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LUCIANO SILVEIRA AZEVEDO PARQUE UNIPRAIAS: Um estudo sobre a comercialização e vendas junto ao mercado turístico Balneário Camboriú 2008

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LUCIANO SILVEIRA AZEVEDO

PARQUE UNIPRAIAS: Um estudo sobre a comercialização e vendas junto ao mercado turístico

Balneário Camboriú 2008

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LUCIANO SILVEIRA AZEVEDO

PARQUE UNIPRAIAS: Um estudo sobre a comercialização e vendas junto ao mercado turístico

Produção técnica - cientifica apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Turismo e Hotelaria, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Aplicadas - Comunicação, Turismo e Lazer - Campus Balneário Camboriú.

Orientadora:Profa. Marlene H. Novaes.

Balneário Camboriú ]2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

Curso de Turismo e Hotelaria

José Roberto Provesi Reitor

Mário César dos Santos

Vice-Reitor

Valdir Cechinel Filho Pró-Reitor de Pesquisa

Amãndia Maria de Borba

Pró-Reitora de Ensino

Mércio Jacobsen Secretário Executivo

Carlos Alberto Tomelin

Diretor do Centro de Ciências Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer

Silvia Regina Cabral Coordenadora do Curso de Turismo e Hotelaria

Arno Minella

Responsável de Estágio – Curso de Turismo e Hotelaria

Balneário Camboriú 2008

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LUCIANO SILVEIRA AZEVEDO

PARQUE UNIPRAIAS:

Um estudo sobre a comercialização e vendas junto ao mercado turístico

Esta Produção Técnica-Ciêntifica foi julgada adequada para obtenção do título de Bacharel em turismo e Hotelaria e aprovada pelo Curso de Turismo e Hotelaria da Universidade do

Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer, Campus de Balneário Camboriú

Área de Concentração: Ciências Sociais Aplicadas Sub-Área: Turismo e Hotelaria

Balneário Camboriú, 27 de junho de 2006.

Prof.ª Marlene Huebes Novaes UNIVALI – CE de Balneário Camboriú

Orientadora

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DEDICATÓRIA

Aos meus queridos pais, pois, sempre estiveram ao meu lado, me incentivando na busca de cada objetivo, me fazendo acreditar que a vida vale muito a pena, desde que, não estejamos inertes para aproveitar essa

experiência incrível e singular.

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AGRADECIMENTOS

A todos os colegas acadêmicos que, de alguma forma contribuíram no acumulo de conhecimentos e experiências, possibilitando o meu crescimento profissional, e pessoal, a

minha namorada Julia Baldo pela força e paciência em momentos decisivos.

A todo corpo docente do Curso de Turismo e Hotelaria da Universidade do vale do Itajaí, Campus Balneário professores com quem tive a oportunidade adquirir esclarecimentos que

servirão de auxilio para a vida profissional.

Agradeço também a professora Marlene Huebes Novaes pessoa prestativa, com quem foi possível trocar experiências de conhecimentos técnicos e científicos para elaboração do

projeto de pesquisa.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Movimento Geral Parque Unipraias 2005.................................................... 39

Tabela 2: Movimento Geral Parque Unipraias 2006............................................. 41

Tabela 3: Movimento Geral Parque Unipraias 2007............................................. 42

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SUMÁRIO

PARTE I

PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DE ESTÁGIO

1 APRESENTAÇÃO........................................................................................... 13

2 OBJETIVOS..................................................................................................... 17

2.1 Objetivo geral................................................................................................... 17

2.2 Objetivos específicos........................................................................................ 17

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................. 18

3.1 Turismo: Aspectos gerais ............................................................................... 18

3.2 Turismo: Parques de entretenimento e lazer ............................................... 23

3.3 Ciclo de vida do produto turístico................................................................. 25

3.4 Marketing turístico......................................................................................... 28

3.5 Marketing e ampliação de vendas................................................................. 35

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS........................................... 38

4.1 Descrição e análise do cenário atual.............................................................. 38

4.2 A análise e o ciclo de vida do produto turístico Parque Unipraias............. 43

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 47

REFERÊNCIAS............................................................................................... 50

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PARTE II

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO..................................................................... 54

1.1 Identificação da empresa................................................................................. 54

1.2 Identificação do acadêmico............................................................................. 54

2 JUSTIFICATIVA............................................................................................. 55

3 OBJETIVOS..................................................................................................... 57

3.1 Objetivo geral................................................................................................... 57

3.2 Objetivos Específicos....................................................................................... 57

4 DESCRIÇÃO DA EMPRESA........................................................................ 58

4.1 Evolução histórica até a sua organização atual............................................ 58

4.2 Infra-estrutura física atual.............................................................................. 60

4.3 Infra-estrutura administrativa....................................................................... 61

4.3.1 Organograma Departamento Administrativo............................................... 62

63 4.3.2 Organograma Departamento de Marketing.................................................

4.4 Recursos humanos segundo o cronograma.................................................... 64

4.5 Serviços prestados aos clientes........................................................................ 66

5 DESCRIÇÕES DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS........................... 69

5.1 Parque de Aventuras....................................................................................... 69

5.1.1 Funções do setor................................................................................................. 69

5.1.2 Infra-estrutura administrativa............................................................................. 69

5.1.3 Atividades desenvolvidas no setor..................................................................... 70

5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos................................................................... 70

5.1.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas............................... 71

5.2 Projeto Parque Escola..................................................................................... 72

5.2.1 Funções do setor................................................................................................. 73

5.2.2 Infra-estrutura administrativa............................................................................. 74

5.2.3 Atividades desenvolvidas no setor..................................................................... 74

5.2.4 Conhecimentos técnicos adquiridos................................................................... 75

5.2.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas............................... 76

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5.3 Departamento Comercial................................................................................ 76

5.3.1 Funções do setor................................................................................................. 76

5.3.2 Infra-estrutura administrativa............................................................................. 77

5.3.3 Atividades desenvolvidas no setor..................................................................... 78

5.3.4 Conhecimentos técnicos adquirido.................................................................... 78

5.3.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas............................... 79

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................... 80

REFERÊNCIAS............................................................................................... 82

ASSESSORIAS TÉCNICAS........................................................................... 83

ANEXOS........................................................................................................... 84

ANEXO A - Documentos da empresa............................................................ 84

ANEXO B - Documentos do curso................................................................. 85

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PARTE I

PRODUÇÃO TÉCNICA CIÊNTIFICA DE ESTÁGIO

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TÍTULO: Parque Unipraias: um estudo sobre a comercialização e vendas do produto junto ao

mercado turístico.

1 APRESENTAÇÃO

O turismo nas últimas décadas vem se desenvolvendo cada vez mais, por vários motivos, e

nas busca de diferentes opções de lazer. Esses atrativos e fatores de motivação de viagem, na

grande maioria das vezes estão concentrados nos recursos naturais, formando assim uma nova

opção de entretenimento dentro da atividade turística.

De acordo com (Sancho,2002, p.46)``na atualidade os turistas principalmente os que se

encontram em diferentes segmentos do turismo, tem motivações diferentes das antigas

viagens de férias tradicionais em busca de sol e praia, hoje existe uma grande procura pela

natureza.``.

De acordo com Ansarah (1999, p.95) ´´uma das maiores buscas das pessoas atualmente é o

entretenimento, o que faz com que os problemas pessoais fiquem em segundo plano, ainda

que por poucas horas, com certeza essa procura pela distração e recreação é o fator

preponderante dos novos tempos``.

E neste cenário, quando se refere ao Brasil de acordo com dados da Adibra (Associação das

Empresas de Parques de Diversões do Brasil), esta corporação registrou um aumento de

significativo do setor, principalmente nos parques de diversões situados em cidades litorâneas,

principalmente no período que compreende a alta temporada, de dezembro a março. Ou seja,

este tipo de entretenimento turístico ganha cada vez mais espaço dentro da atividade, e assim

se mostra capaz de ser uma ótima opção de lazer e divertimento para turistas e famílias que

procuram opções diferentes na época de suas férias para fugir da grande concentração de

pessoas nas praias.

O Parque Unipraias caracteriza-se por um equipamento de lazer e entretenimento em áreas

naturais composto por três estações de entretenimento, Barra Sul, Mata Atlântica e

Laranjeiras, interligadas através de 47 bondinhos aéreos. Trata-se de um equipamento

diferenciado, e se destaca como referência de ponto turístico na cidade de Balneário

Camboriú, diretamente ligado ao turismo ecológico. O Parque oferece opções de passeios,

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informações sobre o meio ambiente e preservação, assim também como gastronomia, compras

e aventuras.

A estação Barra Sul é composta por um prédio com três pavimentos com, no piso térreo há um

restaurante e as salas de administração do Parque. É onde acontece o embarque e desembarque

aos bondinhos.

Na estação Mata Atlântica há outro prédio, sendo que este compreende um total quatro

pavimentos com sanitários, ambulatório, sala de apoio ao Parque Escola . No primeiro

pavimento desta estação encontra-se o auditório Ângelo Antônio Bogo onde são realizadas

palestras do projeto Parque Escola e do Desafio Unipraias entre outros.

No segundo piso encontra-se uma área destinada a exposições, os visitantes podem observar

uma exposição permanente dos painéis apresentando os principais projetos de preservação e

conscientização ambiental de Santa Catarina e de todo o Brasil, patrocinados pela Petrobrás,

dentre os quais, estão os projetos Baleia Franca, Orquidário da Amazônia, o Legado Azul entre

outros.

E no terceiro piso encontra-se o embarque e desembarque dos passageiros. Nesta estação

encontra-se também o Parque de Aventuras que é formado por trilhas no topo das árvores,

atividade denominada de Arvorismo. Este produto do Parque esta localizado em área de Mata

Atlântida preservada, possui ainda um Parque ambiental com trilhas pavimentadas além de

possuir dois mirantes, sendo um com vista para a praia central de Balneário Camboriú, e outro

para a Praia de Laranjeiras, a ainda, a presença de quiosques, loja de souvenir e um oratório

natural dedicado ao Santo Antônio da Aguada.

A estação Laranjeiras localizada na Praia de Laranjeiras, esta é composta por dois pavimentos,

sendo um para embarque e desembarque dos passageiros e outro com sanitários, bilheteria e

salas de espera. A estação possui o prédio em forma de caracol, onde se encontra outra

exposição de cunho cientifico patrocinada pela Petrobrás, trata-se de painéis que contam a

história do petróleo nos seus diversos aspectos, de forma divertida através do personagem Brás

e sua turma.

Trata-se de um empreendimento que trabalha durante todo o ano com projetos diferenciados,

procurando evitar os períodos sazonais, que ocasionam uma redução muito grande na

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demanda exigindo dos seus gestores o emprego uma visão dinâmica do mercado turístico

onde se insere, no intuito de trabalhar de forma satisfatória a escassa demanda referente a

estes períodos sazonais.

Portanto é importante ressaltar que a empresa possui um Departamento de Marketing efetivo,

que trabalha de maneira expressiva a venda do produto Parque Unipraias, ou seja, o

empreendimento desenvolve ações de comercialização do Parque junto ao mercado. No

entanto, o presente projeto de pesquisa tem o intuito de tornar ainda mais consistente o

crescimento vendas, estimulando procedimentos na busca da consolidação do processo

comercialização e vendas do produto Parque Unipraias.

Sabe-se que as empresas do setor de lazer e entretenimento, trabalham seus produtos e

serviços de acordo com o comportamento mercado da atividade turística como, as criações de

novas tecnologias, o grande crescimento econômico, além das novas necessidades que a

demanda turística exige, entre outros fatores que devem ser observados e levados em

consideração no planejamento das ações mercadológicas de venda do produto ou serviço

turístico, na perspectiva de consolidação de imagem diferencial.

Sobre esta questão Ruschmann (2002, p.3) assegura que:``o profissional nesta atividade

proporciona ao cliente a oportunidade de viver uma experiência, portanto um serviço deve ser

percebido como algo gratificante, benéfico ou satisfatório por quem dele se beneficia ou paga

´´.

De acordo com Castro (2005, p.94); ´´Ter um bom planejamento de vendas garante satisfação

e fidelidade. Os consumidores estão mais exigentes e com isso demandam serviços

superiores``. Com esta abordagem do conceito de planejamento de vendas, as ferramentas de

marketing, se tornam um dos principais pontos estratégicos que precisam ser aprimorados,

mantidos e criativos para ampliar e tornar mais competitivos os negócios da empresa.

Ainda de acordo com (Castelli 1994, p.220) ´´a elaboração deste plano de vendas deve levar

em conta duas fontes básicas de informação, conhecimento das condições internas e externas,

pois, este conjunto de informações vai direcionar todo o processo de planejamento futuro``,

ou seja, a qualidade das documentos históricos administrativos e da análise das tendências do

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cenário relacionados a estes dois fatores ambientais tem impacto direto sobre as diretrizes e a

viabilidade do plano de vendas a ser executado.

O interesse pelo presente estudo, surgiu em decorrência da observação do movimento do

Parque Unipraias, especialmente a referente ao seu Departamento Comercial, analisando

dados secundários obtidos através do relatório de demanda da empresa, que nos últimos três

anos, e que se apresentou de forma estável com pouca elevação nos índices do percentual

comercial de vendas frente ao mercado turístico.

O método utilizado de pesquisa foi exploratória descritiva com base na análise do ciclo de

vida do produto e nos relatórios do Departamento Comercial do Parque Unipraias, o que

caracterizou a pesquisa como Estudo de Caso. Segundo Dencker, (1998, p.127) o estudo de

caso envolve “exame de registros, observação de ocorrência de fatos, entrevistas estruturadas

e não estruturadas ou qualquer outra técnica de pesquisa. O objeto de estudo de caso pode ser

um indivíduo, um grupo, uma organização, um conjunto de organizações ou até mesmo uma

situação”. Neste caso a situação refere-se à comercialização e vendas do Parque Unipraias.

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2 OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral: Identificar fatores que interferem no processo de comercialização e vendas do Parque

Unipraias, na perspectiva de consolidação do produto.

2.2 Objetivos específicos:

• Buscar subsídios teóricos sobre a temática relacionada a Marketing, vendas e

comercialização de produtos e serviços turísticos;

• Identificar e analisar o cenário atual de vendas e comercialização do produto do Parque

Unipraias;

• Apresentar algumas considerações sobre ações de comercialização e vendas no Parque

Unipraias.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Turismo: aspectos gerais

O turismo é uma atividade que tem alcançado grandes dimensões no século XX, tal fato ocorre porque no mundo, a tendência para uma boa qualidade de vida aumenta gradativamente, em decorrência das grandes modificações provocadas pela rotina competitiva de trabalho, uma exigência dos dias atuais. Trigo (2000, p.17) afirma que: ´´ o desgaste da vida moderna, a aridez das grandes metrópoles [...] levam as pessoas ao afastamento do movimento rotineiro do cotidiano´´, sendo assim , estas possuem necessidades de se evadirem para poderem renovar as forças, e dentro deste universo, a atividade turística se torna um instrumento capaz de proporcionar esta possibilidade de renovação.

De acordo com o conceito dado pela OMT (1994, p.18) o turismo define-se como sendo: ``as

atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e estadas em lugares diferentes ao

seu habitual por um período consecutivo inferior a um ano, com a finalidade de lazer,

negócios ,e ou outros´´, desta forma constata-se que, a atividade turística faz com que as

pessoas deixem o seu local de origem, e tenham oportunidades de estar em contato com outras

realidades.

Dessa forma a atividade turística oferece a possibilidade de vivenciar algo inusitado, e em

conseqüência disto a sua procura tem sido constante no cenário mundial atual, porém,

importante ressaltar, que esta procura não tem sido motivada somente pelo desgaste do dia-a-

dia, mas também por influência de fatores como a exemplo da globalização e os avanços em

diversos setores de mercado.

Este fenômeno tem dado um suporte imprescindível para atividade turística, Beni (2003, p.19

) cita que `` as últimas análises apontam o Turismo como o setor mais globalizado, ficando

atrás somente do setor de serviços financeiros´´, e esta constatação é resultado do avanço

tecnológico, que permite com que as pessoas tenham maior acessibilidade a diversos tipos de

produtos e serviços, entre os quais, a facilidade ao acesso dos transportes aéreo, rodoviário, o

acesso a internet, por onde se pode obter informações de várias destinações turísticas, alem de

diversos produtos turísticos, bem como a liberação do comércio mundial, possibilitando aos

países comercializarem os seus produtos de forma mais ampla e efetiva em outros mercados.

O Brasil possui o Instituto Brasileiro de Turismo ( EMBRATUR ), que é o órgão encarregado

de promover e divulgar o país no exterior.

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Destacando a questão referente à globalização, Gimenes (2003, p.4 ) nos diz que `` cada vez

mais as pessoas estão buscando satisfazer as suas necessidades e desejos através de

tecnologia, e através desta realidade, a atividade turística tem se utilizado das novas

tecnologias para se desenvolver, além disso, com os efeitos da globalização, como a abertura

de novos mercados, o turismo tem se expandido de forma relevante``.

Em conseqüência disso, a demanda da atividade turística também tem aumentado

significativamente, e dentro desta perspectiva atualmente existem diversos perfis de turistas

que estão cada vez mais exigentes em relação à qualidade do que lhes é oferecido, e no

sentido de atender a todos os segmentos do turismo, entra a questão da qualificação e

capacitação profissional, bem como, da ética e da qualidade na venda e prestação dos

produtos e serviços turísticos, fator imprescindível no mercado turístico atual.

Sobre esta questão Ruschmann (2002, p.3) assegura que:``o profissional nesta atividade

proporciona ao cliente a oportunidade de viver uma experiência, portanto um serviço deve ser

percebido como algo gratificante, benéfico ou satisfatório por quem dele se beneficia ou paga

´´, e para confirmar o conceito proposto por esta autora, é imperativo a busca da qualificação

constante dos profissionais que prestam serviços turísticos.

É importante também citar, o incentivo que os poderes público e privado vem prestando a

atividade turística, servindo como estimulo a capacitação profissional, visto que o turismo é

um mercado que exerce grande influência para economia do país, podendo ser uma ótima

ferramenta de desenvolvimento sustentável para a vida econômica, social e cultural da nação.

Complementando este entendimento Beni (2003, p.65) nos diz que ``o turismo provoca o

desenvolvimento intersetorial, em seu efeito multiplicador [...]é a atividade excelente para

obtenção de melhores resultados no desenvolvimento regional´´, isto significa dizer que o

incremento da atividade turística é uma das formas mais rápidas de um país acumular renda,

para então se desenvolver de forma efetiva.

Sobre o mesmo tema Tomelin (2001, p.47 ) por sua vez afirma que `` o Turismo é

considerado um dos negócios de maior crescimento e mais rentáveis do mundo [...] e por

conseqüência disso, a atividade turística merece também uma atenção especial como os

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demais setores econômicos´´, ou seja, através da articulação com outros setores da economia,

as possibilidades de crescimento da atividade aumentam de forma significativa.

No caso do Brasil, o turismo mediante as várias mutações globais, como por exemplo, o

terrorismo, bem como os fenômenos naturais repentinos que tem ocorrido cada vez com

maior freqüência em varias regiões do mundo, fazem com que o país tenha um ganho na

preferência pelos turistas, principalmente os internos que demandam do próprio país, e com

este ocorrido o fenômeno turístico tem despertado as atenções dos governantes, empresários e

pesquisadores, para melhoria da qualidade dos produtos e serviços ofertados.

De acordo com Ruschmann (2002, p.2 ) `` o Turismo não pode mais ser conduzido de forma

empírica, por meio de improvisações ou projeto amadores. Há necessidade de

profissionalização e de planejamento apropriado para a atividade´´, e partindo deste cenário

conclui-se que, é imprescindível que haja um amadurecimento na forma de prestar e vender os

serviços turísticos, com investimentos na infra – estrutura turística adequada e padronizada,

com a finalidade de melhor receber os visitantes, sejam estes provenientes do próprio Brasil

ou do exterior, afim de garantir um bom desenvolvimento do turismo nacional.

O turismo nas últimas décadas vem se desenvolvendo cada vez mais, por vários motivos,

como os citados anteriormente, e na busca de diferentes opções de lazer esses atrativos que na

grande maioria das vezes estão concentrados nos recursos naturais. A preocupação para com

este patrimônio vem despertando grande atenção em todo o mundo e enfatizando a

importância do turismo sustentável, isto é, a atividade praticada com coerência e preservação

dos recursos, no sentido de preservá-los para as próximas gerações.

Neste universo de bens e patrimônios existem três dimensões de turismo sustentável:

ecológico, sócio-cultural e econômico que possuem igual importância para o turismo, já que

estão interligados diretamente; embora seja o meio ambiente que mais recebe atenção, esses

três eixos devem ser contemplados de forma equilibrada, para que nenhum destes fatores que

influenciam a atividade turística se sobressaia sobre o outro, resultando na deficiência e até

mesmo no uso inapropriado destes recursos de suma importância para o desenvolvimento da

atividade.

No entanto até o momento não prosperamos muito em passar de teoria para a prática, e ainda

não percebemos a importância da cooperação entre governo, indústria e sociedade civil, fato

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que vem demonstrar que a falta de gestão responsável leva a degradação dos recursos nos

quais foi baseada a prosperidade da atividade. De acordo com (Sancho,2002, p.46)``na

atualidade os turistas principalmente os que se encontram em diferentes segmentos do

turismo, tem motivações diferentes das antigas viagens de férias tradicionais em busca de sol

e praia, hoje existe uma grande procura pela natureza.``.

Em conseqüência disso acontecem impactos tantos positivos quanto negativos não somente

para o meio ambiente quanto aos interesses sociais e econômicos das comunidades em lugares

que possuem as atrações turísticas, contudo os impactos sofridos nos recursos naturais são os

mais visíveis, e sua utilização intensa vem sendo desgastada e prejudicada muitas vezes de

modo irreversível, comprometendo assim a base sustentável da atividade turística.

Tendo como princípio os impactos negativos que o turismo proporciona no conjunto das

relações ambientais, fica clara a importância do turismo sustentável para que assim haja uma

minimização desses impactos, importante também realizar um bom planejamento do turismo

para que assim haja um real desenvolvimento deste mercado, determinando uma expansão

não somente quantitativa da atividade, mas também com qualidade e respeito ao meio que

esta se insere.

O maior problema da ausência deste planejamento em localidades turísticas reside no seu

crescimento descontrolado, que leva a descaracterização e a perda da originalidade das

destinações com influência direta no fluxo dos turistas, é o caso empreendimento de ações

isoladas, esporádicas, e muitas vezes eleitoreiras e desvinculadas de uma visão ampla do

fenômeno turístico. Esses e outros fatores têm levado o desenvolvimento de obras por parte

dos poderes públicos e privado, muitas vezes, com pouca utilidade e prioridade técnica, tendo

como conseqüência o retrocesso da atividade e colocando-a em risco.

Somente um planejamento de longo prazo determinará medidas quantitativas que conduzirão

à qualidade ideal do crescimento turístico adequado, que interessa tanto a população residente

como aos turistas. Um crescimento desordenado, segundo Ruschmann (2000, p.76),``agride e

descaracteriza o meio natural e urbano, fazendo com que os turistas busquem outras

localidades, nas quais a originalidade das paisagens e a autenticidade das tradições ainda não

foram afetadas pela sua adequação aos interesses comerciais da atividade.``

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Os maiores problemas de falta de planejamento se apresentam em núcleos turísticos

saturados, isto é, onde o excesso de demanda criou uma oferta desordenada e de resultados

imediatos, causando danos praticamente irrecuperáveis tanto para a natureza, bem como, no

traçado urbano das cidades.

Ainda em relação à questão dos planos turísticos (McIntosh e Goldner ,1986,p.145) afirmam:

Desenvolvimento turístico só deve ocorrer como conseqüência de uma política de planejamento cuidadosa, não sustentada apenas na balança de pagamentos dos países em desenvolvimento ou na relação de custos e benefícios. Ele deve estruturar-se sobre ideais e princípios de bem-estar e felicidade das pessoas. Os problemas sociais dos paises não poderão ser solucionados sem uma economia forte e em crescimento, e o turismo pode contribuir para criá-la.

A extrema valorização dos aspectos econômicos relacionados ao turismo, tem negligenciado

os estudos e a consideração dos aspectos relacionados a fatores como meio ambiente natural a

cultura e os aspectos psicológicos sociais das comunidades receptoras. É inegável que, para

destinações, o turismo constitui a principal fonte de renda e, apesar dos riscos de uma

polarização entre os benefícios e os custos da atividade, os investimentos são realizados sem

sistematização ou critérios específicos, porem vale ressaltar também, que estas localidades

têm comprometido o desenvolvimento da atividade.

Neste universo o equilíbrio para este impasse pode ser obtido através de um planejamento

consciente, que consiste em ordenar as ações do homem sobre o território, buscando a

preservação das áreas naturais através de estratégias de desenvolvimento turístico sustentável.

A origem de conceito de turismo sustentável designa aquele que ocorre em harmonia com a

natureza e que visa à conservação dos recursos naturais para as gerações futuras. Segundo

Swarbrooke (2000, p. 19), ´´as formas de exercício do turismo que satisfaçam hoje as

necessidades dos turistas, da indústria do turismo e das comunidades locais, sem comprometer

a capacidade das futuras gerações de satisfazerem suas próprias necessidades``.

O turismo quando realizado de maneira coerente apresenta vários benefícios para o ambiente

natural. Para Swarbrooke (2000, p.14), ´´ele estimula uma compreensão dos impactos do

turismo nos ambientes natural, cultural e humano; incorpora planejamento e zoneamento

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assegurando o desenvolvimento do turismo adequado à capacidade de carga do ecossistema;

demonstra a importância dos recursos naturais e culturais e pode ajudar a preservá-los``.

Contudo se percebe que turismo sustentável deve ser uma ferramenta que, além de conservar

as áreas naturais possa auxiliar economicamente na melhoria da qualidade de vida das

populações locais, e também ajudar a conscientizar os gestores da atividade a importância do

planejamento ordenado da prática turística. As áreas naturais constituem-se em um dos

principais instrumentos para garantir a continuidade de espaços naturais primitivos, ou seja,

sem a ação do homem, no planeta e sua importância baseia-se em preservar estes espaços para

a qualidade de vida das gerações futuras.

3.2 Turismo: Parques de entretenimento e lazer

A utilização dos parques como produto turístico, tem sido ultimamente uma das principais

atrações para a atividade turística, com capacidade de receber um grande número de

visitantes, proporcionado dentre outros fatores, pela revolução tecnológica de informações em

nível global, destacando a qualidade, segurança e a diversão proporcionada neste tipo de

empreendimento turístico.

De acordo com Amusement Bussines, revista americana especializada neste segmento: ´´A

industria do entretenimento movimentou, em 1997, 16 bilhões de dólares em todo o mundo,

só nos Estados Unidos, 240 milhões de pessoas visitam 120 empreendimentos no setor por

ano``, sugerindo que este segmento da atividade turística encontra-se em plena expansão. De

acordo com Ansarah (1999, p.95) ´´uma das maiores buscas das pessoas atualmente é o

entretenimento, o que faz com que os problemas pessoais fiquem em segundo plano, ainda

que por poucas horas, com certeza essa procura pela distração e recreação é o fator

preponderante dos novos tempos``.

Assim como em outros segmentos turístico, a indústria do entretenimento também necessita

de mão de obra qualificada e especializada, no Brasil o setor conta com a Adibra, que é

associação responsável pelos Parques de Diversão e Entretenimento, e segundo essa entidade

o que esta ocorrendo e que: ´´estes empreendimentos têm procurado valorizar o bom

atendimento e o respeito pelo consumidor, implementando um programa de treinamento para

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seus funcionários e, na área de segurança, vem lutando para que se faça uma restrições de uso

dos equipamentos mal conservados.``

Quando nos referimos aos Parques de lazer que trabalham além do entretenimento, as

questões ambientais, como é o caso do Parque Unipraias, as preocupações vão além da

segurança e do respeito ao consumidor, pois se tratam de áreas que englobam hectares ainda

existentes de Mata Atlântica, e, portanto necessitam ser trabalhadas de forma sustentável a

fim de serem preservadas para as gerações futuras.

Portanto verifica-se a necessidade de preservação destas áreas, com a administração planejada

dos recursos naturais, para impedira exploração, bem como, da destruição destes ambientes

naturais, para a legislação ambiental em vigor no país, conservação da natureza esta sobre

tudo:

No manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, restauração e recuperação o ambiente natural, para que possa produzir o maior beneficio, em bases sustentáveis, as atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral. (PINTO, 2003, p.56).

Nesta perspectiva a meio ambiente e o desenvolvimento da atividade turística devem

constituir uma só informação, atualmente os empreendedores não pensam somente no retorno

de seu capital, mas também, na forma como é gerada esta receita. De acordo com Ruschmann

(1997, p.80): ´´quando se trata de um equipamento turístico qualquer, já não se pode pensar

apenas na valorização do patrimônio ou na administração do seu desenvolvimento, sem

considerar seus efeitos sobre a economia e a sociedade das localidades, e principalmente

sobre o meio natural``.

O relacionamento do turismo com o meio ambiente, está longe de ser simples, são inúmeras a

situações de conflitos geradas diante da fragilidade do meio natural, e a falta de precaução em

relação a este fator, pode gerar um efeito negativo muitas vezes difícil de controlar. Ainda de

acordo com Ruschmann (1997, p.82): ´´o desafio esta exatamente em encontrar o equilíbrio

entre o desenvolvimento atividade e a proteção ambiental``.

Portanto planejar e desenvolver os espaços e as atividades turísticas que atendam aos anseios

das populações locais, e dos turistas, preservando e utilizando os recursos ambientais

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existentes, deve ser a maior preocupação dos gestores do poder público, e de empresas

turísticas privadas que empregam esses recursos naturais como forma de entretenimento e

lazer, pois a forma de utilização destes recursos, terá como resultado final, o tempo de

manutenção do empreendimento turístico no mercado.

3.3 Ciclo de vida do produto turístico

O modelo de ciclo de vida do produto é uma ferramenta de Marketing capaz de auxiliar de

forma relevante as considerações sobre o estágio de maturidade de um produto, ou até mesmo

uma marca, para estudar o ciclo de vida de um produto, estuda-se o comportamento desse

produto em relação às vendas e aos benefícios que este gera para empresa.

De acordo com Las Casas (1997, p.179) ´´em geral o circuito de vida de um produto acorre

da seguinte forma, os produtos nascem, crescem, atingem a maturidade, entram em declínio e

morrem``, logo, um conhecimento profundo de cada um destes estágios é essêncial para os

profissionais que atuam nesta area, pois cada oferta de marketing requer estratégias diferentes

para suas finanças, produção, logística e promoção, pertinentes a cada um de seus ciclos de

vida.

Quando nos referimos à atividade turística isto nao é diferente, pois, dentro deste segmento

tambem é comum o desenvolvimento das diversas fases dos produtos turísticos, que segundo

Balanzá e Nadal (2003, p.167) ocorrem da seguinte forma:

a) A primeira fase da gestação: corresponde ao momento em que o produto é preparado para o seu lançamento no mercado. Neste estagio deve ser feita uma pesquisa no mercado onde se atuará, para prever qual será o grau de aceitaçao, e as oportunidades de mercado.

b) A fase da introdução: é a de aproximação com o consumidor . costuma ser uma fase em que o crescimento de vendas e os lucros sao baixos, devido sobretudo aos esforços estarem concentrados na distribuiçao e na promoção.

c) A fase de crescimento chega quando o produto já conseguiu ser conhecido pelo consumidor, permitindo um grande crescimento em vendas e aumentando a demanda, com uma rentabilidade elevada.

d) A fase da maturidade aparece com uma estabilizaçao nas vendas. O ritmo de crescimento vai diminuindo, da mesma forma que os lucros, porque a concorrência tambem se encontra consolidada, e os preços caem.

e) A fase de declínio se caracteriza porque as vendas caem, pela aparição de outros produtos melhores com diferentes atributos, eo produto não satisfaz

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mais as necessidades dos consumidores. Começa a ficar obsoleto, e a demanda exige a introdução de inovações importantes.

Portanto verifica-se a importãncia de estar atento às diversas fases que o produto turístico

pode apresentar durante a sua trajetória de vida, pois deste modo, o gestor deste segmento da

atividade, pode colocar em prática as ferramentas estratégicas do marketing de forma

adequada e eficaz, evitanto a perda de tempo com mão-de-obra e recursos materiais

disponiveis.

O tempo de permanência do produto turístico em cada fase do ciclo de vida é bastante

varaivel, pois não é possivel a pervisão do seu tempo exato, de acordo com Las casas (1997,

p.178) esse fator: ´´Dependerá do tempo de adoção dos consumidores como também da

concorrência de novos produtos, por isso, o ciclo de vida do produto será variável de acordo

com o mercado a ser considerado``, ou seja, cada empresa deve estar focada nos seus produtos

ou serviços para então administrar de modo satisfatório essas variáveis.

Neste mesmo sentido Cobra (2001, p.300) afirma sobre o ciclo de vida de um produto ou

serviço tirístico:´´ estes sao concebidos, colocados no mercado e gradativamente suas vendas

crescem até atingir a maturidade, e na medida em que a tecnologia do serviço vai se tornando

superada o serviço entra em declínio e suas vendas caem``.

Ainda de acordo com Las Casas (1997, p.179)´´ o que caracteriza a mudança de estágio no

ciclo são as diferenças expressivas em vendas de ano para ano.`` ou seja, quando as vendas

atingem o ápice do seu desenvolvimento no estágio da maturidade, estas tendem a cair

rapidamente, o que exige atenção por parte do Departamento Comercial da empresa, afím de

evitar que esta entre no periódo de declinio. Este estágio pode ser causado entre outros fatores

por uma competição feroz, condições econômicas desfavoráveis e até mudanças nas

tendências comportamentais dos clientes.

É o momento de desaceleração das vendas, o que implica na revitalização do produto

turístico, através de novas idéias, ou na criação de um novo produto com o intuito de

satisfazer as atuais preferências dos consumidores, através de um novo reposicionamento no

mercado, diversificando e atualizando os produtos e serviços.

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Retomando Cobra (2001, p. 301) sobre a correta identificação do estágio referente ao ciclo de

vida de um produto ou serviço turístico e as suas vantagens ´´ compreendendo a identificação

de oportunidade de mercado, facilita o desenvolvimento de estratégias para novos serviços, a

geração de idéias, além da correta avaliaçao mercadólogica do negócio``. Portanto é nótoria a

necessidade do acompanhamanto dos estágios dos produtos e seviços e o desenvolvimento

do seu ciclo de vida.

3.4 Marketing turístico

A palavra marketing significa, em inglês, a ação dinâmica de atuar no mercado. Segundo

Lage; Milone, (2000, p.51) “podemos considerar marketing como o conjunto de atividades da

empresa que visam atender às necessidades dos consumidores, de modo a permitir a

existência de empresa e seu desenvolvimento de forma lucrativa”. Portanto marketing nada

mais é que estabelecer planos e estratégias para conquistar e manter clientes, enfocando a

satisfação das necessidades dos consumidores.

Segundo KOTLER (1987apud KUAZAQUI 2000 p.2) o marketing tem como fundamental função: ´´identificar necessidades e desejos não satisfeitos, definir e medir sua magnitude, determinar o mercado alvo, a organização pode atender melhor, lançar produtos e programas apropriados para atender a esses mercados e pedir às pessoas de empresa que pensem e sirvam o cliente``. Do ponto de vista social, marketing é o elo entre as exigências materiais da sociedade e modelos econômicos de resposta das organizações.

Marketing é o processo de encontrar necessidades do mercado e satisfazê-las de forma rentável, engloba a construção de um satisfatório relacionamento em longo prazo, no qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam. O Marketing se originou para atender as necessidades de mercado, mas não está limitado aos bens de consumo; é também amplamente usado para "vender" idéias e programas sociais. Técnicas de Marketing são aplicadas em todos os sistemas políticos e em muitos aspectos da vida.

As técnicas utilizadas sempre propõem visualizar a melhor maneira de direcionar a venda, e não só a venda, mas sim garantir o melhor desempenho de toda a empresa no mercado consumidor, orientar a empresa para o que os clientes queiram e assim designados e adaptados os produtos e serviços às necessidades destes clientes e mantendo sempre seu produto ou serviço em evidência.

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As estratégias de marketing são usadas muitas vezes para construir uma imagem positiva do empreendimento junto ao cliente, mas não só com esta preocupação que o marketing é praticado, ele serve como uma fonte de pesquisa, informações sobre clientes, segmentações de mercado e o mais importante, como atingir a eles. Segundo Beni (1993, 2001 p.146) “a estratégia para elaboração de uma determinada empresa é o processo consistente em identificar as necessidades do público alvo, posicionar estas imagem, através de seus benefícios no mercado e avaliar o impacto dessa imagem junto aos turistas”.

O composto mercadológico formulado por McCarthy (1987, p.168) trata do conjunto de pontos de interesse fundamental para os quais as organizações devem estar atentas se desejam perseguir seus objetivos estratégicos de marketing, o composto é dividido em quatro seções como descrito a seguir

Quanto ao produto, a gestão de produto lida com especificações do bem (ou serviço) em

questão e as formas como ele se relaciona com as necessidades que o usuário pretende. Sendo

assim, o responsável por essa área deve cuidar da embalagem do produto, do peso, da marca,

das cores, das quantidades por caixa, do empilhamento máximo e outras, Para o cliente seu

Produto deve ser a melhor solução.

Tratanto-se do preço, o processo da definição de um preço para o produto, incluindo

descontos e financiamento e tendo em vista o impacto, não apenas econômico, mas também

psicológico de uma precificação. O responsável por essa área deve cuidar da lista de preços

aos vendedores, os descontos por quantidades adquiridas e, principalmente, se o preço será

competitivo diante da concorrência. Para o cliente seu Preço deve oferecer o melhor

custo/benefício.

A praça ou distribuição, preocupa-se com a logística e refere-se ao canal de distribuição,

através do qual o produto chega aos clientes, inclui pontos de vendas, pronta-entrega, horários

e dias de atendimento e diferentes vias de compra. Além disso, o responsável por essa área

deve saber exatamente que canais de distribuição utilizará, o seu tamanho e a área geográfica

que será coberta logisticamente, vale ressaltar que, para o seu cliente sua praça deve ser a

mais conveniente possível.

Finalizando sobre a promoção, esta inclui a propaganda, publicidade, relações públicas,

assessoria de imprensa, além de, boca-a-boca e venda pessoal, refere-se aos diferente

métodos de promoção do produto, marca ou empresa, para seu cliente a sua promoção deve

ser a mais agradável e presente.

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Muitos segmentos de mercado usam estas variáveis para estabelecer um plano de marketing,

para este plano ser bem sucedido, a estratégia traçada para os quatro Ps deve refletir a melhor

proposta de valor para os consumidores de um mercado-alvo bem definido, e a administração

de marketing é a aplicação prática deste processo.

Além destes quatro fatores que formam o composto mercadológico de Marketing citado anteriormente, Middleton (2002, p.125) complementa-os, com a inclusão de outros seguintes: As pessoas, que são caracterizados em visitantes da destinação, colaboradores das organizaçoes, e a própria comunidade envolvida nas atividades turisticas.

Os processos, referem-se a característica da inseparabilidade dos serviços turísticos e o resultado da compra é uma experiencia vivida, ou seja, para usufruir o turista precisa experienciar o fato. E finalizando a evidência fisica , consiste no desing da configuração fisica do ambiente criado, estabelecido nos cinco sentidos, visão, audição, olfato, tato e paladar, comunicando mensagens sobre posicionamento qualidade e diferenciação do produto, formando assim os sete focos fundamentais do marketing turistico.

O marketing dispõe de várias estratégias e ferramentas de grande relevância para colaborar com o bom desenvolvimento de uma empresa para que esta possa conquistar seus clientes, bem como satisfazê-los e mantê-los fiéis, e neste universo, os serviços prestados permeiam todos os aspectos das nossas vidas, conseqüentemente a necessidade de conhecimentos sobre os aspectos que compõem o Marketing de serviços é maior hoje do que antes, serviços são definidos por Las Casas (1997, p.78) como ´´ ações, esforços ou desempenhos, e são poucos os serviços que podem ser classificados como serviços puros``.

Quando um cliente compra um serviço, ele compra experiência. O cliente de serviços

constitui parte integral do processo de produção do serviço. A demanda por conhecimento em

marketing de serviços cresceu além de outros motivos pelo resultado da desregulamentação

de muitas empresas. Muitas delas enfrentam a situação de ter oferta que excede a demanda

aliada à competitividade acirrada.

De acordo com (Ruschmann,2002,p.75) ´´os serviços ainda apresentam características

distintas como à intangibilidade, inseparabilidade, heterogeneidade bem como o fato de este

ser perecível, estas características geram desafios que o marketing de serviços deve superar,

no caso da intangibilidade``. Assim falta aos serviços o poder de tocar e avaliar como se faz

com bens, comunicar o serviço ao cliente é um obstáculo, neste caso o marketing pode ajudar

a construir a boa imagem organizacional.

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A inseparabilidade onde o produto depende diretamente do cliente, pois um sem outro não existente, a estratégia neste caso é treinar o pessoal que está em contato direto com o cliente para que o consumidor leve com ele a experiência do bom atendimento, quando a heterogeneidade para driblar esta característica as empresas tem oferecido a viabilidade com serviços customizados que vem satisfazer as necessidades de cada cliente. (MALHORTA 2001, p. 78):

O fato de os serviços serem algo perecível pode se definido pela dificuldade de armazenar ou

estoca-los, se não usados na hora eles deixam de existir, gerenciar a demanda é uma das boas

práticas para resolução, por ser um setor diversificado, no caso de lazer e entretenimento, se

observa a necessidade a necessidade de trabalhar o marketing de serviços neste segmento,

substituindo as decisões intuitivas habituais nas organizações de serviços, e proporcionando

ao empreendedor o planejamento para que este venha a desenvolver algumas ações de

marketing.

Os serviços desempenham um papel importante na competitividade nacional e internacional,

visto que os gastos com serviços vêm aumentando consideravelmente no decorrer das últimas

décadas. Essa concorrência globalizada e a internacionalização dos serviços vêm exigindo das

empresas, constantes atualizações de informações sobre os processos organizacionais e

produtivos, para assegurar a competitividade de suas atividades no mercado. Nesse sentido,

cabe verificar se os atributos dos serviços correspondem às expectativas dos consumidores, a

fim de se estabelecer estratégias compatíveis com a realidade do mercado.

Para alcançar o sucesso às organizações necessitam de um planejamento eficaz que atinja suas

metas, antes de se planejar um serviço é preciso entender como um problema quando bem

trabalhado pode tornar-se um ponto a favor da empresa, e isto é possível através de análise

estratégica. Todo problema por mais simples que seja pode ser desconectado e analisado em

sua essência do produto, é através desta visão isolada que se planeja a solução visando

interagir no planejamento final.

A implantação de um plano de Marketing exige uma avaliação do mercado a ser empreendido

Rocha e Christensen (1995,p.318) tem a seguinte consideração sobre esta estratégia de

mercado:

A primeira etapa no processo de avaliação planejamento consiste na análise de oportunidades em que atua a empresa, assim como na análise dos pontos

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fortes e fracos da própria empresa. A combinação dessas duas análises que permitira a empresa à identificação de um conjunto de possibilidades estratégicas. Não basta encontrar oportunidades, é preciso ter a capacidade de explorá-las.

Por ser o turismo um produto intangível, os profissionais desta atividade devem dar grande

atenção ao plano de marketing a ser desenvolvido para um determinado produto turístico, pois

este apresenta particularidades e características únicas e diferentes de um produto de ordem

tangível. Todos os envolvidos com a atividade turística como lazer e entretenimento, poder

público, entre outros, podem colaborar e investir no setor, visando seu desenvolvimento da

melhor forma, gerando benefícios para todos.

Neste contexto, Middleton (2002, p.12) afirma: ``o marketing turístico torna-se uma

ferramenta indispensável para o gerenciamento eficaz das organizações e das regiões,

municípios, estados, países que objetivam atrair turistas.`` Desta maneira, pode haver uma

valorização da mão-de-obra, bem como, de investimentos na qualidade oferecida, seja nos

produtos ou nos serviços de lazer.

Incentivar o consumo do turismo é mais do que recomendar serviços ainda de acordo com

Middleton (2002, p.12) recomenda-lo é: ´´Sugerir terapia ou saúde, a atividade turística

deixou de ser vista como um capricho para ser percebida como necessidade. Não de um

mesmo grau como as necessidades fisiológicas, mas nem por isso menos importante. Alguém

saudável precisa consumir turismo e lazer para manter essa condição. ``

Seja aumentar o número de visitantes de um determinado período, ou simplesmente tornar fiel

seu já existente público, uma vez definido os objetivos, o plano de marketing deverá

desenvolver a estratégia mercadológica para atingir tais metas delineadas. Esta parte do plano

de marketing deve compor-se de estratégias para cada área onde será estabelecido.

Esta tarefa prossegue com a análise do mercado, procurando dimensionar os fatores

relevantes, de acordo com (Las Casas,1997,p.112) ``os serviços precisam ser atuais devido à

versatilidade de seu meio que é com certeza mais propicia a mudança do que empresas que

trabalham diretamente com produtos, visto que diante destes fatos a empresa deve estar

sempre oferecendo o melhor serviço``.

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Definir o melhor serviço também é sem dúvida uma dificuldade, prestá-lo de maneira

adequada, na hora certa, ao consumidor certo, são alguns exemplos de trabalhá-lo

corretamente. Sendo assim o planejamento com a utilização das ferramentas de marketing, se

torna muito importante na hora de implantar o estabelecimento no mercado porque é através

dele que a empresa detecta os pontos fracos e fortes e as ameaças e oportunidades que este

oferece.

Marketing estratégico são as definições da missão, das metas e dos meios a serem empregados

a curto, médio e longo prazo para o desenvolvimento da empresa. Sendo assim, chega-se a

conclusão que a definição do plano estratégico é vital para a formação e vida da empresa no

mercado, pois é ele quem define os caminhos que a empresa deve seguir em determinados

fatos que possam ocorrer no micro e macro-ambiente.

O planejamento de marketing é a base para toda estratégia de marketing, pois define linhas de

produto, preços, seleção adequada dos canais de distribuição e decisões relacionadas a

campanhas promocionais. Um dos principais objetivos do plano de marketing turístico,

segundo Middleton, (1991, p.15), “é a criação de mercados e a promoção de satisfações a

partir do produto”.

Desse modo, a primeira fase do processo de um plano de marketing consiste na identificação

e medida das oportunidades que se oferecem nos mercados alternativos pela identificação de

mercados potenciais; a segunda fase inclui a determinação de objetivos que se pretende

alcançar com o turismo em determinado tempo e desenvolver técnicas que permitam alcançar

esses objetivos; e na terceira fase traça-se uma estratégia, introduzindo elementos concretos

para a comercialização dos produtos.

Agregam-se ainda outros fatores contribuem para um efetivo planejamento de Marketing,

entre estes, a estratégia de marketing, que identifica e é a principal responsável pela geração

de receita de vendas futuras através da especificação de segmentos, produtos e programas de

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ação associados necessários para atingir vendas e parcela de mercado com relação à

concorrência e obter a satisfação do cliente.

A pesquisa de marketing interna refere-se à base de informações históricas sobre os produtos

e serviços disponíveis na empresa.

Essa informação abrange os dados de vendas, pedidos, margem, lucros relativos a produtos e áreas cobertos pelo plano. A pesquisa interna inclui um exame da organização de marketing, dos atendimentos pré e pós-venda, sistemas de pesquisas, objetivos e estratégias, sistemas de planejamento e controle, bem como estudos do “marketing mix” da empresa – seus produtos e serviços, preços, comunicação (propaganda, relações públicas, promoção de vendas) e distribuição. (LAS CASAS,1997, p.65)

Embora esses elementos sejam vitais para a condução dos negócios dentro das empresas

turísticas, são basicamente condicionados pela habilidade da organização em persuadir

clientes novos e existentes a comprarem um número suficiente de seus produtos para garantir

um excedente da receita sobre os custos em longo prazo.

Embora seja obviamente incorreto concluir que a estratégia dos negócios só diz respeito ao

marketing, não é difícil estabelecer que toda a estratégia para as organizações comerciais tem

sua linha de lucro final na satisfação e a experiência do cliente e na receita das vendas, e que

os gerentes de marketing são responsáveis em atingir metas de receita através de seus

conhecimentos especializados nas necessidades e circunstâncias do mercado.

Em um cenário que mostra o turismo como uma das atividades econômicas de maior

crescimento no mundo, com tendência muito forte a intensificar progressivamente sua

representatividade no mercado global, todas essas organizações, por menores que sejam,

passam a necessitar de um eficiente gerenciamento mercadológico de suas atividades para se

manterem competitivas, pois novos destinos ganham destaque no mapa turístico mundial,

exigindo iniciativas e decisões ágeis e certas.

Por fim marketing turístico são todas as ações no mercado desta atividade que visam atender

às necessidades dos clientes consumidores de produtos turísticos e mantê-los, antecipando-se

aos seus desejos e procurando uma perfeita relação de trocas, desenvolvendo uma

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administração de marketing que garanta a satisfação dos clientes e as necessidades da

empresa.

3.5 Marketing e ampliação de vendas

O processo do planejamento de vendas no Marketing envolve uma seqüência determinada de

passos que precisam ser seguidos para obter o melhor resultado quando o plano for executado.

O plano deve ter acima de tudo, coerência com a realidade do mercado e da empresa, precisa

ser ousado e desafiador, mas deve ser viável, e seu resultado é o somatório de vários planos

menores construídos a partir de focos de mercado que a organização pretende atingir, ou seja,

a quem esta quer comercializar seus produtos e serviços.

Porem é importante localizar precisamente as definições do marketing e vendas no intuito de

esclarecer seus significados. Segundo Castro (2005, p.15).´´Marketing não é vendas

terminantemente. Talvez por ser uma das partes mais visíveis do marketing, as vendas são

confundidas com o significado de marketing. As vendas fazem parte do que é conhecido

como Marketing, que na verdade incluem diversas outras atividades``, isto é, as vendas são na

realidade uma das ferramentas mais significativas do Marketing, embora este possua ainda

outros instrumentos.

De acordo com (Castelli, 1994, p.187) ´´O principal desafio dos departamentos comerciais é

gerar um plano de vendas que contemple as demandas da empresa e seja confiável e possível

de ser praticado``. Portanto o planejamento é fundamental porque tem que atingir múltiplos

objetivos em um tempo limitado, além disso, é a única maneira que o gerente de vendas tem

para assegurar-se de que há probabilidade de atingir todos os objetivos pelos quais é

responsável, e ajudará ao gerente de vendas a prever, examinar e providenciar ações para as

dificuldades que enfrentará.

De acordo com Las Casas (1993, p.64) o plano de vendas deve: ´´ser um documento

operacional da empresa, que servirá de conduta para todas as atividades do pessoal envolvido

no que foi planejado`` logo refere se a uma idealização que precisa ter um amplo

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entendimento, tanto dos fatores interno, que dizem respeito às políticas aplicadas por seus

gestores, e os externos, provenientes dos anseios da demanda, ainda segundo (Castelli 1994,

p.220)

A elaboração deste plano de vendas deve levar em conta duas fontes básicas de informação, conhecimento das condições internas e externas, pois, este conjunto de informações vai direcionar todo o processo de planejamento futuro, a qualidade das informações históricas e da análise das tendências do cenário tem impacto direto sobre a viabilidade do plano de vendas.

Dentro da atividade turística, o plano de vendas possui ação semelhante (Krippendorf, 1980,

p.84) entende a promoção de vendas no turismo,´´como sendo as medidas que visam a

aprimorar os contatos pessoais e comerciais entre representantes dos produtores turísticos e os

compradores potenciais, e a otimização do contexto no qual esses contatos acontecem``, ou

seja, observa-se também neste segmento de mercado, a ampla necessidade do conhecimento

atualizado da demanda que se pretende atender.

Ainda de acordo com Castro (2005, p.15) ´´o plano de venda refere se ao planejamento para

um ciclo operacional, detalhando por trimestre ou por mês, se apresentado como um

planejamento flexível, para poder acrescentar ou retirar alguma variável não existente ou que

tenha se tornado irrelevante``. No detalhamento por produto, contêm a projeção do um

produto principal e os grupos de produtos menos importantes, as projeções de curto prazo

devem ser feitas em termos de valores monetários, de maneira que se possibilite o seu

conhecimento em valores de mercado.

Em curto prazo este planejamento deve fornecer detalhamento necessário para conclusão dos

outros componentes do plano geral da empresa por outros gestores, ou seja, o gerente de

produção exige um detalhamento suficiente para o planejamento de produção e das

necessidades em termos de capacidade produtiva. O executivo financeiro necessitará de

informações suficientes para planejar fluxo de caixa, custo unitário de produção e necessidade

de estoque.

O nível de detalhes também depende do tamanho da empresa, da disponibilidade de recursos e

da utilização dos resultados pela administração, não é difícil perceber que o departamento

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comercial muitas vezes tem grande ênfase nas empresas, pois, se refere a um importante

instrumento de comunicação com o mercado, promovendo o produto e gerando recursos

indispensáveis a sobrevivência da organização, ou seja, é através deste setor que a empresa

consegue gerar o lucro indispensável a sua sobrevivência, somado aos demais pontos de

distribuição de seus produtos e serviços.

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.1 Descrição e análise do cenário atual.

Para sobreviver num ambiente onde a competitividade impera, as tecnologias evoluem

velozmente, os recursos se tornam cada vez mais escassos, os processos mais complexos, e os

consumidores mais exigentes, torna-se fundamental as organizações agregar valor aos seus

produtos e serviços no intuito de fomentar o mercado de forma mais adequada possível

evitando desperdício de recursos em todos sentidos.

Oferecer adequadamente a oferta de seus produtos junto ao mercado, visando garantir a sua

competitividade, repensando e avaliando sempre a sua estrutura organizacional e a forma de

gestão com a finalidade de melhor se estabelecer no mercado no qual atua é fator de

fundamental importância.

Nesta perspectiva de ganho de mercado os Departamentos Comerciais das empresas turísticas

aparecem como um propulsor do contato com clientes e possíveis clientes, aproximando a

oferta de seus produtos e serviços do público que se pretende abranger, ou seja, originando a

possibilidade do conhecimento dos anseios desta demanda, e dessa forma podendo adequar os

seus produtos e serviços.

Entre as competências designadas ao Departamento Comercial da empresa está incluso a

negociação de tarifas para grupos interessados, liberação da autorização de ingressos gratuitos

para hotéis, agências e operadoras, além do contato permanente com agências de viagens e

operadoras, realização de ações promocionais junto ao trade turístico local, regional e

nacional, captando grupos de turismo que chegam a Balneário Camboriú. São também tarefas

internas estabelecidas a este setor da empresa, a atualização de dados dos clientes no sistema,

o desenvolvimento de relatórios de visitas e atividades realizadas no Parque Unipraias, entre

outras atividades de rotina administrativa.

O interesse pelo presente estudo surgiu em decorrência da observação do movimento do

Parque Unipraias, na época do estágio, especialmente a referente ao seu Departamento

Comercial, analisando dados secundários obtidos através do relatório de demanda da empresa,

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que nos últimos três anos, e que se apresentou de forma estável com pouca elevação nos

índices do percentual comercial das vendas frente ao mercado turístico.

Foram considerados também nas tabelas os dados referentes às bilheterias, mas somente para

realização da comparação dos números entre os dois pontos de venda da empresa, destacando

os percentuais das vendas do Departamento Comercial. Portanto foram considerados para

análise dos dados os números que se referem aos ingressos vendidos efetivamente pelo Parque

Unipraias, seja nas bilheterias, bem como no Departamento Comercial, de acordo com o

descrito nas tabelas a seguir:

Tabela 01: Movimento do Parque Unipraias 2005. MESES MOVIMENTO DO

PARQUE

MOVIMENTO

BILHETERIA

MOVIMENTO

COMERCIAL

PERCENTUAL COMERCIAL

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

TOTAL

69.730

42.675

19.919

16.889

7.729

6.151

18.286

6.470

8.124

15.571

18.086

31.815

261.445

56.036

33.609

14.380

11.489

5.505

3.918

12.466

5.018

4.017

7.403

9.198

20.103

183.142

13.694

9.066

5.539

5.400

2.224

2.233

5.820

1.452

4.107

8.168

8.888

11.712

78.303

19,64%

21,24%

27,81%

31,97%

28,77%

36,30%

31,83%

22,44%

50,55%

52,46%

49,14%

36,81%

29,95%

Fonte: Departamento Comercial Parque Unipraias 2008.

O ano de 2005 foi utilizado como base para descrição da situação referente ao movimento de

vendas de ingressos do Parque Unipraias, e conseqüentemente da movimentação destas

entradas em seu Departamento Comercial, ou seja, serão considerados os números e

percentuais a partir deste ano até dezembro de 2007. As análises serão realizadas em

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percentuais trimestrais ressaltando os meses mais significativos em percentuais em cada

período.

O primeiro trimestre de 2005 meses que incluem a temporada de verão se observa pouca

participação do percentual comercial no movimento da venda de ingressos, resultando em

uma média mensal de 21,38%, percentual compreensível, visto que o município de Balneário

Camboriú possui grande fluxo de turistas neste período do ano, o que consequentemente

aumenta as vendas de entradas nas bilheterias.

Nos meses que incluem o segundo trimestre do referido ano observa se uma elevação nos

índices de participação do percentual comercial nas negociações das vendas de ingressos,

neste período sua contribuição em média mensal foi em torno de 32,04%, porém, importante

ressaltar que, embora nestes meses haja um aumento no movimento das vendas relacionadas

ao percentual comercial, ocorre também uma queda significante no fluxo turístico da cidade

de Balneário Camboriú devido ao fim da alta estação, e consequentemente no movimento

geral do Parque Unipraias.

No penúltimo trimestre do ano de 2005, período que inclui os meses de julho, agosto e

setembro, verificou-se que a tendência do aumento das vendas efetuadas pelo departamento

comercial é continua, e consequentemente do percentual comercial, concebendo uma média

de 34,60%, ou seja, representando mais da metade do movimento geral do Parque. Importante

ressalvar a participação deste departamento especialmente na receita do mês de setembro,

apresentado como segundo mês menos sazonal em relação ao percentual de participação do

referido ano.

Os meses que incluem o seu último trimestre aparecem com grande representatividade nos

percentuais de comercialização das entradas do parque Unipraias originadas pelo

Departamento Comercial, sendo o mês de outubro o que apresenta maiores índices, neste

trimestre a média mensal de vendas do Departamento alcançou 43,94 %, confirmando a altas

mais expressivas dos períodos em percentuais naquele ano. Importante lembrar que a

movimentação geral do Parque é segunda maior do ano ficando atrás somente do primeiro

trimestre, que incluem os meses da alta estação.

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A partir deste momento serão listadas a próximas tabelas referentes aos anos de 2006 e2007,

de acordo com o que foi disposto em cada uma delas foram realizadas as análises referentes a

cada ano e seus respectivos trimestres, ressaltando os de maior importância na escala do

percentual comercial, bem como, analisando dados individuais dos meses.

Tabela 02: Movimento do Parque Unipraias 2006. MESES MOVIMENTO DO

PARQUE

MOVIMENTO

BILHETERIA

MOVIMENTO

COMERCIAL

PERCENTUAL COMERCIAL

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

TOTAL

67.792

36.199

17.939

20.279

6.092

6.216

18.359

7.977

11.464

17.462

17.603

30.486

257.868

53.677

27.955

13.222

13.686

3.944

3.650

13.312

4.867

7.185

9.051

7.460

17.275

175.284

14.115

8.244

4.717

6.593

2.148

2.566

5.047

3.110

4.279

8.411

10.143

13.211

82.584

20,82%

22,77%

26,29%

32,51%

35,26%

41,28%

27,49 %

38,99 %

37,32 %

48,17 %

57,62 %

43,33 %

32,02 %

Fonte: Departamento Comercial Parque Unipraias 2008.

Em 2006 há uma pequena baixa relativa à movimentação geral do Parque Unipraias, algo em

torno de 0,68 %. Porém, as vendas relacionadas ao percentual comercial no primeiro trimestre

deste ano, não seguiram a mesma tendência de queda anual, apresentando o percentual

participativo nas vendas de 28,54 % no período.

O segundo trimestre deste ano é seguido também por pequena elevação nos índices

percentuais do período registrando uma participação de 34,88 % do percentual comercial nas

vendas de ingressos destes meses, no entanto, se observa a tendência de declínio no

movimento das vendas do Parque que foi continua neste momento.

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Nos meses que incluem o terceiro trimestre do ano de 2006 verificou-se a participação do

percentual comercial com um índice de 32,30% nas vendas de ingressos, situação semelhante

ao ano anterior, porém, com ligeira alta na receita oriunda do Departamento Comercial.

Encerrando ano de 2006 o último período trimestral apresentou bons índices de

movimentação nas vendas das entradas do Parque, provenientes principalmente do índice no

percentual comercial representando 48,46% do movimento no trimestre, ou seja, neste

período registra se a maior média trimestral até o momento da análise dos dados, condição

igualmente verificada no ano anterior de 2005.

Tabela 03: Movimento do Parque Unipraias 2007. MESES MOVIMENTO DO

PARQUE

MOVIMENTO

BILHETERIA

MOVIMENTO

COMERCIAL

PERCENTUAL COMERCIAL

Janeiro

Fevereiro

Março

Abril

Maio

Junho

Julho

Agosto

Setembro

Outubro

Novembro

Dezembro

TOTAL

68.698

31.121

17.669

20.124

5.856

4.740

13.499

7.091

11.732

14.679

18.218

42.413

255.840

52.987

22.455

13.457

12.211

4.109

3.050

8.744

4.841

6.584

6.241

7.990

29.987

172.656

15.711

8.666

4.212

7.913

1.747

1.690

4.755

2.250

5.148

8.438

10.228

12.426

83.184

22,87 %

27,84 %

23,83 %

39,32 %

29,83 %

35,65 %

35,22 %

31,73 %

43,88 %

57,41 %

56,14 %

29,29 %

32,51 %

Fonte: Departamento Comercial Parque Unipraias 2008.

No inicio do ano de 2007 o primeiro trimestre apresentou leve queda na participação do

percentual comercial nas vendas de entradas, apresentando índices de 24,33% no momento,

seguindo a tendência do primeiro trimestre, o ano apresentou uma baixa no movimento geral

do Parque, representado por decréscimo de 0,78% neste período.

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Obedecendo a convergência de queda no movimento anual o segundo trimestre deste ano

também apresentou índices mais baixos que o ano anterior, sendo representado por 26,88% de

índice percentual na ocasião, no entanto, com um índice superior ao registrado no ano 2005

utilizado como a base da análise.

Embora a ano tenha se apresentado como desfavorável no movimento de forma geral, o

penúltimo trimestre do ano de 2007 ofereceu um aumento no índice percentual do período em

relação ao ano anterior, neste ano foi registrado 37,66% no período, com um índice de

movimento até mesmo superior ao ano base de 2005.

Porém, se essa alta não se reproduzir no último semestre do ano, que inclusive registrou um

índice percentual menor ao ano base de 2005, ou seja, representando o menor índice dos três

anos neste momento o Departamento Comercial da empresa apresentou uma participação

indicando 41,29%, confirmando a menor alta dos períodos.

Dessa forma fica evidente a necessidade da elaboração de propostas mercadológicas para uma

possível ampliação das vendas do Parque Unipraias, pois de acordo com realização da análise

descrita acima permanece estável o seu faturamento anual.

4.2 A análise e o ciclo de vida do produto turístico Parque Unipraias.

Ao final da análise percentual dos três anos observa-se uma estagnação no crescimento das

vendas do Parque Unipraias, e tal fato ocorre, pois de acordo com o ciclo de vida do produto

turístico descrito por Balanzá e Nadal (2003, p.167), ´´o empreendimento atingiu o seu

estágio de maturidade quando, há estabilizaçao nas vendas, a concorrência tambem se

encontra consolidada e os preços tendem a cair sao fatores relevantes nesta fase de maturidade

do ciclo``.

Este momento de maturidade do produto demanda estratégias que incluem a modificação do

mercado, a expansão dos consumidores, a modificação do produto, a melhoria da qualidade

deste produto e finalmente modificações no seu composto de marketing que de acordo com

Middleton (2002, p.125) inclui a praça, o preço, o produto, a promoção, as pessoas, os

processos e ainda a evidência física.

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Ainda sobre o estágio de maturidade do ciclo de vida produto Las Casas (1997, p. 180) afirma

que ´´ neste momento há a aceitaçao estabilizada do produto, o número de empresas do setor

começa a diminuir, os lucros começam a diminuir e a competição é acirrada``.Portanto

percebeu-se que neste estágio do ciclo a lucratividade finaceira é baixa e a necessidade de

renovação dos produtos e serviços.

Estas medidas devem ser adotadas no intuito de retardar o declinio das vendas no

Departamento Comercial do parque, e consequentemente do movimento total da empresa,

retomando Balanzá e Nadal (2003, p.167), afirmam que a fase de declínio se caracteriza pela:

´´queda nas vendas, pela aparição de outros produtos melhores com diferentes atributos, e

pelo fato de o produto não satisfazer mais as necessidades dos consumidores.

A fase de declínio no ciclo de vida do produto caso ocorra, exigem do empreendedor

estratégias diferenciadas do ciclo de maturidade, e incluem, a identificação dos produtos

fracos, e dentro deste aspecto verificar a disposição da empresa em modificar ou até mesmo

abandonar este produto ou serviço. Além destes aspectos outros poderão estar inclusos na

análise, como, a necessidade de aumento ou diminuição de investimento em determinado

produto, afím de alavancá-lo.

Beni (1996, p. 207) traduz de modo satisfatório na sua matriz de estratégias de marketing,

algumas que devem ser utilizadas de acordo com o estágio que se encontra o ciclo de vida de

um produto turistico, desde a implantação até fase de declinio, refere se a estratégias quanto; a

promoção, distribuição, preço e planejamento do produto como demonstra a tabela a seguir:

Figura 01 : Matriz de estratégia de marketing e as fases do ciclo de vida de um produto

1 2 3 4 5

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Fases

Estratégias

Pesquisa e

desenvolvimento

Introdução

pioneira

Expansão de

mercado

Maturidade e

saturação

Declínio

Promocional

Campanha de relações pública e

divugaçao do produto

Publicidade destacando os beneficios do

produto

Merchandising e publicidade definindo a

marca.

Promoção destacando os

pontos de vendas para salientar a

marca

Promoçao de vendas intensas e reciclagem do produto

Distribuição

Busca de canais adequados para a comercialização

do produto

Busca de canais

exclusivos de distribuição

Diversificando e ampliando os

canais de distribuiçao

Buscar novos canais de

distribuição do produto

Busca da distribuição em massa do produto

Preço

Formação

Alto Moderado Baixo Mais baixo

Planejamento

do produto

Compatibilizar o produto com

pesquisa mercadológica

Avaliando a aceitação do

produto

Adaptando o produto as tendências

Iniciando a busca de inovaões

tecnológicas

Tentar prolongar o

ciclo do produto com as

inovações Fonte: Mário Carlos Beni, 1996, inédito.

É evidente que outras ferramentas estratégicas para esta fase do ciclo do produto devem ser

utilizadas no intuito de tornar o estagio de maturidade, entre estas, a inovação de produtos

existentes, o agregamento de novos produtos, além de, um novo reposicionamento no

mercado procurando fatores que influênciam o comportamento de compra de consumidor, ou

seja, os valores, preferências, motivaçoes entre outros.

A diversificação dos canais de distribuição dos produtos e serviços, buscando novos mercados

e estabelecendo novos negócios, também são algumas estratégias de vendas viáveis para este

período de estabilidade e lenta lucratividade na empresa.

A promoção no preço do produto também refere-se a uma estratégia adequada a este período,

pois de acordo com Las Casas (2002, p. 120)´´neste periódo com o mercado estabilizado, há

uma competição promocional com preços reduzidos e descontos especiais, reduzindo

consequentemente a lucratividade das empresas``.

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Portanto pode-se inferir, de acordo com os resultados observados nas tabelas acima, assim

como nas características da matriz de estratégias do ciclo de vida de um produto, a

necessidade de análise criteriosa deste cenário visando a implantação de um plano de vendas

com utilização de estratégias de marketing diferenciadas, no sentido de fortalecer o produto

Parque Unipraias junto ao mecado turístico com ações mercadológicas,que resultem no

aumento das vendas da empresa nesta fase de maturidade do produto, e assim , gerando

recursos e o lucro necessários a sua plena sobrevivência no mercado turístico.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os pressupostos teóricos revelam que atualmente, o Departamento de Comercialização e

vendas das empresas engloba muitas funções dentro e fora do setor, no esforço de conquistar

manter e desenvolver relacionamentos lucrativos com clientes, os gestores deste

Departamento também devem possuir uma visão em longo prazo com seus clientes, e deste

modo, desenvolvendo parcerias sólidas e lucrativas.

Diante da situação apresentada no resultado da pesquisa com dados indicando a estabilidade

das vendas na empresa fica evidente a necessidade da elaboração de um planejamento

direcionando as vendas no intuito de suprir a carência de demanda apresentada em

determinados períodos do ano, referindo-se à utilização de estratégias mercadológicas a fim

de desenvolver de modo mais consistente a comercialização do produto Parque Unipraias.

A realização deste projeto de pesquisa na empresa implicou, segundo os pressupostos

teóricos, em um estudo que se apresenta em duas fases, sendo que, a primeira inclui uma

análise do ambiente interno da empresa, ou seja, dos pontos fortes e fracos. Após esta

verificação recomenda-se realizar um diagnóstico destes pontos, no intuito de elaborar um

plano que promova o incremento das vendas na empresa. Após esta etapa realizar-se-á a

definição e descrição de propostas as estratégias competitivas para o aumento da

comercialização dos produtos.

A definição do projeto de pesquisa mercadológica para o Parque Unipraias inclui uma análise

detalhada do ciclo de vida do produto turístico. Torna-se importante ressaltar que, a empresa

possui um Departamento de Marketing competente nas ações de venda do produto Parque

Unipraias, ou seja, o empreendimento desenvolve ações de comercialização do Parque junto

ao mercado. No entanto, a proposta é no sentido de dar maior incremento ao processo de

crescimento, estimulando procedimentos na busca da consolidação do processo de

comercialização e vendas do produto Parque Unipraias.

A contratação de um moderador na área de consultoria de Marketing é recomendada, no

sentido de acelerar o processo de planejamento com técnicas de planejamento estratégico, no

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intuito de estabelecer as estratégias e metas para ampliação de vendas a serem empreendidas

de acordo com momento do ciclo de vida do produto, neste caso, a fase de maturidade.

O profissional citado deverá realizar uma análise SWOT com o objetivo de definir estratégias

para manter os pontos fortes, reduzir a intensidade dos pontos fracos, aproveitando as

oportunidades e se prevenindo das ameaças do mercado no qual a empresa se insere. E neste

universo as forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa no mercado, e

se relacionam quase sempre, a fatores internos, já as oportunidades e ameaças são tentativas

de antecipações do futuro e está relacionada a fatores externos.

É fundamental ressaltar que o ambiente interno tem a possibilidade de ser controlado pelos

dirigentes da empresa, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos

próprios membros gestores da empresa e demais funções designadas aos seus colaboradores.

Já o ambiente externo exige outros procedimentos pois, muitas vezes fica fora do controle da

organização, mas apesar de não poder controlar essas variáveis, a empresa deve conhecê-las e

monitorá-las com freqüência, de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças.

Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto pode-se fazer um planejamento para

enfrentá-las, minimizando seus efeitos.

Após a execução desta etapa, existe a necessidade de elaborar um plano estratégico de metas e

vendas trimestrais que deverá ser desenvolvido de acordo com os resultados das análises

descritas acima, que após sua conclusão deverá ser executado pelo próprio Departamento de

Marketing da empresa, no intuito de possibilitar a ampliação da comercialização dos

ingressos do Parque Unipraias.

A forma trimestral de planejamento é ocasionada em função das diferentes estratégias que

plano de vendas deve traçar, pois, os periodos com maior sazonalidade onde há um

decréscimo maior nos indices percentuais de movimento, devem receber mais respaldo do

referido plano, de acordo com ja descrito sao periodos que exigem maior atenção por parte

dos gestores.

Este plano deve incluir estratégias de vendas formuladas para, prevenir a perda de clientes,

além de possibilitar o crescimento de novos clientes, projetar um crescimento seletivo dos

clientes marginais, ou seja, que não geram lucro, diminuir os custos destes clientes, no intuito

de obter novos negócios com clientes potenciais selecionados.

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Tambem é pertinente o uso de estratégias competitivas, que se referem ao conjunto de

políticas, programas e ações a serem desenvolvidas pelo Parque Unipraias com a finalidade de

ampliar ou manter, de modo sustentável, suas vantagens competitivas frente aos concorrentes.

Importante observar que as organizações que fazem sucesso são aquelas que conseguem

melhorar continuamente seus produtos, serviços e processos de produção bem como a

prestação de serviços, agindo de forma rápida e eficaz. O novo paradigma da competição é

baseado na capacidade das empresas de mudar, aprimorar, inovar os seus produtos, atividades

e serviços.

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REFERÊNCIAS

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RUSCHMANN, Doris Van de Menne. Turismo e planejamento sustentável: a proteção do meio ambiente.- Campinas,SP: Papirus, 1997. – (Coleção Turismo) RUSCHMANN, Doris Van de Menne. Marketing turístico: um enfoque promocional. Campinas, SP: Papirus, 1991. SANCHO, Amparo Perez. Introdução ao Turismo. Tradução: Dolores Martin R. Córner. São Paulo: Roca, 2001. Site: Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil ). www.Adibra.com.br / visita em 11 de abril de 2008. Site: EMBRATUR ( Instituto Brasileiro do Turismo ) www.embratur .org.br / visita em 03 de maio de 2008. SWARBROOKE, John. Turismo Sustentável: conceitos e impacto ambiental. São Paulo: Aleph, 2000. TOMELIN, Carlos Alberto. Mercado de Agencias de viagens e turismo: como competir diante das novas tecnologias. São Paulo, Aleph, 2001 TRIGO, Luiz Godoi. Turismo e qualidade: tendências contemporâneas. Campinas, SP: Papirus, 1998.

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PARTE II RELATÓRIO DE ESTÁGIO

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1 IDENTIFICAÇÃO DE IDENTIFICAÇÃO

1.1 Dados da empresa

• Razão social: Bontur S/A Bondinhos aéreos.

• CNPJ: 83.551.382/0001-79.

• Inscrição Estadual: 250.614.510

• Inscrição Municipal: 8.403.

• Nome Fantasia: Parque Unipraias.

• Endereço: Avenida Atlântica, 6006.Barra Sul. Balneário Camboriú – Santa Catarina.

• Telefone: 47-33670493.

• Home Page : ww.unipraias.com.br.

• Proprietários:

• Fidúcia Empreendimentos turísticos LTDA.

Emendino Rosa

Moacir Luiz Bogo

Antenor Bogo

Carlinho Bogo

• PJMC Empreendimentos e Participações LTDA.

Patrícia Woltfer Tedesco

Juliana Woltfer Tedesco

Marcelo Mafessoni Tedesco

Cristiano Mafessoni Tedesco

1.2 Dados do acadêmico:

• Nome: Luciano Silveira de Azevedo.

• RG: 5415970.

• CPF: 007.663.004-80.

• Endereço: Rua 3000, n° 335 Centro. Balneário Camboriú – Santa Catarina.

• Telefone: 47-33617659.

• E-mail: [email protected].

• Filiação a entidade:

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2 JUSTIFICATIVA

As atividades do Estágio Supervisionado estão fundamentadas na Lei n° 6.494, de 07/12/1977,

regulamentada pelo Decreto n° 87.497 de 18/08/1982, Pareceres normativos CTS n°326, de

06/05/1971, resolução 127/CONSUN/CaEN/07 da Universidade do Vale do Itajaí e pelas

normas administrativas aprovadas pela Coordenação do Curso de Turismo e Hotelaria, e ainda

de acordo com Bissoli, (2002, p.12)´´....trata-se de um procedimento didático- pedagógico que

colabora no processo educativo-formativo dos aluno dessas áreas do conhecimento, fazendo

parte do processo de formação profissional para a área do Turismo e Hotelaria em todas as

Instituições de Ensino Superior do país.``

A atividade turística é um setor econômico de suma importância para algumas localidades e

regiões do mundo, exercendo uma função impulsionadora de desenvolvimento social e cultural

para a coletividade onde esta se insere, bem como, para as questões relacionadas à conservação

do meio ambiente, tema apresentado por estudiosos como de fundamental importância na

sociedade atual.

Em dias atuais acredita-se que a atividade turística represente grande parte do PIB de muitas

nações desenvolvidas, bem como, daquelas ainda em desenvolvimento como é o caso do

Brasil, onde este segmento segundo a EMBRATUR, vem apresentando crescimentos anuais

acentuados, com índices que ultrapassam os 10% ao ano, como a exemplo do último ano 2007,

onde o turismo nacional apresentou incremento de 16% em suas atividades, superando e muito

os indicadores de crescimento econômico em outros segmentos de mercado nacional.

Contudo é notória a relevância que a atividade turística pode gerar, fomentando em parceria

com o planejamento ordenado dos espaços, dos equipamentos e das demais atividades que

envolvem o turismo, e assim tendo capacidade de gerar renda para a sociedade onde este

segmento de mercado se insere, ou seja, não somente contribuindo para a preservação de seus

recursos naturais relevantes e garantindo a conservação e proteção dos mesmos, mas também

sendo um gerador de emprego e renda para a comunidade local onde se encontram estes

equipamentos turísticos, ou seja, servindo como um instrumento de desenvolvimento e

integração social para a sociedade em questão.

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Sendo a atividade turística um aspecto relevante para o desenvolvimento socioeconômico do

Brasil, considera-se de suma importância a realização de Projetos Científicos neste segmento,

com o intuito de tornar fundamentadas as práticas das atividades turísticas realizadas em

estágio supervisionado de acordo com a literatura recomendada pelo Curso de Turismo e

Hotelaria.

A preferência para realização do estágio no empreendimento Parque Unipraias Camboriú,

ocorreu por este ser um empreendimento turístico que possui sua estrutura inteiramente

voltada para a integração com o meio ambiente, pois grande parte do complexo encontra-se

dentro da região de Mata Atlântica, área de preservação ressalta-se, e seu estudo se justifica

pela crescente e notória procura de um número cada vez maior de turistas por parques voltados

para o lazer, entretenimento, sendo uma realidade de acordo com os dados da OMT. De acordo

com dados desta organização, é cada vez mais evidente o número de visitantes destes

equipamentos turísticos inseridos nestes ambientes naturais.

E neste cenário, quando se refere ao Brasil de acordo com dados da Adibra ( Associação das

Empresas de Parques de Diversões do Brasil), esta corporação registrou um aumento de

significativo do setor, principalmente nos parques de diversões situados em cidades litorâneas,

principalmente no período que compreende a alta temporada, de dezembro a março. Ou seja,

este tipo de entretenimento turístico ganha cada vez mais espaço dentro da atividade, e assim

se mostra capaz de ser uma ótima opção de lazer e divertimento para turistas e famílias que

procuram opções diferentes na época de suas férias para fugir da grande concentração de

pessoas nas praias.

Além disso, o turismo sustentável pode ser incluído como um segmento dentro atividade

turística que tem apresentado altos índices de crescimento, sendo uma tendência atual. O que

implica em uma demanda crescente de turistas para áreas naturais ainda preservadas, como a

exemplo do Parque Unipraias, com o intuito de vivenciar um maior contato com o ambiente

natural.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Desenvolver atitudes e hábitos profissionais, bem como adquirir, exercitar e aprimorar

conhecimentos técnicos nos campos do Turismo e da Hotelaria.

3.1 Objetivos Específicos

• Buscar na literatura especializada os fundamentos teóricos de equipamentos turísticos.

• Identificar e a estrutura administrativa e organizacional do Parque Unipraias.

• Empregar os conhecimentos teóricos nos dos diferentes setores a serem percorridos durante

a realização do Estágio.

• Processar relatório de Estágio.

• Identificar uma situação com potencial de mudança ou melhoria a ser planejada no projeto

e ação, exigência parcial para obtenção do título de Bacharel em Turismo e Hotelaria.

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4 DESCRIÇÃO DA EMPRESA

4.1 A evolução histórica da empresa até sua organização atual

Parque Unipraias Camboriú é o nome fantasia adotado pela empresa Bontur S/A – Bondinhos

aéreos, nome justificado por ser o único sistema de teleférico do mundo a ligar uma praia a

outra. A idéia surgiu na década de 50, quando o empreendedor Normando Tedesco, ao

sobrevoar Camboriú, teve uma pane em seu avião que o obrigou a realizar um pouso

emergencial, que por sua vez, ocorreu no pontal sul, hoje Barra Sul, da até então deserta praia

de Balneário Camboriú.

A beleza natural do lugar chamou a atenção de Tedesco, e logo, este se interessou pelas terras,

que posteriormente se tornariam suas, embora a região não possuísse na época nem energia

elétrica e nem água potável, o empresário acreditou que era possível à realização do

desenvolvimento de seu projeto.

O problema referente à falta de energia foi resolvido com a instalação de um gerador próprio, a

água foi captada através de várias fontes naturais, inclusive no Morro da Aguada, que foi

adquirida sobre tudo, para garantir um ponto estratégico de captação de água potável para o

empreendimento.

Em viagem aos Estados Unidos e Europa, o Sr. Tedesco voltou encantado com os sistemas de

bondinhos que encontrou cruzando os céus daquele país, gerando um grande interesse neste,

em implantar algo semelhante no Brasil. Neste período já surgiram às primeiras idéias para

ligar o pontal sul com o topo do Morro da Aguada, utilizando um sistema similar àqueles

encontrados pelo empresário em sua recente viagem.

O primeiro projeto referente a um teleférico no local surgiu na década de 70, se tratava da

implantação de um teleférico comum, com cadeiras abertas, embora este nunca tenha saído do

papel para execução. Com o falecimento do Sr. Tedesco, os seus dois filhos, Julio e Marcos

Tedesco mantiveram, além das propriedades em Balneário Camboriú, o sonho de seu pai, a

construção do teleférico. Foi então que, na década de 90, estes ouviram falar do Grupo Fidúcia,

constituídos por uma família tradicional da cidade de Joinville que possuía em comum, o

anseio de entrar para o ramo de teleféricos. Desejo este que surgiu durante uma viagem a

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Europa em meados de 1997, realizada pelo Sr. Moacir Bogo, que foi em busca de tecnologia

para bilhetagem eletrônica destinada aos ônibus das empresas do grupo em Joinville.

Quando esteve em Grenoble, França viajou em um teleférico e visitou uma fábrica local desses

equipamentos. Ao retornar ao Brasil, dividiu com demais sócios seu entusiasmo pelos bondes

aéreos. O grupo decidiu então que primeiro empreendimento do ramo aconteceria em Joinville,

mas precisamente no Morro da Boa Vista.

Entretanto, como havia entraves de ordem técnica e legal em relação aos terrenos, o desejo de

executar o projeto acabou sendo prorrogado. Todavia, o sócio Carlinhos Bogo descobriu no

município Balneário Camboriú, que o grupo Tedesco possuía um projeto pronto a espera de

um parceiro. A união dos dois grupos empresariais aconteceu em pouco mais de trinta

reuniões, estando no fim de 1977, montada a BONTUR S/A, que com a participação decisiva

do poder público de Balneário Camboriú, deu-se início ao processo de implantação do Parque

Unipraias.

As construções tiveram início em 1998, onde cada passo da construção do Parque Unipraias

foi cuidadosamente planejado. A Leitner, uma empresa de Viapiteno – Itália especializa no

ramo de bondes aéreos, foi especialmente contratada para realizar um trabalho em parceria

com empresas brasileiras. O empreendimento é diferenciado, pois grande parte desses bondes

aéreos possui uma configuração com dois pontos elevados, sendo a configuração com três

pontos bastante raros neste segmento.

O Parque Unipraias Camború foi unaugurado oficialmente em 26 de agosto de 1999,

considerado um dos maiores investimentos turísticos do estado de Santa Catarina, este

compreende um complexo de lazer e diversão com mais de 85.000 m2, sendo dos quais 38.000

são de RPPN (Reserva Particular de Proteção Natural), uma das poucas existentes em áreas

urbanas. Um dos destaques do parque é o bonde aéreo, com quarenta e sete cabines, com

capacidade para seis passageiros cada uma, que realizam o trajeto das três estações: Barra Sul,

Mata Atlântica, e Laranjeiras.

4.2 Infra-estrutura física atual

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Parque Unipraias Camboriú é composto por três estações, Barra Sul, Mata Atlântica e

laranjeiras, interligadas através de 47 bondinhos aéreos. Estes foram elaborados com material

de alta tecnologia, as cabines são elaboradas em fibra de vidro, fixadas em um cabo de aço de

42 mm., a uma distância de 97 metros entre uma e outra, deslocando-se a uma velocidade de

16 Km/h.

O trajeto completo, de ida e volta, tem 3.250 metros e 15 minutos se for realizada sem paradas

nas estações, todas as cabines juntas tem capacidade de transportar até 282 pessoas

simultaneamente. Em uma hora, são transportados cerca de até 800 pessoas, saindo da Estação

Barra Sul, o percurso segue em subida de 240 metros até o topo do Morro da Aguada, onde se

localiza a Estação Mata Atlântica, em seguida declina novamente até a praia de Estação

Laranjeiras.

a) Estação Barra Sul: possui terreno de 6.500m2, tendo três pavimentos com 5.149m2, no

piso térreo há um restaurante e as salas de administração do parque, como Departamento

Comercial, Pessoal, Marketing, Compras, Financeiro, além de vestiários para colaboradores,

sala de apoio, almoxarifado e estacionamento com capacidade para 120 carros. No primeiro

piso encontram se as salas comerciais, sanitários (fraldários), bilheteria e praça de alimentação

com 1.500 m2, e no segundo por fim, é onde encontram se o embarque e desembarque aos

bondinhos, além de sanitários e salas de manutenção e supervisão.

b) Mata Atlântica: a área deste terreno compreende um total de 19.173 m2, possuindo quatro

pavimentos, totalizando 1.480 m2 construídos. No pavimento térreo poderá ser encontrado:

sanitários, ambulatório, sala de apoio ao Parque Escola e sala de apoio aos carpinteiros e

pintores. Já no primeiro pavimento desta estação encontra-se o auditório Ângelo Antônio

Bogo, com capacidade para 60 pessoas sentadas.

No segundo piso encontra-se uma área destinada a exposições, os viajantes podem observar

uma exposição permanente dos painéis apresentando os principais projetos de preservação e

conscientização ambiental de Santa Catarina e de todo o Brasil, patrocinados pela Petrobrás,

dentre os quais, estão os projetos Baleia Franca, Orquidário da Amazônia, o Legado Azul entre

outros.

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E no terceiro piso encontra-se o embarque e desembarque dos passageiros. Nesta estação

encontra-se também o Parque de Aventuras que é formado por trilhas no topo das árvores,

atividade denominada de Arvorismo. Ainda conta com um parque ambiental com 60.000 m2

de Mata Atlântida preservada, 500 metros de trilha pavimentada, além de possuir dois

mirantes, sendo um com vista para a praia central de Balneário Camboriú, e outro para a Praia

de Laranjeiras, a ainda, a presença de quiosques, loja de souvenir e um oratório natural

dedicado ao Santo Antônio da Aguada.

c) Estação Laranjeiras: localizada na Praia de Laranjeira se a 1.625 metros da primeira

estação, esta é composta por dois pavimentos, sendo um para embarque e desembarque dos

passageiros e outro com sanitários, bilheteria e salas de espera. A estação possui o prédio em

forma de caracol, onde se encontra outra exposição de cunho cientifico patrocinada pela

Petrobrás, trata-se de painéis que contam a história do petróleo nos seus diversos aspectos, de

forma divertida através do personagem Brás e sua turma.

4.3 Infra-estrutura administrativa

Os organogramas da empresa são divididos em: Departamento Administrativo e Operacional,

além de Marketing e Comercialização.

Figura 1 - Organograma 1: Departamento Administrativo e Operacional.

Figura 2 - Organograma 2: Departamento de Marketing e Comercialização.

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Figura 1

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Figura 2

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4.4 Quadro de recursos humanos segundo organograma

O quadro de recursos humanos é dividido em alta e baixa temporada, pois nos meses de

dezembro janeiro e fevereiro são contratados novos funcionários para atender demanda de alta

temporada do Parque Unipraias que é muito superior aos demais meses.

Tabela 3 – Quadro de Recursos Humanos do Parque Unipraias Camboriú. Denominação Baixa temporada Alta Temporada

Conselho

Fidúcia Empreendimentos 04 04

PJMC Empreendimentos 04 04

Administrativo

Supervisor Financeiro 01 01

Supervisor de Qualidade 01 01

Assistente Administrativo Departamento Pessoal 01 01

Assistente Administrativo Departamento de Compras 01 01

Comercial

Assistente Comercial 01 01

Recepcionista 01 01

Promotor Comercial 02 02

Estagiários 00 02

Atendimento 02 02

Eventos

Assessor de eventos 01 01

Diretoria

Administrativo e Operacionalização 01 01

Marketing e Comercialização 01 01

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Denominação Baixa temporada Alta Temporada

Marketing

Assistente de Marketing 01 01

Parque Escola

Bióloga 01 01

Estagiários 04 00

Parque de Aventuras

Líder de Aventuras 01 01

Estagiários 01 10

Caixa

Líder de Caixa 01 01

Operador de Caixa 02 10

Manutenção de Equipamentos

Líder mecânica 01 01

Mecânico 03 04

Líder eletromecânica 01 01

Eletricista 01 02

Operador de equipamento 05 07

Embarcante (Estagiários) 00 20

Atendente de Informação 00 04

Almoxarifado

Almoxarife 01 01

Serviços Gerais

Líder de conservação e limpeza 01 01

Auxiliar de conservação e limpeza 09 19

Auxiliar de conservação e jardinagem 03 03

Pintor 04 04

Orientador 08 16

TOTAL 72 140

Fonte: Departamento Pessoal do Parque Unipraias

4.5 Serviços prestados aos clientes

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O Parque Unipraias destaca-se como referência de ponto turístico na cidade de Balneário

Camboriú. Diretamente ligado ao turismo ecológico, e com suas três estações, o parque

oferece opções de passeios, informações sobre o meio ambiente e preservação, assim também

como gastronomia, compras e aventuras. Durante todo o ano, o parque trabalha com projetos

diferenciados, procurando evitar a sazonalidade. Esses serviços são:

a) Parque Escola: A diversão que educa.

O Parque Escola é um projeto de educação ambiental que proporciona ao aluno, momentos de

descontração junto à natureza, aproveitando para conscientizar sobre a importância de

preservar o meio-ambiente. Atua desde o no de 2001, em parceria com escolas públicas e

privadas do estado, contando com o patrocínio da Petrobrás, da Isabela, da Chocoleite, e

também da Prefeitura de Balneário Camboriú.O projeto, além de conscientizar sobre a

importância da Mata Atlântica, o Parque de Aventuras possui dois circuitos de arvorismo

acrobático e contemplativo, trilhas suspensas entre as copas das árvores atingindo alturas de

até 15 metros, cada qual com 12 atividades distintas.

Os visitantes escalam redes, caminham entre cabos de aço, equilibram-se em estribos, passam

por tambores de madeira e deslizam em tirolesas em meio a Mata Atlântica. São 140 metros de

percursos em cada um dois circuitos. O circuito oferece total segurança aos seus participantes,

os visitantes ficam presos ao equipamento de segurança durante todo o trajeto, sempre com o

acompanhamento de monitores especializados. O ingresso para o Parque de Aventuras è

vendido separadamente, no atendimento ao turista na Estação Barra Sul, e também na

bilheteria da Estação Mata Atlântica.

c) Desafio Unipraias

O Desafio Unipraias é uma competição de aventura onde os participantes despertam os

sentimentos de integração, união e força, num trabalho de equipe, aliando provas de aventura

com aprendizado e lazer, em um ambiente de belezas naturais e passeio no bondinho aéreo.

A equipe de monitores utiliza técnicas inovadoras para a superação de limites através da

simulação de situações reais que ocorrem na vida das pessoas. Quem coordena e desenvolve as

atividades são os monitores do Parque Unipraias.

d) Treinamento Vivencial e Gestão

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O treinamento Vivencial tem por finalidade oferecer a estrutura do parque para a realização de

atividades elaboradas e realizadas pela empresa participante, ou seja, o Parque Unipraias

participa com o espaço, para que a empresa leve seus colaboradores, palestrantes e monitores

para realizarem atividades.

No Treinamento Vivencial o Parque não possui envolvimento com as atividades da empresa, é

tudo planejado e coordenado pela mesma. O parque disponibiliza o auditório com capacidade

para 60 pessoas, para a realização de palestras e workshops, além do Parque de Aventura, onde

os participantes podem fazer o circuito de arvorismo.Toda essa atividade tem o intuito de

despertar sentimentos de integração, união e força, preparando as equipes para a superação de

limites.

e) Visita técnica com ou sem Aventura

A visita técnica é um trabalho desenvolvido com as universidades de Balneário Camboriú e

região, que tem por objetivo oportunizar o contato com o mercado turístico, e oferece

condições para os acadêmicos desenvolverem criatividade e capacidade de planejamento

estratégico a partir de uma visão da realidade socioeconômica e cultural de um parque

temático.

A visita técnica é acompanhada por monitores do Parque e também, no mínimo, um professor

da universidade. A visita pode ser feita com a participação dos alunos no Parque de Aventuras

ou não, garantindo apenas a passagem para andar nos bondinhos e no Parque Ambiental, a

visita também inclui algumas atividades como: visita aos Departamento do Parque Unipraias

Camboriú; palestras sobre o case Parque Unipraias Camboriú – um novo conceito em lazer;

visita ao Parque Ambiental com trilhas e mirantes; visita ao Parque de Aventuras.

f) Atendimento à APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), sendo que este

atendimento é uma atividade de visitação gratuita quando solicitada pela mesma.

g) Atendimento aos colaboradores do PROERD (Programa Educacional de Resistência às

Drogas e à Violência), sendo que o atendimento aos colaboradores do PROERD é um

convênio do Parque com os policiais militares e civis do Estado de Santa Catarina.

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5 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

5.1 Setor: Parque de Aventuras

Responsável pelo setor: Paulo César Amorim.

Período: 04/03/12 a 24/ 04/08

Número de horas: 150 horas

5.1.1 Funções do setor:

• Realizar as atividades de Arvorismo com total segurança para os visitantes;

• Fazer o controle dos equipamentos de segurança:

• Zelar pelos equipamentos;

• Prestar informações sobre o Parque Unipraias;

• Abertura e fechamento de Caixa;

• Monitoramento de visitantes na área que compreende o Parque de Aventuras;

• Divulgação das atividades do Parque de Aventuras;

• Comercialização do produto Parque de Aventuras;

5.1.2 Infra-estrutura do setor:

• 50 capacetes tipo alpinista;

• 48 cintos de segurança;

• 96 mosquetões;

• 48 roldanas casadas;

• 48 cordas de segurança;

• 2 armários de madeira;

• 1 computador;

• 1 impressora;

• 1 maca de primeiros socorros;

• 1 caixa de medicamentos para ferimentos;

• 2 manuais de primeiros socorros;

• 1 mesa de mármore redonda;

• 5 cadeiras de ferro

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5.1.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor:

a) Divulgação das atividades do Parque de Aventuras, através da distribuição de flyer com

informações sobre as 12 atividades que ocorrem no setor, que são, a Ponte Fixa, Ponte

Pêncil, Ponte Tibetana, Via Itaúba, Rede Pescador, Ponte Alpina, Tambores, Trava Solta,

Trapézio, Teia de Aranha, Falsa Baiana e por fim a Tirolesa.

b) Realização de todas as atividades de Arvorismo descritas acima, com instrutores e

visitantes do Parque Unipraias, e ainda todos os processos referentes aos procedimentos

de segurança das atividades envolvidas.

c) Fazer o controle de todos os equipamentos de segurança junto com os instrutores, com total

critério na hora de guardar e conservar os materiais e equipamentos, protegendo-os do sol

e da chuva, e ainda limpando após cada atividade.

d) Acompanhamento dos instrutores em suas atividades diversas, como, avaliação sobre as

atividades do dia (Pontos Positivos e Negativos), limpeza da sala de atendimento do

Parque de Aventuras entre outras.

5.1.4 Conhecimentos técnicos adquiridos:

Neste setor da empresa foi possível aprender técnicas referentes a prática do arvorismo,

modalidade esportiva que ocorre em travessias realizadas em plataformas montadas nas

copas das árvores, onde os praticantes percorrem um trajeto suspenso, ultrapassando diversos

e diferentes tipos de obstáculos, como por exemplo: pontes suspensas, tirolesas, tambores,

entre outras.

Para praticar o arvorismo, não é necessário ser atleta, precisa apenas alguma disposição e

coragem para superar os desafios. Com a supervisão de monitores treinados e o kit para a

prática do arvorismo (cadeirinha, cabo de segurança, mosquetão, polia e capacete), os

instrutores estimulam a capacidade individual, exercitando o corpo e a mente, desenvolvendo

o equilíbrio interior e aliviando o stress diário através da adrenalina.

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Além destas atividades muito interessantes, que envolvem o corpo e a mente na superação dos

próprios limites, neste campo, também foi possível o aprendizado de técnicas referente ao

manuseio dos equipamentos de segurança que envolve a atividade, como o uso dos

mosquetões, cordas de segurança, cintos e capacetes entre outras, do mesmo modo, algumas

práticas de primeiros socorros, já que a modalidade esportiva envolve um risco médio de

segurança.

Dessa forma ressalta-se que foi extremamente válido o estágio no setor Parque de Aventuras,

pois tinha pouco conhecimento neste campo de atividade ainda, acredito que através dessas

novas informações recebidas pelos instrutores durante o estágio, ampliei agora a capacidade

para auxílio de turistas e visitantes em atividades semelhantes a esta do Arvorismo.

5.1.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas:

O setor Parque de Aventuras possui uma estrutura física pequena, trata-se de uma pequena

casa de cinco metros quadrados, localizada na estação Mata Atlântica. Como aspecto positivo

pode-se dizer que, o setor é um local organizado, onde cada instrutor possui seu encargo com

determinada tarefa, que é especificada pelo instrutor chefe. O sistema é informatizado e todos

os instrutores têm habilidade para o seu manuseio.

O Parque oferece a atividade de arvorismo ao público em geral como, famílias, turistas

individuais e grupos, entre outros, o que pode ser mencionado como aspecto positivo, visto

que, o empreendimento esta de portas abertas para um grande número de visitantes, sem

restringir a atividade, como acorre em outras atividades desta natureza, é uma atividade que se

destaca pela singularidade, pois, no litoral Norte de Santa Catarina é o único empreendimento

turístico a oferecer este tipo de atividade de integração com a natureza.

Como condição limitante observou-se, o tempo ocioso de alguns instrutores quando não há

visitantes no Parque de Aventuras, chegando muitas vezes a ficar cinco instrutores durante

horas sem atividade dentro da empresa, outro aspecto esta na falta de padronização de

atendimento ao público, também deve ser ressaltado, pois é notória a falta uniformidade.

O número excessivo de funcionários para o período de baixa temporada é evidente, visto que

o movimento do setor é pequeno em relação ao número de turistas que visitam o Parque

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Unipraias, o visitante do Parque de Aventuras também possui um perfil diferente da grande

maioria que visita o parque, em função disso, este não possui uma venda significativa do seu

produto, ou seja, a atividade de Arvorismo.

Nenhuma experiência é exigida para participar das atividades como citado anteriormente,

porém, a altura mínima exigida para a prática é de 1,40mt e a idade mínima de 12 anos,

aspecto que limita a atividade a um número menor de participantes, deixando de atender uma

grande demanda do parque que é formado pelo público infantil.

Ainda no que se refere à área operacional também deve ser citado o uso dos armários para

guarda dos pertences, que é usado pelos funcionários, ou seja, os instrutores, e os visitantes do

Parque de Aventuras, o que pode causar algum engano na hora da retirar ou colocar os

pertences, tanto de instrutores, quanto de visitantes.

Como sugestão administrativa a este Departamento indica-se, a redução no quadro de

funcionários, de 6 para 4 instrutores, a elaboração de alguma atividade ocupacional para os

demais instrutores, a fim de diminuir o período em que estes permanecem desocupados, entre

estas, a criação de um banco de dados dos Visitantes do Parque de Aventuras, envio de mala

direta promocional aos seus principais freqüentadores, entre outras. A padronização do

vocabulário na prestação do serviço também é cabível, e isto, pode ser realizado através da

criação de um procedimento na uniformização da linguagem, através de um manual de uso

comum a todos instrutores.

Outra sugestão seria a criação de armários diferenciados para os instrutores, e os visitantes do

Parque de Aventuras, evitando assim, o contato dos seus respectivos pertences, dessa forma,

acredita-se que com a execução dessas sugestões, o funcionamento deste setor poderia acorrer

de maneira mais constante e unificada.

5.2 Setor: Parque Escola

Responsável pelo setor: Heloisa B. C. Furtado.

Período: 01/0408 á 14/04/08

Número de horas: 150 horas

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5.2.1 Funções do setor:

• Realizar Telemarketing e Faxmarketing para diversas escolas do Estado de Santa Catarina;

• Desenvolver relatórios para os dois procedimentos citados acima.

• Envio de mala direta para escolas, imprimindo, dobrando e enviando cartas e folders;

• Enviar fax para Secretaria de Turismo semanalmente c/ a relação das escolas inscritas no

Projeto Parque Escola;

• Atualizar agenda do Parque Escola com dados das Escolas que irão visitar o Projeto Parque

Escola;

• Fazer clipagem das reportagens em jornais e revistas do segmento, relacionadas ao Projeto

Parque Escola;

• Realizar o controle dos materiais utilizado pelo Parque Escola.

• Fazer controle dos biscoitos, achocolatados e cartilhas referentes ao Projeto Parque Escola;

• Fazer o pedido dos itens citados acima sempre que o estoque estiver no mínimo;

• Checar e – mails da pasta Projeto Parque Escola e responder os mesmos;

• Apresentar o Parque Unipraias para professores e alunos, bem como, as demais atividades

que ocorrem no Parque Escola;

• Organizar os itens do almoxarifado do Parque Escola;

• Preencher a ficha de inscrição e envia-los por fax para as Escolas interessadas no Projeto

Parque Escola;

• Enviar semanalmente uma cópia da agenda Projeto Parque Escola para o Departamento

Comercial;

• Explicar os procedimentos de segurança na hora do transporte através dos bondes, e nas

demais atividades durante a trilha ecológica.

• Realizar palestras educativas sobre a Mata Atlântica aos alunos no auditório Ângelo

Bogo;

• Esclarecer as seguintes questões a todos os visitantes, professoras e alunos:

a) Durante a trilha não pode comer;

b) Andar sempre juntos;

c) Sempre que o monitor estiver falando, ouvir;

d) Levantar a mão para perguntas;

e) Não pode correr;

f) Falar baixo na trilha;

g) Não é permitido o desembarque em Laranjeiras;

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h) O lanche será servido a todos;

i) No retorno a Barra Sul, o grupo deve se reunir para depois se dirigir ao ônibus.

5.2.2 Infra-estrutura do setor:

O Projeto Parque Escola não possui sala própria, o seu setor se encontra junto ao

Departamento Comercial, porém, o setor possui uma pequena sala na estação Mata Atlântica

onde também se encontram alguns artigos.

• 2 armários de madeira;

• 1 computador;

• 2 mesas retangulares;

• 4 cadeiras de plástico;

• 1 geladeira;

• 1 fantasia de bondinho;

• 1 retro projetor (Auditório Ângelo Bogo):

5.2.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor:

• Acompanhamento do envio de mala direta para escolas, imprimindo, dobrando e enviando

cartas e folders do Projeto Parque Escola;

• Preenchimento da ficha de inscrição e envia-los por fax para as Escolas interessadas no

Projeto Parque Escola;

• Envio semanal de uma cópia da agenda Projeto Parque Escola para o Departamento

Comercial;

• Acompanhamento da elaboração do pedido dos itens citados acima sempre que o estoque

estiver no mínimo, através de envio de pedido para o almoxarifado do Parque;

• Apresentação do Parque Unipraias para professores e alunos, bem como, as demais

atividades que ocorrem no Parque Escola, tais como, o transporte das crianças através dos

bondinhos até a estação Mata Atlântica, acompanhamento da palestra sobre a Mata

Atlântica no Auditório Ângelo Bogo e dos alunos durante a Trilha Ecológica;

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• Explicar os procedimentos de segurança na hora do transporte através dos bondes, e nas

demais atividades durante a trilha ecológica, sempre com auxilio daa estagiárias;

• Contagem e separação do lanche servido no mirante Laranjeiras após o termino da trilha

ecológica;

• Acompanhamento da palestra referente à Mata Atlântica pelas duas estagiárias do Parque

Escola no Auditório Ângelo Bogo. Esta palestra tem a finalidade de tornar lúcido para os

alunos questões sobre a diversidade da fauna e da flora presentes na Mata Atlântica nesta

região do Estado de Santa Catarina, na apresentação são explicadas algumas espécies

animais como o Gato do Mato, a Saira Militar, o Tangara e a Paca, dentre outras diversas, e

outras vegetais como: Samambaias e as Embauvas.

5.2.4 Conhecimentos técnicos adquiridos

Através do aprendizado no Projeto Parque Escola foi possível tornar claro questões referente à

relação comercial estabelecidas entre as Escolas e o Parque Escola;

O exercício de princípios éticos na hora de estabelecer estas relações também foi de

fundamental importância para uma boa colocação no mercado;

O convívio com as crianças de diversas idades foi igualmente enriquecedor e gratificante,

pois, por meio dessa convivência é possível observar o comportamento pertinente a cada faixa

etária, e por conseqüência que procedimento deve ser aplicado pelas funcionárias e estagiárias

do Parque Escola;

A comunicação estabelecida entre as funcionárias e as estagiárias do Parque Escola também

foi pertinente, sempre estabelecida dentro de uma relação de atenção e respeito mutuo;

O exercício das atividades Projeto Parque Escola também permitiu alguns conhecimentos

sobre controle de estoques de itens utilizado pelo Parque Escola, como, fazer controle dos

biscoitos, achocolatados e cartilhas referentes ao Projeto.

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5.2.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas:

Como aspecto positivo deve ser mencionado a relação estabelecida entre as pessoas que

fazem parte do Projeto Parque Escola, pois, dentro deste Departamento, as relações são

sempre de cooperação e integração, onde cada pessoa sabe o que lhe cabe realizar, sempre

dentro do que foi estabelecido pela chefa do setor, a organização e cumprimento dos

compromissos firmados, sejam com clientes internos ou externos.

Entre os aspectos limitantes a ser citado, encontram-se as dificuldades de ampliar o

atendimento para um maior número de escolas, talvez em conseqüência do preço que, embora

não seja algo exorbitante, ainda se apresenta alto, para ofertar o produto, por exemplo, as

redes Municipais e Estaduais de Ensino, e mesmo aquelas particulares que possuem menos

recursos financeiros.

Através desses aspectos limitantes é recomendável como sugestões administrativas, a criação

de estratégias de tornar mais acessíveis os valores cobrados hoje para a visitação do Parque

por meio do Projeto Parque Escola seja, por meio de parcerias com o Poder Público, ou,

através de convênios estabelecidos com empresas privadas, interessadas em promover as

ações sócio ambientais do Projeto Parque Escola, e, por conseguinte, ter o seu devido retorno

frente a sociedade.

5.3 Setor: Departamento Comercial

Responsável pelo setor: Suzan Gomes.

Período: 01/0408 á 14/04/08

Número de horas: 150 horas

5.3.1 Funções do setor:

• Atendimento e controle de ligações externas e internas do Parque Unipraias;

• Negociação de tarifas para grupos interessados;

• Recebimento e envio de e-mail;

• Elaboração do controle pré-compra;

• Controle diário e fechamento do caixa;

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• Liberação da autorização para ingressos frees para o hotéis , agências e operadoras;

• Organização da agenda diária dos diretores;

• Clipagem de reportagem com anúncios, fotos e afins relacionados ao Parque Unipraias,

bem como a atividade turística;

• Preenchimento de requisições para compras e retiradas de materiais;

• Controle de veículos e liberação dos ticktes para ônibus de turismo;

• Contato permanente com agências de viagens e operadoras;

• Controle de ingressos da agência CVC aéreo, e dos ingressos retirados com antecipação;

• Envio de ingressos do Clube Angeloni;

• Realização de ações promocionais junto ao trade turístico local, regional e nacional;

• Captação de grupos de turismo que chegam a Balneário Camboriú;

• Controle e envio de Notas Fiscais junto ao Departamento Financeiro;

• Entrega do caixa diário ao Departamento Financeiro;

• Lançamento de reservas no sistema;

• Atualização de dados dos clientes no sistema;

• Envio de solicitação de material junto às agências e operadoras;

• Envio de mailing para hotelaria;

• Desenvolvimento e relatórios de visitas e atividades realizadas no Parque Unipraias.

5.3.2 Infra – estrutura do setor:

• 04 computadores;

• 04 impressoras;

• 08 telefones;

• 03 ar-condionados;

• 02 fax

• 09 mesas;

• 12 cadeiras;

• 03 bancos;

• 03 murais;

• 02 balcões;

• 02 armários;

• 03 instantes;

• 01 geladeira.

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5.3.3 Atividades desenvolvidas pelo acadêmico no setor:

• Realização do atendimento e controle de ligações externas e internas do Parque Unipraias,

sempre com o auxilio da recepcionista responsável pelo setor;

• Elaboração de Clipagem de reportagem com anúncios, fotos e afins relacionados ao Parque

Unipraias, bem como, com outras atividades turísticas;

• Auxílio no preenchimento de requisições para compras e retiradas de materiais, junto aos

responsáveis pelo setor;

• Auxílio no controle de veículos que chegam ao Parque, e liberação dos ticktes para os

motoristas dos ônibus de turismo;

• Prática do contato permanente com agências de viagens e operadoras, junto a responsável

do setor comercial;

• Realização do lançamento de reservas no sistema, sempre com o auxílio de um dos

responsáveis pelo setor;

• Auxílio no envio de solicitação de material junto às agências e operadoras, essa atividade é

realizada semanalmente, com o intuito de divulgar essas agencias e operadoras junto ao

parque, e foi realizada com a ajuda dos responsáveis pelo setor;

5.3.4 Conhecimentos técnicos adquiridos:

O envolvimento com as atividades do Departamento Comercial foram muito interessantes e

proveitosas. Observou-se a extensão do trabalho em equipe, onde cada um tem uma função a

cumprir, com a finalidade de que no final dos processos o trabalho realizado pela equipe

esteja satisfatório, ou seja, para que o produto final esteja sempre em conformidade e

padronizado de acordo com os princípios organizacionais da empresa.

Neste setor também foi possível observar as diversas formas de ações promocionais da

empresa, como são elaborados os folders e cartazes que irão ser expostos posteriormente, a

forma de contato com as agências de viagens sempre com boa comunicação e bom

atendimento também são fatores que devem ser ressaltados, pois, são indispensáveis no

mercado atual, e ainda mais nos segmentos das atividades turísticas.

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O envolvimento do acadêmico com os profissionais do setor foi de grande valor, pois estes

sempre estiveram presentes e a disposição para ajudar no que fosse necessário para

esclarecimentos dos processos realizados no Departamento Comercial, o que facilitou

significantemente o entendimento dos processos.

5.3.5 Aspectos positivos, limitantes e sugestões administrativas.

Destaca-se entre os aspectos positivos deste setor a interação com os demais setores da

empresa, onde este interage com todos os outros setores do Parque Unipraias, sempre de

forma organizada e sistêmica, ou seja, onde cada função implica no resultado final do produto

como citado anteriormente.

Como aspecto limitante observa-se o acúmulo de atividades por alguns colaboradores, que

poderiam dividir tarefas com demais, a fim de desenvolver de forma mais eficaz os processos,

e conseqüentemente o alívio da sobrecarga que envolve estes colaboradores, o que certamente

os tornariam ainda mais produtivos.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A realização das atividades dentro do Parque Unipraias através do estágio curricular

obrigatório possibilitou a amplitude dos conhecimentos teóricos adquiridos, durante a

formação acadêmica, ou seja, o exercício de muitos dos conhecimentos teóricos estudados

durante este período.

Durante o período de estágio procurou-se cumprir todas as atividades designadas no prazo

estabelecido, o que facilitou a passagem pelos setores, todos os conhecimentos práticos

transmitidos, a disposição dos funcionários em ajudar, bem como, o interesse prestado pela

orientadora do projeto em questão, foi essencial para o pleno desenvolvimento da atividade.

No estágio foram realizadas atividades em três setores da empresa, o Parque de Aventuras, o

Parque Escola e Departamento Comercial, alem do cumprimento de carga horária, foram

necessárias também, horas de pesquisa fora do ambiente profissional para o desenvolvimento

e concretização do relatório de pesquisa.

Buscou-se principalmente base teórica através de literatura especificada retomando também

alguns conteúdos vistos em sala de aula, o campo escolhido para estagio permitiu desenvolver

diversas atividades, bem como, a necessidade de conhecimentos técnicos e a responsabilidade

são fatores importantes na hora de exercer tais atividades profissionais.

O apoio que a Universidade oferece ao acadêmico durante toda a trajetória de estudos foi

muito importante, assim como, os exercícios através de estágios, também tiveram muita

importância na hora de atuar no mercado, ou seja, auxiliando e operando dentro da empresa

Parque Unipraias.

Contudo o bom desenvolvimento das atividades como futuro profissional Bacharel em

Turismo e Hotelaria, também são procedentes da dedicação que estabelecida durante a

execução das atividades, e ao ensinamento do comportamento ético aprendido em sala de

aula.

Com o desenvolvimento do estágio foi possível a busca do aprimoramento dos conhecimentos

adquiridos, aliado a prática dos hábitos profissionais dentro da empresa e consequentemente

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da atividade turística. O estágio colaborou no aprendizado de situações reais e possíveis no

cotidiano, e como lidar com essas circunstâncias, sejam elas, com os seus clientes,

fornecedores e ou colaboradores.

O local escolhido para a realização do estagio proporcionou através da abertura de sua

administração e estrutura organizacional, permitiu ao acadêmico conhecer como a empresa

trabalha para manter-se no mercado, ou seja, de suas políticas na distribuição de funções

dentro dos setores que compõem a organização, possibilitando ao acadêmico o pleno

entendimento das operações dentro do Parque Unipraias.

Durante este trajeto foi possível adquirir diversas informações, e também o emprego de

conhecimentos apanhados durante a vida acadêmica, o desenvolvimento das habilidades

dentro da empresa permitiu entender melhor e detalhadamente cada função de cada setor,

assim como, permitiu a colaboração do acadêmico dentro da empresa no sentido da melhoria

e colaboração das atividades relacionadas anteriormente.

No decorrer do estágio todas as dúvidas foram esclarecidas, pois a empresa Parque Unipraias

sempre se mostrou sempre à disposição de auxiliar quando necessário, repassando todas as

informações indispensáveis para realização do presente relatório de pesquisa, bem como, na

sugestão de idéias para o futuro projeto de ação.

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REFERÊNCIAS

BISSOLI, Maria Ângela Marques Ambrizi. Estágio em turismo e hotelaria / - São Paulo: Aleph, 2002. -(Série turismo) Site: Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversões do Brasil). www.Adibra.com.br / visita em 11 de abril de 2008. Site: EMBRATUR (Instituto Brasileiro do Turismo) www.embratur .org.br / visita em 03 de maio de 2008.

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ASSESSORIAS TÉCNICAS E EDUCACIONAIS

Prof. Arno Minella

Responsável de Estágio – Curso de Turismo e Hotelaria –

CE de Balneário Camboriú

Prof.ª Marlene Huebes Novaes – Curso de Turismo e hotelaria

CE de Balneário Camboriú