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7/25/2019 Parecer Contr.sindical http://slidepdf.com/reader/full/parecer-contrsindical 1/1 Artigo enviado aos jornais Trata-se de um artigo escrito por um consultor da Quantun Consultoria, que precisa ser publicado. Manolo Fontoura Ferraresi (41) 8804.5968, 3363.0831 3362.3543 [email protected] CONTRIBUIÇÃO SINDICAL – COBRANÇA ILEGAL Manolo Ferraresi Nos meses de janeiro de cada ano e março, as empresas recebem os documentos de cobranças da contribuição sindical de diversos sindicatos, todos tentando se aproveitar d desconhecimento de muitos de que a cobrança é abusiva e ilegal. A mesma situação ocorre com os profissionais liberais, para os quais os sindicatos enviarão os documentos ilegais d cobrança. Inicialmente, vale lembrar que a contribuição sindical é diferente da contribuição confederativa. A contribuição sindical tem valor estipulado em lei (Artigo 580 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT), enquanto que a contribuição confederativa tem o valor estipulado e assembléia (sindical) de filiados ou associados. Portanto, não há qualquer legitimidade ou legalidade em os sindicatos, as federações ou as confederações estabelecerem valores para as contribuições sindicais através d assembléias, decisão de diretoria ou qualquer outra forma. A contribuição sindical das empresas está prevista no item III do Artigo 580 da CLT, calculada de acordo com a tabela progressiva proporcionalmente ao capital social registrado na Junta Comercial e com base no Maior Valor-de-Referência (MVR) fixado pelo Poder Executivo (Governo Federal), vigente à data de competência da contribuição. No caso dos profissionais liberais, a contribuição sindical está prevista no item II do Artigo 580 da CLT, correspondendo a 30% (trinta por cento) do Maior Valor-de-Referência (MVR fixado pelo Poder Executivo, vigente à época em que é devida a contribuição sindical. Quando ocorreu a desindexação da econômica e a criação da taxa de referência (TR), através da Lei 8.177, de 01 de março de 1991, o indicador econômico Maior Valor-de-Referência (MVR) foi extinto retroativamente a partir de 1º de fevereiro de 1991. A Lei 8.178, também de 01 de março de 1991, estabeleceu a conversão dos valores expressos ou referenciados em MVR na legislação vigente à época. Foi estabelecida uma tabela d valores para conversões do MRV para cada uma das 22 regiões do País. O maior valor em cruzeiro foi estabelecido em Cr$ 2.266,17 (dois mil, duzentos e sessenta e seis cruzeiros dezessete centavos). Com isso, muitas pessoas interpretaram, erroneamente, que os itens II, III e § 3º do Artigo 580 da CLT (Decreto-Lei 5.452/1943) foram alterados pela Lei 8.178/1991. Desta forma, entenderam que onde consta a g rafia MVR na CLT deveria ser lido como se estivesse escrito o va lor de Cr$ 2.266,16. Em 30 de dezembro de 1991 foi instituída a Unidade Fiscal de Referência (UFIR), através da Lei nº 8.383, como medida de valor e parâmetro de atualização monetária de tributos e d valores expressos em cruzeiros na legislação tributária federal, bem como os relativos a multas e penalidades de qualquer natureza. Consta na lei que o dispositivo aplica-se a tributo e contribuições sociais, inclusive previdenciárias, de intervenção no domínio econômico e de interesse d e categorias profissionais ou econômicas. Até a extinção da UFIR, algumas pessoas, principalmente sindicalistas, passaram a corrigir o valor da MVR (Cr$ 2.266,16) por esse novo indicador. Com a extinção da UFIR passaram a utilizar outros indicadores de forma não padronizada. Desde então, os sindicatos, as federações e as confederações passaram a arbitrar, indevidamente, o valor a ser pago como contribuição sindical (ilegalmente por decisão de diretoria li Página 1 de 1 ..:: AR Contabil BSJ ::.. - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 3 - ILEGALIDADE 30/03/2016 http://www.arcontabilbsj.com/materiasx.php?recordID=155

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Artigo enviado aos jornais Trata-se de um artigo escrito por um consultor da Quantun Consultoria, que precisa ser publicado. Manolo Fontoura Ferraresi (41) 8804.5968, 3363.08313362.3543 [email protected]

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL – COBRANÇA ILEGALManolo Ferraresi

Nos meses de janeiro de cada ano e março, as empresas recebem os documentos de cobranças da contribuição sindical de diversos sindicatos, todos tentando se aproveitar ddesconhecimento de muitos de que a cobrança é abusiva e ilegal. A mesma situação ocorre com os profissionais liberais, para os quais os sindicatos enviarão os documentos ilegais dcobrança.Inicialmente, vale lembrar que a contribuição sindical é diferente da contribuição confederativa.A contribuição sindical tem valor estipulado em lei (Artigo 580 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT), enquanto que a contribuição confederativa tem o valor estipulado eassembléia (sindical) de filiados ou associados.Portanto, não há qualquer legitimidade ou legalidade em os sindicatos, as federações ou as confederações estabelecerem valores para as contribuições sindicais através dassembléias, decisão de diretoria ou qualquer outra forma.A contribuição sindical das empresas está prevista no item III do Artigo 580 da CLT, calculada de acordo com a tabela progressiva proporcionalmente ao capital social registrado naJunta Comercial e com base no Maior Valor-de-Referência (MVR) fixado pelo Poder Executivo (Governo Federal), vigente à data de competência da contribuição.No caso dos profissionais liberais, a contribuição sindical está prevista no item II do Artigo 580 da CLT, correspondendo a 30% (trinta por cento) do Maior Valor-de-Referência (MVRfixado pelo Poder Executivo, vigente à época em que é devida a contribuição sindical.Quando ocorreu a desindexação da econômica e a criação da taxa de referência (TR), através da Lei 8.177, de 01 de março de 1991, o indicador econômico Maior Valor-de-Referência(MVR) foi extinto retroativamente a partir de 1º de fevereiro de 1991.A Lei 8.178, também de 01 de março de 1991, estabeleceu a conversão dos valores expressos ou referenciados em MVR na legislação vigente à época. Foi estabelecida uma tabela dvalores para conversões do MRV para cada uma das 22 regiões do País. O maior valor em cruzeiro foi estabelecido em Cr$ 2.266,17 (dois mil, duzentos e sessenta e seis cruzeirosdezessete centavos).Com isso, muitas pessoas interpretaram, erroneamente, que os itens II, III e § 3º do Artigo 580 da CLT (Decreto-Lei 5.452/1943) foram alterados pela Lei 8.178/1991. Desta forma,entenderam que onde consta a g rafia MVR na CLT deveria ser lido como se estivesse escrito o va lor de Cr$ 2.266,16.Em 30 de dezembro de 1991 foi instituída a Unidade Fiscal de Referência (UFIR), através da Lei nº 8.383, como medida de valor e parâmetro de atualização monetária de tributos e dvalores expressos em cruzeiros na legislação tributária federal, bem como os relativos a multas e penalidades de qualquer natureza. Consta na lei que o dispositivo aplica-se a tributoe contribuições sociais, inclusive previdenciárias, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas.Até a extinção da UFIR, algumas pessoas, principalmente sindicalistas, passaram a corrigir o valor da MVR (Cr$ 2.266,16) por esse novo indicador. Com a extinção da UFIR passaram autilizar outros indicadores de forma não padronizada.

Desde então, os sindicatos, as federações e as confederações passaram a arbitrar, indevidamente, o valor a ser pago como contribuição sindical (ilegalmente por decisão de diretorial i

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