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PEDRO HENRIQUE FERNANDES DE ANDRADE SILVA LEAN MANUFACTURING COM ÊNFASE EM PADRONIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA Poços de Caldas / MG 2015

PEDRO HENRIQUE FERNANDES DE ANDRADE SILVA · Manufatura Enxuta, com o objetivo de eliminar desperdícios encontrados ao longo da cadeia. ... a fim de reduzir o lead time (tempo de

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PEDRO HENRIQUE FERNANDES DE ANDRADE SILVA

LEAN MANUFACTURING COM ÊNFASE EM PADRONIZAÇÃO DE

MÃO DE OBRA

Poços de Caldas / MG

2015

PEDRO HENRIQUE FERNANDES DE ANDRADE SILVA

LEAN MANUFACTURING COM ÊNFASE EM PADRONIZAÇÃO DE

MÃO DE OBRA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

curso de Engenharia da Universidade Federal de

Alfenas como parte das exigências para a obtenção

do título de Engenheiro Químico.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Giselle Patrícia Sancinetti.

Poços de Caldas / MG

2015

FICHA CATALOGRÁFICA

S586l Silva, Pedro Henrique Fernandes de Andrade.

Lean manufacturing com ênfase em padronização de mão de obra. / Pedro Henrique

Fernandes de Andrade Silva;

Orientação de Giselle Patrícia Sancinetti. . Poços de Caldas: 2015.

24fls.: il.; 30 cm.

Inclui bibliografias: f. 24

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Quimica ) –

Universidade Federal de Alfenas– Campus de Poços de Caldas, MG.

1. Lean Manufacturing. 2. DMAIC. 3. Trabalho Padronizado. I . Sancinetti, Giselle

Patrícia. (orient.). II. Universidade Federal de Alfenas – Unifal. III. Título.

CDD 658.562

Dedico a minha mãe, meus avós, meus

irmãos, minha namorada e meus amigos pelo

apoio na realização deste trabalho.

Resumo

O presente trabalho teve por finalidade a redução do custo de gastos variáveis do setor de

alimentos infantis dentro de uma empresa multinacional do segmento de alimentos (EMSA).

O projeto foi baseado na ferramenta de Trabalho Padronizado proveniente da metodologia

Lean Manufacturing, seguindo a estrutura DMAIC (definir, medir, analisar, implementar e

controlar), tendo como principal objetivo a eliminação dos 7 desperdícios. A iniciativa surgiu

devido ao um cenário dentro da empresa, a aposentadoria de alguns colaboradores, onde o

custo de novas contratações deveria ser evitado, por isso objetivou-se reduzir postos de

trabalho e alocar os colaboradores dos postos otimizados para o lugar dos que irão aposentar-

se. Tendo como base os 5 passos da metodologia, um estudo bem estruturado foi realizado,

onde o escopo foi definido pela área de gestão, os dados foram mensurados, analisadas as

oportunidades de melhorias e eliminação de desperdícios e por fim a implementação do

padrão visual na linha de produção para a melhor execução das atividades. O resultado do

estudo foi satisfatório, um posto de trabalho operando em três turnos foi otimizado, evitando o

custo de contratação e capacitação de novos colaboradores em R$ 135.000,00/ano.

Palavras-chave: Lean Manufacturing. DMAIC. Trabalho Padronizado. Diagrama de trabalho

Padronizado. Alimentos Infantis.

Abstract

This work aimed at reducing the cost variable expenses of Baby Food industry within a

multinational company in the food segment (EMSA). The project was based on Standard

Working tool from the Lean Manufacturing methodology, following the DMAIC structure

(define, measure, analyze, implement and control), with the main objective the elimination 7

waste. The initiative arose due to a scenario within the company, the retirement of certain

employees, where the cost of new hires should be avoided, so the objective was to reduce jobs

and allocate employees of the optimized positions for the place of those who will retire. Based

on the 5 steps of the methodology, a structured study was conducted, where the scope was

defined by the management , the data were measured, analyzed the opportunities for

improvement and elimination of waste and finally the implementation of the visual pattern on

line production for the better implementation of activities. The study results are satisfactory, a

working station operating on three shifts was optimized by avoiding the cost of hiring and

training new employees in R$ 135,000.00/year.

Key words: Lean Manufacturing. DMAIC. Standard Working. Standard working diagram.

Baby Food.

SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO...................................................................................................................9

2 – OBJETIVO..........................................................................................................................9

3 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................10

3.1 – FLUXO CONTÍNUO......................................................................................................11

3.2 – DEFINIÇÃO DE CÉLULA.............................................................................................11

3.3 – PAPÉIS E RESPONSABILIDADES..............................................................................12

3.4 – TRABALHO PADRONIZADO......................................................................................13

3.4.1 – TAKT TIME (TEMPO DE SINCRONIA)...................................................................13

3.4.2 – ESTOQUE PADRÃO...................................................................................................14

3.4.3 – SEQUÊNCIA DE TRABALHO...................................................................................14

4 – MÉTODOS........................................................................................................................14

4.1 – DEFINIÇÃO DO ESCOPO.............................................................................................14

4.2 – MEDIÇÃO E ELABORAÇÃO DOS DADOS...............................................................15

4.3 – ANÁLISE E TRATATIVA DOS DADOS.....................................................................16

4.4 – IMPLEMENTAÇÃO DO DIAGRAMA DE TRABALHO

PADRONIZADO......................................................................................................................17

4.5 – CONTROLE E SUSTENTABILIDADE DA IMPLEMENTAÇÃO..............................18

5 – ESTUDO DE CASO..........................................................................................................18

5.1 – DEFINIÇÃO....................................................................................................................19

5.2 – MEDIÇÃO.......................................................................................................................19

5.2.1 – COLETA DE DADOS E ANÁLISE DE VARIABILIDADE.....................................19

5.2.2 – ELABORAÇÃO DO GRÁFICO DE BALANCEAMENTO DE OPERAÇÕES (GBO)

ATUAL.....................................................................................................................................21

5.3 – ANÁLISE DO GBO E CONSTRUÇÃO DO GBO FUTURO........................................21

5.4 – CONSTRUÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO DRIAGRAMA DE TRABALHO

PADRONIZADO......................................................................................................................24

5.5 – CONTROLAR.................................................................................................................25

6 – CONCLUSÃO...................................................................................................................26

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................27

9

1. Introdução

O presente trabalho teve foco em Lean Manufacturing (manufatura enxuta), desenvolvido em

uma empresa multinacional do segmento de alimentos (EMSA). Tal empresa possui um forte

engajamento nas iniciativas de manufatura enxuta, como forma de aperfeiçoar seu processo,

tendo como meta zero perdas. As iniciativas possuíram foco em algumas ferramentas, como

Jidoka, Heijunka, Pontos de Uso, Armazém Enxuto e outras como o Trabalho Padronizado.

A busca por melhoria na qualidade dos produtos e o crescente desejo de satisfazer cada vez

mais os clientes faz com que as indústrias procurem novas alternativas de gestão de produção.

Tais ferramentas visam a melhoria continua sem que haja a necessidade de grandes

investimentos, pautando sempre pela eliminação de desperdícios e a redução do lead time

(tempo total de cadeia de valor, desde os fornecedores até os consumidores), resultando em

aumento do frescor dos alimentos que irão chegar ao consumidores.

Na empresa analisada as iniciativas de melhoria contínua possuem origem no VSD (“Value

Stream Design”, desenho do fluxo de valor) onde se mapeia todo o fluxo de produção da

família de produtos analisados, neste caso a de alimento infantil, com base nos conceitos de

Manufatura Enxuta, com o objetivo de eliminar desperdícios encontrados ao longo da cadeia.

A saída do VSD é a implementação de algumas ferramentas na área analisada a fim de criar

fluxo e estabilidade ao processo. Outro local de origem é o desdobramento de metas da

unidade, guiados pelos indicadores chave de performance (sigla em inglês KPI).

A principal ferramenta para criação de estabilidade é o Trabalho Padronizado. Baseado em

três elementos, takt time, estoque padrão e sequência de trabalho, essa ferramenta auxilia na

padronização das atividades aliado com a redução dos desperdícios.

2. Objetivo

O presente trabalho teve como objetivo otimizar os custos de contração de mão de obra no

setor de Alimentos Infantis em uma EMSA. Para o atingir tal objetivo a gestão da fábrica

decidiu aplicar a ferramenta de trabalho padronizado, buscando a eliminação de desperdícios

e a combinação das atividades operações, tendo como resultado esperado a eliminação de um

posto de trabalho. A fabricação de Alimentos Infantis opera em três turnos, portanto, a

otimização de um posto resultaria em três colaboradores disponíveis para alocação em outros

setores da empresa.

10

3. Revisão Bibliográfica

Com as grandes restrições e escassez de recursos, devido a Segunda Guerra Mundial, surge no

Japão a produção Enxuta, originalmente na indústria automotiva Toyota. Tal conceito foi

estimulado pela necessidade de produtos variados atrelados ao baixo volume de produção,

devido à fraca economia Japonesa no período pós-guerra, onde foi analisado e inserido o

pensamento de produzir apenas o que o consumidor irá comprar, impossibilitando assim a

produção em massa, segundo Nito (2010, p. 23).

Em contrapartida da produção em massa que estimula grandes estoques, muitas linhas de

produção e mão de obra em excesso, a fabricante de automóvel Toyota buscou produzir com

eficiência e plena utilização de sua capacidade. Com foco sempre em qualidade, baixo nível

de estoques e utilizando o mínimo possível de recursos, onde o que era produzido era

imediatamente vendido (NITO, 2010, p. 24).

A metodologia desenvolvida na Toyota tem como principal característica a separação por

família de produtos, alta flexibilidade nos processos, variedade de produtos e lotes de

produção reduzidos (aumentando a flexibilidade), utilização de máquinas com baixa

complexidade, mão de obra capacitada e multifuncional e a qualidade assegurada. Para atingir

tais objetivos algumas ferramentas são adotadas, como sistema Kanban, poka-yoke, layout

celular, troca rápida de produtos e o trabalho padronizado. Sempre focado nos setes

desperdícios ao longo da cadeia produtiva.

Segundo Silveira e Coutinho (2008) os desperdícios, definidos por Ohno, um dos

idealizadores do sistema de produção enxuta, são os seguintes:

Perda por superprodução: produção baseada em previsões e não na demanda do

cliente, produzindo em excesso ou gerando estoques;

Perda por espera: há dois tipos, espera do processo e espera do operador. A perda por

espera de processo é quando o lote aguarda do término do processo anterior para iniciar

seu processamento, as perdas por espera do operador são as atividades que causam

ociosidade do operador;

Perda por transporte: dada pelo transporte desnecessário, seja de pessoas ou produtos,

tal perda deve-se ao mau arranjo do layout das linhas de produção;

Perda por estoque: acúmulo de material de embalagem, matéria-prima ou produto

acabado entre os processos, com número superior a necessidade do processo;

11

Perda por processamento extra: perda por processos desnecessários, os quais devem

ser otimizados e/ou melhorados, a fim de reduzir o lead time (tempo de processamento do

início ao fim da cadeia produtiva);

Perda por geração de produtos não conformes: fabricação de produtos que não

atendem as especificações de qualidade, gerando retrabalho e perda de material;

Perda por movimentação: movimentação desnecessária realizada pelos operadores,

aumentando o tempo de ocupação e fadiga.

3.1. Fluxo contínuo

Fluxo contínuo é o objetivo principal da produção enxuta e criá-lo tem sido o alvo de

inúmeros projetos kaizen. Segundo Rother e Harris (2002) em uma grande variedade de

fábricas foram compreendidos grandes esforços para se criar fluxo contínuo, porém, somente

algumas dessas tentativas culminaram em um fluxo contínuo.

Idealmente, os produtos deveriam fluir continuamente pelos fluxos de valor, tendo início na

matéria-prima e o fim no produto terminado. Mas isso pode ser considerado um desafio em

um primeiro momento. Estabelece-se um escopo, o qual deve ser o “processo puxador”

(aquele que inicia a demanda) ou a parte no fluxo de valor em que o produto está na forma

final, aquela que será vista pelo consumidor. Estes são geralmente os processos mais

importantes de um fluxo de valor, pois o modo como ocorre a operação influencia a

capacidade de atender a demanda do cliente e a necessidade de produção dos processos

anteriores. A estabilidade de produção e a cadência pré-estabelecida, um resultado de

processos nivelados e fluxos de materiais contínuos, geram demandas frequentes e rígidas

para o fluxo de valor.

De acordo com Rother e Harris (2002) quando se examina em detalhes os processos

puxadores, é possível identificar a existência de um fluxo descontínuo dos produtos. Nesses

casos, constata-se a formação de estoques intermediários entre os recursos, excesso de

produção, instabilidade do volume de produção com variações consideráveis hora a hora e

ociosidade dos operadores à vinculação das pessoas às máquinas individuais.

3.2. Definição de célula

Uma célula é um arranjo de pessoas, máquinas, materiais e métodos em que etapas do

processo estão próximas e ocorrem em ordem sequencial, através da qual as partes são

12

processadas em um fluxo contínuo (ou em alguns casos, de forma consistente, com lotes

pequenos mantidos em toda a sequência das etapas do processo). O layout físico mais

conhecido de uma célula é o formato em “U”. O processamento em fluxo contínuo também é

possível em linhas de produção retas (ROTHER; HARRIS, 2002, p. 15).

3.3. Papéis e responsabilidades

O esforço em equipe para a criação do fluxo contínuo é essencial. Produção enxuta é baseada

fortemente nos operadores e auxiliares, particularmente quando se diz respeito aos esforços

das melhorias realizadas diariamente e a disciplina no cumprimento dos padrões, porém, estes

esforços provém também do relacionamento constante dos gerentes e responsáveis por

projetar os fluxos de valor, e outras pessoas relacionadas a gestão do processo. Desse modo,

segundo Rother e Harris (2002), é possível elencar algumas pessoas com funções de

desenvolvimento do fluxo de valor, sendo elas:

Gerente do Fluxo de Valor: elabora e repara os mapas do estado futuro, que

evidenciam o processo puxador e o local onde existe a possibilidade de ter fluxo contínuo,

responsável por quebrar barreiras e suportar os gerentes das áreas;

Gerente de Área: responsável por liderar a implementação do fluxo contínuo e

assegura diariamente os cumprimentos dos padrões e a melhoria contínua;

Engenheiros Industriais e Engenheiros de Manufatura: projetam os novos layouts e

definem a mão de obra necessária para as células de fluxo, baseados nas informações

obtidas no chão de fábrica. Devem manter proximidade do processo de implementação de

fluxo contínuo para possíveis ajustes e desenvolvimento de novas tecnologias que

suportam a melhoria contínua.

Equipe de Produção: os operadores, supervisor e o líder de equipe são essenciais para

fazer o fluxo funcionar e mantê-lo de forma sustentável, e sugerir novos modos e fluxos

para melhorá-lo;

Manutenção: responsável pelos ajustes ao fluxo de valor até que ela funcione como o

esperado (juntamente com os Engenheiros Industriais e de Manufatura) deve ser capaz

também de solucionar eventuais problemas rapidamente;

Especialista em Lean: devem auxiliar todas as pessoas citadas anteriormente.

13

3.4. Trabalho Padronizado

O trabalho padronizado é a uma ferramenta aplicada para descrever as atividades, criando a

partir dela padrões e como consequência a transparência nos processos onde as anormalidades

ou falta de cumprimento dos padrões são facilmente identificadas e tratadas, sendo o ponto

inicial para a criação e aplicação da melhoria contínua. (NITO, 2010, p. 24).

A padronização é parte da atividade contínua de identificação de problemas, do

estabelecimento de métodos eficazes e da definição do modo como esses métodos

devem ser conduzidos, gerando a redução das perdas, um processo de trabalho

melhor e a possibilidade de continuamente melhorar o processo existente (NITO,

2010, p. 25).

A ferramenta de trabalho padronizado consiste em otimizar ao máximo as atividades

executadas pelos operadores e auxiliares de linha, visando sempre pontos críticos em

ergonomia, segurança, meio-ambiente e em atividades que não agregam valor ao consumidor

final. Para tal análise é utilizado um gráfico de balanceamento de operações (GBO) onde

estão descritos detalhadamente as atividades executadas pelo posto de trabalho e o tempo de

execução por um determinado período.

O Trabalho Padronizado é baseado em três fundamentos, Takt Time (tempo de sincronia),

Estoque Padrão e Sequência de Trabalho.

3.4.1. Takt Time (tempo de sincronia)

O Takt Time é a frequência que deve produzir uma peça ou produto, baseado no ritmo das

vendas, para atender a demanda dos clientes. É calculado dividindo-se o tempo disponível de

trabalho (em segundos) por turno pelo volume da demanda do cliente (em unidades) por turno

(ROTHER; HARRIS, 2002, p. 17).

Usado para sincronizar o ritmo de produção com o ritmo das vendas, no “processo puxador”

em particular. É um número referência o qual é possível determinar o ritmo em que cada

processo deveria ser produzido e ajuda a enxergar o modo que está a produção da fábrica,

podendo desta forma mostrar desperdícios ao longo da cadeia produtiva.

Exemplo de Takt Time:

14

Tal ferramenta é essencial para definir novos investimentos nas linhas de produção, visto que

o takt time mostra se haverá ou não ruptura na demanda. Um bom conhecimento do tempo

Takt pode evitar que a empresa adquira máquinas rápidas demais, com tempos de ciclo muito

menores do que a demanda necessária. Pode também ajudar a identificar onde estão os reais

gargalos, processos onde o tempo de ciclo é maior do que o tempo disponível (processos mais

lentos do que o ritmo do cliente), também pode ser utilizado para definir onde estão os

desperdícios da linha, evitando uma produção maior que o necessário e alocando recursos

(mão de obra) de forma incorreta.

3.4.2. Estoque Padrão

O estoque padrão em processo (work in process – WIP) é definido como a quantidade mínima

necessária para a execução do processo. Para uma produção enxuta o ideal é que o estoque

esteja dimensionado para atender o processo seguinte, não gerando estoques intermediários

e/ou acúmulo de produtos acabados.

3.4.3. Sequência de Trabalho

Sequência de trabalho são as operações e rotinas realizadas pelo operador em uma ordem pré-

determinada, esta deve estar presente em documentos na linha e devem ser seguidas

rigorosamente, evitando desperdícios como movimentação, espera, erros de variação e

inconsistência no processo.

4. Métodos

A metodologia utilizada neste trabalho é a mesma que a empresa utiliza em outros setores da

mesma fábrica. Tal metodologia é configurada em quatro passos de estudos e implementação

e um passo de controle e sustentabilidade.

4.1. Definição do escopo

A definição do escopo deve ser feita por meio das metas estabelecidas pela sede corporativa

da empresa, onde a partir dos objetivos definido para os indicadores de performance chave

(sigla em inglês KPI), faz-se o desdobramento para cada área produtiva da EMSA e a partir

do conhecimento da equipe de gestão define-se uma área para o estudo e implementação da

ferramenta.

15

Com o escopo definido e as metas estabelecidas elabora-se o projeto contendo o sponsor

(patrocinador, responsável pela disponibilização de recursos e materiais), metas e objetivos,

equipe, líder da equipe, orientador metodológico responsável e as datas de início e conclusão

do projeto.

Com a definição da equipe, é de responsabilidade do orientador metodológico aplicar o

treinamento de visão geral de Lean Manufacturing, incluindo os 7 desperdícios, e sobre a

metodologia de trabalho padronizado, tendo como objetivo iniciar o processo de mudança de

mentalidade, capacitando os colaboradores para identificar desperdícios ao longo da cadeia.

Após o treinamento elabora-se a matriz de habilidades do colaboradores para mensurar a

capacitação.

Por fim, define-se o takt time para a área de estudo antes do início das medições para guiar o

grupo de trabalho nos próximos passos.

4.2. Medição e elaboração dos dados

No segundo passo da implementação do trabalho padronizado faz-se o detalhamento das

atividades de cada posto, onde a equipe deverá ir até o Gemba (chão de fábrica) e observar

quais atividades são realizadas pelos operadores e auxiliares, anotando-as. Após o

levantamento das atividades realiza-se a coleta de dados e anota-se no formulário da Figura 1.

Figura 1 – Formulário de coleta de dados. (Fonte: Arquivo pessoal)

Foi definido nesta etapa que para cada atividade fossem realizadas 10 coletas de dados para a

análise de variabilidade do processo, pelo seguinte cálculo:

16

( ) ( )

( )

onde, é a média dos valores e é o menor valor identificado. Desvios iguais ou superiores

a 25% requerem atenção e deve-se refazer a coleta.

Com os desvios identificados e tratados elabora-se o gráfico de balanceamento de operações

(GBO), o qual será utilizado para quantificar a ocupação dos colaboradores e viabilizar as

eventuais análises.

4.3. Análise e tratativa dos dados

Para a análise de dados utiliza-se ferramenta denominada ECRS (eliminar, combinar, reduzir

ou simplificar), onde cada atividade é analisada individualmente e as oportunidades

evidenciadas em um plano de ação que consta no próprio formulário do ECRS, vide Figura 2:

Figura 2 – Formulário de ECRS. (Fonte: Arquivo pessoal)

O preenchimento do formulário de ECRS e a elaboração do plano de ação deve ser feito por

toda a equipe de implementação, toda ideia de melhoria deve ser analisada e tratada como

uma oportunidade.

Com o formulário ECRS preenchido faz-se um gráfico de balanceamento de operações

(GBO) novamente, propõe-se uma melhor sequência para realização das atividades, a futura

ocupação dos postos analisados e identifica-se a oportunidade de otimização de postos.

Após a análise e o preenchimento do formulário de ECRS, GBO futuro e plano de ação,

marca-se uma reunião do grupo de implementação e os gestores da área para validação das

ações e direcionamento de quem deve executar as ações e qual o prazo necessário.

17

4.4. Implementação do diagrama de trabalho padronizado (DTP)

O quarto passo da ferramenta tem início com a execução do plano de ação, o qual deve ser

considerado no cronograma do projeto, pois o padrão somente deve ser implementado após as

melhorias realizadas.

O diagrama de trabalho padronizado (DTP) é um padrão visual que deve conter as atividades

que o operador realiza e a melhor ordem para a sua execução, o padrão em branco é mostrado

na Figura 3.

Figura 3 – Diagrama de trabalho padronizado. (Fonte: Arquivo pessoal)

O diagrama de trabalho padronizado deve ser validado por todas as áreas necessárias da

empresa, sendo elas: garantia da qualidade, segurança, meio ambiente, gerente de fabricação,

coordenador lean da unidade e o responsável pela impressão.

Para a inserção do diagrama na linha de fabricação os colaboradores que terão suas operações

padronizadas são treinados e assinam o verso do documento, servindo de evidência do

treinamento. Em alguns casos é utilizada uma ferramenta denominada de lição de um ponto,

que consiste em facilitar a compreensão de uma operação ou atividades utilizando-se

desenhos e pouca descrição que caibam em uma folha de papel, para treinar os colaboradores

envolvidos.

18

4.5. Controle e sustentabilidade da implementação

Com a inserção do diagrama na linha é necessário assegurar a sustentabilidade deste padrão e

o cumprimento dele por parte dos colaboradores. Devido a esta demanda, a EMSA insere em

sua rotina de revisões operacionais diárias indicadores de performance de atividades (sigla em

inglês API), que devem ser monitorados por 4 meses, caso o operador esteja realizando

alguma atividade que não está no seu diagrama de trabalho padronizado é iniciada uma

revisão do documento pelo grupo de trabalho.

Para a sustentabilidade da ferramenta a EMSA estabelece uma revisão de todos os diagramas

a cada três meses e uma atualização anual. Devido à prática na implementação da ferramenta

e os anos de experiência, a EMSA orienta fortemente que a gestão da área deve sempre

reforçar a importância e necessidade de cumprimento dos padrões.

Ao final desta etapa a matriz de habilidades da equipe é atualizada, e espera-se uma

capacitação mínima de 90% para cada integrante, de acordo com as habilidades estabelecidas

pelos membros corporativos responsáveis por capacitação e treinamento.

Finalizando a implementação ocorre a valorização do projeto e as melhorias devem ser

evidenciadas e entregues a área administrativa para mensuração dos ganhos obtidos.

5. Estudo de caso

O projeto teve como escopo a cozinha de preparação de alimentos infantis, onde tem início o

processo de fabricação e inserção de matérias-primas nos tanques de mistura e cozimento.

Havia a necessidade de substituição de funcionários que iriam aposentar-se em breve, depois

de identificada esta necessidade foi requisitado o estudo para que não houvesse a necessidade

de contratação e custos com capacitação de novos funcionários.

A cozinha de preparação foi o foco para a aplicação de trabalho padronizado, pois havia

instabilidade na utilização dos recursos de mão de obra, onde em dois tipos de produtos eram

necessárias três pessoas e para produto de maior cadência eram utilizadas quatro pessoas.

A área possuía inicialmente dois operadores de fabricação responsáveis por operar o triturador

de suprimentos e dois auxiliares, o primeiro auxiliar responsável pela abertura dos sacos

plásticos de suprimentos, e o segundo responsável por colocar os sacos de suprimentos na

esteira elevatória do triturador de matéria-prima.

19

5.1. Definição

O grupo de trabalho foi composto pela coordenadora de Lean da unidade, pelo coordenador

de produção da unidade e pelo estagiário Lean, o qual foi o responsável pela execução do

trabalho, sendo parte do seu plano de desenvolvimento e capacitação, e um assistente de

processos do setor.

O takt time foi definido com o valor de 30 minutos (1800 segundos) visto que os lotes de

fabricação tinham duração de 28 minutos mais 2 minutos para limpeza.

5.2. Medição

Como parte da metodologia desenvolvida pela EMSA, foi fundamental para início do projeto

o entendimento do fluxo de matérias e a observação prévia dos postos de trabalho, a fim de

identificar quais atividades realizadas pelos operadores e auxiliares estavam dentro do padrão

e cumprindo as regras de qualidade e segurança alimentar.

5.2.1. Coleta de dados e análise de variabilidade

Após a observação dos postos foi feita a coleta do tempo de execução das atividades. Para

cada atividade realizada pelos operadores e auxiliares foram realizadas 10 coletas para

viabilizar a tratativa dos eventuais desvios que pudessem surgir.

Nas tabelas 1 a 4 é possível visualizar os dados, em segundos, e os eventuais desvios:

Tabela 1 – Coleta de tempo das atividades do operador 1, em segundos.

(continua)

Descrição da

atividade T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 Desvio

Ir até o legumes

verificar se há

grades

254 250 230 280 250 267 287 277 290 300 14 %

Vestir a roupa da

câmara 50 55 50 51 49 56 80 54 51 55 4 %

Buscar a grade

no corredor e

levar até a

câmara

383 325 380 363 369 340 352 352 346 330 8 %

20

Tabela 1 – Coleta de tempo das atividades do operador 1, em segundos.

(conclusão)

Descrição da

Atividade T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 Desvios

Buscar grade no

corredor e levar

para a fabricação

100 90 95 100 90 89 87 95 91 100 7%

Levar a grade

vazia até o

corredor e voltar

com uma cheia.

140 135 157 167 160 135 178 120 135 156 19 %

Retirar a roupa

de frio 15 20 25 16 16 17 22 25 20 15 21 %

Pesar carne 360 300 350 300 280 290 300 340 350 330 13 %

Lançar MP no

SAP (sistema de

controle)

1200 1300 1200 1250 1340 1350 1100 1400 1000 1200 19 %

Tabela 2 – Coleta de tempo das atividades do operador 2, em segundos.

Descrição da atividade T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 Desvio

Verificar vapor 139 90 95 150 113 100 100 92 94 100 16 %

Subir Esteira 1 1 2 1 2 3 1 1 2 1 33 %

Preencher Formulário de

controle de MP 10 14 11 10 9 14 9 10 11 10 17 %

Limpeza 150 146 150 151 149 150 145 140 146 135 8 %

Tabela 3 – Coleta de tempo das atividades do auxiliar 1, em segundos.

(continua)

Descrição da atividade T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 Desvio

Levar Saco até a mesa 7 8 6 7 4 5 6 4 3 4 44 %

Retirar Grade. 60 55 60 62 60 55 80 54 65 60 12 %

Colocar Grade Nova. 40 45 50 42 42 50 60 50 48 39 16 %

21

Tabela 3 – Coleta de tempo das atividades do auxiliar 1, em segundos.

(conclusão)

Descrição da atividade T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 Desvio

Tirar Plástico da Grade. 10 12 10 13 12 9 10 8 10 12 25 %

Limpeza (Demanda) 300 325 330 295 300 290 285 340 310 300 7 %

Tabela 4 – Coleta de tempo das atividades do auxiliar 2, em segundos

Descrição da atividade T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 Desvio

Rasgar o saco e colocar na esteira. 17 17 10 11 16 11 10 10 10 10 18 %

Ir até a rosca 8 8 7 8 6 7 9 8 9 6 21 %

Mexer na rosca 3 3 5 5 4 3 3 3 4 5 21 %

Limpeza (Demanda) 300 305 300 340 310 312 350 310 290 300 7 %

Para as atividades de subir a esteira do operador 2 e levar o saco até a mesa do auxiliar 2 foi

realizado uma nova coleta, pois excederam a variação de 25 %, e obteve-se ao valor de 25% e

23%, respectivamente, para os desvios.

5.2.2. Elaboração do gráfico de balanceamento de operações (GBO) atual

Após a coleta e análise dos dados foi elaborado o gráfico de balanceamento de operações,

onde foi possível de forma didática visualizar a ocupação dos operadores e auxiliares,

facilitando a tratativa e a construção de um plano de ação.

Para a construção de tal gráfico foi necessário identificar quais atividades eram cíclicas e

quais eram demandas para fazer a análise de acordo com o Takt Time estabelecido.

As atividades dos colaboradores foram classificadas entre atividades que não agregam valor

(vermelho no gráfico) e atividades que agregam valor (verde no gráfico), essa classificação é

baseada naquilo que o consumidor final enxerga como valor nos produtos finais.

Na Figura 4 é possível ver a ocupação atual das atividades dos colaboradores:

22

Figura 4 – Gráfico de Balanceamento das Operações. VA = atividades que agregam valor e NVA = atividades

que não agregam valor.

5.3. Análise do GBO e construção do GBO futuro

Visto que a ocupação do primeiro operador era de 38 %, do segundo de 30 %, do primeiro

auxiliar 31 %, e do segundo auxiliar 19 % foi realizada um análise para combinar, reduzir,

simplificar ou eliminar as atividades atuais, a fim de otimizar um posto de trabalho. A tabela 5

está apresentando o plano de ações de melhoria do processo para viabilizar a otimização:

Tabela 5: Plano de Ação.

(continua)

Posto Atividade Oportunidade Ação Responsável Prazo

Auxiliar 2 Rasgar o saco e

colocar na esteira

Combinar atividade,

transferir para o auxiliar 1

Construir o

padrão

Time de

implementação 20 dias

Auxiliar 2 Ir até a rosca

Combinar atividade,

transferir para o operador

2

Construir o

padrão

Time de

implementação 20 dias

Auxiliar 2 Mexer na rosca

Combinar atividade,

transferir para o operador

2

Construir o

padrão

Time de

implementação 20 dias

Auxiliar 2 Limpeza

Combinar, dividir entre

operador 1, operador 2 e

auxiliar 1

Construir o

padrão

Time de

implementação 20 dias

0

600

1200

1800

Operador 1 Operador 2 Auxiliar 1 Auxiliar 2

Tem

po

(s)

VA

NVA

Takt Time2

23

Tabela 5: Plano de Ação.

(conclusão)

Posto Atividade Oportunidade Ação Responsável Prazo

Operador 1 Subir a esteira

Adequar

ergonomicamente a altura

do botão para subir a

esteira

Alterar o

local do

botão

Área técnica 30 dias

Operador 1

Ir até o legumes

verificar se há

grades

Reduzir, melhorar a

comunicação

Instalar um

telefone Área técnica 30 dias

Operador 1

Buscar grades no

corredor e levar

até a câmara

Eliminar, solicitar apenas

o necessário para a

utilização.

Implementar

o padrão e

treinar

colaboradore

s

Time de

implementação 20 dias

Com a construção do plano de ação foi possível elaborador um gráfico de balanceamento de

operações para o estado futuro, o qual pode ser visualizado na Figura 6:

Figura 5 – Gráfico de Balanceamento de Operações do estado futuro.

0

600

1200

1800

Operador 1 Operador 2 Auxiliar 1 Auxiliar 2

Tem

po

(s)

VA

NVA

Takt Time

24

O gráfico de balanceamento de operações atual, gráfico de balanceamento de operações futuro

e o plano de ação foram validados pelo gerente da área, pela coordenadora de Lean da

unidade e pelos responsáveis por saúde, segurança, meio ambiente e qualidade da unidade.

5.4. Construção e implementação do Diagrama de Trabalho Padronizado

Com as ações realizadas foi possível a otimização do posto de trabalho do auxiliar 2 e

elaborar o diagrama de trabalho padronizado, um padrão visual das atividades de cada posto,

a fim de auxiliar na execução e na rastreabilidade do processo. As Figuras 6, 7 e 8 apresentam

imagens dos diagramas:

Figura 6 – Diagrama de trabalho padronizado do operador 1. (Fonte: Arquivo pessoal)

Figura 7 – Diagrama de Trabalho Padronizado do operador 2. (Fonte: Arquivo pessoal)

25

Figura 8 – Diagrama de trabalho padronizado auxiliar 1. (Fonte: Arquivo pessoal)

5.5. Controlar

No quinto e último passo da implementação foi feito uma reunião com o setor onde o

diagrama foi adotado, para apresentação do trabalho e treinamento dos colaboradores no

diagrama de trabalho padronizado.

Para a sustentabilidade da ferramenta foram criados quatro API’s, com os seguintes

questionamentos:

Existe alguma atividade que não está sendo contemplada no seu diagrama de trabalho

padronizado?

Existe algum desvio de segurança nas atividades do seu diagrama de trabalho

padronizado?

Existe algum desvio de boas práticas de fabricação nas atividades do seu trabalho

padronizado?

Existe algum desvio ergonômico nas atividades do seu diagrama de trabalho

padronizado?

Estes API’s ficam disponíveis em um formulário no local de trabalho e devem ser preenchidos

semanalmente pelos operadores. Os desvios relatados são encaminhados para as reuniões de

revisão operacional e iniciam uma atualização do diagrama de trabalho padronizado.

Ao final desta etapa foi feita uma avaliação do grupo de trabalho em relação a capacitação, o

grupo obteve uma qualificação de 91%.

26

6. Conclusão

Após a implementação do diagrama de trabalho padronizado na linha e o treinamento dos

colaboradores foi possível fazer a valorização e a otimização de um posto de trabalho de três

turnos, totalizando três colaboradores e evitando o custo de contratação e capacitação em R$

135.000,00/ano. Estes colaboradores ficaram a disposição do gerente de fabricação, que

posteriormente, os remanejou para um posto na área de acondicionamento e dois postos na

área de fabricação.

A estrutura DMAIC contribui substancialmente para a execução da ferramenta de Trabalho

Padronizado, segmentando a implementação em 5 passos e auxiliando os Sponsors à

identificar possíveis falhas na implementação e a realização de auditorias intermediárias.

É possível afirmar que a ferramenta é eficaz para a redução de gastos variáveis em empresas

de diversos ramos, visto que a EMSA é uma empresa de bens de consumo e esta metodologia

teve início em uma empresa do ramo automotivo.

27

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sistema de produção sob encomenda – um estudo de caso de uma empresa siderúrgica

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“Júlio de Mesquita Filho”, Unesp. Bauru – SP, 2010.

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Bauru – SP. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Unesp. Bauru – SP,

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Sapucaí, Minas Gerais, 2008.