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Pedido nacional de Invenção, Modelo de Utilidade, Certificado de Adição de Invenção e entrada na fase nacional do PCT 29409161924020270 28/09/2020 870200122364 20:05 Número do Processo: BR 10 2020 019867 0 Dados do Depositante (71) Depositante 1 de 1 Nome ou Razão Social: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - FUNECE Tipo de Pessoa: Pessoa Jurídica CPF/CNPJ: 07885809000197 Nacionalidade: Brasileira Qualificação Jurídica: Instituição de Ensino e Pesquisa Endereço: Av. Dr. Silas Munguba, 1700 - Itaperi Cidade: Fortaleza Estado: CE CEP: 60714-903 País: Brasil Telefone: (85) 3101 9667 Fax: (85) 3101 9667 Email: [email protected] Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 28/09/2020 às 20:05, Petição 870200122364 Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 1/21

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Pedido nacional de Invenção, Modelo de Utilidade, Certificado deAdição de Invenção e entrada na fase nacional do PCT

29409161924020270

28/09/202087020012236420:05

Número do Processo: BR 10 2020 019867 0

Dados do Depositante (71)

Depositante 1 de 1

Nome ou Razão Social: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - FUNECE

Tipo de Pessoa: Pessoa Jurídica

CPF/CNPJ: 07885809000197

Nacionalidade: Brasileira

Qualificação Jurídica: Instituição de Ensino e Pesquisa

Endereço: Av. Dr. Silas Munguba, 1700 - Itaperi

Cidade: Fortaleza

Estado: CE

CEP: 60714-903

País: Brasil

Telefone: (85) 3101 9667

Fax: (85) 3101 9667

Email: [email protected]

Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 28/09/2020 às20:05, Petição 870200122364

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 1/21

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Dados do Pedido

Natureza Patente: 10 - Patente de Invenção (PI)

Título da Invenção ou Modelo deUtilidade (54):

Uso da vacina de coronavírus aviário (IBV) como modelo deimunização em mamíferos contra SARS-COV 2.

Resumo: Provocada por um vírus recém descoberto da família Coronaviridae,o então denominado SARS - COV 2, causador da atual pandemia decoronavirose (COVID-19), gera uma síndrome respiratória agudagrave como principal processo patológico. Curiosamente, ocoronavírus aviário (IBV) causador da Bronquite Infecciosa dasGalinhas (BIG), que é um enfermidade com certo grau desemelhança com o COVID-19, chamou-nos atenção por ser um vírushá muito tempo estudado, na qual há relatos na literatura científicamundial de indivíduos que quando em contato com ele geraramanticorpos e nunca desenvolveram a doença das galinhas nemqualquer outra semelhante. A utilização de vacinas obtidas deagentes etiológicos de origem animal não é nova, vide a vacina paravaríola feita por Jenner no final do século XVIII que imunizoupopulações humanas utilizando vírus da varíola de bovinos. Assim, apresente invenção refere-se à possibilidade de segundo uso do IBV,em qualquer estado (morto, atenuado, com apenas suas estruturasmoleculares isoladas ou associadas), na imunização (vacina) demamíferos, inclusive humanos, contra o SARS-CoV 2, seja elahumoral ou celular. Os estudos em camundongos imunizados com oIBV mostraram satisfatória atividade da ação neutralizante/inibitóriados anticorpos por eles produzidos contra o vírus SARS-CoV 2 emcultivo de células, denotando que anticorpos anti-IBV funcionamtambém na proteção contra o COVID-19, podendo-se usar vacinascontra o IBV das aves também como vacinas contra a COVID-19.01Figura a publicar:

Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 28/09/2020 às20:05, Petição 870200122364

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 2/21

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Dados do Inventor (72)

Inventor 1 de 3

Nome: MARIA IZABEL FLORINDO GUEDES

CPF: 47501723753

Nacionalidade: Brasileira

Qualificação Física: Professor do ensino superior

Endereço: Rua Rafael Tobias 848, bairro Sapiranga

Cidade: Fortaleza

Estado: CE

CEP: 60833-196

País: BRASIL

Telefone: (85) 310 19973

Fax:

Email: [email protected]

Inventor 2 de 3

Nome: MAURICIO FRAGA VAN TILBURG

CPF: 03816279775

Nacionalidade: Brasileira

Qualificação Física: Professor do ensino superior

Endereço: Rua Trajano Alves de Aguiar 78, cidade dos funcionários

Cidade: Fortaleza

Estado: CE

CEP: 60822-060

País: BRASIL

Telefone: (85) 310 19973

Fax:

Email: [email protected]

Inventor 3 de 3

Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 28/09/2020 às20:05, Petição 870200122364

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 3/21

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Nome: NEY DE CARVALHO ALMEIDA

CPF: 61443310344

Nacionalidade: Brasileira

Qualificação Física: Doutorando

Endereço: Rua Industrial Amílcar Araújo, 210, Torre Jardins, apartamento 704,bairro Coité

Cidade: Eusébio

Estado: CE

CEP: 61760-000

País: BRASIL

Telefone: (85) 310 19973

Fax:

Email: [email protected]

NomeTipo Anexo

Resumo RESUMO DA PATENTE.pdf

Relatório Descritivo RELATÓRIO DESCRITIVO DE PATENTE DEINVENÇÃ1.pdf

Reivindicação reinvidicações.pdf

Comprovante de pagamento de GRU 200 ComprovanteBB - 2020-09-24-103141.pdf

Desenho Figuras (1).pdf

Documento de Cessão termo de cessão 1.pdf

Documento de Cessão termo de cessão 2.pdf

Documento de Cessão termo de cessão 3.pdf

Documentos anexados

Acesso ao Patrimônio Genético

Declaração Negativa de Acesso - Declaro que o objeto do presente pedido de patente de invençãonão foi obtido em decorrência de acesso à amostra de componente do Patrimônio GenéticoBrasileiro, o acesso foi realizado antes de 30 de junho de 2000, ou não se aplica.

Declaro, sob as penas da lei, que todas as informações acima prestadas são completas everdadeiras.

Declaração de veracidade

Esta solicitação foi enviada pelo sistema Peticionamento Eletrônico em 28/09/2020 às20:05, Petição 870200122364

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 4/21

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RESUMO DA PATENTE

Provocada por um vírus recém descoberto da família Coronaviridae, o então

denominado SARS - COV 2, causador da atual pandemia de coronavirose

(COVID-19), gera uma síndrome respiratória aguda grave como principal

processo patológico. Curiosamente, o coronavírus aviário (IBV) causador da

Bronquite Infecciosa das Galinhas (BIG), que é um enfermidade com certo grau

de semelhança com o COVID-19, chamou-nos atenção por ser um vírus há muito

tempo estudado, na qual há relatos na literatura científica mundial de indivíduos

que quando em contato com ele geraram anticorpos e nunca desenvolveram a

doença das galinhas nem qualquer outra semelhante. A utilização de vacinas

obtidas de agentes etiológicos de origem animal não é nova, vide a vacina para

varíola feita por Jenner no final do século XVIII que imunizou populações

humanas utilizando vírus da varíola de bovinos. Assim, a presente invenção

refere-se à possibilidade de segundo uso do IBV, em qualquer estado (morto,

atenuado, com apenas suas estruturas moleculares isoladas ou associadas), na

imunização (vacina) de mamíferos, inclusive humanos, contra o SARS-CoV 2,

seja ela humoral ou celular. Os estudos em camundongos imunizados com o IBV

mostraram satisfatória atividade da ação neutralizante/inibitória dos anticorpos

por eles produzidos contra o vírus SARS-CoV 2 em cultivo de células, denotando

que anticorpos anti-IBV funcionam também na proteção contra o COVID-19,

podendo-se usar vacinas contra o IBV das aves também como vacinas contra a

COVID-19.

Palavras-chaves: SARS-CoV 2, COVID-19, IBV, vacina, neutralização.

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RELATÓRIO DESCRITIVO DE PATENTE DE INVENÇÃO

Uso da vacina de coronavírus aviário (IBV) como modelo de imunização

em mamíferos contra SARS-COV 2.

Campo da Invenção

[001] A presente invenção se situa no campo da biotecnologia e imunologia,

certamente o da preparação vacinal com fins médicos e de saúde pública,

baseada na nova utilização (segundo uso) de um vírus vivo atenuado ou em

qualquer outro estado (morto, em partes: estruturais, material genético, etc.)

usado na imunização de galinhas contra a bronquite infecciosa para uso deste

como modelo de imunização em mamíferos, inclusive em humanos, contra

SARS-CoV 2.

Antecedentes da Invenção

[002] Desde que iniciada no século XVIII, a ideia da prática de imunização,

suscitou a possibilidade de os homens lidarem mais facilmente com as diversas

enfermidades que assolavam as civilizações, evitando a “possível” grande

mortalidade e fazendo com que a humanidade conseguisse a permanência de

sua existência. A partir dos experimentos do médico inglês Edward Jenner que

utilizou inoculado de pústulas de varíola bovina em uma criança e confirmou que

esta não adoeceu, após ter observado que mulheres que ordenhavam vacas

eram mais resistentes (imunes) à infecção causada pelo o agente etiológico da

varíola humana a vacina para prevenir a infecção por varíola chegando a

conclusão de que essas pessoas se tornavam imunes à varíola. A doença,

chamada de cowpox, assemelhava-se à varíola humana pela formação de

pústulas. Tal fato se deu a partir da experiência, em 1796. Surgiu aí a primeira

vacina, que foi divulgada no ano de 1798 no trabalho intitulado “Um Inquérito

sobre as Causas e os Efeitos da Vacina da Varíola”. Assim, a partir deste estudo

várias buscas por novos achados e técnicas de produção vacinal foram descritos

para as mais diversas enfermidades que assolam os seres humanos, animais e

plantas.

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 6/21

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[003] Em 1931, o vírus da Bronquite Infecciosa das Galinhas (IBV) foi identificado

nos Estados Unidos por Schalk e Hawn e caracterizado como um vírus RNA

pertencente à família Coronaviridae grupo III (delta), possuinte de um capsídeo

helicoidal e um envelope viral e que provocava uma doença de, principalmente,

acometimento respiratório de natureza aguda. Identificada pela primeira vez em

Wuhan, República Popular da China, em 1º de dezembro de 2019 e o primeiro

caso tendo sido reportado em 31 de dezembro do mesmo ano - a síndrome

respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) é uma doença respiratória aguda

causada por coronavírus (COVID 19) que apresenta certo grau de similaridade

na sintomatologia da bronquite infecciosa das galinhas (BIG).

[004] Como mostrada em várias revisões científicas, desde meados da década

de 50 do século passado, o uso da vacina de vírus vivo atenuado da bronquite

infecciosa aviária na prática de imunização de plantéis de galinhas foi o que se

mostrou mais eficaz no combate à enfermidade, principalmente quando se

relaciona custo de produção e operação ao efeito protetor.

[005] Grande parte das patentes para perspectivas de desenvolvimento vacinal

na atualidade está relacionada com a utilização de porções das partículas virais

capazes de serem reconhecidas em exclusividade pelas células de defesa do

organismo invadido, no intuito de que haja produção por estes de anticorpos

capazes de neutralizar especificamente o agente etiológico e por consequência

inibir o surgimento da doença.

[006] Porém, desde o início do século passado que pesquisadores utilizam de

agentes etiológicos de doenças animais, seja em estado morto como vivo

atenuado (enfraquecido) ou em “porções”, na elaboração de vacinas a serem

utilizadas no combate a enfermidade em humanos, tais como acontece até hoje

com o uso da BCG para tuberculose, assim como, nas vacinas no combate a

gripe aviária, gripe suína etc.

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 7/21

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[007] Inúmeras patentes depositadas em bancos dos Estados Unidos da

América (US4645665, US20140141043A1, US20040265339A1, US4500638

etc.) dos continentes europeu e asiático (CN111084150 A, KR20200073355A,

KR20200043742 A, etc.), do Brasil (PI0407948-5) descrevem o histórico da

utilização da vacina contra bronquite infecciosa aviária e as suas mais diversas

formas de produção e viabilização no combate à referida patologia e sempre em

aves, notadamente em galinhas, nunca em mamíferos.

[008] Relatos científicos que remontam o ano de 1968 e subsequentes afirmam

que em indivíduos que manipulavam aves que eram imunizadas contra BIG

apresentaram anticorpos contra o IBV e nunca desenvolveram a doença das

aves, mesmo esta não podendo acometer humanos.

[009] Diversas vacinas estão sendo desenvolvidas mundo à fora na intenção de

acabar com a pandemia provocada pelo coronavírus da síndrome aguda

respiratória do tipo 2 (SARS-CoV 2), sendo a enfermidade designada de doença

por coronavirus 19 (COVID 19), porém todas usando porções do SARS-CoV 2

pelos mais diversos laboratórios e nas mais diferentes em fases de testes pré-

clínicos e clínicos. Espera-se que estas vacinas possam tornar-se realidade com

a maior brevidade possível no combate à esta grave enfermidade que assola a

humanidade.

[010] Entretanto, boa parte dos pesquisadores acreditam que o SARS-CoV 2 tem

alto poder mutagênico e que tais mutações ocorrem após dois anos da presença

de vírus circulante, o que provocaria uma nova “onda” de infecções, com

possíveis agravamentos, nações já anteciparam que indivíduos testados

positivamente contra a COVID 19 sofreram nova infecção, a qual se confirmada

for, derruba toda a retórica temporal do processo de mutagênese viral.

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 8/21

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[011] Semelhantemente ocorre nas galinhas, as quais, dependo da localidade

em que são criadas, são acometidas pelos mais diferentes sorotipos de IBV, até

mesmo mais de um. Porém, adota-se no esquema vacinal normalmente uma

vacina, cujo sorotipo é o mais frequente e que dá a melhor proteção cruzada

contra os demais e sempre fazendo reforço vacinal, a fim de deixar ativo o

sistema imunológico destas, com níveis de anticorpos garantidores de proteção

contra a patologia.

[012] Portanto, novas vacinas que visam ou que mostrem uma proteção

promovida por anticorpos apenas para o SARS-CoV 2 circulante nesta situação

pandêmica poderão cair em desuso caso sejam comprovadas a formação dos

mais diversos sorotipos virais.

[013] A utilização de vírus completo atenuado ou de vírus morto na produção

vacinal, pressupõe que as células de defesa tenham uma capacidade maior de

reconhecimento de diversas “áreas” do agente etiológico, impelindo a

possibilidade de proteção cruzada aos mais diversos sorotipos. Acontece, que o

uso de tais vacinas pode também mostrar-se ineficaz, no caso do uso do vírus

morto, o organismo não responder a contento, como insegura, no caso do vírus

vivo atenuado, que mesmo, de forma mais branda, poderá provocar a doença.

[014] Assim, o uso do vírus vacinal da bronquite infecciosa aviária (vivo e

atenuado) como modelo de imunização em mamíferos contra a COVID 19, já

que sabidamente não provoca doença em humanos, mesmo fazendo com que

estes apresentem uma resposta humoral para o tal, baseado nas ideias de

Jenner e Calmet-Guerin, de uso de vírus animais em vacinas para humanos,

mas especificamente o vírus contra a bronquite infecciosa das galinhas (IBV)

nunca usado em mamíferos para qualquer fim de imunização. Espera-se que

através desta proposta, as pesquisas de desenvolvimento de vacinas contra o

SARS-CoV 2 avancem potencialmente na direção de uma imunização efetiva da

população.

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 9/21

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Breve Descrição das Figuras

Figura 1 – valores da absorbância luminosa em espectro 450 nm verificado em

teste de ELISA para detecção de anticorpos produzidos em camundongo contra

o IBV no dia 28 do experimento. GS – grupo subcutâneo; GO – grupo oral; GN

– grupo nasal e CONTR – grupo controle.

Figura 2 – valores da absorbância luminosa em espectro 450 nm detectado em

teste de ELISA para detecção de anticorpos produzidos em camundongo

contra o IBV no dia 45 do experimento. GS – grupo subcutâneo; GO – grupo

oral; GN – grupo nasal e CONTR – grupo controle.

Figura 3. Evidência de bandas proteicas virais com semelhantes pesos

moleculares tanto contra SARS-COV 2 quanto para o IBV. Aproximadamente de

84kDa, equivalente a proteína S2 do envelope.

Figura 4 – Teste de soroneutralização viral – amostra de infecção de SARS-Cov

2 em monocamada de células Vero, em cor violeta. Após três dias de infecção,

verificou-se a formação de 27 espaços circulares na monocamada, indicando

destruição celular provocada pela infecção por SARS-CoV 2.

Figura 5 – Teste de soroneutralização viral – amostra negativa de SARS-Cov 2

em monocamada de células Vero, em cor violeta. Após três dias de infecção,

verificou-se a não formação de espaços circulares na monocamada, indicando a

não destruição celular por ausência de infecção por SARS-CoV 2 – controle

negativo.

Figura 6 – Teste de soroneutralização viral – amostra de positiva contra SARS-

COV 2 em monocamada de células Vero, em cor violeta, soroneutralizada por

Anticorpos anti-SARS-CoV2 produzido em humana soropositivo. Após três dias

de infecção, verificou-se a não formação de espaços circulares na monocamada,

indicando a não destruição celular por soroneutralização viral por SARS-CoV 2

– controle positivo

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 10/21

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Figura 7 – Teste de soroneutralização viral – amostra positiva para SARS-CoV

2 em monocamada de células Vero, em cor violeta, soroneutralizada por

Anticorpos anti-IBV produzido em camundongos imunizados com a vacina para

IBV por via subcutânea. Após três dias de infecção, verificou-se a formação de

5 espaços circulares na monocamada, indicando a pouquíssima destruição

celular e a eficácia de aproximadamente 82% da soroneutralização viral dos

SARS-CoV 2 por anticorpos anti-IBV – Amostra

Descrição detalhada da Invenção

[015] A presente invenção descreve o uso da vacina contra a bronquite

infecciosa das galinhas (IBV) como modelo de imunização em mamíferos contra

SARS-Cov2.

[016] A presente invenção faz uso do vírus contra IBV como forma de garantir

uma resposta por anticorpos (humoral) e eficaz em mamíferos contra a COVID

19 (Figura 7).

[017] É, portanto, um objeto da presente invenção, o uso de um vírus unicamente

utilizado contra a bronquite infecciosa das galinhas em mamíferos com fins de

imunização contra a COVID 19.

[018] A invenção será detalhada por meio de exemplos descritos a seguir. Os

exemplos mostrados têm o intuito somente de exemplificar algumas das

inúmeras maneiras de se realizar a invenção sem limitar, contudo, seu escopo.

[019] Processo de viabilização do vírus da bronquite infecciosa das galinhas. A

utilização do vírus da bronquite infecciosa das galinhas na imunização de

mamíferos, confirmou pelas mais diversas vias de aplicação que gerou

resultados significantes na produção de uma resposta humoral contra o IBV

(Figuras 1 e 2).

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 11/21

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[020] Semelhança entre os coronavírus aviário e SARS-Cov2. Mesmo de grupos

de coronavírus diferentes - IBV (gamacoronavírus) e SARS-CoV 2

(betacornavírus) - ambos são “parentes” e a invenção mostra que há uma

semelhança de proteína estrutural entre eles, evidenciada por uma proteína de

peso molecular de aproximadamente 84kDa, sugestiva de ser a S2 (spike 2)

(FIGURA 3).

[021] O SARS-CoV 2 foi identificado pela técnica da RT-PCR.

[022] Imunização em mamíferos: Para tanto, utilizou-se no processo de

imunização de mamíferos (usando como modelo camundongos da linhagem

Swiss, fêmeas, com 22 dias de vida, divididos em 4 grupos de 10 indivíduos

cada. Os grupos avaliados eram: controle negativo, imunização por via oral,

imunização por via nasal e imunização por via subcutânea. As imunizações

ocorreram nos dias 1, 21 e 35 da obtenção dos animais (início do experimento).

As colheitas de sangue para obtenção do soro ocorreram nos dias 28 e 45 do

início do experimento. Os animais foram mantidos em caixas de contenção

apropriadas para manejo de camundongos e em tamanho apropriado para a

população (10 animais) de cada caixa, em condições favoráveis (temperatura,

umidade e luz) ao crescimento e bem-estar destes, com alimentação balanceada

nutricionalmente peletizada própria para roedores e água potável, ambos ad

libitum.

[023] Obtenção dos anticorpos e comparação das proteínas entre os vírus: Com

a obtenção do sangue através de coleta retro-orbital, separou-se o soro dos

animais e fez-se testes imunoenzimáticos à base de peroxidase (ELISA) e, em

paralelo, eletroforese para comparação dos pesos moleculares das proteínas de

superfície e estruturais do IBV vacinal com o SARS-CoV 2 já mencionados na

literatura. Na análise imunoenzimática verificou-se que o grupo subcutâneo dos

camundongos gerou anticorpos muito acima do cutoff em relação aos demais

grupos para IBV (FIGURAS 1 e 2). Assim, verificou-se que os camundongos

imunizados pela via subcutânea responderam satisfatoriamente à produção de

anticorpos contra IBV sem apresentar qualquer sintomatologia aparente da

doença que acomete as aves, em ambas as colheitas, tendo um resultado maior

na colheita do dia 45 do experimento. Na eletroforese, verificou-se a presença

de uma banda próxima ao marcador de 80kD, semelhante ao peso obtido pela

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 12/21

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proteína S2 do SARS-CoV 2, o suposto epítopo responsável pela infecção (figura

1).

[024] Isolamento do SARS-Cov 2 obtido: Seguinte a identificação e confirmação

por RT-PCR, este foi isolado em monocamada de células vero utilizando-se

meios de cultivo celular adequados, acrescidos de antibióticos e probióticos e

acondicionada a -80ºC.

[025] Soroneutralização do SARS-CoV 2 por anticorpos anti-IBV: Após, o

isolamento viral, onde se obteve 7,8x104 vírus/mL, fez-se a soroneutralização

(Golden test) da amostra de SARS-CoV 2 obtidas através do isolamento em

placas de 12 poços contendo monocamada de células Vero acrescida de gel

(Figuras 4, 5, 6 e 5), e se obteve 82% de eficácia na neutralização do SARS-

CoV 2 pelos anticorpos anti-IBV produzidos em camundongos por via

subcutânea (Figura 7), na qual se mostrou mais eficaz.

[026] A presente invenção é caracterizada por usar o coronavírus das galinhas

(IBV) como modelo de imunização em mamíferos contra o SARS-CoV 2 de forma

ímpar e inédita obtendo-se significante e eficaz.

[027] Métodos de uso. A presente invenção refere-se à utilização de um vírus de

caraterística vacinal (IBV) utilizado, até hoje, apenas em aves como modelo de

uso em mamíferos na imunização contra o SARS-CoV 2.

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 13/21

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Uso da vacina de coronavírus aviário (IBV) como modelo de imunização

em mamíferos contra SARS-COV 2.

REINVIDICAÇÕES

1. Reinvindicação 1: Uso do vírus da bronquite infecciosa das galinhas - IBV

(coronavírus) caracterizado por ser modelo de imunização em

mamíferos contra o SARS-CoV 2 (COVID 19) nas mais diferentes vias de

administração.

2. Reinvindicação 2: Uso de toda a partícula viral e das diferentes estruturas

virais do vírus bronquite infecciosa das galinhas - IBV, principalmente

proteínas, como possíveis imunógenos, caracterizado por grande

possibilidade produção vacinal e terapêutica contra o SARS-CoV 2

(COVID 19);

3. Processo, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por ser de uso

único e inédito do vírus da bronquite infecciosa em mamíferos (vivo,

atenuado, em partes) como modelo de imunização contra o SARS-CoV 2.

4. Processo, de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por evidenciar

uma resposta humoral e celular eficaz, obtida em camundongos

imunizados contra o IBV, demonstrada por teste de soroneutralização

viral (Golden test) contra o SARS-CoV 2.

Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 14/21

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24/09/2020 - BANCO DO BRASIL - 10:31:35

129501295 0005

COMPROVANTE DE PAGAMENTO DE TITULOS

CLIENTE: NEY DE CARVALHO ALMEIDA

AGENCIA: 1295-5 CONTA: 67.326-9

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BANCO DO BRASIL

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00190000090294091619624020270179184170000007000

BENEFICIARIO:

INSTITUTO N P I - INPI

NOME FANTASIA:

INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE I

CNPJ: 42.521.088/0001-37

PAGADOR:

FUNDACAO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO C

CNPJ: 07.885.809/0001-97

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NR. DOCUMENTO 92.401

NOSSO NUMERO 29409161924020270

CONVENIO 02940916

DATA DE VENCIMENTO 23/10/2020

DATA DO PAGAMENTO 24/09/2020

VALOR DO DOCUMENTO 70,00

VALOR COBRADO 70,00

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Central de Atendimento BB

4004 0001 Capitais e regioes metropolitanas

0800 729 0001 Demais localidades

Consultas, informacoes e servicos transacionais.

SAC

0800 729 0722

Informacoes, reclamacoes e cancelamento de

produtos e servicos.

Ouvidoria

0800 729 5678

Reclamacoes nao solucionadas nos canais

habituais: agencia, SAC e demais canais de

atendimento.

Atendimento a Deficientes Auditivos ou de Fala

0800 729 0088

Informacoes, reclamacoes, cancelamento de

cartao, outros produtos e servicos de Ouvidoria.Petição 870200122364, de 28/09/2020, pág. 15/21

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DESENHOS

Figura 1

Figura 2

45 dias 450

GS GO GN CONTR0

1

2

3

****** ***

Insira aqui sua figura, desenho ou gráfico. Você pode inserir quantas figuras,

desenhos ou gráficos forem necessários. Veja orientações no artigo 8° da IN n° 30/2013.

28 dias 450

GS GO GN CONTR0.0

0.5

1.0

1.5

******

***

Insira aqui sua figura, desenho ou gráfico. Você pode inserir quantas figuras, desenhos ou gráficos forem necessários.

Veja orientações no artigo 8° da IN n° 30/2013.

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Figura 3

Figura 4

Insira aqui sua figura, desenho ou gráfico. Você pode inserir quantas figuras, desenhos ou gráficos forem necessários.

Veja orientações no artigo 8° da IN n° 30/2013.

Insira aqui sua figura, desenho ou gráfico. Você pode inserir quantas figuras, desenhos ou gráficos forem necessários.

Veja orientações no artigo 8° da IN n° 30/2013.

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Figura 5

Figura 6

Figura 7

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