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Uma publicação especial da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul FETEMS Março | 2016 As medidas adotadas pelo governo Michel Temer visam o desmonte do Estado, a redução do investimento em políticas públicas funda- mentais como a saúde e a educação, a privatização das empresas estatais, a entrega de nossas riquezas à exploração das empresas multinacionais, a retirada de direitos fundamentais da classe traba- lhadora, o desemprego e o arrocho salarial. Este cenário sombrio de retrocesso civilizatório, que põe em risco a democracia e a soberania nacional e que leva à precarização das condições de trabalho e de vida dos(as) trabalhadores(as) no campo e na cidade, coloca para o movimento sindical da Educação o desafio de continuar fazendo a defesa incondicional dos direitos e interesses da classe trabalhadora. Por isso, nós da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS), que representamos 25 mil trabalhadores(as), professores(as) e administrativos(as) em Educação, estamos levando até você o informativo Aula da Cidadania, com o intuito de alertar a sociedade sul-mato-grossense para a perda de direitos da classe trabalhadora que irá atingir em cheio a qualidade do ensino público brasileiro. Pela democracia e pela garantia de direitos dos trabalhadores brasileiros, LUTA NÃO PARAR! Inimigos da Educação e do povo brasileiro Deputados de MS que votarama favor de limitar os salários dos servidores público. PLP 257/2016 é retrocesso! PODE A EXPEDIENTE www.fetems.org.br - Rua 26 de Agosto, 2.296, Bairro Amambaí - Campo Grande - MS - CEP 79005-030. Fone: (67) 3382.0036. E-mail: [email protected] Presidente: Roberto Magno Botareli Cesar; Vice-presidente: Sueli Veiga Melo; Secretária-Geral: Deumeires Batista de Souza Rodrigues de Morais; Secretário Adjunto: Marcos Antonio Paz Daz Silveira; Secre- tário de Finanças: Jaime Teixeira (Licenciado); Sec. Adjunto de Finanças: José Remijo Perecin; Sec. de Formação Sindical: Joaquim Donizete de Matos; Sec. para Assuntos Jurídicos: Amarildo do Prado; Sec. de Assuntos Educacionais: Joscemir Josmar Moresco; Sec. dos Func. Administrativos: Wilds Ovando Pereira; Sec. de Comunicação: Ademir Cerri; Sec. de Administração e Patrimônio: Paulo Antonio dos Santos; Sec. de Política Municipal: Ademar Plácido da Rosa; Sec. de Políticas Sociais: Iara Gutierrez Cuellar; Sec. dos Aposentados e Assuntos Previdenciários: José Felix Filho; Sec. dos Espec. em Ed. e Coordenadores Pedagógicos: Sebastião Serafim Garcia; Sec. de Relações de Gênero: Cristiane de Fátima Pinheiro; Sec. de Combate ao Racismo: Maria Laura Castro dos Santos; Sec. da Saúde dos (as) Trabalhadores (as) em Educação: Maria Ildonei de Lima Pedra; Departamento dos Trabalhadores na Educação no Campo: Leuslania Cruz de Matos; Suplente 1: Nilson Francisco da Silva; Suplente 2: Rejane Eurides Sichinel Silva; Suplente 3: Idelcides Gutierres Dengue; Suplente 4: Elizabeth Raimunda da Silva Sigarini; Suplente 5: Ivarlete Pinheiro; Suplente 6: Maria Suely Lima da Rocha; Vice-presidentes regionais: Amambai: Olga Tobias Mariano e Valério Lopes; Aquidauana: Jefersom de Pádua Melo e José de Ávila Ferraz; Campo Grande: Paulo Cesar Lima e Renato Pires de Paula; Corumbá: Luizio Wilson Espinosa e Antonio Celso M. dos Santos; Coxim: Thereza Cristina Ferreira Pedro e Onivan de Lima Correia; Dourados: Anderci Silva e Apolinário Candado; Fátima do Sul: Maria Jorge Leite da Silva e Nilsa Maria Bolsanelo Sales; Jardim: Ludemar Solis Nazareth Azambuja e Sandra Luiza da Silva; Naviraí: Valdecir Roberto Mandalho e Margareti Macena de Lima; Nova Andradina: Edson Granato e Izabel Silveira da Rosa; Paranaíba: Tânia Mara de Morais Silva e Tânia Aparecida da Silva Marques; Ponta Porã: Joel Aparecido Barbosa Pereira e Luiz Carlos Marques Valejo; Tacuru: Jandir Carlos Dallabrida e Elizeu Gomes da Silva; Três Lagoas: Maria Aparecida Diogo e Maria Inês Anselmo Costa. Jornalista Responsável: Karina Vilasboas Programação visual: Íris Comunicação Integrada. facebook/fetems twitter/fetems youtube/fetems Foto: CIMI_MS ACOMPANHE A FETEMS NAS MÍDIAS SOCIAIS “Só há duas opções nesta vida: resignar-se ou indignar-se. E eu não vou me resignar nunca.” Darcy Ribeiro PLP 257/2016 prevê congelamento de salários e desligamento voluntário de servidores O Pré-Sal é nosso! Contra o PL 4.567/2016 Lei da Mordaça tenta usurpar o pensamento crítico do ambiente escolar Projeto recebeu 209 emendas e tramita em regime de urgência constitucional O Projeto de Lei Complementar nº 257/2016 traz uma série de ataques aos direitos dos trabalhadores, principal- mente aos servidores públicos federais, estaduais e mu- nicipais. Ele faz parte do pacote de ajuste fiscal iniciado pelo governo no final de 2014. As medidas, que buscam manter o pagamento de juros e a amortização da dívida ao sistema financeiro e aumentar a arrecadação da União, atingem diretamente o serviço público e os programas so- ciais. A suspensão dos concursos públicos, o congelamento de salários, o não pagamento de progressões e outras vanta- gens (como gratificações), a destruição da previdência so- cial e a revisão dos Regimes Jurídicos dos Servidores estão entre as medidas nefastas a serem implementadas caso o projeto seja aprovado. O presidente da FETEMS, Roberto Botareli, destaca a im- A Comissão Especial da Petrobras e Exploração do Pré-Sal aprovou o Projeto de Lei nº 4.567/2016, que retira a obrigatoriedade de atuação da Pe- trobras como operadora única de todos os blocos contratados pelo regime de partilha de produção em áreas do Pré-Sal e acaba com a garantia que a empresa tem de participação mínima de 30% nos processos licitatórios para exploração dessas reservas. O PL 4.567/2016 foi proposto a partir do PLS 131/2015, do então senador José Serra (PSDB/ SP), atual ministro de Relações Exteriores, que desde 2010, quando disputava a eleição presi- dencial, havia prometido à Chevron e às outras multinacionais acabar com o Regime de Partilha do Pré-Sal. Michel Temer e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, já declararam publicamente o apoio ao PL 4.567/16, confirmando o que há tempos já vem sendo alertado: o Pré-Sal está no centro do golpe. A nossa luta é para que o Pré-Sal não seja entre- gue às multinacionais. Liberar a operação do Pré- -Sal é o primeiro passo para acabar com o regime de partilha, conquistado a duras penas pelo povo brasileiro para que o Estado possa utilizar os re- cursos do petróleo em benefício da população, como o investimento de 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. Não podemos permitir que a maior reserva de petróleo da atualidade seja entregue à explora- ção predatória das multinacionais. Tirar da Petrobras a exclusividade na operação do Pré-Sal é um ataque frontal à soberania, com o objetivo claro de fragilizar a maior empresa bra- sileira e a política de conteúdo nacional. Acabar com a garantia legal da Petrobras ter participa- ção mínima de 30% nos campos licitados fará com que a empresa perca no futuro 82 bilhões de barris petróleo, no mínimo, levando em conta as estimativas de que o Pré-Sal tenha pelo menos 273 bilhões de barris de reservas, como revelam estudos recentes. Nenhuma empresa no mundo abriria mão de todo esse petróleo, como preten- dem fazer os golpistas entreguistas. O povo brasileiro não pode permitir que o nos- so petróleo seja entregue à Chevron e às outras multinacionais, como prometeu José Serra. O Pré-Sal, além de fazer do país um dos maiores produtores de petróleo do planeta, é a maior ri- queza que a nação dispõe para garantir desen- volvimento econômico e social à população. portância da ampla participação dos trabalhadores em Educação e dos servidores públicos na luta contra a apro- vação do PLP 257/2016. “A primeira coisa é debater em todos os espaços e divulgar o conteúdo do projeto de lei. É importante que todos tenham a compreensão clara do que esse PLP significa. Este informativo tem o objetivo de esclarecer os fatos, fazer com que os trabalhadores ‘tomem pé’ do tamanho dos riscos que estão postos e da perda de direitos dos servidores públicos, incluindo os docentes”, ressalta. “Não somos contra a renegociação da dívida dos Esta- dos, mas não podemos permitir que a classe trabalhadora pague a conta. O país é, além de tudo, um paraíso fiscal sob o ponto de vista da taxação das grandes fortunas. Há soluções que não passam pela retirada de direitos dos servidores e da população e tenham como consequência o desmonte do serviço público no país”, destaca Roberto. O projeto de lei intitulado de “Escola Sem Partido”, apelidado de “Lei da Mordaça”, que tenta usurpar o pensamento crítico do ambiente escolar, tramita em várias casas legisladoras do país e tem como autores, em maioria esmagadora, líderes fundamentalistas. Em Campo Grande foi apresentada pelo vereador Paulo Siufi (PMDB), que foi barrado pela luta dos movimentos sociais e sindicais. Na Câmara Federal, há três projetos tramitando baseados no Escola Sem Partido. O Projeto de Lei nº 7.180/2014, do deputado Erivelton Santana (PSC/BA); o PL 867/2015, do Izalci Lucas (PSDB/DF); e o PL 1.411/2015, de Rogério Marinho (PSDB/RN), este sendo o único não ligado a alguma igreja. No Senado, o pastor evangélico Magno Malta (PR-ES) é autor de texto semelhante, apresentado como PLS 193/2016. Os projetos são baseados no Movimento Escola Sem Partido, criado em 2004 para combater a “doutrinação ideológica”. O próprio nome deste movimento é enga- nador, pois nos coloca uma dicotomia entre uma escola sem partido ou uma escola com partido. Mas, não se enganem, não é isso que está em jogo. O Escola Sem Partido defende que professores não são educadores e que “formar o cidadão crítico” é sinônimo de “fazer a cabeça dos alunos”. É um projeto de escola que remove o seu caráter educacional, defendendo que os profes- sores apenas instruam para formar trabalhadores sem capacidade de reflexão crítica. Na prática, temas como homossexualidade ou ideolo- gia de gênero não poderão ser discutidos em salas de aula, pois poderão ser considerados conteúdos conflitu- osos com as convicções religiosas ou morais dos pais e responsáveis, o que é vedado pelos projetos. Assuntos sobre a conjuntura política e econômica do País tam- bém não poderão ser trabalhados nas escolas. Segundo o programa, o professor só deve abordar a matéria de forma isolada, sem tratar da realidade do aluno e do que está acontecendo no mundo, sem discutir o que aconte- ce no noticiário ou na comunidade em torno da escola. Ele também proíbe a apresentação de conteúdo ideoló- gico para os estudantes – nesse caso há uma evidente partidarização, pois somente conteúdos considerados de esquerda são citados, como se não houvesse uma ideologia de direita para manter a dominação e as injus- tiças. O projeto ainda prevê a fixação de cartazes nas sa- las de aula com uma lista de “Deveres dos Professores”, como na época da Alemanha nazista, onde a educação se transformou em um instrumento de doutrinação e massificação da sociedade. O Escola Sem Partido é tão arbitrário como absurdo e tem como embaixador o ator pornô, Alexandre Frota. A proposta é tema, inclusive, de uma nota técnica do Ministério Público Federal encaminhada ao Congresso Nacional, no dia 22 de julho, no qual aponta a incons- titucionalidade de um dos projetos – PL 867/2015. O documento apresenta que, sob o pretexto de defender princípios como a “neutralidade política, ideológica e re- ligiosa do Estado”, assim como o “pluralismo de ideias no ambiente acadêmico”, o Programa Escola Sem Parti- do coloca o professor em constante vigilância, principal- mente para evitar que afronte as convicções morais dos pais. “O projeto subverte a atual ordem constitucional por inúmeras razões: confunde a educação escolar com aquela fornecida pelos pais e, com isso, os espaços pú- blicos e privados, impede o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, nega a liberdade de cátedra e a possibilidade ampla de aprendizagem e contraria o princípio da laicidade do Estado – todos esses direitos previstos na Constituição de 88”, destaca a nota. A escola deve ter clara a missão de levar o aluno a pensar e refletir. Hoje, mais do que nunca, é preciso reencantar a educação, que se configura como a mais avançada ta- refa emancipatória. Todos os povos na sua história mos- tram que a educação só vai ter sentido se ela emancipar. Ela tem papel determinante na criação da sensibilidade social, tão necessária para reorientar a sociedade. Uma sociedade onde caibam todos só é possível em um mun- do no qual caibam muitos mundos. O papel da escola deve ser em superar o preconceito e dar espaço para a pluralidade do pensamento. É preciso ter claro que, como afirmou Galileu Galilei (1564/1642), a educação é limitada: “não se pode ensinar tudo a alguém, só pode ajudá-lo a encontrar por si mesmo”. Mesmo assim, a escola não deve se furtar ao papel de preparar alunos para o exercício da cidadania. Que a nossa escola seja uma escola de busca de saberes que reencante o mundo, a vida, as pessoas.

pensamento crítico do ambiente escolar Lei da Mordaça ... · sobre a conjuntura política e econômica do País tam-bém não poderão ser trabalhados nas escolas. Segundo o programa,

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Uma publicação especial da Federação dos Trabalhadores em Educaçãode Mato Grosso do Sul • FETEMS • Março | 2016

As medidas adotadas pelo governo Michel Temer visam o desmonte do Estado, a redução do investimento em políticas públicas funda-mentais como a saúde e a educação, a privatização das empresas estatais, a entrega de nossas riquezas à exploração das empresas multinacionais, a retirada de direitos fundamentais da classe traba-lhadora, o desemprego e o arrocho salarial. Este cenário sombrio de retrocesso civilizatório, que põe em risco a democracia e a soberania nacional e que leva à precarização das condições de trabalho e de vida dos(as) trabalhadores(as) no campo e na cidade, coloca para o

movimento sindical da Educação o desafio de continuar fazendo a defesa incondicional dos direitos e interesses da classe trabalhadora. Por isso, nós da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS), que representamos 25 mil trabalhadores(as), professores(as) e administrativos(as) em Educação, estamos levando até você o informativo Aula da Cidadania, com o intuito de alertar a sociedade sul-mato-grossense para a perda de direitos da classe trabalhadora que irá atingir em cheio a qualidade do ensino público brasileiro.

Pela democracia e pela garantia de direitos dos trabalhadores brasileiros,

LUTANÃO PARAR!

Inimigos da Educação e do povo brasileiro

Deputados de MS que votaram a favor de limitar os salários dos servidores público. PLP 257/2016 é retrocesso!

PODEA

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www.fetems.org.br - Rua 26 de Agosto, 2.296, Bairro Amambaí - Campo Grande - MS - CEP 79005-030. Fone: (67) 3382.0036. E-mail: [email protected]

Presidente: Roberto Magno Botareli Cesar; Vice-presidente: Sueli Veiga Melo; Secretária-Geral: Deumeires Batista de Souza Rodrigues de Morais; Secretário Adjunto: Marcos Antonio Paz Daz Silveira; Secre-tário de Finanças: Jaime Teixeira (Licenciado); Sec. Adjunto de Finanças: José Remijo Perecin; Sec. de Formação Sindical: Joaquim Donizete de Matos; Sec. para Assuntos Jurídicos: Amarildo do Prado; Sec. de Assuntos Educacionais: Joscemir Josmar Moresco; Sec. dos Func. Administrativos: Wilds Ovando Pereira; Sec. de Comunicação: Ademir Cerri; Sec. de Administração e Patrimônio: Paulo Antonio dos Santos; Sec. de Política Municipal: Ademar Plácido da Rosa; Sec. de Políticas Sociais: Iara Gutierrez Cuellar; Sec. dos Aposentados e Assuntos Previdenciários: José Felix Filho; Sec. dos Espec. em Ed. e Coordenadores Pedagógicos: Sebastião Serafim Garcia; Sec. de Relações de Gênero: Cristiane de Fátima Pinheiro; Sec. de Combate ao Racismo: Maria Laura Castro dos Santos; Sec. da Saúde dos (as) Trabalhadores (as) em Educação: Maria Ildonei de Lima Pedra; Departamento dos Trabalhadores na Educação no Campo: Leuslania Cruz de Matos; Suplente 1: Nilson Francisco da Silva; Suplente 2: Rejane Eurides Sichinel Silva; Suplente 3: Idelcides Gutierres Dengue; Suplente 4: Elizabeth Raimunda da Silva Sigarini; Suplente 5: Ivarlete Pinheiro; Suplente 6: Maria Suely Lima da Rocha; Vice-presidentes regionais: Amambai: Olga Tobias Mariano e Valério Lopes; Aquidauana: Jefersom de Pádua Melo e José de Ávila Ferraz; Campo Grande: Paulo Cesar Lima e Renato Pires de Paula; Corumbá: Luizio Wilson Espinosa e Antonio Celso M. dos Santos; Coxim: Thereza Cristina Ferreira Pedro e Onivan de Lima Correia; Dourados: Anderci Silva e Apolinário Candado; Fátima do Sul: Maria Jorge Leite da Silva e Nilsa Maria Bolsanelo Sales; Jardim: Ludemar Solis Nazareth Azambuja e Sandra Luiza da Silva; Naviraí: Valdecir Roberto Mandalho e Margareti Macena de Lima; Nova Andradina: Edson Granato e Izabel Silveira da Rosa; Paranaíba: Tânia Mara de Morais Silva e Tânia Aparecida da Silva Marques; Ponta Porã: Joel Aparecido Barbosa Pereira e Luiz Carlos Marques Valejo; Tacuru: Jandir Carlos Dallabrida e Elizeu Gomes da Silva; Três Lagoas: Maria Aparecida Diogo e Maria Inês Anselmo Costa. Jornalista Responsável: Karina Vilasboas Programação visual: Íris Comunicação Integrada.

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ACOMPANHE A FETEMS NAS MÍDIAS SOCIAIS

“Só há duas opções nesta vida: resignar-se ou indignar-se. E eu não vou me resignar nunca.”

Darcy Ribeiro

PLP 257/2016 prevê congelamento de salários e desligamento voluntário de servidores

O Pré-Sal é nosso! Contra o PL 4.567/2016

Lei da Mordaça tenta usurpar o pensamento crítico do ambiente escolar

Projeto recebeu 209 emendas e tramita em regime de urgência constitucional

O Projeto de Lei Complementar nº 257/2016 traz uma série de ataques aos direitos dos trabalhadores, principal-mente aos servidores públicos federais, estaduais e mu-nicipais. Ele faz parte do pacote de ajuste fiscal iniciado pelo governo no final de 2014. As medidas, que buscam manter o pagamento de juros e a amortização da dívida ao sistema financeiro e aumentar a arrecadação da União, atingem diretamente o serviço público e os programas so-ciais.A suspensão dos concursos públicos, o congelamento de salários, o não pagamento de progressões e outras vanta-gens (como gratificações), a destruição da previdência so-cial e a revisão dos Regimes Jurídicos dos Servidores estão entre as medidas nefastas a serem implementadas caso o projeto seja aprovado.O presidente da FETEMS, Roberto Botareli, destaca a im-

A Comissão Especial da Petrobras e Exploração do Pré-Sal aprovou o Projeto de Lei nº 4.567/2016, que retira a obrigatoriedade de atuação da Pe-trobras como operadora única de todos os blocos contratados pelo regime de partilha de produção em áreas do Pré-Sal e acaba com a garantia que a empresa tem de participação mínima de 30% nos processos licitatórios para exploração dessas reservas.O PL 4.567/2016 foi proposto a partir do PLS 131/2015, do então senador José Serra (PSDB/SP), atual ministro de Relações Exteriores, que desde 2010, quando disputava a eleição presi-dencial, havia prometido à Chevron e às outras multinacionais acabar com o Regime de Partilha do Pré-Sal.Michel Temer e o presidente da Petrobras, Pedro Parente, já declararam publicamente o apoio ao PL 4.567/16, confirmando o que há tempos já vem sendo alertado: o Pré-Sal está no centro do golpe.A nossa luta é para que o Pré-Sal não seja entre-gue às multinacionais. Liberar a operação do Pré--Sal é o primeiro passo para acabar com o regime de partilha, conquistado a duras penas pelo povo brasileiro para que o Estado possa utilizar os re-cursos do petróleo em benefício da população, como o investimento de 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. Não podemos permitir que a maior reserva de petróleo da atualidade seja entregue à explora-ção predatória das multinacionais.Tirar da Petrobras a exclusividade na operação do Pré-Sal é um ataque frontal à soberania, com o objetivo claro de fragilizar a maior empresa bra-sileira e a política de conteúdo nacional. Acabar com a garantia legal da Petrobras ter participa-ção mínima de 30% nos campos licitados fará com que a empresa perca no futuro 82 bilhões de barris petróleo, no mínimo, levando em conta as estimativas de que o Pré-Sal tenha pelo menos 273 bilhões de barris de reservas, como revelam estudos recentes. Nenhuma empresa no mundo abriria mão de todo esse petróleo, como preten-dem fazer os golpistas entreguistas.O povo brasileiro não pode permitir que o nos-so petróleo seja entregue à Chevron e às outras multinacionais, como prometeu José Serra. O Pré-Sal, além de fazer do país um dos maiores produtores de petróleo do planeta, é a maior ri-queza que a nação dispõe para garantir desen-volvimento econômico e social à população.

portância da ampla participação dos trabalhadores em Educação e dos servidores públicos na luta contra a apro-vação do PLP 257/2016. “A primeira coisa é debater em todos os espaços e divulgar o conteúdo do projeto de lei. É importante que todos tenham a compreensão clara do que esse PLP significa. Este informativo tem o objetivo de esclarecer os fatos, fazer com que os trabalhadores ‘tomem pé’ do tamanho dos riscos que estão postos e da perda de direitos dos servidores públicos, incluindo os docentes”, ressalta.“Não somos contra a renegociação da dívida dos Esta-dos, mas não podemos permitir que a classe trabalhadora pague a conta. O país é, além de tudo, um paraíso fiscal sob o ponto de vista da taxação das grandes fortunas. Há soluções que não passam pela retirada de direitos dos servidores e da população e tenham como consequência o desmonte do serviço público no país”, destaca Roberto.

O projeto de lei intitulado de “Escola Sem Partido”, apelidado de “Lei da Mordaça”, que tenta usurpar o pensamento crítico do ambiente escolar, tramita em várias casas legisladoras do país e tem como autores, em maioria esmagadora, líderes fundamentalistas. Em Campo Grande foi apresentada pelo vereador Paulo Siufi (PMDB), que foi barrado pela luta dos movimentos sociais e sindicais. Na Câmara Federal, há três projetos tramitando baseados no Escola Sem Partido. O Projeto de Lei nº 7.180/2014, do deputado Erivelton Santana (PSC/BA); o PL 867/2015, do Izalci Lucas (PSDB/DF); e o PL 1.411/2015, de Rogério Marinho (PSDB/RN), este sendo o único não ligado a alguma igreja. No Senado, o pastor evangélico Magno Malta (PR-ES) é autor de texto semelhante, apresentado como PLS 193/2016.Os projetos são baseados no Movimento Escola Sem Partido, criado em 2004 para combater a “doutrinação ideológica”. O próprio nome deste movimento é enga-nador, pois nos coloca uma dicotomia entre uma escola sem partido ou uma escola com partido. Mas, não se enganem, não é isso que está em jogo. O Escola Sem Partido defende que professores não são educadores e que “formar o cidadão crítico” é sinônimo de “fazer a cabeça dos alunos”. É um projeto de escola que remove o seu caráter educacional, defendendo que os profes-sores apenas instruam para formar trabalhadores sem capacidade de reflexão crítica.Na prática, temas como homossexualidade ou ideolo-gia de gênero não poderão ser discutidos em salas de aula, pois poderão ser considerados conteúdos conflitu-osos com as convicções religiosas ou morais dos pais e responsáveis, o que é vedado pelos projetos. Assuntos sobre a conjuntura política e econômica do País tam-bém não poderão ser trabalhados nas escolas. Segundo o programa, o professor só deve abordar a matéria de forma isolada, sem tratar da realidade do aluno e do que está acontecendo no mundo, sem discutir o que aconte-ce no noticiário ou na comunidade em torno da escola. Ele também proíbe a apresentação de conteúdo ideoló-gico para os estudantes – nesse caso há uma evidente partidarização, pois somente conteúdos considerados de esquerda são citados, como se não houvesse uma ideologia de direita para manter a dominação e as injus-

tiças. O projeto ainda prevê a fixação de cartazes nas sa-las de aula com uma lista de “Deveres dos Professores”, como na época da Alemanha nazista, onde a educação se transformou em um instrumento de doutrinação e massificação da sociedade.O Escola Sem Partido é tão arbitrário como absurdo e tem como embaixador o ator pornô, Alexandre Frota. A proposta é tema, inclusive, de uma nota técnica do Ministério Público Federal encaminhada ao Congresso Nacional, no dia 22 de julho, no qual aponta a incons-titucionalidade de um dos projetos – PL 867/2015. O documento apresenta que, sob o pretexto de defender princípios como a “neutralidade política, ideológica e re-ligiosa do Estado”, assim como o “pluralismo de ideias no ambiente acadêmico”, o Programa Escola Sem Parti-do coloca o professor em constante vigilância, principal-mente para evitar que afronte as convicções morais dos pais. “O projeto subverte a atual ordem constitucional por inúmeras razões: confunde a educação escolar com aquela fornecida pelos pais e, com isso, os espaços pú-blicos e privados, impede o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, nega a liberdade de cátedra e a possibilidade ampla de aprendizagem e contraria o princípio da laicidade do Estado – todos esses direitos previstos na Constituição de 88”, destaca a nota.A escola deve ter clara a missão de levar o aluno a pensar e refletir. Hoje, mais do que nunca, é preciso reencantar a educação, que se configura como a mais avançada ta-refa emancipatória. Todos os povos na sua história mos-tram que a educação só vai ter sentido se ela emancipar. Ela tem papel determinante na criação da sensibilidade social, tão necessária para reorientar a sociedade. Uma sociedade onde caibam todos só é possível em um mun-do no qual caibam muitos mundos.O papel da escola deve ser em superar o preconceito e dar espaço para a pluralidade do pensamento. É preciso ter claro que, como afirmou Galileu Galilei (1564/1642), a educação é limitada: “não se pode ensinar tudo a alguém, só pode ajudá-lo a encontrar por si mesmo”. Mesmo assim, a escola não deve se furtar ao papel de preparar alunos para o exercício da cidadania. Que a nossa escola seja uma escola de busca de saberes que reencante o mundo, a vida, as pessoas.

Não aceitaremos retrocessos no Ensino Público!

PEC 241/16 congela gastos públicos por 20 anos para pagar

dívida públicaSaúde, Educação, servidores e serviços públicos estão

na mira do governo

Prefeitos e governadores já comemoram fim do Piso Nacional dos professores

“Um atraso”, diz especialista em Educação

Mais cortes na Educação e na Saúde Tramitação

Governo quer idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres

CNTE e sindicatos dizem que não aceitam retrocessos

O desmonte da Educação Pública, proposto pelo governo de Michel Temer, tem nos preocupado muito a ponto de ser tema de diversos debates organizados pela FETEMS e, mais recentemente, pauta de grandes mobilizações dos trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul e do país afora.

A situação se agravou após as medidas anuncia-das pelo governo federal, que, entre outros re-trocessos, propõe instituir teto de investimentos para o ensino público, atrelado à inflação. Com essa medida, o presidente interino terá que me-xer em direitos constitucionais, frutos de muita luta de nossa categoria. A Constituição Federal determina que a União in-vista 18% do orçamento em Educação e, mais do que isso, que os Estados e os Municípios invistam 25% em Saúde e Educação. O governo Temer também propôs ao Congresso Nacional o fim da destinação de 50% dos recursos do Fundo Social e de 75% dos royalties do petróleo para a Educa-ção, além dos 25% restantes para a Saúde. Como se não bastasse o fim desse investimento, o cenário se desenha para o fim do reajuste do Piso Salarial Nacional e do 1/3 de hora-atividade, luta de mais de 150 anos, além do já anunciado aumento da terceirização e, consequentemente, a privatização do ensino público através das Or-ganizações Sociais (OSs) e da militarização. Já se anuncia também o fim da aposentadoria especial

Prefeitos e governadores em todo o país já comemoram o que será o fim do Piso Nacional dos Professores, proposta de Michel Temer (PMDB) para apli-cação em seu governo. A ideia de Temer é modificar a Lei nº 11.738/2008 e criar um programa bati-zado de “Travessia Social”, que daria “bônus” aos docentes que “melhoras-sem” o desempenho dos alunos e também “aperfeiçoassem” suas práticas pedagógicas. Ou seja, em vez de reajustes anuais lineares a partir do mês de janeiro de cada ano para todos os educadores da educação básica pública, tal como reza a Lei nº 11.738/2008, apenas os educadores que cumprirem as me-tas do “novo” programa teriam direito a uma espécie de abono, que nem sequer vai para a aposentadoria. Desde 2009, os reajustes do piso se dão pelo mesmo índice de crescimento do custo-aluno, sempre acima da inflação oficial. “Essa proposta de Temer representa um grande atraso para a edu-

cação pública e para a valorização dos professores”, alerta a dou-tora em Educação Maria Esther Salgado. Explica a educadora que o desempenho dos alunos não é resultado exclusivo da atuação dos seus mestres, vez que o ensino-aprendizagem envolve diversos outros elementos, como a estrutura das escolas, as condições de trabalho e o próprio nível cognitivo de cada discente. Ao se querer reduzir tudo isso somente à atuação do educador, tenta-se na ver-dade justificar a ausência de valorização desse profissional, pondo a culpa apenas nele mesmo. “Essa proposta não passa, portanto, de golpe no Magistério”, conclui a Dr.ª Esther.

O governo do presidente Michel Temer vai propor idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres, nos serviços públicos e privados, afirmou o mi-nistro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em entrevista à imprensa no dia 1° de setembro.A proposta, segundo a reportagem, já está fechada, e o governo está analisando ape-nas quando irá encaminhá-la ao Congresso Nacional.“No primeiro sistema previdenciário, de 1934, no governo do então presidente Ge-túlio Vargas, a idade mínima para aposen-tar-se era de 65 anos. Na época, a expecta-

tiva de vida era de 37 anos. Hoje, queremos idade mínima de 65 anos, com expectativa de vida de 78 anos”, afirmou Padilha.A regra valerá para todas as pessoas com menos de 50 anos. Quem tem acima dessa idade permanece na regra atual, mas teria que pagar um “pedágio” proporcional ao período que falta para se aposentar, afir-mou a reportagem.Para mulheres e professores, a idade de tran-sição seria a partir de 45 anos. O tempo de contribuição será computado apenas para definir o valor do benefício. Também está prevista a desvinculação dos benefícios pre-

videnciários e assistenciais (para deficientes e idosos de baixa renda) do salário-mínimo. Esses benefícios passariam a ser corrigidos anualmente apenas pela inflação.Previdência Social (INSS) – Atualmente não há idade mínima para se aposentar. Os trabalhadores podem requerer o benefício com 30 anos de contribuição para as mulhe-res; e 35 anos para os homens. Para receber a aposentadoria integral, é preciso atingir a fórmula 85/95 (soma de idade e tempo de contribuição). Essa escala começa a subir a partir de 2018, até atingir 90/100 em de-zembro de 2026.

Temer terá dificuldades para implementar esse tipo de proposta. A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e seus sindicatos, como a FETEMS, em todo o país já avisaram que não aceitam retrocessos na educação. Neste sentido, dizem que não deixarão que se piore ou se extinga a Lei do Piso dos professores.

O Presidente Michel Temer enviou ao Congresso Nacional, na última quarta-feira (15), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que conge-la os gastos públicos por 20 anos, período em que o dinheiro economizado será canalizado para o pa-gamento da dívida pública, que atualmente conso-me quase metade do orçamento do país. Como em propostas anteriores, a exemplo do Projeto de Lei Complementar (PLP) 257/16, a medida recai sobre os trabalhadores, os servidores e os serviços públicos e, especialmente, em áreas essenciais à população bra-sileira como Educação e Saúde.Chamada de novo regime fiscal pelo governo fede-ral, a PEC limita as despesas primárias da União aos gastos do ano anterior corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que signi-fica que a cada ano, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) vai definir, com base na regra, o limite orça-

do Magistério, no âmbito da reforma da Previ-dência, liquidando, assim, o período de políticas nacionais de valorização dos trabalhadores em Educação. Não aceitaremos perder o que foi conquistado e garantido com tanta luta. Se o problema é eco-nômico, que se taxem as grandes fortunas, pois até hoje o imposto não foi regulamentado; e os impostos patrimoniais possuem alíquotas irrisó-rias, quando comparados com os de nações de-senvolvidas e que ofertam serviços públicos de qualidade à população. Infelizmente, o governo interino de Temer opta por retirar direitos e por promover arrocho sobre a classe trabalhadora. Nós vamos à luta pela Democracia e contra a re-tirada de direitos!Tudo isso tem deixado claro que a única solução será ir às ruas como meio de enfrentamento. Não aceitaremos retrocessos no Ensino Público!

Roberto Magno Botareli CesarPresidente da FETEMS

mentário dos poderes Legislativo (incluindo o Tribunal de Contas da União), Executivo e Judiciário, Ministério Público Federal da União (MPU) e Defensoria Pública da União (DPU). Como o IPCA só é conhecido após o encerramento do ano, a PEC 241 determina que, para calcular o limite, o governo estimará um valor para a inflação, que será usado na elaboração dos projetos da LDO e da lei orçamentária. Na fase de execução das despesas, no ano seguinte, será usado o valor fi-nal do IPCA, já conhecido, procedendo-se aos ajustes nos valores dos limites.Caso haja descumprimento no limite de gastos, o ór-gão ou Poder Público será penalizado nos anos se-guintes com a proibição de medidas que aumentem o gasto público, como o reajuste salarial de servido-res públicos; criação de cargo, emprego ou função; alteração de estrutura de carreira; admissão ou con-tratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas as

Como se já não bastassem os cortes sucessivos realizados nos anos de 2015 e 2016 na educa-ção e na saúde públicas no Brasil, a PEC 241 prevê mais cortes para os próximos anos. A me-dida altera os critérios para cálculo das despe-sas mínimas na Educação e na Saúde, que se-rão corrigidos pela variação da inflação do ano anterior, sem aumento real. Será prerrogativa do Congresso Nacional decidir onde os recursos públicos serão alocados.Atualmente, no caso da Educação, a Constitui-ção Federal (CF) estabelece que a União deve aplicar em despesas com manutenção e desen-volvimento do ensino o valor equivalente a 18% da receita líquida de impostos (receita de impos-tos deduzidas de transferências constitucionais a Estados e Municípios). O valor está incluído na

reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa e aquelas decorrentes de vacâncias de cargos efetivos; e realização de con-curso público.“Essa PEC congela por 20 anos o orçamento, e se houver crescimento econômico, não há possibilidade de revisão do congelamento. A proposta vai colocar na Constituição Federal tudo aquilo que a gente hoje denuncia como inconstitucional: os ataques à saú-de, à educação e aos nossos direitos sociais. E isso está sendo feito com a justificativa de que o ajuste vai possibilitar destinar recursos para quitar a dívida. Ou a gente desmascara essa dívida ou estamos con-denados constitucionalmente por, no mínimo, duas décadas. Isso é gravíssimo”, denunciou Maria Lúcia Fattorelli, da Auditoria Cidadã da Dívida, em palestra no II Encontro Nacional de Educação, que ocorreu dos dias 16 a 18 de junho em Brasília (DF).

previsão de gastos do Orçamento. Já na área da Saúde, a aplicação nas chamadas “ações e ser-viços públicos de saúde” deve ser, no mínimo, o valor empenhado no exercício anterior acresci-do da variação nominal do PIB (Produto Interno Bruto). Para Fattorelli, tanto a PEC 241 quanto o PLP 257 são explícitos na sua finalidade de assegu-rar a manutenção do sistema financeiro, reto-mar o crescimento econômico e assegurar a sus-tentabilidade da dívida. “O esquema da dívida é o mesmo no mundo todo. Se gera uma dívida de forma ilegal, aplicam-se juros para fazer essa dívida crescer de forma absurda, e depois cria-se o aparato legal para justificar a retirada de direi-tos sociais, em nome do pagamento de juros e amortizações da dívida”, criticou.

A intenção do governo é que a proposta seja aprovada no Congresso Nacional o mais rápido possível para que o novo cálculo para os gastos públicos já seja aplicado no ano que vem. A pro-posta que chegou à Câmara no dia 15 de junho aguarda neste momento a designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cida-dania (CCJC), que irá apreciar a admissibilidade e constitucionalidade da PEC. Caso aprovada, será criada uma comissão especial destinada a anali-sar o mérito. A comissão tem até 40 sessões da Câmara para apresentar e votar um parecer, no entanto, o trâmite poderá ser concluído após dez sessões. A partir daí, a PEC será discutida e vota-da no plenário da Câmara, em dois turnos, antes de seguir para o Senado. Para ser aprovada são necessários no mínimo 308 votos dos deputados em cada turno.

Fonte: Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES-SN; Agência Câmara Notícias e Diap. Imagem de EBC.