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Paulo de Tarso Roth Dalcin Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia e Atualização em Pneumologia e Tisiologia Tisiologia Diagnóstico e Tratamento das Diagnóstico e Tratamento das Infecções Broncopulmonares Infecções Broncopulmonares no Paciente com Fibrose Cística no Paciente com Fibrose Cística

Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

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Page 1: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Paulo de Tarso Roth DalcinPaulo de Tarso Roth Dalcin

Universidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do Sul

Hospital de Clínicas de Porto AlegreHospital de Clínicas de Porto Alegre

IX Curso Nacional de Atualização em IX Curso Nacional de Atualização em

Pneumologia e TisiologiaPneumologia e Tisiologia

Diagnóstico e Tratamento das Diagnóstico e Tratamento das

Infecções BroncopulmonaresInfecções Broncopulmonares

no Paciente com Fibrose Císticano Paciente com Fibrose Cística

Diagnóstico e Tratamento das Diagnóstico e Tratamento das

Infecções BroncopulmonaresInfecções Broncopulmonares

no Paciente com Fibrose Císticano Paciente com Fibrose Cística

Page 2: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Chest 2004; 125:1SChest 2004; 125:1S

Pacientes Adultos com FCPacientes Adultos com FC

Page 3: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Na sua prática clínica, você tem alguma forma

de contato com pacientes com fibrose

cística?

a) Sim

b) Não

Page 4: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Considerações sobre o ProblemaConsiderações sobre o Problema

Em nível sistêmico, a imunidade do hospedeiro com Em nível sistêmico, a imunidade do hospedeiro com

FC é robusta, sem anormalidade da imunidade FC é robusta, sem anormalidade da imunidade

celular ou humoralcelular ou humoral

Em nível local, as defesas do trato respiratório são Em nível local, as defesas do trato respiratório são

anormais predispondo às infecçõesanormais predispondo às infecções

Não há elucidação completa de toda a cadeia Não há elucidação completa de toda a cadeia

fisiopatológica que vai desde o defeito no fisiopatológica que vai desde o defeito no

transporte iônico epitelial das vias aéreas até a transporte iônico epitelial das vias aéreas até a

enorme predisposição à infecção respiratória na FCenorme predisposição à infecção respiratória na FC

Clin Chest Med 2007; 28:381Clin Chest Med 2007; 28:381

Page 5: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Do Defeito Genético à Infecção BroncopulmonarDo Defeito Genético à Infecção Broncopulmonar

Page 6: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

FC e Infecção BrônquicaFC e Infecção Brônquica

Defeito genéticoDefeito genético

Secreção brônquica viscosaSecreção brônquica viscosa

Diminuição do Diminuição do clearanceclearance mucociliar mucociliar

Ambiente propício para a infecção brônquicaAmbiente propício para a infecção brônquica

Lancet 2003; 361:681Lancet 2003; 361:681

Page 7: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

FC e Infecção brônquicaFC e Infecção brônquica

Outras HipótesesOutras Hipóteses

Alteração pH das organelas celulares Alteração pH das organelas celulares sialização de sialização de

glicoconjugados das membranas epiteliais glicoconjugados das membranas epiteliais número número

asialoGMI (receptor para bactérias) asialoGMI (receptor para bactérias) maior ligação maior ligação

bacteriana à célula epitelialbacteriana à célula epitelial

Inativação de defensinas pela elevada concentração de Inativação de defensinas pela elevada concentração de

sódio no muco ciliarsódio no muco ciliar

Lancet 2003; 361:681Lancet 2003; 361:681

Page 8: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Ciclo ViciosoCiclo Vicioso

InfecçãoInfecção

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

InflamaçãoInflamação

Lesão brônquicaLesão brônquica

BronquiectasiasBronquiectasias

Page 9: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Base do Tratamento da FCBase do Tratamento da FC

AntibioticoterapiaAntibioticoterapia

ClearanceClearance das vias aéreas das vias aéreas

NutriçãoNutrição

Chest 2004; 125:1SChest 2004; 125:1S

Page 10: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Na rotina clínica para identificação microbiológica de

patógenos respiratórios no paciente adulto com FC,

qual a melhor estratégia a ser seguida?

a) Coleta de swab profundo de orofaringe a cada consulta

b) Coleta de escarro espontâneo a cada consulta

c) Coleta de escarro induzido a cada consulta

d) Realização de fibrobroncoscopia com LBA pelo menos 1 vez ao ano

Page 11: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

A Rotina Clínica de Avaliação: O EscarroA Rotina Clínica de Avaliação: O Escarro

Em cada consultaEm cada consulta

Gram e cultural com teste do escarro (ou pelo menos Gram e cultural com teste do escarro (ou pelo menos

a cada 4 meses)a cada 4 meses)

No momento de identificação da exacerbaçãoNo momento de identificação da exacerbação

A cada 6 - 12 mesesA cada 6 - 12 meses

Pesquisa de BAAR e cultural para micobactéria no Pesquisa de BAAR e cultural para micobactéria no

escarroescarro

Pesquisa direta e cultural para fungos no escarroPesquisa direta e cultural para fungos no escarro

Cystic Fibrosis Trust, 2002Cystic Fibrosis Trust, 2002

Page 12: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Cultura de Cultura de SwabSwab Profundo da Orofaringe Profundo da Orofaringe

Coleta induzindo a tosseColeta induzindo a tosse

Utilizada mais freqüentemente em criançasUtilizada mais freqüentemente em crianças

Sensibilidade para identificar infecção por Sensibilidade para identificar infecção por P. P.

aeruginosaaeruginosa = 44% (IC 14% -79%) = 44% (IC 14% -79%)

Especificidade para identificar infecção por Especificidade para identificar infecção por P. P.

aeruginosaaeruginosa = 95% (IC 90% - 99%) = 95% (IC 90% - 99%)

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

Page 13: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Fibrobroncoscopia e Lavado BroncoalveolarFibrobroncoscopia e Lavado Broncoalveolar

O papel do LBA não está bem estabelecidoO papel do LBA não está bem estabelecido

Detecção de patógenos não-usuaisDetecção de patógenos não-usuais

Face à deterioração respiratóriaFace à deterioração respiratória

Frente a repetidas culturas de escarro negativasFrente a repetidas culturas de escarro negativas

Como é realizado em apenas um único lobo, pode Como é realizado em apenas um único lobo, pode

deixar de diagnosticar doença regionaldeixar de diagnosticar doença regional

Cystic Fibrosis Trust, 2002Cystic Fibrosis Trust, 2002

Page 14: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Escarro Induzido com Escarro Induzido com

Solução Salina HipertônicaSolução Salina Hipertônica

Menos estudado na FCMenos estudado na FC

Pode ser uma alternativa para se obter uma amostra de Pode ser uma alternativa para se obter uma amostra de

secreção representativa das vias aéreas inferioressecreção representativa das vias aéreas inferiores

Rendimento similar ao LBA na identificação de Rendimento similar ao LBA na identificação de

bactérias e fungosbactérias e fungos

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

Page 15: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Anticorpos Anti-Anticorpos Anti-Pseudomonas aeruginosaPseudomonas aeruginosa

Dosagens regulares poderiam contribuir para Dosagens regulares poderiam contribuir para

identificação mais precoce da infecção por identificação mais precoce da infecção por P. P.

aeruginosaaeruginosa

Compensaria a baixa sensibilidade das culturas em Compensaria a baixa sensibilidade das culturas em

crianças e pacientes que não expectoramcrianças e pacientes que não expectoram

Poderia ser incluído na rotina anual de examesPoderia ser incluído na rotina anual de exames

Técnica não disponível de rotina em nosso meioTécnica não disponível de rotina em nosso meio

Cystic Fibrosis Trust, 2002Cystic Fibrosis Trust, 2002

Page 16: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

A Rotina Laboratorial de Avaliação A Rotina Laboratorial de Avaliação

Microbiológica (1)Microbiológica (1)

BacterioscópicoBacterioscópico: exceto para : exceto para swabswab de orofaringe de orofaringe

BacteriológicoBacteriológico

1)1) Semeadura primáriaSemeadura primária

• Agar chocolate (Agar chocolate (Haemophylus influenzaHaemophylus influenza): 24/48 h): 24/48 h

• Agar MacConkey (Agar MacConkey (P. aeruginosaP. aeruginosa e bacilos Gram negativos e bacilos Gram negativos

em geral): 24/48 hem geral): 24/48 h

• Agar manitol (Agar manitol (Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus): 24/48 h): 24/48 h

• Agar seletivo Agar seletivo B. cepaciaB. cepacia ( Complexo ( Complexo B. cepaciaB. cepacia): 24/48/72 h): 24/48/72 h

Page 17: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

A Rotina Laboratorial de Avaliação A Rotina Laboratorial de Avaliação

Microbiológica (2)Microbiológica (2)

BacteriológicoBacteriológico

2) Identificação2) Identificação

• Provas bioquímicas manuais: 24/24 hProvas bioquímicas manuais: 24/24 h

• Provas bioquímicas semi-automatizadas (mini API 32 GN): Provas bioquímicas semi-automatizadas (mini API 32 GN):

24/48h24/48h

• Provas moleculares: PCR (para Complexo B.cepacia) e Provas moleculares: PCR (para Complexo B.cepacia) e

RFLP(para determinação do genomovar específico do RFLP(para determinação do genomovar específico do

Complexo)Complexo)

3) Antibiograma: 24 h3) Antibiograma: 24 h

Page 18: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Qual dos patógenos abaixo é mais freqüentemente

identificado nas culturas de secreção respiratória

em pacientes adultos com FC?

a) Haemophilus influenza

b) Staphylococcus aureus

c) Pseudomonas aeruginosa

d) Burkholderia cepacia

e) Moraxella catharralis

Page 19: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

Prevalência de Infecções na FC por IdadePrevalência de Infecções na FC por Idade

Page 20: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

J Bras Pneumol 2004; 30:S154J Bras Pneumol 2004; 30:S154

Prevalência de Patógenos por Idade no HCPAPrevalência de Patógenos por Idade no HCPA

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

0-2 anos(n=19)

3-5 anos(n=26)

6-10 anos(n=44)

11-15 anos(n=41)

16-20 anos(n=24)

> 21 anos(n=25)

P. aeruginosaB. cepaciaS. maltophiliaAlcaligenes sp.Haemophilus sp.E. coliKlebsiella sp.Enterobacter sp.S. aureusSerratia sp.

Page 21: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Estratégias de Manejo da Infecção Estratégias de Manejo da Infecção

Broncopulmonar na FCBroncopulmonar na FC

Tratamento da exacerbaçãoTratamento da exacerbação

Erradicação precoceErradicação precoce

Supressão crônicaSupressão crônica

Chest 2004; 125:1SChest 2004; 125:1S

Page 22: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Exacerbação Infecciosa na FCExacerbação Infecciosa na FC

Critérios Diagnósticos (1)Critérios Diagnósticos (1)

Chest 2004; 125:1SChest 2004; 125:1S

• Piora na produção de escarro: volume, coloração e Piora na produção de escarro: volume, coloração e

consistênciaconsistência

• Aumento da tosseAumento da tosse

• Aumento da dispnéia Aumento da dispnéia

• HemoptiseHemoptise

• Dor torácicaDor torácica

• Fadiga, mal estar e letargiaFadiga, mal estar e letargia

• Diminuição da tolerância ao exercícioDiminuição da tolerância ao exercício

Page 23: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Exacerbação Infecciosa na FCExacerbação Infecciosa na FC

Critérios Diagnósticos (2)Critérios Diagnósticos (2)

Chest 2004; 125:1SChest 2004; 125:1S

• Febre acima de 38Febre acima de 38 C C

• Perda de apetite ou de peso (> 1 kg ou 5% do peso Perda de apetite ou de peso (> 1 kg ou 5% do peso

corporal prévio)corporal prévio)

• Redução do VEFRedução do VEF11 ou da CVF superior a 10% do exame ou da CVF superior a 10% do exame

prévioprévio

• Deterioração na saturação de oxigênioDeterioração na saturação de oxigênio

• Piora na ausculta pulmonarPiora na ausculta pulmonar

• Infiltrado novo ao exame radiológico do tórax Infiltrado novo ao exame radiológico do tórax

Page 24: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Tratamento da ExacerbaçãoTratamento da Exacerbação

• Antibiótico específico baseado em cultura e Antibiótico específico baseado em cultura e

antibiograma de escarro recenteantibiograma de escarro recente

• Germes mais freqüentes: Germes mais freqüentes: H. influenza, S. aureus, P. H. influenza, S. aureus, P.

aeruginosa e B. cepaceaaeruginosa e B. cepacea

• Duração mínima de 7 a 14 diasDuração mínima de 7 a 14 dias

Chest 2004; 125:1SChest 2004; 125:1S

Page 25: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

MicrorganismoMicrorganismo Primeira opçãoPrimeira opção Segunda opçãoSegunda opção

Burkholderia cepaciaBurkholderia cepacia CotrimoxazolCotrimoxazol DoxiciclinaDoxiciclina

Haemophilus influenzaeHaemophilus influenzae AmoxicilinaAmoxicilina 

Amoxicilina-clavulanatoAmoxicilina-clavulanatoCefuroximeCefuroxime

P. aeruginosaP. aeruginosa CiprofloxacinaCiprofloxacina Colistin INColistin INTobramicina INTobramicina IN

Staphylococcus aureusStaphylococcus aureus Amoxicilina+clavulanatoAmoxicilina+clavulanatoCefalexinaCefalexina

ClindamicinaClindamicinaEritromicinaEritromicina

Stenotrophomonas Stenotrophomonas maltophilamaltophila

CotrimoxazolCotrimoxazol DoxiciclinaDoxiciclina

Tratamento Ambulatorial da ExacerbaçãoTratamento Ambulatorial da Exacerbação

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

Page 26: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Tratamento Hospitalar da ExacerbaçãoTratamento Hospitalar da Exacerbação

S. aureus S. aureus sensível à meticilinasensível à meticilina

Cefazolina: 1 g IV 8/8 hCefazolina: 1 g IV 8/8 h

Oxacilina: 2 g IV 6/6 hOxacilina: 2 g IV 6/6 h

S. aureus S. aureus resistente à meticilinaresistente à meticilina

Vancomicina 500 mg IV 6/6 hVancomicina 500 mg IV 6/6 h

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

Page 27: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Tratamento Hospitalar da ExacerbaçãoTratamento Hospitalar da Exacerbação

Pseudomonas aeruginosaPseudomonas aeruginosa

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

Um dos seguintes:Um dos seguintes:

ceftazidime 2 g IV 8/8 hceftazidime 2 g IV 8/8 h

cefepime 2 g IV 8/8 hcefepime 2 g IV 8/8 h

piperacilina/tazobactam 4,5 g IV 6/6 hpiperacilina/tazobactam 4,5 g IV 6/6 h

ticarcilina 3 g IV 6/6 hticarcilina 3 g IV 6/6 h

imipenem 500-1000 mg IV 6/6 himipenem 500-1000 mg IV 6/6 h

meropenem 2 g IV 8/8 hmeropenem 2 g IV 8/8 h

aztreonam 2 g IV 8/8 haztreonam 2 g IV 8/8 h

Mais um aminoglicosídeo:Mais um aminoglicosídeo:

amicacina 5 – 7,5 mg / kg 8/8 hamicacina 5 – 7,5 mg / kg 8/8 h

ouou

tobramicina 3 mg / kg IV 8/8 htobramicina 3 mg / kg IV 8/8 h

Page 28: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Tratamento Hospitalar da ExacerbaçãoTratamento Hospitalar da Exacerbação

Burkholderia cepaciaBurkholderia cepacia

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

meropenem 2 g IV 8/8 h

Mais um:Mais um:

amicacina 5 – 7,5 mg/kg IV 8 / 8 hamicacina 5 – 7,5 mg/kg IV 8 / 8 h

ceftazidime 2 g IV 8/8 hceftazidime 2 g IV 8/8 h

SMX + TMP 4 – 5 mg / kg IV 12/12 hSMX + TMP 4 – 5 mg / kg IV 12/12 h

cloranfenicol 15 – 20 mg / kg IV 6/6 hcloranfenicol 15 – 20 mg / kg IV 6/6 h

minociclina 100 mg IV ou VO 12/12 hminociclina 100 mg IV ou VO 12/12 h

* Associar 3* Associar 3aa droga se teste de sinergismo documentar benefício droga se teste de sinergismo documentar benefício

Page 29: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Tratamento Hospitalar da ExacerbaçãoTratamento Hospitalar da Exacerbação

Stenotrophomonas maltophiliaStenotrophomonas maltophilia

Ticarcilina/clavulonato 3 g IV ticarcilina 6/6 hTicarcilina/clavulonato 3 g IV ticarcilina 6/6 h

ou ou

SMX/TMP 4 – 5 mg IV 12/12 hSMX/TMP 4 – 5 mg IV 12/12 h

ouou

Ticarcilina/clavulonato 3 g IV ticarcilina 6/6 hTicarcilina/clavulonato 3 g IV ticarcilina 6/6 h

++

Aztreonam 2 g IV 8/8 hAztreonam 2 g IV 8/8 h

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

Page 30: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Tratamento Hospitalar da ExacerbaçãoTratamento Hospitalar da Exacerbação

Achromobacter xilosoxidansAchromobacter xilosoxidans cloranfenicol 15 – 20 mg/kg IV 6/6 hcloranfenicol 15 – 20 mg/kg IV 6/6 h

+ +

minociclina 100 mg IV ou VO 12/12 hminociclina 100 mg IV ou VO 12/12 h

ouou

ciprofloxacina 400 mg IV 12/12 hciprofloxacina 400 mg IV 12/12 h

++

imipenem 500 - 1000 mg IV 6/6 himipenem 500 - 1000 mg IV 6/6 h

ouou

meropenem 2 g IV 8/8 hmeropenem 2 g IV 8/8 h

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

Page 31: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Para qual dos patógenos abaixo a tentativa de erradicação precoce está melhor indicada (melhor fundamentada na literatura)?

a) Haemophilus influenza

b) Staphylococcus aureus

c) Burkholderia cepacia

d) Pseudomonas aeruginosa

e) Moraxella catharralis

Page 32: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Erradicação Precoce da Erradicação Precoce da P. aeruginosa P. aeruginosa (1)(1)

A presença de A presença de P. aeruginosaP. aeruginosa cronicamente no cronicamente no

escarro representa um fator de risco independente escarro representa um fator de risco independente

para a piora progressiva da função pulmonar e está para a piora progressiva da função pulmonar e está

associada à diminuição da sobrevida dos pacientes associada à diminuição da sobrevida dos pacientes

com FCcom FC

Lancet 2003; 361:681Lancet 2003; 361:681

Page 33: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Erradicação Precoce da Erradicação Precoce da P. aeruginosa P. aeruginosa (2)(2)

Diagnóstico recente de P. aeruginosa em cultura do escarro

Colônias não-mucóide, multi-sensíveis menor densidade de colônias

Hipótese: erradicação precoce melhora desfechos clínicos e funcionais

Entretanto, a maioria dos estudos são controles históricos e não-controlados

Apenas 1 estudo controlado

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

Page 34: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Qual a melhor estratégia terapêutica inicial

para a tentativa de erradicação precoce da

P. aeruginosa na FC?

a) Tobramicina IV

b) Ceftazidima IV + tobramicina IV

c) Ciprofloxacina VO

d) Colistin IN

e) Colistin IN + ciprofloxacina VO

Page 35: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Erradicação Precoce da Erradicação Precoce da P. aeruginosa P. aeruginosa (3)(3)

Colistin 1.000.000 UI IN 12/12 hColistin 1.000.000 UI IN 12/12 h

+ +

Ciprofloxacina 500 – 750 mg VO 12/12 hCiprofloxacina 500 – 750 mg VO 12/12 h

3 semanas inicialmente 3 semanas inicialmente

8 – 12 semanas se recorrência8 – 12 semanas se recorrência

ouou

Tobramicina sem fenol 300 mg IN 12/12 h – 28 diasTobramicina sem fenol 300 mg IN 12/12 h – 28 dias

ouou

Tobramicina 80 mg IN 12/12 hTobramicina 80 mg IN 12/12 h

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

Page 36: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Quais das alternativas abaixo não está indicada

para supressão crônica em um paciente com FC

e identificação crônica de P. aeruginosa fenótipo

mucóide nas culturas de escarro?

a) Ciprofloxacina VO 12/12 h contínua

b) Colistin IN 12/12 h contínuo

c) Tobramicina IN 12/12 h contínua

d) Azitromicina 500 mg VO 2a, 4a e 6a-feira contínuo

Page 37: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Supressão Crônica: Antibiótico InalatórioSupressão Crônica: Antibiótico Inalatório

Indicação: infecção crônica por Indicação: infecção crônica por P. aeruginosaP. aeruginosa

Colistin 1 milhão UI duas vezes ao diaColistin 1 milhão UI duas vezes ao dia

Tobramicina sem fenol 300 mg duas vezes ao diaTobramicina sem fenol 300 mg duas vezes ao dia

Gentamicina 80 - 160 mg duas vezes ao diaGentamicina 80 - 160 mg duas vezes ao dia

Amicacina 250 a 500 mg duas vezes ao diaAmicacina 250 a 500 mg duas vezes ao dia

Tobramicina 75-150 mg duas vezes ao diaTobramicina 75-150 mg duas vezes ao dia

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

Page 38: Paulo de Tarso Roth Dalcin Universidade Federal do Rio Grande do Sul Hospital de Clínicas de Porto Alegre IX Curso Nacional de Atualização em Pneumologia

Supressão Crônica: Antibiótico OralSupressão Crônica: Antibiótico Oral

Indicação: uso preventivo ou na infecção crônica por Indicação: uso preventivo ou na infecção crônica por S. S. aureusaureus

ControvérsiaControvérsia

Estudos controlados mais recentes não mostraram Estudos controlados mais recentes não mostraram benefíciosbenefícios

O uso de cefalexina se associou com maior freqüência O uso de cefalexina se associou com maior freqüência de infecção por de infecção por P. aeruginosaP. aeruginosa

Não é mais recomendado frente às evidências atuaisNão é mais recomendado frente às evidências atuais

Risco de emergência de MARSARisco de emergência de MARSA

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

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Supressão Crônica: Antibiótico OralSupressão Crônica: Antibiótico Oral

MacrolídeosMacrolídeos Mecanismos de ação (?)Mecanismos de ação (?)

Efeito sobre os patógenos (P. aeruginosa)Efeito sobre os patógenos (P. aeruginosa)

Impacto nos mecanismos de defesa do hospedeiro e Impacto nos mecanismos de defesa do hospedeiro e

efeito antiinflamatórioefeito antiinflamatório

Cinco ensaios clínicos randomizadosCinco ensaios clínicos randomizados

Principalmente infecção crônica por Principalmente infecção crônica por P. aeruginosaP. aeruginosa

Azitromicina 500 mg VO 3 x / semanaAzitromicina 500 mg VO 3 x / semana

Melhora 6,2% no VEFMelhora 6,2% no VEF11 em 6 meses, em 6 meses, exacerbações, exacerbações,

hospitalizações e ganho ponderalhospitalizações e ganho ponderal

Acompanhamento por 6 – 12 mesesAcompanhamento por 6 – 12 meses

Clin Chest Med 2007; 28:347Clin Chest Med 2007; 28:347

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Supressão Crônica: Antibiótico IVSupressão Crônica: Antibiótico IV

Cursos de antibióticos IV por 2 semanas a cada 3 Cursos de antibióticos IV por 2 semanas a cada 3

meses, independente dos sintomasmeses, independente dos sintomas

Baseado em estudos dinamarqueses retrospectivos e Baseado em estudos dinamarqueses retrospectivos e

não controladosnão controlados

Estudos randomizados: sem benefícioEstudos randomizados: sem benefício

Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918Am J Respir Crit Care Med 2003; 168:918

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PerspectivasPerspectivas

Imunização ativa e passiva para Imunização ativa e passiva para P. aeruginosaP. aeruginosa

Prevenção da adesão bacterianaPrevenção da adesão bacteriana

Estratégias anti-biofilmesEstratégias anti-biofilmes

Novos agentes anitmicrobianosNovos agentes anitmicrobianos

Antibióticos de pó seco inalatórioAntibióticos de pó seco inalatório

Terapia gênicaTerapia gênica

Terapêutica com células troncoTerapêutica com células tronco

Clin Chest Med 2007; 28:361Clin Chest Med 2007; 28:361

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