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Pê, O Monstro da Preguiça - PDF Leyapdf.leya.com/2011/Nov/pe_o_monstro_da_preguica_evhq.pdf · aos filhos de grandes amigos que souberam derrotar o monstro da letra P: Isabel,

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aos filhos de grandes amigos que souberam derrotar o monstro da letra P:Isabel, José e Francisco Ferreira Martins Garrido de Figueiredo, Maria do Carmo e António Maria Rato Vilela Espírito Santo Robalo, Maria Canas Ramalheiro Proença dos Santos, Maria Clara e João Pedro Ferreira de Sales Caldeira, João Maria Campelo Ribeiro Pereira de Faria e Guilherme Reis-Sá;

e também:a todos os meninos e meninas que um dia, tal como eu, se sentiram como uma ostra dentro da sua confortável concha, da qual não apetecia sair…

«Toda a vitória e o progresso humanos têm como ponto de partida a força de vontade de cada um.»

Montessori

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1. Max ........................................................................................ 10

2. Um peso de chumbo ............................................................ 12

3. Na escola ................................................................................ 16

4. No fundo dos olhos .............................................................. 18

5. Um monstro azul .................................................................. 22

6. O jogo de computador ......................................................... 34

7. O avô na fotografia ............................................................... 38

8. O pesadelo ............................................................................. 42

9. Um grande poder ................................................................. 44

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1Max

Olá! O meu nome é Maximiliano Henrique. Complicado, não é? Deve ser por isso que toda a gente me chama Max (bem, toda a gente, não, porque a minha mãe, às vezes, inventa uns nomes esquisitos que me deixam um bocado embaraçado, por isso não vou aqui repeti-los).

Fiz oito anos, o que talvez não seja muito, mas já tenho uma história incrível para contar: a minha aventura com o monstro chamado Pê…

É uma história de lutas, algumas derrotas e… uma grande vitória!Talvez não acredites em monstros, mas eu, que conheço pessoalmente um,

posso dizer-te que existem de verdade, embora se tornem invisíveis na maior parte do tempo.

Já vais saber o que me aconteceu e até pode ser que algumas coisas também se tenham passado, um dia, contigo. É que nós, os humanos, somos todos diferentes, como diz o meu avô Maximiliano (a quem ninguém chama um nome diferente!), mas, ao mesmo tempo, somos todos parecidos. Isto não é de admirar, porque já aprendi que todos temos o mesmo Criador: Deus, o Pai do Céu.

Vou, então, contar-te como tudo se passou…

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2Um peso de chumbo

Num dos primeiros dias de aulas depois das férias na praia, logo de manhã bem cedo, a minha mãe foi ao meu quarto acordar-me, como costuma fazer.

– Bom dia, filho! Levanta-te para ires para a escola – disse ela.Eu abri a custo o olho esquerdo e respondi baixinho:– Já vou…

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A minha mãe foi levantar a persiana e, como eu continuava deitado, voltou a chamar-me:

– Max! Não te atrases!Ora, depois de a minha mãe sair do quarto, aconteceu uma coisa estranha:

eu, que, até àquele dia, saltava da cama mal a luz do Sol entrava no meu quarto, não conseguia nem pensar em levantar-me!

Sabes o que fiz? Em vez de me levantar, virei-me de costas para a janela, tapei a cabeça com o lençol dos dinossauros azuis e voltei a fechar o olho esquerdo.

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Uns minutos mais tarde, a minha mãe voltou a entrar no meu quarto e ficou admirada por me ver no mesmo sítio.

– Ainda na cama?! Nem pareces tu, Max! Estarás doente?... – E veio logo pôr a mão na minha testa (ela tem mãos de termómetro) para, depois, concluir: – Não, não tens febre. Dói-te alguma coisa, filho?

Não me doía nada, na verdade, e foi isso mesmo que respondi.– Então, por que motivo estás ainda deitado, Max?Por estranho que pareça, eu não sabia o que dizer à minha mãe. Sentia

o corpo mole e pesado. Não me apetecia mexer nem um dedo mindinho!Por outro lado, a minha cama parecia-me mais confortável do que nunca

e, naquela manhã, tive a certeza de que a almofada era a maior invenção do homem a seguir à bola de futebol e aos flocos de cereais com chocolate.

Era como se estar ali deitado, na minha cama, fosse a melhor coisa do mundo!A minha mãe é que não estava nada de acordo comigo. Fez uma cara séria

e subiu o tom de voz para me avisar: