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PASTORAL DA COMUNICAÇÃO
MODELO E PARADIGMA
“Jesus é o modelo e o paradigma da nossa comunicação. Para aqueles que estiverem
comprometidos na comunicação social, quer como responsáveis pelas políticas, como
comunicadores profissionais, como receptores, quer em qualquer outra função, a conclusão
é óbvia: ‘Por isso, abandonai a mentira: cada um diga a verdade ao seu próximo, pois somos
membros uns dos outros... Que nenhuma palavra inconveniente saia da vossa boca; ao
contrário, se for necessário, dizei uma boa palavra, que seja capaz de edificar e fazer o bem
aos que ouvem’ (Ef 4, 25.29). O serviço à pessoa humana, a edificação da comunidade
humana assente na solidariedade, na justiça e no amor, e o anúncio da verdade acerca da
vida humana e da sua derradeira realização em Deus estavam, estão e permanecerão no
cerne da ética nos mass media” (Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Ética nas
comunicações sociais, nº 33).
“Jesus é a Palavra de Deus que se fez carne e veio morar no meio de nós (Jo 1, 14). Supremo
comunicador do Pai, optou por um processo inculturado e dialógico de comunicação, que se
apresenta como um modelo básico para os projetos de comunicação de sua Igreja” (CNBB.
Igreja e comunicação rumo ao novo milênio: conclusões e compromissos. Documento 59,
nº 1).
CONCEITO
“É a pastoral do ser/estar em comunhão/comunidade. É a pastoral da acolhida e da
participação; a pastoral das interrelações humanas, a pastoral da organização solidária e do
planejamento democrático do uso de recursos e instrumentos que facilitem o intercâmbio
de informações e de manifestações das pessoas no interior da comunidade ou da
comunidade para o mundo que a rodeia” (CNBB. Igreja e Comunicação rumo ao novo
milênio. Estudos da CNBB 75, nº 244).
“Conjunto de ações realizadas dentro da comunidade eclesial. É a pastoral do ser/estar em
comunhão/comunidade. É a pastoral da acolhida, da participação, das interrelações
humanas, da organização solidária e do planejamento democrático do uso dos recursos e
instrumentos da comunicação. Não é uma pastoral a mais, mas aquela que integra todas as
demais pastorais” (CNBB. Igreja e Comunicação rumo ao novo milênio. Estudos da CNBB 75,
Glossário, p. 110).
FUNÇÃO
“[...] A preocupação maior da Pastoral da Comunicação será a vida da comunidade; a criação
de condições para que seus membros possam expressar-se com liberdade; a acolhida aos
novos membros, a valorização das festas e das datas significativas; o planejamento das
campanhas e demais atividades que envolvam os meios e processos de comunicação, enfim,
a gestão democrática dos processos comunicacionais” (CNBB. Igreja e Comunicação rumo
ao novo milênio. Estudos da CNBB 75, nº 245).
“A principal função da Pascom é a gestão dos processos comunicativos nos vários âmbitos da
estrutura da Igreja, que compreende ações como: a animação de processos comunicativos,
planejamento da comunicação nos respectivos âmbitos, execução e avaliação de projetos e
programas na área, bem como a formação dos agentes” (CNBB. A comunicação na vida e
missão da Igreja no Brasil. Estudos da CNBB 101, nº 174).
AÇÃO INTEGRADORA
“Não é suficiente, também, ter um plano pastoral de comunicação, mas é necessário que a
comunicação faça parte integrante de todos os planos pastorais, visto que a comunicação
tem, de fato, um contributo a dar a qualquer apostolado, ministério ou programa”
(Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Instrução Pastoral Aetatis Novae, nº
17).
“A Pastoral da Comunicação [...] perpassa, pela própria razão de ser, as ações das demais
pastorais, animando-as e colocando-se a seu serviço, tendo como referencial programático a
Pastoral de Conjunto” (CNBB. Igreja e Comunicação rumo ao novo milênio. Estudos da
CNBB – 75, nº 248).
IDENTIDADE DA PASTORAL DA COMUNICAÇÃO
“A Pascom estrutura-se a partir dos documentos da Igreja, dos estudos e pesquisas na área
da comunicação e das práticas comunicativas vividas e experienciadas pelas comunidades e
grupos, convertendo-se em um eixo transversal de todas as pastorais da Igreja. Para que a
comunicação encontre espaços para anunciar a todos a Boa-Nova de Jesus Cristo, é
necessário que a Pascom ocupe um lugar específico de atuação na vida eclesial, que lhe
permita irradiar as ações próprias do campo da comunicação com sentido pastoral. A
expressão ‘Pastoral da Comunicação’ nasce da conjunção de duas realidades que interagem
reciprocamente: comunicação e pastoral. O universo da comunicação abrange as distintas
dimensões da realidade humana, enquanto o universo da pastoral envolve a dimensão
socioeclesial, relacionada aos diferentes ambientes da Igreja em sua missão de evangelizar”
(CNBB. Diretório de comunicação da Igreja no Brasil, nº 244).
“As ações comunicativas da Pascom ganham sentido na medida em que colaboram com a
ação evangelizadora da Igreja, pois ‘a evangelização, anúncio do Reino, é comunicação’ (Cf.
Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, Documento de Puebla, nº
1063). Contudo, não se pode reduzir essa pastoral aos meios de comunicação, pois ela é um
elemento articulador da vida e das relações comunitárias. Ela favorece o cultivo do ser
humano enquanto pessoa que comunica valores, vivenciados a partir da Palavra de Deus e
da Eucaristia, pois o anúncio sempre deve ser acompanhado pelo testemunho: ‘O que
ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos, e o que nossas mãos
apalparam do Verbo da vida [...] vo-lo anunciamos para que estejais em comunhão conosco
(1 Jo, 1, 1-4)” (CNBB. Diretório de comunicação da Igreja no Brasil, nº 247).
ABRANGÊNCIA E ATUAÇÃO DA PASCOM
O Diretório de comunicação da Igreja no Brasil (nº 248) destaca as seguintes características
da abrangência da Pascom:
1. “colocar-se a serviço de todas as pastorais para dinamizar suas ações comunicativas;
2. promover o diálogo e a comunhão das diversas pastorais;
3. capacitar os agentes de todas as pastorais na área da comunicação, especialmente a
catequese e a liturgia;
4. favorecer o diálogo entre a Igreja e os meios de comunicação, para dar maior
visibilidade à sua ação evangelizadora;
5. envolver os profissionais e pesquisadores da comunicação nas reflexões da Igreja,
para colaborar no aprofundamento e atualização dos processos comunicativos; e
6. desenvolver as áreas da comunicação, como a imprensa, a publicidade e as relações
públicas, nos locais onde não existem profissionais especicamente designados.”
EIXOS DA PASCOM
O Diretório (cf. nº 249 – nº 253) acentua que a Pascom não se limita a ações isoladas, como
produção de murais, boletins e jornais impressos, programas de TV e rádio, sites, blogs ou
outros meios. Essas ações devem fazer parte de uma política global de comunicação da
Igreja geradora de comunhão e interatividade, baseada em quatro eixos:
1. formação (qualificação técnica e ética das lideranças e agentes de pastoral na área
da comunicação);
2. articulação (animação e envolvimento dos agentes culturais e pastorais para
conhecerem e se comprometerem com ações concretas e integradas com os
processos e meios de comunicação para o anúncio da Boa-Nova de Jesus Cristo;
3. produção (elaboração de materiais – subsídios de textos impressos e digitais, áudios
e vídeos que sustentem o trabalho dos agentes da Pascom)
4. espiritualidade (alicerce de todos os eixos, deve ser cultivada mediante retiros,
leitura orante da Bíblia, reflexões sobre os documentos da Igreja, inspirando-se na
Trindade, modelo da perfeita comunicação e comunhão no amor.
ORGANIZAÇÃO DA PASCOM
O Diretório (nº 259 – nº ) propõe a organização da Pascom em diferentes níveis, com base
no diálogo, na colaboração e na participação mútua de experiências:
1. Pascom em âmbito nacional – Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação;
2. Pascom em âmbito regional – conta com um bispo referencial e um coordenador
regional da Pascom, que articulam a comunicação com os coordenadores
diocesanos;
3. Pascom em âmbito diocesano – tem como referencial o bispo diocesano, um
coordenador diocesano e um representante de cada paróquia;
4. Pascom em âmbito paroquial/comunitário – tem o pároco como referencial,
atuando em sintonia com um coordenador paroquial.
REFERÊNCIAS
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. Igreja e comunicação rumo ao novo milênio. Estudos da CNBB 75. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1997. ______. Igreja e comunicação rumo ao novo milênio: conclusões e compromissos. Documentos da CNBB 59. 5. ed. São Paulo: Paulinas, 2005. ______. A comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil. Estudos da CNBB 101. São Paulo: Paulus, 2011. ______. Diretório de comunicação da Igreja no Brasil. Documentos da CNBB 99. São Paulo: Paulinas, 2014. PONTIFÍCIO CONSELHO PARA AS COMUNICAÇÕES SOCIAIS. Ética nas comunicações sociais. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 2005. ______. Instrução pastoral Aetatis novae no vigésimo aniversário da Communio et
progressio: uma revolução nas comunicações. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 1999.
Disponível em: www.avateologicopastoral.com