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Universidade Federal do Pará - UFPA Núcleo de Meio Ambiente - NUMA Programa de Formação Interdisciplinar em Meio Ambiente - PROFIMA XXXII Curso de Especialização em Informação Ambiental Paulo Cesar Chagas Maia Fontes de informação ambiental: uma análise sobre a sua aplicabilidade pelos profissionais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) Belém 2009

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Universidade Federal do Pará - UFPA Núcleo de Meio Ambiente - NUMA

Programa de Formação Interdisciplinar em Meio Ambiente - PROFIMA XXXII Curso de Especialização em Informação Ambiental

Paulo Cesar Chagas Maia

Fontes de informação ambiental:

uma análise sobre a sua aplicabilidade pelos profissionais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA)

Belém 2009

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Paulo Cesar Chagas Maia

Fontes de informação ambiental:

uma análise sobre a sua aplicabilidade pelos profissionais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA)

Monografia apresentada para obtenção de grau de especialista em Informação Ambiental, Programa de Formação Interdisciplinar em Meio Ambiente, Núcleo de Meio Ambiente, Universidade Federal do Pará. Orientador: Prof. Dr. Lucivaldo Barros

Belém 2009

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Paulo Cesar Chagas Maia

Fontes de informação ambiental:

uma análise sobre a sua aplicabilidade pelos profissionais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA)

Monografia apresentada para obtenção de grau de especialista em Informação Ambiental, Programa de Formação Interdisciplinar em Meio Ambiente, Núcleo de Meio Ambiente, Universidade Federal do Pará.

Data de aprovação:_____/_____/_____ Banca Examinadora: __________________________- Orientador Membro: Titulação: Instituição: __________________________ Membro: Titulação: Instituição: __________________________ Membro: Titulação: Instituição:

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À Josely e Paula, alegria do meu viver. Aos

meus pais e irmãos, amigos confidentes e

inseparáveis.

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AGRADECIMENTOS A Deus, pelo dom da vida e responsável pela criação de todas as belezas da

natureza, pois é esse o magnífico que permite a luz de cada dia e um futuro com

dias melhores.

À minha família que é a grande responsável por mais essa vitória da busca

incessante do conhecimento e do saber.

A todos os professores do Curso de Especialização de Informação Ambiental, em

especial ao meu orientador professor Lucivaldo Barros, pela paciência e atenção no

desenvolvimento da pesquisa.

Aos colegas Mara Farah, Terezinha, Eliana Hairai e Rosa Helena, amigos de

trabalho da Sema.

A todos que colaboraram, direta e indiretamente, para a elaboração deste trabalho,

nosso sincero agradecimento.

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A informação ambiental é constituída de dados, informações, metodologias e processos de representação, reflexão e transformação da realidade, os quais facilitam a visão holística do mundo e, ademais, contribuem para compreensão, análise e interação harmônica dos elementos naturais, humanos e sociais. (TARGINO, 1994, p. 46)

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RESUMO A presente monografia tem como finalidade central analisar como as fontes de

informação ambiental, mais especificamente as usadas na pesquisa via Internet

(sítios, portais, sistemas de informação, redes de informação, bibliotecas virtuais,

digitais e eletrônicas), são aplicadas pelos profissionais da informação da Unidade

de Informação do Núcleo de Documentação e Arquivo (NDA) e pelos educadores

ambientais da Coordenação de Capacitação da Educação Ambiental (CCEA), da

Coordenação das Unidades de Conservação da Natureza (CUC) e da Coordenação

de Informação e Planejamento Hídrico (CIPH) da SEMA. Leva em conta as

possibilidades de organização, disponibilização e acesso às fontes de pesquisa pelo

profissional da informação e pelo educador ambiental. A abordagem metodológica

da pesquisa foi um estudo de caso de caráter qualitativo, onde serão priorizados os

discursos e os conhecimentos dos atores sociais. Esses atores são os profissionais

da informação (bibliotecários) e educadores ambientais (geógrafos, pedagogos,

biólogos, engenheiros florestais e outros) que atuam na área gestão ambiental da

SEMA, num total de 18 profissionais selecionados. Ficou constatado nesse trabalho

que os profissionais utilizam as fontes de pesquisa para acessar a informação com a

finalidade de subsidiar a elaboração de relatórios, projetos, programas, cartilhas

ambientais, jogos educacionais e informativos. A disponibilização da informação

ambiental produzida pela Instituição é disseminada para sociedade por meio de

oficinas, palestras, seminários, sítio da Secretaria e distribuição de kits ambientais.

PALAVRAS-CHAVE: MEIO AMBIENTE; FONTES DE INFORMAÇÃO;

INFORMAÇÃO AMBIENTAL.

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ABSTRACTS This thesis aims at examining how the sources of environmental information,

specially those used in the research via internet (sites, portals, information systems,

information networks, virtual libraries either digital or electronic), are applied by

information professionals of the Center for Documentation and Archives, by

environmental educators and Coordination Workshop on Environmental Education,

the Coordination Units for the Conservation of Nature, and the Coordination of

Information on Water Resources Planning and the SEMA. It takes into account the

possibilities of organization, provision, and access to sources of research by

information professionals and the environmental educator. The methodology of the

research was a case study of qualitative nature, where the speeches will be

prioritized and knowledge of social actors. These actors are the information

professionals (librarians) and environmental educators (geographers, educators,

biologists, foresters and others) working in the area of environmental management of

the SEMA, a total of 18 professionals selected. It was found in this work that the

professionals use research sources to access information in order to subsidize the

production of reports, projects, programs, educational environment, educational

games and information. The availability of environmental information produced by the

Institution is disseminated to society through workshops, lectures, seminars, site of

the Secretariat and distribution of environmental kits.

KEYWORDS: ENVIRONMENT; INFORMATION SOURCES; ENVIRONMENTAL

INFORMATION.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANA – Agência Nacional das Águas

CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior

CCEA – Coordenação de Capacitação de Educação Ambiental

CIPH – Coordenação de Informação e Planejamento Hídrico

COMUT – Programa de Comutação Bibliográfica

CUC – Coordenação das Unidades de Conservação da Natureza

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

IBICT – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

IESAM – Instituto de Estudos Superiores da Amazônia

IMAZON – Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia

INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

MMA – Ministério de Meio Ambiente

NAEA – Núcleo de Altos Estudos Amazônicos

NDA – Núcleo de Documentação e Arquivo

NTI _ Novas Tecnologias da Informação

REBEA – Rede Brasileira de Educação Ambiental

REBIA – Rede Brasileira de Informação Ambiental

RENIMA – Rede Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente

REPIDISCA – Rede Pan-Americana de Informação em Saúde Ambiental

RIAM – Rede de Informação Ambiental

SEMA – Secretaria de Estado de Meio Ambiente

SEIRH – Sistema Estadual de Informações de Recursos Hídricos

SINIMA – Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente

SISNEA – Sistema Nacional de Educação Ambiental

SNIRH – Sistema Nacional de Informações em Recursos Hídricos

UFRA – Universidade Federal Rural da Amazônia

UMA – Universidade Livre da Mata Atlântica

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LISTA DE FOTOGRAFIAS

Fotografia 1 – Kit ambiental com cartilhas e legislações ambientais

Fotografia 2 – Folheto sobre o Programa Estadual de Educação Ambiental

Fotografia 3 – Folheto sobre o Termo de Referência para Elaboração de Projetos

de Educação Ambiental no Processo de Licenciamento

Fotografia 4 – Cartilha sobre Matas Ciliares

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SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

LISTA DE FOTOGRAFIAS

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................... 11

2 INFORMAÇÃO AMBIENTAL: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS

2.1 OS USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO AMBIENTAL

2.1.1 Os profissionais da informação: o bibliotecário e o educador ambiental como intermediadores da informação

3 AS FONTES DE INFORMAÇÃO

3.1 CONCEITUALIZAÇÃO

3.2 A INTERNET COMO CANAL DE ACESSO À INFORMAÇÃO

3.2.1 Os sítios e os portais de informação

3.2.2 As redes e sistemas de informação

3.3 O PAPEL DAS UNIDADES DE INFORMAÇÃO

3.3.1 As bibliotecas especializadas em meio ambiente

3.3.2 As bibliotecas digitais

3.3.3 As bibliotecas virtuais

3.4 FONTES ESTRATÉGICAS DE INFORMAÇÃO AMBIENTAL PARA USO DOS BIBLIOTECÁRIOS E EDUCADORES AMBIENTAIS

4 A UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO NO CONTEXTO DA SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE (SEMA)

4.1 A ESTRUTURA DA SEMA

4.1.1 O Núcleo de Documentação e Arquivo (NDA)

4.1.2 A Coordenação de Capacitação de Educação Ambiental (CCEA)

4.1.3 A Coordenação das Unidades de Conservação da Natureza (CUC)

4.1.4 A Coordenação de Informação e Planejamento Hídrico (CIPH)

4.2 METODOLOGIA DE USO DA INFORMAÇÃO PELOS BIBLIOTECÁRIOS E EDUCADORES AMBIENTAIS

4.2.1 Os profissionais envolvidos na pesquisa

4.2.2 As fontes de pesquisa mais consultadas

4.2.3 Análise da aplicabilidade das fontes de informação pelos profissionais da SEMA

5 CONCLUSÕES

REFERÊNCIAS................................. ANEXOS

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1 INTRODUÇÃO

Nos dias de hoje, a informação se apresenta como matéria prima

essencial na produção de bens e serviços e o profissional que conseguir transformá-

la em conhecimento terá grandes chances de solucionar ou amenizar os problemas

da ação do homem sobre a natureza, bem esse, duramente afetado nas últimas

quatro décadas.

Na sociedade globalizada é grande a produção científica de documentos

ambientais, geradas e produzidas pelos órgãos públicos e privados, pelas

instituições de ensino e pelas organizações não-governamentais, ocasionando

também um aumento de fontes de informação ambiental em vários formatos e

suportes de materiais.

A grande motivação para a realização dessa investigação, adveio a partir

do contato direto com profissionais da informação que trabalham em unidades de

informação especializadas em meio ambiente, com experiências nessa área de

estudo e por estar trabalhando em um órgão voltado para essas questões. Desse

modo, a experiência vivenciada na utilização das fontes de pesquisa para a

recuperação e gestão de informação ambiental possibilitou o inicio da realização do

presente trabalho.

Em um levantamento bibliográfico, detectou-se nas experiências de

Tavares e Freire (2003) e Santos e Silva (2006) uma abordagem científica que

aproxima da temática de pesquisa sobre a utilização das fontes de informação

ambiental por pesquisadores da área do meio ambiente.

A relevância dessa pesquisa para Secretaria de Estado de Meio Ambiente

(SEMA) se dá em função da possibilidade de melhoria dos serviços e produtos

oferecidos para os funcionários, pesquisadores e usuários externos, destinatários

das fontes de informação ambiental, como ferramenta de apoio para trabalhos de

pesquisa, bem como de técnicos que se voltam à gestão ambiental. As fontes de

informação são elos entre o conhecimento existente (informação) e o pesquisador.

Acredita-se que a importância social do trabalho propiciará ao bibliotecário

e ao profissional da educação ambiental, identificar no contexto da sociedade da

informação, as vantagens e as dificuldades em acessar e aplicar as fontes de

informação especializadas na área em estudo.

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A busca pela informação se concentra na unidade de informação da

SEMA, principalmente quando os profissionais da informação tem acesso a uma

grande quantidade de documentos na área do meio ambiente, por meio de uma

variedade de suportes informacionais e tecnológicos que ajudam no uso e na

aplicação da informação no processo de tomadas de decisões, contribuindo de

maneira significativa na gestão ambiental.

Na verdade, os profissionais das diversas áreas do conhecimento que

estudam e investigam situações técnicas com o meio ambiente, principalmente os

educadores ambientais precisam das fontes de pesquisa para subsidiar e dar

suporte na suas tomadas decisões envolvidos pelas complexibilidades dos grandes

empreendimentos econômicos e onde se faz necessário conscientizar a participação

da comunidade no processo de desenvolvimento sustentável.

A presente monografia tem como finalidade central analisar como as

fontes de informação ambiental, mais especificamente as usadas na pesquisa via

Internet (sítios, portais, sistemas de informação, redes de informação, bibliotecas

virtuais, digitais e eletrônicas), são aplicadas pelos profissionais da informação da

Unidade de Informação do Núcleo de Documentação e Arquivo (NDA) e pelos

educadores ambientais da Coordenação de Capacitação da Educação Ambiental

(CCEA), da Coordenação das Unidades de Conservação da Natureza (CUC) e da

Coordenação de Informação e Planejamento Hídrico (CIPH) da SEMA.

A grande dificuldade encontrada nessa pesquisa concentra-se no

manuseio das fontes de informação especializadas em meio ambiente. A falta de

capacitação por meio de treinamentos educativos para o acesso às novas

tecnologias e da educação continuada do bibliotecário, no que diz respeito às várias

interfaces de busca para a aplicabilidade e uso das fontes de informação, dificulta a

recuperação da informação segura, rápida e de qualidade.

O próprio desconhecimento das fontes de informação especializadas na

área ambiental, por parte dos educadores ambientais, também é um dos problemas

que não ajuda no manuseio e no uso da informação para dar apoio às suas

pesquisas e trabalhos técnicos no processo de gestão ambiental.

Diante dessas situações problemas colocados na proposta do trabalho,

foram levantadas as seguintes indagações (questões): até que ponto as fontes de

informação ambiental contribuem para a melhoria dos serviços do profissional da

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informação? De que forma as fontes de informação facilitam a pesquisa profissional

do educador ambiental? De que forma as fontes de informação ambiental possibilita

a ajuda na tomada de decisão do educador ambiental?

A proposta metodológica está focada em duas partes: no primeiro

momento foi feita uma pesquisa bibliográfica com a finalidade de localizar trabalhos

em livros, periódicos e artigos científicos já publicados sobre o assunto como base

teórica para realização da monografia. Nessa linha de orientação, sustenta Almeida

(1992, p. 30) que esse tipo de pesquisa “propicia conhecer as contribuições culturais

ou científicas que tenham sido publicadas em todas as áreas do conhecimento

humano”. Ainda dentro desse contexto, foi efetivada uma pesquisa exploratória para

estudar as possibilidades do pesquisador se familiarisar-se com o objeto de estudo

do trabalho e uma pesquisa documental nos relatórios e programas elaborados pela

SEMA; no segundo momento, prosseguiu-se com o trabalho de campo in loco da

pesquisa, a fim de verificar como os atores sociais envolvidos no trabalho aplicam as

fontes de informação ambiental como suporte aos seus trabalhos institucionais e de

que forma contribuem no processo de tomada de decisões no que se refere a

procedimentos de gestão ambiental no âmbito da SEMA.

A abordagem metodológica da pesquisa foi um estudo de caso de caráter

qualitativo, onde serão priorizados os discursos e os conhecimentos dos atores

sociais. Como foi dito, esses atores são os profissionais da informação

(bibliotecários) e educadores ambientais (geógrafos, pedagogos, biólogos e outros)

que atuam na área da educação ambiental recursos hídricos e unidades de

conservação da SEMA, num total de 18 profissionais selecionados.

No que diz respeito às técnicas de pesquisa de campo utilizou-se como

instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista formal semi-estruturada

individual aos atores sociais da pesquisa, objetivando verificar o grau de

aplicabilidade das fontes de informação ambiental em seus serviços técnicos,

identificar as principais fontes de informação ambiental e como essas informações

contribuem nas ações desenvolvidas por esses profissionais.

O trabalho está dividido em quatro partes. Conforme segue: o primeiro

capítulo traz na sua introdução os objetivos, a problemática e a relevância dessa

pesquisa para a informação no âmbito da gestão ambiental.

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No segundo capítulo foram analisados os conceitos e características da

informação ambiental sob o aspecto de várias teorias. Traz, ainda os tipos e

denominações do bibliotecário e do educador ambiental como usuários da

informação.

O terceiro capítulo aborda os conceitos, tipos e características da fontes

de informação, além de identificar as mais usadas na área do meio ambiente.

Apresenta também uma análise da internet como canal de acesso a outras fontes de

pesquisa como os portais, os sítios, redes e sistemas de informação e as bibliotecas

virtuais, digitais e eletrônicas.

O quarto capítulo discorre sobre à pesquisa de campo, onde foram

analisados a aplicabilidade das fontes de informação ambiental pelos profissionais

nos setores da educação ambiental, áreas de preservação, recursos hídricos e da

informação da SEMA.

O último capítulo refere-se às considerações finais da monografia com

ênfase na organização, disponibilização e gestão da informação ambiental pelos

profissionais da SEMA. Cabe ressaltar que a forma de redação, elaboração,

apresentação e normalização dessa pesquisa obedeceu as normas e padrões da

Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Manual Didático da

professora Marise Teles Condurú, intitulado Elaboração de Trabalhos Acadêmicos.

Pretendeu-se, assim identificar e analisar como os profissionais da SEMA

aplicam as fontes de pesquisa no processo de gestão da informação ambiental em

seu ambiente de trabalho. Em face disso, acredita-se que essa monografia contribua

e sirva de base sistematizada para os diversos profissionais da informação

envolvidos com a problemática da questão ambiental, trazendo grandes benefícios

para o meio ambiente.

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2 A INFORMAÇÃO AMBIENTAL: CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS

Na sociedade contemporânea, a informação desempenha um importante

papel nas relações entre os seres humanos, inserida que está nas atividades

intelectuais, financeiras, comerciais e pessoais, disponibilizada por meio de uma

diversidade de formatos e suportes. A sua produção, organização, domínio e

transformação podem causar mudanças políticas, culturais e econômicas de uma

região ou nação (SANTOS; SILVA, 2006, p. 6).

Para Barros (2004, p. 39), a “informação vem ganhando cada vez mais

importância na humanidade, já que ela reduz a insegurança, revela alternativas

adicionais ou estimula os indivíduos à ação na busca de um ambiente sadio e

agradável para todos”. Constitui-se num insumo de fundamental relevância na

geração do conhecimento, possibilitando de modo eficiente na satisfação das

diversas demandas da população, isto é, a sua necessidade é dada pela

possibilidade de conhecimento que ela representa, o qual pode ser recuperado e

utilizado produtivamente nas variadas atividades da sociedade.

Segundo Le Coadic (2004, p. 4), a informação é definida como sendo:

um conhecimento inscrito (registrado) em forma escrita (impressa ou digital), oral ou audiovisual, em um suporte. A informação comporta um elemento de sentido. É um significado transmitido a um ser consciente por meio de uma mensagem inscrita em um suporte espacial-temporal: impresso, sinal elétrico, onda sonora etc. Essa inscrição é feita graças a um sistema de signos (a linguagem), signo este que é um elemento da linguagem que associa um significante a um significado: signo alfabético, palavra e sinal de pontuação.

Numa outra proposta conceitual, Barreto (1999, p. 1) mostra que a

informação:

sintoniza o mundo, pois referencia o homem ao seu semelhante e ao seu espaço vivencial em seu ponto imaginário do presente, com uma perspectiva do passado e uma esperança do futuro, sendo que a informação é definida como conjuntos significantes com competência e a intenção de gerar conhecimento no indivíduo , em seu grupo ou a sociedade.

A informação está apresentando várias ramificações e interfaces que

ganham espaço na sociedade informacional como na área industrial, florestal,

empresarial e do meio ambiente. Portanto, a idéia da pesquisa é analisar como a

informação ambiental ou ecológica, se relaciona e se integra com as várias ciências

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que estudam conhecimento humano resultante das inquietações e problemas

relacionados à questão do meio ambiente.

Marcatto (2005, p.24), baseada na Covenção de Aarhus, conceitua

informação ambiental como qualquer “informação em forma escrita, audível,

eletrônica ou em outro material qualquer, relativa ao meio ambiente”. Essa

informação seria sobre o ar, a água, o solo, a diversidade biológica, os organismos

geneticamente modificados, as políticas, os planos e programas ambientais, as

análises econômicas para tomada de decisão, as condições de vida e os sítios

culturais

De acordo com Targino (1994, p. 46), a informação ambiental pode ser

considerada como:

dados, informações, metodologias e processos de representação, reflexão e transformação da realidade, os quais facilitam a visão holística do mundo e, ademais, contribuem para compreensão, análise e interação harmônica dos elementos naturais, humanos e sociais

Desse modo, a informação ambiental deve contribuir para a mudança de

condutas e comportamentos, tendo papel fundamental na preservação ambiental,

como subsídio para a nossa ação no mundo e para diminuir a incerteza diante do

meio ambiente, quer seja natural ou construído pelo homem, pois para além das

necessidades do sistema produtivo, todos têm direito à informação que possa

diminuir nossa incerteza diante do meio ambiente (FREIRE; ARAÚJO, 1999).

Na proposta de Tavares e Freire (2003, p. 208), há uma afirmação de que

“a informação ambiental é um tipo de informação científica e tecnológica que tem

papel fundamental na superação da crise ambiental que vivemos hoje contribuindo

para a preservação de ambientes naturais e daqueles construídos pelo homem”.

Nesse momento, a informação ambiental tem um importante papel de

informar aos indivíduos os problemas e soluções viáveis sobre a questão, além de

controlar e armazenar a documentação pertinente produzida sobre os assuntos

ligados ao meio ambiente. A sua principal característica é a inter e

multidisciplinaridade, pois leva em consideração conceitos científicos, sociais e

filosóficos. Trata-se de uma área ligada a campos científicos distintos como a

Medicina, Direito, Geografia, Biologia, Geologia e Ciências Sociais (CARIBÉ, 1992,

p. 41).

Ainda de acordo com Caribé (1992, p. 41), existem outras características

da informação ambiental, tais como:

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os dados ambientais quase sempre não são publicados e o

conhecimento de sua existência só será possível após longa e experiência;

grande quantidade de informações e dados relevante aparece em

publicações que não são indexadas;

insuficiência de fontes e de obras de referência que indiquem

informações publicadas;

urgência da demanda da informação para a ação do usuário.

A identificação dos conceitos e características da informação ambiental é

importante para compreensão e utilização de trabalhos realizados por técnicos,

pesquisadores e para a sociedade em geral que se interessem pela pesquisa, bem

como na conscientização das pessoas sobre a preservação do meio ambiente.

2.1 OS USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO AMBIENTAL

Na área da informação são vários os conceitos e acepções sobre a

definição do termo usuário da informação, ou seja, aquele indivíduo que de fato dela

necessita e faz seu uso na sua pesquisa ou utiliza como subsídios nos seus

trabalhos técnicos. Esses indivíduos ou grupos buscam dados informacionais sobre

algo e desfrutam dos mesmos individualmente ou coletivamente. Segundo Sanz-

Casado apud Santiago e Paiva (2008, p. 2), “usuário é aquele indivíduo que

necessita de informação para o desenvolvimento de suas atividades”, sendo

beneficiados com os serviços das unidades de informação.

Dentre os usuários da informação ambiental encontram-se os funcionários

dos órgãos governamentais formuladores de políticas e legislação, das empresas

privadas, das organizações não governamentais de meio ambiente, das entidades

nacionais e internacionais, pesquisadores, cidadãos e a mídia. “Esses usuários

demandam informações de todos os tipos, como dados estatísticos, tecnologias,

pesquisas, teses, legislações, estudos e relatórios de impacto ambientais,

instituições e especialistas, eventos etc”. (TAVARES; FREIRE, 2003, p. 213).

Atualmente há uma sociedade repleta de informações científicas e

técnicas, onde cada pessoa é usuário e provedor da informação, considerada num

sentido amplo, o que inclui dados, informações e experiências e conhecimentos

adequadamente apresentados. A necessidade da informação surge em todos os

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níveis, desde o de tomada de decisões superiores, nos planos nacional e

internacional, ao comunitário e individual (PARÁ, 1998, p. 394).

De acordo com Caribé (1992, p. 42), os usuários da informação ambiental

são:

os mais variados possíveis, incluindo desde usuários organizacionais, nacionais e internacionais, as autoridades governamentais, empresas privadas, grupos de pressão, entidades ecológicas, órgão governamentais do meio ambiente e usuários individuais. Desta forma, os usuários são muitos importantes para a determinação dos serviços e produtos de uma unidade de informação.

Algumas categorias de profissionais atuam como intermediários no

processo de transferência informacional. Nesse grupo é possível incluir o

bibliotecário e o educador ambiental, que utilizam a informação como ferramenta de

trabalho. Curiosamente, esses profissionais, muita das vezes, atuam também como

usuários da informação, quando buscam a informação para atender às suas

necessidades de uso, como, por exemplo, para dar suporte à construção de

produtos informacionais.

2.1.1 Os profissionais da informação: o bibliotecário e o educador ambiental

como intermediadores da informação

Os profissionais da informação, principalmente o bibliotecário, têm na

informação o seu instrumento de trabalho, possuindo um papel especial na área

ambiental, pois precisam filtrar os documentos de qualidade para dar suporte em

suas atividades técnicas, com intuito de disponibilizar e criar aos usuários

informações seguras, estratégicas e com eficácia, para responder às suas

necessidades e às demandas das unidades de informação.

Para Silva (1996, p. 5), o profissional da informação compreende:

todos aqueles indivíduos que, de uma forma ou outra, fazem da informação o seu objeto de trabalho, entre os quais, arquivistas, museólogos, administradores, comunicadores, analistas de sistemas, documentalistas e bibliotecários, além dos profissionais ligados a informática e das telecomunicações. Esses profissionais estão ligados ao setor da informação, no sentido de sua participação nos processos de geração, disseminação, recuperação e gerenciamento da informação.

E Valentim (2000, p. 20) enfatiza que:

o papel do profissional do profissional da informação é de processador e filtrador da informação e utilizá-la de forma coerente e eficiente,

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voltado para o usuário/cliente. Novas mediações da informação entre o profissional da informação devem ser estudadas e implementadas, assim como a disseminação da informação e seus canais de informação devem ser estruturados. Ele deve antever as mudanças nos canais de distribuição da informação.

Para isso, o profissional da informação deve estar capacitado para

entender a informação de maneira ampla, trabalhar de forma globalizada, conhecer

e utilizar as novas tecnologias da informação, criar e planejar produtos e serviços

informacionais visando o cliente, relacionar formatos eletrônicos e digitais de

telecomunicação e reestruturar a estrutura organizacional da unidade de informação

de forma a contemplar o cliente (VALENTIM, 2000, p. 26).

As atividades técnicas e de gestão da informação dos bibliotecários

podem incluir: treinamento, consultoria e atendimento a consultas dos usuários

sobre seleção de fontes de informação e desenvolvimento de estratégias de

pesquisa/busca. Esses especialistas podem participar do planejamento e das

atividades decisórias da organização, onde exerçam o processamento, reunião e

coleta de informações ambientais pertinentes à organização procurando desenvolver

um entendimento íntimo de como a informação é usada. Devem buscar entender

qual o impacto da informação adquirida no desenvolvimento do indivíduo e da

organização (TARAPANOFF, 2000, p. 24).

Na área do meio ambiente, o bibliotecário tem a função de ser um agente

socializador e disseminador da informação ambiental, ou seja, tem um papel de

fornecer informações com o intuito de alcançar um comportamento ecologicamente

correto, gerar pensamentos críticos e atitudes conscientes com relação à

preservação do nosso ecossistema. Ele desempenha um papel de suma

importância, agindo como formador de opinião e como agente conscientizador da

problemática ambiental (MARTINS; CIPOLAT, 2006, p. 179).

Para Figueiredo (1979, p. 135), o bibliotecário, como intermediador da

informação deve “assumir um papel mais ativo ou agressivo com relação à

transferência da informação, isto é ele precisa ir em busca dos seus usuários

fornecendo-lhes a informação mais adequada as suas necessidades de pesquisa”.

E ainda, prosseguindo com essa linha de orientação, Guimarães apud

Silva e Arruda (1998, p. 7) afirma que nesse processo de democratização da

informação o bibliotecário assume dois papeis fundamentais no processo de

intermediação da informação:

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o primeiro é saber qual a informação que realmente satisfará as necessidades de seus usuários e com a ajuda do processamento técnico terá todas as condições relevantes de atender a comunidade, tornando-se assim qualitivamente intermediário entre as fontes de informação e quem delas utilizar. O segundo papel é ter uma função de ação social, ou seja, é importante que ele assuma sua cidadania, já que esses profissionais além de serem intermediário entre a informação e o conhecimento, são partes integrantes do meio em que vivem.

Os educadores ambientais são profissionais envolvidos com a prática da

educação ambiental voltada para a promoção de mudanças que permeiam o

cotidiano de todos os indivíduos e instituições ligadas com a sustentabilidade do

meio ambiente. As ações desses educadores são coletivas e devem ser voltadas às

atividades de proteção, recuperação e melhoria socioambiental.

Segundo Quintas (1995, p. 16), o educador ambiental é aquele:

capaz de construir e reconstruir, num processo de ação e reflexão, o conhecimento sobre a realidade, de modo dialógico, com sujeitos envolvidos no processo educativo. O educador deve estar capacitado para atuar como catalizador de processos educativos que respeitem a pluralidade e diversidade cultural, fortalecendo a ação coletiva e proporcionando a compreensão da problemática ambiental. Ele deve agir em conjunto com a sociedade civil organizada, sobretudo como os movimentos sociais, numa visão de educação ambiental que priorize as novas relações dos homens com a natureza.

Os educadores ambientais são grupos de profissionais de várias

instituições que atuam no campo da educação ambiental e da educação popular.

Eles desenvolvem processos formativos de educação ambiental destinado à

totalidade da base territorial onde atuam, ou seja, são grupos de pessoas que

compartilham suas visões e interpretações sobre o meio ambiente. Eles favorecem a

continuidade e permanência dos processos educacionais, articulação de programas

e projetos de desenvolvimento sustentável e as competências regionais de

educação e ambiente (PROFEA, 2006, p. 33-34). Assim, atuam também como

intermediadores e gestores no processo informacional.

3 AS FONTES DE INFORMAÇÃO 3.1 CONCEITUALIZAÇÃO

As fontes de informação constiuem-se em um veículo de busca e de

acesso à informação de significativa importância no desenvolvimento da pesquisa

científica e na disseminação da informação.

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Barros (2007, p. 9), argumenta que descrobir e saber usar algumas “fontes

da informação (ferramentas de acesso e busca) são condições essenciais para que

o usuário da informação consiga realmente se inteirar com eficiência de pelos

menos parte de sua área de atuação”. Desse modo, as fontes de informação são

elos de ligação entre o conhecimento existente e o pesquisador.

Beckman e Silva apud Barros (2004, p. 207), definem fonte de informação

como:

o lugar de origem, donde a informação adequada é retirada e transmitida ao usuário. Seu conhecimento não é atributo privativo do bibliotecário, porém só este tem obrigação de conhecê-las todas, nas suas características intrínsecas, no seu modo de utilização em relação aos pedidos das diferentes categorias profissionais. De um modo bastante amplo as fontes de informação podem ser distribuídas em: primárias, secundárias e ocasionais.

Tomando outra perspectiva de fontes de informação, Cunha (2001, p. 2),

conceitua como: quaisquer recursos que respondam a uma demanda de informação por parte dos usuários, incluindo produtos e serviços de informação, pessoas ou rede de pessoas. Elas são classificadas em: fontes primárias que contém as novas informações de fatos acontecidos (periódicos, legislações, relatórios técnicos, projetos), fontes secundárias que são os organizadores dos documentos primários e guiam o leitor para eles (base de dados, livros, internet, banco de dados) e terciárias que têm como função principal ajudar o leitor na pesquisa das fontes primárias e secundárias, sendo sinalizadores de localização(bibliotecas, centros de informação, diretórios).

O saber utilizar e acessar essas fontes é de fundamental importância para

a pesquisa e para tomada de decisões de profissionais que a utilizam, com o

objetivo de informar a sociedade, sempre levando em consideração às vantagens

que ela pode trazer para o usuário, dentre as quais destacam-se as seguintes:

rapidez nas buscas das pesquisas; segurança no acesso a informação; economia de

tempo e informação de qualidade e gratuita.

3.2 A INTERNET COMO CANAL DE ACESSO A INFORMAÇÃO

A internet é vista atualmente como uma importante fonte eletrônica de

acesso à informação, em face às facilidades de busca que ela representa,

principalmente servindo de canal para o acesso e manuseio de outras fontes de

informação. A grande rede possibilita ao usuário a acessar e a achar as principais

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informações sobre cada área de atuação, possibilitando uma disponibilidade maior

de informação e uma interação imediata com outros indivíduos.

Para Barros (2004, p. 210), a rede mundial de computadores tornou-se:

uma indispensável fonte de pesquisa para os diversos campos do conhecimento. Isso porque representa hoje um extraordinário acervo de dados que esta colocada à disposição de qualquer pessoa do planeta, podendo ser acessada com extrema facilidade, graças aos sofisticados recursos informacionais disponíveis. A Internet liga milhões de sistemas, onde inclui museus, universidades, revistas, correios, bibliotecas e outros..

Na concepção de Cendón (2000, p. 293), a principal vantagem da Internet

para os usuários é:

a possibilidade de acesso a informações que antes eram demoradas de se conseguir ou mesmo completamente inacessíveis. Muitas das vezes a informação que se procura é encontrada em texto completo na rede, e dessa forma, é superada a limitação de acervos locais. Ela facilita e agiliza a identificação e obtenção de fontes impressas, reduzindo a dependência de serviços de terceiros para o acesso a documentos nacionais e estrangeiros.

Desse modo, a Internet é uma fonte de informação secundária que

funciona como um canal de acesso aos sítios e portais da informação, as redes e

sistemas de informação, a bibliotecas digitais e virtuais e a outras fontes de

pesquisas. Essa ferramenta de pesquisa intensificou o compartilhamento da

informação, fomentando novas redes, o que acarretou no desenvolvimento das

bibliotecas eletrônicas, virtuais e digitais em cooperação.

3.2.1 Os sítios e os portais de informação

Conceitualmente, um sítio ou um site é uma palavra que significa um local

ou lugar. No contexto da Internet site é um conjunto de páginas da WWW (Teia de

Dimensão Mundial) que representa uma pessoa, instituição ou empresa na rede, ou

seja, a Web é um conjunto de documentos, disperso em milhões de computadores

ao redor do mundo que pode conter textos, imagens e sons. Nesse local estão

disponíveis várias ferramentas de busca da informação como, por exemplo: o

Google, o Alta Vista, o Cadê e o Yahoo.

Os portais são páginas na Internet sobre um determinado assunto, tema

ou área do conhecimento. De acordo com Detlor apud Vilella (2003, p. 64), define-se

portal como “um ponto único de interfaces baseadas na Web, usadas para promover

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a busca, o compartilhamento e a disseminação da informação, assim como a

provisão de serviços para comunidades de interesses”.

Esses lugares de consulta na Web são de real relevância para os usuários

da informação, pois possibilitam o acesso há uma gama de informações nas mais

variadas áreas do conhecimento humano.

3.2.2 As redes e sistemas de informação

As redes de informação facilitam o acesso à informação atualizada e

relevante, em quase todas as áreas de conhecimento humano de forma integrada e

conjunta, primando pelo intercâmbio, compartilhamento e cooperação dos serviços

dos profissionais da informação como excelente fonte de pesquisa.

As redes de informação, vinculadas a serviços e unidades de informação,

tem um papel determinante em todo o processo da gestão da informação, desde a

aquisição, organização, disseminação, recuperação até a obtenção da informação

pelo usuário final. Esse tipo de serviço também reúnem pessoas e organizações

para intercâmbio de informações, ao mesmo tempo em que contribuem para a

organização de produtos e a operacionalização de serviços cooperativos (TOMAÉL,

2005, p. 3-4).

Na proposta de Katz apud Tomaél (2005, p. 4) é possível encontrar um

conceito de rede de informação entendido como:

um grupo de unidade e serviços de informação voltada para um interesse comum, que pode ser a compilação de uma base de dados, um sistema cooperativo de catalogação, sendo seu ponto focal o compartilhamento de recursos e a cooperação em serviços e produtos. Enfim, é um arranjo formal que reúne várias organizações engajadas para um objetivo comum, buscando a troca de informações, materiais ou serviços.

As redes de informação apresentam os seguintes objetivos propostos por

Rowley apud Tomaél (2005, p. 5), que são:

mostrar o conteúdo de um grande número de bibliotecas ou de um grande número de publicações, principalmente por meio de acesso a bases de dados catalográficos, com o emprego de interfaces de catálogos de linha de acesso público; fazer com que os recursos mostrados nessas bases de dados catalográficos se tornem disponíveis para as bibliotecas e usuários, onde e quando necessários; compartilhar custos e esforços despendidos na criação de bases de

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dados por meio do intercâmbio de registros e atividades correlatas.

As vantagens que as redes de informação proporcionam para o usuário

são os seguintes: conteúdo informacional; acesso a informação; disponibilidade de

registros bibliográficos; redução de custos esforços; intercâmbio de informações;

cooperação das tarefas e ampliação do universo informacional.

Já os sistemas de informação são componentes inter-relacionados que

promovem a transmissão da informação dos produtores aos usuários da mesma, de

conformidade com normas e procedimentos idênticos ou compatíveis.

Silva (2007, p. 9) conceitua sistema de informação como:

um sistema baseado em informações, ou seja, a sua matéria prima é a informação. Ele pode ser tecnicamente um conjunto de componentes inter-relacionados que coleciona ou recupera, processa e distribui informação. Uma das principais funções dos Sistemas de Informação é a de filtrar a informação para gerar conhecimento. Algumas das características do Sistema de Informação é que ele deve ser fácil de usar, flexível nos ajustamentos, confiável nas informações geradas e rentáveis de modo que os custos justifiquem os benefícios oferecidos.

Uma das principais funções desses sistemas é filtrar a informação para

gerar conhecimento, devendo trazer informações de qualidade, sendo que podem

ser de fácil uso, flexível nos ajustamentos, confiável nas informações geradas e

rentáveis de modo que os custos justifiquem os benefícios oferecidos. Esses

sistemas manipulam e geram informações, com o objetivo de auxiliar na tomada de

decisão do profissional a informação (SILVA, 2007, p. 12).

Na verdade, os sistemas de informação funcionam como fontes de

informação para o profissional bibliotecário e auxiliam o usuário em encontrar

informação no momento certo, de qualidade e com rapidez. Esses serviços são

importantes na organização, recuperação, distribuição, disseminação e divulgação

da informação das unidades de informação.

3.3 O PAPEL DAS UNIDADES DE INFORMAÇÃO

As unidades de informação são organizações de serviços representadas

pelas bibliotecas, sistemas de informação e de documentação que disponibilizam

serviços e produtos informacionais ao usuário final, ou seja, são organizações

sociais sem fins lucrativos, cuja característica como unidade de negócio é a

prestação de serviços para os indivíduos e a sociedade de forma tangível (produtos

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impressos) ou intangível (prestação de serviços de forma virtual pela Internet)

(TARAPANOFF; ARAÚJO JÚNIOR; CORMIER, 2000, p. 92).

Essas organizações têm o papel de informar aos indivíduos aonde

encontrar a informação certa e de qualidade, para que possa fazer uso da

informação. Atualmente, as bibliotecas deixaram de ser depósitos de livros e

passaram a ter um papel de filtrar e facilitar o acesso da informação para os

usuários real e potencial de uma instituição pública ou de uma empresa privada.

As unidades de informação são fontes de pesquisa para os usuários que

necessitam de documentos e dados para subsidiar seus trabalhos técnicos,

acadêmicos, ou extensão, dependendo da situação da pesquisa.

Com a revolução tecnológica, as bibliotecas tradicionais passaram a ter

outros formatos e denominações que facilitaram o acesso e a disseminação da

informação. Agora as bibliotecas são chamadas de virtuais, digitais e eletrônicas,

termos novos que serão analisadas no decorrer da pesquisa.

3.3.1 As bibliotecas especializadas em meio ambiente

As bibliotecas são lugares concretos de idéias e de informações, e

funcionam como espaço de leitura, de estudo, de consulta, de busca e de uso da

informação. Nesses ambientes se encontram os diversos tipos de suportes

informacionais que servem de base para qualquer tipo de pesquisa bibliográfica que

são: livros, monografias, dicionários, manuais, enciclopédias, fitas, CD`s, DVD`s,

banco de dados e outros.

Segundo Targino apud Barros (2007, p. 92), define-se biblioteca como:

local onde uma coleção organizada e constituída de acordo com a demanda e necessidades dos usuários efetivos e potenciais a que se destina (tanto no que concerne ao tipo de material como na diversificação dos assuntos), está à disposição dos interessados, para suprir suas necessidades informativas, educacionais ou recreativas.

Atualmente são vários os tipos de bibliotecas ou centros de documentação

que atendem as necessidades dos usuários tanto no meio científico, como na

pesquisa, e isto depende muito das instituições a ela vinculadas. O objetivo, nesse

momento, é mostrar quais são as características, os conceitos e funções de apenas

um tipo de biblioteca que é a biblioteca especializada.

As bibliotecas especializadas são unidades pertencentes a instituições

governamentais, particulares ou associações formalmente organizadas com o

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objetivo de fornecer ao usuário a informação relevante de que ela necessita em um

campo específico de assunto, ou seja elas se originam de universidades (bibliotecas

setoriais) ou empresas comerciais (industrias), atuando como agentes

disseminadores dos conhecimentos necessários nos estudos e tomadas de decisões

das instituições (MIRANDA, 2007, p. 88).

Ainda segundo Miranda (2007, p. 88), destacam-se as seguintes funções e

características das bibliotecas especializadas:

a) as funções:

fornecer informação rápida e eficaz, centrada em uma área do

conhecimento;

disseminar seletivamente a informação;

proporcionar o acesso a bases de dados especializada s na área de

interesse da coleção;

permitir a recuperação aprofundada de informações sobre assuntos

específicos da área.

b) as características:

usuários com elevado nível de formação e exigentes nas suas

pesquisas;

acervo composto por uma diversidade por uma diversidade de suportes

informacionais;

os bibliotecários devem possuir conhecimento na área que destina a

coleção;

um alto nível de automação dos serviços.

Atualmente são várias as unidades de informação especializadas em meio

ambiente, principalmente as bibliotecas especializadas em agricultura, recursos

hídricos, resíduos sólidos, engenharia florestal, educação ambiental e unidades de

conservação. Nesse trabalho, devido a sua importância na pesquisa científica e na

disseminação da informação para os usuários, destaque-se como referência de

informação duas bibliotecas especializadas em meio ambiente: a biblioteca do

Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) e a biblioteca da Empresa Brasileira

de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), localizadas no Estado do Pará.

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A biblioteca do NAEA é um centro de produção de estudo interdisciplinar

da realidade amazônica, ou seja, atua como colaboradora para facilitar e fortalecer

atividades de pesquisa e extensão e contribui com a produção do conhecimento

sobre a Amazônia. Essa unidade de informação prioriza o acesso à informação,

dando suporte científico a professores, universitários e pesquisadores, a partir de um

rico acervo bibliográfico incluindo os seguintes temas: história, ecologia, agricultura,

antropologia e outros.

Contudo, a biblioteca da EMBRAPA do Estado do Pará, por exemplo, tem

a missão de viabilizar soluções tecnológicas para o desenvolvimento sustentável da

agropecuária da Amazônia, por meio da geração, adaptação e transferência de

conhecimentos e tecnologia em benefício da sociedade. Entretanto, essa biblioteca

surgiu para dar suporte às pesquisas realizadas na unidade, como também

organizar e disponibilizar informações produzidas na área da agricultura e pecuária.

Os temas abordados por essa biblioteca são os seguintes: nutrição animal, manejo

de florestas plantadas, silvicultura tropical, manejo de floresta nativa, cafeicultura,

fruticultura e outros.

Essas bibliotecas funcionam como fontes de informação ambiental para

professores, pesquisadores e profissionais liberais envolvidos com estudos na área

do meio ambiente, pois fornecem informações científicas de qualidade sobre vários

assuntos e temas ambientais conforme a necessidade de uso de cada usuário.

3.3.2 As bibliotecas digitais

Com o surgimento das Novas Tecnologias da Informação (NTI), as

bibliotecas tradicionais passaram por grandes transformações físicas, gerencias e

funcionais, acarretando em novas mudanças em seus serviços e produtos

informacionais. Os impactos dessas tecnologias propiciaram o surgimento de novos

suportes e instrumentos tecnológicos que ajudaram as unidades de informação na

organização, divulgação e disseminação da informação centralizados na mídia

digital, virtual e eletrônica.

Dentre as mudanças da instituição biblioteca, renasce o termo biblioteca

digital fruto da aplicação das tecnologias na informação, surgindo um novo serviço

de biblioteca centrado no processo de criação, organização, preservação e

disseminação da informação em suporte digital.

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As bibliotecas digitais se transformaram em portão de entrada para os

recursos mundiais de informação, trazendo significativas implicações para usuários

de bibliotecas, provedores de informação, pesquisadores de todas as áreas do

conhecimento. Esses ambientes, hoje reconfigurados pela presença do computador,

e as possibilidades oferecidas pela Internet passaram a requerer um usuário com

uma formação que o capacite para ler, escrever interpretar sua realidade (AQUINO

apud SANTOS, 2009, p.34).

De acordo com a proposta de Marchiori (1997, p. 4), define biblioteca

digital como:

aquela biblioteca onde a informação que ela contém existe apenas em forma digital, podendo residir em meios diferentes de armazenagem, como memórias eletrônicas (discos magnéticos e óticos), sendo que ela não contém livros na forma convencional e a informação pode ser acessada, em locais específicos e remotamente, por meio de rede de computadores.

A biblioteca digital é um conjunto de objetos digitais construídos a partir do

uso de instrumentos eletrônicos, concebidos com o objetivo de registrar e comunicar

pensamentos, idéias, imagens e sons disponíveis a um contingente ilimitado de

pessoas, dispersas onde quer que a plataforma Web alcance. Com o surgimento

dessa biblioteca mudou-se a forma e o meio através dos quais os documentos

passaram a ser produzidos ou registrados, ou seja, um meio mais leve, ágil e

dinâmico em suas possibilidades de processamento e de comunicação

(ALVARENGA, 2001, p. 5).

Para Cunha (1999, p. 258), são enfatizadas algumas características da

biblioteca digital para compreender melhor a sua estrutura funcional:

acesso remoto pelo usuário, por meio de um computador conectado a

uma rede;

utilização simultânea do mesmo documento por duas ou mais pessoas;

inclusão de produtos e serviços de uma biblioteca ou centro de

informação;

provisão de acesso em linha a outras fontes externas de informação

(banco de dados);

utilização de diversos suportes de registro da informação tais como:

texto, som, imagem e números.

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Então, entende-se por biblioteca digital um conjunto de documentos

nascidos, convertidos e advindos do formato digital, em meios diferentes de

armazenagem como os discos magnéticos, óticos e outros, possibilitando uma

organização digital integrada de textos, imagens e sons.

3.3.3 As bibliotecas virtuais

A expressão biblioteca virtual, mais conhecida como biblioteca sem

paredes, funciona baseada na utilização de recursos da realidade virtual para

exploração dos serviços da unidade de informação.

Gapen apud Marchiori (1997, p. 5) define biblioteca virtual como:

o acesso remoto aos conteúdos e serviços de bibliotecas e outros recursos de informação, combinando uma coleção interna de materiais correntes e fartamente usados em ambas as formas (eletrônica e impressa), com redes eletrônicas que provém acesso e a transferência de fontes de conhecimento e de informação, com bibliotecas e instituições externas em todo o mundo. Ela funciona de forma efetiva baseada em três elementos: o usuário, a informação em formato digital e as redes computadorizadas.

A biblioteca virtual aponta para as fontes de informação sem

necessariamente possuir a propriedade física do documento. Portanto, “ela significa

simplesmente a troca de informações por meio da mídia eletrônica e pode abranger

uma grande variedade de aplicativos como: vídeo, animações, áudio e simulações”

(LEVACOV, 1997, p. 2).

Levacov (1997, p. 2), afirma que inicialmente a construção da biblioteca

virtual:

foi acontecendo aos poucos na medida em que a evolução da tecnologia disponibiliza novas ferramentas. Essa construção ocorreu paralelamente de duas maneiras: em off-line (com a introdução de catálogos eletrônicos, obras de referência em CD-ROMS e no armazenamento e recuperação de versões eletrônicas da própria informação) e on-line (foram criados novos recursos utilizados pelos bibliotecários como a www).

A grande vantagem advinda com a biblioteca virtual ficou relacionada com

a questão do acesso aos usuários da informação, pois houve uma perspectiva de

aumentar a velocidade de acesso aos materiais da biblioteca, selecionando-os da

imensidão de documentos disponíveis, eliminando ainda as visitas físicas a

biblioteca. Os materias estarão sempre acessíveis, não havendo a necessidade de

se terem cópias dos documentos emprestados (MARCHIORI, 1997, p. 5).

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Para Rowley (2002, p. 21), “a biblioteca virtual não implica em localização

física, seja para o usuário final, seja para a fonte. O usuário pode acessar a

informação a partir de qualquer ponto e a informação estar em qualquer lugar. Esse

tipo de biblioteca, independente do local, é acessada e fornecida pelas redes de

comunicações”.

A biblioteca virtual não é apenas um conjunto de equipamentos e bons

programas para a gerência de bases de dados e de telecomunicações. É antes de

qualquer coisa, uma possibilidade de revisão de modelos administrativos com a

utilização da tecnologia com novos ambientes virtuais. Nesse momento, a biblioteca

deixa de ser um espaço tranqüilo de leitura de livros e torna-se o ponto de destaque

na pesquisa variada, sendo acessada por qualquer tipo de usuário em vários lugares

do mundo. O novo espaço virtual é um ponto convergente de acesso para usuários

que desejam usar o estoque crescente de fontes eletrônicas.

3.3.4 As bibliotecas eletrônicas

Outra definição a ser colocada nesse trabalho é o de biblioteca eletrônica

ou como muitos autores a conceituam como biblioteca on-line. Na proposta de

Rowley (2002, p. 20-21), incluem-se algumas definições para a expressão ”biblioteca

eletrônica” como seguem listadas abaixo:

um ambiente administrado de materiais multimídia em formato digital, destinado a beneficiar a população de usuários, estruturado para facilitar o acesso a seu conteúdo e equipado com recursos de auxílio à navegação na rede global; um espaço físico ao qual as pessoas recorrem em busca de serviços fornecidos de forma eletrônica, ou seja, a biblioteca é fisicamente identificável onde pode ser visitada fisicamente pelo usuários, mas que não possui material impresso e seu formato é essencialmente eletrônico.

E ainda na concepção de Marchiori (1997, p. 4), os processos básicos

dessa biblioteca:

são de natureza eletrônica, o que implica ampla utilização de computadores e de suas facilidades na construção de índices on-line, busca de textos completos e na recuperação e armazenagem de registros. Ela se direciona para ampliar o uso dos computadores na armazenagem, recuperação e disponibilidade da informação, podendo envolver-se em projetos para a digitalização de livros.

Nesse contexto, entende-se por biblioteca eletrônica uma via de acesso

aos dados de um acervo de biblioteca ou serviços de informação por meio a internet.

Assim, os usuários em geral conseguem acessar os dados do acervo e

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eventualmente solicitar serviços como pesquisa bibliográfica, reserva de material,

renovação de empréstimo e enviar envio de sugestões através do correio eletrônico.

Essa biblioteca também assume o papel de um catálogo eletrônico.

3.4 FONTES ESTRATÉGICAS DE INFORMAÇÃO AMBIENTAL PARA USO DOS

BIBLIOTECÁRIOS E EDUCADORES AMBIENTAIS

Atualmente são várias ou até mesmo milhares as fontes de pesquisa

disponibilizadas nas bibliotecas tradicionais (unidades de informação) ou no

ambiente virtual (a grande rede de computadores).

A Internet, como canal de acesso a essas fontes facilita aos usuários

(educador ambiental, profissionais da informação) em a acessar as informações

ambientais que ajudam na tomada de decisão, tanto na área acadêmica como nos

serviços dos técnicos na gestão ambiental, possibilitando a criação de produtos

informacionais (projetos, programas e outros).

As fontes de informação ambiental acessadas via internet, são

estratégicas para tomadas de decisões dos profissionais da informação, mais

especificamente dos bibliotecários e dos educadores ambientais, que utilizam a

informação para tomar decisões em suas respectivas áreas de atuação. Nessas

fontes há uma quantidade enorme de serviços e produtos informacionais

relacionados ao meio ambiente, que serão abordadas nos tópicos seguintes:

a) Os sítios ambientais

Ministério do Meio Ambiente (MMA)

Criada em 1992, o MMA tem a missão de promover a adoção de princípios

e estratégias para o conhecimento, a proteção e a recuperação do meio ambiente, o

uso sustentável dos recursos naturais, a valorização dos serviços ambientais e a

inserção do desenvolvimento sustentável.

É responsável também pela formulação e pela implementação de políticas

de forma transversal, compartilhada, participativa e democrática, em todos os níveis

instâncias do governo e sociedade. Esse Ministério atua nas seguintes áreas do

meio ambiente: biodiversidade, florestas, recursos hídricos, ambiente urbano,

mudanças climáticas, extrativismo e cidadania ambiental.

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Esse sitio disponibiliza ao bibliotecário e educador ambiental serviços e

produtos que ajudam em suas tomadas de decisões em seu ambiente de trabalho,

como o Projeto Sala Verde que são espaços interativos de informação, educação,

formação e ação socioambiental, com a finalidade da divulgação e difusão de

publicações sobre temas ambientais. Nele é possível também acessar sistemas de

informação em recursos hídricos, publicações eletrônicas e as legislações sobre o

meio ambiente

As informações sobre essa fonte estão disponíveis no seguinte endereço

eletrônico www.mma.gov.br, onde são encontradas informações necessárias para

dar suporte informacional em pesquisas e trabalhos técnicos.

Agência Envolverde

Essa Agência foi criada em 1995, para administrar no Brasil o Projeto

Terramérica. Desde então, vem se especializando na cobertura de temas

relacionados ao meio ambiente (água, Amazônia, biodiversidade e clima),

desenvolvimento sustentável (energia, governo, resíduos e legislação) e cidadania

(cidades, cultura e saúde).

Esse site divulga como produto informacional, o Envolverde - Revista

Digital – Ambiente, educação e Sustentabilidade que reúne todo o conteúdo

jornalístico produzido pela equipe da Envolverde em uma única publicação digital,

abordando temas relacionados com o meio ambiente, desenvolvimento humano e

educação.

O site disponibiliza como serviço ao usuário uma biblioteca digital com

livros digitalizados, notícias com temas ambientais e artigos científicos na integra.

Atualmente, a maioria das informações desse sítio encontra-se disponível na internet

(www.envolverde.ig.com.br).

Greenpeace

Essa organização global foi criada em 1971, no Canadá, sem fins

lucrativos e independente, atuando para defender o meio ambiente e promover a

paz, inspirando as pessoas a mudarem de atitudes e comportamentos, investigando

e expondo os crimes ambientais.

O Greenpeace site especial que defende também soluções

economicamente viáveis e socialmente justas, oferecendo esperança para as

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gerações futuras. Os temas trabalhados neste sítio são: Amazônia, clima, energia,

oceanos e transgênicos.

Esse site disponibiliza como produto aos usuários da informação

documentos (artigos) na integra em pdf nos mais variados assuntos envolvendo a

temática ambiental. Apresenta notícias sobre desmatamentos, relatórios de impacto

ambiental e outros.

As informações sobre essa instituição são acessadas na internet no

seguinte endereço eletrônico (www.greenpeace.org/brasil).

Biodiversitas

A Fundação Biodiversitas é uma organização não governamental, criada

em 1989, com a missão de conservação da biodiversidade brasileira, promovendo

ações de caráter técnico-científico no Brasil. Essa Fundação é um centro de

referência no levantamento e aplicação do conhecimento científico para a

conservação da diversidade biológica.

Os projetos desenvolvidos pela Fundação visam à interação entre o meio

ambiente e o ser humano, buscando meio de conciliar a conservação na natureza e

o desenvolvimento econômico e social. Esse sítio traz informações nas seguintes

áreas de atuação do meio ambiente: conservação da natureza, planejamento

ambiental e áreas protegidas.

Apresenta como produto informacional ao usuário da informação o Atlas

chamado Biodiversidade em Minas Gerais, onde traz informações sobre a

diversidade biológica do Estado. Divulga também notícias relacionadas à

conservação da natureza. O endereço desse site encontra-se disponível na internet

(www.biodiversitas.org.br).

b) Os portais ambientais

Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON)

O instituto foi criado em 1990, sem fins lucrativos com a missão de

promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio de estudos, apoio à

formulação de política pública, disseminação ampla da informação e formação

profissional. O trabalho do IMAZON fundamenta-se para os seguintes princípios:

interdisciplinaridade, busca de soluções, abordagem empírica e o método científico.

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As atividades de pesquisa do IMAZON incluem diagnóstico

socioeconômico dos usos do solo na Amazônia; desenvolvimento de métodos para

avaliação de monitoramento desses usos; análise de políticas públicas de uso do

solo e elaboração de cenários e modelos de desenvolvimento sustentável para

essas atividades econômicas.

Nesse portal contêm informações em formato digital e eletrônico sendo

possível consultarem artigos científicos, mapas temáticos e livros com assuntos

voltados para Amazônia. A maioria das informações desse portal encontra-se

disponível na internet (www.imazon.org.br).

Portal do Meio Ambiente

É um portal que vem estimulando e desenvolvendo projetos de

democratização da informação socioambiental através de seus veículos de

comunicação. Esse portal serve de base de dados, veículos de notícias, de base de

disseminação e a produção de conhecimento. Apresenta informações agrupadas em

grandes temas tais como: comunicação ambiental, educação e cidadania e cultura

socioambiental.

O portal disponibiliza a Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA)

aos profissionais da informação, com a finalidade a democratização da informação

ambiental, e consequentemente contribuindo com a formação da consciência

ambiental e mobilização da sociedade. O portal pode ser acessado pelo seguinte

endereço na internet (www.portaldomeioambiente.org.br).

Agência Nacional das Águas (ANA)

Criada em 1999, a ANA é uma autarquia de regime especial vinculado ao

MMA que tem como finalidade implementar a Política Nacional de Recursos

Hídricos. E ainda compete a essa Agência criar condições técnicas para

implementar a Lei das Águas e promover a gestão descentralizada e participativa.

No portal da ANA encontramos uma série de opções para ter acesso a

informações hidrológicas como programas, serviços informacionais, redes de

informação, biblioteca virtual, relatórios de atividades e projetos de gestão

especializados em recursos hídricos. As informações completas desse portal

encontram-se disponível na Internet (www.ana.gov.br).

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Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

Criado em 1952, o INPA atualmente é referência mundial em Biologia

Tropical, sendo que vem realizando estudos científicos do meio físico e das

condições de vida da região amazônica para promover o bem estar humano e o

desenvolvimento sócio econômico regional. Esse instituto tem como área de atuação

os seguintes temas de pesquisa: botânica, ecologia, tecnologia de alimentos,

produtos florestais e outros.

Nesse portal é possível acessar a biblioteca eletrônica do Instituto, assim

como acessar também a biblioteca digital de teses e dissertações. A produção

científica do INPA é disseminada na Revista Eletrônica Acta Amazônica e em outras

publicações com temas da região amazônica. O portal do instituto pode ser

acessado pelo seguinte endereço eletrônico na internet (www.inpa.gov..br).

Ambiente Brasil

A missão desse portal é estimular a ampliação do conhecimento ambiental

e a formação de uma consciência crítica sobre os problemas e soluções para o meio

ambiente, realizando a obtenção do conhecimento de forma organizada e

sistemática e com velocidade, através de ambientes que orientam, informam e

oferecem facilidade.

Esse portal oferece os seguintes serviços e produtos on-line: Legislação

Ambiental Brasileira e o jornal Informativo Diário. Ele oferece também informações

divulgadas em formato de artigo científico, relatórios e projetos na integra com as

seguintes temáticas: agropecuária, água, biotecnologia, ecoturismo, fauna, floresta,

gestão de índios e outros.

Atualmente, a maioria das informações desse portal encontra-se

disponível na internet (www.ambientebrasil.com.br).

c) As redes de informação em meio ambiente

Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA)

A REBIA é um projeto de organização da ação humana em torno da idéia

de que é possível empreender e obter resultados e promover a transformação da

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realidade rumo ao mundo melhor, mais ecológico, mais fraterno, mais pacífico e

mais democrático.

Essa Rede possui os seguintes objetivos: desenvolver serviços de

informação, democratizar a informação socioambiental, difundir a cultura de rede,

difundir o conhecimento e estimular o intercâmbio de informações e parcerias.

Ela estimula e desenvolve projetos de educação ambiental com a

finalidade de criar novos valores mais sustentáveis e também socialmente mais

justos, capacitando também as pessoas a encontrarem as soluções técnicas e

alternativas que assegure a qualidade de vida, emprego, segurança e

desenvolvimento sustentável.

A Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA) é um dos mais

completos portais privados de informações ambientais, contendo jornais, legislações

e normas nacionais e internacionais, consultas a processos ambientais, denúncias

ambientais, dicionários, revista e portal ao mesmo tempo.

Atualmente, a maioria das informações dessa Rede encontra-se

disponível na internet (www.portaldomeioambiente.org.br).

Rede Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente (RENIMA)

A Rede Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente (RENIMA), criada

através da Portaria n. 48-N, de 23 de abril de 1993, conta com a participação dos

órgãos estaduais de meio ambiente e várias outras instituições ligadas a área

ambiental, através de suas unidades de informação, que participam da Rede na

qualidade de Centros Cooperantes, conforme Termo de Cooperação Técnica

específico. Atualmente a Rede possui 39 Centros Cooperantes.

Ela tem como objetivo principal dar suporte informacional às atividades

técnico-científicas e industriais e apoiar o processo de gestão ambiental através de:

estabelecimento integrado das unidades de informação, capacitação dos recursos

humanos e desenvolvimento de base de dados.

Essa rede possui uma estrutura descentralizada composta por: centros

cooperantes e coordenação central. Ela tem as seguintes competências

informacionais: coletar, processar e disseminar da área do meio ambiente, oferecer

serviços de informação utilizando as bases de dados, prestar serviços aos usuários

da Rede e divulgar os seus serviços, disponibilizando diversos serviços

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informacionais tais como: pesquisa bibliográfica, elaboração de bibliografias

especializadas e consultas a legislação ambiental.

Atualmente, a maioria das informações dessa Rede encontra-se

disponível na internet (www..ibama.gov.br/siterenima).

Rede de Informação Ambiental (RIAM)

Criada em 2003, a Rede de Informação Ambiental (RIAM) é coordenada

pelo Núcleo de Meio Ambiente da Universidade federal do Pará (NUMA/UFPA) e

tem como objetivo reunir e tornar disponível a informação na área ambiental para

apoiar o ensino, pesquisa e extensão das demais unidades, o que é essencial para o

desenvolvimento sustentável da Região Amazônica. Traz como conteúdo

informações sobre grupos de pesquisa, cursos, professores, convênios e pesquisas

e bases de dados. As informações completas dessa Rede encontram-se disponível

na internet (www.ufpa.br/numa).

Rede Pan-Americana de Informação em Saúde Ambiental

(REPIDISCA)

A Rede Pan-Americana de Informação em Saúde Ambiental

(REPIDISCA), criada em 1982, é um sistema regional cujo principal objetivo é reunir

e difundir informação especializada nas seguintes áreas temáticas: saúde ambiental

e saneamento, engenharia sanitária e ambiental, ciências ambientais e tecnologias

aplicadas, recursos hídricos e poluição da água, abastecimento de águam resíduos

sólidos e limpeza urbana, solo, poluição do ar, saúde ocupacional e segurança

industrial.

Essa Rede produz uma base que contém informações bibliográficas tais

como relatórios de pesquisas, teses, normas técnicas, vídeos e materiais de ensino

que geralmente são elaborados, porém com distribuição de forma limitada. Ela está

integrada por um centro coordenador regional, nacional e cooperantes. A

REPIDISCA possui os seguintes produtos informacionais: Repindex, Tabcont,

Tesauro de Engenharia e o Catálogo da Biblioteca da Cepis. O endereço eletrônico

da dessa Rede encontra-se disponível na internet (www.cepis.ops-nos.org.br).

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Rede Brasileira de Educação Ambienta (REBEA)

A Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA), criada em 1992, na

atmosfera de grande mobilização que antecedia a Rio-92, adotou como carta de

princípios o Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e

responsabilidades globais e como padrão organizacional a estrutura horizontal em

rede. A comunicação eletrônica tem sido uma ferramenta importantíssima na

ampliação na malha de redes e na manutenção de contatos e articulações.

Essa Rede oferece vários serviços informacionais relacionados a

educação ambiental tais como: programas e tratados na área da educação, artigos

científicos na integra e eventos de educação ambiental.

Atualmente, a maioria das informações dessa Rede encontra-se

disponível na internet (www.rebea.org..br).

d) Os sistemas de informação em meio ambiente

Sistema Nacional de Informação sobre o Meio Ambiente (SINIMA)

O SINIMA é o instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, Lei

6.938/81, responsável pela gestão da informação ambiental no âmbito do Sistema

Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), de acordo com a lógica da gestão

ambiental compartilhada entre as três esferas de governo.

Tem como objetivo sistematizar a informação necessária para apoiar a

tomada de decisão na área de meio ambiente, permitindo a rápida recuperação e

atualização, bem como o compartilhamento dos recursos informacionais e serviços

disponíveis, ou seja, é responsável pela sistematização, armazenamento e a

divulgação de informações, documentos e dados ambientais.

Atualmente, a maioria das informações desse Sistema encontra-se

disponível na internet (www.mma.gov.br/sinima).

Sistema Mundial de Informação Ambiental (INFOTERRA)

Criado em 1975, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

(PNUMA), o INFOTERRA é sistema de intercambio de informação ambiental mais

amplo do mundo que interliga os usuários às instituições e especialistas, além a

informação substantiva do que o usuário necessita. Esse sistema tem como

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objetivos: fornecer informação de melhor qualidade aos tomadores de decisões,

reorganizar a informação nos países e promover serviços de informação para iniciar

o desenvolvimento sustentável nos países.

O INFOTERRA cobre categorias de assuntos, que são subdivididos em

áreas temáticas mais específicos tais como: atmosfera, litosfera, água doce,

agricultura, indústria, transporte, energia, saúde humana, consciência ambiental e

legislação ambienta.

Esse Sistema está composto por uma rede de pontos focais nacionais ou

centros de cooperação em 140 países. No Brasil é coordenado pelo Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), através

do Centro Nacional de Informação Ambiental (CNIA), que tem a missão de registrar

as instituições interessadas na temática ambiental. As informações completas desse

Sistema encontra-se disponível na internet (www.ibama.gov.br).

Sistema Nacional de Informações em Recursos Hídricos (SNIRH)

Criado em 1997, o SNIRH é um dos instrumentos de Política Nacional dos

Recursos Hídricos tendo como objetivos: reunir, dar consistência e divulgar os dados

e informações sobre a situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos no

Brasil, atualizar as informações sobre a disponibilidade e demanda dos recursos

hídricos e fornecer subsídios para elaboração dos Planos de Recursos Hídricos.

Cabe a ANA implantar e gerir o Sistema.

Esse Sistema abrange as seguintes áreas temáticas: águas balneares

(qualidade da água), albufeiras (usos da água), abastecimento e saneamento

(tratamento de águas residuais, água de consumo humano) e recursos hídricos

(águas subterrâneas, climatologia e monitoramento da seca).

Atualmente, a maioria das informações desse Sistema se encontra

disponível na internet (www.snirh.pt).

Sistema Nacional de Educação Ambiental (SISNEA)

O SISNEA se propõe a estruturar de forma articulada e orgânica, e facilitar

a coordenação das múltiplas e mútuas relações da gestão e da formação da

Educação Ambiental. Além de promover a formação, a comunicação em educação

ambiental e participam da formulação de políticas públicas nas bases territoriais.

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Atualmente, a maioria das informações desse Sistema encontra-se

disponível na internet (www.mma.gov.br).

e) As bibliotecas digitais em meio ambiente

Biblioteca Digital do Instituto de Estudos Superiores da Amazônia

(IESAM)

A biblioteca digital do IESAM está dividida em três serviços informacionais:

hemeroteca digital, o sumário eletrônico e o catálogo de periódicos. Na hemeroteca

digital consiste em uma coleção digitalizada de recortes de notícias de jornais e

revistas com assuntos regionais das seguintes áreas do conhecimento: ciências

agrárias, ciências biológicas e outras. No sumário eletrônico são divulgados através

da internet os sumários recebidos pela biblioteca e no catálogo de periódicos é

disponibilizado o acervo de periódicos adquirido pelo Sistema de Biblioteca

(Sibiesam ). Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca digital

encontra-se disponível na internet (www.sib.iesam-pa.edu.br).

Biblioteca Digital da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(EMBRAPA)

A biblioteca digital da EMBRAPA apresenta textos digitalizados dos

trabalhos técnicos científicos gerados pela área da pesquisa, desenvolvimento e

inovação, editados e publicados pela instituição.

Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca digital encontra-se

disponível na internet (www.bibdigital.cnptia.embrapa.br).

Biblioteca Digital Worldwatch Institute/UMA

A biblioteca digital do Worldwatch é desenvolvida no Brasil em parceria

com a Universidade Livre na Mata Atlântica (UMA), disponibilizando textos com

versões digitais das publicações especializadas em meio ambiente na integra e

gratuitamente. Essa biblioteca proporciona a professores, alunos, empresários e

comunidades, o livre acesso a um rico conteúdo de publicações sobre geografia do

meio ambiente, ecoturismo, economia e outros, com a finalidade de construir as

bases para o desenvolvimento sustentável.

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Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca digital encontra-se

disponível na internet (www.worldwatch.org.br).

f) As bibliotecas virtuais em meio ambiente

Biblioteca Virtual da Agência Nacional das Águas (ANA)

A biblioteca virtual da ANA é um espaço aberto à construção e

compartilhamento de informações, dispondo de recursos de acesso instantâneo e

remoto via internet, em qualquer lugar, a qualquer tempo, com o objetivo de

organizar, recuperar e disseminar as informações em forma eletrônica, necessários

ao desenvolvimento do conhecimento dos recursos hídricos de domínio da união,

garantindo seu uso sustentável, evitando a poluição e o desperdício e assegurando

água de boa qualidade e em quantidade suficiente para atual e as gerações futuras.

Nessa biblioteca o usuário tem acesso virtual a base de dados georeferenciadas, a

mapas, a publicações em formato eletrônico e no catálogo on-line com livros

disponibilizados na integra.

Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca virtual encontra-se

disponível na internet (www.ana.gov.br/bibliotecavirtual).

Biblioteca Virtual do Governo do Estado de São Paulo

Essa biblioteca foi criada em 1997 com o objetivo de atender o público em

geral, tornando-se um serviço de informação acessível a qualquer usuário da

internet. Ela traz informações nas seguintes áreas temáticas: cidadania, legislação,

turismo e temas diversos (meio ambiente, cultura, ecologia e outros).

Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca virtual encontra-se

disponível na internet (www.bibliotecavirtual.sp.gov.br).

g) As bibliotecas eletrônicas em meio ambiente

Biblioteca Eletrônica do Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia (INPA)

A biblioteca eletrônica do INPA possui um acervo informacional voltado a

Ciências Puras e Aplicadas com ênfase as Ciências Biológicas e reúne uma das

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maiores bibliografias nacionais sobre a Amazônia. Ela possue em seu acervo

monografia, teses, livros e materiais especiais, sendo que esse material é acessado

ao catálogo on-line do INPA na base Bilioopac.

Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca eletrônica

encontra-se disponível na internet (www.mapara1.inpa.gov.br/bibliopac).

Biblioteca Eletrônica do Scielo Brasil

Essa biblioteca eletrônica abrange uma coleção selecionada de periódicos

científicos brasileiros que tem como objetivo o desenvolvimento de uma metodologia

comum para a preparação, armazenamento e disseminação da produção científica

em formato eletrônico.

Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca eletrônica

encontra-se disponível na internet (www.scielo.br).

Biblioteca Eletrônica da Universidade Federal Rural da Amazônia

(UFRA)

A biblioteca da UFRA é especializada em Ciências Agrárias, sendo um

importante canal na transferência de informações, atendendo uma demanda dos

cursos de Agronomia, Ciências Florestais, Engenharia de Pesca e Medicina

Veterinária. Ela participa de programas cooperativos que contribuem para o avanço

nas soluções de intercâmbio e transmissão de conhecimentos, sendo possível

acessar através dessa biblioteca o portal de periódico da Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Programa de Comutação

Bibliográfica (COMUT) e as Teses Brasileiras do Instituto Brasileiro de Informação

em Ciência e Tecnologia (IBICT). As informações completas dessa biblioteca

eletrônica encontram-se disponível na internet (www.ufra.edu.br/biblioteca).

Biblioteca Eletrônica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente

(SEMA/PA)

A biblioteca eletrônica da SEMA tem como missão disponibilizar a

documentação gerada e recebida pelo órgão, processando tecnicamente o acervo

especializado em meio ambiente de forma a promover a sua disseminação e facilitar

o acesso a informação, servindo de suporte para as atividades da instituição e

tomadas de decisão do guadro técnico.

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Por meio dessa biblioteca o usuário acessa vários serviços e produtos

informacionais, tais como: o catálogo on-line (com várias bases de dados), o leia e o

alerta biblioteca e a publicações on-line especializadas (cartilhas e leis) em meio

ambiente colocadas na integra.

Atualmente, a maioria das informações dessa biblioteca eletrônica

encontra-se disponível na internet (www.sema.pa.gov.br).

Essas fontes de pesquisa possuem uma diversidade de informações e são

as mais visitadas pelos usuários que estão envolvidos com a temática da questão

ambiental, e por isso, podem ser consideradas relevantes e estratégicas, ajudando

os profissionais especializados em meio ambiente a tomar decisões em seu setor de

trabalho.

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4 A UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO NO CONTEXTO DA SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE (SEMA)

4.1 A ESTRUTURA DA SEMA

A SEMA foi criada em 1993 e reorganizada em 2007 com a finalidade de

planejar, coordenar, supervisionar, executar e controlar as atividades setoriais, que

visem a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente e dos recursos

hídricos. Essa Secretaria tem as seguintes funções básicas: formular, coordenar

executar planos e programas de desenvolvimento, visando a proteção, preservação

e conservação do meio ambiente; promover a educação ambiental em todos os

níveis; implantar e manter atualizado o sistema de informações ambientais e outros.

A composição organizacional da SEMA é formada por conselhos, ouvidoria,

núcleos, diretorias, coordenadorias e gerências. O objetivo nesse trabalho é apenas

mostrar as funções e características de algumas coordenadorias e núcleos que

usam e acessam a informação ambiental em beneficio do meio ambiente. O

organograma adaptado da SEMA mostra a seguinte organização:

Organograma 1 - Secretaria de Estado de Meio Ambiente Fonte: Secretaria de Estado de Meio Ambiente (2007), com adaptações

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4.1.1 O Núcleo de Documentação e Arquivo (NDA)

O NDA está diretamente subordinado às Diretorias e compete a ela:

gerenciar a documentação e informação gerada e recebida pela Secretaria,

sistematizando e disponibilizando-a para servir de suporte às atividades da

Instituição e tomadas de decisão de seu quadro técnico e a promoção do acesso e

da difusão da informação ambiental à comunidade usuária.

4.1.2 A Coordenação de Capacitação de Educação Ambiental (CCEA)

A CCEA está subordinada à Diretoria de Planejamento Ambiental e

compete a ela: mobilizar e sensibilizar a comunidade para o exercício do controle

social sobre a implementação da Política Ambiental do Meio Ambiente; promover a

implantação e implementação da Política Estadual de Educação Ambiental de forma

articulada com órgãos governamentais e não governamentais; elaborar e executar

programas e projetos de educação ambiental de forma integrada através de

parcerias com órgãos públicos e entidades privadas e promover a capacitação de

gestores e agentes multiplicadores em educação ambiental.

4.1.3 A Coordenação das Unidades de Conservação da Natureza (CUC)

O CUC está subordinado à Diretoria Áreas Protegidas e compete a ela:

coordenar a elaboração dos estudos, planos, programas e projetos das Unidades de

Conservação da Natureza e promover as interações entre as Gerências das

Unidades; estabelecer procedimentos para a tramitação, aplicação e gestão dos

recursos oriundos de processos de compensação ambiental de empreendimentos

causadores de significativo impacto ambiental e orientar e propor a aplicação dos

recursos oriundos da Compensação Ambiental de acordo com as diretrizes

indicadas pela Câmara de Compensação.

4.1.4 A Coordenação de Informação e Planejamento Hídrico (CIPH)

A CIPH está subordinada diretamente à Diretoria de Recursos

Hídricos, compete: elaborar, implementar o Plano Estadual de Recursos Hídricos

observando o Sistema de Divisão Hidrográfica do Estado, além do Plano Nacional

de Recursos Hídricos; elaborar convênios com estados vizinhos para proteção e

administração de aqüíferos comuns; coordenar o Sistema Estadual de Informações

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de Recursos Hídricos – SEIRH; promover e disseminar o conhecimento técnico e

científico sobre gestão de recursos hídricos e exercer as demais competências que

lhe forem conferidas.

As coordenações e os núcleos estão voltados a estudar as diversas

áreas do meio ambiente, com o intuito de apontar soluções viáveis e sustentáveis

que obedeçam as normas e regras da legislação ambiental, priorizando a qualidade

de vida da sociedade, tentando construir uma política de desenvolvimento

sustentável que proteja a fauna e a flora dos municípios do Estado do Pará.

4.2 METODOLOGIA DE USO DA INFORMAÇÃO PELOS BIBLIOTECÁRIOS E EDUCADORES AMBIENTAIS

Como resultado da aplicação do roteiro de entrevista que envolve um

grupo selecionado de 18 técnicos da SEMA, ligados a informação, educação

ambiental, áreas de preservação e recursos hídricos, apresento a seguir a análise

dos dados obtidos, por meio dos discursos e percepções dos entrevistados.

4.2.1 Os profissionais envolvidos na pesquisa

Os profissionais que participaram do trabalho de pesquisa são técnicos

em gestão publica e técnicos em gestão de meio ambiente, com a seguinte

formação acadêmica: pedagogos, bibliotecários, geógrafos, psicólogos, biólogos,

engenheiro agrônomo e ambiental e cientista social. A maioria dos entrevistados é

especialista em educação ambiental e gestão ambiental, respondendo por

coordenações e gerências da Instituição.

4.2.2 As fontes de pesquisa mais consultadas

As fontes de pesquisa mais consultadas via internet pelos profissionais da

SEMA, apontadas em primeiro lugar foram os sítios. Em segundo lugar são

apontados os portais e em terceiro as bibliotecas digitais, virtuais e eletrônicas.

Depois são indicados as redes e sistemas de informação. Por último estão as outras

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fontes de pesquisa (consulta em bibliotecas, eventos como seminários e cursos).

Percebe-se que os sítios são as fontes mais usadas pelos técnicos e educadores

para acessar a informação ambiental (GRÁF 1).

4.3.3 Análise qualitativa da aplicabilidade das fontes de informação pelos profissionais da SEMA

As categorias de pesquisa serão identificadas e analisadas pela

expressão “técnico” quando nos referimos aos discursos dos profissionais da

informação (bibliotecário) e “educador” quando analisamos os conteúdos dos

educadores ambientais (biólogos, pedagogos e outros).

Os bibliotecários da unidade de informação da SEMA, possuem um papel

importante no processo de gestão ambiental da Secretaria, pois utilizam a

informação como ferramenta de trabalho, disponibilizando serviços e produtos que

irão satisfazer os anseios e necessidades informacionais dos usuários. Esses

profissionais precisam manter-se atualizados a respeito do surgimento de novas

tecnologias, com a finalidade de subsidiar as pesquisas dos seus clientes através da

informação rápida, segura e de qualidade.

GRÁFICO 1 - Fontes de pesquisas mais consultadas

29%

27%7%

11%

22%

4%

Sítios

Portais

Sistemas de Informação

Redes de Informação

Bibliotecas digitais, virtuais eeletrônicas

Outras Fontes de Pesquisa

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Segundo a opinião de cinco técnicos entrevistados, considera-se que o

manuseio das fontes via internet, facilita o acesso de informações especializadas em

meio ambiente, por possuir uma variedade sítios ambientais, facilitando os serviços

operacionais e gerenciais dos bibliotecários e possibilitando uma maior divulgação e

disseminação da informação. Mas alertam para o cuidado em considerar a

procedência (credibilidade) das informações disponíveis nas fontes de informação e

verificar o renome da instituição e o tipo de informação que pretende acessar.

Diante desses profissionais, dois técnicos acreditam que as fontes de

pesquisa são excelentes ferramentas de trabalho para subsidiar no processo da

gestão da informação ambiental, pois em posse da informação de qualidade o

profissional poderá toma decisões planejadas com a preparação de planos de ação

e projetos que ajudam nas suas atividades técnicas, possibilitando o surgimento de

novas alternativas para se criar, obter e oferecer novos produtos informacionais aos

usuários.

Essas tomadas de decisões por parte dos cinco técnicos propiciam uma

melhora na gestão da informação em seus serviços disponibilizados aos clientes,

facilitando a relação entre o usuário e o bibliotecário. Segundo afirma um técnico é

de que “no serviço de desenvolvimento de coleções voltado a aquisição de

publicações através de doação, há possibilidade de consultar e avaliar os sítios

especializados em meio ambiente, e solicitar os livros que são de interesse do

usuário e conforme a necessidade da demanda do acervo da biblioteca”.

Para os profissionais bibliotecários entrevistados a informação ambiental

acessada nas fontes de pesquisa é considerada estratégica, pois possibilita um

melhor andamento e precisão nas atividades administrativas e gerenciais dos

serviços bibliotecários, ou seja, surgem novas idéias e as informações são

facilmente processadas e disseminadas.

Com o uso das principais fontes de pesquisa pelos técnicos, é produzido

os seguintes produtos informacionais oferecidos pela unidade de informação da

SEMA, tais como bases de dados, cartilhas ambientais e o kit ambiental, que são

divulgados e disseminados para a sociedade por meio do sítio e da unidade de

informação da SEMA e de viagens educativas com a programação de oficinas e

seminários.

Atualmente, os kits ambientais são distribuídos nas escolas e

comunidades rurais em 23 municípios paraenses que fazem parte do Projeto Arco

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Verde do governo federal, com a finalidade de sensibilizar a população para

alternativas de recuperação da natureza nas áreas atingidas pelo desmatamento.

Fotografia 1: Kit ambiental com as cartilhas e legislações ambientais produzidas pela SEMA.

Os técnicos se consideram intermediadores da informação porque se

promovem como elo de ligação entre o usuário e a informação. Nesse momento, é

possível verificar nas seguintes afirmações de dois técnicos:

“Sou intermediador da informação, pois filtro e socializo a informação

para a sociedade por meio da consulta de várias fontes de pesquisa

na internet e repasso os levantamentos bibliográficos de interesses

para os usuários via el-mail” (técnico 1).

“Considero-me um intermediador da informação porque estou atuando

no processo de gerenciamento da informação e oriento os usuários na

busca pelo conhecimento, oferecendo serviços bibliotecários que

facilitam o acesso da informação, tais como: empréstimo de livros,

pesquisa bibliográfica e os alertas da biblioteca” (técnico 2).

Presume-se que todas essas informações são baseadas nos relatos de

profissionais bibliotecários experientes que usam a informação como instrumento de

trabalho, mas precisam estar constantemente atualizados com uma educação

continuada que possibilite criar novas opções nos serviços da biblioteca.

Os educadores ambientais, como já foi mencionado, são profissionais que

estão em contato diário com a informação ambiental, ou seja, desenvolvem

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atividades de gestão e educativas voltadas a sensibilização da sociedade,

principalmente para os emergentes problemas ambientais produzido pela ação do

homem sobre a natureza. Esses educadores da SEMA apontam soluções viáveis

para a sustentabilidade do meio ambiente, independente da área de atuação, pois

exercem constantemente atividades estratégicas com o objetivo de preservar a

fauna e flora em nossa região.

Os educadores consideram fácil o manuseio da internet para acessar a

informação ambiental, devido se conseguir muitas informações de modo rápido e

prático, com um espaço de tempo menor na hora da pesquisa. Isso pode ser

constatado nas seguintes afirmações:

“A internet nos dias de hoje, requer curiosidade e dedicação quando

nos propormos a usá-las como fonte de pesquisa, sítios muitos

importantes e confiáveis apresentam uma quantidade significativa de

informações verídicas, portanto, facilitam em muito os trabalhos

relacionados com a questão ambiental” (educador 1).

“Na internet existem os sítios de busca para localizar um determinado

assunto, ou seja, eles são usados para se chegar a determinada fonte

de pesquisa especializada é como se fosse uma biblioteca. Depois

que encontrarmos os documentos e as informações necessárias,

armazenamos no computador para posteriores consultas” (educador

2).

Então, a internet possibilita um acesso mais rápido a qualquer tipo de

fontes de informação, e conseqüentemente a consulta do documento necessário

para suporte técnico em sua área de atuação.

A respeito da gestão ambiental, os educadores comentam que através do

acesso das fontes de informação ambiental você pode tomar atitudes que melhorem

na criação de um projeto ou relatório técnico, basta que se encontre a informação

que esteja procurando e que ajude no andamento do trabalho. E isso é colocado nas

seguintes afirmações:

“No momento que eu acesso a uma informação ambiental de

qualidade, e partir desse momento é possível tomar uma boa decisão,

por exemplo, preciso de dados sobre o desmatamento na Amazônia,

basta que acesse o sítio especializado como o Instituto Nacional de

Pesquisas Espaciais (INPE) e procure o local ou a fonte que tenha

essas informações e aplique no meu trabalho (educador 1).

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“Ajuda principalmente na elaboração de projetos e relatórios técnicos,

que são grandes gargalos na hora de buscar dados estatísticos sobre

o volume de água dos rios, por exemplo. Agora por outro lado as

informações auxiliam com clareza na tomada de decisões”. (educador

2).

“As fontes fornecem dados, experiências e resultados que auxiliam na

elaboração de projetos, termos de referência e parecer técnico

ajudando a tomar decisões dependendo da área de atuação.”

(educador 3).

É visível que no ambiente de trabalho dos educadores as fontes de

pesquisa ajudam a tomar decisões, tornando-as estratégicas para o andamento dos

serviços de gestão ambiental da SEMA.

Os produtos informacionais produzidos pelos educadores ambientais,

advindos com o acesso nas fontes de pesquisa são materiais técnicos como

relatórios, programas e projetos e materiais didático pedagógico como cartilhas

ambientais, folders, jornais, jogos educativos, folhetos e cartazes (banners). A

divulgação desses matérias só é possível graças a uma parceria com as prefeituras

dos municípios, organizações não governamentais (ONGs), escolas através da

Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) e centros comunitários.

Segue abaixo os resultados da produção técnica e educativa dos

educadores ambientais da SEMA ao utilizarem as fontes de pesquisa:

Fotografia 2: Folheto sobre o Programa Estadual de Educação Ambiental (PEAM)

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Fotografia 3: Folheto sobre o Termo de Referência para Elaboração de Projetos de Educação Ambiental no Processo de Licenciamento

Fotografia 4: Cartilha sobre Matas Ciliares

Essas informações são disseminadas pelos educadores para a sociedade

(escolas, municípios, centros comunitários e outros) por meio de cursos de

capacitação e formação, palestras, seminários, trabalhos em grupo e no sítio da

Secretaria.

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Todos os educadores da SEMA desenvolvem ações de trabalho

envolvendo a educação ambiental em sua área de atuação, e por isso, se

consideram intermediadores (socializadores) no processo de acesso,

disponibilização e divulgação da informação ambiental. Essas informações são

confirmadas nos conteúdos dos seguintes discursos:

“Sou um intermediador da informação ambiental porque estamos

dialogando com a sociedade de maneira direta, ministrando cursos,

palestras e seminários, que sensibilizem a sociedade sobre as

questões relacionadas ao meio ambiente” (educador 1).

“Sou um intermediador da informação ambiental porque

eventualmente realizo ações de educação ambiental voltada a gestão

de recursos hídricos, tais como palestras e oficinas para as

comunidades” (educador 2).

“Sou um intermediador da informação ambiental porque socializo

informações sobre o meio ambiente, especialmente sobre as áreas

protegidas, ministrando cursos, oficinas e palestras desenvolvidas

pelo Programa de Capacitação de educação Ambiental em Unidade

de Conservação da SEMA” (educador 3).

Esses profissionais da educação estão compromissados em ajudar a

construir um planeta sustentável, colaborando com estudos ambientais que possam

diminuir a problemática do meio ambiente, mostrando ao Estado, a iniciativa privada

(empresários) e a sociedade sobre a importância de alertar a população em

preservar e conservar os recursos da natureza.

Podemos afirmar baseado em seus relatos que tantos os técnicos como

educadores utilizam a informação ambiental para sensibilizar de maneira integrada a

sociedade, trazendo benefícios a preservação ambiental, pois no momento que a

informação é democratizada as pessoas começam a formar opiniões e conclusões a

respeito da situação atual do meio ambiente. Esse tipo de informação é

disponibilizado pelas instituições de ensino e pesquisa, pelos governos, pela

sociedade civil organizada e pelos meios de comunicação.

Essas foram às principais impressões e percepções colhidas pela análise

da pesquisa de campo dos profissionais da SEMA a respeito do acesso e uso das

fontes de informação ambiental.

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5 CONCLUSÃO

Atualmente podemos considerar a importância das fontes de informação

para o acesso e uso dos usuários, pois é uma ferramenta de trabalho que precisa

ser divulgada pelas instituições do estado e empresas privadas, sempre levando em

consideração as possibilidades da organização da informação que cresce

diariamente na sociedade.

A informação ambiental é acessada e transformada por uma parcela

significativa da sociedade, por ser interdisciplinar e se envolver em vários campos do

conhecimento, sempre primando pela tentativa de solucionar os problemas

ambientais, construindo um mundo mais saudável.

A experiência desse trabalho trouxe à luz, a relevância de se trabalhar

diretamente com a informação voltada para o meio ambiente, sob o prisma técnico e

administrativo, onde o profissional pode trabalhar com informações precisas e de

qualidade, facilitando a sua tomada de decisão e conseqüentemente facilitando a

gestão ambiental. É também dando ênfase ao aspecto pedagógico direcionado a

sensibilizar as pessoas em preservar e conservar a natureza.

Houve uma melhora na organização da informação na SEMA, porque só

nesse momento, foi criado um regimento interno dando direções e apontando o

papel administrativo de cada diretoria com normas, funções e rotinas. Deve ainda

haver a integração de cada coordenação tanto dos recursos hídricos, da área de

proteção, da educação e da documentação, para que se desenvolva um

planejamento holístico de gestão ambiental que atenda as necessidades

informacionais da sociedade.

Pode-se considerar que as fontes de pesquisa desenvolvem uma papel

crucial no desenvolvimento das atividades técnicas dos profissionais da SEMA

relacionado ao acesso e uso da informação ambiental, pois direcionam o melhor

lugar para encontrar os documentos necessários a realização de um bom trabalho.

Mas ainda há alguns profissionais que não conseguem enxergar o papel estratégico

das fontes por falta de conhecimento ou então por falta de comodismo.

A internet foi percebida pelos profissionais da Instituição, como uma

ferramenta de busca de qualquer fonte de informação on-line, facilitando o acesso à

informação ambiental, no que diz respeito à redução do tempo e do espaço. Essa

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tecnologia facilita também a divulgação e disseminação da informação dos produtos

e serviços dos profissionais da SEMA.

Percebe-se também o compromisso educacional do profissional da

informação e dos educadores ambientais da Secretaria, em relação da

disponibilização da informação ambiental, pois se consideram intermediadores

(mediadores e socializadores) no processo de acesso e disseminação dessa

informação, por meio de vários suportes infomacionais que cheguem aos mais

variados tipos dos usuários como: alunos, pesquisadores, professores, agricultores,

empresários e outros.

A SEMA, nesse momento deve criar políticas públicas com o intuito de

buscar ampliar os serviços de cooperação, tratando e eliminando as barreiras para o

acesso e divulgação da informação, propiciando a difusão de informações

disponíveis nas diversas áreas do conhecimento humano, tanto nas áreas técnicas

como na gestão da informação ambiental.

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ANEXOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA NÚCLEO DE MEIO AMBIENTE - NUMA

PROGRAMA DE FORMAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM MEIO AMBIENTE - PROFIMA XXXII

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM INFORMAÇÃO AMBIENTAL

QUESTIONÁRIO

DADOS SOBRE A MONOGRAFIA

TITULO: Fontes de informação ambiental: uma análise sobre a sua

aplicabilidade pelos profissionais que atuam na Secretaria de Estado de Meio

Ambiente (SEMA).

OBJETIVO: Analisar como as fontes de informação ambiental, mais

especificamente as usadas na pesquisa via Internet (unidades de informação,

sítios, base de dados, sistemas de informação, redes de informação e portais)

são aplicadas pelos profissionais que atuam na Secretaria de Estado de Meio

Ambiente (SEMA).

AUTOR: Paulo Cesar Chagas Maia, discente da turma de 2008/2009 do Curso

de Especialização em Informação Ambiental do NUMA/UFPA.

ORIENTADOR: Lucivaldo Barros – Professor adjunto da UFPA, doutor em

Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UNB), com

pesquisa em direito à informação socioambiental.

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DADOS DO ENTREVISTADO1

Nome do Entrevistado: Formação Acadêmica: Função (cargo): Ano de Ingresso na SEMA: Setor de Trabalho (coordenação): E-mail mais usual: Contato telefônico: __________________________________

1 Os dados pessoais do entrevistado serão preservados.

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SOBRE A APLICABILIDADE DAS FONTES DE INFORMAÇÃO AMBIENTAL

1) Que fontes de pesquisa você mais utiliza para acessar a informação

ambiental?

( ) sítios

( ) portais

( ) sistemas de informação

( ) redes de informação

( ) sistemas de informação

( ) bibliotecas digitais, virtuais e eletrônicas

( ) nenhuma

( ) outras. Quais

são?________________________________________________

2) Você acredita que as fontes de pesquisa em meio ambiente são ferramentas

de trabalho no processo de gestão da informação ambiental?

( ) Não. Por quê?

( ) Sim. Por quê?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_______________

3) Você considera fácil o manuseio das fontes de pesquisa via internet para

facilitar seus trabalhos técnicos relacionados à questão ambiental?

( ) Não

( ) Sim. Por quê?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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_______________

4) Em sua opinião o acesso às fontes de informação ambiental ajudam a tomar

decisões no seu setor de trabalho?

( ) Não

( ) Sim. De que maneira?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_______________

5) Você acredita que a informação encontrada nas fontes de pesquisa na área

ambiental são estratégicas para a realização de sua atividades técnicas de

trabalho?

( ) Não. Por quê?

( ) Sim. Por que?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_______________

6) Você aplica a informação ambiental disponível nas fontes de pesquisa para

elaborar programas, relatórios ou planos de trabalho?

( ) Não

( ) Sim. Para que finalidade?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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_______________

7) Que produtos informacionais são produzidos no seu setor de trabalho

advindos com a aplicação das fontes de informação ambiental?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_______________

8) Em sua opinião o uso adequado da informação ambiental pode ajudar a

sociedade a se sensibilizar a respeito da preservação ambiental?

( ) Não

( ) Sim. De que maneira?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_______________

9) De que forma a informação ambiental produzida na sua área de atuação é

levada (disseminada) à sociedade?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_______________

10) Em sua opinião você se considera um intermediador (mediador,

socializador) da informação ambiental?

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( ) Não. Por quê?

( ) Sim. Por quê?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

_______________

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Maia, Paulo Cesar Chagas

Fontes de Informação ambiental: uma análise sobre sua aplicabilidade pelos profissionais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) / Paulo Cesar Chagas Maia. – Belém, 2009.

60f. Orientador: Lucivaldo Vasconcelos Barros Monografia (especialização) – Núcleo de Meio Ambiente, Universidade

Federal do Pará. 1. Meio Ambiente 2. Fontes de informação 3. Informação Ambiental I.Barros,

Lucivaldo Vasconcelos, orientador II. Universidade Federal do Pará. Núcleo de Meio Ambiente III. Título.

CDD 333.7014 M217f