguns có-digos tiveram nova hierarquização.

A primeira etapa dos encontros na região Norte aconteceu em 27 de maio, no auditório do Cemom, onde estavam presentes membros da Sociedade de Neurocirurgia do Amazonas, presidida por Carlos Michel Albuquerque Peres. Na ocasião, pôde-se apurar que a Uni-versidade Federal do Amazonas oferece residência em Neurocirurgia pelo MEC e já formou 14 especialistas, sendo que a maioria trabalha na capital do estado. Os treinamentos são realizados no Hospital Universitário Getulio Vargas, que pres-ta atendimento ao SUS, e no Hospital Universitário Francisco Mendes, onde se concentram os atendimentos de alta complexidade. Pôde-se identificar, tam-bém, uma série de dificuldades, como a falta de preceptores para o número de cirurgias realizadas, a falta crônica de leitos para atendimento eletivo no SUS, conflitos com o gestor local na liberação de verbas e procedimentos, falta de ma-terial, condições precárias e questões po-líticas que prejudicam o atendimento.

Na manhã seguinte, as discussões continuaram, desta vez no auditório do Hospital Porto Dias, em Belém (PA). Lá, estiveram presentes membros da Socie-dade de Neurocirurgia do Pará, presidida por José Claudio Monteiro Rodrigues, sócios da SBN e residentes, além de ter contado com a participação de Albedy Moreira Bastos, presidente da Academia Brasileira de Neurocirurgia (ABNC).

Entre as informações obtidas no encontro, destaca-se a residência em Neurocirurgia iniciada em Belém pelo MEC, em 2002, e pela SBN, em 2004, formando um residente por ano. Os treinamentos acontecem no Hospital Ophi Loyola, que presta atendimento ao SUS e aos funcionários públicos do estado, mas que atualmente vive uma crise política: o gestor local não paga os materiais e as empresas param de for-necer, desqualificando a formação por deficiência técnica.

No Pará, trabalham 28 neurocirurgi-ões, sendo três formados em Belém e os demais 25 originários de outros estados. São sete os hospitais (públicos ou parti-culares) que oferecem tratamentos neu-rocirúrgicos em diferentes graus de com-plexidade. O Hospital Porto Dias, que atende pacientes particulares e convenia-dos, é um dos mais bem-equipados, con-tando com três aparelhos de ressonância magnética, dois tomógrafos, UTI e ca-pacidade de realização de procedimentos endovasculares. Já nos demais hospitais, as condições são bastante precárias e deterioradas, dificultando a prestação de um bom atendimento por parte dos profissionais. Também foram relatadas as características de atuação dos neurocirur-giões nas cidades de Santarém, Marabá, Altamira e Tucurui, todas no Pará.

Independente do teor das informações levantadas - infelizmente nem sempre positivas, os encontros tiveram boa pro-dutividade e possibilitaram a discussão de questões de interesse dos neurocirurgiões e da SBN. Os encontros devem continu-ar por todo o país para aprofundar nosso conhecimento da realidade regional acer-ca de temas como exercício profissional, condições locais de trabalho, fontes paga-doras e educação continuada.

Relatório de viagens

por Dr. Modesto Cerioni JuniorSecretário auxiliar da SBN

SBN mais próxima de suas regionais

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Labrador retriever e neurocirurgião:

Compramos nosso primeiro labrador em 1998, aqui no Brasil. Em 1999,

quando fui visitar um serviço no norte da Inglaterra, pude observar que os labra-dores de lá eram mais pesados, calmos, e menos agitados. Em 1999, importamos nossos primeiros labradores e nos filia-mos ao Kennel Clube de São Paulo, onde hoje pertenço ao conselho do KCSP e do Clube Paulista do Labrador. Desde esta época, foram inúmeras as oportunidades de conviver em família na presença desses amigos que são os labradores e, sem dúvi-da, hoje, este plantel de 15 labradores faz parte da minha vida e da vida dos meus familiares. Vivem soltos na minha casa e são muito educados, limpos, calmos e não destroem as mobílias, como é costu-meiro em outras raças.

Os labradores vêm de uma mis-tura de cães de água portugueses e cães terra nova, que pescadores in-gleses da região de Dorset e Devon levavam para as pescarias no mar da

Eu e meu filho Pedro com a nossa labradora mais idosa, Tobbie. À direita, Oddbins, vindo do País de Gales

Costa do Labrador, no Canadá. Este período (século XIX) possibilitou que o cão fosse levado para a Ingla-terra por nobres para servir de com-panhia e para caça de aves, recupe-rando os espécimes abatidos (faisões,

por Paulo Henrique Pires de Aguiar, membro do Kennel Clube de São Paulo, do Clube Paulista do Labrador, do Clube Gaúcho do Labrador, do Midland Counties Labrador Retriever Club da Inglaterra e do Clube do Labrador da Escócia

Principais características

• Inteligência;

• Docilidade;

• Capacidade de adaptação;

• Bom farejador;

• Facilidade para treinamento;

• Alegria;

• Afeição natural;

• Desejo de agradar e dedicação ao dono.

Datas interessantes

1904 – O labrador é reconhecido como raça na Inglaterra

1916 – Fundação do Clube do Labrador na Inglaterra

1917 – O labrador é reconhecida como raça nos Estados Unidos

1925 – Fundação do Clube do Labrador Amarelo na Inglaterra

marrecos, patos etc.). No século XX, se notabilizou como a raça canina mais popular nos Estados Unidos, adquirindo certas características ao longo dos anos, como mais resistên-cia e menor estatura do que o origi-nal encontrado na Inglaterra.

Pudemos participar de compe-tições, formar vários campeões bra-sileiros, pan-americanos e formar muitos amigos. Meus filhos puderam viver com a afeição e o respeito pelos animais. Isso dirime os efeitos do es-tresse de nossa profissão e atenua as tristezas e pressões, além de contar-mos com um amigo, o labrador.

Fazem parte deste universo neu-rocirurgiões amigos que conviveram com labradores de nossa criação. Tenho certeza de que, para moldar-mos um mundo melhor, o respeito à natureza e aos animais, bem como a amizade dos mesmos, é impres-cindível para nos humanizarmos.

GRANDES AMIGOS

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Além da Neurocirurgia

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Comunicado oficial

a) Art. 18 do Código de Ética Médica (CFM): É vedado ao médico desobedecer aos acórdãos e às resoluções dos Conse-lhos Federal e Regionais de Medicina ou desrespeitá-los.b) Art. 115 do CFM: É vedado ao médico anunciar títulos científicos que não possa comprovar e especialidade ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado no CRM.c) Art. 3º da Resolução CFM 1634/2002 : Fica vedado ao médico a divulgação de especialidade ou área de atuação que não for reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina.d) Art. 4º da Resolução CFM 1634/2002: O médico só pode declarar vinculação com especialidade ou área de atuação quando for possuidor do título ou certificado a ele correspondente, devidamente registrado no CRM.e) Itens “o” e “p” das normas orientadoras e reguladoras da Resolução CFM 1845/2008: O médico só poderá fazer di-vulgação e anúncio de até duas especialidades e duas áreas de atuação. É proibido aos médicos a divulgação e anúncio de especialidades que não tenham o reconhecimento da Comissão Mista de Especialidades;f ) Com base nos dados acima também as empresas e instituições de saúde não podem divulgar, anunciar ou vincular médicos a especialidade para a qual ele não se encontra devidamente qualificado e registrado no CRM. Isto inclui, não só anúncios e propa-gandas, como livros de divulgação de médicos credenciados ou contratados, listas de especialistas e placas de consultórios.g) Ainda com esses dados, entendemos que os concursos para contratação de médicos especialistas devem exigir a com-provação de que o mesmo é possuidor do respectivo título da AMB ou comprovante de término de programa de residên-cia médica devidamente credenciado pela CNRM.h) A autoridade responsável pela contratação, assim como o diretor médico da instituição, também poderá responder por ofensa ao CFM, pelo descumprimento destas normas.i) É conveniente que a Associação de Especialidade ajude no cumprimento das diretivas do CFM, denunciando os casos de conduta contrária.

Recentemente, a imagem e participação de médicos ou de sociedades médicas em materiais publicitários foi

o questionamento em todas as mídias. Para esclarecer a questão, a SBN solicitou mais informações para a

Associação Médica Brasileira (AMB). Segue o comunicado oficial da instituição.

Diretoria de Políticas da SBNComo funciona?

A atual presidência da SBN instituiu a Diretoria de Políticas para coordenar o expediente das comissões de ética e de defesa profissional tratando os temas desses setores com mais agilidade.

A preocupação é que problemas com facetas comuns tenham encami-nhamentos e se possível soluções mais rápidas a despeito de sua complexidade, oferecendo aos colegas o apoio que bus-cam da SBN no menor tempo possível.

Os associados que tenham dúvidas ou dificuldades no exercício profissio-nal e ético, ou se vejam envolvidos em

processos de responsabilidade civil, podem contar com o auxílio dessas co-missões para opiniões e pareceres.

Para o contato, enviem e-mails para a secretária da diretoria [email protected]. Ela passará as orientações para a resolução da questão apresentada. É preciso lembrar que, principalmente, temas que envolvam a Ética médica serão tratados com o compromisso de sigilo absoluto por parte da SBN.

Para que os colegas tenham noção da importância das comissões de De-fesa profissional e Ética, esta gestão

recebeu e encaminhou desde o seu início 30 solicitações. Sendo quatro de natureza ética, e as demais com assun-tos direcionados à Defesa profissional.

Além do contato por e-mail, os co-legas podem se dirigir aos coordenado-res das comissões de Defesa profissional, no caso Julio Meyer e da Comissão de Ética, no caso Flávio Leitão de Carva-lho. Ou até mesmo ao diretor de Po-líticas, Clemente Pereira. A defesa dos interesses dos neurocirurgiões é preo-cupação maior da atual administração da SBN.

por Dr. Clemente PereiraDiretor de Políticas da SBN

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Com o lema Hidrocefalia e DVP: in-formação rápida – melhor tratamento, o coordenador do Grupo de Hidro-dinâmica Cerebral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e do Grupo de Hidrocefalia do HSPE, Fernando Campos Gomes Pinto, inicia um movimento nacional de conscientização da categoria.

A hidrocefalia é uma das doenças mais tratadas pela Neurocirurgia e, com o advento da neuroendos-copia, sempre que possível, o im-plante da DVP é evitado. Mesmo assim, cerca de 70% dos casos de hidrocefalia necessitam da válvu-la. “É o que temos observado em nossa casuística nos últimos cin-co anos. Precisamos fornecer para

todo paciente submetido à cirurgia de derivação ventricular interna um documento com as principais informações da válvula. Este docu-mento deverá sempre estar junto do paciente, como ocorre com os pacientes portadores de marca-pas-so cardíaco”, explica o médico.

Em uma emergência, o neurocirurgião que fará o atendimento inicial terá aces-so a todas as informações necessárias, o que tornaria melhor o atendimento a este paciente. “Este simples hábito, em escala nacional, melhorará o tratamento dos pacientes portadores de hidrocefalia tratados com a famosa DVP”, afirma.

Nome do pacienteIdade Telefone Causa da hidrocefaliaData do implante de válvulaMarca da válvula Tipo de válvula Fixa Autorregulável ProgramávelPressão de aberturaSítio distal do cateter Peritônio Pleura Átrio

Campanha nacional dacarteirinha da válvula

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Taças: para cada tipo devinho, um formato diferente

Especialistas recomendam beber um cálice de vinho no almoço e no jantar para benefício da saúde. Mas você sabia que o recipiente pode fazer toda a diferença? Cada taça tem sua peculiaridade, uma vez que seu forma-to é desenvolvido em função das ca-racterísticas de cada vinho e como ele preenche os pontos sensoriais da boca. É fundamental que a taça permita boa oxigenação do vinho e, assim, libere seus aromas de forma adequada.

“O importante no universo dos vi-nhos é bebê-los na taça certa. Para os

brancos, taças bojudas e hastes mé-dias; para os tintos, taças altas com a boca mais fechada. O vinho preci-sa de espaço nas taças para se arejar e mostrar suas especiarias”, ensina o enófilo Wilson Felipe. No ato da degustação, nota-se a diferença pela qual o vinho entra em contato com as papilas gustativas, despertando nuan-ces específicas.

Para isso, recomenda-se que ele seja servido cerca de 150 ml (cerca de um terço da taça) para que haja espaço para o vinho “respirar”. Taça muito

cheia é sinal de deselegância e não permite “circular” o vinho. A regra é mais simples do que parece. Um apre-ciador da bebida precisa ter somente quatro tipos de taça em casa: uma para os brancos, que pode ser usada também para os rosés; duas para os tintos; e uma para os espumantes. Faça um teste: experimente servir o vinho em taça adequada e depois em uma taça aleatória. Certamente você poderá sentir uma nítida diferença, seja no olfato ou na boca.

Cuidados com as taçasPara lavá-las, recomenda-se água morna e uma quantidade mínima de deter-

gente líquido. Com elas, todo cuidado é pouco. Se a taça não for bem enxaguada, o produto pode alterar o sabor e o aroma do vinho e, no caso da champagne, impedirá que se formem as borbulhas.

Há ainda outras regras mais do que essenciais: sempre enxaguar muito bem os copos e depois secá-los com cuidado, preferencialmente com um pano de linho; nunca secar segurando a base com uma mão e girando a taça com a outra em dire-ções opostas; e, finalmente, guardar os copos em um local livre de odores.

Um brinde!Independente do formato das taças,

a haste é um elemento importante na degustação do vinho. Ela serve para que você segure a taça de forma correta, sem encher o bojo ou deixar marcas de de-dos, por exemplo. E o principal: reduz o aquecimento do vinho quando em contato com a mão.

Tipos de taças1|Borgonha: usada para tomar vinho tinto, que precisa de espaço para respirar e exalar seus intensos aromas e sabores. O bojo (copo) é mais curto e largo e dá mais espa-ço para o oxigênio interagir com a bebida e liberar seus aromas.

2|Bordeaux: esta também é para a degustação de tintos. A quantidade colocada no reci-piente deve ser pequena para que o vinho respire e “passeie” pela taça ao ser girado.

1

2

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3|Flauta: esta taça é chamada de flutê (flauta, em francês) e serve para concentrar as borbu-lhas dos espumantes. Ela é fina e direciona a fervescência e os aromas para o nariz e a boca.

4|Vinho branco: indicada para a maioria dos brancos, que pre-cisam de menos contato com o oxigênio. Seu corpo é menor do que o das taças para tinto. Pode ser usada também para servir vinhos rosés.

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Page 34: Parceria inédita · Diretor comercial Marconde Miranda Editor Bruno Aires (MTB 26.204/RJ) Coordenação editorial Luciana Rosário Repórteres Gabriela Lopes e Marcello Manes Designers

Referência Bibliográfica: 1. Mehta MP, Buckner JC, Sawaya R, Cannon G. Neoplasms of the central nervous system. In: DeVita VT, Lawrence TS, Rosenbery SA, eds. Cancer Principles and Practice of Oncology. 8th ed. Philadelphia, PA. Lippincott Williams & W. ilkins: 2008:1975-2032. 2. National Comprehensive Cancer Network. NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology Central Nervous System Cancers. V.1.2010. Disponível em www.nccn.org. Acessado em 12 de agosto de 2010. 3. Bula de TEMODAL. Schering-Plough Produtos Farmacêuticos, 2010. 4. Stupp R, Hegi ME, Mason WP, et al. Effects of radiotherapy with concomitant and adjuvant temozolomide versus radiotherapy alone on survival in glioblastoma in a randomized phase III study: 5-year analysis of the EORTC-NCIC trial. Lancet. 2009;10:459-466. 5. Diez BD, Statkevich P, Zhuy Y, et al. Evaluation of the exposure equivalence of oral versus intravenous temozolomide. Cancer Chemother Pharmacol. 2010;65:727-734.

TEMODAL® (temozolomida). INDICAÇÕES: Tratamento de pacientes com glioblastoma multiforme recém-diagnosticado concomitante à radioterapia e posterior adjuvância; glioma maligno (glioblastoma multiforme ou astrocitoma anaplásico) recidivante ou progressivo após terapia padrão; melanoma maligno metastático avançado. CONTRA-INDICAÇÕES: Hipersensibilidade a componentes ou à dacarbazina; gravidez e lactação. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS: Necessária profilaxia para pneumonia por Pneumocystis carinii sob regime prolongado (42 dias de TEMODAL concomitante à radioterapia; período máximo de 49 dias). Observação cuidadosa de pacientes sob temozolomida se recebendo esteróides para o desenvolvimento de pneumonia por Pneumocystis carinii. Frequente associação com náuseas e vômitos, portanto recomenda-se profilaxia antiemética para: glioblastoma multiforme recém-diagnosticado, antes da dose inicial de TEMODAL (fase concomitante) e durante a fase adjuvante; glioma recorrente ou progressivo, antes de iniciar os ciclos de tratamento, se ocorrerem vômitos severos (grau 3 ou 4). Parâmetros laboratoriais: Antes da administração, são necessários os seguintes parâmetros laboratoriais: contagem absoluta de neutrófilos (CAN) > 1,5 x 109/L e plaquetas > 100 x 109/L. Hemograma completo no dia 22 (21 dias após 1a dose) ou dentro de 48 horas após os 21 dias e, semanalmente, até CAN > 1,5 x 109/L e plaquetas > 100 x 109/L. Se CAN < 1,0 x 109/L ou plaquetas < 50 x 109/L (qualquer ciclo), reduzir a dose no ciclo seguinte (menor dose recomendada: 100 mg/m2). Disfunção renal ou hepática: Desnecessário reduzir dose, entretanto, é necessária atenção especial. Uso pediátrico: Glioblastoma multiforme: Não existe experiência clínica em crianças acima de 3 anos de idade e há poucos estudos em crianças maiores de 3 anos de idade. Melanoma: Não há experiência em crianças menores de 18 anos de idade. Uso em Pacientes Idosos: Em pacientes maiores de 70 anos de idade, parece aumentar o risco de neutropenia e trombocitopenia. Gravidez e Lactação: Não deve ser normalmente administrado em mulheres grávidas (alerta para pacientes homens em relação às parceiras). Controle de fertilização durante e até 6 meses após a interrupção do tratamento. Não deve ser administrado sob amamentação. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O ácido valpróico pode resultar em pequena (estatisticamente significante) redução da depuração de temozolomida. Aumento de risco de mielossupressão se associado com outros agentes mielossupressores. Como a atividade de TEMODAL está mais relacionada com a AUC do que com os picos de concentração, o efeito do alimento não tem relevância clínica. REAÇÕES ADVERSAS: Glioblastoma multiforme recém-diagnosticado: Fase concomitante: leucopenia, linfopenia, neutropenia, trombocitopenia, alterações metabólicas e nutricionais, alterações psiquiátricas, alterações do sistema nervoso, visão turva, dificuldade na audição, alterações vasculares, tosse, dispnéia, alterações gastrintestinais, alterações cutâneas, alterações músculo-esqueléticas e do tecido conjuntivo, alterações renal, alterações gerais e no local da administração, alterações laboratorias. Fase adjuvante: além das anteriores: infecções. Glioma maligno recorrente ou progressivo ou melanoma maligno: náuseas e vômitos são mais freqüentes. fadiga, constipação, cefaléia, anorexia, diarréia, erupção cutânea, febre, astenia, sonolência, dor abdominal, dor, tontura, perda de peso, dispnéia, alopecia, rigidez, prurido, mal-estar, dispepsia, alteração do paladar, parestesia e petéquias. Reações alérgicas (ex.: anafilaxia), eritema multiforme. Infecções por agentes oportunistas (Ex: Pneumocystis carinii). Síndrome mielodisplásica e neoplasias secundárias. Laboratoriais: Trombocitopenia e neutropenia (podem ocorrer casos graves de hospitalização e/ou descontinuação). Mielossupressão previsível (normalmente dentro dos primeiros ciclos; nadir entre 21º-28º dia de tratamento) com recuperação rápida (1-2 semanas) e sem evidência cumulativa. Pancitopenia (prolongada podendo resultar em anemia aplástica), leucopenia e anemia. TEMODAL pó liofilizado para injeção fornece dose de temozolomida e exposição equivalentes à temozolomida e MTIC das cápsulas de TEMODAL correspondentes. Os eventos adversos provavelmente relacionados com o tratamento e que foram relatados nos dois estudos com a formulação IV (n = 35) e que não foram relatados em estudos usando o TEMODAL cápsulas foram os seguintes (observados no local da infusão): dor, irritação, prurido, rubor, tumefação e eritema, assim como hematoma. POSOLOGIA: Glioblastoma multiforme recém-diagnosticado: Adultos: Fase concomitante: 75 mg/m2/dia, VO, 6 semanas (42 dias) associada à radioterapia (60 Gy administrado em 30 frações) seguida de adjuvância. Interrupção e descontinuação conforme tolerância do paciente (vide bula). Fase adjuvante: 4 semanas após a Fase anterior (com RXT): 150 mg/m2/dia, 5 dias (23 dias sem tratamento), 6 ciclos (pode ocorrer aumento da dose no 2º ciclo para 200 mg/m2/dia, conforme a toxicidade hematológica). Controle hematológico no dia 22. Glioma maligno recorrente ou progressivo ou melanoma maligno: Adultos: Sem prévia quimioterapia: 200 mg/m2/dia, VO, 5 dias (ciclos de 28 dias). Quimioterapia prévia: 150 mg/m2/dia (pode ocorrer aumento no 2o. ciclo para 200 mg/m2/dia, proporcionando contagem absoluta de neutrófilos 1,5 x 109/L e plaquetas 100 x 109/L no dia 1 do ciclo seguinte. Modificação da dose: basear-se na toxicidade conforme o nadir CAN ou contagem de plaquetas. Crianças com 3 anos ou maiores: Sem prévia quimioterapia: 200 mg/m2/dia, VO, 5 dias (ciclos de 28 dias). Quimioterapia prévia: 150 mg/m2/dia, 5 dias (pode ocorrer aumento no 2º ciclo para 200 mg/m2/dia, se não toxicidade hematológica). O tratamento pode continuar até a progressão da doença (máximo: 2 anos). Administração em jejum (mínimo: 01 hora antes da refeição). Profilaxia antiemética antes ou após TEMODAL. Se ocorrerem vômitos após a administração de TEMODAL, não administrar a segunda dose neste dia. Não abrir ou mastigar as cápsulas. Engolir inteira com água. Se houver dano à cápsula, evitar contato do pó com a pele ou com as membranas mucosas. Como não existem informações sobre a compatibilidade de TEMODAL pó para injeção com outras substâncias ou aditivos de uso intravenoso, outros medicamentos não devem ser infundidos simultaneamente na mesma linha de infusão intravenosa. Recorra à bula do produto para informação sobre: Redução ou descontinuação de doses de TEMODAL frente à toxicidade hematológica (na Fase com radioterapia concomitante) – Tabela 1/Redução ou descontinuação da dose durante a fase adjuvante - Tabelas 2 e 3/Superde. MS 1.6614.0009. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. USO ADULTO E/OU PEDIÁTRICO (ACIMA DE 3 ANOS). AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. MATERIAL DESTINADO A PROFISSIONAIS HABILITADOS A PRESCREVER E DISPENSAR MEDICAMENTOS. Recorra à bula do produto para maiores informações. (MB-temodal15)

DENTRE AS INFORMAÇÕES CITADAS EM BULA, RESSALTAMOS QUE ESTE MEDICAMENTO É CONTRAINDICADO PARA PACIENTES COM HIPERSENSIBILIDADE A QUALQUER COMPONENTE DO PRODUTO. O ÁCIDO VALPROICO PODE RESULTAR EM PEQUENA REDUÇÃO DA DEPURAÇÃO DA TEMOZOLOMIDA.

TEMODAL® é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Copyright © 2010 Merck Sharp & Dohme Corp., uma subsidiária de Merck & Co., Inc., Whitehouse Station, NJ, EUA. Todos os direitos reservados. 13431 6/10

9804403 IMPRESSO SETEMBRO/2010

Disponível em mais de uma apresentação 3

Eficácia e farmacocinética consistentes e confiáveis, equivalentes em ambas as apresentações 5

A proporção de pacientes com sobrevida de 5 anos foi de 84% no grupo que recebeu TEMODAL + RT vs. 16% no grupo que recebeu RT isolada 4

O padrão de tratamento,agora também na apresentação intravenosa 1,2,5

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Referência Bibliográfica: 1. Mehta MP, Buckner JC, Sawaya R, Cannon G. Neoplasms of the central nervous system. In: DeVita VT, Lawrence TS, Rosenbery SA, eds. Cancer Principles and Practice of Oncology. 8th ed. Philadelphia, PA. Lippincott Williams & W. ilkins: 2008:1975-2032. 2. National Comprehensive Cancer Network. NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology Central Nervous System Cancers. V.1.2010. Disponível em www.nccn.org. Acessado em 12 de agosto de 2010. 3. Bula de TEMODAL. Schering-Plough Produtos Farmacêuticos, 2010. 4. Stupp R, Hegi ME, Mason WP, et al. Effects of radiotherapy with concomitant and adjuvant temozolomide versus radiotherapy alone on survival in glioblastoma in a randomized phase III study: 5-year analysis of the EORTC-NCIC trial. Lancet. 2009;10:459-466. 5. Diez BD, Statkevich P, Zhuy Y, et al. Evaluation of the exposure equivalence of oral versus intravenous temozolomide. Cancer Chemother Pharmacol. 2010;65:727-734.

TEMODAL® (temozolomida). INDICAÇÕES: Tratamento de pacientes com glioblastoma multiforme recém-diagnosticado concomitante à radioterapia e posterior adjuvância; glioma maligno (glioblastoma multiforme ou astrocitoma anaplásico) recidivante ou progressivo após terapia padrão; melanoma maligno metastático avançado. CONTRA-INDICAÇÕES: Hipersensibilidade a componentes ou à dacarbazina; gravidez e lactação. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS: Necessária profilaxia para pneumonia por Pneumocystis carinii sob regime prolongado (42 dias de TEMODAL concomitante à radioterapia; período máximo de 49 dias). Observação cuidadosa de pacientes sob temozolomida se recebendo esteróides para o desenvolvimento de pneumonia por Pneumocystis carinii. Frequente associação com náuseas e vômitos, portanto recomenda-se profilaxia antiemética para: glioblastoma multiforme recém-diagnosticado, antes da dose inicial de TEMODAL (fase concomitante) e durante a fase adjuvante; glioma recorrente ou progressivo, antes de iniciar os ciclos de tratamento, se ocorrerem vômitos severos (grau 3 ou 4). Parâmetros laboratoriais: Antes da administração, são necessários os seguintes parâmetros laboratoriais: contagem absoluta de neutrófilos (CAN) > 1,5 x 109/L e plaquetas > 100 x 109/L. Hemograma completo no dia 22 (21 dias após 1a dose) ou dentro de 48 horas após os 21 dias e, semanalmente, até CAN > 1,5 x 109/L e plaquetas > 100 x 109/L. Se CAN < 1,0 x 109/L ou plaquetas < 50 x 109/L (qualquer ciclo), reduzir a dose no ciclo seguinte (menor dose recomendada: 100 mg/m2). Disfunção renal ou hepática: Desnecessário reduzir dose, entretanto, é necessária atenção especial. Uso pediátrico: Glioblastoma multiforme: Não existe experiência clínica em crianças acima de 3 anos de idade e há poucos estudos em crianças maiores de 3 anos de idade. Melanoma: Não há experiência em crianças menores de 18 anos de idade. Uso em Pacientes Idosos: Em pacientes maiores de 70 anos de idade, parece aumentar o risco de neutropenia e trombocitopenia. Gravidez e Lactação: Não deve ser normalmente administrado em mulheres grávidas (alerta para pacientes homens em relação às parceiras). Controle de fertilização durante e até 6 meses após a interrupção do tratamento. Não deve ser administrado sob amamentação. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O ácido valpróico pode resultar em pequena (estatisticamente significante) redução da depuração de temozolomida. Aumento de risco de mielossupressão se associado com outros agentes mielossupressores. Como a atividade de TEMODAL está mais relacionada com a AUC do que com os picos de concentração, o efeito do alimento não tem relevância clínica. REAÇÕES ADVERSAS: Glioblastoma multiforme recém-diagnosticado: Fase concomitante: leucopenia, linfopenia, neutropenia, trombocitopenia, alterações metabólicas e nutricionais, alterações psiquiátricas, alterações do sistema nervoso, visão turva, dificuldade na audição, alterações vasculares, tosse, dispnéia, alterações gastrintestinais, alterações cutâneas, alterações músculo-esqueléticas e do tecido conjuntivo, alterações renal, alterações gerais e no local da administração, alterações laboratorias. Fase adjuvante: além das anteriores: infecções. Glioma maligno recorrente ou progressivo ou melanoma maligno: náuseas e vômitos são mais freqüentes. fadiga, constipação, cefaléia, anorexia, diarréia, erupção cutânea, febre, astenia, sonolência, dor abdominal, dor, tontura, perda de peso, dispnéia, alopecia, rigidez, prurido, mal-estar, dispepsia, alteração do paladar, parestesia e petéquias. Reações alérgicas (ex.: anafilaxia), eritema multiforme. Infecções por agentes oportunistas (Ex: Pneumocystis carinii). Síndrome mielodisplásica e neoplasias secundárias. Laboratoriais: Trombocitopenia e neutropenia (podem ocorrer casos graves de hospitalização e/ou descontinuação). Mielossupressão previsível (normalmente dentro dos primeiros ciclos; nadir entre 21º-28º dia de tratamento) com recuperação rápida (1-2 semanas) e sem evidência cumulativa. Pancitopenia (prolongada podendo resultar em anemia aplástica), leucopenia e anemia. TEMODAL pó liofilizado para injeção fornece dose de temozolomida e exposição equivalentes à temozolomida e MTIC das cápsulas de TEMODAL correspondentes. Os eventos adversos provavelmente relacionados com o tratamento e que foram relatados nos dois estudos com a formulação IV (n = 35) e que não foram relatados em estudos usando o TEMODAL cápsulas foram os seguintes (observados no local da infusão): dor, irritação, prurido, rubor, tumefação e eritema, assim como hematoma. POSOLOGIA: Glioblastoma multiforme recém-diagnosticado: Adultos: Fase concomitante: 75 mg/m2/dia, VO, 6 semanas (42 dias) associada à radioterapia (60 Gy administrado em 30 frações) seguida de adjuvância. Interrupção e descontinuação conforme tolerância do paciente (vide bula). Fase adjuvante: 4 semanas após a Fase anterior (com RXT): 150 mg/m2/dia, 5 dias (23 dias sem tratamento), 6 ciclos (pode ocorrer aumento da dose no 2º ciclo para 200 mg/m2/dia, conforme a toxicidade hematológica). Controle hematológico no dia 22. Glioma maligno recorrente ou progressivo ou melanoma maligno: Adultos: Sem prévia quimioterapia: 200 mg/m2/dia, VO, 5 dias (ciclos de 28 dias). Quimioterapia prévia: 150 mg/m2/dia (pode ocorrer aumento no 2o. ciclo para 200 mg/m2/dia, proporcionando contagem absoluta de neutrófilos 1,5 x 109/L e plaquetas 100 x 109/L no dia 1 do ciclo seguinte. Modificação da dose: basear-se na toxicidade conforme o nadir CAN ou contagem de plaquetas. Crianças com 3 anos ou maiores: Sem prévia quimioterapia: 200 mg/m2/dia, VO, 5 dias (ciclos de 28 dias). Quimioterapia prévia: 150 mg/m2/dia, 5 dias (pode ocorrer aumento no 2º ciclo para 200 mg/m2/dia, se não toxicidade hematológica). O tratamento pode continuar até a progressão da doença (máximo: 2 anos). Administração em jejum (mínimo: 01 hora antes da refeição). Profilaxia antiemética antes ou após TEMODAL. Se ocorrerem vômitos após a administração de TEMODAL, não administrar a segunda dose neste dia. Não abrir ou mastigar as cápsulas. Engolir inteira com água. Se houver dano à cápsula, evitar contato do pó com a pele ou com as membranas mucosas. Como não existem informações sobre a compatibilidade de TEMODAL pó para injeção com outras substâncias ou aditivos de uso intravenoso, outros medicamentos não devem ser infundidos simultaneamente na mesma linha de infusão intravenosa. Recorra à bula do produto para informação sobre: Redução ou descontinuação de doses de TEMODAL frente à toxicidade hematológica (na Fase com radioterapia concomitante) – Tabela 1/Redução ou descontinuação da dose durante a fase adjuvante - Tabelas 2 e 3/Superde. MS 1.6614.0009. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. USO ADULTO E/OU PEDIÁTRICO (ACIMA DE 3 ANOS). AO PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. MATERIAL DESTINADO A PROFISSIONAIS HABILITADOS A PRESCREVER E DISPENSAR MEDICAMENTOS. Recorra à bula do produto para maiores informações. (MB-temodal15)

DENTRE AS INFORMAÇÕES CITADAS EM BULA, RESSALTAMOS QUE ESTE MEDICAMENTO É CONTRAINDICADO PARA PACIENTES COM HIPERSENSIBILIDADE A QUALQUER COMPONENTE DO PRODUTO. O ÁCIDO VALPROICO PODE RESULTAR EM PEQUENA REDUÇÃO DA DEPURAÇÃO DA TEMOZOLOMIDA.

TEMODAL® é um medicamento. Durante seu uso, não dirija veículos ou opere máquinas, pois sua agilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Copyright © 2010 Merck Sharp & Dohme Corp., uma subsidiária de Merck & Co., Inc., Whitehouse Station, NJ, EUA. Todos os direitos reservados. 13431 6/10

9804403 IMPRESSO SETEMBRO/2010

Disponível em mais de uma apresentação 3

Eficácia e farmacocinética consistentes e confiáveis, equivalentes em ambas as apresentações 5

A proporção de pacientes com sobrevida de 5 anos foi de 84% no grupo que recebeu TEMODAL + RT vs. 16% no grupo que recebeu RT isolada 4

O padrão de tratamento,agora também na apresentação intravenosa 1,2,5

Page 36: Parceria inédita · Diretor comercial Marconde Miranda Editor Bruno Aires (MTB 26.204/RJ) Coordenação editorial Luciana Rosário Repórteres Gabriela Lopes e Marcello Manes Designers