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II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201218
Parte II
Elementos básicos do microscópio
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201219
Plano focal
Objeto
Lente Objetiva
Primeira imagem
Condensadora
Tela fluorescente
Elementos básicos do microscópio
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201220
Canhões de Elétrons
Termiônico Emissão de campo (FEG)
Além da fonte de elétrons, é importante ter o controle do feixe de elétrons e direcioná-lo no sistema de iluminação do MET.
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201222
Catodo
Wehnelt
Anodo
É possível controlar independentemente o aquecimento do filamento e a polarização do Wehnelt
O Wehnelt atua como uma lente eletrostática.
Termoiônico
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201223
Quando a corrente de emissão do canhão aumenta, a polarização do Wehnelt também aumenta...
Termoiônico
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201224
Como observar a saturação do feixe...
A imagem do filamento também pode ser utilizada para fazer o alinhamento do canhão...
Um filamento de LaB6
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201225
Canhões por Emissão de Campo (FEG)
Anodo: é positivamente carregado (lentamente) por vários kV em relação àponta do filamento. Produz a voltagem de extração (tunelamento)
Anodo: Os elétrons são acelerados e produz o crossover.Controla o tamanho e a posição do feixe (pouco flexível).Acrescentar lentes eletromagnéticas torna o feixe mais controlável e permite maior brilho (β)
Catodo
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201226
5.3B Emissão de Campo (FEG)
Vácuo é extremamente importante
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201228
Se nossos olhos fossem lentes eletromagnéticas nós enxergaríamos assim:
Ao passo que o desejado é:
Lentes eletromagnéticas
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201229
Campo magnético
Indução
Atuam para:
• demagnificar a imagem fonte que incide sobre a amostra;
• aumentam a imagem ou padrão de difração obtidos da amostra para visualização.
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201230
Tipos de lentes
Plano focal
Objeto
Lente Objetiva
Primeira imagem
Condensadora
Lentes projetoras
Tela fluorescente
A objetiva é a lente mais importante, pois ela é a responsável por gerar a imagem e o padrão de difração a serem ampliados pelos outros conjuntos de lentes.
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201231
Tipos de lentes objetivas
Peças polares separadas
é o tipo mais comum, pois podemos fazer a duas partes trabalhem “diferentes”.
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201232
Tipos de lentes objetivas
Tipo “top-entry”
Tipo “snorkel”
Não permite técnicas analiticas
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201233
)( BvEqFrrrr
×+= vFrr
⊥⇒ BFrr
⊥
e v
F e
vF e
v
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201234
Por causa do trajeto dos elétrons durante sua travessia pelo eixo das lentes é preciso definir um plano objeto que servirá de referência para as medidas tomadas. Escolhemos o plano eucêntrico para isso.
Plano eucêntrico: Aquele em que a imagem de sua amostra não se move ao se promover a inclinação da amostra.
Altura eucêntrica
Plano imagem
Plano Eucêntrico
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201235
Aberturas
Buracos circulares feitos em lâminas metálicas, geralmente de Mo ou Pt.
Tem a função de limitar a coleta de raios pelas lentes para:
• Melhorar o contraste;
• Controlar a resolução;
• Controlar o ângulo de coleta;
• Selecionar raios difratados ou regiões
específicas da amostra.
Também podem ser discos individuais.
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201236
Amostra
Plano focal
λλλλ
Plano imagem
Aberturas – exemplo – abertura da condensadora
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201237
Amostra
Plano focal
λλλλ
Plano imagem
Aberturas – exemplo – imagem de campo claro
Plano imagem
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Amostra
Plano focal
λλλλ
Plano imagem
Aberturas – exemplo – imagem de campo escuro
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201239
As limitações existentes em lentes eletromagnéticas que efetivamente alteram o desempenho de um microscópio são:
• Aberração esférica;
• Aberração cromática;
• Astigmatismo
Existem outras limitações, mas de efeito quase desprezível em relação as três acima.
Limitações
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201240
As linhas de campo são mais intensas na região das bordas da lente.
Como conseqüência os elétrons que atravessam a lente pelas bordas sofrem maior desvio do que os que passam pelo meio.
Limitações - Aberração esférica
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201241
Plano focal
λλλλ
Plano imagem
Foi traçado considerando que o campo das lentes é homogêneo ao longo de seu
diametro.
Limitações - Aberração esférica
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201242
λλλλ
Plano focal
Limitações - Aberração esférica
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201243
Lente
Plano de mínima
confusão
Diametro do
disco = 0,5 Csβ 3
Diametro do
disco = 2Csβ 3
Plano imagem gaussiano
Todas as lentes abaixo da objetiva atuarão ampliando os erros causados pela Cs da objetiva.
Os efeitos da aberração esférica (Cs):
Limita o tamanho da imagem fonte formada no “crossover”. (condensadora)
Na objetiva ela corrompe os detalhes que queremos observar
Limitações - Aberração esférica
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201244
r
O raio do disco de intensidades em condições reais édado por:
r = Csβ3
Limitações - Aberração esférica
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201245
A correção éalcançada por divergir os feixes fora do eixo da lente.
Atingida por complexos conjuntos de hexapolos e octopolos elétricos.
Limitações - Aberração esférica - Correção
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201246
Limitações - Aberração cromática
Está relacionada ao fato do feixe (na formação da imagem) não ser monocromático.
λcλ
0,31,53
FEGLaB6W
∆E (eV) a 100 kV
1- Pela distribuiçao inicial gerada no canhão.
3 em 100.000 ~ 0,003%
Correção: Utilização de um monocromador.
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201247
Limitações - Aberração cromática
Plano imagem
gaussiano
Plano de mínima
confusão.
Elétrons sem perda de
energia
Elétrons com perda de
energia
Amostra
A largura da distribuição nesse caso fica entre 15 e 25 eV para amostras com espessura entre 50-100 nm.
Correção:
• Utilização de um filtro de energia ou
• trabalhar com amostras finas.
2 - Ou pela perda de energia dos elétrons ao interagir com amostras grossas.
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201248
Disco de mínima confusão
Limitações - Astigmatismo
Foco horizontal
Foco vertical
Ocorre quando o foco no eixo vertical ocorre em um ponto diferente do eixo horizontal
Causas:
• Distribuição não homogênea de linhas de campo;
• Assimetria das bobinas por problemas de usinagem;
• Sujeira nas aberturas (aberturas não circulares).
Correção:
Aplicação de campo magnético auxiliar gerado por 4, 6 ou 8 bobinas defletoras.
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201249
As limitações existentes em lentes eletromagnéticas que efetivamente alteram o desempenho de um microscópio são:
• Aberração esférica;
• Aberração cromática;
• Astigmatismo
Todas corrigíveis, embora as duas primeiras necessitem de investimento alto ($) para a correção.
Limitações resumo
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201250
Como ver elétrons
Independente de quão trabalhosas e desgastantes são as horas a frente de um microscópio eletrônico de transmissão, o resultado é uma imagem e/ou um padrão de difração.
Essas imagens e padrões de difração são na verdade diferentes distribuições eletrônicas resultantes do fenômenos de espalhamento de elétrons do mesmo objeto.
Precisam ser vistas de alguma maneira!!
Como nossos olhos não são sensíveis a elétrons, precisamos encontrar um jeito de traduzir as distribuições de intensidade eletrônicas em distribuições de luz visível.
Precisamos “ver” elétrons!!
Após visualizadas e, se consideradas interessantes, precisam ser registradas e provavelmente impressas.
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201251
O olho humano não é capaz de “ver” elétrons...embora possa detectá-los (mas não é aconselhável olhar diretamente para um feixe de elétrons!)
Como fazer então para enxergá-los??
A interface entre elétrons e nossos olhos pode ser feita pelo uso de telas fluorescentes e alguns tipos de detectores.
Nessa apresentação discutiremos:
�Telas fluorescentes;
�Detectores de elétrons;
�Em que situação utilizar qual detector;
�Formas de registrar os resultados.
Como ver elétrons
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201252
Como converter a energia do feixe eletrônico em luz visível??
Utilizando o fenômeno de catodoluminescência:
Processo de conversão da energia dos elétrons (raios catódicos) em luz visível (luminescência).
A intensidade da luz é proporcional àintensidade do feixe.
Telas fluorescentes
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201253
O primeiro requerimento de telas para “ver” eletróns é que a luz proveniente delas seja emitida com comprimentos de onda adequados ao olho humano
ZnS – emite luz com λ = 450 nm, mas quando modificado por impurezas emite a 550 nm.
O segundo requerimento - O grão que compõe a tela deve ser menor que 100 µm.
Telas fluorescentes
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201254
A grande causa de danos para as telas são feixes muito intensos,provenientes de amostras finas, que as atingem diretamente.
Dicas para aumentar a vida útil da tela:
� Só use o modo difração com a abertura adequada;
�Só use modo difração com as lentes C2 desfocadas;
Se mesmo assim o “spot” central for muito intenso coloque um “beam stop”enquanto observa o padrão na tela.
Telas fluorescentes
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201255
Além de telas existem alternativas para detecção de elétrons.
�Detectores semicondutores;
�Detectores fotomultiplicadores cintilantes.
A energia do feixe cria pares elétron buracos.
Esses pares são separados por uma tensão reversa externa ou pelo próprio campo da junção.
O feixe incidente cria uma corrente no detector.
Eficiência de conversão líquida de 2X104
para cada 100 k-eV.
Detectores de elétrons
Região de depleção
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201256
Vantagens:
�Fácil fabricação;
�Baratos para reposição;
�Versatilidade de formatos.
Desvantagens :
�Corrente de escuro;
�São danificados pelo feixe eletrônico.
�Ruído intrínseco – redução na “DQE”
“DQE” – Detection quantum efficency =
2
entrada
entrada
saída
saída
R
S
R
S
Detectores semicondutores
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201257
Cintilador – emite luz visível quando atingido por elétrons – catodo luminescência
Uma vez convertido em luz, o sinal éamplificado por um sistema fotomultiplicador
Detectores cintiladores fotomultiplicadores
Material para o cintilador é uma liga de itrío-alumínio dopada com césio (YAG).
Tempo de decaimento de nanosegundos.
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201258
Desvantagens:
�Não são tão robustos como os detectores semicondutores;
�São caros;
�Não são produzidos em formatos tão versáteis como os semicondutores;
�A eficiência de conversão é bem menor do que em semicondutores ~ 4000 fótons para cada 100 keV.
Vantagens:
�Ganho da ordem de 10n, onde n é o número de dynodes;
�A maioria dos modelos comerciais apresenta uma DQE ~0,9;
�O nível de ruído é baixo e tem “largura de faixa” na ordem de MHz.
Detectores cintiladores fotomultiplicadores
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201259
Ao invés de telas fluorescentes, podemos utilizar cameras de TV para visualizar uma imagem de TEM diretamente. As melhores cameras são as CCD.
CCDs são dispositivos que armazenam carga gerada por luz ou feixes eletrônicos.
Milhares ou milhões de pixels eletricamente isolados uns dos outros.
A leitura do arranjo é feita pela mudança do potencial aplicado, fazendo a carga ser transferida em série de um pixel para outro, ao longo de uma linha até um amplificador de saída.
Cameras de TV e Dispositivos de carga acoplados (CCD)
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201260
Vantagens:
�baixo ruído;�DQE > 0,5 mesmo para baixos níveis de sinal de entrada;�Ideais para padrões de difração que se expandem em grandes limites de intensidade.
Desvantagem: O preço!!$$$$$$
O copo de Faraday
Trata-se de um detector que mede a corrente eletrônica total do feixe.
Não é usado para a tomada de imagens, mas para avaliação da performance da fonte de elétrons.
Cameras de TV e Dispositivos de carga acoplados (CCD)
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201261
Qual detector é usado para qual sinal?
Detectores semicondutores – são sensíveis a elétrons com energias maiores que 5 keV � são usados principalmente para altas energias.
Para baixas energias � cintiladores fotomultiplicadores � sistemas que exigem resposta rápida TVs com alta taxa de varredura.
E para registrar as imagens???
Filmes fotográficos ainda são a principal escolha!!!
Existe um compromisso de tamanho de grão com a velocidade do filme. Filmes rápidos tem grãos maiores. Em geral utiliza-se filmes rápidos, para minimização de danos devido ao feixe e borrões.
O tamanho de grão muda de 4 µm para 5 µm � a perda em resolução não significativa. Na prática uma foto de 10 cm X 10 cm tem cerca de 107
pixels.
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201262
Resolução é uma questão mais crítica do que aumento
Resolução X aumento (amplificação)
Não adianta olhar de perto se não é possível ver nada!!
II Encontro da Rede Mineira de Química - UFSJ - Maio de 201263
Como saber a resolução do seu equipamento?
Através da melhor resolução interpretável.
• Resolução de ponto.
� Experimentalmente obtida pelo primeiro anel escuro da transformada de Fourier de uma imagem de uma fina região amorfa no “melhor” foco.