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ATITUDE ALUNO 1 - Convenção Batista Brasileira principal preocupação do terceiro Evangelho é ordenar os fatos da vida de Jesus, e com isso indica a diligência do escritor em

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1ATITUDE ALUNO

O Evangelho de Lucas é o mais belo dos quatro Evangelhos do Novo Tes-tamento. Sua composição é uma poesia. De leitura agradável e recheado de parábolas, é uma obra-prima da literatura bíblica. Seu autor possivelmente dominava a língua e a arte de escrever.

Além disso, é uma obra de um cristão ardente e comprometido com sua fé. Neste caso, ele escreve para transmitir essa segurança para seus leitores.

A principal preocupação do terceiro Evangelho é ordenar os fatos da vida de Jesus, e com isso indica a diligência do escritor em enquadrá-los historica-mente. Isso pode ser visto em passagens como essa: “Naqueles dias, foi publi-cado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria” (Lc 2.1,2).

O evangelista é uma pessoa otimista com relação ao seu contexto. As men-ções que faz do império romano são positivas. Para ele, foi a incredulidade dos judeus a responsável pela morte de Jesus. Os romanos, nesse caso, foram apenas os instrumentos dessa incredulidade.

Que estes elementos nos ajudem a compreender seu escrito durante este trimestre, enquanto estudamos a maravilhosa boa notícia pelo Evangelho de Lucas.

Um bom trimestre.

Primeira palavra

O mais belo dos Evangelhos

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Literatura BatistaAno CIX – NO 434

ISSN 1984-8633

Nota da Redação: Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, não refl etindo, necessariamente, as opiniões do corpo redatorial da revista.

Autor dos estudos da EBDOs estudos deste trimestre foram produzidos pelo Pr. Emersen Evandro. Casado com Teresa Akil, é membro da Igreja Batista Central do Recreio, no Rio de Janeiro, RJ.

Imagens utilizadas nesta edição: www.sxc.hu

Atitude Aluno é uma revista que destina-se aos jovens (18 a 35 anos), contendo lições para a Escola Bíblica Dominical, artigos gerais, passatempos bíblicos e outras matérias que promovem o aperfeiçoamento do jovem nas mais diferentes áreas

Todos os direitos reservados. Copyright © 2015 da Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira

Proibida a reprodução deste texto total ou parcial por quaisquer meios (mecânicos, ele-trônicos, fotográfi cos, gravação, estocagem em banco de dados etc.), a não ser em breves citações, com explícita informação da fonte

Publicado com autorizaçãopor Convicção EditoraCNPJ (MF): 08.714.454/0001-36

EndereçosCaixa Postal, 13333 – CEP: 20270-972 Rio de Ja nei ro, RJTelegráfi co – BATISTASEletrônico – [email protected]

EditorSócrates Oliveira de Souza

Coordenação EditorialSolange Cardoso de Abreu d’Almeida (RP/16897)

RedaçãoValtair Afonso Miranda

Produção EditorialOliverarteLucas

Produção e DistribuiçãoConvicção EditoraTel.: (21) 2157-5567Rua José Higino, 416 – Prédio 16Sala 2 – 10 Andar – TijucaRio de Janeiro, RJCEP [email protected]

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Sumário

Leitura bíblica ...........................................................................................................................4

Tema do trimestre ...................................................................................................................5

Escola Bíblica DominicalLição 1 – Anúncio, nascimento e infância de Jesus..............................................................9

Lição 2 – O preparo e o início do ministério ........................................................................14

Lição 3 – Milagres, sermões e a chamada dos 12 .............................................................19

Lição 4 – Um ministério mais que dinâmico ........................................................................23

Lição 5 – O treinamento do discipulado ..............................................................................27

Lição 6 – Obstáculos à obra .................................................................................................31

Lição 7 – Ensinos, advertências e curas..............................................................................35

Lição 8 – Os ensinos por parábolas .....................................................................................40

Lição 9 – A caminhada para Jerusalém ...............................................................................44

Lição 10 – Chegada a Jerusalém .........................................................................................48

Lição 11 – Os últimos dias do ministério de Jesus ............................................................52

Lição 12 – A morte e a ressurreição de Jesus ....................................................................56

Lição 13 – O evangelista conclui o seu livro ........................................................................60

Crescimento jovem"Jovens, sois fortes" ...............................................................................................................64

Canto da poesia .....................................................................................................................69

Liderança cristã ......................................................................................................................70

Canto da poesia .....................................................................................................................75

Os ventos incontroláveis do Espírito Santo ......................................................................... 76

Lazer ......................................................................................................................................81

Servir ao Senhor com música na igreja ...............................................................................83

A igreja primitiva.....................................................................................................................88

Há um dom em você ..............................................................................................................92

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LEITURA BÍBLICACUCA FRESCA

Semana 1Segunda Lucas 1.1-25Terça Lucas 1.26-38Quarta Lucas 1.39-56Quinta Lucas 1.57.80Sexta Lucas 2.1-20Sábado Lucas 2.21-38Domingo Lucas 2.39-52

Semana 2Segunda Lucas 3.1-20Terça Lucas 3.21,22Quarta Lucas 3.23-38Quinta Lucas 4.1-13Sexta Lucas 4.14-30Sábado Lucas 4.31-37Domingo Lucas 4.38-44

Semana 3Segunda Lucas 5.1-11Terça Lucas 5.12-26Quarta Lucas 5.27-39Quinta Lucas 6.1-11Sexta Lucas 6.12-22Sábado Lucas 6.23-28Domingo Lucas 6.39-49

Semana 4Segunda Lucas 7.1-17Terça Lucas 7.18-35

Quarta Lucas 7.36-50Quinta Lucas 8.1-15Sexta Lucas 8.16-25Sábado Lucas 8.26-39Domingo Lucas 8.40-56

Semana 5Segunda Lucas 9.1-17Terça Lucas 9.18-27Quarta Lucas 9.28-45Quinta Lucas 9.46-62Sexta Lucas 10.1-20Sábado Lucas 10.21-24Domingo Lucas 10.25-42

Semana 6Segunda Lucas 11.1-13Terça Lucas 11.14-32Quarta Lucas 11.33-54

Quinta Lucas 12.1-12Sexta Lucas 12.13-34Sábado Lucas 12.35-48Domingo Lucas 12.49-59

Semana 7Segunda Lucas 13.1-9Terça Lucas 13.10-17Quarta Lucas 13.18-30Quinta Lucas 13.31-35Sexta Lucas 14.1-14Sábado Lucas 14.15-24Domingo Lucas 14.25-35

Semana 8Segunda Lucas 15.1-7

Terça Lucas 15.8-10

Quarta Lucas 15.11-24

Quinta Lucas 15.25-32

Sexta Lucas 16.1-13

Sábado Lucas 16.14-18

Domingo Lucas 16.19-31

Semana 9Segunda Lucas 17.1-10

Terça Lucas 17.11-19

Quarta Lucas 17.20-37

Quinta Lucas 18.1-14

Sexta Lucas 18.15-17

Sábado Lucas 18.18-30

Domingo Lucas 18.31-34

Semana 10Segunda Lucas 19.1-10

Terça Lucas 19.11-27

Quarta Lucas 19.28-40

Quinta Lucas 19.41-48

Sexta Lucas 20.1-18

Sábado Lucas 20.19-40

Domingo Lucas 20.41-47

Semana 11Segunda Lucas 21.1-19

Terça Lucas 21.20-38

Quarta Lucas 22.1-23

Quinta Lucas 22.24-38

Sexta Lucas 22.39-53

Sábado Lucas 22.54-62

Domingo Lucas 22.63-71

Semana 12Segunda Lucas 23.1-25

Terça Lucas 23.26-32

Quarta Lucas 23.33-49

Quinta Lucas 23.50-56

Sexta Lucas 24.1-12

Sábado Lucas 24.13-35

Domingo Lucas 24.36-53

Semana 13Segunda Atos 1.1-14

Terça Atos 1.15-26

Quarta Atos 2.1-13

Quinta Atos 2.14-36

Sexta Atos 2.37-47

Sábado Atos 3.1-10

Domingo Atos 3.11-26

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O Evangelho de Lucas é o primeiro de dois tratados (o segundo é o livro de Atos) escrito por Lucas para seu ami-go Teó� lo. Pelo prefácio deste Evange-lho (1.1-4) dá para entender que Teó� -lo é uma pessoa que ocupava uma posi-ção de destaque na sociedade, possivel-mente um alto funcionário do império romano. Lucas teria sido um excelente professor de metodologia de pesquisa cientí� ca, muito procurado por nos-sos seminários teológicos de hoje. Os seus dois livros são o resultado de uma

Tema do trimestreCUCA FRESCA

O terceiro Evangelho

análise cientí� ca dos fatos e documen-tos primários, muito importantes para a fé cristã.

Lucas era companheiro do apósto-lo Paulo durante suas viagens missio-nárias pela Ásia Menor (Turquia, ho-je) e Europa continental. Paulo se refe-re a Lucas respeitosa e carinhosamen-te como “Lucas, o médico amado” (Cl 4.14), e como um dos seus cooperado-res em Filemom 24. Lucas era um ho-mem de cultura, com excelente domí-nio da língua grega. No que segue, fa-

Pr. John Barry DyerNatal, RN

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laremos da sua contribuição especial com respeito à vida e ministério de Je-sus Cristo.

Jesus, o perfeito ser humanoLucas escreve tendo em vista a gran-

de massa da humanidade de um lado e a perfeita humanidade de Jesus por outro. Para o evangelista, a genealogia de Jesus faz com que ele se identi� que com a ra-ça humana inteira até Adão (3.23-38), e não somente com o povo judaico, como no caso de Mateus (Mt 1.1-17).

Lucas é o único entre os evangelistas a mencionar os pastores de Belém (2.8-20). De fato, todo o seu relato do nas-cimento de Jesus é exclusivo: a visita do anjo Gabriel a Maria em Nazaré (1.26-38); no templo, quando Simeão e Ana receberam e reconheceram o menino Jesus como aquele que Israel esperava, o Salvador do mundo (2.25-38); aos 12 anos de idade, durante um debate com os doutores religiosos (2.39-52).

Também somente Lucas relata o nascimento de João Batista que, seme-lhante ao de Jesus, teve um aspecto mi-lagroso (1.5-25). É de reparar que o tí-tulo “Filho do homem” é frequente-mente atribuído a Jesus pelo evangelis-ta. O uso deste título é uma referência ao Messias profetizado por Daniel (Dn 7.13).

Jesus e o sofrimento humanoPreocupado com a humanidade e

suas necessidades físicas e espirituais, Lucas dá ênfase à missão de Jesus no seu

sentido integral. Ao iniciar seu ministé-rio em Nazaré, Jesus fez o seguinte pro-nunciamento: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me para apregoar liberdade aos cativos, dar vis-ta aos cegos, pôr em liberdade os opri-midos e anunciar o ano aceitável do Se-nhor” (4.18-19). Outros eventos, que somente Lucas relata, revelam seu inte-resse pelas pessoas sofridas e entristeci-das, como o caso da restauração do � lho da viúva de Naim (7.11-17).

Outrossim, unicamente Lucas fala da mulher pecadora que ungiu os pés de Jesus (7.36-50), bem como a famosa parábola do Bom samaritano (10.25-37). Juntos, estes exemplos nos revelam que Lucas tinha em vista homens e mu-lheres do mundo inteiro, porque Jesus veio para salvar todos os povos.

Jesus e os perdidosJesus veio buscar os que estavam

perdidos, longe de Deus e do seu pro-pósito para suas vidas. Em Lucas 15, encontram-se três parábolas de Jesus que ilustram esse fato. Que os pobres e destituídos são de grande valor aos olhos de Jesus é destacado na parábola do rico e Lázaro (16.19-31). Mas Jesus se importa também com os pecadores desprezados pela sociedade, como no caso de Zaqueu, o cobrador de impos-tos (19.1-10). Jesus arriscou e enfren-tou o desprezo dos outros por sua ati-tude benevolente para com os pecado-res. Ao chamar Simão, Jesus lhe disse:

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suas necessidades acima das leis dos escribas e dos fariseus (13.10-17; 14.1-6). Ele veio para curar e liberar da tirania da religiosidade que a� igia as pessoas naquela época, e em outras desde então. A raça humana precisa conhecer Jesus, o verdadeiro liberta-dor do mundo.

Parábolas e milagresAs curas milagrosas são atos de li-

bertação divina e manifestações da presença do poder de Deus na pes-soa de Jesus. Elas são também evidên-cias da proximidade do reino de Deus entre os homens. Embora a ciência não possa compreender ou explicar acontecimentos milagrosos, também não pode negar o fenômeno. Há re-latos de curas em nossos dias sem ex-plicação cientí� ca. Lucas era médico e tinha uma mente crítica e analítica, mas acreditou nos milagres de Jesus e

“Não temas; de agora em diante serás pescador de homens” (5.10).

Lucas apresenta Jesus como o Sal-vador de todas as pessoas, não impor-tando sua raça, cor ou língua. O cen-turião de Cafarnaum é um bom exem-plo disso (7.1-10). Jesus se importa de forma especial com os mais margina-lizados de todos – os leprosos (5.12-14). Em Lucas 17.11-19, Jesus admira o fato de que o único leproso a voltar e agradecer a sua cura era um estrangei-ro. O caso de uma viúva cujo � lho fa-leceu é um exemplo da compaixão de Jesus para com os fracos, os pobres e os desamparados. Uma outra mulher também recebe de Jesus o que mais ninguém podia fazer por ela quando, pelo simples toque na orla de seu ves-tido, ela � cou curada de uma doença crônica (8.43-48).

De interesse especial, dá para per-ceber que Jesus colocou as pessoas e

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compilou seu Evangelho para que nós acreditássemos também.

Além dos milagres, o Evangelho de Lucas trata dos ensinos de Jesus con-cernentes ao reino de Deus. Esses en-sinos são dados por meio de parábo-las ou histórias, contando coisas do dia a dia das pessoas com a � nalidade de transmitir uma verdade espiritual. Alguns exemplos desse ensino encon-trados somente no Evangelho de Lu-cas são o da ovelha perdida (15.1-7); a moeda perdida (15.8-10); e o � lho pródigo (15.11-32). Jesus ensina que Deus valoriza estas coisas o su� ciente para buscá-las até que sejam achadas.

Parábolas e milagres, ensinos e curas predominam no Evangelho do médico amado. Com Lucas apren-deremos que o amor de Deus é des-tinado aos pobres, aos oprimidos e aos marginalizados. De maneira es-pecial, lembramos dos países onde a opressão política, econômica e reli-giosa reina em nossos dias.

Jesus, vitorioso sobre a morteO que Lucas nos ensina de maior

importância é que Jesus, o Mestre por excelência, o Médico dos médicos, so-freu, morreu e ressuscitou dentre os mortos para nossa redenção e liberta-ção. Isto é inédito na história.

O relato de Lucas nos mostra a fragi-lidade da fé dos discípulos de Jesus dian-te desse acontecimento. No jardim do túmulo, as mulheres estavam perplexas, mas os anjos trouxeram uma palavra de conforto e esperança (24.1-10).

Os dois discípulos, regressando para a cidade de Emaús, também foram to-mados pela tristeza e incredulidade. Je-sus se aproximou deles e, depois de algu-mas perguntas que fez aos dois, come-çou a explicar pelas Escrituras que tudo que tinha acontecido naqueles dias foi predeterminado por Deus: “Ó néscios, e tardios de coração para crer em tudo o que os profetas disseram! Não era neces-sário que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória?” (24.26). Nas palavras que ele falou pelo caminho, e com o gesto de suas mãos no partir do pão, revelou-se a eles. E dali por diante, a tristeza deu lugar à alegria, e o desespero, à esperança (24.13-35).

A exaltação de Jesus e o Espírito Santo

Jesus foi levado ao céu e, conforme a sua promessa, o poder do Espírito San-to foi derramado sobre o pequeno gru-po de discípulos reunidos em Jerusa-lém (At 2.1-4). Cronologicamente, es-ses são dois eventos consecutivos, con-tudo estão intimamente ligados. Veja as palavras de Jesus no Evangelho de João: “Todavia, digo-vos a verdade: Convém que eu vá, porque se eu não for, o Con-solador não virá para vós, mas, se eu for, eu o enviarei” (Jo 16.7). O Espírito San-to é aquele que está sempre presente ao nosso lado e nos acompanha no coti-diano da nossa vida. Realmente, o der-ramamento do Espírito Santo dependia da exaltação de Jesus à direita de Deus, e agora o mesmo Espírito testi� ca da vitó-ria de Cristo sobre o mal e a morte.

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Foto

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BAR

NAR

D

EBDEBDEBDLição 1

Texto bíblico – Lucas 1 e 2 • Texto áureo – Lucas 2.52

Anúncio, nascimento e infância de Jesus

Todo grande projeto começa pequeno. Talvez esta seja uma generalização, mas foi verdade pelo menos na vida

grandiosa de Jesus. Ele veio ao mundo como um bebê, e deixou este mundo

como o Senhor ressurreto e glorifi cado. Convido-o a ler e estudar esta lição, então, com um coração agradecido. Agradeçamos a Deus pela dádiva da

encarnação de Jesus, pelo seu exemplo, pelo amor demonstrado e por todos

os seus ensinos.

Pra começar

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Comentando o texto bíblico

João Batista, o Precursor – Sua im-portância e valor (Lc 1.1-38)

  Um grande homem! João Batis-ta foi assim considerado desde o seu nascimento. Vindo de uma família de tradição e o� cio sacerdotal, sua trajetória foi marcada pelo milagre de Deus antes mesmo de nascer, pois sua mãe não podia ter � lhos devido à idade avançada. O estilo de vida ra-dical que levou é outra característica forte e marcante em sua personalida-de, e esteve diretamente ligada à sua missão: abrir o caminho para o mi-nistério do seu primo seis meses mais novo que ele, ninguém mais do que o próprio Jesus.

Os nascimentos miraculosos de ambos: João e Jesus: Por quê? (Lc 1-39-2.20)

Deus sempre age com propósitos especí� cos. Suas ações não são mera casualidade. Somente Deus como co-nhecedor de todas as coisas, do pas-sado, presente e futuro, é capaz de ar-quitetar planos maravilhosos que vão além da compreensão humana.

Os eventos relacionados ao nasci-mento de João Batista e Jesus aconte-cem de forma miraculosa. Ambos os pais, de João e de Jesus, foram visita-dos pelo anjo Gabriel, que anunciou o milagre do nascimento de um � lho

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para aquela que era estéril (Isabel) e a concepção de um � lho pelo Espírito Santo àquela que era virgem (Maria).

A partir desse anúncio, as con� r-mações do milagre de Deus na vida dessas mulheres e de suas famílias vão acontecendo ao longo do período de gestação até o nascimento deles. Isso nos mostra que Deus é aquele que não somente opera o milagre na vida da-queles que o servem e o amam, como também con� rma o seu milagre ao lon-go da sua vida.

O maior milagre na vida do cren-te é a salvação em Cristo Jesus e é a partir da operação desse milagre que o Senhor Deus vai con� rmando a sua bênção sempre presente.

Sua identifi cação judaica (Lc 2.21-24)

O nome era algo de extrema im-portância para o judeu, pois tinha um peso de identidade para a pessoa que o carregava. O nome “Jesus” é a forma grega derivada do nome  hebraico “Jo-sué”, que signi� ca “Yahweh salva”. Mais do que a descendência e o nome de ori-gem judaica, a identi� cação judaica de Jesus se dá na prática de vida manifesta pelos seus pais, em cumprimento às leis estabelecidas por Deus, como apon-tada no versículo 22: eles cumprem a cerimônia de puri� cação; em seguida levam a criança para ser apresentada ao Senhor no templo em Jerusalém.

Tudo conforme a Lei do Senhor. Isso nos ensina que a manifestação de uma autêntica vida cristã não se dá pelo

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fato de termos nascido num lar cristão ou sermos chamados assim. A vida cris-tã de fato se manifesta no cumprimen-to da vontade de Deus que se deve dar a partir de um relacionamento íntimo e verdadeiro com este Deus.

Sua identifi cação espiritual – Simeão e Ana (Lc 2.25-38)

Quando você deseja profunda-mente algo de Deus que esteja dire-tamente relacionado à sua vontade, creia e você verá a glória do Senhor. Simeão era um homem que se rela-cionava intimamente com o Espírito Santo de Deus. Ele esperava pela sal-vação do povo de Israel que viria por meio do Messias. Deus não apenas o abençoa, permitindo que seus olhos vissem o Salvador, mas o torna aben-çoador e instrumento nas suas mãos para con� rmar a identidade espiritual do menino Jesus diante de seus pais e os desígnios que o seguiriam.

Da mesma maneira a profetisa Ana, uma viúva idosa, que estava sempre no pátio do templo, desde que perdera seu marido, adorando, jejuando e fazendo orações a Deus, vai proclamar a iden-tidade espiritual do menino Jesus para todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.

Jesus é o Messias, o Salvador, a Luz para todas as nações. Consagre-se sempre a Deus e você não apenas verá a identidade  de Jesus mas experimen-tará a autoridade espiritual dele na sua vida.Fo

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A lição em foco

Pra tomar uma atitude Diante do que estudamos hoje, refl ita a respeito de algumas questões. Você tem demonstrado, cotidianamente, gratidão a Deus pela encarnação de Jesus? De que maneira é possível demonstrar um coração agradecido? Essa gratidão se manifesta na forma de uma boa mordomia dos talentos, dos dons, dos bens, do seu corpo, mente e coração? Como você reage quando surgem as difi culdades? Reclama? Ou tenta encontrar nessas situações oportunidades para se aproximar ainda mais da vontade de Deus?

Diante do que estudamos hoje, refl ita a respeito de algumas questões.

Jesus foi uma criança forte e saudável fi sicamente. Não é de se admirar sua resistência física enquanto adulto, suportando bem o fl agelo antes da crucifi cação. Devemos também destacar o seu crescimento em sabedoria. A prova disso encontra-se nesse relato em que Jesus fora levado por seus pais ao templo em Jerusalém conforme o costume, pois ele havia alcançado a idade para se tornar um membro maduro na comunidade judaica.

Naquela ocasião o menino foi ouvido pelos mestres da lei que se admiraram com sua inteligência e com as respostas que dava. Apesar disso ele ainda tinha um percurso de amadurecimento que era necessário e imprescindível em sua vida: a tutela e amor de seus pais. Por isso, vemos a preocupação deles quando descobrem que ele havia “sumido” do grupo. Assim, após longa jornada de três dias de volta a Jerusalém, ao encontrá-lo, não o poupam da “bronca” bem aplicada, por sinal, pois, como bom menino, volta com eles e continua a ser obediente.

O exemplo de Jesus deve ser aplicado à nossa vida: Deus não tolera rebel-dia. Sejamos fi lhos obedientes desse Pai amoroso, procurando sempre aplicar o princípio da obediência em toda nossa vida e relacionamentos.

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O preparo e o início do ministério

EBD

Texto bíblico – Lucas 3 e 4• Texto áureo – Lucas 4.32

Pra começar

Para entendermos o que estava acontecendo nos dias de João

Batista e antes de Jesus aparecer, é importante olhar um pouco

para trás na história dos judeus. Sem esse olhar, fi cará difícil compreender o efeito que as

palavras de João Batista devem ter provocado naqueles que as ouviram pela primeira vez.

Lição 2

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Comentando o texto bíblico

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O ministério de João Batista – O anunciador (Lc 3.1-22)

João é uma das pessoas mais intri-gantes do Novo Testamento. Não é para menos, pois seu estilo de vida e discurso fez com que o povo pensasse que, talvez, ele poderia ser o Cristo. Mas sua missão era a de proclamar a vinda do Messias.

O ministério de João é trazido pelo evangelista Lucas com ares de profeta veterotestamentário dizendo que ele, o � lho de Zacarias, havia re-cebido a mensagem de Deus quando estava no deserto. Assim, ele aparece pregando o batismo de arrependi-mento fundamentado nas palavras do livro do profeta Isaías que con-sistia na preparação do caminho Se-nhor.

Aos religiosos que se diziam des-cendentes de Abraão, exortou-os à prática da comunhão e solidariedade. Aos cobradores de impostos, conside-rados pecadores, pregou a honestida-de. E aos soldados exortou-os à não corrupção.

João era o Cristo? Não, ele não era o Messias e deixou bem claro isso. João foi o anunciador das boas-novas de salvação de Deus, e teve o privilé-gio de batizar o Senhor Jesus.

É importante destacar a consciên-cia de si mesmo que João tinha. Ele sabia quem era e a qual a sua missão, e não desviou dela.

Como crente no Senhor Jesus, você precisa ter essa consciência de si mesmo, para que a vontade de Deus se cumpra na sua vida e você realize a sua missão em Deus.

A necessidade da tentação de Jesus. Por quê? (Lc 4.1-13)

É importante notarmos que Je-sus foi tentado durante os 40 dias de jejum no deserto. O texto aponta o ápice da tentação no instante em que Jesus sentiu fome, ou seja, no momento de maior fragilidade e ne-cessidade. Nesse relato, vemos que as três últimas tentativas do diabo em desviar Jesus de sua missão, fa-zendo-o pecar contra Deus, tinham como tema principal a vaidade, a jactância, o orgulho, a ostentação, a soberba, a vanglória.

Em dois questionamentos do tentador vemos a frase: “se você é o Filho de Deus”. Em outra, ele ofere-ce poder, glória e riqueza a Jesus. O Mestre não ousou agir como Deus aqui na terra, pois sabia que não po-dia. Após a encarnação, ele tinha a

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natureza humana. Tendo sido gerado pelo Espírito Santo, possuía também a natureza divina.

Jesus não pecou até o � m, vencen-do a morte porque sempre reconhe-ceu sua natureza humana limitada, submissa ao Pai e dependente do Espírito Santo. Assim, se quisermos vencer as tentações neste mundo devemos seguir o exemplo de Jesus. Primeiramente, reconhecendo Jesus como Senhor e Salvador e vencedor por nós, sendo submissos a Deus Pai

que enviou seu Filho, e dependentes do Espírito Santo que nos foi outor-gado e habita em nós.

A reação de sua cidade à sua pregação (Lc 4.14-30)

“Não é este o � lho de José?” Jesus voltara para sua terra, a Galileia, e para a cidade em que cresceu, Naza-ré, após ter feito seu primeiro mila-gre em Cafarnaum ( Jo 2). Sua fama já tinha se espalhado. Ele estava se tornando uma celebridade.

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O Mestre faz questão de distin-guir quem ele era e qual era sua mis-são. Naquele lugar havia pessoas que o conheciam desde a infância, ami-gos e familiares que o viram crescer e se tornar um homem. Jesus preci-sava deixar claro que embora eles soubessem da sua origem terrena, ele possuía uma natureza divina com uma missão especial. Os seus ouvintes e conterrâneos precisavam ouvir isto. O povo vai de um extremo ao outro, amando e odiando, aceitando e rejei-tando Jesus a ponto de querer destruí-lo. Como você tem olhado para Jesus, como uma celebridade ou como o Fi-lho de Deus? Pense nisto.

O início dos milagres e curas (Lc 4.31-44)

Segundo Lucas, Jesus dá início ao seu ministério efetivamente com mui-to ensino, expulsão de demônios, cura de enfermidades simples como a febre da sogra de Pedro, bem como a de pes-soas com vários tipos de doenças.

Essa era a mensagem do reino de Deus, ou seja, ela consistia num ensino que não ficava na teoria ape-nas, mas se concretizava na prática de fé em Deus. Os milagres e curas de Jesus apontam para o seu poder salvador.

Jesus continua a operar seus mila-gres e curas, sendo que o maior deles está em resgatar vidas para a salvação eterna.

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A lição em foco

Pra tomar uma atitude

João tinha tudo para ser reconhecido e aclamado por seu povo. Mas ele não foi chamado para aparecer ou ser reconhecido. Sua vocação era testemunhar sobre Jesus. E o que João falou sobre Jesus? Segundo o Evangelho de João, ele era o Cordeiro de Deus que viera para tirar o pecado do mundo (Jo 1.36). Precisamos aprender com João a testemunhar de Jesus de todas as maneiras. Precisamos anunciá-lo com tudo o que temos e somos.

No mundo em que vivemos precisamos de documentos que nos identifi quem. Por isso, temos certidão de nascimento, identidade, CPF, passaporte etc. Esses documentos referem-se à nossa origem direta, onde nascemos, quem são nossos pais, entre outras coisas.

A genealogia é a ciência que tem por objeto a pesquisa da origem e da fi liação das famílias, trazendo a exposição cronológica da fi liação de um indivíduo. Investigações genealógicas rigorosas podem possibilitar às pessoas o conhecimento de sua descendência a partir de ancestrais longínquos e o levantamento seguro de uma árvore com os membros da família.

O evangelista Lucas fez uma pesquisa cuidadosa da genealogia de Jesus para identifi car sua origem e família. Ao fazer isso, ele confi rma e autentica a identidade messiânica de Jesus que, para o povo judeu, era de grande importância.

Para nós cristãos, a linhagem de Jesus é importante, mas não basta por si. A família de uma pessoa não o torna quem ele é, foi, ou será de fato. Foi por meio de sua vida que Jesus mostrou quem de fato é: o próprio Deus encarnado.

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EBD

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Lição 3

Fotomontagem

Texto bíblico – Lucas 5 e 6 • Texto áureo – Lucas 5.26

Milagres, sermões e a chamada dos 12

Nesta lição, veremos outros exemplos do poder e autoridade de Jesus que se manifestaram nos seus milagres e ensinos, respectivamente. Dá para

perceber que os milagres foram feitos em duas dimensões: 1) na vida das pessoas mediante curas de todos os tipos; 2) no mundo natural por meio de uma pesca surpreendente.

Pra começar

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O ministério iniciante. Os primeiros discípulos (Lc 5.1-11, 27-32)

Desde o início de seu ministério terreno, Jesus ensinou e operou mila-gres. Este texto nos mostra um retra-to do cotidiano vivido nos tempos de Jesus. Assim, vemos uma comunida-de de pescadores no � nal de uma jor-nada de trabalho. Mas esse dia foi es-pecial. O Mestre estava na praia ensi-nando. Ao ser comprimido pela mul-tidão, entra em um dos barcos de Pe-dro e pede para que este o afaste um pouco da praia, para então sentar-se e começar a ensinar.

Enquanto ele ensinava, aqueles pescadores que também o ouviam, se preparavam para ir embora. Mas para surpresa deles, Jesus lhes ordena que voltem ao mar e lancem novamen-te as redes. Pedro tenta se justi� car, certamente pelo cansaço e o trabalho anteriormente frustrado, mas movi-do pela palavra de Jesus, ele obedece sua ordem.

O milagre aconteceu. As redes se enchem de tal forma que quase se re-bentam e fazem com que o barco vá a pique devido à grande quantidade de peixes. O espanto e temor tomam conta de Pedro e dos discípulos. Pe-dro se dá conta de que é um peca-dor e que estava diante do Mestre dos mestres, poderoso em palavras e

Comentando o texto bíblico

ações, um Senhor que valeria a pena ser seguido.

Da mesma forma, Jesus chama Levi (v. 27,28), o publicano, que atende imediatamente ao chamado do Mes-tre.  Jesus sempre surpreende aqueles que o ouvem e obedecem a sua voz e o seu chamado.

 As curas como sinais de seu poder (Lc 5.12-25; 6.6-11)

Jesus demonstrou seu grande po-der curando várias pessoas de diver-sos tipos de enfermidades. Jesus ten-tava ser discreto, mas suas curas eram um sinal indiscutível de seu poder. Em virtude disso, as multidões o pro-curavam cada vez mais para ouvi-lo e para serem curadas de suas doenças.

Jesus mostra que seu poder está além da cura física, ou seja, ele pode curar a alma, livrando-a da culpa e da morte eterna mediante o perdão dos pecados.

O desejo do Senhor é que todos ve-nham a alcançar o perdão dos pecados e a reconciliação com Deus. Ao curar o paralítico que foi trazido pelo te-lhado até a casa onde estava ensinan-do, ele claramente aponta sua missão maior: a remissão dos pecados por meio dele.

Jesus tem poder para perdoar pe-cados. Somente o Filho de Deus tem essa autoridade.

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ser consagrados. Portanto, se você é um cristão, o Espírito Santo habita em você, o seu viver diário deve ser consa-grado a Deus.

A escolha e designação dos discí-pulos (Lc 6.12-16)

Jesus chamou muitas pessoas para o seguirem e se tornarem seus apren-dizes. Ele escolheu 12 homens den-tre seus discípulos e os designou para serem apóstolos: Pedro, André, Tia-go, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago (� lho de Alfeu), Simão (Zelote), Judas, Judas Iscariotes.

No grego, a palavra “apóstolo” sig-ni� ca “aquele que é enviado”, “men-sageiro” ou “embaixador”. Apóstolo é aquele que representa a quem o en-viou. Portanto, esse serviço seria o de expandir a mensagem do evangelho para novas localidades, organizando a vida cristã entre os � éis. Embora al-guns líderes religiosos de nosso tem-po se valham dessa titulação, o termo somente foi designado para os 12 e para Paulo de Tarso, posteriormente.

As questões doutrinárias: Jejum e o Dia do Senhor (Lc 5.33–6.5-11)

O jejum bíblico signi� ca a absti-nência parcial ou total de alimentos sólidos e líquidos por um espaço de tempo com � m de dedicação a Deus. Quando questionado sobre o fato de seus discípulos não jejuarem como fa-ziam os de João e os dos fariseus, Jesus faz menção do costume da festa de ca-samento judaico, onde os amigos do noivo, enquanto estavam com ele, se alegravam pela sua presença. Dessa for-ma, comiam e bebiam, não cabendo naquele momento a prática do jejum.

Jesus é Senhor do sábado, e ele dei-xa isso bem claro. Assim, o Senhor fa-zia o que tinha de fazer em qualquer dia. A questão é que os fariseus reli-giosos legalistas estavam presos à letra da lei e a cumprimentos ritualísticos, não conseguindo ver além deles.

A santi� cação está na vida e no viver consagrado, e não no ritual ou em dia consagrado. Era isso que Je-sus queria passar para eles. Na pers-pectiva de Jesus, todos os dias devem

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A lição em foco

Pra tomar uma atitude

Os ensinos de Jesus são tão relevantes para os jovens de hoje quanto há dois mil anos. Viver por estes ensinos é o segredo de alegria, paz e segurança. A palavra hebraica “shalom” signifi ca “bem-estar total”. Quem conhece essa experiência de bem-estar, também a transmite aos outros.

O sermão do monte ou da montanha proferido por Jesus se encontra basicamente no Evangelho de Mateus e em Lucas. O tema principal de Jesus em seu sermão é o amor prático que é capaz de levar o homem a uma condição especial de vida diante de si mesmo, do próximo e de Deus. Assim, podemos destacar os seguintes temas abordados por Jesus em seu sermão por meio do Evangelho de Lucas:

a) A felicidade em crer e confi ar em Deus. A bem-aventurança ou felicidade é alcançada no seu estado de vida em qualquer circunstância quando você crê e confi a verdadeiramente em Deus. Esta é a condição de vida diante de si mesmo. b) Viver e praticar o amor cristão. Amor que vai além do amor conven-cional de amar aqueles que nos amam. Por isso, amar o próximo como a si mesmo, independentemente de ser amigo ou inimigo, é um dos maiores desafi os da vida cristã. c) Exortação à prática da misericórdia, do não julgamento condena-tório precipitado, do perdão, da doação. Deus é misericordioso, é o juiz supremo, é rico em perdoar e doou seu próprio Filho para morrer em nosso lugar. O reconhecimento dessas coisas e a prática delas nos aproxima da vontade de Deus.

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