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PARECER TÉCNICO 1 – Objetivo: Responder solicitação feita pelos engenheiros mecânicos da Superintendência Regional Norte-Centro Oeste, sobre o relatório técnico elaborado pela empresa DSS Serviços de Tecnologia da Informação, referente às instalações elétricas dos cinco elevadores da Gerência Executiva de Cuiabá/MT. 2 – Introdução: Em 2013 os elevadores da Gerência Executiva de Cuiabá/MT passaram por um processo de modernização. A empresa executora da modernização foi a Conservadora de Elevadores Cuibana LTDA (CONEC). Durante o período de garantia da modernização, foram verificadas diversas falhas como as elencadas pelo Analista do Seguro do Social com formação em Engenharia Civil Eliel Machado de Matos que muitas vezes impactavam no funcionamento dos elevadores. Mesmo a empresa respondendo a todos estas falhas, por meio de trocas de equipamentos queimados e outras ações corretivas, notou-se que, para uma modernização recente, os elevadores apresentavam muitas ocorrências e isso mostrava a falta de iniciativa da empresa de investigar as possíveis causas destes problemas. Em um relatório feito pela empresa em fevereiro deste ano, a empresa apresenta alguns pontos que, segundo a mesma, podem ser a causa dos número elevado de ocorrências. Neste contexto, o INSS solicitou a uma empresa privada, DSS Serviços e Tecnologia da Informação, uma análise técnica das instalações elétricas para verificar se o que empresa CONEC era válido.

Parecer Tecnico Elevador Cuiaba V3

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Exemplo de Parecer Técnico de Engenharia Elétrica, analisando dois relatórios de empresas da área de instalações elétricas.

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Page 1: Parecer Tecnico Elevador Cuiaba V3

PARECER TÉCNICO

1 – Objetivo:

Responder solicitação feita pelos engenheiros mecânicos da Superintendência Regional Norte-Centro Oeste, sobre o relatório técnico elaborado pela empresa DSS Serviços de Tecnologia da Informação, referente às instalações elétricas dos cinco elevadores da Gerência Executiva de Cuiabá/MT.

2 – Introdução:

Em 2013 os elevadores da Gerência Executiva de Cuiabá/MT passaram por um processo de modernização. A empresa executora da modernização foi a Conservadora de Elevadores Cuibana LTDA (CONEC). Durante o período de garantia da modernização, foram verificadas diversas falhas como as elencadas pelo Analista do Seguro do Social com formação em Engenharia Civil Eliel Machado de Matos que muitas vezes impactavam no funcionamento dos elevadores. Mesmo a empresa respondendo a todos estas falhas, por meio de trocas de equipamentos queimados e outras ações corretivas, notou-se que, para uma modernização recente, os elevadores apresentavam muitas ocorrências e isso mostrava a falta de iniciativa da empresa de investigar as possíveis causas destes problemas.

Em um relatório feito pela empresa em fevereiro deste ano, a empresa apresenta alguns pontos que, segundo a mesma, podem ser a causa dos número elevado de ocorrências.

Neste contexto, o INSS solicitou a uma empresa privada, DSS Serviços e Tecnologia da Informação, uma análise técnica das instalações elétricas para verificar se o que empresa CONEC era válido.

3 – Discussão:

No ofício COC nº 02-02/2015, a empresa CONEC informa à Gerência Executiva de Cuibá/MT justificativas para as diversas ocorrências nos elevadores modernizados. Referente à instalação elétrica, a empresa informa dois problemas: o primeiro quanto a queima de diversos conversores, e o segundo quanto a queda de tensão elevada no quadro de distribuição dos elevadores. No documento a CONEC informa que no período das obras, estes quesitos foram informados ao INSS. O relatório da DSS, também, informa estes dois problemas.

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Segundo a DSS, o novo sistema elétrico dos elevadores está deficiente de DPS (dispositivo de proteção contra surtos) ou para-raios de baixa de tensão. De acordo com o oficio da CONEC, a queima dos conversores foi oriunda de raios externos. Como isto aconteceu duas vezes no prédio, verificou-se necessidade emergente de um dispositivo capaz de proteger os quadros contra sobretensões. No termo de referência, não se faz menção a estes dispositivos, mas faz menção a quadros de distribuição novos e completos. A NBR 5410 no item 5.4.2.1.1 descreve as situações em que se torna necessário a instalação do DPS em edificações de baixa tensão. Uma destas situações descreve que em locais de quedas frequentes de raios. Como a cidade de Cuiabá, segundo informações do INPE, é caracterizado como local com alta incidência de raios, torna-se necessário a instalação deste dispositivo no prédio em questão.

Outro item importante no relatório da DSS é com relação ao sistema de aterramento e dos aterramentos dos equipamentos. O documento deixa bem claro que as partes metálicas dos equipamentos instalados não estão aterradas. Esse aterramento deveria ter sido feito no processo de modernização por ser item necessário na instalação de qualquer equipamento elétrico. O relatório informa que o novo sistema elétrico do elevador não possui um cabo de terra (proteção) dedicado, e nem ao menos um sistema de aterramento adequado, conforme determina a NBR 5410.

No oficio da empresa CONEC, foi recomendado que fosse feito um sistema de aterramento independente do existente no prédio. O termo de referência diz que é de responsabilidade da contratada montar um sistema de aterramento. Quando se observa o orçamento estimativo do edital verifica-se que se paga o aterramento junto com o quadro de distribuição completo. Não fica claro como exatamente deve ser o sistema de aterramento neste serviço, por falta de composição. Mas esta falta de clareza não exime a contratada de ter verificado o aterramento do prédio e se o mesmo estava adequado à instalação nova, ou ter buscado esclarecimento sobre a composição deste serviço e sua abrangência. Essas são práticas que devem ser tomadas por empresas especializadas em serviços de instalação de equipamento elétrico. Desta forma, a empresa deveria ao menos testar se o sistema de aterramento estava adequado.

Quanto à queda de tensão, a empresa DSS informa que a queda de tensão não está oriunda na rede de distribuição da CEMAT, pois a queda no secundário do transformador está de acordo com o estipulado pela ANEEL. Outro ponto de análise é a queda de tensão medida entre o QGBT e a Cabine de força, que é praticamente nula. As quedas só se apresentam próximas do limite estabelecido na NBR 5410 nos quadros de distribuição dos elevadores. Mesmo com três equipamentos inoperantes a queda de tensão está próxima dos 5%, aceitos em norma. É necessário fazer um estudo mais detalhado da instalação para verificar onde está o problema. A alternativa proposta pela CONEC – instalação de Nobreaks não é a única solução para resolver este tipo de problema, devendo ser precedidas de um estudo mais técnico. É importante verificar as bitolas dos cabos alimentadores e suas distâncias.

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Foi constatado que há pontos de emendas. As emendas não são adequadas em qualquer instalação, e é de responsabilidade da CONEC, no período de obras e de garantia, entregar a obra de acordo com os normativos, como a NBR5410 e NR10, ambas vedam o uso de emendas.

4 – Conclusão:

As considerações elencadas pelo relatório técnico da DSS é de grande relevância e devem ser seguidas. O que falta é apurar o que deveria ter sido feito no período das obras de modernização, ou o que não foi previsto no edital ou o que é caso infortúnio. Independente da apuração de responsabilidade é necessário se pensar em serviços para que evitem que os mesmos problemas voltem a se repetir.

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Cássio Rubens Xavier de Campos

Analista do Seguro Social – Engenharia Elétrica

Mat. 1798182

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Oberdan Holanda Souto

Analista do Seguro Social- Engenharia Elétrica

Mat.1023745/14

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Artur Bontempo Lima.

Analista do Seguro Social- Engenharia Elétrica.