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PARTE C - PROJETO BÁSICO Índice 1. INTRODUÇÃO 2. O MODELO DE NEGÓCIO DO CINECARIOCA MÉIER 3. DO OBJETO 3.1. DETALHAMENTO DO OBJETO 3.2. DETALHAMENTO OPERACIONAL 3.2.1. PERMISSÃO DE USO 3.2.2. DEFINIÇÃO DO LAYOUT 3.2.3. MONTAGEM DAS SALAS E ESPAÇOS CORRELATOS 3.2.4. AÇÕES DE PROJEÇÃO 3.2.5. PREVENÇÃO 3.2.5.1. PREVENÇÃO DE ACIDENTES 3.2.5.2. PREVENÇÃO PATRIMONIAL 3.2.5.3. PREVENÇÃO OPERACIONAL 3.2.6. SEGURANÇA 3.2.7. MANUTENÇÃO 3.2.8. LIMPEZA 3.2.9. AQUISIÇÃO DE BENS E INSUMOS 3.2.10. DIVULGAÇÃO 3.2.11. PROGRAMAÇÃO VISUAL 3.2.12. DEVOLUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS 4. EXPERIÊNCIA TÉCNICA 5. JUSTIFICATIVA 5.1. IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DO CINECARIOCA MÉIER PARA A CIDADE 5.2. INDIVISIBILIDADE DA OPERAÇÃO 5.3. DO APORTE 5.4. DO ASPECTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO LOCAL 5.5. DO PROJETO 5.6. DA GESTÃO DOS ESPAÇOS

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PARTE C - PROJETO BÁSICO

Índice

1. INTRODUÇÃO

2. O MODELO DE NEGÓCIO DO CINECARIOCA MÉIER

3. DO OBJETO 3.1. DETALHAMENTO DO OBJETO 3.2. DETALHAMENTO OPERACIONAL

3.2.1. PERMISSÃO DE USO 3.2.2. DEFINIÇÃO DO LAYOUT 3.2.3. MONTAGEM DAS SALAS E ESPAÇOS CORRELATOS 3.2.4. AÇÕES DE PROJEÇÃO 3.2.5. PREVENÇÃO

3.2.5.1. PREVENÇÃO DE ACIDENTES 3.2.5.2. PREVENÇÃO PATRIMONIAL 3.2.5.3. PREVENÇÃO OPERACIONAL

3.2.6. SEGURANÇA 3.2.7. MANUTENÇÃO 3.2.8. LIMPEZA 3.2.9. AQUISIÇÃO DE BENS E INSUMOS 3.2.10. DIVULGAÇÃO 3.2.11. PROGRAMAÇÃO VISUAL 3.2.12. DEVOLUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

4. EXPERIÊNCIA TÉCNICA

5. JUSTIFICATIVA 5.1. IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DO CINECARIOCA MÉIER PARA A CIDADE 5.2. INDIVISIBILIDADE DA OPERAÇÃO 5.3. DO APORTE 5.4. DO ASPECTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO LOCAL 5.5. DO PROJETO 5.6. DA GESTÃO DOS ESPAÇOS

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6. DO MODELO ADOTADO

7. DA ÁREA A SER OCUPADA

8. VALOR ESTIMADO

9. PROPOSTA COMERCIAL

10. RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS

11. DA VISITA TÉCNICA

12. GESTÃO OPERACIONAL

13. O PROCESSO DE SELEÇÃO

14. A OPERAÇÃO DO CINECARIOCA MÉIER 14.1. A PROGRAMAÇÃO 14.2. HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO 14.3. O PREÇO MÉDIO DO INGRESSO 14.4. PARTICIPAÇÃO DA RIOFILME NAS RECEITAS

15. PRAZOS

16. VALIDADE DAS PROPOSTAS

17. OBRIGAÇÕES DA PERMITENTE

18. OBRIGAÇÕES DA PERMISSIONÁRIA

19. VEDAÇÕES

20. CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO

21. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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1. INTRODUÇÃO Este projeto básico visa orientar e instruir a permissão de uso para implantação, operacionalização de exibição e exploração comercial de 03 (três) salas de cinema e bonbonnière formadoras da REDE CINECARIOCA MÉIER, situadas no Centro Cultural João Nogueira. O setor de exibição cinematográfica passa por um momento de relevante expansão impulsionado pela incorporação da classe C ao mercado consumidor de cinema, pela redução da taxa de desemprego do país, pelo aumento de renda real do brasileiro e principalmente pela retomada de investimentos dos exibidores em novos complexos. Entre 2005 e 2009 o setor de exibição apresentou um crescimento anual acumulado de apenas 0,62%, o que pode ser entendido como um período de realização de resultados devido aos investimentos. Porém, este cenário se altera positivamente nos últimos três anos. Entre 2009 e 2011 foram incorporadas 310 novas salas ao parque exibidor brasileiro, o faturamento do setor ampliou quase meio bilhão de reais em valores nominais, representando respectivamente um crescimento anual acumulado de 7,14% e 21,42%. Assim, neste novo ambiente de expectativa de crescimento e de propensão a investir dos agentes econômicos, o programa CINECARIOCA atua no sentido de desenvolvimento do setor. 2. O MODELO DE NEGÓCIO DO CINECARIOCA MÉIER O CINECARIOCA MÉIER será gerido pela Distribuidora de Filmes S/A - RioFilme e operado por empresa de exibição cinematográfica vencedora no procedimento de licitação, Edital de Concorrência, do tipo Técnica e Preço, nos termos dos Parágrafos Terceiro do Artigo 23 e Primeiro do Artigo 22 da Lei 8.666 de 1993. A selecionada irá celebrar Termo de Permissão de Uso para exploração comercial do cinema, segundo as prescrições do projeto básico e demais obrigações. O processo de seleção no modelo Concorrência, tipo Técnica e Preço, foi destacado como o modelo apto a ampliar a competição entre os licitantes de forma a assegurar o tratamento isonômico entre os mesmos, selecionar a proposta mais vantajosa, e, por conseguinte, que perfaça o interesse público, garantindo que a operação possa ser bem sucedida em face de suas peculiaridades. A operação do CINECARIOCA MÉIER integrará a permissão de uso para a operação dos cinemas e o aporte de recursos para a montagem do equipamento cultural.

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A premissa do objeto integrado busca atender aos parâmetros de adequação ao interesse público, haja vista, conferir ao setor privado os meios mais produtivos para o desempenho da atividade. O valor do recurso a ser aportado pela RioFilme será critério de seleção, sendo o custo global estimado por orçamento sintético. Assim, a RioFilme optou pela delegação da montagem do CINECARIOCA MÉIER a partir da avaliação da economia de escala para a aquisição de equipamentos e serviços de instalação e eficiência na operação. 3. DO OBJETO Trata-se de permissão de uso para implantação e operacionalização de exibição e exploração comercial de 03 (três) salas de cinema, formadoras da rede CINECARIOCA MÉIER, com implantação e exploração de bonbonnière, situadas no Centro Cultural João Nogueira. 3.1. DETALHAMENTO DO OBJETO O detalhamento do objeto considera que a operação a ser realizada consiste na definição do layout, montagem das salas e demais espaços da permissão de uso, adequação técnica específica para ações que envolvam a projeção, prevenção e segurança, manutenção e limpeza, aquisição de bens e insumos, divulgação, programação visual, suprimento, manutenção de todos os componentes exceto obra estrutural, reposição de itens de consumo e permanentes, guarda e preservação, operacionalização da atividade de exibição, relação com as diversas distribuidoras para aquisição de cópias, programação de 03 salas concomitantes com a composição mínima de 02 salas digitais e 01 sala 3D, adequação interna do espaço físico, manutenção de serviço regular e ininterrupto, instalação de mobiliário e os equipamentos conforme detalhado. O CINECARIOCA MÉIER além das 3 (três) salas destinadas ao cinema, espaço para bonbonnière, bilheteria, sala de gerência terá a previsão de funcionamento das centrais de lógica, telefonia, circuito fechado de TV e controle de vídeo referente ao cinema, cabines de projeção, depósitos e banheiros. A capacidade das salas de cinema foi inicialmente planejada para 390 lugares. 3.2. DETALHAMENTO OPERACIONAL A implantação será custeada pela RioFilme. A receita da permissionária durante a operação será gerada através da bilheteria, venda de comestíveis, venda de espaço publicitário e patrocínios.

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O espaço será entregue no estado em que se encontra. A Visita Técnica será obrigatória para poder participar do certame. Caberá ao vencedor do certame a realização das adequações necessárias, em acordo com as exigências técnicas identificadas no detalhamento técnico e outras que possam se provar necessárias, mediante aprovação prévia da RioFilme, sem acréscimo de despesa para a permitente. Todos os itens deverão ser novos, estando no primeiro uso, vedado o re-aproveitamento de equipamentos usados, e dentro o maior prazo de garantia possível visando ao maior tempo de vida útil. 3.2.1. PERMISSÃO DE USO

O modo de execução está pautado em título de uso precário, não indenizável, vigente pelo prazo de 05 (cinco) anos. A permissão de uso poderá ser interrompida pelas seguintes circunstâncias: a) interrupção oriunda do encerramento antecipado da Cessão de Uso

da Permitente com a Secretaria Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro;

b) retomada do imóvel pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro; c) por descumprimento de obrigação; d) por má ou insatisfatória execução dos serviços. A permissão de uso poderá ser objeto de prorrogação, limitada ao prazo de 10 (dez) anos ou pelo prazo final da detenção da posse conferida à RioFilme.

3.2.2. DEFINIÇÃO DO LAYOUT O planejamento e o projeto de implantação deverão ser realizados pelo operador, respeitadas as condições peculiares da atividade que evolvem os princípios da arquitetura especializada em salas de cinema, bem como a adoção das melhores práticas nas aéreas de acústica, som, qualidade de projeção, plano preventivo de acidentes, equipamentos de proteção e todos os itens necessários a serem incorporados no planejamento técnico.

3.2.3. MONTAGEM DAS SALAS E ESPAÇOS CORRELATOS Correrão sob a responsabilidade da permissionária a articulação empresarial dos diversos fornecedores, a medição das etapas de implantação, a coordenação de tempo e o desenvolvimento da execução relativo à instalação dos equipamentos, revestimento, mobiliário e todas as partes necessárias para o perfeito funcionamento do complexo de salas de cinema do CINECARIOCA MÉIER.

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3.2.4. AÇÕES DE PROJEÇÃO A permissionária deverá manter equipe técnica habilitada, experiente e treinada a fim de evitar falhas que coloquem em risco a qualidade da imagem e do som e seus ajustes. A transmissão do audiovisual deverá ser ininterrupta e com a preservação da máxima qualidade. As falhas operacionais serão objeto, progressivamente, de registro, advertência, multa e encerramento da permissão de uso. 3.2.5. PREVENÇÃO A permissionária deverá zelar pela prevenção de agravos físicos, patrimoniais e operacionais adotando medidas que previnam danos a terceiros, à integridade física das pessoas, perda ou interrupção do serviço. A permissionária deverá elaborar e adotar plano de prevenção de acidentes, plano de contingência operacional, manual de manuseio e preservação e seguro total com cobertura para danos a terceiros, incluindo adicionalmente incêndio, furto, roubo, vandalismo e fatos da natureza.

3.2.5.1. PREVENÇÃO DE ACIDENTES A prevenção de acidentes deverá estar pautada nas normas trabalhistas, no Código de Incêndio, nas ações preventivas decorrentes da matriz específica do negócio. 3.2.5.2. PREVENÇÃO PATRIMONIAL A permissionária deverá manter às suas expensas todos os itens listados no certame, que lhe foram confiados para uso, guarda, preservação, manutenção preventiva e corretiva e reposição quando necessário. Estará incumbida de manter o gerador e ar condicionado, cujas normas e acesso serão disciplinados pelas regras condominiais. 3.2.5.3. PREVENÇÃO OPERACIONAL É função da permissionária elaborar um plano de contingência para contornar todas as possíveis externalidades, tais como falta de energia, defeitos em aparelhos de som e imagem, não recebimento de uma cópia de filme, danos à cópia de filme, substituição imediata de equipamentos.

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Apresentar solução para contornar faltas inesperadas, afastamentos, greve de funcionários, greve de transporte público que afete a chegada de funcionários ao local de trabalho. A permissionária deverá planejar a substituição imediata de funcionários de forma que não haja interrupção ou perda da qualidade do serviço, assim como capacitar as equipes de atendimento na bilheteria, bonbonnière, controle de acessos, equipe técnica, de limpeza, equipe de segurança para manterem conduta de excelência no atendimento ao cliente. O treinamento também deve ser frequente acerca do manuseio dos equipamentos e soluções técnicas específicas. A fim de evitar tumulto e desconforto o controle de fluxo de pessoas deverá considerar a não-interferência nas outras atividades do Centro Cultural João Nogueira. O planejamento deverá levar em consideração toda a programação de todo o Centro Cultural a fim de evitar filas nas bilheterias e locais de venda de comestíveis, proporcionando alternância de demanda e conforto no atendimento em geral. Consequentemente, a estratégia deverá desencontrar horários de entrada e saída, calculando-se o tempo de permanência médio das pessoas nas áreas de convivência, o tempo do filme, o tempo necessário para utilizarem a bonbonnière. Situações externas e alheias à vontade deverão estar previstas e não serão objeto de justificativa para a interrupção, perda da qualidade ou falha do serviço.

3.2.6. SEGURANÇA Todos os equipamentos de segurança necessários, ainda que não estejam previstos expressamente no Edital, deverão ser objeto de aquisição a fim de que seja garantido o cumprimento legal e as normas técnicas em vigor. Além da aquisição, espera-se instalação, teste, manutenção regular e reposição. O complexo de salas de cinema deverá contar com postos de segurança próprio em todo o horário de funcionamento, mas, em especial, nos horários em que não houver funcionamento de outras atividades no CCJN. As áreas internas do cinema, gerência, salas de projeção deverão ter câmeras de segurança, com registro de gravação. A contratação e a manutenção durante o período de desempenho da atividade correrão por conta da permissionária.

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A brigada de incêndio para cinema e todos os equipamentos obrigatórios deverão ser implantados conforme Instrução Técnica e NBR´s vigentes. 3.2.7. MANUTENÇÃO A manutenção predial, no que diz respeito à parte estruturante, será custeada pelo gestor principal do espaço, a Secretaria Municipal de Cultura. A permissionária assumirá a manutenção preventiva e corretiva da metragem quadrada assumida, para revestimento, mobiliário, equipamentos, gerador, ar condicionado e todos os itens listados no edital. 3.2.8. LIMPEZA A limpeza deverá ser dimensionada para atender as salas, bonbonnière, áreas de circulação, foyer do 2º andar e ter equipe de apoio para apoiar os serviços de limpeza dos sanitários nos momento de maior fluxo. A limpeza do sistema de ar condicionado deverá ser realizada pela permissionária, mantendo controle e relatórios da qualidade do ar. 3.2.9. AQUISIÇÃO DE BENS E INSUMOS A aquisição de bens deverá respeitar o cronograma de implantação. Os insumos de consumo deverão fazer parte da rotina operacional da permissionária, sendo que as regras de circulação de mercadorias deverão seguir as definições de regras condominiais. Através de um controle eficaz de estoque não deverão faltar insumos para a venda de comestíveis, mantendo-se os itens dentro da validade e acondicionados de forma higiênica e aprovada pela Vigilância Sanitária. Os insumos para suprir as impressoras de ingressos também fazem parte das obrigações da permissionária. 3.2.10. DIVULGAÇÃO Correrá à conta de recursos próprios da permissionária todo esforço e desembolso relativo às medias de divulgação da programação todas as vezes que ocorrer mudança. Essas medidas podem ser gratuitas ou onerosas, incorporar produção gráfica, impressa ou virtual. A divulgação interna deverá obedecer aos critérios da Comunicação Visual (Anexo 4) aprovada e correrá por conta da permissionária.

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3.2.11. PROGRAMAÇÃO VISUAL A programação visual deverá obedecer ao projeto em anexo (Anexo 4). Qualquer modificação ou identificação de nova necessidade será submetida à prévia autorização da RioFilme em conjunto com a Administração do CCJN. 3.2.12. DEVOLUÇÃO DOS EQUIPAMENTOS Finda a permissão de uso, todos os bens e equipamentos utilizados para a implantação e operação das salas de cinema e da bonbonnière reverterão ao patrimônio da RioFilme, devendo ser devidamente inventariados juntamente com suas Notas Fiscais, com relatório descritivo e fotográfico. Todos os bens e equipamentos mencionados acima deverão estar em perfeito estado de funcionamento. Após a entrega e aceite dos mesmos pela RioFilme, será entregue à Permissionária um Termo de aceite destes objetos, junto com uma quitação.

4. EXPERIÊNCIA TÉCNICA O sucesso da operação depende de experiência no ramo. Estar operante no mercado comprova a capacidade de articulação com as grandes empresas do mercado nacional e internacional de distribuição, sem a qual a programação poderá se estabelecer fora do circuito dos grandes lançamentos. É indissociável a aplicação do conhecimento técnico e domínio administrativo voltado para as circunstâncias peculiares do negócio. A necessidade de comprovação da capacidade técnica e experiência na atividade é um parâmetro que assegura que a permissionária terá condições de avaliar seu risco, seu custo e elaborar o planejamento da atividade de forma que não se veja frustrado. É importante considerar que para garantir o conforto, a ordem e a segurança das pessoas há de se definir uma complexa estratégia de programação que leve em consideração a simultaneidade das 03 (três) salas com todas as demais programações do CCJN. O maior número de salas em atividade simultânea gera complexidade na programação da grade para associar os interesses comerciais com a minutagem de cada filme e, em especial, obtendo um perfeito controle de fluxo de pessoas, redução de filas, provimento de comestíveis, limpeza e segurança. O operador experiente tem acesso aos filmes na primeira semana de lançamento, tem histórico e domínio das sazonalidades, concatena as escalas

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de funcionários uma vez que a atividade funciona em horário de lazer e todos os dias da semana. A permissionária responderá pelas áreas que são objeto desta permissão no que diz respeito à limpeza, segurança, reposição de insumos gerais, reposição de comestíveis e divulgação, seguros, manutenção preventiva e corretiva de todos os itens que compõe a atividade, inclusive ar condicionado e gerador, totalmente à suas expensas. Considera-se a atividade como continuada, a permissionária deverá manter contratos de manutenção para todos os equipamentos, a fim de evitar a interrupção do serviço. Os itens listados neste projeto básico, relativos à implantação, deverão servir como parâmetro mínimo de qualidade. Caso não haja mais a tecnologia descrita ou não seja encontrado em disponibilidade imediata no mercado de aquisição, a permissionária poderá optar por substituir o equipamento para outro de superior qualidade e mesma funcionalidade. A diferença de preços deverá ser absorvida pelo operador. O recurso de repasse visa a fornecer o local em condições de funcionamento e, em conformidade, com estudo de viabilidade, garantir a sustentabilidade da operação sem acréscimo de recurso público após a inauguração. Se os cinemas auferirem uma taxa de ocupação de aproximadamente 30% (equivalente a R$850.000,00 de renda bruta por semestre, contando com um Preço Médio do Ingresso de R$10,00), a permissionária repassará um percentual de sua receita à RioFilme. Os custos de implantação não admitem taxa de administração e nenhuma cobertura das despesas fixas e variáveis da empresa em suas operações. O prazo de inauguração deverá ser rigorosamente cumprido sob a pena de 20% (vinte por cento) multa, retomada sumária do imóvel e implicações judiciais, cujos honorários e custas serão reembolsados pela permissionária licitada. Não poderão participar empresas com Patrimônio Líquido inferior a 10% do valor estimado, as empresas constituídas e efetivamente operando o complexo de salas do mercado de exibição há menos de 02 (dois) anos completos, nem as empresas que não comprovem operação concomitante, no mesmo local, de, no mínimo, 02 salas de cinema em sistema digital. O número mínimo de sessões diárias será de 04 (quatro) por dia, todos os dias do ano. A RioFilme, dentro do seu de planejamento empresarial, reserva-se o direito de utilizar 01(uma) das salas por 12 (doze) sessões livres ao longo de um ano, a serem agendadas com antecedência mínima de 48h e conciliação de datas e

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horários. Caso haja prorrogação da relação a obrigação também será renovada. As 12 (doze) sessões deverão ser acompanhadas do oferecimento de combo de pipoca fresca com refrigerante gelado, ambos em tamanho médio, a todo o público, no mesmo padrão de qualidade das demais sessões privadas. As sessões reservadas pela RioFilme seguirão o padrão de higiene, segurança, limpeza e manutenção idênticos aos das sessões particulares. Os equipamentos e filmes deverão ser testados com antecedência. As falhas na operação serão penalizadas progressivamente. A permissionária necessita apresentar um plano de contingência a fim de evitar que o serviço sofra interrupção. A permissionária deverá manter apólice de seguro para danos integrais, trabalhistas. 5. JUSTIFICATIVA 5.1 IMPACTO DA IMPLANTAÇÃO DO CINECARIOCA MÉIER PARA A CIDADE O Plano Estratégico da Prefeitura do Rio 2009-2012 observa na cidade o potencial para se tornar o principal polo audiovisual da América Latina e além de fomentar a produção audiovisual, entende-se também a importância de promover a expansão do parque exibidor na cidade. O município do Rio de Janeiro possui uma discrepância relevante quanto à distribuição de salas de cinema em suas distintas regiões conforme pode ser observado no gráfico abaixo.

10.651

20.221

50.520

63.140

Zona sul Barra eJacarepaguá

Zona Norte Zona Oeste

Habitantes por sala

Fonte: IBGE e Filme B

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Apenas 27,2% das salas de cinema da cidade estão situadas na Zona Norte, que concentra 40,7%, da população do município. A comparação dos índices de rendimento populacional consolidado por sala não apenas ratifica a discrepância entre as regiões da cidade, mas também indica uma potencial capacidade de expansão do parque exibidor carioca.

35.577.750 37.284.306

52.109.339

41.768.313

Zona sul Barra e Jacarepaguá Zona Norte Zona Oeste

Massa salarial por sala

Fonte: IBGE e Filme B

Considerando o índice da Zona Sul com referência, por apresentar o menor índice de Rendimento por Sala de R$35.577.750, e levando em consideração o rendimento populacional consolidado das demais regiões, para que todas as regiões da cidade chegassem ao mesmo índice, seria necessário crescimento de 42 salas, distribuídas conforme gráfico a seguir.

Fonte: IBGE e Filme B

Destas 42 salas, 24 (57,1%) seriam situadas na Zona Norte. Entende-se que o rendimento populacional é uma relevante ferramenta de análise para expansão do parque exibidor carioca, mesmo não devendo ser analisada de forma isolada.

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Podemos, portanto concluir que a Zona Norte é a região da cidade que possui a maior demanda reprimida por novas salas de cinema e que a implantação do CINECARIOCA MÉIER pode ajudar a atender.

Cabe também ressaltar que a expansão do circuito exibidor ajudará a colocar o público em contato com as produções realizadas por empresas cariocas, que representam historicamente ao redor de 90% da bilheteria dos filmes nacionais. O impacto da construção das três salas do CINECARIOCA MÉIER na região é nítido, ambos os índices de Habitante por Sala e de Rendimento Populacional Consolidado por sala são reduzidos 5,6%.

Fonte: IBGE e Filme B

Assim, a implantação do CINECARIOCA MÉIER é uma iniciativa de política pública com um significativo potencial de redução das desigualdades de acesso à cultura e ao lazer entre a Zona Norte e o resto da cidade. Por fim, considerando os resultados esperados do CINECARIOCA MÉIER, aproximadamente 170 mil pessoas, por ano, 6,6% da população da Zona Norte, serão atendidas por este novo complexo de cinemas.

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A Rua Dias da Cruz é o principal logradouro do Méier. Há amplo acesso de transporte rodoviário, onde trafegam várias linhas de ônibus municipal e intermunicipal. A Rua Dias da Cruz conta ainda com a estação ferroviária do Méier, com linhas e ramais de interligação para estação dos demais bairros da zona norte, Central do Brasil e metrô. Nas proximidades encontram-se lojas de roupas e eletrodomésticos, bancos, supermercados, academias de ginástica e musculação, clínicas médicas, restaurantes, confeitarias e bares, o Sport Club Mackenzie e o Shopping do Méier. A presença intensa de condução e de varejo é um claro sinal de um fluxo constante de pessoas no ponto do CINECARIOCA MÉIER, possibilitando uma excelente taxa de ocupação do cinema. A implantação do cinema deve também potencializar o crescimento da região por se tornar uma ancora no bairro – vale lembrar que em média 30% do movimento dos shoppings centers no Brasil é de pessoas que vão para frequentar os cinemas.

5.2. INDIVISIBILIDADE DA OPERAÇÃO A exibição cinematográfica é uma atividade empresarial regida pelos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência. O operador dará início ao funcionamento do CINECARIOCA MÉIER em conformidade com a sua organização empresarial. A permissionária obterá o direito de exploração comercial do CINECARIOCA MÉIER a título de permissão de uso do cinema. Tendo em vista a condição precária e transitória da permissão de uso, ou seja, a transferência da operação dos cinemas para um exibidor cinematográfico, revogável a qualquer tempo, não seria factível a exigência ao operador de investimento financeiro próprio na montagem dos cinemas. A precariedade do título importa na possibilidade de remoção do operador, sem a necessidade de indenização, portanto, o operador não poderá ser onerado para o funcionamento dos cinemas. Assim, o CINECARIOCA MÉIER só será possível a partir da prerrogativa à permissionária de liberdade de organização para o desempenho de sua atividade. Logo, caberá à permissionária à escolha dos elementos corpóreos e incorpóreos necessários ao funcionamento dos cinemas e sua expertise no ramo. 5.3. DO APORTE A inviabilidade econômica da operação, considerando a necessidade de investimento privado para implantação do complexo CINECARIOCA MÉIER, e a precariedade inerente à delegação por permissão de uso norteiam as condições para o modelo do processo licitatório.

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Conforme estudo de viabilidade, anexo ao presente processo administrativo (Anexo 5), o CINECARIOCA MÉIER apresenta um potencial de geração de resultado líquido de aproximadamente R$186.000,00 (cento e oitenta e seis mil reais), e considerando um investimento inicial de R$3.000.000,00 (três milhões de reais) apenas seria possível recuperar o investimento em aproximadamente dezesseis anos, período muito superior ao encontrado no mercado atualmente, que não ultrapassa cinco anos e também superior ao período máximo de concessão de aproximadamente oito anos. Logo, não seria economicamente viável o investimento privado neste empreendimento. Associada à questão de inviabilidade econômica a precariedade inerente à delegação por permissão de uso, também é uma característica marcante do processo licitatório e que impede um planejamento de longo prazo por qualquer agente privado. Com o objetivo de fundamentar o valor estimado, a RioFilme realizou junto ao mercado potencialmente fornecedor, levantamento e análise de preços referentes ao somatório da totalidade de itens indicados como necessários à execução do objeto do certame que determinou o valor estimado de R$2.914.140,25 (dois milhões novecentos e quatorze mil e cento quarenta reais e vinte e cinco centavos). 5.4. DO ASPECTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO LOCAL Construído na década de 50 no bairro Méier, o espaço em voga abrigava o antigo Cine Imperator, local simbólico para a cultura carioca. O local possuía capacidade para atender um público de até 2.400 pessoas e logo se tornou o maior cinema da América Latina, funcionando assim durante décadas até que, no ano de 1986, uma queda na frequência nas salas de cinema de rua foi duramente sentida pelo empreendimento, que fechou suas portas. No antigo Cine Imperator eram exibidas as chanchadas da Atlântida Cinematográfica e filmes norte-americanos estrelados por astros como James Dean, Marilyn Monroe e Elvis Presley. O Cinema marcou geração, sendo o ponto de encontro da juventude transviada da época. A calçada em frente ao cine vivia apinhada de lambretas com rapazes e moças se aglomerando no local. Na casa de espetáculos apresentaram-se estrelas internacionais como Shirley MacLaine, Tina Turner, Bob Dylan, Stevie B, Information Society e Beastie Boys. Artistas nacionais também marcaram presença no palco do Imperator: Tom Jobim, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Marisa Monte, Engenheiros do Hawaii Gal Costa, Xuxa, Tim Maia, Lulu Santos, Barão Vermelho, Fafá de Belém, DJs do funk carioca, entre outros.

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5.5. DO PROJETO A iniciativa do Centro Cultural João Nogueira, elaborado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e a Distribuidora de Filmes S/A - RioFilme faz parte de um programa que visa à revitalização da cultura no município. A escolha por este equipamento encontra amparo na sua marca, prestígio e reconhecimento já firmados com a região do Grande Méier e de todo povo carioca. 1 O Centro Cultural, contará com os seguintes espaços de lazer:

- Hall; - Café; - Espaços para exposições culturais; - Sala de espetáculos; - Três salas de cinema; - Bonbonnière; - Terraço Verde; e, - Restaurante.

As plantas seguem como anexo do presente (Anexo 6). 5.6. DA GESTÃO DOS ESPAÇOS Caberá à RioFilme a gestão das 3 (três) salas de cinema, da bonbonnière e dos demais espaços cedidos à empresa. Para isso, necessário se faz a permissão de uso para implantação e operacionalização de exibição e exploração comercial das 3 (três) salas de cinema, acoplando-se a operação de uma bonbonnière e a adequação do espaço físico. A RioFilme possui como principais compromissos o fomento à indústria cinematográfica brasileira e a promoção do acesso das obras audiovisuais a toda população carioca. Exemplo desta vontade é o CINECARIOCA NOVA BRASÍLIA, um projeto elaborado e gerido pela empresa. Sucesso de público, desde sua inauguração em 2010, o espaço contabiliza milhares de espectadores, em oito meses de funcionamento 57,3 mil ingressos foram vendidos, ao preço popular unitário de R$4,00. 1.195 sessões foram exibidas perfazendo um total de ocupação média de 52,6%, percentual este acima da soma média de todos os cinemas do Rio no ano de 2010, que foi de 31%. Suas sessões contam sempre com a exibição de grandes sucessos do cinema

1 http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/paes-e-cabral-iniciam-obras-em-centro-cultural-no-meier-20110208.html. Acesso em 08.03.2012 às 10:01h

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nacional e internacional, levando aos moradores da Comunidade do Alemão, vizinha ao empreendimento, e aos demais visitantes, cultura e lazer.2 Essa experiência faz com que a empresa esteja pronta para assumir uma nova gestão, com vistas ao sucesso e ao cumprimento do objetivo social de fomento à cultura e ao lazer. Para isso, necessário se faz a contratação, através do instituto da permissão de uso, de empresa especializada pertencente ao circuito de exibição, com comprovada expertise em implantação e operacionalização de salas concomitantes de cinemas digitais e seus diversos complementos, para que em conjunto com a RioFilme, possa executar as adequações e serviços necessários às operações de exibição de cinemas e de bonbonnière e serviço de adequação e montagem técnica dos espaços. A operação deverá funcionar pautada na qualificação técnica específica do segmento, sempre sob a supervisão da RioFilme, em regime de exploração comercial por permissão de uso para a operação de exibição de 3 (três) salas de cinema e bonbonnière. Conforme estudo de viabilidade em anexo, considera-se que o manejo sustentável da operação se dá junto à operação de uma bonbonnière, ou seja, a não-inclusão da bonbonnière na permissão de uso implicaria a necessidade de um subsidio mensal para a operação ser viável. Adicionalmente a estas informações, adere-se a justificativa da área técnica exarada no processo administrativo 12/500.021/2012.

6. DO MODELO ADOTADO Considerando-se uma operação sui generis, a RioFilme teve de interpretar qual seria o melhor método de permissão do uso e da operação. O antigo Imperator foi cedido pelo Governo do Estado à Prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura, que por sua vez transmitiu parte do espaço à RioFilme, haja vista sua natureza específica. Assim, por força da cláusula 2ª do Termo de Cessão entre o Governo do Estado e a SMC, que admite a operação direta ou indiretamente, a RioFilme adquiriu parte dessa cessão. Numa relação já triangulada, considerando que há possibilidade de retomada do imóvel antes do prazo final, a permissão de uso, por sua característica de precariedade, que pode ser rescindida a qualquer tempo, tornou-se o melhor instrumento. A seleção se dará em acordo com os preceitos da Lei Federal nº 8.666/93, por Concorrência Pública do tipo Técnica e Preço, cujas normas estarão presentes no Edital regulamentador. O modelo pressupõe a implantação técnica que

2 http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/posts/2011/09/03/a-coluna-de-hoje-403072.asp. Acesso em 08.03.2012 às 14:39h

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viabilizará o acesso do público e a atividade de exibição cinematográfica, preservadas as melhores características de conforto e tecnologia. As premissas de competição são o menor custo – através do maior percentual de desconto sobre o preço estimado –, associado ao maior percentual de participação da RioFilme sobre as receitas e melhor técnica avaliadora da condição de execução da atividade específica considerada no seu grau de complexidade. Com vistas na agilidade, na economia de escala e viabilidade técnica e operacional, a permissão de uso dos espaços destinados à operação de cinema e bonbonnière, selecionados no Centro Cultural João Nogueira, será licitada como um todo indissociável. A viabilidade da operação, sem subsídio mensal ao ingresso, pressupõe que a RioFilme promova o desembolso financeiro para a readequação do referido espaço. O menor tipo global desta licitação se entende como a melhor opção para a Administração, dentre outros fatores, tendo em vista a economia de escala típica, o fomento à política pública desenvolvimentista e cultural e a resultante da racionalização da atividade produtiva e de processos avançados de organização e especialização do trabalho. Considerando que cada operador de cinema dispõe de características próprias de identificação de sua empresa, sem os quais não importariam participar do certame, a Administração traz as características mínimas necessárias para a implantação, sendo certo que o interessado poderá agregar elementos de identificação visual da empresa e seus fornecedores próprios da marca e suas relações contratuais.

7. DA ÁREA A SER OCUPADA A área delimitada para a operação se constitui dos espaços discriminados abaixo e que serão parte do Centro Cultural João Nogueira sob a tutela da Distribuidora de Filmes S/A - RioFilme através de Termo Formal de Cessão a ser firmado com vencedor do certame, que se dará mediante licitação na modalidade Concorrência, com fulcro no §3º do art. 23 e §1º do art. 22, ambos da Lei Federal 8.666/93. São os espaços:

- 3 (três) salas de cinema que somam 390 lugares; - 1 (uma) bonbonnière; - foyer do cinema; - parte do foyer térreo (onde se localizarão as bilheterias e os totens); - gerência do cinema; - depósito da bonbonnière; - espaços de circulação da bonbonnière e cinemas.

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A área delimitada para a operação se constitui na metragem interna do Centro Cultural João Nogueira, nas medidas abaixo descritas: 2º PISO:

Área útil - descontando áreas demarcadas em projeto para colocação de parede em gesso cartonado com tratamento acústico: Sala 1 - 202,39 m² - com 6 degraus de arquibancada e rampa de acesso com inclinação de 6,27%; Sala 2 - 136,72 m² - com 5 degraus de arquibancada e rampa de acesso com inclinação de 8,16%; Sala 3 - 136,72 m² - com 5 degraus de arquibancada e rampa de acesso com inclinação de 8,16%; Circulação de saída das salas do cinema - 44,43 m².

BONBONNIÈRE E CIRCULAÇÕES COMUNS - 2º PISO:

Bonbonnière = 8,82m x 2,80m = 24,69m²; Foyer da bonbonnière = 8,82m x 8,69m = 76,61m²; Circulação bonbonnière - 122,34m2; Circulação de saída dos cinemas - 78,85 m2.

3º PISO:

Área útil - descontando áreas demarcadas em projeto para colocação de parede em gesso cartonado com tratamento acústico. Sala 1 - 62,43 m² - com 6 degraus de arquibancada; Sala 2 - 55,17 m² - com 6 degraus de arquibancada; Sala 3 - 55,17 m² - com 6 degraus de arquibancada; PS.: Correspondente ao espaço aéreo das salas de cinema. Área TOTAL das 3 salas de cinema e circulação sem descontos de divisórias é 705.75 m².

ÁREAS ADICIONAIS:

Bilheteria dos cinemas - 8,06m²; Gerência dos cinemas - 6,30M² (próximo à bilheteria); PS.: Nas áreas comuns serão autorizados espaços para totens eletrônicos e instalação de televisores e/ou painéis eletrônicos.

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8. VALOR ESTIMADO Em razão de sua especialidade, os itens cotados não encontram parâmetros nas tabelas oficiais disponíveis. A pesquisa de preços realizada junto à fornecedores, em face das peculiaridades dos equipamentos apresentou o valor estimado de R$2.914.140,25 (dois milhões novecentos e quatorze mil e cento quarenta reais e vinte e cinco centavos). Com o objetivo de fundamentar o valor estimado, a RioFilme realizou junto ao mercado potencialmente fornecedor, levantamento e análise de preços referentes ao somatório da totalidade de itens indicados como necessários à execução do objeto do certame. Tal pesquisa teve como objetivos embasar a análise da economicidade da contratação (custo/benefício), indicar a alocação orçamentária, demostrar a razoabilidade e fixação do preço máximo, determinar o valor da garantia e do patrimônio líquido para fins de habilitação dos concorrentes e por fim, determinar, na fase de julgamento, a aceitabilidade de preços em razão da compatibilidade com os preços praticados no mercado e a eventual inexequibilidade de preço. Para obtenção de propostas comerciais detalhadas, incluindo o valor unitário dos itens, a RioFilme solicitou oficialmente a 6 (seis) empresas que desenvolvem a implantação e operacionalização de cinemas, com expertise reconhecida no mercado nacional e internacional. Das 3 (três) empresas que atenderam a solicitação e apresentaram suas propostas, foi considerado o orçamento de menor valor para determinar o valor estimado. 9. PROPOSTA COMERCIAL Os candidatos deverão apresentar proposta comercial com: Proposta de valor para o custo de implantação global do projeto;

a) Preço unitário de cada um dos itens listados no Edital; b) Proposta de participação da RioFilme na Receita Bruta de Bilheteria que

exceder o Valor de Referência Semestral; c) Percentual de desconto, com duas casas decimais, oferecido em relação

ao Valor Estimado, a ser calculado da seguinte forma:

Percentual de Desconto= 1 – (Proposta de Valor) / (Valor Estimado)

A Proposta de Valor deverá ser apresentada em moeda corrente nacional, sendo este preço fixo e irreajustável, devendo estar inclusos todos os custos relativos a tributos, embalagem, montagem, instalação, mão de obra, encargos,

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dissídios coletivos, insumos, taxas, transporte e entrega no local de destino e todas as demais despesas diretas e indiretas. O Percentual de Desconto deverá ser superior à zero. Caso o TERMO seja objeto de um eventual aditivo ou correção, deverá ser aplicado o mesmo Percentual de Desconto sobre o novo valor de repasse quando este se constituir em recurso de recuperação, modificação física, modificação tecnológica, reforma ou implantação.

10. RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS Os recursos necessários à execução da permissão de uso ora licitados correrão à conta da seguinte dotação orçamentária: PROGRAMA DE TRABALHO: 3051.1339200624.636 - Ampliação do Acesso da População à Produção Audiovisual. NATUREZA DA DESPEZA: 339039 CÓDIGO DE DESPESA: 257010.0001-15 FONTE DE RECURSO: 100

11. DA VISITA TÉCNICA A vista técnica é condição de habilitação, sem a qual a interessada não poderá participar do certame. A visita técnica se presta a formar a visão da atividade, das necessidades operacionais e o preço, serão desclassificadas as licitantes que não agendarem ou comparecerem à visita técnica. Deverá ser realizado por profissional experiente e apresentado formalmente por carta da empresa como o representante na visita técnica. O representante da empresa deverá ter poderes de decisão na empresa, que tenha condição de planejar custos, prever necessidades, detalhar as aquisições e os custos da implantação. As visitas técnicas acontecerão no Centro Cultural João Nogueira, Rua Dias da Cruz, 170, Méier, Rio de Janeiro - RJ, conforme condições estipuladas no Edital.

12. GESTÃO OPERACIONAL Na qualidade de agente exibidor, fica resguardada à RioFilme a fiscalização operacional do cumprimento da obrigação, controle de conteúdo e programação.

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A permissionária fica sujeita à fiscalização externa municipal, estadual e federal. O custo de aquisição e logística oriundo da distribuição correrá, exclusivamente, por conta da permissionária.

13. O PROCESSO DE SELEÇÃO Cada proposta será avaliada mediante a combinação de uma nota técnica (NT), e de uma nota de preço (NP), e a nota final de cada proposta será calculada mediante aplicação da seguinte fórmula: NOTA FINAL = 30% X NT + 70% X NP Será declarada vencedora a proposta que apresentar a nota final mais elevada. Para a apuração da nota técnica (NT) e da nota de preço (NP), serão usadas as seguintes notas:

Nota C Pontuação

Nota 1 Experiência em administração de complexo de salas de cinema de no mínimo 3 salas, abertas e em funcionamento há mais de 2 anos, com cobrança de ingresso.

Não comprovou: 0 ponto

Comprovou: 10 pontos

Nota 2 Comprovação da capacidade de obter cópias de lançamentos na primeira semana de exploração no Brasil (vide item 11.3): 10 pontos.

Menos de 2 cartas: 0 pontos

2 ou 3 cartas: 4 pontos

4 cartas ou mais: 10 pontos

Nota 3 Percentual de desconto. 1 ponto a cada por cento de percentual de desconto oferecido.

Nota 4 Percentual de participação na receita bruta de bilheteria que exceder o valor de referência semestral.

1 ponto para cada ponto percentual oferecido.

As notas técnica e de preço serão calculadas das seguintes formas: NOTA TÉCNICA (NT) = Nota 1 + Nota 2 NOTA DE PREÇO (NP) = 80 % X Nota 3 + 20% X Nota 4

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Para apuração da Nota 1, será considerada declaração do proponente, cuja veracidade poderá ser apurada pelos membros da CEL via consulta a terceiras fontes, como a ANCINE e/ou o FilmeB. É importante observar nos critérios técnicos de avaliação a capacidade do operador na gestão de um complexo de cinema com número de salas similar ao CINECARIOCA MÉIER. Para apuração da Nota 2, a capacidade de obter cópias de lançamentos da primeira semana de exploração deverá ser comprovada mediante entrega de cartas de distribuidoras se dispondo a tal, entre as seguintes empresas: Fox Film do Brasil, Paramount, Warner Bros, Disney / Buena Vista, Sony Pictures, Paris Filmes, Imagem Filmes; Downtown Filmes, Playarte. A solicitação de cartas das maiores empresas distribuidoras do país, garante ao CINECARIOCA MÉIER a oferta variada dos principais filmes em cartaz no circuito nacional. As empresas relacionadas representam quase que a totalidade do faturamento do mercado brasileiro de distribuição, de acordo com a empresa Filme B, especializada em dados do setor cinematográfico brasileiro. Para apuração das Nota 3 e 4, serão considerados os valores informados pelo candidatos na Proposta Comercial, seno que o Percentual de Desconto será calculado da seguinte forma:

Por valor de referência semestral, entende-se o valor de R$850.000, (oitocentos e cinquenta mil reais), corrigido semestralmente através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a contar de 30 de setembro de 2012 ou da inauguração dos cinemas, o que ocorrer primeiro. Por renda bruta de bilheteria, entende-se todos e quaisquer valores recebidos pela permissionária do CINECARIOCA MÉIER oriundos da venda de ingressos, sem dedução de qualquer tipo. 14. A OPERAÇÃO DO CINECARIOCA MÉIER

14.1. A PROGRAMAÇÃO A programação deverá contemplar a diversidade dos públicos e da produção cinematográfica, incluindo filmes nacionais e filmes dirigidos ao público jovem e/ou infantil e deverá atender as restrições à faixa etária e horários de exibição.

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14.2. HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO A permissionária deverá realizar, no mínimo, 4 (quatro) sessões diárias em cada sala de cinema, sujeitando-se ao horário de funcionamento obrigatório de: - Cinemas: todos os dias do ano, com a primeira sessão iniciando no mínimo às 14.00h e a última sessão iniciando até às 23.59h; A critério da permissionária, em função de atividades extras, o horário

poderá sofrer alterações, desde que não comprometam a cota mínima de sessões estipuladas no item superior;

Deverão ser disponibilizadas para uso da RioFilme 12 (doze) sessões anuais, com a oferta de combo médio (pipoca e refrigerante;

Bonbonnière: horário mínimo de funcionamento das 14.00h até o início da última sessão de cinema.

Mediante proposta de alteração dos horários ou funcionamento em horários especiais a RioFilme, após análise, poderá ou não rever os novos horários de funcionamento proposto. 14.3 O PREÇO MÉDIO DO INGRESSO A Rede CINECARIOCA tem como atributo o acesso da população ao cinema de alta tecnologia por preço razoável que atenda a demanda da coletividade local, sem incorrer em concorrência desleal. O Preço Médio do Ingresso (PMI) para as sessões do CINECARIOCA MÉIER não poderá ultrapassar o Preço Médio do Ingresso de referência no valor de R$10,00 (dez reais) corrigido semestralmente através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cada semestre, caso seja observado um PMI no período superior ao PMI de referência vigente, a permissionária deverá efetuar, além da participação descrita no item 14.4, um pagamento à RioFilme do seguinte valor: Valor a pagar = ((PMI apurado no semestre – PMI de Referência) x número de ingressos vendidos no semestre) x 40% (quarenta por cento). 14.4. PARTICIPAÇÃO DA RIOFILME NAS RECEITAS O operador, em contrapartida à permissão de uso e exploração comercial da atividade de exibição no CINECARIOCA MÉIER, a título de remuneração/encargo pagará à RioFilme um valor referente a incidência do percentual indicado para cálculo da Nota de Preço, Nota 4, sobre a receita bruta da bilheteria que exceder o valor de referência.

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O valor de referência tem como premissa o número de assentos (390), o número de sessões (4), a taxa de ocupação de referência (30%) e o Preço Médio dos Ingressos (PMI) (R$10,00). Por Valor de Referência Semestral, entende-se o valor de R$850.000,00 (oitocentos e cinquenta mil reais), corrigido semestralmente através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-E), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a contar de 30 de setembro de 2012 ou da inauguração dos cinemas, o que ocorrer primeiro. 15. PRAZOS

O prazo de execução da permissão de uso será de 5 (cinco) anos, a partir da assinatura do TERMO, podendo ser prorrogada por igual ou menor período, se não for realizado novo certame, conforme conveniência e oportunidade da RioFilme.

A permissionária terá o prazo de 80 (oitenta) dias corridos, impreterível e improrrogável, a contar da assinatura do TERMO, para a inauguração dos cinemas e bonbonnière; sob pena de multa. 16. VALIDADE DAS PROPOSTAS: O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias a contar da data da realização da CONCORRÊNCIA. Na hipótese da não-assinatura do TERMO com a empresa vencedora ou com outra, na ordem de classificação, no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data da entrega das propostas, as licitantes ficarão liberadas de quaisquer compromissos assumidos. 17. OBRIGAÇÕES DA PERMITENTE Constituem-se obrigações da permitente: 1. Entregar a área especificada neste projeto básico desimpedida para início

das atividades da permissionária; 2. Fornecer à permissionária, sem custo, água e energia elétrica necessárias

ao bom funcionamento das salas de cinema e da bonbonnière, nas áreas referentes à permissão de uso;

3. Exercer, através da comissão, fiscalização sobre os serviços objeto da permissão e o cumprimento de todos os itens estabelecidos no TERMO;

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4. Exigir a apresentação das carteiras de trabalho dos funcionários de acordo

com a legislação em vigor e outras documentações trabalhistas, a qualquer momento, bem como o uso obrigatório de uniforme estabelecido para o serviço ou o uso de crachá de identificação;

5. Exigir da permissionária a correção na execução dos serviços com base nos preceitos da qualidade e presteza;

6. Notificar, por escrito, a permissionária, por quaisquer irregularidades constatadas na execução do TERMO, solicitando providências para regularização das mesmas;

7. Manter arquivado, junto ao TERMO, toda correspondência trocada entre as partes;

8. Manter firme e valiosa a permissão, desde que mantida as condições do TERMO.

18. OBRIGAÇÕES DA PERMISSIONÁRIA Constituem-se obrigações da permissionária: 1. Iniciar as atividades na área de permissão tão logo termine as adequações

físicas necessárias, em um prazo máximo de 10 dias úteis a contar da data de assinatura do TERMO;

2. Responsabilizar-se pelas adequações necessárias ao bom e regular funcionamento das atividades da área de permissão e demais meios indispensáveis e necessários às atividades fins;

3. Implementar a área de permissão, quando do início das atividades, com mobiliário confortável, bem como de adequada distribuição e organização do mesmo de forma a permitir o livre acesso dos usuários, inclusive dos portadores de necessidade especiais;

4. Fornecer todos os equipamentos operacionais, insumos, utensílios e materiais diversos a serem utilizados na área de permissão, bem como a limpeza e manutenção preventiva e corretiva dos mesmos e de toda área física sob sua responsabilidade;

5. Identificar todos os equipamentos adquiridos para a implantação e operacionalização dos cinemas e bonbonnière;

6. Indicar um preposto responsável para responder pelo funcionamento dos cinemas e bonbonnière;

7. Registrar todos os funcionários que irão trabalhar na área permitida, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária;

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8. Manter os seguros de responsabilidade e de acidentes pessoais,

compatíveis com suas responsabilidades para com a Permitente, os usuários e para com terceiros;

9. Fornecer os equipamentos de proteção individual - EPI destinados ao uso por funcionários;

10. Obrigatoriedade de apresentar o cartão de saúde de todos os funcionários; 11. Responder por todos os danos e prejuízos causados ao patrimônio da

Permitente e de terceiros; 12. Arcar com despesas médicas, em virtude de distúrbio alimentar,

comprovados por exames médicos e laboratoriais, causados em usuários que, comprovadamente, tenham-se alimentado com itens da bonbonnière;

13. Colocar número de funcionários suficientes ao bom atendimento aos usuários, com capacidade de atender sem interrupções, observando criteriosamente as condições de limpeza e higiene pessoal;

14. Fazer a manutenção interna da área de permissão nas instalações elétricas, hidráulicas, telefônica, exaustão, lógica e outras.

15. Fazer a manutenção de limpeza utilizando os produtos químicos adequados recomendados pela ANVISA, garantindo a excelência na qualidade dos mesmos;

16. Dar a destinação final ao lixo de acordo com as normas da ANVISA; 17. Executar os serviços de desinsetização e desratização na periodicidade

recomendada pela ANVISA, mantendo afixado em local visível ao público a folha de controle;

18. Informar a permitente, por escrito, da relação de máquinas e equipamentos de sua propriedade que serão utilizados na permissão de uso, bem como as suas potências e consumo de energia. Na substituição de algum equipamento por outro de maior potência deve também ser informado a permitente;

19. Manter treinamento de pessoal na busca de permanente qualidade na prestação do serviço, adotando os padrões de boa prática na preparação e fabricação;

20. Manter os funcionários devidamente uniformizados e com identificação por crachá;

21. Observar, rigorosamente, a legislação sanitária e legislação do código de postura do município;

22. Oferecer aos usuários produtos e serviços de boa qualidade, bem como manter o atendimento condizente com a demanda, observando o número de funcionários compatível com o atendimento;

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23. Manter afixado em quadro e em local visível ao público o alvará de

funcionamento; 24. Nos itens e produtos da bonbonnière, que for possível, afixar seus

respectivos preços, bem como manter a tabela de preços em local visível; 25. Facilitar à permitente a fiscalização e inspeção da área física e da

documentação probatória de regularização fiscal, sanitária, tributária, previdenciária, securitária e trabalhista;

26. Manter durante a execução do TERMO, em compatibilidade com as obrigações assumidas, todas as condições de qualificação e habilitação;

27. Responder pelas obrigações trabalhistas, previdenciária e securitária relativa aos seus funcionários utilizados na execução das atividades;

28. Atender pedido, feito pela permitente, de fechamento das atividades comerciais durante períodos determinados, visando atender a conveniência de ordem administrativa da permitente;

29. Acatar as normas e determinações constantes do Regimento Interno do CCJN, bem como as deliberações de assembleias condominiais;

30. Fornecer na bonbonnière somente produtos de primeira qualidade; 31. Fica permitida na bonbonnière a comercialização dos seguintes alimentos:

pipoca salgada, pipoca doce, refrigerantes, chás, água, sucos, água de coco (natural e caixa), achocolatados, bebidas lácteas, sorvetes, doces diversos, cachorro quente, pão de queijo;

32. Fixar em lugar visível a tabela dos preços estipulados assim como o Código de Defesa do Consumidor e outros documentos exigidos por lei que porventura não estejam citados neste projeto básico;

33. Manter a bonbonnière em condições higiênicas adequadas, bem como proceder à limpeza das adjacências da mesma, cumprindo as normas da ANVISA;

34. Manter o funcionamento da bonbonnière em horários compatíveis com o funcionamento dos cinemas e do CCJN;

35. Restituir, ao final do TERMO, todas as instalações sob sua responsabilidade, em perfeito estado de conservação;

36. Atender as exigências fiscais que incidam sobre a sua atividade comercial; 37. A permitente não se responsabiliza por qualquer dano, roubo ou prejuízo

que eventualmente venha a ocorrer nas instalações do CINECARIOCA MÉIER e nem pelo pagamento de contas de fornecedores ou de consumidores, e nem pelos encargos decorrentes de contratações;

38. A bonbonnière, para funcionamento, deverá obter Auto de Licença e Funcionamento e demais documentos que se tornem necessários, expedido pelo Órgão responsável pela Vigilância Sanitária ou a quem esta designar;

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39. Observar as condições de higiene e saneamento da bonbonnière, assim

como fiscalizar as condições de armazenamento e exposição de alimentos fornecidos e as condições e itens de segurança (água, eletricidade, ventilação, aparelhos elétrico-eletrônicos e outros);

40. A permissionária poderá fazer alterações ou modificações que se fizerem necessárias para melhor adequar o espaço da área no atendimento aos usuários, desde que, apresente o(s) Projeto(s) Técnico: arquitetônico, de interiores, elétrico e estrutural, para análise e aprovação da permitente. As despesas decorrentes ocorrerão por conta da permissionária;

41. Toda manutenção e/ou reparo nas instalações físicas será de responsabilidade da permissionária. Nos serviços deverão ser mantidos os mesmos padrões de materiais e acabamentos assim como a excelência de produtos a serem utilizados;

42. Fazer e custear a as manutenções decorrentes do tempo de uso ou de fatores externos;

43. Prestar contas, conforme art. 70 da CFRB/88; 44. Promover divulgação e publicidade exclusivamente às suas expensas, ou

de patrocinadores; 45. Toda a divulgação dos cinemas deverá conter a indicação como REDE

CINECARIOCA MÉIER, com sua respectiva marca, o logotipo da RioFilme, o logotipo da Prefeitura do Rio, obedecendo as normas de aplicação e aprovação de cada uma delas (Anexo II);

46. Todo material de divulgação deverá obter aprovação prévia da permitente; 47. A permissionária deverá renovar a divulgação sempre que mudar a

programação, com reposição de cartazes, divulgação da programação nas mídias usuais, arcando com seu custo;

48. Instalar, manter em funcionamento e gerar conteúdo para painéis de televisão do tipo LED;

49. Gerar papel do ingresso com alta qualidade contendo obrigatoriamente as marcas do CINECARIOCA MÉIER e da RioFilme;

50. Custear o fornecimento e de reposição da impressora e insumos para impressão ou informática;

51. Preservar todos os direitos especiais assegurados na legislação atual e futura, contemplando concessão de meia-entrada, benefícios para idosos, portadores de necessidades especiais, estudantes etc. A acessibilidade deverá ser planejada, implantada e mantida ao longo da atividade;

52. Enviar à RioFilme relatórios consolidados referentes à Receita Bruta de Bilheteria do complexo CINECARIOCA MÉIER, discriminando a renda bruta auferida e o número de ingressos vendidos por cada filme exibido nas periodicidades descritas a seguir:

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a) Semanalmente, toda terça-feira, referente à semana anterior finda no domingo; e

b) Semestralmente, em até 10 (dez) dias após o fim dos semestres findos em 31 de março e 30 de setembro;

19. VEDAÇÕES Fica vedado à permissionária: a) A comercialização de bebida alcoólica, tabaco, medicamentos ou produtos

químico-farmacêuticos, assim como outros itens que não autorizados no presente Projeto;

b) Praticar, no âmbito do estabelecimento, jogos de azar e atos contrários ao bom costume, à moral e à ordem pública;

c) Encarregar-se da venda de artigos pertencentes a terceiros; d) A cocção, exceto dos alimentos autorizados para comercialização neste

projeto básico (item 17. 31); e) A concorrência desleal, cartelização ou preços acima dos de mercado, em

matéria de preço entre os concernentes internos sobre os itens comestíveis; e,

f) A transferência do uso para outro operador ou subcontratado sem a anuência da RioFilme.

20. CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO O desembolso será realizado em 03 parcelas. A primeira parcela (50% do valor do aporte) será paga em até 10 (dez) dias úteis a partir da data de assinatura do Termo de Permissão, a segunda parcela (40% do valor do aporte) será paga em até em 10 (dez) dias úteis após a aprovação da prestação de contas relativa aos recursos da primeira parcela, e a terceira parcela (10% do valor do aporte) será quitada até em 10 (dez) dias úteis após a aprovação da prestação de contas relativa ao total dos recursos de implantação.

21. CONSIDERAÇÕES FINAIS O CINECARIOCA MÉIER integra ação da Prefeitura do Rio, através da RioFilme, na consolidação do Rio como a capital do audiovisual na América Latina. Tal ação tem como paradigma a articulação entre o setor público e privado para uma gestão por resultado e eficiência do Cinema. Conforme demonstrado o CINECARIOCA MÉIER só tem viabilidade quer seja do ponto

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de vista financeiro, quer seja do ponto de vista da transitoriedade na permissão de uso, que em última análise engloba o aspecto financeiro, a partir do investimento de recurso do Poder Público para a montagem do Cinema. Destarte, de todo o exposto, a RioFilme se compraz em promover o funcionamento de um equipamento cultural como o CINECARIOCA MÉIER, com um olhar sobre o acesso da população ao cinema e sua qualidade operacional. Os procedimentos e dúvidas suscitadas terão como diretriz o disposto na Lei Federal n° 8.666/93. A presente contratação extingue-se com a execução do serviço.

Rio de Janeiro, 09 de abril de 2012. Elaborado por: Aprovado por:

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ANEXOS PROJETO BÁSICO

Índice

I. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

II. MARCAS

III. LAUDO DE ACÚSTICA

IV. COMUNICAÇÃO VISUAL

V. ESTUDO DE VIABILIDADE

VI. PLANTAS E DETALHAMENTOS CENTRO CULTURAL JOÃO NOGUEIRA

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