37
agosto | 2018 Patrimônio Cultural no Plano Diretor do Recife

Patrimônio Cultural no Plano Diretor do Recife · 2019-06-28 · Parágrafo único. A partir do ingresso de Projeto de Lei na Câmara Municipal do Recife para instituição de um

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agosto | 2018

Patrimônio Cultural no

Plano Diretor do Recife

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Linha do tempo da preservação no Recife

1923

Proposta a

Inspetoria dos

Monumentos

Históricos do

Brasil

1925

Livro do Nordeste

1928

Inspetoria

Estadual dos

Monumentos

Nacionais

1929

Comitê

Central de Arte

Sacra – Proposta

de lei preservar

Igrejas.

1931

Carta de

Atenas

(Sociedade

das Nações)

1933

Inspetoria de

Monumentos

Nacionais –

IPM

|

Carta de

Atenas (CIAM)

1937

Decreto lei

Nº 25 –

Criação do

SPHAN

1962

Recomendações

de Paris

1964

Carta de

Veneza

1967

Normas

de Quito

1910

Reforma

Bairro do

Recife

1944

Demolição

da Igreja do

Paraíso

Reforma de Santo Antônio

1970

Compromisso

Brasília

1972

Convenção

sobre a

Proteção do

Patrimônio

Mundial

Cultural e

Natural

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Linha do tempo da preservação no Recife

1975 1978 1979 1997 2008

Declaração

de

Amsterdã

Diagnóstico

FIDEM –

PPSH/RMR

PPSH-

Recife

Lei das

ZEPH

|

Lei de

Tombamento

Estadual

Lei dos

IEP

PDCR

2019

40 Anos PPSH

|

Plano de

Preservação do

Patrimônio

Cultural

1987

Projeto de

Reabilitação

do Bairro do

Recife

2000 2007

Convenção

Européia

da Paisagem

Carta de

Bagé

(Paisagem)

Década 1990/2000

Plano de

Revitalização

do Bairro do

Recife

1973

Finalização

Av. Dantas

Barreto

|

Criação da

FUNDARPE

1983

LUOS

1984

DPSH

2001

Lei dos

12 Bairros

1989

Edifícios

Isolados

Casa

Forte

1986

ERBR

1996

Revisão

LUOS

2012

Novos IEP

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Plano Diretor | Lei 17511/2008 TÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, DAS DIRETRIZES E DOS OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA POLÍTICA URBANA

Art. 2º A política urbana do Município do Recife observará os seguintes

princípios fundamentais:

I - função social da cidade;

II - função social da propriedade urbana;

III - sustentabilidade; e,

IV - gestão democrática.

Art. 3º A função social da cidade do Recife corresponde ao direito de

todos ao acesso à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental,

ao transporte, à saúde, à educação, à assistência social, à segurança

pública, ao lazer, ao trabalho e renda, bem como a espaços públicos,

equipamentos, infra-estrutura e serviços urbanos, ao patrimônio

ambiental e histórico-cultural da cidade.

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Plano Diretor | Lei 17511/2008 Art. 3º A função social da cidade do Recife corresponde ao direito de todos ao

acesso à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, ao transporte,

à saúde, à educação, à assistência social, à segurança pública, ao lazer,

ao trabalho e renda, bem como a espaços públicos, equipamentos, infra-

estrutura e serviços urbanos, ao patrimônio ambiental e histórico-cultural da

cidade.

TÍTULO III – DAS DIRETRIZES SETORIAIS DA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO II – DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Seção I – Das Atividades Econômicas Seção II – Do Turismo

CAPÍTULO III – DAS POLÍTICAS SOCIAIS

Seção I – Da Educação Seção V – Da Habitação

Seção II – Da Saúde Seção VI – Da Segurança Alimentar

Seção III – Da Assistência Social Seção VII – Dos Esportes, Lazer e Recreação

Seção IV – Da Cultura Seção VIII – Da Defesa Civil e da Defesa Social

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Plano Diretor | Lei 17511/2008 Art. 3º A função social da cidade do Recife corresponde ao direito de todos ao

acesso à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, ao

transporte, à saúde, à educação, à assistência social, à segurança

pública, ao lazer, ao trabalho e renda, bem como a espaços públicos,

equipamentos, infra-estrutura e serviços urbanos, ao patrimônio ambiental e

histórico-cultural da cidade.

CAPÍTULO IV – DA POLÍTICA AMBIENTAL URBANA

Seção I – Das normais gerais da política ambiental urbana

Seção II – Do saneamento ambiental integrado

Seção III – Da Acessibilidade, do Transporte e da Mobilidade Urbana

Cada seção corresponde à Política Municipal do Recife acerca daquele tema,

contando com diretrizes e/ou objetivos, por vezes com uma conceituação do

tema.

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Exemplo de política setorial CAPÍTULO III – DAS POLÍTICAS SOCIAIS

Seção V – Da Habitação

Art. 31 A Política Municipal de Habitação tem por objetivo universalizar o

acesso à moradia com condições adequadas de habitabilidade, priorizando os

segmentos sociais vulneráveis, mediante instrumentos e ações de regulação

normativa, urbanística, jurídico-fundiária e de provisão.

Art. 32 A Política Municipal de Habitação observará as seguintes diretrizes:

VIII - elaboração do Plano Municipal de Habitação, conforme as diretrizes

fixadas na Conferência da Cidade do Recife;

Art. 33 O Plano Municipal de Habitação deverá prever:

I - elaboração de diagnóstico sobre as necessidades habitacionais,

quantificando e qualificando as demandas por regularização urbanística,

jurídico-fundiária e de provisão;

II - definição de indicadores e de parâmetros para avaliação permanente das

necessidades, das ações e da qualidade das intervenções; e,

III - estabelecimento de critérios, prioridades e metas de atendimento.

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Onde está o patrimônio cultural? TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, DAS DIRETRIZES E DOS OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA POLÍTICA URBANA

Art. 4º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às

exigências fundamentais da ordenação da cidade expressas neste Plano

Diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à

qualidade de vida, à justiça social, à acessibilidade e ao desenvolvimento das

atividades econômicas, respeitadas as diretrizes previstas na legislação

urbanística e quando for utilizada para:

IV - proteção e preservação do patrimônio histórico e cultural;

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Onde está o patrimônio cultural? TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, DAS DIRETRIZES E DOS OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO II – DAS DIRETRIZES GERAIS DA POLÍTICA URBANA

Art. 7º A política urbana do Município do Recife observará as seguintes

diretrizes:

IV - melhoria da qualidade do ambiente urbano por meio da recuperação,

proteção, conservação e preservação dos ambientes natural,

construído e paisagístico;

V - ordenação e controle do uso e ocupação do solo, com vistas a respeitar

as condições ambientais e infra-estruturais e a valorizar a diversidade

espacial e cultural da cidade com as suas diferentes paisagens,

formadas pelo patrimônio natural e construído, elementos constitutivos

da identidade do Recife.

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Onde está o patrimônio cultural? TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, DAS DIRETRIZES E DOS OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO III – DOS OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA URBANA

Art. 8º A Política Urbana do Município do Recife tem os seguintes objetivos

gerais:

V - manter e ampliar os programas de preservação do patrimônio

natural e construído e incentivar a sua conservação e manutenção;

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Onde está o patrimônio cultural? TÍTULO IV – DO ORDENAMENTO TERRITORIAL

CAPÍTULO II – DA DIVISÃO TERRITORIAL

Seção III – Do Zoneamento

Subseção III – Das Zonas Especiais, Imóveis Especiais e Unidades Protegidas

Art. 103 As Zonas Especiais - ZE são áreas urbanas que exigem tratamento

especial na definição de parâmetros urbanísticos e diretrizes específicas e se

classificam em:

II - Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural –

ZEPH;

Art. 114 As Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural -

ZEPH são áreas formadas por sítios, ruínas, conjuntos ou edifícios isolados

de expressão artística, cultural, histórica, arqueológica ou paisagística,

considerados representativos da memória arquitetônica, paisagística e

urbanística da cidade.

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Art. 115 As Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural -

ZEPH serão regulamentadas em legislação específica.

Art. 116 O Poder Executivo poderá instituir, mediante lei específica, novas áreas

como Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural - ZEPH,

levando-se em consideração os seguintes aspectos:

I - referência histórico-cultural;

II - importância para a preservação da paisagem e da memória urbana;

III - importância para a manutenção da identidade do bairro;

IV - valor estético formal ou de uso social, relacionado com a significação

para a coletividade;

V - representatividade da memória arquitetônica, paisagística e urbanística

dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX;

VI - tombamento pelo Estado de Pernambuco; e,

VII - tombamento pela União.

Instrumentos de preservação atuais

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Art. 117. Deverão ser elaborados planos específicos, aprovados em lei, para

conservação, restauração ou reabilitação das ZEPH, que incentivem a sua

revitalização.

Parágrafo único. Os atuais planos específicos das ZEPH, aprovados em lei

específica, continuarão em vigor até ulterior modificação.

Art. 118. Os Imóveis Especiais - IE são imóveis que, por suas características

peculiares, são objeto de interesse coletivo, devendo receber tratamento

especial quanto a parâmetros urbanísticos e diretrizes específicas.

Art. 119. Os Imóveis Especiais - IE classificam-se em:

I - Imóveis Especiais de Interesse Social - IEIS; e,

II - Imóveis Especiais de Preservação - IEP.

Art. 121 Os Imóveis Especiais de Preservação - IEP são aqueles

exemplares isolados de arquitetura significativa para o patrimônio

histórico, artístico ou cultural da cidade do Recife, cuja proteção é dever do

Município e da comunidade, nos termos da Constituição Federal e da Lei

Orgânica Municipal.

Instrumentos de preservação atuais

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Art. 122 Os Imóveis Especiais de Preservação - IEP serão classificados e

regulamentados em legislação específica, assegurada, para os fins desta Lei, a

identificação estabelecida na Lei nº 16.284/97.

Art. 123 Poderão ser classificados, através de legislação específica, novos

imóveis como IEP, levando-se em consideração os seguintes aspectos:

I - referência histórico - cultural;

II - importância para a preservação da paisagem e da memória urbana;

III - importância para a manutenção da identidade do bairro;

IV - valor estético formal ou de uso social, relacionado com a significação para

a coletividade; e,

V - representatividade da memória arquitetônica, paisagística e urbanística dos

séculos XVII, XVIII, XIX e XX.

Parágrafo único. A partir do ingresso de Projeto de Lei na Câmara Municipal do

Recife para instituição de um IEP, serão suspensas quaisquer análises,

aprovação ou licenciamento, a qualquer título, para o imóvel em questão, até o

encerramento do respectivo processo legislativo.

Instrumentos de preservação atuais

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Conjuntos Antigos | ZEPH 02 –

Apipucos

Ruínas | ZEPH 31 – Arraial Novo do

Bom Jesus

Edifícios isolados | ZEPH 16 –

Escola Rural Alberto Torres

Sítios | ZEPH 01 – Sítio Trindade

ZEPH

33 ZEPH

20 - edifícios isolados

01 - sítio tombado

01 - ruína

11 - conjuntos antigos

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Imóveis classificados pela Lei 16.284/1997

IEP 154 – Rua Marquês

de Tamandaré, 1893 -

Poço

IEP 12 – Rua José de

Alencar, 367 – Boa Vista

IEP 09 - Rua do Giriquiti,

205 - Boa Vista IEP 02 – Av. João de

Barros, 111 – Boa Vista

IEP 62 – Rua Amaro

Coutinho, SN –

Encruzilhada

IEP 28 – Rua das

Pernambucanas, 92 –

Graças

IEP

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Imóveis classificados após 1997 – no âmbito do Plano Diretor de 2008

IEP

IEP 260 – Colégio

Marista (2014)

IEP 158 – Sede do

Sport Clube do Recife

(2014)

IEP 258 – Estrada do Arraial, 3139

(2015)

IEP 259 – Estrada do Arraial,

3107 (2015)

IEP 155 – Instituto

Psiquiátrico do Recife

(2012)

IEP 257 – Avenida Dezessete de

Agosto, 206 – Parnamirim.

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Espacialização do patrimônio municipal

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•Natureza das alterações nos imóveis;

•Natureza das atividades desenvolvidas – nem todo uso preserva;

•Questão da ambiência – construção de edifícios novos nos lotes;

•Adequação aos novos conceitos de patrimônio, sobretudo paisagem – Vale a pena continuar a investir em imóveis isolados?

Questionamentos acerca dos IEP

IEP 52 – Avenida Conselheiro Rosa e Silva,

707 – Graças.

IEP 257 – Avenida Dezessete de Agosto,

206 – Parnamirim.

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Questionamentos acerca das ZEPH •Falta de controle em relação ao uso dos imóveis, com poucas exceções;

•Dificuldades de acompanhamento e fiscalização das transformações;

•Dificuldades de regularização de imóveis descaracterizados;

•Falta de incentivos para os proprietários;

•Baixos níveis de conservação dos imóveis protegidos;

•Desconsideração dos aspectos imateriais associados aos lugares preservados;

•Planejamento dos espaços públicos;

•Integração com as diferentes instituições que atuam nos conjuntos;

•Necessidade de revisão e ampliação de polígonos;

•Presença de população de baixa renda nas áreas protegidas, sem mecanismos de integração entre aspectos sociais e culturais

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Em relação à preservação de novos conjuntos urbanos, identifica-se que as

categorias atualmente existentes de ZEPH não atendem às necessidades de uma

série de conjuntos significativos para a memória recifense, como vilas operárias,

loteamentos, conjuntos de grande valor paisagístico ou com predominância de

atributos imateriais, a exemplo de terreiros.

Questionamentos acerca das ZEPH

Vila dos Comerciários Sítio de Pai Adão

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Outros instrumentos necessários | Imaterial

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Problemática do Centro do Recife

•Fragmentação das ZEPH,

sem leitura de Centro Histórico;

•ZEPH não consideram a

relação com as águas;

•Altos parâmetros construtivos

na ZECP;

•Baixa densidade habitacional;

•Alto nível de obsolescência

edilícia e de dívidas de IPTU.

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0

200000

400000

600000

800000

1000000

1200000

1400000

1600000

1800000

CHR Recife

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

1910 1913 1923 1950 1960 1970 1991 2000 2010

Bairro do Recife Santo Antônio São José Boa Vista

Decréscimo populacional do CHR e percentual da

população do CHR em relação ao total da cidade.

Fonte: Menezes, 2015.

Esvaziamento populacional

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TIC

Turismo/Lazer

Comunidade do Pilar

Baixa dinâmica urbana fora do

horário comercial e das áreas

renovadas para lazer. Alto nível de

investimentos públicos, baixa

sustentabilidade de muitos

empreendimentos. Habitacional para

a comunidade do Pilar ainda em

construção.

Pólo educacional (novas faculdades)

Serviços

Alto nível de ociosidade das

edificações. Baixa dinâmica urbana

fora do horário comercial.

Especialização funcional Bairros que sofreram reforma urbana: quase extinção de mercado

habitacional

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Moradia de baixa/média

renda

Empobrecimento da

população. Substituição de

imóveis habitacionais.

Baixos níveis de

conservação.

Comércio popular

Quase extinção das

moradias, substituídas

por comércio. Alto nível

de descaracterização.

Baixa dinâmica urbana

fora do horário

comercial.

Especialização funcional Bairros que não sofreram reforma urbana: moradia em risco

Page 27: Patrimônio Cultural no Plano Diretor do Recife · 2019-06-28 · Parágrafo único. A partir do ingresso de Projeto de Lei na Câmara Municipal do Recife para instituição de um

Fonte:

Bernardino e

Lacerda, 2015.

Alto potencial construtivo no entorno

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Caso de estudo | Santo Antônio e São José

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Usos - Década 80 Usos - 2015

Fonte:

Menezes,

2015

•Redução da população;

•Redução dos níveis de preservação;

•Empobrecimento da população que permanece;

•Baixos níveis de habitabilidade.

Alteração nos usos

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Descaracterização De 380 imóveis situados no SPR-4 da ZEPH-10, em 2015, cerca de 70%

estavam descaracterizados/substituídos.

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Atividades relacionadas com a

água

Atividades comerciais e

serviços especializados

• Paisagem dinâmica;

• Presença marcante nas ruas, praças e pátios;

• Cores, odores e sons variados;

• Pólos comerciais especializados.

• Pesca;

• Lazer;

• Transporte.

Manifestações culturais

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FESTEJOS CULTURAIS E HISTÓRICOS

EXPRESSÕES ARTÍSTICAS E SABERES

Manifestações culturais

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1979|2019

Deve integrar o sistema de planejamento territorial e

urbano da cidade, contribuindo para firmar uma visão

de cidade sustentável, inclusiva e de alta

qualidade ambiental.

A proposta tem o intuito de celebrar os 40 anos do

Plano de Preservação de Sítios Históricos do

Recife (PPSH-Recife), que, em 1979, inaugurou a

ação preservacionista da Prefeitura da Cidade do

Recife. É imperativo aproveitar essa oportunidade

para propor à cidade uma visão de futuro para

seu patrimônio cultural.

Ademais, a definição de uma Política Municipal de

Preservação permite que seja dado um passo além,

numa visão de longo prazo: a constituição de um

Plano de Gestão do Patrimônio Cultural, que traga

uma abordagem sistêmica para o gerenciamento da

conservação urbana no Recife.

Plano de Preservação do Patrimônio Cultural

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• Diagnóstico 33 ZEPH

• Diagnóstico 258 IEP

Patrimônio Material

• Construir os indicativos do patrimônio imaterial do Recife

Patrimônio Imaterial

• Ampliar as ações

• Instituir auscultas populares

Educação patrimonial

• Diagnóstico do arcabouço legal

• Ampliação dos inst. legais

• Proposição de criação de um orçamento

Aspectos normativos

• Democratização do acesso ao acervo Acervo

• Indicar diretrizes sustentáveis para legalização de imóveis de preservação ou localizados nos sítios históricos do Recife

Controle da Preservação

OBJETIVO GERAL

Definir a Política Municipal de

Preservação do Patrimônio

Cultural do Recife, através do

estabelecimento de um conjunto de

objetivos, metas e diretrizes que

expressem o entendimento do

governo local e dos agentes sociais

e institucionais quanto à

orientação do planejamento

urbano.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Configuram etapas de elaboração

do Plano, consistindo de um grupo

de ações estratégicas que irão

apresentar produtos individuais, a

serem posteriormente analisados

de forma integrada.

Plano de Preservação do Patrimônio Cultural

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Acervo

Viabilizar

legalização

sustentável

Diagnóstico

legal

Instrumen-

tos legais

Orçamento

patrimônio

Educação

patrimonial

Auscultas

populares

Levanta-

mento Oficinas

Mapea-

mento

ZEPH-03,

04,06 E 33 ZEPH-07 ZEPH-28

ZEPH-01

E 31

ZEPH-15

E 27

ZEPH-17,

18 E 19 ZEPH-29

ZEPH-05 ZEPH-10 E

14

ZEPH-08 ZEPH-09 ZEPH-02 E

32

ZEPH-11,

16 E 26

ZEPH-12,

20,21,22,23 E 25

ZEPH-13,

24 E 30

258 IEP

Plano de Preservação do Patrimônio Cultural

Plano de Preservação do Patrimônio Cultural

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Questões disparadoras 1. O PDCR de 2008 não dá conta de uma política setorial de patrimônio

cultural. Considera-se essa inclusão como pertinente?

2. Como aperfeiçoar e aumentar a abrangência dos instrumentos de

preservação – ZEPH e IEP – incorporando outras categorias, como

patrimônio imaterial, vilas operárias, determinadas morfologias, terreiros etc.

3. Como financiar a retomada do centro?

4. Como atrair novos habitantes e fixar os atuais residentes de baixa renda,

garantindo seus direitos de permanência?

5. Como garantir um programa de moradia social no centro para várias faixas

de renda com linhas de financiamento nas várias esferas de gestão?

6. Como tratar o conflito entre os aspectos sociais e culturais na ocorrência de

população de baixa renda em ZEPH (Diferentes setores/ZEIS/IEIS)?

7. Como estabelecer as relações do patrimônio cultural com as frentes

d’água?

8. Como regularizar imóveis protegidos descaracterizados por meio de nova

regulamentação de retrofit e de novas atividades?

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Pátio de São Pedro, n° 25 - Santo Antônio

3355.6290 | 3355.6291

Geraldo Júlio Prefeito

Luciano Siqueira Vice-Prefeito

Antônio Alexandre Secretário de Planejamento

Urbano

Lorena Correia Veloso Gerente Geral da DPPC

Equipe

Dirceu Salviano Marques Marroquim

Edilson David dos Santos Filho

Fernanda Rennaly Queiroz Brainer de Oliveira

Geysa Vilela Gomes Marques

Larissa Rodrigues de Menezes

Lindoelly Mayse de Melo Duarte

Luanancy Lima Primavera

Manoel da Silveira Ramos Neto

Maria Cecilia Vargas de Alcantara

Maria Cicília de Oliveira Melo

Maria Eduarda Albuquerque Queiroz

Maria Falcão Soares da Cunha

Marília Dantas de França

Renata da Graça Farias Santos