Pedologia Formação e Desenvolvimento Dos Solos

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  • 7/21/2019 Pedologia Formao e Desenvolvimento Dos Solos

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    PEDOLOGIA: FORMAO E DESENVOLVIMENTO DOS

    SOLOS

    A pedognese ou formao do solo estudada pela Pedologia, cujas

    noes bsicas e conceitos fundamentais foram definidos em 1877, pelo

    cientista russo o!uc"ae#$ At esta poca, pre#aleceu a #iso geol%gica &ue

    considera#a o solo apenas como sendo um manto de fragmentos de roc"a e

    produtos de alterao, &ue reflete unicamente a composio da roc"a &ue l"e

    deu origem$ 'om a constatao da e(istncia de solos diferentes

    desen#ol#idos a partir de uma mesma roc"a de origem, a concepo sobre o&ue o solo passou a ter uma conotao mais gentica, onde o solo

    identificado como um material &ue e#olui no tempo, sob a ao dos fatores

    naturais ati#os na superf)cie terrestre$ *m 18+8, o!uc"ae# consolidou a

    concepo de &ue as propriedades do solo so resultado dos fatores de

    formao do solo &ue nele atuaram e ainda atuam

    material de origem

    clima

    organismos

    topografia (relevo)

    tempo.

    Assim, temos &ue clima e organismos, controlados pelo rele#o, atuando

    sobre um material de origem, ao longo do tempo, geram uma situao de

    dese&uil)brio &ue resulta em intemperismo e formao de solos -pedognese.$

    entre os fatores de formao do solo, o material de origem e o tempo so

    considerados fatores passi#os, clima e organismos so fatores ati#os, e o

    rele#o fator controlador$ /ator passi#o de formao do solo a&uele &ue no

    adiciona e no e(porta material, nem gera energia &ue possa acelerar os

    processos de intemperismo e pedognese$ Aos fatores ati#os, se atribui o

    pro#imento de energia e compostos &u)micos &ue promo#em os processos de

    formao do solo$

    A formao do solo segue um ciclo evolutivo

    constitudo basicamente de duas fases.

    1

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    No incio, em sua gnese, ocorrem os processos de

    intemperizao das rochas que formam a matria bruta

    da massa de solo.

    Na segunda fase, a pedognese, ocorrem processos quepromovem a converso dos materiais intemperizados

    em solos ordenados e dispostos em camadas que

    diferem entre si por sua natureza fsica, qumica,

    mineral!gica e biol!gica.

    0 in)cio do processo se d no momento em &ue as roc"as entram em

    contato com o meio ambiente e comeam a sofrer transformaes$ As roc"as e

    seus minerais so submetidos ao de agentes do intemperismo com uma

    intensidade &ue funo do meio ambiente, podendo permanecer 2in situ3 ou

    serem transportados para depois depositar4se em encostas ou bai(adas$ 5

    sobre este material geol%gico alterado e denominado material parental &ue se

    desen#ol#er o #erdadeiro solo$

    MATERIAL DE ORIEM

    0 material de origem de um solo possui uma nature6a mineral pode ser

    uma roc"a ou um sedimento inconsolidado, alu#ial -dep%sito de rio., ou colu#ial

    -dep%sito de material no sop das ele#aes. mas tambm pode ser de

    nature6a orgnica, formando os solos orgnicos$

    Material Org!nico

    A matria orgnica representada pelos restos animais - e(crementos e

    carcaas . e restos #egetais - fol"as, gal"os, ra)6es mortas e restos de cultura .

    em todos seus estgios de decomposio, sendo &ue os restos #egetais tem

    um significado muito maior como fonte de matria orgnica para o solo$ A

    matria orgnica encontra4se principalmente na camada superficial do solo, e

    seu teor pode sofrer um acrscimo em funo da adio feita pelo "omem$ A

    "

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    matria orgnica decompe4se at constituir o "9mus, &ue a matria

    orgnica na forma coloidal, com caracter)sticas benficas e atribui ao solo uma

    colorao mais escura$

    :o clima tropical, como o nosso caso, a matria orgnica decompe4

    se rapidamente, porm, de uma maneira geral, seu teor no sofre muita

    alterao, uma #e6 &ue , en&uanto ela sofre decomposio, mais matria

    orgnica adicionada ao solo$ *m solos agr)colas o teor de matria orgnica

    #aria de ; a

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    na rocha matriz podem ou no estar presentes na

    composio de um solo.

    /istem trs grandes famlias de rochas2

    gneas ou magm+ticas, formadas a partir da

    consolidao de um material fundido3 metam!r#cas, formadas como resultado de

    transforma4es em estado s!lido de rochas

    pree/istentes sob condi4es de presso e temperatura

    superiores 5s da superfcie terrestre3 sedimentares, formadas pela deposio e cimentao

    de materiais derivados de intemperismo atuante em

    rochas pree/istentes e depois transportados e

    depositados em locais espec#cos.

    a) Rochas gneas

    (egundo 6778A %19:;&, ao ped!logo, embora a

    classi#cao qumica interesse de modo consider+vel,

    e/ige)se apenas o conhecimento macrosc!pico das rochas

    e das rela4es e/istentes entre estas e os solos a partir das

    quais se formam. A classi#cao das rochas eruptivas de

    acordo com o seu conte?@ de slica3

    ) rochas sub)+cidas2 de =? a =;@ de slica3

    ) rochas sub)b+sicas2 de ;; a =?@ de slica3

    ) rochas b+sicas2 de ; a ;;@ de slica3

    ) rochas ultra)b+sicas2 slica menor do que ;@

    As rochas c!as e s"#$c!astem colorao clara e

    do origem a solos de constituintes arenosos, de

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    granulao grosseira em sua maioria e, por vezes, com

    presena de produtos argilosos. As rochas s"#$#scas,

    de colorao intermedi+ria derivam de magma que encerra

    quantidades equivalentes de bases e slica. (endo assim,

    h+ pouca possibilidade do quartzo estar presente e, em

    contrapartida, h+ a predomin$ncia de plagiocl+sios e

    minerais ferro)magnesianos. As rochas #scas e "%&ra$

    #scas, sob a inBuncia do intemperismo, originam solos

    ricos em minerais argilosos, (iC" e Al"C0 com cores que

    variam do bruno ao vermelho.

    #) Rochas 'e&a'(rcas

    As rochas metam!r#cas podem ser classi#cadas em

    dois grandes subgrupos dependendo da natureza dos

    fen*menos metam!r#cos a que foram submetidos2

    ) rochas metam!r#cas de te/tura orientada, formada pelometamor#smo regional3 e

    ) rochas metam!r#cas de te/tura macia ou no orientada,

    decorrentes de metamor#smo de contato.

    c) Rochas se!'en&ares

    As rochas sedimentares podem ser classi#cadas,simpli#cadamente, de acordo com o tipo de sedimento2

    ) al!ctones2 os primeiros, constitudos de fragmentos de

    tamanho variado, desde matac4es at gros de argilas, so

    muito comuns e ocorrem tanto como sedimento solto,

    quanto como rocha sedimentar.

    ;

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    ) aut!ctones2 os sedimentos aut!ctones ocorrem sob a

    forma de rocha sedimentar podendo apresentar te/tura

    cl+stica, constituda de gros de variados tamanhos, ou

    te/tura cristalina uniforme, podendo apresentar desde

    te/turas grossa at te/turas #nas. %DECNF, "??1&.

    RELEVO

    A topogra#a %relevo& regula a velocidade do

    escoamento super#cial das +guas pluviais %o que tambmdepende da cobertura vegetal& e, portanto, controla a

    quantidade de + gua que se in#ltra nos per#s, de cuGa

    e#cincia depende o Bu/o vertical de solutos e col!ides,

    assim como o Bu/o lateral de partculas s!lidas pela eroso.

    essa forma o intemperismo se acentua quanto mais a

    +gua se in#ltrar pelo per#l do solo, levando os produtosmais sol

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    resultando em um intemperismo maior do que na face

    voltada para o sul.

    A topogra#a modi#ca o per#l do solo de trs maneiras2

    ) facilitando a absoro e reteno de umidade de

    precipitao pelo solo3

    ) inBuenciando no grau de remoo de partculas dos solo

    pela eroso3

    ) facilitando a movimentao de materiais em suspenso ou

    em soluo para outras +reas.

    *LIMA

    C clima o fator que, isoladamente, mais contribui para

    o intemperismo. Hais do que qualquer outro fator,

    determina o tipo e a velocidade do intemperismo em uma

    dada regio. Cs dois par$metros clim+ticos maisimportantes so a precipitao e a temperatura, regulando

    a natureza e a velocidade das rea4es de intemperismo.

    A g"a proporciona condi4es para que o material

    parental possa se transformar em solo pela ao dos

    processos fsicos e qumicos do intemperismo. As rela4es

    qumicas de hidratao, hidr!lise, o/idao, etc., queconstituem o processo de decomposio dos minerais e

    rochas, so inBuenciados em sua velocidade e intensidade

    pelas varia4es do clima, principalmente pela ao da

    umidade e da temperatura. Dma vez processadas as

    rea4es, a circulao de +gua e/erce importante papel na

    remoo de partculas s!lidas %eroso& e produtos sol

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    disponibilidade de +gua %pluviosidade total e distribuio ao

    longo do ano& e mais freqJente for a sua renovao

    %drenagem&, mais completas sero as rea4es qumicas do

    intemperismo.

    A temperatura desempenha um papel duplo,

    condicionando a ao da +gua2 ao mesmo tempo em que

    acelera as rea4es qumicas, aumenta a evaporao,

    diminuindo a quantidade de +gua disponvel para a

    li/iviao dos produtos sol

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    fsicas e qumicas sobre o material de origem e continuam a

    atuar no per#l do solo. stas a4es podem ser classi#cadas

    como conservadoras e transformadoras. A4es

    conservadoras so por e/emplo, a interceptao da chuva

    pela parte area dos vegetais, o sombreamento da

    superfcie %diminuindo a amplitude trmica&, assim como a

    reteno de solo pelas razes das plantas. ntre as a4es

    transformadoras se destacam a ao dos organismos no

    intemperismo fsico e qumico das rochas, a mobilizao de

    s!lidos %minerais e org$nicos& por animais, e a reciclagemde nutrientes e incorporao de matria org$nica pelos

    vegetais.

    TEM"O

    A rigor, o incio da formao de um solo ocorre quando

    uma rocha s comea a ser alterada, ou um evento de

    sedimentao se encerra, e a partir da comeam a ocorrer

    os processos de formao do solo. Has como e/iste a

    eroso atuando em sentido contr+rio 5 pedognese, difcil

    precisar o incio e/ato da formao do solo. mbora a

    sucesso de eventos modeladores da superfcie do planeta,

    estudados pela geomorfologia, nos d uma idia de

    seqJncia temporal dos materiais de solos dispostos na

    paisagem, no comum se pesquisar a idade de um

    Matossolo ou de um Lambissolo, at porque provavelmente

    esses solos G+ passaram por v+rias fases de pedognese,

    considerando a din$mica da superfcie do planeta.

    9

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    C uso do termo tempo'idade em pedologia normalmente

    est+ relacionado 5 maturidade, ao grau de desenvolvimento

    de um solo, e no ao tempo cronol!gico. Assim, quando se

    diz que um solo Govem, isto signi#ca que a pedognese foi

    pouco intensa %condi4es de relevo plano, clima frio ou

    seco&, ou que a ta/a de eroso foi maior que a ta/a de

    pedognese %relevo acidentado&, formando um solo pouco

    espesso, podendo apresentar minerais ainda passveis de

    intemperizao. Ao contr+rio, a referncia a um solo velho,

    indica tratar)se de um solo espesso, quimicamente pobre,com minerais profundamente intemperizados e ac

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    N"&, adubos, corretivos, agrot!/icos, adio de solutos pela

    chuva, etc.

    Re'o+,o o" -er!a

    Lompreende as perdas de gases, lquidos ou s!lidos

    sofridas por uma determinada poro de solo, podendo ser

    em superfcie ou em profundidade. As primeiras

    compreendem a e/portao de nutrientes pelas colheitas,

    perdas de compostos vol+teis por queimadas, perdas por

    eroso hdrica ou e!lica, etc. As perdas em profundidade

    compreendem li/iviao de solutos pelo lenol fre+tico,perdas laterais de solu4es com

    Trans%oca+,o

    caracterizada pelo movimento de materiais de um

    ponto para o outro dentro do per#l do solo. (o processos

    de translocao, entre outros, o movimento de argilas e'ou

    solutos de um horizonte para o outro no per#l, opreenchimento de movimento de materiais promovido pela

    atividade agrcola, e o preenchimento de vazios provocados

    pela contrao de solos ricos em argilas e/pansivas, como a

    montmorilonita&.

    Trans.or'a+,o

    (o processos que consistem na transformao fsica,qumica ou biol!gica dos constituintes do solo, envolvendo

    sntese e decomposio. Franforma4es fsicas incluem

    quebras de minerais e rochas, umedecimento e secagem do

    solo com quebra de agregados, compresso provocada pelo

    crescimento de razes, etc.

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    Fransforma4es qumicas consistem dos processos de

    intemperismo qumico G+ conhecidos, assim como a

    neoformao de minerais da frao argila do solo.

    PRO*ESSOS ESPE*FI*OS DE FORMAO DO SOLO

    (o caracterizados como processos espec#cos deformao de solos, aqueles em que ocorre atuao

    destacada de um ou mais dos processos gerais de adio,

    remoo, translocao ou transformao, de formao do

    solo. Cs principais processos espec#cos de formao do

    solo so2 latossolizao, podzolizao, hidromor#smo,

    salinizao.La&osso%/a+,o

    o processo espec#co de formao dos latossolos, no

    qual sobressaem os processos gerais de remoo e

    transformao. Nesse processo, os fatores ativos de

    formao do solo %clima e organismos& apresentam uma

    ao intensa por um longo tempo, em uma condio derelevo que propicia a remoo de sais sol

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    No processo de latossolizao, com a perda de sais

    b+sicos %mais sol

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    ste processo espec#co caracterizado pela

    translocao de argila e de compostos organo)minerais

    dentro do per#l. Hesmo que a translocao seGa um

    processo de destaque, os processos de adio, perda e

    transformao tambm ocorrem. ois grandes grupos de

    solos apresentam a podzolizao2 os Argissolos %antigos

    podz!licos&, spodossolos %antigos Eodz!is&. Alm destes

    temos os Muvissolos %antigos runo no c+lcicos& e

    Elanossolos. Nos spodossolos not+vel a translocao de

    comple/os de matria org$nica e !/idos de ferro e'oualumnio de um horizonte eluvial %& para um horizonte

    esp!dico %hs& onde estes comple/os se precipitam. stes

    solos so formados a partir de material arenoso e sob

    condi4es que facilitam o ac

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    o processo espec#co de formao de solos que

    apresentam acumulao de sais no per#l. comum nesses

    solos o processo de adio de sais pelo lenol fre+tico ou

    pela eroso das eleva4es circundantes. sses solos esto

    associados a plancies ou depress4es onde a drenagem

    de#ciente e a precipitao pluviomtrica menor do que a

    evapotranspirao. Cs solos formados por esse processo

    tem suas caractersticas diferenciadas conforme a

    assemblia de c+tions %principalmente LaR", HgR", NaR,

    OR& que satura as cargas de suas argilas e soreconhecidos pelos atributos2

    ) car+ter s!dico2 saturao das cargas por Na S 1;@.

    ) car+ter sol!dico2 saturao das cargas por Na S =@ e T

    1;@.

    ) car+ter salino2 condutividade eltrica S ds'm" e T :

    ds'm".) car+ter s+lico2 condutividade eltrica S : ds'm".

    /emplo de classes de solos2 Uleissolos (+licos %antigos

    (olonchaVs& e Elanossolos N+tricos %antigos (olonetz

    solodizado&. (o solos encontrados no Nordeste brasileiro e

    no Eantanal Hato)grossense.

    1 Antigos nomes referem)se aos termos utilizados em vers4es

    anteriores do (istema rasileiro de

    1!ro'ors'o

    Neste processo espec#co de formao de solos, alguns

    horizontes do solo esto suGeitos 5 submerso contnua ou

    durante a maior parte do tempo. Cs processos gerais de

    formao do solo que mais se destacam so a

    1;

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    transformao de minerais passveis de reduo, e a adio

    de matria org$nica, que se acumula devido 5 menor ta/a

    de decomposio.

    A menor quantidade de o/ignio do solo, causada pelo

    e/cesso de +gua, permite a proliferao de organismos

    anaer!bicos que, neste ambiente de bai/o potencial de o/i)

    reduo, reduzem o Ke0R dissolvido na soluo do solo,

    usando)o como receptor de eltrons no processo de

    o/idao dos compostos de carbono. ssa forma sol

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    hidrom!r#cos por terem melhor drenagem ao longo do

    per#l %geralmente arenoso&, e apresentarem horizonte A

    sobre uma sucesso de camadas de sedimentos que no

    tm relao pedogentica entre si.

    *a%cca+,o

    enomina)se calci#cao os processos combinados que

    levam 5 concentrao de carbonato de c+lcio no solo. ste

    processo de formao do solo ocorre onde a precipitao,

    apesar de ser acentuada, menor que a evapotranspiraopotencial durante a maior parte do ano.

    *ON*L2SO

    ntendendo)se o solo como produto da ao

    combinada dos agentes de formao e dos processos

    pedogenticos, em maior ou menor grau, pode)se concluirque uma mesma rocha pode produzir solos iguais ou

    diferentes, assim como rochas diferentes podem produzir

    solos iguais ou diferentes em funo do tipo de formao de

    solo predominante.

    A condio tropical do rasil tem inBuncia

    determinante na formao dos solos. Eelas diferenas dascondi4es ambientais entre pases de clima

    predominantemente tropical e de clima temperado,

    destacando a situao geogr+#ca do pas e suas condi4es

    ambientais, tem)se o predomnio do processo de

    latolizao, que abrange cerca de :?@ do territ!rio

    brasileiro. Apresentam te/tura variada e cores

    1:

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    predominantes entre o vermelho e amarelo, indicando a

    concentrao de sesqui!/idos de ferro no hidratados ou de

    !/idos de ferro hidratados, alm de !/idos e hidr!/idos de

    alumnio.

    *OMPLEMENTO

    A !esgna+,o !os hor/on&es est+ baseada no grau

    de desvio ou de diferenciao com relao ao material

    parental, com base na posio que ocupa no per#l e ao

    processo que originou suas principais caractersticas.

    asicamente pode)se dizer que e/istem os seguintes

    horizontes em um per#l2 horizonte C, horizonte A, horizonte

    e horizonte L, alem do horizonte 8 que representa a

    rocha inalterada.

    C horizonte org$nico ou horizonte C a camada

    super#cial dos solos onde h+ uma mistura de minerais e

    org$nicos, com uma espessura que depende das condi4es

    clim+ticas, da vegetao e do relevo. ste horizonte

    funciona como fonte de origem e reservat!rio de nutrientes

    produzidos por processos de humi#cao e decomposio

    da matria org$nica.

    C hor/on&e A um horizonte mineral imediatamente

    subGacente ao horizonte C. o horizonte do solo onde h+ a

    m+/ima atividade biol!gica e que est+ mais suGeito 5s

    varia4es de temperatura e umidade. Lonstitui)se portanto

    numa zona de eluviao caracterizando)se pela menor

    1>

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    concentrao de argilo)mineral, ferro e alumnio, que foram

    li/iviados para camadas inferiores, e pela maior

    concentrao relativa de minerais resistentes residuais.

    Eode ser chamado de horizonte XlavadoY.

    C hor/on&e 3 localiza)se imediatamente abai/o do

    horizonte A e pode ser caracterizado pela acumulao de

    materiais proveniente do A ou pela acumulao de argila.

    8epresenta a zona de iluviao onde h+ concentrao de

    argila, sesqui!/ido de ferro e alumnio e apresenta

    desenvolvimento estrutural diferente dos horizontes A e L.ste horizonte, Guntamente com o horizonte A representam

    o verdadeiro solo, conhecido como (CMDH.

    C hor/on&e * representa a camada de rocha

    incosolidada, com pouca ou nenhuma ao biol!gica e com

    caractersticas fsicas, qumicas e mineral!gicas

    presumivelmente iguais 5s da rocha matriz. ste horizontepode atingir grandes espessuras em regi4es tropicais e

    subtropicais, sendo genuinamente residual e guardado a

    estrutura da rocha de origem.

    Na geotecnia, os horizontes C e A no so de interesse

    uma vez que a sua espessura geralmente pequena e o

    seu material integralmente removido nas opera4es delimpeza do terreno. As caractersticas geotcnicas do

    horizonte super#cial variam consideravelmente, de

    acordo com os grupos pedol!gicos a que ele pertence. No

    rasil, neste horizonte, h+ a predomin$ncia de solos que

    sofreram intensamente a laterizao. C horizonte L

    subGacente que guarda sinais ntidos da estrutura do

    19

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    material de origem conhecido como horizonte saproltico

    e sobrep4e)se a rocha matriz.

    "?