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Passaporte para o conhecimento

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É uma obra voltada para o cotidiano de todos nós, que convivemos com as oscilações de temperatura diariamente.

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Título Original - Passaporte Para o ConhecimentoCopyright © Editora Escala Ltda. 2015

ISBN 85-389-0177-8

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida por quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores e detentores dos direitos.

Av. Profª. Ida Kolb, 551, Jardim das Laranjeiras, São Paulo, CEP 02518-000

Tel.: +55 11 3855-2100 / Fax: +55 11 3857-9643

Venda de livros no atacado: tel.: +55 11 4446-7000 / +55 11 4446-7132

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Impressão e acabamento:

Gráfica Araguaia

José Ribamar

1a edição • Brasil • 2015

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ISBN 85-389-0195-2

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Alessandro GerardiJosé RibamarEdson Augusto Brazão CastroEverton Lobo e Jefferson CoelhoMono 3D

Direção Editorial Autor

RevisãoDiagramação

Ilustração

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Agradecemos a Deus pela perfeita criação do conjunto de condições, leis, influências e infraestrutura de ordem físi-ca, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas: o meio ambiente.

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ISBN 85-389-0195-2

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida por quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores e detentores dos direitos.Av. Profª. Ida Kolb, 551, Jardim das Laranjeiras, São Paulo, CEP 02518-000

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Passaporte para o conhecimento

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Seis meses antes– Borys, interceptamos um SOS pedindo ajuda; queriam um encontro

em 180 dias no Atlântico Sul.

− Pode confirmar, Fia. Adoro missões secretas.

Seis meses depois, em uma manhã ensolarada, a patrulha animal percorreu a foz do rio Amazonas na costa do Atlântico; aqui o maior rio do mundo despeja cerca de 200.000m³ (duzentos mil metros cúbicos) de água doce por segundo no oceano.

Tinga, o jacaré, e Borys, o peixe-boi, varriam a costa brasileira em suas pranchas de surf, enquanto Bing, o boto, por meio de seu sonar de navegação, vasculhava as águas densas e turvas decorrentes do encontro do rio com o oceano.

Nessa época de setembro o estuário do rio Amazonas gera um fenômeno radical que projeta as maiores ondas de água doce do planeta: a pororoca.

Trata-se de uma onda gigante que se forma do atrito entre as correntes do rio e a pressão oceânica e pode chegar a quatro metros.

Pegando carona nessa onda, a patrulha animal consegue se elevar a cinco metros de altura e assim ter uma visão privilegiada do litoral.

O trabalho da equipe é conscientizar tripulantes de transatlânticos, petroleiros, navios porta-contêineres, plataformas petroleiras, navios transportadores de madeiras, minérios e transporte fluvial de passageiros.

Especializada em impacto ambiental, a equipe se reveza em ações voltadas para a preservação da vida, auxiliando tripulantes e passageiros no desenvolvimento de técnicas indispensáveis ao manuseio de dejetos orgânicos, sólidos, químicos e hospitalares embarcados.

As ações da equipe são 100% preventivas; o seu objetivo é evitar o avanço da poluição dos oceanos e dos mananciais, ocasionada pelo despejo de lixo.

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Tinga e Borys avançam em direção a uma embarcação de grande porte que transporta máquinas e equipamentos destinados a indústrias instaladas na Zona Franca de Manaus.

Submerso, o boto percebeu a aproximação de algo muito grande; a princípio, ocorreu-lhe que fosse uma embarcação, mas isso era pouco provável, afinal, o que quer que fosse aquilo, estava emergindo do fundo do oceano para a superfície.

Os integrantes da patrulha animal foram treinados para lidar com o inusitado; o que os motiva é a pura aventura; o perigo os atrai, a adrenalina os mantém alerta.

O maior mamífero que o boto conhecera em sua vida era Borys, o peixe-boi, que estava na superfície com Tinga a dezenas de quilômetros dali; eles nem poderiam se comunicar; um estava imerso na água; e os outros, fora dela.

Afinal o que estava vindo em direção ao nosso boto patrulheiro?

Golfinhos e botos possuem um sistema de navegação extremamente eficiente: eles conseguem detectar pequenos objetos a distâncias significativas. Isso os torna exímios predadores, excelentes caçadores.

Em relação aos humanos o boto possui 35% de visão. Nas águas barrentas do Amazonas, negras ou turvas, locomovendo-se em velocidade cruzeiro de quarenta quilômetros por hora, o animal não enxerga nada.

Quando Bing percebeu um mamífero aproximando-se, ocorreu-lhe uma grande surpresa: como é possível alguém ter 30 metros de tamanho e pesar 110 toneladas?

Baleias são os maiores mamíferos do planeta; suas migrações anuais as levam por todos os mares e oceanos.

O que trouxe uma baleia a essa região?

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Meu nome é Aqua Blue; sou uma baleia azul, igual a você; sou um mamífero, é possível que haja um grau de parentesco entre nós!

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– Olá, botinho. Meu nome é Aqua Blue; sou uma baleia-azul; igual a você, sou um mamífero; É possível que haja um grau de parentesco entre nós. Sei que golfinhos e botos estão entre os mamíferos mais inteligentes de nosso planeta. Venho acompanhando o trabalho da patrulha animal ano após ano.

Estou aqui, porque preciso de ajuda para entender o que está ocorrendo com os oceanos.

Eu os visito todos os anos; tenho observado que eles estão se enchendo; eu conheço as regras da natureza. Todos os rios do planeta correm para os mares, e eles nunca se enchem. A promessa do Nosso Criador é que nunca mais existirá um dilúvio que comprometa a segurança dos seres vivos.

Bing espanta-se:

− Como posso entender o que você diz?

− Nós, as baleias, conseguimos nos comunicar com qualquer mamífero que habite em águas, independentemente de onde ele vive. Se eu fosse humana, seria poliglota: entendo todas as linguagens de nossa espécie.

− É o seguinte: se alguém com esse tamanhão todo, que é 100 vezes maior que o Borys, precisa de mim, é porque eu sou um boto muito importante.

− Como assim! Uma baleia atravessa o mundo para conhecê-lo e depara com uma criatura presunçosa, vaidosa. É assim mesmo, bonitinho? Onde está o cavalheirismo tropical?

− Ah! Minha fama corre longe. Esse é o efeito que causo no sexo oposto; é o peso da lenda sobre as nadadeiras de um boto sedutor, que em noites de lua cheia mexe com a cabeça das mulheres. Sabe como é reprodução da espécie! Essas coisas são profundas.

− Sem essa, bonitinho. Sua lenda está restrita ao universo fluvial, apesar de eu saber que esse é o maior rio do planeta, mas pense no seguinte:

As baleias, por milhares de anos, foram chamadas de sereias, encantadoras de marinheiros, piratas e corsários. E acredite, pequenino: nossos ancestrais tiveram presença relevante na história da humanidade.

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Um dia o Senhor Deus usou uma baleia para compor a salvação da humanidade, daí por diante nos consideramos especiais. Esse é o ponto alto de nossa história, e isso não é uma lenda. Jonas é parte da história entre os humanos e as baleias.

Agora podemos nos entender, botinho sedutor?

− Arrasou! Desse jeito, essa vai ser a maior conquista da vida de um boto. Me conta aí um segredinho: foi sua trisavó que engoliu o Jonas? Eh, eh, eh, eh eh...!

− Engraçadinho.

− Mas me diz aí: com esse tamanhão todo e tanto conhecimento armazenado, para você estar me procurando, é porque eu sou um boto especial, né?

– É verdade; você é o elo de que preciso para me comunicar com sua equipe; preciso que me ajudem a entender o que está ocorrendo com o nosso ecossistema.

Enquanto o boto e a baleia conversavam, Borys percebeu um movimento diferente nas águas. Preocupado com o companheiro, ele submergiu nelas e rapidamente entendeu o que estava acontecendo. Passou a informação a Tinga, e os dois seguiram ao encontro de Bing e de Aqua Blue.

Durante o deslocamento até o ponto de encontro, o experiente inspetor Borys solicitou apoio aéreo; ele temia a presença de caçadores de baleias na região.

Na margem direita do rio Guamá, encontra-se a ensolarada Belém, tradicionalmente comentada pela chuva das quatro horas da tarde.

Le Jaguar, a onça-pintada, Fia, uma primata, e Teté, o uirapuru, estão a 15 milhas do aeroporto Júlio Cezar Ribeiro; eles recebem o chamado de Borys e seguem para a base aérea, onde encontrarão ATAAG Sky Walker, uma aeronave projetada especialmente para a patrulha animal.

Enquanto isso Borys e Tinga se juntam a Bing e Aqua Blue na foz do rio Amazonas, em pleno Atlântico Sul. O grupo decide que precisa esperar a outra parte da equipe para que todos ouçam a explanação da grande baleia-azul.

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Em Belém, Ataag S W , habituado a incontáveis voos por municípios amazônicos, finaliza o embarque do veículo anfíbio que a equipe utilizará. Em fração de minutos o grupo decola em direção à foz do Amazonas, onde os outros membros da equipe aguardam para um briefing.

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Os três paraquedas de sustentação do veículo anfíbio inibem qualquer investida de foras da lei que estejam de olho em Aqua Blue e em nossos patrulheiros.

Após o lançamento da equipe Ataag S W realiza vários voos de reconhecimento e por fim comunica ao grupo que o perímetro está seguro.

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Uma vez reunida, em pleno Oceano Atlântico, no estuário do rio Amazonas, a patrulha animal ouve atentamente a explanação de Aqua Blue.

− Senhores, temos observado nos últimos dois séculos que os oceanos estão sofrendo alterações significativas.

O grupo dos mamíferos aquáticos cobre todos os oceanos; baleias, golfinhos, focas, elefantes-marinhos, orcas e botos trabalham em equipe. Na Antártida temos apoio de um grupo de superfície composto por ursos-polares e por aves diversas.

Os oceanos enfrentam outro problema: as correntes oceânicas estão sofrendo alterações, e isso pode gerar graves consequências para todo o planeta; elas atuam temperando o clima e refrigerando a Terra.

A capacidade de renovação dos oceanos é limitada, no entanto os homens ainda não se deram conta disso.

Nos oceanos, concentra-se uma frota de 100 mil navios cargueiros, transportando tudo o que possamos imaginar: de montanhas a florestas; tudo o que cresce na Terra é transportado em suas águas.

A realidade é a mesma em cinco oceanos e sessenta e um mares: todos estão rumando para a exaustão da produtividade.

A pressão sobre esse ecossistema está cada vez maior, e isso pode estagnar a capacidade de renovação oceânica.

Dejetos despejados em mananciais, rios e mares acabam nos oceanos; a pior de todas as matérias é o plástico; anualmente 6 milhões de quilos dessa matéria são despejados nas águas.

Plásticos não se degradam, mas se fragmentam em micropartículas; ingeridos por pássaros e por peixes, criam um efeito cascata contaminando até os humanos.

Precisamos prover o futuro; sabemos que, na atualidade, a cada segundo, nascem dois seres humanos; muito em breve, serão três; o mundo administrativo precisa produzir cada vez mais.

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O que temos percebido nos oceanos gelados é que as placas de gelo que se formam todos os anos estão

fi cando cada vez menores; o gelo está emergindo; a cada ano ele perde profundidade no oceano fi cando cada

vez mais próximo da superfície; é como se os icebergs estivessem desaparecendo.

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Organizados, poderemos aliviar a pressão sobre os oceanos e retomar a produção natural de 71% do planeta; esse é o tamanho da porção líquida da Terra.

São esses os motivos que promoveram o nosso encontro; preciso de ajuda para defender meu habitat.

Represento um grupo que acredita no futuro; precisamos do apoio e do conhecimento da patrulha animal; sou uma baleia-azul; encabeço a lista de mamíferos em extinção.

Um silêncio ensurdecedor tomou conta do ambiente. Em fração de segundos, o relato de um visitante estava prestes a tornar-se um objetivo comum a todo o grupo.

Avaliar esse impacto e projetar os próximos passos era a primeira missão para um líder experiente como Le Jaguar, uma onça-pintada habituada a grandes desafios.

– Confesso minha admiração por você; suas intenções são nobres; precisamos nos organizar para atuar com segurança e precisão sobre o assunto. Entendo que os oceanos fazem a ligação entre todos os povos da Terra, além de alimentarem boa parte da população.

Cada porto construído para receber navios de grande porte precisa de infraestrutura pesada que viabilize a operação de embarque e de desembarque; essa logística de grande porte compreende ferrovias, rodovias e veículos pesados.

Portos geram riquezas, progresso, mudam a geografia, a paisagem, alteram costumes e hábitos alimentares. A isso chamamos de impacto socioambiental.

Socializar essas ocorrências é um desafio do qual não podemos ficar de fora; isso envolve o futuro e a sobrevivência da fauna e da flora dos oceanos, das ilhas e dos continentes.

Nós, os habitantes da maior floresta tropical do planeta, estamos sujeitos à mesma pressão. Manaus precisa crescer bastante, projetar o futuro. Esse será o maior de nossos desafios. Bem-vinda à patrulha animal. Grrauuuu! − rosnou Le Jaguar.

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Novamente um silêncio; dessa vez, o grupo percebe a aproximação de outro gigante.

– Calma, companheiros. Estou de neném novo; preciso amamentar a cada seis horas; são quase 400 litros de leite ao dia que um filhote de baleia-azul consome − informou Aqua Blue.

Lulu, a baleia-azul, aparece como num passe de mágica.

− Pois é, pessoal! Eis minha filhinha de três meses de idade; dez toneladas de pura emoção − comentou a mamãe baleia.

Borys, o peixe-boi, interrompe:

− Sabemos das necessidades de um mamífero bebê. Enquanto você amamenta, nós nos reuniremos para falar sobre esse assunto; quando terminar, avise-nos; temos muito a fazer.

− O que acha, comandante? Se os oceanos infinitos estão sobre pressão, imagine nossos rios que compõem a Bacia Amazônica! Os botos já estão sendo caçados em escala; falta pouco para estarmos na lista de extinção.

− Você está certo, rapaz. A Floresta Amazônica não tinha fim; hoje meu habitat reduziu; sou uma onça sem território demarcado. Ramais, vicinais, estradas e assentamentos introduzem novos habitantes na floresta, e o homem é o topo da cadeia; as onças também estão na lista de extinção.

− Rios, florestas e oceanos partilham o mesmo futuro; houve um tempo em que nossos bandos povoavam rios e lagos; éramos sinônimos de abundância, fartura e riqueza; quase fomos extintos; hoje é raro encontrar um peixe-boi na Amazônia; também sou uma espécie em franca extinção.

Após a rápida conversa, Borys e Bing percebem um comunicado por parte de Aqua Blue:

− O neném já está de barriguinha cheia; é hora de retomar o assunto.

Não pude deixar de ouvir a conversa de vocês. Temos muito a fazer. Por onde começamos? Quero envolver a Lulu em nossas ações; ela representa o futuro da nossa espécie.

− Patrulha animal, ao trabalho!

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Vamos frear as ocorrências, iniciando uma ação globalizada que possa mudar o futuro para o qual estamos caminhando.

Atuaremos juntos às crianças do mundo inteiro; seguiremos o exemplo de Aqua Blue e Lulu, desenvolvendo ao cidadão do futuro uma consciência conservacionista; conseguiremos reescrever nossa história.

A educação é a única ferramenta que pode influenciar para melhorar o futuro de todos os habitantes desse planeta. A sabedoria e o conhecimento formam o capital intelectual, que é a principal riqueza da humanidade.

Vamos voltar aos bancos de escolas, companheiros, e trabalhar com nossos coleguinhas; educação de qualidade é sem dúvida a chave da sobrevivência. Foi assim o pronunciamento do general Le Jaguar.

Enquanto isso:

− Desculpa, pessoal. Mas preciso de um help com a Lulu; ela seguiu uns surfistas na pororoca e agora se dirige para a foz do rio Araguari. O nível da água está muito baixo para mim − esbaforiu Aqua Blue.

− Deixa com a gente − respondeu Bing, acenando com a cabeça para Tinga e Borys, que se adiantaram prosseguindo ao encontro da baleinha Lulu.

Desempenhando velocidades impressionantes, nossos patrulheiros alcançam a pequena baleia. Antes de devolvê-la a sua mamãe, Borys a conscientiza sobre os perigos em regiões propícias para o surf.

– Ondas que compõem a pororoca nascem em mar aberto; conforme elas se aproximam dos estuários dos rios, onde a profundidade é menor ou é mais raso, o volume das ondas dobra de tamanho; nesse caso, um rio pode ter 60m de largura e somente cinco de profundidade. Pense nisso, Lulu.

– Valeu, tio Borys! Encalhes são os maiores problemas da vida de uma baleia.

− Que bom ver você em segurança, Lulu! Eu já estava preocupada. Ainda bem que estávamos com a patrulha animal. Obrigada, rapazes. Peço desculpas pelas travessuras de Lulu.

− Sem problemas, Aqua Blue. Borys, Tinga e eu entendemos o universo aventureiro que norteia os filhotes.

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Em junho temos na Amazônia um ambiente favorável para vocês, Aqua Blue e Lulu, nos visitarem: com a enchente dos rios, não terão problemas com encalhes.

Vamos iniciar nossos trabalhos de imediato, Aqua Blue, Bing e Borys. Vocês visitarão escolas, ministrarão palestras, fornecerão o maior volume de informações aos pequeninos alunos sobre suas espécies e seus habitats.

O plano é conter o avanço da degradação de mananciais, rios, mares e oceanos.

Vamos informar a população sobre como manusear dejetos em casa, nas indústrias, na iniciativa pública, em áreas de convivência comunitária, em transportes coletivos, fluviais, terrestres e aéreos, pois a conscientização freia a poluição.

Vamos contatar as entidades de classes e trabalhar em parceria com elas; as federações de comércio podem tornar-se nossos melhores

aliados, partindo do princípio de que é o comércio que movimenta o mundo dos negócios.

Os mecanismos de contenção da poluição e da degradação do meio ambiente são indispensáveis nessa empreitada. Indústrias e comércios

trabalham alinhados complementando-se; nossas campanhas precisarão alinhar

a origem com o destino final de bens de consumo e serviços.

Sindicatos, federações, entidadespúblicas e privadas, agremiações, escolas, universidades − precisaremos de todos.

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Temos de chegar ao topo da cadeia e conscientizar o homem de que ele é o maior de todos os predadores. Quando o ser humano tornar-se o maior aliado da preservação, nossa peleja estará equilibrada.

O investimento de hoje nas crianças resultará na formação do cidadão que construirá o futuro.

Os habitantes da floresta precisam de respeito; do contrário, chegará o dia em que as onças deixarão a lista de animais em extinção e encabeçarão a lista de felinos extintos. Precisamos trabalhar o futuro −

finalizou Le Jaguar.

− Tinga, contate o Ataag S W: precisamos seguir para Manaus; retornaremos à base 158; precisamos contatar as secretarias de educação, os centros de estudos e de pesquisas da biodiversidade. Aqua Blue e sua equipe precisarão de material de apoio para suas palestras e seus seminários.

Vamos aproveitar o gancho hollywoodiano; eles utilizam os oceanos para ilustrar ficções extremas

que marcam nossas mentes.

Simbad, o marinheiro, dividia com corsários e piratas aventuras alucinantes,

enquanto o capitão Nemo, em vinte mil léguas submarinas, ostentava o mundo evoluído à

frente de seu tempo; Titanic foi o ápice de luxo e de riqueza.

São histórias que ano após ano assumem forma cinematográfica dimensionando a grandeza dos oceanos.

Por meio de filmes, vinhetas, drops, teasers, podemos ilustrar uma realidade oceânica. Contate os japoneses; eles são especialistas no assunto; sem falar que crianças, jovens e adultos curtem animações, com muitas cores e movimentos.

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Qual a sua tese sobre a pressão sofrida pelo meio ambiente por conta da ocupação humana?

– Afirmativo, Fia. Contatarei o Ataag S W agora mesmo.

− Excelente, Tinga. Temos pouco tempo para mapearmos as origens do problema. Vamos considerar que boa parte deles ocorre por pura falta de conhecimento; por outro

lado, existem tecnologias para corrigir tais falhas.

− Contato com o Ataag S W estabelecido! Ele segue para Macapá, onde o encontraremos; Aqua Blue e Lulu

se dirigem para o litoral sul; elas darão uma forcinha ao projeto Tamar. É o tempo que temos para preparar o material multimídia.

− É isso aí, Tinga! Para cima deles, companheiro. Vamos para casa.

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Qual a sua tese sobre a pressão sofrida pelo meio ambiente por conta da ocupação humana?

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Futuro é o intervalo de tempo que se inicia após o presente e não tem um fim definido.

Educação é a única ferramenta disponível capaz de influenciar para melhor o futuro da humanidade; sem ela não haverá porvir.

A humanidade evolui mediante a busca pelo conhecimento; toda informação agregada ao que você já sabe forma seu capital intelectual.

Em um mundo globalizado, uma pessoa vale o que sabe fazer. Isso significa uma fusão da teoria com a prática, que gera a habilidade; é a atitude manifestada gerando o produto final.

Uma empresa poluidora precisa estar ciente dos danos diários que suas ações causam ao meio ambiente e combatê-los. Enviar executivos ao banco de escola para ministrar aulas práticas aos cidadãos do futuro é uma forma de compensação ambiental que pode isentar empresas de multas.

Plantar um futuro seguro, promissor, garantido para quem o vivenciará, depende de um gesto simples: incentivar toda a população a ir à escola independentemente de posição social, raça ou credo; assim escreveremos o futuro da humanidade.

Os integrantes da patrulha animal são todos pais de famílias com filhotes; cada um deles desenvolve uma metodologia de ensino dedicado ao crescimento e à sobrevivência de suas crias. Esse princípio é predominante no reino animal.

Habituados a lidar com o desenvolvimento e com a tecnologia aplicada em pesquisas na Amazônia, os patrulheiros passaram a investir em um futuro promissor para seus rebentos.

A regra geral entre eles passou a ser encaminhar todos os filhotes para a escola.

Mamíferos, répteis, peixes, anfíbios, insetos e aracnídeos: construindoo futuro dos rios e das florestas

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A aventura começa aqui

− Controle Manaus, aqui é Ataag S W, chamando. Câmbio!

− Prossiga, Ataag S W. Controle Manaus na escuta. Câmbio!

− Solicito uma pista liberada para pouso e manutenção de equipamento. Estamos retornando de uma missão na foz do rio Amazonas. Câmbio!

− Afirmativo. Siga para a base militar de “Ponta Pelada”, na margem esquerda do rio Negro. Câmbio!

− Entendido, Controle Manaus. Estou em aproximação da capital do Amazonas.

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− Siga para o pouso, Ataag S W. As equipes de manutenção e abastecimento o aguardam.

Durante a viagem para Manaus a patrulha animal promoveu uma chuva de ideias.

Em solo, eles iniciaram os trabalhos dando forma ao que foi pensado em equipe.

− Fia, convoque uma assembleia geral com todos os representantes do reino animal; temos que agir com a rapidez de um raio; nosso ecossistema pede socorro; precisamos nos mexer.

Informe Augustus sobre o contingente que se dirige para a Base 158; alerte-o sobre a possibilidade de a Anaconda aparecer de surpresa; nunca sabemos onde ela está nem quando vai aparecer.

− Augustus é o mais bem informado de todos; a base já está abastecida; a logística está 100%; ele está preparado para excessos; temos uma reserva técnica de 30% em acomodações, alimentação, transportes e comunicação.

− Excelente, Fia! Nós nos veremos lá em três dias.

− Estarei lá, Le Jaguar.

Três dias depois, no Auditório Castanheira...

Teté, a uirapuru, é a mestre de cerimônia; ela faz jus aos comentários sobre o melodioso som de sua voz; ao falar, todos silenciam.

− Mamíferos, répteis, aves, anfíbios, insetos e aracnídeos presentes, bom dia!

Vamos diretamente ao ponto:

Há seis meses, a Sociedade dos Amigos da Amazônia foi contatada por um grupo de mamíferos marinhos; eles precisavam de apoio em terra para ajudá-los a solucionar problemas que oceanos e mares enfrentam há séculos.

O crescimento populacional demanda uma necessidade permanente de recursos minerais e vegetais como base da cadeia econômica; investimentos em ciências e pesquisas fomentam produtos, criam tendências, geram demandas que absorvem ofertas de produtos em todas as partes do planeta.

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Oceanos e mares são os maiores parceiros do livre comércio. Por meio desse universo líquido, são transportadas montanhas de minérios de ferro, alumínio e pedras preciosas; sem falar de minerais utilizados para fabricação de cimento, fertilizantes agrícolas, combustíveis, plásticos e, enfim, tudo ao nosso redor.

A pressão exercida sobre os oceanos ocorre mediante a pesca predatória, que extingue espécies; o transporte de cargas com uma frota superior a 100.000 (cem mil) navios; a exploração mineral pela extração de sal a petróleo.

A imensidão azul é acometida por todo tipo de poluição; tudo que é despejado nos rios chega aos mares; são milhões de toneladas de dejetos; todo tipo de lixo pode ser encontrado. Com isso, a saúde dos oceanos está comprometendo a saúde do homem.

A porção líquida representa 71% da superfície terrestre, porém todos os sete bilhões de habitantes do planeta vivem em terras firmes ou inundáveis. A pressão exercida pela ocupação humana é maior sobre as porções secas, onde diferentes relevos abrigam todos os tipos de florestas e seus habitantes.

A cada segundo nascem 2,5 seres humanos, e a pressão exercida pelo desenvolvimento vai aumentar sobre as áreas verdes, que aos poucos estão desaparecendo.

Essas informações norteiam a base do programa proposto nessa assembleia pela Sociedade dos Amigos da Amazônia.

Início da apresentação

O general Le Jaguar ergue a pata direita e pronuncia uma palavra que sintetiza a existência de todos: “Selva!”.

O apoio ao líder felino é unânime: “Selva!”.

− Irmãos, o equilíbrio natural dos ecossistemas utiliza o respeito à vida como princípio. Todos os seres vivos precisam de alimentos para sua subsistência.

Nosso Criador definiu a sustentabilidade natural a partir do esforço individual de cada elemento vivo.

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Um predador não extermina espécies; ele as preserva, oferece segurança aos grupos, garante a multiplicação e a diversidade em seu habitat, proporciona um efeito multiplicador a todos; assim cuidamos uns dos outros.

Na Floresta Amazônica sou um exímio predador, uma lenda viva. Meu trabalho é manter o equilíbrio natural dos biomas florestais.

Na cadeia animal, os humanos estão no topo. Ninguém resiste à ação do homem. Suas ciências desenvolveram máquinas gigantescas que revolvem solos, arrancam árvores pelas raízes, mudam curso de rios, rasgam a selva como se fosse folha.

O homem mudou a geografia ao extrair minérios; montanhas deram lugar a lagos; florestas afogaram-se suprimidas por barragens; rios assorearam-se contaminados por mercúrio; pelas florestas, serpenteiam estradas que assumiram lugar de milhares de árvores.

Essas mudanças são necessárias conforme o crescimento da população; minérios atuam como a mola mestra da economia mundial; edifícios, navios, trens, aviões, automóveis, material bélico e máquinas em geral não existiriam sem os minérios.

A manutenção de 7.000.000.000 (sete bilhões) de pessoas fomenta a produção de alimentos. A pecuária, com a produção de bovinos, suínos, bubalinos, além de aves e da agricultura, crescem ano após ano. Em rota de colisão com esse crescimento, estão rios, florestas e nós, que os habitamos.

O desenvolvimento social, industrial, econômico e financeiro ocorre organizadamente envolvendo todas as nações, com o processo de globalização.

A expansão mercadológica faz empresas expandirem, ocasiona o crescimento populacional transformando pequenas cidades em metrópoles. A chegada de imigrantes, e migrante atraídos por uma vida melhor incha as cidades empurrando-as em direção às florestas.

O progresso não pode e não deve parar; precisamos nos unir aos homens, convencê-los de que, trabalhando em harmonia, poderemos equilibrar o clima, reflorestar áreas degradadas, cultivar florestas virgens e povoá-las.

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Se os convencermos de que influenciamos o processo natural de transporte de águas para todas as regiões por meio de nuvens, poderemos viver em harmonia com os seres humanos conforme determinou Nosso Criador a Adão no Jardim do Éden.

Sabemos que as árvores podem influenciar a trajetória de nuvens carregadas; estamos falando da arte de direcionar a chuva; esse é um tesouro comum a todos nós.

Sem água não há vida, pastos, cereais, lavouras, pecuária; enfim, animais e vegetais dependem de um recurso que não sabem como direcionar ou controlar. Minha proposta é partilharmos esse conhecimento com os humanos e amenizar a falta de água.

Obrigado pela atenção de todos.

De súbito, uma confusão generalizada se instala; todos gritam, berram, assobiam, gemem, esturram e se desesperam expressando-se ao mesmo tempo.

Augustus observa todo aquele alvoroço:

− Ele é realmente um líder. Sabe como mover a opinião coletiva. Esse menino é realmente grande.

− Como assim, Augustus? O que você consegue ver na confusão generalizada?

− Observe, Fia, que todos querem falar algo, porém sem saber o que dizer.

Significa que o chefe está no controle. Prepare seus equipamentos, menina. Os trabalhos vão começar; precisamos salvar o mundo.

− Como assim, Augustus? O que você sabe a mais sobre os acontecimentos em mares, oceanos e terra firme?

− Acho que é uma excelente hora para servirmos a boia; de barriga cheia, todos pensarão melhor e mais rápido. Fia, por gentileza, anuncie a refeição.

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Durante a refeição, os ânimos se acalmaram num momento de confraternização em que os assuntos foram colocados em dia.

Após uma hora e meia, os trabalhos recomeçaram com os líderes de classes manifestando suas opiniões. Primeiro se expressaram os mamíferos: capivara e anta com a palavra.

Com a pata direita levantada, Catchanga, a capivara, e Natt, a Anta, prometeram fidelidade à decisão a ser deferida ali na grande assembleia

desde que aquela conclusão defendesse a vida de todos os mamíferos.

− Somos multiplicadores da grande floresta; dos frutos que ingerimos, brotam novas árvores; após as refeições, depositamos sementes em covas individuais rasas e úmidas, o que propicia a

germinação; árvores e roedores multiplicam-se e são indispensáveis para o equilíbrio ambiental.

Precisamos participar desse programa e escrever a colaboração de nossa classe na história da floresta.

− Conte com os nossos bandos, Le Jaguar.

− Obrigado, Catchanga. Com árvores e roedores trabalhando juntos, preservaremos os ciclos naturais.

Na sequência a palavra foi passada para dona anta.

− Le Jaguar, minino; tu é bom mermo; eu ‘tô veia; num sei o que tu vai fazer por nóis; vivo fugindo de caçadores;

tem sempre um no meu rastro querendo me pôr na panela; a coisa ‘tá feia; se tu vai garantir a vida dos

mamíferos, ‘tá joia; o respeito à vida já me basta.

Na floresta trabaiamos im grupo, comemo foias, brotos e frutos; tudo vira esterco. Catitus, queixadas, tatus, antas,

pacas; todo mamífero revira a terra adubando a semente qui o roedô pranta; nóis completa o cicro; se sirvi pra tu esse trabaio,

vamo em frente.

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– Obrigado pelo Apoio, Natt; mamíferos são fundamentais para o equilíbrio do ecossistema; ruminantes, roedores, carnívoros e herbívoros são indispensáveis nesse programa.

Donana, a cobra grande, também conhecida como Anaconda, representou os répteis na grande assembleia da floresta.

− Le Jaguar, artefatos de couro, medicamentos, equilíbrio ecológico e produção de alimentos são parte de nosso trabalho diário. Jacarés, tartarugas, cágados, cobras e lagartos participam do processo social, econômico e ecológico.

Quando alguém avista uma cobra grande, só pensa em passar chumbo nela. Falam de cobra só olhando o couro na parede como troféu. Uma cobra grande pode acabar em um museu em forma de esqueleto como os dinossauros. Se a ação é pela sobrevivência, conte com a nossa classe.

− Donana, o futuro está sendo plantado por todos os presentes há séculos. Cada um dá um pouco de si; e assim compomos a história. Trabalhos em grupo são sempre exitosos. Obrigado pelo voto de confiança.

Expondo-se em um voo rasante, a Arara atravessa o Anfiteatro Castanheira para falar em nome das aves.

− Caros, as aves são sinônimos de evolução; nossa aerodinâmica inspirou o meio de transporte que aproximou continentes, países e estados, encurtou distâncias e mudou os rumos da economia mundial. Amigo Ataag S W é a perfeição dessa indústria aeronáutica e aeroespacial.

Dodós foram extintos pela pressão da ocupação humana. Garanta-nos proteção contra o tráfico, o cativeiro, o comércio ilegal de aves com esse programa. Le Jaguar, você tem o nosso apoio.

– Sua entrada foi memorável, Alaria. O colorido das penas, o som dos cantos, o tatear das asas, a beleza indescritível do balé das aves no céu emocionam, inspiram e encorajam. Aves são sinônimos de vida em movimento.

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Os 200kg de seu Arapaima, o pirarucu, chamaram a atenção dos presentes; os peixes estavam com a palavra.

− Colegas, os problemas mencionados por Le Jaguar são responsabilidade de todos nós; peixes são reproduzidos em escala. Isso significa que a reprodução da espécie está comprometida. Rios,

mares e oceanos precisam de nós. Estamos com você e aceitamos o convite.

− Sua explanação, Arapaima, confirma seu empenho; é bom saber que todos estão bem-informados e atentos à pressão que estamos vivendo. Grato pelo apoio!

Uma substância gelatinosa correu suavemente pelo anfiteatro; um frenesi entre os anfíbios anunciou a fala de Anuria.

− Nossa habilidade de viver em dois ambientes nos credencia a falar sobre a falta que faz o clima temperado; equilibrar o meio ambiente será

uma grande aventura que renderá muitas histórias para crianças em todo o mundo.

Sapos são velhos conhecidos da ciência; inspiramos a produção de veículos bélicos, de passeios e até de coletivos.

Somos parte do equilíbrio natural do planeta. Dê as ordens, Le Jaguar. Será uma honra servir nessa missão.

− Obrigado, Anuria. Sem os anfíbios, não poderíamos prosseguir com o programa.

Os próximos a se manifestarem surgiram em forma de nuvem; insetos são componentes indispensáveis ao equilíbrio natural dos ecossistemas.

– Agrotóxicos utilizados no combate a insetos contaminam o meio

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ambiente; água, terra e ar são comprometidos por produtos químicos. Confi amos em você, Le Jaguar, para equilibrar esse quadro. Estamos sob suas ordens.

− Sua espécie é incontável, Cloud. O equilíbrio natural dos biomas precisa da ação de seu grupo; vocês são partes importantes no dia a dia de todos nós; a adesão dos insetos nos tranquiliza.

Atrás da nuvem de insetos uma teia se formou enquanto falavam. Dona Aranha decorava o ambiente onde falaria.

− É bom estar aqui entre vocês, nesta assembleia. Admiro sua coragem e sua determinação, Le Jaguar. Valorizar as espécies é uma fórmula inteligente. Gostamos de ser lembrados.

Aranhas e humanos há décadas fundem conhecimentos; a ciência busca entender a seda ultrarresistente à base de biopolímero e utilizá-la em cabos de alta resistência, em condutores elétricos e na medicina. Produzir fi bras resistentes como cabos fl exíveis como nylon e menos densas que o ar é nossa especialidade; estamos com você, Le Jaguar.

− Dona Aranha, subir pelas paredes é realmente tentador; adrenalina pura só de pensar! Isso me arrepia os pelos.

Aranhas, insetos, peixes, anfíbios, répteis e mamíferos compõem a ecologia. O equilíbrio ocorre naturalmente com o empenho de todos. Vamos trabalhar?

− Pessoal, sem vocês, não existiríamos. Em torno de cada vivente existe um inseto; somos responsáveis pelo controle de epidemias; doenças em animais e vegetais são controladas por meio de nossas ações, no entanto o homem nos erradica como pragas.

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A Sociedade dos Amigos da Amazônia agradece o apoio e a confiança de todos. Vamos nos organizar para podermos participar das ações que compõem nosso programa.

O primeiro passo por classes será a composição das equipes de trabalho; apresentem à major Fia os representantes de suas espécies em todas as regiões; eles serão nossos olhos e ouvidos; precisamos identificar problemas e planejar soluções.

As equipes receberão equipamento audiovisual de última geração que as conectará à nossa central de informática. Qualquer um de vocês pode acompanhar nossos trabalhos por meio do site www.amigosdaamazonia.com.br.

Deem o melhor de si, rapazes. Imagens são mais eficazes que palavras; iniciem o treinamento das equipes; elas precisam explorar ao máximo seus equipamentos em terra, ar, rios, mares e oceanos.

Fia, certifique-se de que Bing, Borys e Aqua Blue compreenderam seus papéis como mamíferos aquáticos.

− O grupo de Borys esteve on-line todo tempo. Algo mais, Le Jaguar?

− Obrigado, Fia. Mãos à obra. Vamos iniciar a explanação do programa.

Camaradas, vamos conhecer nosso programa de reposição ambiental:

Trabalharemos em parceria com os seres humanos; nosso contato será com o cientista Philip Fearside; ele integra o grupo que ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2007 como reconhecimento por seus relevantes estudos relacionados ao aquecimento global.

Fearside domina a linguagem necessária ao convencimento dos líderes das nações pelo mundo afora; formataremos um programa voltado para a formação do cidadão do futuro.

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A base de nossas ações serão escolas em todo o planeta; com o apoio de crianças e de adolescentes, atingiremos nosso objetivo, que é a conservação das florestas como forma de recuperar o clima, melhorar as lavouras e fortalecer a economia dos estados e dos municípios.

Manter as florestas que estão de pé é parte do trabalho; reflorestar áreas devastadas é a fórmula para o nascimento de novas florestas; recuperar espécies vegetais à beira da extinção será a missão de aves, roedores e cientistas.

Philip nos ajudará com negociações junto a prefeitos, governadores e presidentes; reflorestar áreas públicas acelerará o surgimento das florestas de rápido crescimento.

Em dez anos, poderemos cambiar a paisagem brasileira; formaremos equipes de alunos por região; distribuiremos sementes a todos; ao iniciarem o plantio em suas escolas e em seus lares, o projeto se materializará envolvendo crianças, jovens e adultos.

Toda semana revitalizaremos uma área pública em diferentes regiões do Brasil; escolas trocarão informações entre si por meio de redes sociais; aplicativos direcionados para essa ação farão o acompanhamento das atividades; o mais forte apoiará o fraco; assim equilibraremos os trabalhos.

As pesquisas de Philip Fearside e seu grupo deixam claro que mares, oceanos, florestas, enfim, os ecossistemas, por mais diferentes que sejam, trabalham interligados; um depende do bom funcionamento do outro.

Oceanos evaporam umidade formando nuvens carregadas; os ventos as empurram para os continentes; as florestas atraem as nuvens e as sobrecarregam por meio do processo de evapotranspiração acelerando a precipitação das chuvas.

Regiões sem florestas apresentarão dificuldades com chuvas prejudicando lavouras, pecuária, abastecimento de água para as populações e trazendo variações desordenadas de temperaturas ocasionadas pelo aquecimento das regiões.

Com a adesão do poder público a nosso programa, plantaremos florestas; nós as povoaremos; elas serão um atrativo a mais para a população em forma de parques livres.

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Nossa margem de erro operacional é mínima; a partir do plantio, árvores crescem independentes da ação do homem − como um relógio automático avança um pouco a cada segundo − até se tornarem florestas.

Ao crescerem, árvores retiram gases da atmosfera e os armazenam, filtram as águas, evitam erosões, regulam o clima e ainda influenciam na produção de chuvas, revitalizando nascentes e mananciais.

Um bom gerenciamento de crise se concentra na origem do problema; gerações futuras precisam ser informadas enquanto crianças sobre a necessidade de tratar resíduos sólidos, líquidos, orgânicos e químicos adequadamente.

O repovoamento de rios, mares e oceanos está diretamente ligado ao manuseio de dejetos gerados pelo homem e ao uso correto dos recursos naturais.

A escola produz conhecimento, sabedoria, inteligência, que são garantias de um futuro seguro e promissor. Obrigado!

Todos vocês receberão via Internet o programa detalhado para que possam matutar sobre cada ação proposta. Obrigado a todos e boa viagem de volta a suas casas. Que Deus os acompanhe!

Educação é a única ferramenta disponível capaz de influenciar para melhor o futuro da humanidade; sem ela não haverá futuro.

A humanidade evolui mediante a busca pelo conhecimento; toda informação agregada ao que você já sabe forma seu capital intelectual.

Em um mundo globalizado, uma pessoa vale o que sabe fazer. Isso significa uma fusão da teoria com a prática, que gera a habilidade; é a atitude manifestada gerando o produto final.

Uma empresa poluidora precisa estar ciente dos danos diários que suas ações causam ao meio ambiente e combatê-los. Enviar executivos ao banco de escola para ministrar aulas práticas aos cidadãos do futuro é uma forma de compensação ambiental que pode isentar empresas de multas.

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?Qual sua tese

sobre refl orestamento

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?Qual sua tese

sobre aquecimento global

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A Floresta Amazônica é conhecida mundialmente como rain forest ou floresta da chuva.

O nome faz jus ao volume de chuvas que se precipitam sobre a maior floresta tropical do planeta.

Todos os dias, chove sobre um quadrante de floresta.

Multiplicar florestas pode ser sinônimo de equilíbrio de temperatura para todas as regiões.

Estudos sobre variações climáticas e aquecimento global dão conta de que a ausência da floresta acelera o processo de aquecimento.

O desmatamento da Amazônia é resultado da ocupação humana, da extração de madeiras, dos assentamentos de lavradores, da implantação de agronegócios, da construção de estradas, de hidroelétricas e das expansões municipais.

Planejamento, pesquisas, estudos detalhados, troca de informação entre comunidades urbanas e tradicionais constituem maneiras inteligentes de conciliar o futuro da floresta.

Reunião de cúpula da patrulha animal.

− Bom dia, Fia.

− Bom dia, Le Jaguar.

− Bom dia, Teté.

− Bom dia, general Le Jaguar.

− Olá, Tinga. Como está você?

− Bom dia, Le Jaguar.

− Borys, Aqua Blue, Bing, é bom ter vocês em videoconferência.

O futuro das florestas

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Base 158, localizada na Transamazônica - BR 319

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− Também estamos satisfeitos, Le Jaguar.

− Bom dia, companheiros. Desculpem o atraso; eu estava revisando nossas instalações.

Todos: − Bom dia, Augustus.

− Vamos iniciar os trabalhos; tenho uma pergunta válida para todos: quais as dúvidas dos senhores sobre nossas ações?

− Le Jaguar, a dúvida do grupo é se estamos trabalhando somente pela Floresta Amazônica ou para ajudar todo o mundo.

− Excelente questionamento, senhores.

A resposta é sim; estamos trabalhando para salvar o mundo; observem que existem problemas em todas as regiões do planeta; é preciso fazer tudo ao mesmo tempo e correr atrás do vento.

Nosso trabalho impactará todos os continentes, diferentes culturas, idiomas, cores e raças.

Se fizermos o dever de casa, teremos um exemplo de equilíbrio ecológico a defender.

− Muito inteligente sua estratégia, comandante Le Jaguar; faz todo sentido.

− Obrigado, Tinga.

− Estamos convencidos de que precisa ser feito algo rápido por nosso ecossistema.

− Condores, bobos, pelicanos ficaram de se juntar a um grupo maior para trabalharem em equipes.

− Entendi, Fia. Obrigado pelo esclarecimento.

Proponho o seguinte: elegeremos Aqua Blue como nossa embaixadora; ela conhece nosso trabalho e pode nos representar nos mares e nos oceanos. O que me diz, companheira baleia-azul?

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− Excelente, Le Jaguar. Ser empossada por você embaixadora da Sociedade dos Amigos da Amazônia é uma grande honra.

− Borys e Bing, o que acham?

− Excelente ideia! Viajando com Aqua Blue, aprendemos muito; estamos aptos para atuar como embaixadores dos oceanos e dos mares para a Região Amazônica.

Chefe Le Jaguar, mares e oceanos é com a gente mesmo! Vai ser moleza: o rio Amazonas, de tão grande, até parece um mar.

− Entendido, rapazes.

Major Fia, traga-os de volta assim que terminarem a missão com nossa baleia-azul.

− Será feito, chefe.

− Obrigado, Fia; é bom ter você no grupo.

Ação de refl orestamento em áreas degredadas da Floresta Amazônica – Fase 1

− Fia, você assumirá o comando da operação Futuro da Floresta.

Organize uma força-tarefa para mapear áreas degradadas da Floresta Amazônica.

Trabalhe com duas equipes − terra e ar; cruze as informações eliminando margem de erros.

Quero uma equipe de prospecção que se movimente rápido, encaminhe felinos e primatas, descubra se as fl orestas do entorno podem alimentar nossos grupos de trabalho e por quanto tempo.

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− Entendido, Le Jaguar; enviarei felinos: panteras-negras, onças-pardas e pintadas; primatas: pregos, cairaras e barrigudos; a equipe já está montada de acordo com sua determinação, senhor.

− Muito bem, Fia. Reúna um grupo de roedores, crie uma linha de produção de mudas diversas; precisamos de árvores de pequeno, médio, grande porte e arbustos.

− Preparei uma seleção de árvores de grande porte: castanheiras, samaúmas, amapás, angelins, tanibucas, sucupiras. Arbustos e palmeiras também integram a lista.

Sobre as equipes de plantio, cotias, tatus, quatis, capivaras e macacos estão prontos para a ação; a produção pode ser iniciada de imediato para não

atrasar o cronograma operacional; parece-lhe bem assim, Le Jaguar?

− De acordo, Fia. Vamos iniciar o plantio; comecem o processo pela compostagem; feita a fertilização do solo, plantamos as mudas; após a germinação, nós as transportaremos para campo.

Prossiga, Fia. Augustus e Ataag S W coordenarão essas operações com você.

Fia, Ataag S W está conectado conosco?

− Afirmativo, chefe.

− Ataag S W, você e Augustus preparem o acesso da equipe de prospecção a áreas onde iniciaremos os reflorestamentos; o plantio é sempre o primeiro passo.

− Entendido, Le Jaguar. Acesso e retirada das equipes já estão em planejamento; uma equipe técnica está se dirigindo para a nossa base, onde farão uns upgrades em minhas fuselagens e turbinas; vou estar novinho em folha.

− Quero esse planejamento o quanto antes.

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− Certo, chefe. Especificamente para a equipe de prospecção, Augustus desenvolveu uma plataforma cercada como as utilizadas em balões; lançaremos a equipe com 100% de segurança.

Sobre o acesso da equipe de plantios e suas mudas, apresentaremos as soluções após o upgrade que vem por aí.

− Grande ideia, rapazes.

Iniciem os treinamentos com as equipes; não quero incidentes com os saltos de paraquedas.

Suas equipes partem em 21 dias; elas permanecerão em solo por três semanas.

Tinga, encarregue-se das nascentes e dos mananciais existentes nas regiões onde ocorreram desmatamentos nos últimos dez anos.

Quero um raio-X do que pode ser recuperado; informe sobre todo tipo de contaminação.

Providencie também um levantamento sobre o equilíbrio populacional em todos os rios e os igarapés; vamos levar a vida de volta à região.

− Faremos um levantamento da vida selvagem nos períodos de enchente e de vazante dos rios. Seu Arapaima, o pirarucu, nos apoiará com os cardumes de peixes; lontras e poraquês também ajudarão; aguardo seus comentários, Le Jaguar.

− Excelente, Tinga. Você tem meu apoio; mãos à obra.

Aqua Blue, monte sua equipe; precisamos nos concentrar em problemas solúveis, que dependam de nossas ações físicas; reações naturais demandarão mais tempo e podem depender de outras ocorrências em diferentes regiões do planeta.

− De acordo, Le Jaguar. Vamos promover uma grande assembleia no oceano, similar à que aconteceu na grande floresta; com o apoio de todos, montaremos nossa equipe de trabalho e iniciaremos nossos relatórios.

− Você terá nosso total apoio, Aqua Blue.

− Afirmativo, Le Jaguar. Agradeço o apoio.

– É necessária a conscientização sobre a saúde de mananciais,

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nascentes, igarapés, igapós, rios e oceanos.

Bing e Borys, ao retornarem à base, reúnam-se com Tinga; desenvolvam uma série de campanhas voltadas para a saúde do maior rio do planeta e seus afl uentes.

As pessoas precisam conhecer a atual situação desse titã; precisamos de um termômetro que o avalie semanalmente.

O rio Amazonas, em seus cerca de 6.840km, possui mais de 1.100 tributários, ou afl uentes; cada um com sua ecologia própria e independente.

A distância mínima entre um rio e outro é medida em dias de viagem; na época das enchentes, esses distanciamentos diminuem consideravelmente.

Todos os rios são habitados; uns por grandes cidades; outros por pequenas vilas e aldeias indígenas.

Todos os rios, sem exceção, recebem algum tipo de poluente; quanto maior a população, mais diversifi cados são os poluentes despejados nos rios.

Melhorar a saúde dos rios será o principal objetivo da equipe composta por Borys, Bing e Tinga.

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Vamos aproveitar as informações coletadas por institutos que já estão na área trabalhando há mais tempo.

Crianças, adolescentes, jovens e adultos − todos devem ser envolvidos nessa ação; é necessário criarmos mecanismos que sirvam como termômetros para acompanharmos essa emissão de poluentes.

O homem é a chave; vamos nos concentrar nas pessoas; elas podem mudar esse quadro; educação será a palavra-chave.

Fia, faça contato com os japoneses; informe que precisamos de ajuda; Naka possui uma equipe jovem, inteligente, criativa, ousada e envolvida em assuntos socioambientais.

Precisamos de uma campanha com a cara da Amazônia; ousar é a palavra que define bem o povo nipônico.

Nossa floresta e nossos rios são milenares; com certeza, esses não são os primeiros apuros pelos quais estão passando; façamos disso uma oportunidade única para praticarmos nossas habilidades.

Façamos contatos com prefeituras, agremiações, associações, sindicatos, igrejas; enfim, o Estado de direito por meio das secretarias de ação social e meio ambiente.

Vamos nos empenhar para mudar esse quadro! Cada um de vocês já sabe o que deve ser feito. Desejo sorte a todos. Que Deus os abençoe!

Esta reunião está encerrada.

Fia, envie e-mails a todas as lideranças; quero as espécies a par de nossas ações. Isso foi combinado na grande assembleia; vou estar ocupado trabalhando em acordos com governos, empresários e pesquisadores. Vejo você assim que terminar essas empreitadas.

− Obrigado pela confiança de me passar o comando, Le Jaguar. Vamos nos empenhar em superar suas expectativas. Boa viagem!

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Base aérea de Manaus.

− Afirmativo, Ataag S W. Comando da Aeronáutica na escuta.

− Preciso de uma gentileza profissional. Podem nos ajudar com a restrição do perímetro aéreo sobre a base da Sociedade dos Amigos da Amazônia? Vamos efetuar uma operação de treinamento para nosso grupamento de paraquedistas.

− Afirmativo. Emitiremos um comunicado informando a todas as aeronaves sobre a restrição de tráfego aéreo nos arredores da Base 158; se precisar de uma mãozinha, informe-nos.

− Entendido, comando. Agradeço a pronta resposta. Ataag S W desligando. Câmbio!

Comando Manaus!Ataag S W chamando!

Consegue me ouvir,Comando?

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Base 158, localizada na Transamazônica - BR 319.

− Bom dia, Augustus. Alguma notícia de Borys e seu grupo?

− Eles devem chegar aqui nos próximos três dias; está tudo bem, Fia.

− É! Está tudo sob controle; eu diria até calmo demais, companheiro Augustus.

− Fia, Ataag S W fez contato; ele já obteve liberação para iniciarmos o treinamento com a equipe de paraquedistas.

− Maravilha, Augustus! É com vocês, companheiros. Iniciem o treinamento de imediato.

– É isso aí, Fia! Amanhã estaremos voando.

15 dias depois...

− Fia, está na escuta? Câmbio!

− Prossiga, Ataag S W.

− Boas notícias: a equipe de prospecção está aprovada; já podemos lançar os brothers; temos um pelotão de mamíferos aguardando as ordens.

− Entendido, Ataag S W. De quanto tempo acha que eles precisarão em solo?

− Fia; Augustus trabalhou a equipe para três semanas; 21 dias no máximo. Entendido, Ataag S W. Pode mandar ver. Você e Augustus marquem o tempo; teremos 45 dias após a prospecção para ajustes logísticos; em seguida, iniciaremos o plantio.

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− Entendido, Fia. Partiremos amanhã. Que Deus abençoe nossa missão! Estou me sentindo a arca voadora; e Augustus, o Noé.

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Reprodução florestal

?Como se faz

Qual o caminho

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Reprodução florestal

A floresta vivia um frenesi; correu a notícia de que os envolvidos no

programa de reflorestamento da Amazônia devastada subiriam a bordo

do Ataag S W para realizar o primeiro voo de suas vidas em direção a

áreas degradadas.

Dona Cotia todos os dias polia os dentes, enquanto seu Tatu

diariamente conferia as medidas entre as covas a serem abertas para

receber mudas; ele queria tudo bem alinhado.

Árvores encaminharam suas cascas para construção de canteiros;

pássaros mandaram ninhos utilizados para abrigar plantas; castanheiras

dispuseram milhares de ouriços para servirem de vasos.

Toneladas de folhas e de galhos secos eram misturadas a estercos

numa linha de compostagem para produção de adubos orgânicos; a

floresta dava prova de sua sustentabilidade.

A Sociedade dos Amigos da Amazônia recebeu apoio do outro lado

do planeta. Seu Ito, um japonês que criou os filhos vendendo frutas e

hortaliças, convidou amigos especializados em solo e veio dar apoio à

equipe.

A floresta estava a todo vapor; ninguém conseguia dormir; todo

mundo pensava em expandir, recuperar o tamanho da floresta; todos

estavam felizes em dar o melhor de si.

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A uma semana do grande dia

− Bom dia, Ataag S W.

− Selva, Fia! Está tudo bem, menina? Que cara de sono é essa? Que ‘tá pegando? Posso ajudar?

− Obrigada, Ataag S W; fui contaminada pelo sentimento comum entre os povos da floresta, caboclos e índios, brancos e pardos; enfim, todo mundo preparando-se para mirar o céu daqui a cinco dias. Isso não mexe com você?

− Não tinha pensado nisso, Fia. Mas é o seguinte: o meu fabricante mandou uma equipe de primeira linha para cá já faz uns dias. Estou zero bala, menina. Eles me fizeram um superupgrade; fiquei de fuselagem e turbinas novas.

Você pode vir junto na operação; vão rolar umas manobras radicais; me equiparam para trabalhar mais que Hércules e Búfalos, os fortões da aviação, verdadeiras lendas do apoio humanitário; Aeronáutica e Exército também já checaram tudo. Estou pronto.

− Vou dormir em você, Ataag S W. Assim pego um pouco de sua autoconfiança e simplicidade. Valeu a força, parceiro.

− Eu a vejo, Fia. Abraço!

− Ataag S W, nossas equipes limparam uma área de meio hectare na zona devastada. Você acha que é o suficiente?

− Afirmativo, Augustus. Há espaço suficiente para pouso e decolagem. Isso vai ser muito maneiro, companheiro.

Minhas turbinas foram substituídas; ganhei mais força, maior autonomia; e, quando necessário, posso atingir a velocidade Mach 2 e ultrapassar a barreira do som.

A supernovidade é que agora pouso e decolo na vertical; minhas configurações estão ideais para a Amazônia.

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Chegou o dia do plantio. Enfileirados, os habitantes da floresta seguem para o embarque; o primeiro voo de suas vidas, enfim, chegou.

A realização do sonho ocorre passo a passo. Conforme adentram o Ataag S W, o coração deles bate mais fortemente, o sangue vai gelando nas veias, e o cérebro vai projetando inúmeras possibilidades.

A adrenalina toma conta do grupo, que está pronto para a decolagem. Eles ouviram falar que, na decolagem, ocorre uma grande aceleração. Ataag S W força suas turbinas.

No entanto Ataag S W decola na vertical em espiral, de maneira que todos conseguem observar as instalações da Base 158 devido ao movimento em 360 graus.

40 minutos depois, eles pousam a 3.000 quilômetros dali, sobre a Amazônia devastada. Em cada um deles brilhava nos olhos a esperança da oportunidade de participar do processo de reflorestamento.

Nos próximos 21 dias eles trabalhariam com chuva e sol para atingirem o objetivo comum ao grupo: a revitalização da maior floresta tropical do planeta.

Na Base 158, tudo transcorria como planejado. Fia e sua equipe acompanhavam todas as movimentações de campo em tempo real, com imagens via satélite.

Três semanas depois

Toca o telefone. Era o General falando “Bom dia”.

− Selva, Fia. Sou Le Jaguar. Como estão as operações?

− Falta somente você aqui, Le Jaguar; no mais, superamos nossas expectativas; a maior prova disso

foi contemplar a decolagem do Ataag S W na vertical. Agora ele pode acessar todos os pontos da Amazônia.

− Grauuu! Desculpe, Fia. Eu dei vasão às minhas emoções; é magnífico. Como isso aconteceu?

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− Simples, chefe: fizeram um upgrade tecnológico no Ataag S W, cambiaram fuselagens e turbinas para a tecnologia V/STOL; agora ele é um superjato com funções de helicóptero.

Sem falar que, além de pousar e de decolar na vertical, ainda navega em Mach 2 superior à velocidade do som.

No dia da retirada, Ataag S W desceu do céu como um gavião-real, abriu o departamento de carga, embarcou o grupo e se foi; desapareceu na imensidão azul.

Nas terras devastadas, ficou uma certeza: diariamente as chuvas regariam as mudas; a fotossíntese ocorreria pela ação dos raios solares; a vida seguiria seu curso natural; árvores crescendo, encorpadas por gases retirados da atmosfera; milhares de toneladas de carbono estavam sendo armazenados ao ar livre, dia após dia.

A primeira fase da missão Floresta do Futuro foi completada com sucesso; agora o grupo chefiado por Le Jaguar precisaria administrar o tempo.

Enquanto esperavam, eles enfrentariam novos desafios. É assim o cotidiano da patrulha animal.

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Há milênios que a porção líquida do planeta representa uma porta de entrada e de saída comercial, cultural e diplomática.

Em todos os continentes, observa-se o desenvolvimento de cidades nas proximidades de grandes rios; as vias costeiras e fluviais são vetores de desenvolvimento.

Por séculos a chegada de navios aos continentes representa o aportar do progresso. Em todo o planeta portos e armazéns foram desenvolvidos com tecnologia de ponta.

Na atualidade não é diferente; os oceanos continuam transportando o progresso.

A única forma de transportar cargas pesadas de um continente a outro é por meio da navegação marítima internacional.

Na atualidade milhares de navios cargueiros cruzam os oceanos transportando todo tipo de mercadorias; é o progresso que continua chegando a portos de todo o planeta.

Os maiores rios do planeta desenvolvem importante papel no desenvolvimento da economia.

E, em algumas regiões como a Amazônia, representam a única via de acesso para transportes de cargas e passageiros.

Mas o que é um rio?

Rio pode ser traduzido assim: cursos naturais de água doce que fluem naturalmente em direção a mares e oceanos.

O elemento líquido que compõe os rios é simplesmente indispensável aos seres vivos; tudo ao seu redor utiliza água em sua composição.

A água atua diretamente na base da construção civil como um dos componentes indispensáveis à composição da argamassa.

Ferro, alumínio, vidro, tijolos, madeira, todos precisam de água em seu processo produtivo.

Passaporte para o Conhecimento: mananciais, rios, mares e oceanos

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Aos seres humanos a água é indispensável para consumo, para cozinhar os alimentos, para refrigerar o ar, para arrefecer máquinas, para entretenimento e lazer.

Todos os segmentos industriais dependem do precioso líquido H2O; da industrialização de alimentos à indústria aeroespacial, nada pode funcionar sem água.

Nascentes, fontes, rios de superfície ou subterrâneos, lagos; enfim, mananciais devem ser protegidos de poluições diversas.

A água deve ser preservada como o bem mais precioso para a sobrevivência de animais e vegetais; ela representa o ciclo natural da vida em nosso planeta.

A Sociedade dos Amigos da Amazônia, em parceria com a Mono 3D, convida unidades educacionais em todo o Brasil para conhecer a maior bacia hidrográfica do planeta.

Vamos nos unir a Borys, Bing e Ting em uma aventura que nos ajudará a entender o universo fluvial, que diariamente rege nossa vida; vamos conhecer o que são rios subterrâneos, rios de superfície e rios suspensos.

Trabalhando em equipe, poderemos melhorar a qualidade da água que consumimos diariamente, evitar o desperdício e ajudar a equilibrar o meio ambiente evitando a escassez.

Entender sua importância no processo de preservação é o ponto alto desse trabalho, que envolve pais, professores e o poder público numa ação em cadeia.

Desenvolvendo uma consciência conservacionista, daremos o primeiro passo de uma caminhada que durará a vida inteira.

A educação é a base para todas as ações a serem desenvolvidas visando melhorar o dia a dia de todas as comunidades urbanas ou tradicionais.

Juntos, podemos mais; o que mais chama a atenção do ser humano é a oportunidade de superar limites, fazer o impossível, ir além de sua capacidade, encarar desafios, sobreviver ao que lhe é imposto naturalmente, todos os dias; isso é ser você.

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O Passaporte para o Conhecimento é a consciência e a preservação de nossos recursos naturais.

A campanha que desenvolvemos para conservar nascentes, igarapés, rios, mares e oceanos terá início em sala de aula; consideramos que a escola é um órgão devidamente habilitado para ajudar você a conquistar seu passaporte e a buscar, a cada dia, mais conhecimento.

Lembre-se: você é capaz; você faz o impossível todos os dias; o requisito principal para participar de nossas campanhas é estar matriculado em escolas públicas, seja municipal, seja estadual; uma vez matriculado, sua oportunidade está garantida; agora depende só de você.

Com a palavra, os integrantes da patrulha animal, que os acompanharão pelos confins do Brasil, onde estão os maiores rios, as maiores e mais populosas cidades e sem dúvida a maior pressão sobre lençóis freáticos e nascentes que abastecem milhões de lares diariamente, incluindo o seu.

A sede da Sociedade dos Amigos da Amazônia está localizada na Transamazônica - BR 319, à altura do km 158; geograficamente, a base está na rota da chuva; diariamente há precipitação de chuvas sobre o QG da patrulha animal.

− Olá, Borys. Como estão as coisas?

− Oi, Augustus. A mil por hora. Bruno, Naka e Rui estão trabalhando em estilo japonês; eles focaram no objetivo e agora não dormem sem pensar em Amazônia, oceanos, rios, florestas; os japinhas estão botando para quebrar; sonham com isso todos os dias.

− Uau! Isso é formidável; temos um grupo de parceiros que vive a campanha. Isso é muito dez! Tinga e Bing sentem-se amparados pela tecnologia deles.

Mas e você, Borys? Qual é a sensação sobre a campanha?

− Pior que a deles! Acho que já engordei uns quilinhos; não paro de pensar nas carinhas dos alunos − moreninhos, branquinhos, rosadinhos, bronzeadinhos e, enfim, quais serão os comentários a nosso respeito.

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Tenho ouvido falar que estudantes são trabalhosos, cheios de ideias; alguns, além de seu tempo. Ainda bem que os japoneses são o soft da criatividade. Isso me tranquiliza.

Às vezes me imagino em sala de aula sendo detonado por perguntas diversas, então percebo como nossos universos são tão diferentes. Aí me pergunto: será que nosso ambiente é tão atraente a eles quanto o deles o é a nós?

− É, parceiro peixe-boi! Não são só mares, oceanos, florestas, rios e meio ambiente que estão sob pressão.

Lembre-se: Augustus, você é parte do meio em que vive.

− Como que é, irmãos! Está rolando um papo cabeça aí?

− Companheiro boto, eu comentava com Borys sobre sua ansiedade em relação ao Passaporte para o Conhecimento.

− Pois é, Augustus; não sou mais o mesmo; é a primeira vez que Bing, o boto-cor-de-rosa, está ansioso; são tantas informações que minhas ondas cerebrais se fundem a cada segundo que passa.

São quatro da manhã e parece que o tempo não passa; o sol está demorando demais; bem fez o Tinga, que foi testar seu novo equipamento de visão noturna. Como eu queria ser réptil e ter sangue frio!

Vida boa mesmo é do Ataag S W: pressão zero sobre ele; o brother se desliga e já foi; agora só no dia seguinte.

Falando em dia seguinte, sairemos oito horas; e, às dez horas; apresentaremos nossa campanha para os professores do Castanho.

Vejo vocês mais tarde. Selva, companheiros!

− Esse cara é durão; parece que não se abala, não é mesmo, Borys?

− Também acho, Bing; vamos nos preparar; já vai amanhecer.

Enfim, chegou o dia da apresentação da campanha Passaporte Para o Conhecimento – Primeira Fase: Florestas, Mananciais e Rios.

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Apresentação para educadores

− Bom dia, gestores, professores, pedagogos, equipes de ensino; vocês que fazem o futuro das nações!

É uma grande satisfação estar aqui trabalhando em equipe com os senhores.

Vamos entender o que é o Passaporte para o Conhecimento; trata-se de uma campanha de conservação de recursos naturais com formatação muito parecida com matérias convencionais ministradas em sala de aula.

Tudo o que é abordado na campanha está relacionado com os ensinamentos da física, da matemática, da biologia, da história, da geografia; enfim o foco do ensino se mantém.

A participação dos alunos nas campanhas precisará do envolvimento de pais e professores, da experiência de todos; quanto mais conhecimento o aluno agregar, maiores serão as possibilidades de ele ganhar um carimbo em seu passaporte.

Borys iniciou a explicação sobre a dinâmica de funcionamento da campanha.

− Bom dia, senhores; vamos simplificar as coisas.

O primeiro passo desta campanha é dado pelo prefeito da cidade juntamente com o secretário de educação; ao credenciarem sua cidade para participar da campanha, eles definem o número de alunos participantes.

No segundo passo, os alunos recebem os livros informativos com as atividades de campo que devem ser efetuadas em parceria entre o poder público e as famílias dos alunos.

A principal atividade é a composição de florestas, de forma que a prefeitura destina áreas degradadas para reflorestamento; após serem definidas as áreas a serem reflorestadas, as escolas comporão os conselhos produtivos, que definirão o que plantar.

Os conselhos serão compostos por alunos, professores, técnicos agrícolas convidados a participar da campanha para ajudar na seleção de espécies que melhor se adaptem à área de plantio.

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As sementes a serem plantadas serão de responsabilidade da prefeitura em parceria com a Sociedade dos Amigos da Amazônia.

Na sequência de trabalho os técnicos auxiliarão alunos a compor suas planilhas de acompanhamento do desenvolvimento da espécie plantada; cada árvore levará o nome do aluno que a plantou.

Os plantios das sementes ocorrerão nas residências dos alunos, que diariamente elaborarão seus relatórios de acompanhamento e o apresentarão semanalmente em sala de aula para seu professor, que registrará o avanço dos trabalhos da turma.

Conforme se iniciem os plantios por turma, o professor emitirá um relatório ao gestor, que o transmitirá ao secretário, e este o despachará com o prefeito solicitando a preparação da área para receber as mudas segundo orientação técnica.

Cada turma precisa trabalhar atendendo às orientações do técnico agrícola para que suas árvores possam receber a Certificação do Passaporte para o Conhecimento, que ocorrerá uma vez por ano.

Cada aluno que não efetuar o plantio de sua sementinha, não apresentando a muda, será eliminado do programa. Observem que precisaremos cumprir datas de plantio de sementes e de mudas, conforme cronograma técnico criado pela própria escola.

Ao plantar as mudas nas áreas degradadas, cada aluno deverá fixar uma placa de identificação ao pé de sua árvore contendo seu nome, a data em que plantou, a semente e o dia em que a planta foi transportada para o campo.

O tempo decorrido entre o plantio de sementes e a alocação de mudas deverá ser de três meses.

A preparação da terra para receber a semente e posteriormente do solo para receber as mudas será de responsabilidade do técnico agrícola, que descreverá a fórmula em relatório.

A partir do plantio das mudas, as escolas estarão credenciadas a receberem o primeiro carimbo em seu passaporte, habilitando-se para a segunda fase da campanha.

Estados e municípios podem selecionar áreas urbanas ou rurais, públicas ou privadas, por meio de parcerias desenvolvidas junto à gestão pública.

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Bing, o boto, ficou encarregado da segunda fase do Passaporte para o Conhecimento.

− Bom dia, senhores.

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Agora que já temos uma floresta em crescimento, todos os alunos cadastrados no programa receberão uma carteirinha de Amigo da Amazônia − categoria Conservador do Meio Ambiente.

Decorrido um ano da data do plantio, municípios, comunidades e escolas se reunirão para celebrar a colheita do que foi plantado. Imagino que os senhores tenham a seguinte pergunta: O que colher se plantamos árvores, e não lavouras?

A resposta está na seguinte explicação: alunos, professores, técnicos e estudiosos de clima farão um levantamento para estimar o volume de poluentes extraídos da atmosfera por meio da formação das árvores plantadas.

O que a comunidade desenvolveu ao longo do ano foi o plantio de uma floresta certificada; daí por diante, todos os anos, será agregado ao programa o valor do serviço ambiental que está sendo prestado a comunidades do mundo inteiro.

Todos os anos a Sociedade dos Amigos da Amazônia emitirá um relatório oficial informando às Nações Unidas o volume de poluentes armazenados pelo programa Passaporte para o Conhecimento.

No município haverá uma competição salutar entre escolas e comunidades, totalmente voltada para o crescimento das espécies plantadas, com o objetivo de premiar a comunidade e a escola que apresentar o maior volume de florestas plantadas em toneladas.

A escola que apresentar o maior volume em crescimento e em aproveitamento do plantio por hectare será considerada vencedora da segunda fase do programa.

A escola deverá informar o nome do aluno a plantar a maior árvore, identificar a espécie e o volume produzido. Ele será declarado campeão da vila e o melhor de todos: campeão municipal.

Cada município devidamente inscrito no programa apresentará seus melhores alunos produtores; eles ingressarão no Programa de Expansão do Intelecto, que levará os 15 melhores alunos de cada estado para conhecer um mundo novo, por meio de viagens anuais.

Ele estará cheio de oportunidades para quem busca o conhecimento e a sabedoria por meio do ensino de qualidade oferecido por escolas existentes em todos os estados e municípios.

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Dinâmicas de viagens

As viagens ocorrerão em formato de intercâmbio envolvendo as cinco regiões brasileiras; cada viagem será monitorada por um pedagogo, que trabalhará o conhecimento de geografia do grupo durante o deslocamento; ao retornar a sua cidade de origem, o grupo deverá apresentar um trabalho elaborado sobre a região e a cidade visitada.

A viagem dos alunos consolida a segunda fase do programa, credenciando-os a receberem um carimbo em seus passaportes que os inclui nas competições estaduais e nacionais, nas quais disputarão uma viagem para conhecer Yellowstone, na terceira fase do programa.

Tinga, o jacaré, explanará a terceira fase aos senhores – finalizou.

− Senhores, vamos entender o que é a terceira fase do Programa Passaporte para o Conhecimento.

Nosso programa está modulado por fases, as quais funcionam independentemente umas das outras; as viagens programadas têm o objetivo de fazer do jovem de hoje o cidadão comprometido com o meio ambiente de amanhã.

Já demos o primeiro passo; agora, todos os anos, o plantio de árvores seguirá acontecendo; com o passar do tempo, os alunos poderão apresentar suas árvores em forma de contribuição para o equilíbrio do meio ambiente.

Árvores temperam o clima, equilibram temporadas de chuvas, enriquecem a fauna e a flora, além de combaterem o aquecimento global.

Com a presença das árvores, nascentes, fontes e riachos são fortalecidos; justamente nesse momento, iniciaremos nossos trabalhos de apoio a rios, mares e oceanos.

No início, todas as fases são iguais; professores, alunos e comunidades trabalham unidos; dessa vez, a tarefa de casa está direcionada para o equilíbrio do meio ambiente.

As escolas deverão apresentar modelos de ações educacionais que promovam a retirada de lixos das margens de rios e de igarapés em ações corretivas.

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Na sequência, alunos, professores e técnicos convidados devem desenvolver ações preventivas inibindo o despejo de lixo em florestas e em rios.

Observem que o lixo despejado em florestas, ramais, vicinais e estradas chegará aos rios impulsionado pelas chuvas que se precipitarão sobre essas regiões.

Cada município deverá apresentar um projeto para limpeza e manutenção dos rios inscritos no programa; avaliaremos estradas, vicinais, ramais, rios, lagos e igarapés, da foz à nascente; a qualidade da limpeza por quilômetro contará ponto para escolas e alunos.

A participação das comunidades será determinante nesse programa que promove a melhoria da qualidade de vida de todos os cidadãos do planeta. Aqui as ações se encorpam somando os volumes de madeira produzida com milhares de quilos de dejetos extraídos do meio ambiente.

O êxito dos municípios ocorrerá por meio de ações inteligentes que envolvam comércios, entidades eclesiásticas, indústrias, profissionais liberais, enfim a comunidade como um todo. Cidade limpa é cidade rica, com representantes ganhando o mundo.

O processo de avaliação dos serviços ambientais em cada município ocorrerá da seguinte forma: cada região apresentará uma comissão avaliadora composta por seis membros licenciados pela Secretaria de Meio Ambiente ou CREA para atuar em projetos ambientais.

Esses profissionais formatarão um relatório das ações realizadas durante a execução do programa.

Os relatórios serão sorteados entre as regiões participantes do programa; uma vez que cada equipe estiver de posse dos trabalhos de outros estados e municípios, será feito um estudo sobre viabilidade e continuidade do que está sendo executado.

Dando continuidade ao processo de avaliação, as equipes iniciarão suas viagens em formato de intercâmbio; uma localidade avaliará os serviços que a outra está prestando ao meio ambiente com o seguinte sentimento: o serviço que você está prestando é responsabilidade de todos nós.

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A partir dessa ação, cidades e cidadãos estarão aptos a serem reconhecidos como cidades limpas com cidadãos modelo podendo promover em suas sedes seminários anuais para discutir exemplos de sustentabilidade.

A Sociedade dos Amigos da Amazônia concederá total apoio a eventos de abrangência nacional e internacional.

Encerrando essa fase do programa, bonificaremos estudantes envolvidos na competição nacional, que poderá somar produção de árvores das redes municipal e estadual inscritas no programa.

A comunidade que obtiver melhor resultado em limpeza e manutenção de nascentes, igarapés, igapós, rios, estradas, ramais, vicinais e caminhos de pedestres receberá seis convites para que cidadãos modelo do projeto conheçam a nascente do maior rio do planeta, o rio Amazonas.

Quem credenciará nossa parceria serão o prefeito e o secretário de educação.

O programa tem duração mínima de cinco anos, e todos os estados e municípios podem participar.

Somos Tinga, Borys e Bing e agradecemos a atenção.

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Em todo o planeta pessoas têm-se manifestado contra o aquecimento global, que provoca bruscas mudanças climáticas.

Especula-se que os principais causadores desse fenômeno natural sejam os gases emitidos pela queima de combustíveis fosseis.

Quem são realmente os que queimam esses combustíveis? Por acaso não são as mesmas pessoas que se manifestam contrariamente ao fenômeno do aquecimento do nosso planeta?

Isso é o mesmo que atirar a primeira pedra aquele que não tem culpa nem influência sobre os eventos em cadeia que acontecem ano após ano.

Antes que nos manifestemos contra o destempero climatológico que ocorre a todos nós, vamos confessar.

Nós ingerimos alimentos diariamente − cozidos, assados, fritos, marinados, preparados com o uso de combustível fóssil.

Tomamos banho diariamente, e isso contribui para o aquecimento.

Usamos elevadores que utilizam energia, e isso contribui para o aquecimento.

Utilizamos veículos individuais ou coletivos, movidos a combustível fóssil, que aquecem o planeta.

Tudo bem! Você é vegetariano, prepara seus alimentos a vapor; seu veículo é a bicicleta impulsionada por tração animal. Pois é! Você está vivo! E, ao respirar, produz 945g de CO2 por dia; essa é sua contribuição pessoal para o aquecimento global.

Não se entristeça! Você não está só; somos 7.000.000.000 (sete bilhões); sem contar os animais. A ciência explica: o aparelho respiratório dos mamíferos funciona respirando oxigênio e expirando CO2; se dois corpos unidos se aquecem, fica claro que 7.000.000.000 (sete bilhões) de pessoas produzindo CO2 aquecem o planeta.

A ciência a serviço da vida

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Passaporte para o conhecimento

Restaurantes, lojas de conveniência, praças de alimentação, shoppings, supermercados, indústrias, comércios, transportes rodoviários, aéreos, marítimos; enfim, todas as atividades em sua volta são agentes do aquecimento global.

Contra o que vamos protestar e o que vamos pleitear? Você sabe o seu lugar na engrenagem que controla o clima?

Seremos úteis ao nosso planeta se nos preocuparmos em formar os cidadãos que serão o futuro da Terra, com boa escolaridade, consciência administrativa; pessoas que pensem e realizem algo que nós não conseguimos fazer.

Plantar o futuro é olhar para frente; é enfrentar desafios com sabedoria investindo em conhecimento, apoiando pesquisas, fortalecendo a ciência, que detectou o aquecimento, incentivando pesquisadores a buscar e a encontrar soluções.

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Entendendo a ciência

Conhecimento ou saber são definições de ciências que podem ser naturais, biológicas, sociais, contábeis, tecnológicas e por aí vão; são inúmeras as aéreas a serem estudadas cientificamente.

Combustíveis fósseis fertilizantes, máquinas e equipamentos utilizados em desmatamento foram desenvolvidos cientificamente; o uso comercial dessas invenções e descobertas multiplicou-as em escala gerando o progresso.

Cotidianamente a ciência se faz presente em nossa vida: nos alimentos, nas indústrias que produzem de tecidos a modernas aeronaves, nos produtos cosméticos, na medicina e em toda a tecnologia de comunicação audiovisual.

A inquietação do intelecto humano tem sido a chave das descobertas científicas; sempre há alguém pensando de maneira evoluída em relação a nossos dias; pensando coletivamente e satisfazendo-se com o que faz.

Um empresário se satisfaz com os ganhos de sua empresa; um cientista se realiza com suas invenções; ele visualiza a utilidade destas como um bem comum a todos.

O grande aliado dos cientistas é o nosso planeta; no caso do aquecimento global, poluição do meio ambiente, a Terra vem equilibrando seus recursos naturais bem diante de nossos olhos, porém somente os estudiosos do assunto percebem essas ocorrências.

Um dos serviços prestados à humanidade pelo planeta Terra é o processo de purificação de águas por meio da evaporação; a cada precipitação de chuvas, ocorre uma nova evaporação purificando o mesmo volume de águas sequenciadamente.

O processo de formação das chuvas envolve mais de uma região ao mesmo tempo; as águas evaporam e formam as nuvens, que, conduzidas pelo vento, se transportam e são distribuídas para outros relevos geográficos envolvendo todos no mesmo processo.

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Estudos dão conta de que a água atua em todo o planeta; ela se faz presente na terra formando os rios subterrâneos; no ar, a partir do processo de evapotranspiração, quando compõe a umidade relativa do ar, condensada em nuvens, é transportada como rios aéreos; mares, oceanos e rios dispensam comentários.

Manter esse volume em movimento é sinônimo de vida abundante; a exploração desse recurso natural sem um planejamento de reposição ou de manutenção voltada para a sua continuidade gera a degradação e a escassez.

Os elementos naturais da Terra que compõem o clima do planeta são: o ar, com rotas definidas para movimentação dos ventos; a água, que se transporta por meio das correntes de ar condensadas em nuvens; e as florestas, que, por meio do processo de evapotranspiração, equilibram a umidade relativa do ar, indispensável a nossa sobrevivência.

A ausência de um desses componentes altera o ciclo natural da vida, o que por consequência promove uma adaptação à realidade que eles encontrarão nas regiões afetadas pela ação do homem.

Assim como os seres humanos, o planeta está programado para adaptar-se rapidamente a situações extremas; as consequências dessas adaptações nos são impostas diariamente. Quem causou esse desequilíbrio? O próprio homem!

Mas os homens não são os vilões da história da humanidade; somos a peça indispensável nessa engrenagem, afinal somos a imagem e a semelhança de Deus; se demos início a esse processo, certamente também poderemos encontrar a solução por meio de estudos e de pesquisas.

Pelo mundo afora inúmeras equipes de cientistas avaliam diferentes possibilidades de influenciar para melhor o que está ocorrendo com o ecossistema e sendo refletido nas pessoas.

A ciência de modo geral não permite ações ou experiências com datas e horas marcadas; em alguns casos o processo é lento, porém preciso.

Os primeiros passos já foram dados em direção ao equilíbrio de nossas reservas naturais; os processos de aproveitamento das energias solar e eólica desencadeiam um novo momento. Econômico, financeiro e ecológico.

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Concebidas como energias limpas, esses segmentos de indústria, além de gerarem riquezas, amenizam a pressão sobre o consumo de combustíveis fósseis e recursos hídricos para geração de energia.

A produção de bens de consumo que utilizem energias limpas solar ou eólica representa a consolidação de uma nova etapa rumo ao equilíbrio do meio ambiente.

Deu para perceber que a ciência estará presente em nossa vida enquanto vivermos; após a morte seremos objetos de estudos científicos.

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Ilustrações iniciais:

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Arte e ilustração técnica:

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PASSAPORTEPARA O CONHECIMENTO

É uma obra voltada para o cotidiano de todos nós, que convivemos com as oscilações de temperatura diariamente.

Nesse sentido, a Sociedade dos Amigos da Amazônia trabalha um formato individual e independente de sustentabilidade, que tem por base a educação.

Somos uma organização não governamental, sem fi ns econômicos, da Região Amazônica, que sensibiliza empresários e agentes sociais para reinvestir em ações de desenvolvimento sustentável, benefi ciando a comunidade da Região.

Ao criar as fl orestas certifi cadas em todos os municípios, vamos gerar a base de sustentabilidade de projetos e de ações educacionais, envolvendo parceiros públicos e privados.

A certifi cação dos projetos das fl orestas, a captação de parceiros e de recursos, o envolvimento das comunidades em viagens e em eventos internacionais serão mantidos por meio de produtos como o nosso livro e de doações públicas e privadas. Nossa base sustentável será resultado de fl orestas sustentáveis.

De quem é a responsabilidade com o futuro? De todos! Políticos, entidades públicas e governamentais, escritores, atores, empresários, pais, alunos, professores, pessoas comuns... Todos integram a base da cadeia de ensinamento.

Ribamar Mendes(Presidente da Sociedade dos Amigos da Amazônia)

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