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Robô – SEGUE FAIXA Equipe - Danadoso Ariel Oliveira de Figueiredo Diego Ribeiro Santos Fabio Ragazzi Marçal Projeto Integrador do curso de Engenharia mecatrônica, módulo Instrumentação Industrial. 3˚ Semestre Eng.Mec. Marcus Valério Professor

pasta do projeto 2° banca segue faixa

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Robô – SEGUE FAIXA

Equipe - Danadoso

Ariel Oliveira de Figueiredo

Diego Ribeiro Santos

Fabio Ragazzi Marçal

Projeto Integrador do curso de Engenharia mecatrônica, módulo Instrumentação Industrial.3˚ Semestre

Eng.Mec. Marcus Valério

Professor Orientador

Guarulhos

2011

Page 2: pasta do projeto 2° banca segue faixa

FACULDADE ENIAC

Robô- Segue faixa

Equipe - Danadoso

_____________________________________Ariel Oliveira de Figueiredo

_____________________________________Diego Ribeiro Santos

_____________________________________Fabio Ragazzi Marçal

____________________

Marcus ValérioOrientador Acadêmico

Guarulhos

Setembro 2011

Page 3: pasta do projeto 2° banca segue faixa

RESUMO

Este projeto tem por objetivo o estudo dos componentes eletrônicos tais como, resistores,

diodos, transdutores, capacitores e sensores com o propósito de criar um robô segue faixa

guiado por dois sensores “foto transdutores”, que por sua vez entende que a um diferencial de

luminosidade no piso, sendo a pista branca e as faixas do percurso em preto, assim quando o

robô não receber um sinal de luminoso refletido pelo piso, o sensor correspondente ao motor

automaticamente o desligará, todos recursos para criação do projeto, foi desenvolvido através

da fundamentação teórica, pesquisada sobre cada componente e suas utilizações no circuito

para resistividade e controle da tensão necessária e distribuída para cada componente, para

que assim todos os movimentos do robô como: ir para frente e virar para direita e esquerda

todas as vezes que o sensor correspondente ao motos encostar na faixa da pista do

circuito.Trazendo assim um conhecimento abrangente na área da robótica móvel.

Palavras Chaves: sensor, capacitor, diodo, transistor.

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Page 4: pasta do projeto 2° banca segue faixa

SUMÁRIO

Pág.

LISTA DE FIGURAS...............................................................................................................5

LISTA DE TABELAS..............................................................................................................7

LISTA DE SÍMBOLOS............................................................................................................8

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS..............................................................................9

CAPÍTULO 1..........................................................................................................................10

INTRODUÇÃO.......................................................................................................................10

CAPÍTULO 2..........................................................................................................................11

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................11

CAPÍTULO 3..........................................................................................................................47

DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................47

CAPÍTULO 4..........................................................................................................................54

RESULTADOS.......................................................................................................................54

CAPÍTULO 5..........................................................................................................................55

CONCLUSÕES.......................................................................................................................55

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................56

APÊNDICE ..............................................................................................................................57

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Page 5: pasta do projeto 2° banca segue faixa

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Resistores de fio..............................................................................Pág 12

Figura 2.2 - Resistores de filme de carbono (de grafite).....................................Pág 12

Figura 2.3 - Resistores de filme metálico.. ........................................................Pág 13

Figura 2.4 - Resistor Potenciômetro............................. .................................Pág 14

Figura 2.5 - Resistor Trimpot..............................................................................Pág 14

Figura 2.6 - Resistores de Reostatos.................................................................Pág 14

Figura 2.7 - Leitura dos resistores......................................................................Pág 16

Figura 2.8 - núcleos com 8 elétrons cada...........................................................Pág 19

Figura 2.9 - material semicondutor do tipo n.....................................................Pág 20

Figura 2.10 - material semicondutor do tipo p....................................................Pág 20

Figura 2.11 - junção PN.....................................................................................Pág 21

Figura 2.12 - Estrutura do diodo........................................................................Pág 22

Figura 2.13 - Polarização direita.........................................................................Pág 23

Figura 2.14 - Polarização inversa.......................................................................Pág 24

Figura 2.15 - Capacitor eletrolítico......................................................................Pág 28

Figura 2.16 - Leituras de capacitores..................................................................Pág 29

Figura 2.17- Capacitores usando letra e seus valores.......................................Pág 29

Figura 2.18 - Letras e valores de capacitores.....................................................Pág 29

Figura 2.19 - Coeficiente de temperatura...........................................................Pág 30

Figura 2.20 - Coeficiente de temperatura...........................................................Pág 31

Figura 2.21- Código de cores dos capacitores...................................................Pág 32

Figura 2.22 - Circuitos integrados.......................................................................Pág 37

Figura 2.23 - Decodificador/Excitador BCD........................................................Pág 37

Figura 2.24 - Codificador decimal para BCD (10 para 4)....................................Pág 38

Figura 2.25 - Pinagem CI 4511...........................................................................Pág 38

Figura 2.26 - Catodo Comum..............................................................................Pág 39

Figura 2.27- Codificador.....................................................................................Pág 39

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Page 6: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Figura 2.28 - Pinagem do Ci 7490......................................................................Pág 40

Figura 2.29 - Esquema em blocos interno simplificado......................................Pág 40

Figura 2.30 - Circuito de Aplicação.....................................................................Pág 41

Figura 2.31 - Display Catodo Comum/display anodo comum.............................Pág 42

Figura 2.32 - Display de 7 segmentos................................................................Pág 42

Figura 2.33 - Formato Display de 7 segmentos..................................................Pág 43

Figura 2.34 - Mostrador do display.....................................................................Pág 43

Figura 2.35 - Circuitos Sequenciais Flip-Flop.....................................................Pág 44

Figura 2.36 - Flip-Flops.......................................................................................Pág 44

Figura 2.37 - Sinal de clock.................................................................................Pág 45

Figura 2.38 - Esquema de bloco clock................................................................Pág 45

Figura 2.39 - Flip-Flop JK com sinal de clock.....................................................Pág 45

Figura 2.40 - Flip-Flop JK com preset e clear....................................................Pág 45

Figura 2.41 - Mostrando módulo de um contador...............................................Pág 46

Figura 3.1- materiais que foram usados no projeto............................................Pág 49

Figura 3.2 - Base do robô...................................................................................Pag 49

Figura 3.3 - Layout da placa de circuito impresso..............................................Pág 51

Figura 3.4 - Layout do contador do circuito.........................................................Pág 51

Figura 3.5 - Esquema do contador feito no multi maker.....................................Pág 51

Figura 3.6 - Esquema elétrico do circuito pronto................................................Pág 52

Figura 3.7 - Esquema elétrico foto transistores..................................................Pág 52

Figura 3.8 - Sensor com foto-transistor...............................................................Pág 53

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Page 7: pasta do projeto 2° banca segue faixa

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 - Tabela dos valores comerciais de resistores..................................Pág 15

Tabela 2.2 - Tabela de cores para resistores.....................................................Pág 16

Tabela 2.3 - Tabela dos tipos de capacitores.....................................................Pág 27

Tabela 2.4 - Tabela de tolerância capacitiva......................................................Pág 30

Tabela 2.5 - Coeficiente de temperatura e tolerâncias.......................................Pág 31

Tabela 2.6 - Variação máxima de capacitância..................................................Pág 32

Tabela 2.7 - Tabelas de cores e tolerâncias dos capacitores.............................Pág 33

Tabela 2.8 - Tabela Verdade decodificador.......................................................Pág 38

Tabela 2.9 - Tabela Verdade Codificador..........................................................Pág 40

Tabela 2.10 - Tabela Verdade de suas saídas..................................................Pág 41

Tabela 5.1 - Tabela de custos do projeto............................................................Pag 57

Tabela 5.2 - Cronograma do Projeto........................................................................Pág 57

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Page 8: pasta do projeto 2° banca segue faixa

LISTA DE SÍMBOLOS

Led = Light emiting diodes

DC = Corrente continua

AC = Corrente alternada

A = Ampers

m = Mili (unidades de medida)

K = Kilo (unidades de medidas)

Ω = Ohms

W = Watts

V = Volts

Q = Coulomb

ρϜ = Picofarad

ηϜ = Nanofarad

μϜ = Microfarad

Ϝ = Farad

C = Capacitância

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Page 9: pasta do projeto 2° banca segue faixa

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

If = Forward = Direto

Vr = Reverse = Inverso

1N = Código Americano

1S = Código Japonês

AO = BA = Código Europeu

tc = Coeficiente de temperatura

A/D = Analógico para Digital

D/A = Digital para Analógico

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Page 10: pasta do projeto 2° banca segue faixa

CAPÍTULO 1

Introdução

Visando todos os estudos sobre componentes elétricos, criamos um robô. A

culminância deste projeto acontecerá através de uma competição de robôs.

A apresentação ocorrerá dia 02/04/2011, no endereço: Rua Força Pública, 100 CEP

07012-030-Centro – Guarulhos- Faculdade Eniac.

O desenvolvimento do projeto integrador exigido pela faculdade tem por objetivo

utilizar componentes eletrônicos, sendo o principal deles os sensores, onde sua função é guiar

o robô sobre uma pista branca com uma faixa preta, traçando dois percursos, um circuito oval

e o outro no formato da letra E.

O robô que executar o percurso mais rápido ganhará a competição, que deverá ter um

juiz, que será um professor responsável por todas as vistorias cabíveis, como: cronometrar

tempo, funcionamento dos robôs e organização das equipes.

A avaliação da competição será dividida em dois momentos: através do desempenho

de cada robô e também pela fundamentação teórica (pasta do projeto), que será dividida em

duas etapas, sendo uma delas apresentada na primeira banca examinadora e posteriormente

deverá ser apresentada na segunda banca do projeto integrador.

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Page 11: pasta do projeto 2° banca segue faixa

CAPÍTULO 2

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 RESISTORES ELÉTRICOS

São dispositivos elétricos muito utilizados em eletrônica, com a finalidade de causar uma

queda de tensão elétrica ou transformar energia elétrica em energia térmica (efeito joule).

2. 1.1 Tipos de Resistores quando à Resistência

Fixos: o valor da resistência elétrica é preestabelecido.

Ajustáveis: o valor da resistência elétrica pode ser escolhido e ajustado dentro de uma

faixa de valores.

Geralmente são usados para calibração de circuitos elétricos e eletrônicos. Exemplo:

trimpots

Variáveis: o valor da resistência elétrica pode ser variado dentro de uma faixa de

valores. São usados para controle de parâmetros em circuitos elétricos e eletrônicos. Exemplo:

potenciômetros, reostatos.

Tipos Construtivos de Resistores

2.1.2 Resistor de fio

Consiste basicamente de um tubo cerâmico (ou vidro) que serve de suporte a um fio

condutor de alta resistividade enrolado (níquel-cromo) sobre este tubo.

O comprimento e o diâmetro do fio determinam sua resistência elétrica.

Os terminais são soldados nas extremidades do fio.

Aplicada uma camada de material isolante para proteção, Como mostrada na figura 2.1

abaixo.

2.1.2.1 Características:

• robustos;

• suportam altas temperaturas;

• geralmente na cor verde;

• especificações impressas no seu corpo (resistência, tolerância e potência nominal)

2.1.2.2 Valores:

• baixas resistências (Ω a kΩ)

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Page 12: pasta do projeto 2° banca segue faixa

• alta potência (de 5W a 1000kW)

• alta tolerância (10% a 20%)

2.1- Resistores de fio

2.1.3 Resistor de filme de carbono (de grafite)

Tubo cerâmico (ou de vidro) coberto por um filme (película) de carbono;

O valor da resistência elétrica é obtido mediante a formação de um sulco no filme,

produzindo uma fita espiralada cuja largura e espessura define o valor da sua resistência;

Os terminais são soldados na extremidade do filme;

Aplicada uma camada de material isolante para proteção, conforme mostrada na figura

2.2 abaixo.

2.1.3.1 Características:

Potência nominal está associada ao tamanho, Geralmente na cor bege e as

especificações impressas através do código de cores.

2.1.3.2 Valores:

Grande faixa de valores de resistências (Ω a 10MΩ), com mesmo tamanho, baixa

potência (até 3W) e média tolerância (5% a 10%)

2.2- Resistores de filme de carbono (de grafite)

2.1.4 Resistores de filme metálico

Semelhante ao de carbono.

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Tubo cerâmico coberto por um filme de uma liga metálica (níquel-cromo), como

mostrado na imagem 2.3 abaixo.

2.1.4.1 Características:

Geralmente na cor azul, potência associada ao seu tamanho e especificações impressas

através do código de cores.

2.1.4.2 Valores:

Grande faixa de resistências (Ω até MΩ), baixa potência (até 7W), baixa tolerância - mais

precisa (1% a 2%) e outras cores: de potência (marrom) e de precisão (verde escuro).

2.3- Resistores de filme metálico

2.1.5 Potenciômetro

É um resistor variável de 3 terminais, sendo 2 ligados às extremidades da resistência e

um ligado a um cursor móvel;

Entre os extremos: resistência fixa;

Entre um extremo e o cursor: resistência variável;

Uma haste é acoplada ao cursor para permitir variação da resistência. Podem ser

giratórios ou deslizantes.

Usados em circuitos para variar grandezas controladas por corrente ou tensão elétrica.

Exemplos: volume de som, contraste de cores em TV, temperaturas, etc., conforme mostrado

na figura 2.4 abaixo.

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Page 14: pasta do projeto 2° banca segue faixa

2.4-Resistor Potenciômetro

2.1.6 Trimpot

É um resistor ajustável cujo cursor é acoplado a uma base plana giratória vertical ou

horizontal, dificultando o acesso manual;

Usados em circuitos em que não se deseja mudança freqüente da resistência.

Exemplos: circuitos para ajuste ou calibração (uso interno), como mostrado na figura 2.5

abaixo.

2.5- Resistor Trimpot

2.1.7 Reostatos

Os reostatos são resistores de fio variáveis ou ajustáveis;

Sua resistência varia em função do comprimento do fio utilizado entre os contatos móvel

(cursor) e fixo como mostrado na figura 2.6

2.6- Resistores de Reostatos

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Page 15: pasta do projeto 2° banca segue faixa

2.1.8 Valores comerciais de resistores

Os resistores são fabricados e vendidos com valores nominais padronizados, os quais

cobrem uma grande faixa de valores possíveis. A tabela abaixo apresenta as raízes das séries

de valores comerciais de resistores. Todos os valores comerciais encontrados são múltiplos

das raízes das séries de valores, como mostrado na tabela 2.1.abaixo.

2.1- Tabelas dos valores comerciais de resistores

2.1.9 Código de cores para resistores

Os resistores são fabricados em valores padronizados de resistência nominal;

Os valores padronizados são determinados a partir de séries de valores (raízes), dos

quais são determinados os múltiplos e submúltiplos;

O código de cores determina o valor padrão (resistência nominal) dos resistores a

partir dos anéis coloridos impressos no corpo do resistor;

Como mostrado na tabela 2.1

Os resistores mais comuns vêm com 4 anéis coloridos;

Os resistores de precisão possuem 3 algarismos significativos e vêm com 5 anéis

impressos;

Em geral, o primeiro anel a ser lido é aquele mais próximo a um dos terminais do

resistor, desde que não seja da cor preta, ouro ou prata.

A tolerância representa percentualmente a faixa de variação admissível para o valor da

resistência do resistor.

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Page 16: pasta do projeto 2° banca segue faixa

2.2- Tabelas de cores para resistores

A leitura dos anéis deve ser efetuada a partir do anel mais próximo a uma das

extremidades do resistor, como ilustra a figura 2.2

2.7- Leituras dos resistores

2.1.10 Capacidade máxima de potência dissipável (Potência máxima do componente)

É a capacidade de liberação (dissipação para o ambiente) do calor gerado pelo Efeito

Joule na passagem da corrente elétrica e acumulado no componente. Se o componente não

tiver capacidade de liberar este calor, a sua temperatura aumentará progressivamente até que

seja danificado (queime).

Está associada às dimensões físicas (tamanho) do componente;

São fabricados em tamanhos padrões;

Valor fornecido pelo fabricante: impresso no corpo dos resistores de fio e em função

do padrão de tamanho nos resistores de filme.

2.1.11 Tensão nominal máxima de um resistor

É a tensão na qual o resistor dissipa sua potência nominal;

é a máxima tensão admissível pelo resistor, caso contrário pode danificar por

sobreaquecimento.

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Page 17: pasta do projeto 2° banca segue faixa

2.1.12 Tolerância

No processo de fabricação de qualquer produto sempre há imperfeições que produzem

pequenos desvios

(diferenças) com relação às suas especificações iniciais. No caso dos componentes

eletrônicos, nem sempre o valor nominal especificado é obtido com exatidão durante o seu

processo de fabricação. Por isso, os fabricantes indicam a tolerância, além do valor nominal

do componente. A tolerância indica a incerteza contida no valor do componente ou o limite de

erro máximo que o fabricante admite. Assim, a tolerância indica a faixa limite de valores onde

se situa o valor real (medido) do componente. A tolerância pode ser indicada em valores

absolutos ou em valores percentuais.

Exemplo:

Um resistor de 100Ω com tolerância absoluta de ±10Ω, indica que o valor medido

deve se encontrar numa faixa entre 90 a 110Ω.

Um resistor de 100Ω com tolerância percentual de ±5% indica que o valor medido

deve se encontrar numa faixa entre 95 a 105Ω.

Portanto, quanto menor a tolerância maior a precisão do componente.

Existem, no mercado, componentes com tolerâncias desde ±0,01% até ±50%. Ainda

há componentes com tolerâncias assimétricas, por exemplo -20% a +50%.

A tolerância é um fator importante a ser observado nos componentes, pois todo

sistema eletrônico (composição de vários componentes) possuirá, inevitavelmente, uma

tolerância operacional (incerteza) maior que a tolerância do pior componente utilizado.

2.1.13 Temperatura da operação

Muitos componentes eletrônicos têm as suas características nominais influenciadas

pela temperatura de seu corpo (encapsula mento) durante o funcionamento. Desta forma, os

fabricantes devem especificar a faixa de temperaturas na qual o componente se comporta

conforme o esperado, sem risco de ser danificado.

Alguns componentes devem ser armazenados em locais cuja temperatura não

ultrapasse determinados limites, sob pena de terem suas características físico-químicas

irreversivelmente alteradas. É por esse motivo que os fabricantes também especificam os

limites de temperatura de armazenamento e estocagem dos componentes.

2.1.14 Coeficiente de temperatura

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Page 18: pasta do projeto 2° banca segue faixa

O coeficiente de temperatura de um componente eletrônico indica o comportamento de

seu valor nominal conforme a variação da sua temperatura. Geralmente é expressa em

percentual por grau Celsius (%/°C).

Um coeficiente de temperatura positivo indica que o valor nominal do componente

aumenta com o aumento da sua temperatura. Um coeficiente de temperatura negativo indica

que o valor nominal do componente diminui com o aumento da temperatura.

2.1.15 Encapsulamento

O tipo de material, a forma e as dimensões do encapsulamento (corpo) dos

componentes são extremamente importantes, pois, além de dar a sustentação mecânica ao

componente, também determina a sua capacidade de dissipação de potência e a faixa de

temperatura de operação, pode funcionar como blindagem eletromagnética e ditar a forma de

fixação mecânica e conexão elétrica ao circuito.

2.2 MATERIAIS SEMICONDUTORES

Antes de entrarmos no assunto propriamente dito, é necessário fazermos algumas

considerações sobre o material de que são feitos alguns importantíssimos componentes

eletrônicos, tais como: diodos e transistores entre outros; este material é conhecido como

semicondutor. Existem na natureza materiais que podem conduzir a corrente elétrica com

facilidade: os metais-Ex: cobre alumínio, ferro etc. Materiais que não permitem a passagem

da corrente elétrica, pois o portador de carga (elétrons), não tem mobilidade neles. São os

isolantes. Ex.: mica, borracha, vidro plásticos etc. Em um grupo intermediário, situado entre

condutores e os isolantes estão os semicondutores, que não são nem bons condutores e nem

chega a ser isolantes. Destacamos entre os semicondutores, pois serão alvos deste estudo o

silício (Si) e o germânio (Ge). Existem outros elementos semicondutores também importantes

para eletrônica é eles o selênio (Se), o Gálio (Ga.) etc. As principais características que

interessa no caso do Silício e do Germânio é que estes elementos possuem átomos com 4

elétrons na sua última camada e que eles se dispõe numa estrutura geométrica e ordenada. O

silício e o germânio formam cristais onde os átomos se unem compartilhando os elétrons da

última camada. Sabemos da química que os átomos de diversos elementos têm uma tendência

natural em obter o equilíbrio, quando sua última camada adquire o número máximo de 8

elétrons. Desta forma formam tanto o silício quanto o germânio formam cristais quando os

seus átomos um ao lado do outro compartilham os elétrons havendo sempre 8 deles em torno

de cada núcleo, o que resulta num equilíbrio bastante estável para estes materiais.

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Page 19: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Cada átomo compartilha 4 elétrons com os vizinhos, de modo a haver 8 elétrons em

torno de cada núcleo, como mostrado na figura 2.8 abaixo.

Figura 2.8- núcleos com 8 elétrons cada

Nesta forma cristalina de grande pureza o silício e o germânio não servem para

elaboração de dispositivos eletrônicos, mas a situação muda quando adicionamos certas

“impurezas” ao material. Estas impurezas consistem em átomos de algum elemento químico

que tenha na sua última camada um numero diferente de 4 elétrons, e que sejam agregados a

estrutura do Germânio ou/e do silício em proporções extremamente pequenas da ordem de

partes por milhão (ppm). No nosso exemplo (figura 2.2.2) utilizaremos o silício com as duas

possibilidades de adição.

a) Elementos com átomos de 5 elétrons na última camada;

b) Elementos com átomos dotados de 3 elétrons na última camada.

No primeiro caso, mostrado na figura 2.9 a adição e utilizando o elemento arsênio

(As). Como os átomos vizinhos só podem compartilhar 8 elétrons na formação da estrutura

cristalina, sobrará um que não tendo a que se ligar, adquire mobilidade no material, e por isso

pode servir como portador de carga.

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Page 20: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Figura 2.9- material semicondutor do tipo n

O resultado é que a resistividade ou capacidade de conduzir a corrente se altera e o

semicondutor no caso o silício fica, o que se chama “dopado” e se torna bom condutor da

corrente elétrica. Como o transporte das cargas é feito nos materiais pelos elétrons que sobram

ou elétrons livres que são cargas negativas, o material semicondutor obtido desta forma, pela

adição deste tipo de impureza, recebe o nome de Semicondutor do tipo N (N-negativo). Na

segunda possibilidade, agregamos ao cristal de silício uma impureza, que contém 3 elétrons

na sua última camada, no caso o Índio (In) obtendo-se então uma estrutura conforme mostrada

na Figura 2.10

Figura 2.10- material semicondutor do tipo p

Observa-se que, no local em que se encontra o átomo de Índio não existem 8 elétrons

para serem compartilhados de modo que sobra uma vaga, que chamamos de “lacuna”. Esta

lacuna também funciona com portador de carga, pois os elétrons que queiram se movimentar

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Page 21: pasta do projeto 2° banca segue faixa

através do material possa “saltar” de lacuna para lacuna encontrando assim um percurso com

pouca resistência. Como os portadores de carga neste caso são lacunas, e a falta de elétrons

corresponde ao predomínio de uma carga positiva, dizemos que o material semicondutor

assim obtido é do tipo P (P de positivo). Podemos formar materiais semicondutores do tipo P

e N tanto com os elementos como o silício e o germânio, como com alguns outros

encontrados em diversas aplicações na eletrônica.

2.2.1 Junções PN.

Um importante dispositivo eletrônico é obtido quando juntamos dois materiais

semicondutores de tipos diferentes formando entre eles uma junção semicondutora. A junção

semicondutora é parte importante de diversos dispositivos como os diodos, transistores,

SCRs, circuitos integrados, etc. Por este motivo, entender o seu comportamento é muito

importante. Supondo que tenhamos dois pedaços de materiais semicondutores, um do tipo P e

o outro do tipo N, se unirmos os dois de modo a estarem num contato muito próximo, formam

uma junção, conforme se mostra na Figura 2.11, na sequência.

Figura 2.11 junção PN

Esta junção apresenta propriedades muito importantes. Analisemos inicialmente o

ocorre na própria junção. No local da junção os elétrons que estão em excesso no material N e

podem movimentar-se procuram as lacunas, que estão também presentes no local da junção,

no lado do material P, preenchendo-as. O resultado ‘e que estas cargas se neutralizam e ao

mesmo tempo aparece certa tensão entre os dois materiais (P e N). Esta tensão que aparece na

junção consiste numa verdadeira barreira que precisa ser vencida para que possamos fazer

circular a corrente entre os dois materiais. Esta barreira é chamada de Barreira de potencial ou

ainda Tensão de Limiar ou ainda Tensão de Condução. Para o Germânio esta tensão é de 0,2

Volts e para o Silício é de 0,7 Volts.

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A estrutura indicada, com os dois materiais semicondutores P e N, forma um componente

eletrônico com propriedades elétricas bastante interessantes e que é chamado de diodo

(semicondutor).

2.2.2 Diodos

Diodo é um semicondutor formado por dois materiais de características elétricas

opostas, separados por uma área sem carga (vazia) chamada de junção. Esta junção é que dá a

característica do diodo como mostra à figura 2.12 a abaixo. Normalmente os diodos são feitos

de cristais “dopados” de silício e do germânio.

Figura: 2.12 Estruturas do diodo

2.2.3 Especificações dos diodos

As especificações dos Diodos comuns são feitas em função da corrente máxima que

podem conduzir no sentido direto, abreviado por If( o f de forward=direto), e pela tensão

máxima que podem suportar no sentido inverso, abreviada por Vr (reverse=Inverso) e ainda

segundo códigos, da seguinte forma: 1N – Código americano (uma Junção); 1S – Código

Japonês; AO = BA – Código europeu.

2.2.4 Polarização dos Diodos.

2.2.4.1 Polarização Direta

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Page 23: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Para polarizar um diodo ligamos o anodo ao pólo positivo da bateria, enquanto o

catodo é ligado ao pólo negativo da mesma. Ocorre uma repulsão tanto dos portadores de

carga da parte N se afastando do pólo negativo da bateria, como dos portadores de carga da

parte P se afastando do pólo positivo da bateria. Convergem, tanto os portadores de N como

os portadores de P, para a região da junção. Temos então na região da junção uma

recombinação, já que os elétrons que chegam passam a ocupar as lacunas que também são

“empurradas” para esta região. O resultado é que este fenômeno abre caminho para novas

cargas, tanto em P como em N, fazendo com que as estas se dirijam para região da junção,

num processo contínuo o que significa a circulação de uma corrente. Esta corrente é intensa, o

que quer dizer que um diodo polarizado desta maneira, ou seja, de forma direta deixa passa

corrente com facilidade. Na figura 2.13, podemos visualizar melhor este fenômeno.

Figura 2.13 Polarização direita

2.2.4.3 Polarização Inversa.

Quando invertemos a polaridade da bateria, em relação aos semicondutores, ou seja,

pólo positivo da bateria ligado ao catodo (N) e o pólo negativo.

Da bateria ligada ao anodo(P), o que ocorre é uma atração dos portadores de carga de

N para o pólo positivo da bateria e dos portadores de P para o pólo negativo das 7 mesma.

Ocorre então um afastamento dos portadores de N e de P da junção. O resultado é que

em lugar de termos uma aproximação das cargas na região da junção temos um o seu

afastamento, com um aumento da barreira de potencial que impede a circulação de qualquer

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Page 24: pasta do projeto 2° banca segue faixa

corrente. O material polarizado desta forma, ou seja, inversa, não deixa passar a corrente.

Veja na figura 2.14, como ocorre esta situação.

Figura 2.14 Polarização inversa

2.2.5 Tipos de Diodos.

Diodos de silício uso geral:- são aqueles usados em circuitos lógicos, circuitos de

proteção de transistores, polarização etc. São fabricados para o trabalho com correntes de

pequena intensidade de no máximo 200mA e tensões que não ultrapassam 100V.

Um dos diodos mais populares deste grupo é o de referência 1N4148.

2.2.5.1 Diodos Retificadores.

Sua função é de retificar corrente de AC para DC pulsante. É destinada a condução de

correntes intensas e também operam com tensões inversas elevadas que podem chegar 1000v

ou 1200 no sentido inverso Conduzem correntes diretas de até 1 A.

2.2.5.2 Diodos emissores de luz – Led (Light emiting diodes).

Estes diodos polarizados de forma direta emitem luz monocromática quando a

corrente circula pela sua junção.

Aplicações: Controles remotos, Monitores, Indicativo de funcionamento dos dispositivos em

um PC etc.

Tensão de funcionamento: Leds vermelhos –1,6V demais de 1,8 a 2,1V .

24

Page 25: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Indicações de identificação- os Leds mais comuns são indicados por tipos de fabrica, tais

como as siglas TIL (TIL221 etc.) da Texas Instruments, CQV (da Phillips) ou LD (Icotron).

2.2.5.3 Fotodiodos.

São aqueles que estando polarizada inversamente a sua resistência ôhmica é função da

incidência da luz na sua junção. O resultado é que se obtém a circulação de corrente

dependente da intensidade de luz incidente.

Características: sensibilidade à luz incidente, velocidade com que reagem as variações da

intensidade da luz incidente.

Aplicações: Leitura de códigos de barras, cartões perfurados, leitura ótica dos CD Roms, e

ainda, recepção da luz modulada de um laser via fibra ótica. Como extensão desta propriedade

dos diodos de serem sensíveis à luz também tem os fotodiodos sensíveis à radiação nuclear

que também atuam com polarização inversa. O seu símbolo é igual ao dos fotodiodos e o seu

aspecto é igual ao tipo quadrado visto acima em aspectos, utilizando em sua janela central a

mica.

2.2.5.4 Varicap.

É um diodo duplo que quando polarizado inversamente apresenta uma capacitância a

qual depende da tensão aplicada.

Aplicações: Sintonia eletrônica de rádios Am, Fm e TV.

2.2.5.5 Diodo Zener.

Polarizado inversamente mantém a tensão do circuito constante, mesmo que a corrente

varie, ou seja, ele funciona como regulador de tensão em um circuito. Obs.: polarizado

diretamente funciona como um diodo comum.

Aplicações: em fontes de alimentação para manter a tensão estável e constante, além de

estarem presentes em outras aplicações em que se necessita tensão fixa.

Código de identificação. Uma série de diodos que se emprega muito em projetos e aparelhos

comerciais é a BZX79C da Phillips Components, formada por diodos de 400mA. Nesta série

a tensão do diodo é dada pelo próprio tipo.

Ex.: BZX79C2V1-onde 2V1 corresponde a 2,1 V(0V substituí a virgula). BZX79C12V-

corresponde a um diodo de 12 V.

25

Page 26: pasta do projeto 2° banca segue faixa

2.3 CAPACITORES

Componente eletrônico constituído de duas placas condutoras, separadas por um

material isolante. É um componente que, embora não conduza corrente elétrica entre seus

terminais, é capaz de armazenar energia elétrica, sendo esta sua principal característica.

É constituído por duas placas condutoras denominadas Armaduras, que são separadas

por um material isolante chamado Dielétrico. Ligados a estas placas condutoras (as

armaduras) estão os terminais para conexão do capacitor com outros componentes de um

circuito elétrico.

A Capacitância (C) é a capacidade de acumulação de cargas elétricas no capacitor,

quando aplicamos em seus terminais determinada tensão. Sua capacitância é determinada

pelas dimensões das placas e pela distância de uma em relação à outra, ou seja, é diretamente

proporcional à área das armaduras e inversamente proporcional à espessura do Dielétrico.

Unidades de Medida da capacitância: Farad (F), Microfarad (μF), Nanofarad (ηF) e

Picofarad (ρF). A quantidade de cargas (Q, em Coulomb) que um capacitor pode armazenar

depende da tensão (V, em Volts) e de sua capacitância (C, em Farad) entre seus terminais.

Quando uma Tensão Contínua é aplicada às placas do capacitor, através dele não se

verifica nenhuma passagem de corrente, devido à presença do dielétrico. Por outro lado,

ocorre uma acumulação de carga elétrica nas placas de tal forma que, a placa ligada ao pólo

negativo do gerador acumula elétrons enquanto que a placa ligada ao pólo positivo do gerador

fica com falta elétrons. Este fenômeno é chamado de Polarização do Dielétrico.

Quando a tensão aplicada é interrompida, a carga acumulada mantém-se devido ao

campo elétrico que se forma entre as placas. Se as placas forem curto-circuitadas, encostando

se os dois terminais de ligação, uma rápida passagem de corrente é produzida e o capacitor se

descarrega, retornando à condição inicial.

Quando uma corrente contínua é aplicada a um capacitor, a tensão leva certo tempo

para atingir o valor máximo. Portanto, no capacitor, a corrente está adiantada em relação à

tensão. O tempo necessário para que o capacitor se carregue totalmente depende das

resistências do circuito.

Para um circuito RC em série, quanto maior o valor do resistor e do capacitor, mais

tempo leva para que o capacitor carregue-se totalmente. A medida da velocidade de

crescimento da tensão no capacitor é dada pela constante de tempo (τ) do circuito.

2.3.1 Reatância capacitiva

26

Page 27: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Quando uma Tensão Alternada é aplicada a um capacitor, seu comportamento é a

conseqüência direta do que ele manifesta no caso de uma Tensão Contínua.

O Dielétrico é submetido a solicitações alternadas, pois variam de sinal rapidamente e

sua polarização muda com o mesmo ritmo. Se a freqüência aumenta, o Dielétrico não pode

seguir as mudanças com a mesma velocidade com que ocorrem, e assim, a polarização

diminui o que acarreta uma redução da capacitância. Portanto, devido ao fato de que a

capacitância tende a diminuir com o aumento da freqüência, os capacitores Styroflex e

cerâmicos são os únicos que podem ser empregados em alta freqüência (Amplificadores e

Osciladores). Com as Tensões Alternadas, produzindo o fenômeno de sucessivas cargas e

descargas, verifica-se uma circulação de corrente, embora esta não flua diretamente pelo

Dielétrico.

Assim, chega-se a uma das principais aplicações dos capacitores: a de separar a

Corrente Alternada da Corrente Contínua, quando estas se apresentam simultaneamente. Em

geral: o capacitor comporta-se como um circuito aberto em corrente contínua e como uma

resistência elétrica em corrente alternada.

2.3.2 Tipos de capacitores

O que determina o tipo do capacitor é o seu Dielétrico. Pode ser do tipo:

- Axial (1 terminal em cada extremidade).

- Radial (2 terminais na mesma extremidade).

2.3-Tabela dos tipos de capacitores

2.3.3 Associação de capacitores

2.3.3.1 Associação em serieA Capacitância Total diminui, pois há um aumento efetivo da distância entre as placas.

2.3.3.2 Associação de paralelosA Capacitância Total aumenta, pois aumenta a área de placas que recebem cargas.

27

Page 28: pasta do projeto 2° banca segue faixa

2.3.4 Tensão de trabalhoHá um limite para a tensão que pode ser aplicada a um capacitor qualquer. Se for

aplicada uma tensão alta, haverá uma corrente que forçará uma passagem através do

Dielétrico. O capacitor entra em curto-circuito e é descarregado. A tensão máxima a ser

aplicada a um capacitor é chamada de Tensão de Trabalho e não deve ser ultrapassada.

2.3.5 Capacitores eletrolíticos

Consiste em uma folha de alumínio como armadura positiva, onde por um processo

eletrolítico, forma-se uma camada de óxido de alumínio que serve como dielétrico, e um

fluído condutor, o eletrólito que impregnado em um papel poroso, é colocado em contato com

outra folha de alumínio de maneira a formar uma armadura negativa. O conjunto é bobinado,

sendo a primeira folha de alumínio ligada ao terminal positivo e outra ligada a uma caneca

tubular, encapsulado todo o conjunto, e ao terminal negativo.

Os capacitores eletrolíticos, por apresentarem o dielétrico como uma fina camada de

óxido de alumínio e em uma das armaduras um fluido, constituem uma série de altos valores

de capacitância, mas com valores limitados de tensão de isolação e terminais polarizados.

Figura 2.15- Capacitor eletrolítico

2.3.6 Leitura de capacitores

Os capacitores eletrolíticos apresentam seu valor nominal e polaridade inscrita no

próprio componente. Alguns outros capacitores apresentam uma codificação é um tanto

estranha mesmo para os técnicos experientes, (e ainda mais difícil de compreender para o

técnico novato.) Observemos o exemplo abaixo:

28

Page 29: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Figura 2.16- Leituras de capacitores

O valor do capacitor, "B", é de 3300 pF (picofarad = 10^-12 F) ou 3,3 nF (nanofarad

=10^-9 F) ou 0,0033 UF (microfarad = 10^-6 F). No capacitor "A", devemos acrescentar mais

4 zeros após os dois primeiros algarismos. O valor do capacitor, que se lê 104, é de 100000 pF

ou 100 nF ou 0,1UF.

Figura 2.17- Capacitores usando letra e seus valores

O desenho acima mostra capacitores que tem os seus valores impressos em nano farad

(nF) = 10^-9F. Quando aparece no capacitor uma letra "n" minúscula, como um dos tipos

apresentados ao lado, por exemplo: 3n3, significa que este capacitor é de 3,3nF. No exemplo,

o "n" minúsculo é colocado ao meio dos números, apenas para economizar uma vírgula e

evitar erro de interpretação de seu valor.

Para transformar em pico farad, pegamos 0,000.000.003.3F e dividimos por 10^-12,

resultando 3300pF. Alguns fabricantes fazem capacitores com formatos e valores impressos

como os apresentados abaixo. O nosso exemplo, de 3300 pF, é o primeiro da fila, como

mostrado na figura 2.18 abaixo.

2.18- Letras e valores de capacitores

29

Page 30: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Note nos capacitores seguintes, o aparecimento de uma letra maiúscula ao lado dos

números. Esta letra refere-se à tolerância do capacitor, ou seja, o quanto que o capacitor pode

variar de seu valor em uma temperatura padrão de 25°C. A letra "J" significa que este

capacitor pode variar até ±5% de seu valor, a letra "K" = ±10% ou "M" = ±20%. Seguem na

tabela 2.4, os códigos de tolerâncias de capacitância.

2.4-Tabela de tolerância capacitiva

Agora, um pouco sobre coeficiente de temperatura "TC", que define a variação da

capacitância dentro de uma determinada faixa de temperatura. O "TC" é normalmente

expresso em % ou ppm/°C ( partes por milhão / °C ). É usado uma seqüência de letras ou

letras e números para representar os coeficientes. Observe a figura 2.19 abaixo.

Figura 2.19- Coeficiente de temperatura

Os capacitores acima são de coeficiente de temperatura linear e definido, com alta

estabilidade de capacitância e perdas mínimas, sendo recomendados para aplicação em

circuitos ressonantes, filtros, compensação de temperatura e acoplamento e filtragem em

30

Page 31: pasta do projeto 2° banca segue faixa

circuitos de RF. Na tabela 2.5 estão mais alguns coeficientes de temperatura e as tolerâncias

que são muito utilizadas por diversos fabricantes de capacitores.

Tabela 2.5-coeficiente de temperatura e tolerâncias

Outra forma de representar coeficientes de temperatura é mostrada na figura 2.20 É

usada em capacitores que se caracterizam pela alta capacitância por unidade de volume

(dimensões reduzidas) devido à alta constante dielétrica sendo recomendados para aplicação

em, acoplamentos e supressão de interferências em baixas tensões.

Figura 2.20- Coeficiente de temperatura

Os coeficientes são também representados exibindo seqüências de letras e números,

como por exemplo: X7R, Y5F e Z5U. Para um capacitor Z5U, a faixa de operação é de +10°C

que significa "Temperatura Mínima", seguido de +85°C que significa "Temperatura Máxima"

31

Page 32: pasta do projeto 2° banca segue faixa

e uma variação "Máxima de capacitância", dentro desses limites de temperatura, que não

ultrapassa -56%, +22%. Veja as três tabelas 2.6, abaixo para compreender este exemplo e

entender outros coeficientes.

Tabela 2.6- variação máxima de capacitância

2.3.7 Capacitores de poliéster metalizados usando código de cores

A tabela a seguir 2.7, mostra como interpretar o código de cores dos capacitores

abaixo figura 2.21.

No capacitor "A", as 3 primeiras cores são: laranja, laranja e laranja, correspondem a

33000, equivalendo a 33 nF. A cor branca, logo adiante, é referente a ±10% de tolerância. E o

vermelho, representa a tensão nominal, que é de 250 volts.

Figura 2.21- Código de cores dos capacitores

2.7- Tabelas de cores e tolerâncias dos capacitores

32

Page 33: pasta do projeto 2° banca segue faixa

2.4 SENSORES

Segundo Seippel1 são dispositivos usados para detectar, medir ou gravar fenômenos

físicos tais como calor, radiação etc., e que responde transmitindo informação, iniciando

mudanças ou operando controles. Considerem agora outra definição de sensores: “São

dispositivos que mudam seu comportamento sob a ação de uma grandeza física, podendo

fornecer diretamente ou indiretamente um sinal que indica esta grandeza”. Quando operam

diretamente, convertendo uma forma de energia em outra, são chamados transdutores. Os de

operação indireta alteram suas propriedades, como a resistência, a capacitância ou a

indutância, sob ação de uma grandeza, de forma mais ou menos proporcional. O sinal de um

sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de controle, e nos

instrumentos de medição, que freqüentemente estão associados aos SC de malha aberta (não

automáticos), orientando o usuário.

2.4.1 Características dos sensores

2.4.1.1 Linearidade

É o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza física. Quanto maior, mais

fiel é a resposta do sensor ao estímulo. Os sensores mais usados são os mais lineares,

conferindo mais precisão ao SC. Os sensores não lineares são usados em faixas limitadas, em

que os desvios são aceitáveis, ou com adaptadores especiais, que corrigem o sinal.

2.4.1.2 Faixa de atuação

33

Page 34: pasta do projeto 2° banca segue faixa

É o intervalo de valores da grandeza em que pode ser usado o sensor, sem destruição ou

imprecisão. Porem os sensores se divide em vários tipos como veremos mais tarde.

2.4.1.3 Detectores

Segundo Seppel1 diretores são dispositivos usados para sentir a presença de alguma coisa tal

como calor, radiação ou outro fenômeno físico.

Nota-se que qualquer diferença nas definições de Seipel1 é muito tênue.

2.4.1.5 Sinal

Geralmente é qualquer quantidade que pode ser representada como uma função do

tempo. Mais estritamente, funções do tempo tais como excitação e resposta, também

denominadas entrada e saídas, são chamadas sinais na teoria de sistemas (Meirovitch4).

Sinais de tempo contínuo: são sinais nos quais o tempo é uma variável contínua.

Sinais de tempo discreto: são sinais nos quais o tempo é uma variável discreta, normalmente

assumindo valores periódicos.

2.4.1.6 Sinais analógicos

São sinais cuja amplitude não é restrita, podendo assumir quaisquer valores.

2.4.1.7 Sinais digitais

São sinais cuja amplitude é restrita a uma classe de valores. Um computador digital só

aceita sinais digitais, geralmente codificados na forma binária. Portanto para utilizar o

computador digital é necessário mudar o formato dos sinais de analógico discreto para digital

discreto. Isto é feito através de conversores de sinais. Temos os conversores analógico-para-

digital denotado simbolicamente por conversores A/D, e os conversores digital-para-

analógico, representados por D/A utilizados para fazer a conversão de volta, isto é, de digital

para analógico.

2.4.1.8 Servomecanismos:

São sistemas de controle com realimentação nos quais as saídas são posições

mecânicas, velocidades ou acelerações. Portanto servomecanismo e sistema de controle de

posição (velocidade ou aceleração) são sinônimos.

2.4.1.9 Função de Transferência

34

Page 35: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Em teoria de controle a função de transferência se refere a relação entre a saída e a

entrada dos sistemas.

2.5 TRANSDUTORES

Transdutor: Segundo Seippel1 um transdutor é um dispositivo que converte uma

forma de energia ou quantidade física em outra. Não há completa concordância em relação a

esta definição. Embora autoridades no assunto insistam que o termo transdutor deva ser

aplicado apenas para o dispositivo que transforma um tipo de energia ou quantidade física em

outra, existem outras definições de uso corrente. Observem a definição de Brignell e White2:

Os transdutores dividem-se em dois subconjuntos, sensores fornecem informações de entradas

em nosso sistema a partir do mundo externo e atuadores que executam ações de saída para o

mundo externo. Notem que por esta definição sensores são transdutores cuja ação é dar

entradas do mundo externo para o sistema. Surge ainda o termo atuador responsável pelas

ações de saída do sistema para o mundo externo. Esta definição é bastante apropriada para

sistemas de controle. Para Brignell e White2 detectores são definidos como sensores binários.

Ogata3 apresenta uma definição em termos de sinais de entrada e saída de um sistema, ou seja,

um transdutor é um dispositivo que converte um sinal de entrada em um sinal de saída de

outra forma. Note que esta definição lembra transformação de energia ou de quantidade física,

como dada por Seippel1, mas também lembra a definição apresentada por Brignell e White2 no

sentido de que os transdutores estão associados à entrada e saída de sistemas de controle.

Ogata1 estende um pouco mais a discussão sobre os transdutores, classificando-os como:

2.5.1 Transdutores analógicos

São transdutores nos quais os sinais de entrada e saídas são funções contínuas do

tempo. As amplitudes dos sinais podem assumir quaisquer valores dentro das limitações

físicas do sistema.

2.5.2 Transdutores a dados amostrados

São transdutores nos quais os sinais e saída ocorrem apenas em instantes discretos

de tempo, normalmente periódicos. As amplitudes do sinal são não - quantizáveis.

2.5.3 Transdutores digitais

35

Page 36: pasta do projeto 2° banca segue faixa

São aqueles nos quais nos quais os sinais de entrada e saída são discretos e a

amplitude dos mesmos é quantificáveis, ou seja, podem assumir apenas certos valores

discretos.

2.5.4 Transdutores analógico-digital

São transdutores nos quais o sinal de entrada é uma função contínua do tempo e o

sinal de saída é um sinal quantizável que pode assumir apenas certos valores discretos.

2.5.5 Transdutores digital-analógico

São aqueles nos quais o sinal de entrada é um sinal quantizado e o sinal de saída é uma

função contínua do tempo.

2.6 TRANSISTORES

Os primeiros transistores eram dispositivos simples destinados a operar apenas

corrente de baixa intensidade, sendo por isso quase todos iguais nas principais características.

No entanto, com o passar do tempo ocorreram muitos avanços nos processos de

fabricação, que levaram os fabricantes a produzirem uma enorme quantidade de tipos, capazes

de operar com pequenas intensidades de corrente, mas também com correntes altas; o mesmo

ocorreu com as tensões e até mesmo com a velocidade.

Existe hoje, em termos de tipos de transistores mais de um milhão, o que requer

manuais de consultas volumosos quando se quer escolher um determinado tipo.

Assim para facilitar o estudo de transistor na prática é necessário que se divida estes

dispositivos em “famílias” em que as características principais se mantêm.

Para outras características, as diferenças são normalmente fornecidas pelos fabricantes

em forma de folhas de dados chamadas de datasheets.

2.7 TECNOLOGIAS COM CIRCUITOS INTEGRADOS

2.7.1 Circuito integrado

Micro circuito eletrônico em que os diferentes componentes se encontram ligados

entre si, de maneira inseparável, sobre um pequeníssimo pedaço de material semicondutor.

Foi proposto, em 1952, pelo físico britânico G W A Dunner. O primeiro circuito integrado,

contendo 5 componentes, foi construído, em 1958, pelo físico americano Jack Kilby.

36

Page 37: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Circuito digital integrado - circuito lógico implementado com semicondutores e fabricado de

acordo com a técnica dos circuitos integrados.

Figura 2.22 Circuitos Integrados

As primeiras famílias de circuitos digitais integrados foram as seguintes:

• Família DTL

• Família TTL

• Família CMOS

Entre estas famílias destacam-se as duas primeiras (DTL e TTL), das quais se darão

seguidamente quatro exemplos.

Exemplos da família DTL Porta NAND; Porta NOR

Exemplos da família TTL: Porta NAND; Porta NOR

2.7.2 CI 4511

Decodificador / excitador BCD de display de sete segmentos. Suporta corrente de até 25mA

na saída de excitação dos segmentos.

Decodificador - definição:

Circuito lógico que converte um código binário de n bits em 2n linhas de saída, sendo que

cada linha de saída é ativada por uma, e somente uma, das possíveis combinações dos bits de

entrada.

Figura 2.23 Decodificador/Excitador BCD

2.8- Tabela Verdade Decodificador

Decodificador - Tabela verdade

37

Page 38: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Ao A1 A2 S0 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7

0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0

0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0

1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1

Figura 2.24 Codificador Decimal para BCD (10 para 4).

Invólucro de 16 pinos

Figura 2.25 Pinagem CI 4511

Funções de suas pinagens

f, g, a, b, c, d, e - Excitam os segmentos dos displays.

A, B, C, D - Entrada binária.

38

Page 39: pasta do projeto 2° banca segue faixa

LT - Leva as saídas a 1.

LE - Habilita a memorização dos latchs internos congelando o display. A transferência

para a saída e travamento de uma nova leitura ocorrerá sempre na subida de pulso deste pino,

para isto é necessário que este permaneça no mínimo num período de 650US em nível baixo.

Caso permaneça em nível zero continuamente não afetará a contagem.

Pinagens para display do tipo FND500, FND560 (catodo comum).

Figura 2.26 Catodo Comum

2.7.4 CI 7490

Codificador- definição:

Circuito digital oposto do Decodificador

• Possui um conjunto de linhas de entrada, sendo que somente uma delas

pode estar ativada em determinado instante de tempo, produzindo uma

saída que é um código de n bits, dependendo da entrada que estiver

ativada.

Figura 2.27 Codificador

Constituído de dois divisores por 2 e 5 independentes. Sua freqüência máxima típica é de

18MHZ.

39

Page 40: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Invólucro DIP-14

Figura 2.28 Pinagem do CI 7490

Esquema em blocos interno simplificado

Figura 2.29 Esquema em blocos interno simplificado

2.9- Tabela Verdade Codificador

Codificador –Tabela verdade

A0 A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 O2 O1 O0

X 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

X 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1

X 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0

X 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1

X 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0

X 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1

X 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0

X 0 0 0 0 0 0 1 1 1 1

2.7.5 Função de sua Pinagem

INPUT A - Entrada de clock do contador A (acionada por borda de descida).

INPUT B - Entrada de clock do contador B (acionada por borda de descida).

R0(1), R0(2) - Em nível alto zera (0000) a saída do contador.

R9(1), R9(2) - Em nível alto leva a nove (1001) a saída do contador.

QA, QB, QC, QD - Saídas do contador.

40

Page 41: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Circuito de aplicação (Contador BCD)

Figura 2.30 Circuito de Aplicação

Para o circuito acima as chaves S1 e S2 levam as saídas a zero (0000) ou nove (1001). Abaixo

a tabela verdade de suas saídas em função de um clock aplicado no pino 14.

2.10 Tabela verdade de suas saídas.

D C B A

0 0 0 0

0 0 0 1

0 0 1 0

0 0 1 1

0 1 0 0

0 1 0 1

0 1 1 0

0 1 1 1

1 0 0 0

1 0 0 1

2.8 TECNOLOGIA COM DISPLAY DE 7 SEGMENTOS

Os display de 7 segmentos é a maneira mais fácil de mostrar ao mundo exterior

informações que estejam em circuitos eletrônicos. Estes displays são fornecidos de duas

maneiras:

Com catodo comum e anodo comum.

41

Page 42: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Na configuração catodo comum, todos os catodos de todos os Leds que formam o

display são interligados entre si e ligados ao GND. Para ligarmos um Led do display basta

aplicar uma tensão no resistor que esta ligado ao anodo do Led correspondente.

Na configuração anodo comum, todos os anodos de todos os Leds que formam o

display são interligados entre si e ligados ao +VCC. Para ligarmos um Led do display basta

aplicar uma tensão em nível baixo no resistor que esta ligado ao catodo do Led

correspondente.

Figura 2.31 Display Catodo Comum/ Display Anodo Comum

A figura abaixo mostra a configuração dos display de 7 segmentos:

Figura 2.32 Display de 7 Segmentos

Formato do display 7 segmentos com catodo comum.

42

Page 43: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Figura 2.33 Formato do display de 7 Segmentos

O ponto P é o ponto decimal. Em anodo comum deve ficar em nível lógico alto e em

catodo comum deve ficar em nível lógico baixo.

Para interligarmos o mundo digital com o mundo exterior utilizando os display de 7

segmentos necessitamos de um CI conversor de BCD para decimal neste caso existem os CIs

7448(catodo comum) e o 7446(anodo comum). Para nosso exemplo utilizaremos o 7446

juntamente com um display em anodo comum. O conversor de binário para decimal 7446

segue abaixo:

Figura 2.34 Mostrador do Display

43

Page 44: pasta do projeto 2° banca segue faixa

2.9 TECNOLOGIA COM FLIP FLOPS

Circuitos seqüenciais: flip flops

Em um circuito combinacional, a saída depende apenas de uma combinação das entradas,

enquanto que em um circuito seqüencial, a saída depende, além de uma combinação das

entradas atuais, também dos valores anteriores (memória).

Figura 2.35- Circuitos Seqüenciais: Flip-flops

2.9.1 A definição do flip-flop

O flip-flop é um elemento de circuito que pode apresentar em seu funcionamento

apenas dois estados estáveis. Com a aplicação de um sinal de entrada pode-se efetuar a

mudança de um estado para outro e de se conhecer o respectivo estado em que se encontra.

Assim, este circuito é considerado como uma célula básica de memória da lógica seqüencial

capaz de armazenar um bit. Em outras palavras.

Os flip-flops são os circuitos seqüenciais mais elementares e possuem a capacidade de

armazenar a informação neles contida. Representam a unidade elementar de memória de 1 bit

(binary digit), ou seja, funcionam como um elemento de memória por armazenar níveis

lógicos temporariamente. São chamados de biestáveis porque possuem dois estados lógicos

estáveis, geralmente representados por “0” e “1”.

Figura 2.36- Flip-Flops

44

Page 45: pasta do projeto 2° banca segue faixa

2.9.2 Flip-flops com sinal de clock

Figura 2.37- Sinal de Clock

Figura 2.38- Esquema de Bloco Clock

2.9.3 Flip-flop JK com sinal de clok

Figura 2.39- Flip flop JK com sinal de clock

2.9.3.1 Flip-flop JK com preset e clear

Figura 2.40- Flip flop JK com preset e clear

45

Page 46: pasta do projeto 2° banca segue faixa

2.9.4 Aplicações com flip flops:

- Célula de memória

- Contadores binários

- Registradores de deslocamento

- Conversor Paralelo-serial

Figura 2.41 Módulo de um contador depende do número de estágios usados.

46

Page 47: pasta do projeto 2° banca segue faixa

CAPITULO 3

DESENVOLVIMENTO

3.1 MOVIMENTO INICIAL

Com Instruções dadas pelos professores da faculdade Eniac aos alunos do 3° semestre

de Eng. e tecnologia em mecatrônica industrial, iremos desenvolver um robô segue faixa que

deverá percorrer o trajeto proposto pela faculdade. Para isto iremos utilizar os nossos

conhecimentos obtidos durante este semestre.

3.2 FORMAÇÃO DA EQUIPE

Com o intuito de fazermos o projeto de maneira mais eficiente optamos por

trabalharmos em grupo para assim podermos somar conhecimentos e experiências de maneira

a desenvolvermos o projeto com total precisão, podendo assim aprender a aceitar

divergências de opiniões entre cada integrante do grupo.

3.3 COMPETIÇÕES

A competição aconteceu no dia 02 de abril de 2011, onde foi avaliado o desempenho

do nosso robô mediante ao tempo gasto no percurso e com o menor numero de interferências

externas (exemplo arrumar o robô com a mão).

Nosso robô teve um comportamento excelente a nossa expectativa, a primeira bateria

no circuito oval o nosso robô conseguiu tirar em 24 segundos sem intervenções e fez o

circuito E com muita precisão e sem intervenções também e foram gastos 55 segundos,

mesmo com um tempo muito longo os robôs no surpreendeu já que o propósito da equipe não

era velocidade e sim precisão.

Já tínhamos em mente que não ganharíamos a competição pelo fato de que, a proposta

seria que o vencedor era que fizesse o percurso em menos tempo seria o campeão.

Completamos o restante das baterias que totalizam em quatro voltas em cada percurso

e então na ultima volta não sabemos por qual motivo nosso robô sofreu duas intervenções

durante a prova do E, analisamos de varias maneiras, fizemos vários testes após o ocorrido e

chegamos à conclusão que isso aconteceu por causa sujeiras na pista, mesmo assim ficamos

muito satisfeitos com os resultados obtidos durante a prova lembrando que nosso foco

principal é a precisão dos sensores.

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Na segunda competição que aconteceu no dia 04 de junho de 2011, aconteceram muitos

imprevistos, por esse motivo não participamos da competição.

A apresentação do segue faixa o robô funcionava perfeitamente, com a colocação do

contador digital tivemos problemas com a alimentação, pois iríamos usar os mesmos 6V do

circuito segue faixa na placa do contador, outro problema foi o fato em que o circuito do robô

segue faixa estava roubando corrente em um dos componentes que não conseguimos

identificar , por isso decidimos conversar com o professor orientador do projeto, que iríamos

refazer todo os circuitos do robô para que não aja duvida em relação ao projeto proposto e ao

entendimento dos integrantes do grupo, sendo assim iremos apresentar o robô funcionado no

dia 10 de junho de 2011, para o professor orientador de nosso projeto.

Na competição podemos observar que os robôs que contaram tinha duas fontes de

energia uma para o robô e outra para o contador sendo assim aprendemos que não

precisaríamos ter mudado o primeiro circuito, já que os dois são independentes.

3.4 ESPECIFICAÇÕES DO ROBÔ

As especificações para o desenvolvimento do robô foram: placa de circuito impresso (onde

montamos os componentes de acordo com o layout dado pelo professor), 1 chassi feito de

acrílico, 2 motores de corrente continua de 12 v e 6 pilhas 1,5 v. O designer do robô ficou a

critério do grupo.

3.5 DESIGN DO CHASSI

Design do robô foi o tópico mais discutido na montagem do mesmo, pois o formato do

chassi redondo dará mais mobilidade para o desempenho do robô durante o percurso.

3.6 MATERIAIS PARA ESTRUTURA

A equipe não teve muita duvida com relação ao tipo de material a ser usado na

construção do robô, pois o grupo já havia chegado a conclusão que não se discutiria o valor

do projeto e sim a mobilidade que o robô deverá ter durante o percurso, por este motivo

optamos pelo teflon e acrílico pois com esses materiais o robô ficará mais leve e mais

resistente.

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Figura 3.1 – materiais que foram usados no robô

3.7 MONTAGEM DA ESTRUTURA

A montagem da estrutura foi composta somente por teflon e acrílico, já que o teflon

junto ao acrílico proporcionaria mais resistência e leveza ao robô, permitindo também futuras

alterações no projeto.

3.8 A BASE DO ROBÔ

Base de material em acrílico com a largura de 3 mm, com o raio de 92,5 mm e dois

cortes laterais para a colocação das rodas, com 65 mm de comprimento, 30 mm na parte

inferior da base e 35 mm na parte superior da base, esse corte são deslocados 7,5 mm do

centro da base. Como mostra a figura 3.2

Figura 3.2 base do robô

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Page 50: pasta do projeto 2° banca segue faixa

3.9 RODAS

Como o objetivo de ter mais aderência durante o percurso o grupo optou pela

montagem do robô com rodas de borracha de 2 IN de diâmetro, já que o mesmo só possuiria

duas, tendo assim mais estabilidade devido ao dimensionamento das rodas no chassi.

3.10 DISPOSIÇÃO DAS RODAS

As rodas foram dispostas no centro do chassi proporcionando assim mais mobilidade

ao robô ao longo do percurso.

3.11 MOTORES

A escolha dos motores foi definida a partir da idéia de que a rotação não poderia ser

muito alta, pois acarretaria em uma penalidade durante a competição, o robô sairia do

percurso proposto, entretanto não poderia ser muito baixa, pois o robô demoraria muito tempo

para percorrer o circuito, prejudicando a equipe em relação a competição, por esse motivo

escolhemos os motores com caixa de redução, onde obtemos mais torque e precisão,

proporcionando menos interferências externas para ajudar o robô a completar o circuito.

3.12 FONTE DE ALIMENTAÇÃO

Como fonte de alimentação o grupo decidiu utilizar quatro pilhas AA de 1,5 volts em

série. O que somariam 6 volts que serão usados para a alimentação do circuito.

3.13 LAYOUT

O grupo já tinha de um layout de placa de circuito impresso fornecido pelos

professores de acordo com a apostila o layout seria o seguinte: como mostra a figura 3.3

abaixo

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Figura 3.3- Layout da placa de circuito impresso

Figura 3.4- Layout do contador do circuito

Figura 3.5- Esquema do contador feito no multi-maker

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Figura 3.6- Esquema elétrico do ciruito pronto

Devido alguns testes feito em sala de aula podemos observar claramente o

funcionamento do circuito, sento assim adquirimos conhecimento sobre cada dispositivos e

seus funcionamentos do circuito. Observamos também que se os fios não estiverem bem

colocados e também esconstados uns nos outro pode gerar curto ou falta de contato, como

aconteceu com nosso circuito, e também esse trabalho mostrou a importancia da atenção ao

passar o esquema eletrico para o protoboard (esquema físico).

3.16 SENSORES FOTO-TRANSISTORS

Figura 3.7- Esquema elétrico foto transistores

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Page 53: pasta do projeto 2° banca segue faixa

Figura 3.8- Sensor com foto transistor

O objetivo do nosso projeto é implementar um contador utilizando uma interface com

display de sete segmentos, onde sua contagem será feita a partir de uma corrente gerada por

um feixe de luz ligado entre o Led e o foto-transistor.

Quando o robô estiver em funcionamento o feixe de luz que gera corrente entre o Led

e o foto-transistor ficará acionado diretamente gerando assim uma cortina entre os dois

dispositivos, fazendo com que qualquer elemento que passar por essa cortina imediatamente

interromperá o feixe de luz, conseqüentemente contará os pinos.

3.17 FOTO-TRANSISTOR

O foto-transistor é mais um dispositivo que funciona baseado no fenômeno da

fotocondutividade. Ele pode, ao mesmo tempo, detectar a incidência de luz e fornecer um

ganho dentro de um único componente.

Como o transistor convencional, o foto-transistor é uma combinação de dois diodos de

junção, porém, associado ao efeito transistor aparece o efeito fotoelétrico. Em geral, possui

apenas dois terminais acessíveis, o coletor e o emissor, sendo a base incluída apenas para

eventual polarização ou controle elétrico.

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Page 54: pasta do projeto 2° banca segue faixa

CAPITULO 4

RESULTADOS

Iniciou-se o trabalho comprando os componentes e a placa de fenolite, onde colocou-

se o decalque das trilhas, mergulhamos no determinado liquido para a corrosão da placa e os

furos usando uma broca de 1 mm, logo em seguida estanhou-se as trilhas com o intuito de

melhorar a passagem da corrente elétrica por todos os componentes que seriam colocados nos

furos feito anteriormente.

Logo após terminou-se a placa de circuito impresso iniciou-se o trabalho em cima da

confecção do chassi, onde depois de debatemos o material a ser usado ficou decidido o uso do

acrílico como matéria prima. Debateu-se a criação do chassi redondo para assim facilitar a

mobilidade do robô durante o trajeto sobre o percurso. Criou-se um robô compacto para

facilitar a sua locomoção. Logo se efetuou a compra dos motores de 90 RPM e 12v onde uso-

se somente a metade de sua capacidade, duas rodas de borracha, 4 pilhas de 1,5 v cada,

suporte para as pilhas.

Iniciou-se a segunda parte com a compra dos componentes necessários para a

montagem do circuito, contador digital. Tais componentes como o CI 4511, CI 7490, Display

de sete seguimentos, resistores de 170 Ω, placa para a montagem do circuito, assim criou-se o

robô Danadoso.

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CAPITULO 5

CONCLUSÃO

Este projeto nos ajudou a entender melhor algumas matérias que tivemos durante o

semestre, pois aprendemos na pratica o conceito sobre robôs moveis controlados por sensores

e guiados através de faixas sobre o solo, muito utilizados em indústrias. Toda parte de

fundamentação teórica sobre resistores, sensores, diodos, transistores e transdutores,

agregaram muito para o nosso conhecimento, onde aprendemos a elevar, estabilizar e

diminuir uma tensão de um circuito impresso apenas utilizando os componentes citados

acima. Também aprendemos a trabalhar melhor com o solidworks uma vez que tivemos que

utilizá-lo para desenvolver o chassi do robô trazendo mais conhecimento sobre o software a

cada integrante do grupo. Além disso aprendemos a trabalhar em grupo, pois antes de

fazermos qualquer coisa, primeiro compartilhamos a idéia com o grupo, sendo que algumas

vezes tivemos que aceitar a opinião um do outro chegando a uma conclusão única.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LOURENÇO, A C. e outros; “Circuitos em Corrente Contínua”, Ed. Ática, 1996. 21/03/2011

MICHELS, M.; “Apostila de Eletricidade Básica”, ETFSC/UNED-SJ, 1997. 21/03/2011

PHILIPS; “Catálogos de Componentes”. 21/03/2011

Site; “ebah”, Apostila resistores / Fernando Musso /Cefet. 21/03/2011

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APÊNDICE

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