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PENSAR O FUTURO…
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 2
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 3
Índice
PREFÁCIO ......................................................................................................................... 5
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 7
2. METODOLOGIA ............................................................................................................ 9
3. DEFINIÇÃO DA ESCOLA ............................................................................................. 10
3.1.Princípios básicos de Escola e Ensino ............................................................. 10
3.2.Enquadramento Legal da Escola ..................................................................... 12
4. CARACTERIZAÇÃO CONTEXTUAL DA ESCOLA ........................................................... 13
4.1.Características do Meio ..................................................................................... 13
4.2.Caracterização da Escola .................................................................................. 16
4.2.1.Resenha Histórica ...................................................................................... 16
4.2.2.Caracterização Física ................................................................................. 17
4.3.Equipamento Geral/Específico ......................................................................... 19
4.4.Caraterização Humana da Comunidade educativa ....................................... 20
4.4.1.Alunos .......................................................................................................... 20
4.4.2.Pessoal Docente ......................................................................................... 26
4.4.3.Pessoal Não Docente ................................................................................. 27
4.5.Estrutura Organizacional e Funcional ............................................................. 29
4.5.1.Estrutura Organizacional ........................................................................... 29
4.5.2. Estrutura Curricular .................................................................................. 31
5. O PROJETO ................................................................................................................ 32
5.1.Auscultação da Comunidade Educativa ......................................................... 32
5.1.1.Encarregados de Educação....................................................................... 32
5.1.2.Alunos .......................................................................................................... 35
5.1.3.Pessoal docente .......................................................................................... 36
5.1.4.Pessoal não docente .................................................................................. 43
5.2.Diagnóstico ......................................................................................................... 50
5.2.1.Pontos Fracos ............................................................................................. 50
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5.2.2.Pontos Fortes .............................................................................................. 51
5.3. Objetivos ............................................................................................................ 52
5.4. Estratégias ......................................................................................................... 53
5.5. Indicadores de Medida .................................................................................... 55
6. DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................................... 60
6.1.Resultados esperados ....................................................................................... 60
6.2.Avaliação do projeto ......................................................................................... 60
6.3.Divulgação .......................................................................................................... 60
6.4.Conclusão............................................................................................................ 61
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“O Homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”
Immanuel Kant
PREFÁCIO
O objetivo principal deste Projeto Educativo é, em conjunto com a formação em
contexto de sala de aula, promover um processo educativo de qualidade.
O nosso Projeto Educativo não surge como resultado de uma obrigação legal, nem
como cópia de uma moda ultimamente vulgarizada. O Projeto Educativo da EPTOLIVA
existe porque ambicionamos uma “personalidade” e autonomia, porque queremos que
a nossa ação educativa faça sentido, porque sabemos que é importante ter um rumo.
O Projeto Educativo da EPTOLIVA: “Pensar o Futuro” serve o mesmo objetivo que o
“Projeto de Vida” que todos temos; o nosso projeto de vida permite-nos definir quais
os nossos objetivos pessoais, profissionais, onde queremos chegar, quais são os
nossos valores, como vamos viver a nossa vida. Através deste Projeto Educativo
pretendemos transmitir a todos, qual a linha orientadora que pretendemos seguir
como Escola Profissional.
Existe neste Projeto Educativo um objetivo de mudança na forma usual de organização
de uma escola e a intenção de realização de um espaço de qualidade: qualidade das
instalações, qualidade do equipamento e do material didático, qualidade dos
colaboradores e qualidade das orientações pedagógicas. Tudo o que definimos como
essencial e prioritário teve em conta critérios de extrema qualidade.
Cada estabelecimento educativo tem recursos humanos e materiais com características
específicas e é também frequentado por alunos únicos (individualmente e como
grupo). No entanto, é necessário nunca esquecermos que todos os projetos se
caracterizam por uma construção gradual: todos os anos aprendemos mais; todos os
dias os alunos nos ditam novos rumos. Por isso um Projeto Educativo nunca está
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“PENSAR O FUTURO” 6
encerrado – estamos e DEVEMOS sempre construí-lo – os alunos, os professores, a
direção, todo o pessoal não-docente e os encarregados de educação.
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1. INTRODUÇÃO
Um dos maiores desafios que hoje se coloca à Escola é o de ser capaz de afirmar a sua
própria identidade, ou seja, identificar as suas características próprias e colocá-las ao
serviço das grandes finalidades educativas e, em particular, do DIREITO À EDUCAÇÃO.
É neste contexto que cabe à escola o papel de elaborar um Projeto Educativo próprio,
que lhe permita interagir com o meio, exprimir a sua identidade, as linhas de força da
sua ação educativa, as suas dinâmicas, provando desta forma a sua autonomia.
Resumindo, é um documento identitário, com projeção no futuro, que atua, de modo
coerente, sobre a prática docente e a ação dos outros elementos da comunidade
educativa. Define grandes linhas e diretrizes estruturantes, antecipando os seus
próprios mecanismos de autorregulação, tendo como regra a legislação em vigor. A
sua definição deve traduzir a realidade escolar, tal como ela é vista pelos seus
intérpretes na comunidade. Este documento deve favorecer a coesão no trabalho a
realizar no próximo triénio.
“As escolas são estabelecimentos aos quais está confiada uma missão de serviço
público, que consiste em dotar todos e cada um dos cidadãos das competências e
conhecimentos que lhes permitam explorar plenamente as suas capacidades, integrar-
se ativamente na sociedade e dar um contributo para a vida económica, social e
cultural do país.”
DL 75/2008 – ME – 22/04/2008
O Projeto Educativo de Escola assume nos quadros dos princípios enunciados pela lei,
um papel decisivo na articulação da participação e da autonomia comunitária implicada
no processo de descentralização, esclarecendo-se os valores, as metas e as estratégias
segundo as quais a escola se propõe cumprir a sua função educativa. Tem uma
duração prevista de três anos e a sua operacionalidade concretizar-se-á através do
Projeto Curricular de Escola, do Regulamento Interno e do Plano Anual de Atividades.
Assim, a nossa missão tem como princípio base a preparação de cidadãos providos dos
valores estruturantes da nossa sociedade e das necessárias competências para um
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bom desempenho profissional. Procuramos, para além da formação científica e
profissional, desenvolver valores da democracia e do humanismo, como a tolerância, a
responsabilidade, a solidariedade e o rigor.
Todo o trabalho desenvolvido na Eptoliva tem um ponto comum: o aluno. Sabemos
que a escola existe porque há alunos que a procuram, que o trabalho que com eles
desenvolvermos será projetado nos cidadãos adultos que estes irão ser. Atualmente
não é fácil dar resposta à heterogeneidade da população que nos procura. É a certeza
da necessidade de ajudar todos a construir os seus sonhos, que nos orienta no nosso
trabalho e, portanto, na construção deste projeto. Para isto é IMPORTANTE e
necessário que toda a “EPTOLIVA” se envolva no projeto que é de TODOS!
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2. METODOLOGIA
Considerando a importância da participação da comunidade educativa na elaboração
do Projeto Educativo da Escola, foram incluídos neste processo os diferentes parceiros
dessa mesma comunidade. A consulta a professores, encarregados de educação,
alunos e funcionários, através de inquéritos de auscultação sobre a escola, foi uma
estratégia e uma referência para a elaboração do presente documento.
O atual Projeto Educativo resulta assim do processo desenvolvido nas seguintes fases:
Consulta e análise dos documentos legais do sistema educativo;
Atualização de dados relativos à caracterização do meio;
Caracterização da Escola;
Identificação das necessidades da Escola;
Análise dos resultados dos inquéritos de avaliação da Escola;
Definição de princípios a desenvolver articulados com os valores e
concretizados em metas, estratégias e níveis de atuação;
Conceção e elaboração da proposta de PE para o triénio 2013/2016;
Apresentação da proposta de PE ao Conselho Pedagógico;
Discussão do documento apreciado e eventual reformulação pelo Conselho
Pedagógico;
Aprovação do PE 2013-2016 pelo Conselho Pedagógico.
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3. DEFINIÇÃO DA ESCOLA
3.1.Princípios básicos de Escola e Ensino
De acordo com o consignado na Lei de Bases do Sistema Educativo, para além do
direito à educação e cultura, previsto na Constituição da República, o sistema
educativo deverá dar resposta às necessidades resultantes da realidade social,
contribuindo para o desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade dos
indivíduos, incentivando a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e
solidários, valorizando a dimensão humana do trabalho.
Deverá ainda promover o desenvolvimento do espírito democrático e pluralista,
respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo e à livre troca de opiniões,
de modo a formar cidadãos capazes de julgarem com espírito crítico e criativo o meio
social em que se integram e, de se empenharem na sua transformação progressiva.
Deste modo cabe à escola o desempenho de um papel preponderante na preparação
do futuro, quer em termos de desenvolvimento, quer em termos de equilíbrio social e
formação integral dos jovens.
Uma escola alheada da vida não faz sentido nos dias de hoje. As realidades do mundo
natural e do mundo do trabalho assim como a valorização do formando através da
promoção das suas capacidades e anseios, são fatores importantes de uma escola
harmonizada com a vida, onde a sala de aula não é o único lugar de formação, nem o
único método, o ler e o escrever.
A sociedade atual, marcada por ritmos acelerados de mudança, a que os avanços
tecnológicos e a globalização não são alheios, coloca ao indivíduo e às diversas
instituições sociais um conjunto de desafios no campo das atitudes, dos valores, das
competências e do conhecimento. A Escola, consciente e atenta a esta problemática,
procura constantemente encontrar mecanismos que contribuam para uma formação
adequada do individuo face as novas realidades. Contribuir para a formação para a
cidadania, para a promoção de valores, para uma atitude não dogmática, para a
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abertura e a adaptabilidade do individuo a novas situações são apostas da EPTOLIVA,
tendo por objetivo dar o seu contributo na formação profissional e pessoal dos alunos.
A EPTOLIVA desenvolve a sua atividade formativa assente nestes princípios gerais,
cumprindo o plano de estudos a que obedece cada um dos cursos profissionais,
privilegiando a preparação dos alunos para o mundo do trabalho, promovendo o
desenvolvimento de um conjunto de capacidades que permitam o desempenho, com
eficácia, de quaisquer tarefas com que se deparem, no âmbito do respetivo curso, mas
também para o seu crescimento enquanto cidadãos pertencentes a uma sociedade de
valores que se quer responsável, solidária e integrante.
É ainda preocupação da escola assegurar a articulação entre os conhecimentos aqui
adquiridos e o mundo do trabalho, estabelecendo, portanto uma efetiva continuidade
entre o “saber”, o “saber estar”, o “saber fazer” e o “saber ser”, fazendo com que a
transição de conhecimento entre a escola e o mercado de trabalho, corresponda ao
verdadeiro significado do ensino e formação profissional, dando cumprimento ao seu
objetivo essencial, ou seja, a obtenção de perfis profissionais altamente qualificados.
Numa tentativa de corresponder às necessidades formativas de uma sociedade ativa,
cada vez mais consciente da necessidade de uma aprendizagem ao longo da vida, a
EPTOLIVA tem vindo a alargar a sua oferta formativa, por forma a abarcar uma faixa
etária mais elevada, na qual se concentra a quase globalidade da população ativa.
Promove regularmente Formações Modulares Certificadas, de curta duração, as quais
oscilam entre 25 e 50h, constantes do CNQ e destinam-se a aperfeiçoar conhecimentos
e competências de diferentes áreas técnico-científicas funcionando como formações de
reciclagem e/ou reconversão profissional, proporcionado, deste modo, a aquisição de
competências necessários à (re)integração num mercado de trabalho cada vez mais
exigente, competitivo e internacionalizado.
Esta modalidade de formação traduz-se, assim, numa resposta individualizada ou
organizada em função das exigências do tecido empresarial, com base nas
necessidades dos candidatos e flexíveis mediante a disponibilidade dos diferentes
grupos de formandos, podendo ser desenvolvidas em horário laboral ou pós-laboral.
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3.2.Enquadramento Legal da Escola
As escolas profissionais inserem-se numa política educativa de mudança que atribuiu
um lugar de destaque à educação técnica, tecnológica e artística, enquanto
modalidade especial de educação escolar e regem-se atualmente pelo Decreto-Lei n.º
4/98 de 8 de Janeiro. Este diploma tinha como principais objetivos renovar a aposta no
ensino profissional, consolidar as escolas profissionais como instituições educativas no
âmbito do ensino não superior e uma vez que existiam fragilidades e ambiguidades
relativamente à criação, modelo de financiamento e natureza jurídica dos promotores.
Por este último motivo e por imposição do referido diploma legal, foi criada a
ADEPTOLIVA – Associação para o Desenvolvimento do Ensino Profissional dos
Concelhos de Tábua, Oliveira do Hospital e Arganil, assumindo esta, o papel de
entidade proprietária da Escola.
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4. CARACTERIZAÇÃO CONTEXTUAL DA ESCOLA
4.1.Características do Meio
A zona geográfica de abrangência da EPTOLIVA estabelece-se na região interior do
distrito de Coimbra e na sub-região do Pinhal Interior Norte, concretamente nos
concelhos de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil, constituindo uma vasta área
situada entre as Serras da Estrela, do Açor e da Lousã e a Barragem da Aguieira.
NUT III - Pinhal Interior Norte 1
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A Região da Beira Serra – a NUT III – Pinhal Interior Norte é composta por 14
municípios que integram a CIM (Comunidades Intermunicipais). A denominação de
cada CIM contém obrigatoriamente a referência à unidade territorial definida com base
nas NUTS III que integra – neste caso é o Pinhal Interior Norte – PIN (CIMPIN).
Toda a atividade da CIMPIN visa a promoção e defesa dos interesses dos municípios
que a constituem, procurando o desenvolvimento integrado e sustentado do Pinhal
Interior Norte e a valorização do seu património cultural, gastronómico e ambiental,
bem como criando sinergias impulsionadoras do bem-estar económico e social dos
seus habitantes.
A Região da Beira Serra é genericamente caracterizada por uma orografia muito
acentuada, por onde serpenteiam rios e ribeiras encimados por montanhas altas
cobertas de vegetação ou de frondosas matas de pinheiro bravo, onde o eucalipto
ganha, igualmente, cada vez maior expressão.
NUT III - Pinhal Interior Norte 2
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Esta Região é genericamente um território de montanha, aliás definido na Portaria n.º
377/88, como Zona de Montanha nas áreas dos Municípios de Arganil e Góis e como
Zona Desfavorecida nos Municípios de Oliveira do Hospital e Tábua, sendo que toda a
sua área – 1030,2 km2 – corresponde à superfície desfavorecida, na qual, segundo
dados de 2001, habitavam 53.148 pessoas.
Relacionados com a anterior definição estão um conjunto de fenómenos,
reconhecidamente associados a este tipo de Regiões, nomeadamente o acentuado
envelhecimento da população e o êxodo rural, muitas vezes continuado e incontrolável,
o que inevitavelmente tem provocado a desertificação humana de vários povoados e
aldeias, com o consequente surgimento de preocupantes focos de desertificação física,
a que acresce a multiplicação dos incêndios florestais e respetivas manchas de área
ardida.
Historicamente, esta Região, dadas as suas condições naturais e modos de vida,
sempre foi muito sensível ao fenómeno da emigração, particularmente ao longo do
século XX. De salientar que a grande demanda destas gentes dirigiu-se para os
grandes centros urbanos do litoral, especialmente na área da Grande Lisboa, locais
onde se encontra maioritariamente radicada a diáspora da Beira Serra, forçada a aí
procurar melhores condições de vida.
A Região assume-se como um espaço de diversidade geográfica e cultural,
simbolizadas por exemplo nas diferenças da arquitetura tradicional, como as
edificações de xisto e lousa típicas nas áreas serranas, bem como de granito e telhas
de barro, no planalto beirão - com complementaridades enraizadas pela história, fruto
do convívio secular destas gentes, das teias de cumplicidade geradas ao longo dos
tempos e das próprias interdependências subsistentes, os quais conferem ao território
uma identidade e homogeneidade próprias e com enorme potencial de reforço.
O seu património histórico e cultural é bastante importante, rico e diversificado,
salientando-se as numerosas associações culturais e recreativas que muito têm
contribuído para o desenvolvimento da região e fortalecido o enraizamento das
gerações mais novas, bem como a gastronomia, influenciada por esses povos, onde as
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receitas tradicionais aproveitam os recursos naturais ou resultantes da prática da
atividade agrícola/pecuária desenvolvida nesta região. As Confrarias Gastronómicas
contribuem, positivamente, para aperfeiçoar e alargar ainda mais as receitas culinárias,
nomeadamente as confrarias do Queijo Serra da Estrela (Oliveira do Hospital), do
Bucho de Arganil, do Medronho e dos Carolos (Tábua), do Cabrito e da Castanha
(Góis), evidenciando o relevante papel na valorização e promoção da gastronomia da
Beira Serra, bem como demonstrando a sua importância no contexto socioeconómico.
O vigor económico dos três concelhos é diferenciado no que concerne às atividades
económicas dominantes. Esta região apresenta ainda características do tipo rural,
embora o sector industrial, nomeadamente no domínio das confeções, madeiras,
cerâmica e metalomecânica abranja ainda uma parte significativa da população.
Destaca-se também a atividade da Construção Civil, a qual emprega um considerável
número de operários, ainda que não especializados.
Esta região é também caracterizada pela sua beleza natural, principalmente nas zonas
onde se situam os vales dos rios Mondego, Alva e Alvôco, bem como das serras e
aldeias típicas que a constituem. É fruto destas características ímpares que, nos
últimos tempos, se tem apostado no desenvolvimento turístico como atividade
preponderante e decisiva, no que concerne ao progresso da região.
4.2.Caracterização da Escola
4.2.1.Resenha Histórica
A Escola Profissional foi criada em 1991 após uma reflexão atenta das necessidades da
região em que se insere e de acordo com os resultados de estudos de carácter
socioeconómico. No âmbito do enquadramento legal vigente, a candidatura ao
PRODEP I (Programa de Desenvolvimento Educativo para Portugal), após inquéritos às
Empresas e alunos potencialmente interessados, protocolos entre as Câmaras de
Tábua e Oliveira do Hospital e Empresas Promotoras.
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A criação e funcionamento desta Escola, emerge da celebração de um contrato
programa entre o Estado, representado pelo GETAP – Gabinete de Educação
Tecnológica, Artística e Profissional e as Câmaras Municipais de Oliveira do Hospital e
Tábua, representadas pelos respetivos Presidentes. Constituem portanto estas duas
entidades, as principais promotoras da EPTOLIVA, adotando esta designação
abreviada, em função da sua natureza e topónimos das respetivas sedes de concelho.
Imediatamente, após a assinatura do Contrato Programa, foi disponibilizado um espaço
provisório para o funcionamento dos três primeiros cursos que tiveram início em 1991.
O edifício sede definitivo foi concluído em Janeiro de 1992, após obras de recuperação
e ampliação.
O pólo de Tábua funcionou no edifício municipal em regime provisório, vindo a ser
encerrado por falta de condições de trabalho. Atualmente funciona num espaço
autónomo adaptado para o efeito pela Câmara Municipal de Tábua.
Na vila de Arganil, a EPTOLIVA teve o seu início de funcionamento no ano letivo de
1997/98.
Foi modificado o regime de funcionamento das escolas e cursos profissionais, através
do Decreto-Lei n.º 4/98 de 8 de Janeiro, tendo então sido criada a ADEPTOLIVA como
entidade proprietária, a qual iniciou as suas funções em Janeiro de 2000.
Atualmente, a Escola está instalada nos três concelhos, sendo a sua sede em Oliveira
do Hospital, apresentando um conjunto de 12 cursos num total de 174 alunos.
4.2.2.Caracterização Física
A Escola sede está localizada no centro da cidade de Oliveira do Hospital e funciona
em instalações da Câmara Municipal, num antigo edifício onde outrora funcionou uma
escola primária, o qual foi fortemente remodelado no que respeita à reorganização dos
espaços com o objetivo de as tornar mais funcionais e confortáveis. Atualmente
encontram-se adaptadas ao tipo de cursos e ao decorrer das atividades letivas bem
como ao número de alunos que a frequentam. Fazem parte destas instalações quatro
salas normais, dois laboratórios para as áreas de eletrónica, instalações elétricas e
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“PENSAR O FUTURO” 18
manutenção industrial, duas salas de informática (com equipamento fixo) e um estúdio
de montagem e reprodução audiovisual. Todas estas salas encontram-se equipadas
com quadros interativos. Conta ainda com uma oficina, totalizando nove espaços de
aula. Para além destes espaços, a escola conta com uma Biblioteca/Videoteca, uma
sala de professores e um Gabinete de Apoio e Orientação Profissional. Este Gabinete
assegura, na prossecução das suas atribuições, o acompanhamento do aluno,
individualmente ou em grupo, ao longo do processo educativo, bem como o apoio ao
desenvolvimento do sistema de relações interpessoais no interior da escola e entre
esta e a comunidade. Para além disso, realiza sessões individuais ou coletivas para a
promoção do desenvolvimento pessoal e de ações de informação escolar e profissional,
propõe estratégias de apoio aos professores no âmbito psicopedagógico, procede ao
acompanhamento no processo de escolha escolar e/ou profissional dos alunos,
colabora em atividades de inserção social e sugere o encaminhamento e o
desenvolvimento de atividades, estágios ou outras experiências de trabalho em
colaboração com os serviços da comunidade. A equipa técnica do Serviço de Psicologia
e Orientação é constituída por uma psicóloga, sendo que podem recorrer todos os
elementos da comunidade educativa e ainda os pais e encarregados de educação, em
horário predefinido. A escola conta ainda com um Serviço de Educação Especial,
procurando incrementar medidas que visem a inclusão e sucesso educativos dos
alunos identificados com necessidades educativas especiais, de um modo tão pleno
quanto possível. Num espírito de articulação com outras estruturas da Escola,
assegura, para além do previsto no Decreto-Lei 3/2008, de 7 de janeiro, um
acompanhamento dos alunos, das suas famílias e dos profissionais docentes e não-
docentes.
Os serviços Administrativos e o gabinete da Direção apresentam espaços próprios e
adequadamente equipados. As instalações sanitárias são adequadas e bem localizadas
e os corredores são longos e bem dimensionados permitindo a realização de pequenas
exposições e outras atividades. Conta ainda com um espaço destinado a bar/espaço de
convívio.
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No pólo de Tábua as instalações são propriedade da Câmara Municipal, e foram
remodeladas para o efeito, sendo suficientemente amplas e adaptadas ao tipo de
cursos para os quais o Pólo tem autorização de funcionamento, e ao decorrer das
atividades letivo e número de alunos que as frequentam. Neste pólo funcionam duas
salas de aula normais, uma sala de Informática, todas equipadas com quadros
interativos, gabinetes de trabalho – Serviços Administrativos e Coordenação de Pólo,
uma Biblioteca, sala de professores e ainda um bar/espaço de convívio. As instalações
sanitárias são modernas e bem localizadas.
Em Arganil, a escola utiliza um espaço alugado destinado a formações pontuais,
nomeadamente Unidades de Formação de Curta Duração. Este tipo de formação
profissional é destinada a ativos adultos que pretendem aperfeiçoar os seus
conhecimentos, ou adquirir novos saberes, quer para uma reciclagem ou reconversão
profissional, quer para a sua (re) integração no mercado de trabalho.
4.3.Equipamento Geral/Específico
No que respeita a equipamento, material didático e de apoio, de uma maneira geral, a
Escola possui uma diversidade de equipamento que, dentro do possível, dá resposta às
necessidades do processo ensino aprendizagem.
Em todas as instalações, devido às características específicas dos cursos e ao tipo de
material utilizado, o equipamento informático está bastante atualizado, tendo a escola
apostado em adquirir material de fácil mobilidade tornando assim mais flexível uma
reestruturação dos espaços de acordo com as necessidades de cada curso.
Relativamente ao equipamento audiovisual, para além dos quadros interativos acima
referidos, a Escola possui diversos projetores de vídeo, retroprojetores, máquinas de
filmar, máquinas fotográficas, estúdio de montagem e reprodução audiovisual,
televisores e leitores de vídeo.
As oficinas/Laboratórios da sede destina-se ao desenvolvimento de atividades relativas
aos Cursos com vertentes/disciplinas de práticas oficinais para as áreas de Eletrónica,
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Manutenção Industrial e Instalações Elétricas, e inclui bancadas de trabalho e material
específico para os diferentes cursos.
4.4.Caraterização Humana da Comunidade educativa
4.4.1.Alunos
A população escolar da EPTOLIVA no presente ano letivo, 2012/2013 é constituída por
167 alunos, abrangendo uma percentagem de aproximadamente 17% de alunos
estrangeiros provenientes de S. Tomé e Príncipe e Cabo Verde.
Com o intuito de apurar mais informações sobre os alunos foi elaborado e distribuído a
todos, um inquérito que permitiu, em conjunto com informações cedidas pelos serviços
administrativos, tirar as seguintes conclusões:
Frequentam atualmente a sede da escola 139 alunos, assim distribuídos:
1º Ano do Curso Técnico de Turismo, com 18 alunos, 13 do sexo feminino e
5 do sexo masculino, e idade média aproximada de 16,8 anos;
1º Ano do Curso Técnico de Apoio à Gestão Desportiva, com 13 alunos,
todos do sexo masculino, e idade média aproximada de 17,8 anos;
1º Ano do Curso Técnico de Manutenção Industrial - variante
Mecatrónica Automóvel, com 22 alunos, todos do sexo masculino, e idade
média aproximada de 17,3 anos;
2º Ano do Curso Técnico de Instalações Elétricas, com 14 alunos, todos
do sexo masculino, e idade média aproximada de 17,2 anos;
2º Ano do Curso Técnico de Eletrónica, Automação e Comando, com 10
alunos, 1 do sexo feminino e 9 do sexo masculino, e idade média aproximada
de 17,8 anos;
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“PENSAR O FUTURO” 21
2º Ano do Curso Técnico de Turismo, com 18 alunos, 6 do sexo feminino e
12 do sexo masculino, e idade média aproximada de 18,2 anos;
3º Ano do Curso Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, com
15 alunos, 1 do sexo feminino e 14 do sexo masculino, e idade média
aproximada de 19,9 anos;
3º Ano do Curso Técnico de Design - variante Design de Equipamentos,
com 15 alunos, 5 do sexo feminino e 10 do sexo masculino, e idade média
aproximada de 20,4 anos;
3º Ano do Curso Técnico de Turismo, com 14 alunos, 13 do sexo feminino e
1 do sexo masculino, e idade média aproximada de 19,7 anos;
Frequentam o Pólo de Tábua 28 alunos, assim distribuídos:
1º Ano do Curso Técnico de Auxiliar de Saúde, com 18 alunos, 16 do sexo
feminino e 2 do sexo masculino, e idade média aproximada de 17,3 anos;
3º Ano do Curso Técnico de Restauração – variante Restaurante e Bar,
com 10 alunos, 8 do sexo feminino e 2 do sexo masculino, e idade média
aproximada de 21,3 anos;
A população discente encontra-se numa faixa etária entre os 15 e os 23 anos,
genericamente situada acima do considerado normal para os anos que frequenta,
sendo a média de idades aproximada de 18,4, resultante do insucesso no seu percurso
escolar, em que só apenas aproximadamente 20% dos alunos não foram alvo de
qualquer retenção. Da análise aos dados recolhidos nos inquéritos, verifica-se que a
maioria dos alunos apresenta entre 1 a 2 retenções no seu percurso escolar, sendo
estas, particularmente incidentes no primeiro e último ano do 3º ciclo.
Neste contexto, há a referir que 49% dos alunos concluíram o 9º ano com negativa a
uma ou a mais disciplinas, sendo Matemática a disciplina com maior insucesso e onde
detêm mais dificuldades. A modalidade de conclusão do ensino básico é caracterizada
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“PENSAR O FUTURO” 22
71%
28% 1%
0%
Modalidade de Ensino Concluída no 9º ano
Ensino Regular CEF RVCC PCA
51%
25%
21% 3%
Nº Negativas Final 9º ano
0 1 2 >3
por 28% de alunos provenientes de cursos CEF e 71% de alunos provenientes do
ensino regular.
Verifica-se ainda que em relação aos hábitos de estudo, a maioria dos alunos refere que
não gosta de estudar, sendo Matemática, Inglês, Português e Física e Química as
disciplinas às quais apresentam maiores dificuldades e que os alunos manifestam ser
devidas a: falta de estudo (44%), falta de interesse (20%), dificuldades de compreensão
(15%), problemas pessoais (9%) e falta de conhecimentos do ano anterior (8%) e
podendo a escola desenvolver atividades de forma a ajudar os alunos nesse sentido.
Caracterização Alunos 1
44%
20%
9%
0%
15% 8% 4% 0%
Principais Dificuldades
Falta de Estudo Falta de Interesse
Problemas Pessoais Problemas de Saúde
Dif. Compreensão Conhec. Ano Anterior
Ativ. Domésticas Outras
Caracterização Alunos 1 Caracterização Alunos 2
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 23
O baixo nível de escolaridade dos pais acaba por se apresentar também como um
problema no apoio aos seus educandos, uma vez que 41% e 10% dos pais e mães,
respetivamente, possuem a 4ª classe, enquanto apenas 21% e 25% dos pais e mães,
respetivamente, concluíram o 6º ano (2º Ciclo). Relativamente à conclusão do 9º ano
(3º ciclo), resultam as percentagens de 21% e 24% dos pais e mães, respetivamente.
Quanto à idade dos mesmos, verifica-se que apresentam uma média aproximada de
47,7 e 44,4 anos, para pais e mães, respetivamente.
Caracterização Alunos 2
Caracterização Alunos 3
0% 4%
34%
29%
17%
11% 4% 1%
Habilitações Literárias da Mãe Não sabe ler nem escrever 1º Ciclo Incompleto
1º Ciclo 2º Ciclo
3º Ciclo Secundário
Bacharelato-Licenciatura Mestrado-Doutoramento
1% 4%
41%
21%
21%
9% 2%
1%
Habilitações Literárias do Pai Não sabe ler nem escrever 1º Ciclo Incompleto
1º Ciclo 2º Ciclo
3º Ciclo Secundário
Bacharelato-Licenciatura Mestrado-Doutoramento
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 24
9%
27%
20%
44%
Horas a que sai de Casa
<7:00 7 a 7:30 7:30 a 8 >8:00
39%
34%
21% 6%
Horas a que regressa a casa
17 a 17:30 17:30 a 18
18 a 18:30 > 18:30
40%
25%
16% 11%
8%
Distância de Casa à Escola (em km)
<5 5 a 10 10 a 15 15 a 20 >20
41%
31%
13% 15%
Tempo Dispendido no Transporte
< 10 10 a 20 20 a 30 > 30
Relativamente à empregabilidade dois pais, salientar que se encontram
desempregados aproximadamente 11% e 12,5%, pais e mães respetivamente. Realçar
o facto de aproximadamente 24% das mães serem domésticas.
Analisando os horários de saída dos alunos de casa e consequente regresso, verifica-se
que 44% dos alunos sai após as 8h, embora uma fatia importante, 27%, saia de casa
entre as 7h e as 7h30m. No regresso, 39% chega entre as 17h e as 17h30m, enquanto
34% chega entre as 17h30m e as 18h.
Pode constatar-se que o meio de transporte mais utilizado para realizar o percurso
casa/escola e vice-versa é o transporte escolar, com 47% dos alunos, realçando
também o facto de 30% se deslocarem a pé e 19% em viatura própria. Deste modo,
se percebe o facto de 40% dos alunos viverem a menos de 5km das escola e apenas
8% a mais de 20 km da escola. Diretamente relacionado com os fatores analisados
atrás, está o tempo despendido na deslocação, no qual 41% revela que demora menos
de 10minutos a chegar de casa à escola e 31% entre 10 e 20 minutos.
Caracterização Alunos 6 Caracterização Alunos 7
Caracterização Alunos 8 Caracterização Alunos 9
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 25
49% 51%
Prosseguir Estudos
Sim Não
Da análise dos inquéritos, verifica-se a premência em a Escola promover e incentivar
os alunos à realização de atividades nos tempos livres, uma vez que a maioria dos
jovens manifesta apenas o interesse em atividades relacionadas com o computador,
internet e desporto, sendo estas, muito pouco diversificadas e redutoras a um
desenvolvimento integrado e globalizado.
No que concerne ao futuro pessoal e profissional dos alunos, a maioria não manifesta
uma definição clara sobre objetivos futuros relativos a uma profissão a exercer,
verificando-se que 51% dos alunos não pretende prosseguir estudos, mas não revela
na sua grande maioria a preferência por uma futura área de emprego, apesar de as
principais razões manifestadas pelos alunos a frequentar um curso profissional se
deverem à possibilidade de conseguir um emprego.
A frequência de um curso profissional na EPTOLIVA tem como motivos base, o facto de
a escola possuir boas instalações e equipamentos, a qualidade dos profissionais e a
escola ter prestígio, verificando-se que os alunos inquiridos obtiveram a informação
sobre os cursos ministrados nesta escola essencialmente através de ex-alunos/alunos e
publicidade, sendo os amigos e familiares os principais orientadores no apoio à escolha
do curso frequentado.
Caracterização Alunos 4
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 26
4.4.2.Pessoal Docente
A Escola dispõe de um quadro de pessoal docente interno e recorre à contratação de
professores e outros formadores específicos das diferentes áreas técnicas.
Prestam serviço na EPTOLIVA um leque de formadores habilitados e experientes,
possuidores de adequada formação superior ou técnica e com experimentada formação
pedagógica, naturalmente qualificados (de acordo com as exigências dos planos
curriculares dos cursos solicitados) e que podem desenvolver um ensino e formação de
qualidade e comprovada utilidade.
Assim, no presente ano letivo, exercem funções docentes na EPTOLIVA vinte e três
formadores com média de idades de 39,6 anos, onde a maioria constitui um grupo de
trabalho jovem, mas com experiência adquirida, fruto do tempo de serviço realizado, e
por isso capaz de imprimir uma dinâmica de trabalho facilitadora da consecução dos
objetivos da escola.
Caracterização Docente 1
Caracterização Docente 2
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 27
Caracterização Docente 3
Grupos de Recrutamento:
Código Área Disciplinar Nº
Professores Código
Área
Disciplinar
Nº
Professores
300 Português 2 530 Educação
Tecnológica 1
330 Inglês 1 540 Eletrotecnia 2
350 Espanhol 1 550 Informática 2
400 História 1 620 Educação Física 1
420 Geografia 1 Turismo 2
430 Economia/Contabilidade 2 Psicologia 1
500 Matemática 1 Hotelaria 1
510 Física/Química 1 Enfermagem 2
520 Biologia/Geologia 1
4.4.3.Pessoal Não Docente
A EPTOLIVA tem ao seu serviço como pessoal não docente quinze elementos, com
formação de acordo com a especificidade da ação que exercem, repartidos pela
direção, serviços administrativos e auxiliares de ação educativa.
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 28
Direção: atualmente composta por 5 elementos: Diretor Executivo, Diretor
Pedagógico, Diretor Administrativo e Financeiro, Assessor/Adjunto e
Coordenador do Pólo de Tábua;
Serviços Administrativos: contando atualmente com 6 elementos, um dos
quais a realizar estágio profissional. A sua função, para além da participação na
gestão administrativo/financeira, situa-se também no prestar apoio logístico nas
diversas áreas, nomeadamente pessoal, alunos e ação social escolar;
Auxiliares de Ação Educativa: contanto atualmente com 4 elementos, um
dos quais a realizar estágio profissional, que poiam a ação pedagógica dos
professores e desenvolvem todas as atividades de vigilância no interior e
exterior da escola, asseguram o normal funcionamento das Bibliotecas e Bares,
assim como a limpeza e manutenção dos espaços escolares.
Ficam de seguida alguns gráficos ilustrativos de algumas características do pessoal não
docente, mais especificamente dos serviços administrativos e auxiliares de educação
educativa.
Caracterização não docente 1
Caracterização não docente 2
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 29
4.5.Estrutura Organizacional e Funcional
4.5.1.Estrutura Organizacional
A. ADEPTOLIVA
A Entidade Proprietária – ADEPTOLIVA é o órgão que define os objetivos da EPTOLIVA
e todos os demais aspetos fundamentais da sua organização e funcionamento, sendo
responsável pela definição de linhas orientadoras da atividade na Escola e de
participação e representação da Comunidade Escolar.
É composta pelos seguintes órgãos: Assembleia Geral, Direção e Conselho Fiscal.
B. EPTOLIVA
A Escola Profissional EPTOLIVA tem uma estrutura organizacional que se baseia:
Na participação de todos os intervenientes do processo educativo e na
orientação global da escola;
Na distinção entre órgãos de direção, de orientação pedagógica e de consulta;
Na distinção entre direção administrativa e direção pedagógica;
Na nomeação da direção pedagógica e dos membros do órgão de orientação
educativa.
A organização do modelo de gestão mais adequado ao funcionamento da escola é
determinado pela constituição e competências de cada órgão de gestão, enumerados
nos Estatutos e Regulamento Interno da EPTOLIVA, e cujo organigrama a seguir se
apresenta:
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 30
Assembleia
GeralDirecção
Conselho
Fiscal
Conselho
Consultivo
Direcção
Executiva
Director Administrativo
e FinanceiroDirector ExecutivoDirector Pedagógico
Coordenadores de Pólos
Serviços
de Apoio
Educativo
Grupos/Áreas
Disciplinares
Conselho
Pedagógico
Directores
de Turma
Coordenadores
de Curso
Gabinete Orientação
Escolar Profissional
Conselhos
de Turma
Limpeza
Secretaria Reprografia
Contabilidade
FormandosAuxiliares de
Acção EducativaFormadores
Funcionários
Administrativos
ADEPTOLIVA
(Entidade Proprietária)
EPTOLIVA
(Escola Profissional)
Assessor/Adjunto
Gabinete
da Qualidade
Direcção
Técnico-Pedagogica
Serviços
Administrativos
Serviços
de Logística
Gabinete Cooperação
Escola Promotores
Estrutura organizacional e funcional da escola profissional EPTOLIVA
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 31
4.5.2. Estrutura Curricular
A estrutura Curricular dos Cursos Ministrados na EPTOLIVA, atualmente de Nível 4
União Europeia, baseia-se numa conceção modular dos seus planos de estudo e
programas, facilitadores da construção do itinerário de formação mais adaptado a cada
aluno e valorizador dos saberes, experiências e interesses que ele possui.
A organização curricular dos cursos ministrados é aberta e flexível, capaz de dar
resposta aos desafios da formação profissional dos dias de hoje, estruturando-se ao
longo de três anos escolares, em torno de três componentes de formação. Os planos
de estudos incluem uma componente de formação sociocultural comum a todos os
cursos, uma componente científica comum aos mesmos cursos de área de formação e,
uma componente de formação técnica, prática, artística e tecnológica.
A formação é organizada em módulos, unidades de aprendizagem de natureza e
duração variáveis que se combinam entre si, formando uma estrutura modular.
A modularização do ensino profissional constitui uma organização didática dos
conteúdos de formação, tendo em vista a distribuição dos elementos teóricos e
práticos do conhecimento em unidades simples e autossuficientes e tem características
que o distinguem dos sistemas tradicionais:
A formação é centrada no aluno e nas suas necessidades
formativas/profissionais;
É permanente a sua adaptação às condições técnicas locais;
Todo o módulo pode ser utilizado como pré-requisito ou como módulo de
aperfeiçoamento;
Os trabalhos práticos combinam-se com a formação em contexto de trabalho.
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 32
5. O PROJETO
5.1.Auscultação da Comunidade Educativa
Para a elaboração deste projeto educativo foi realizado um diagnóstico de situação da
escola enquanto organização e instituição educacional nas suas múltiplas dimensões.
Esse diagnóstico teve como base inquéritos realizados à comunidade educativa, a
saber:
Encarregados de educação;
Alunos;
Pessoal docente;
Pessoal não docente.
Deste diagnóstico emerge um conjunto de pontos fortes associados a boas práticas e,
igualmente, um conjunto de pontos fracos associados a ações a desenvolver/melhorar
no seio da instituição.
5.1.1.Encarregados de Educação
Foi entregue a todos os encarregados de educação, um questionário, por forma a
avaliar a sua opinião relativamente à nossa escola. No entanto, apenas uma pequena
parte desses, nos devolveu esse mesmo inquérito, cerca de 36,5%.
Da análise efetuada aos inquéritos entregues podemos afirmar que as opiniões acerca
da nossa escola seguem uma linha bastante positiva. Tendo sido apontado, na ótica,
dos encarregados de educação, como desvantagens o desconhecimento do
regulamento interno da escola, o desagrado das refeições servidas na cantina aos seus
educandos e o desconhecimento acerca da existência do professor de Educação
Especial. Pode-se referir que, pelo menos dois dos pontos desvantajosos apontados
pelos Encarregados de Educação (o desconhecimento do Regulamento Interno e o
desconhecimento acerca da existência do Professor de Educação Especial) reflete o
não envolvimento dos mesmos no percurso escolar dos seus educandos.
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 33
Encarregados de Educação 1
Encarregados de Educação 1
Já no que concerne aos pontos positivos, esses são muitos mais, destacando-se aqui
apenas os de mais relevância.
Tendo em conta que a falta de assiduidade dos alunos pode comprometer o ano
escolar, bem como a conclusão do curso, a escola preocupa-se com esta questão,
estando sempre muito atenta a estas situações. Este é um aspeto positivo que os
Encarregados de Educação também destacam.
Encarregados de Educação 2
Encarregados de Educação 2
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 34
Uma outra questão que se afigura de extrema importância é a imagem da escola e a
promoção da informação acerca dos cursos ministrados na nossa escola e as suas
saídas profissionais. Os Encarregados de Educação, destacam esta questão como um
ponto positivo. Levando-nos a pensar que a escola se encontra no bom caminho, no
que se refere à promoção da nossa escola.
Encarregados de Educação 3
Sendo a qualidade de ensino um aspeto fundamental para uma formação de
excelência aos nossos alunos, a nossa escola preocupa-se com esta questão e, como
tal, possui um corpo docente de elevada competência e profissionalismo. Este ponto
fulcral é visto pelos Encarregados de Educação como um ponto positivo.
Encarregados de Educação 6
Encarregados de Educação 7
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 35
Os Encarregados de Educação destacam ainda como ponto positivo da nossa escola, a
qualidade no atendimento que a escola proporciona aos mesmos.
Encarregados de Educação 4
5.1.2.Alunos
Tendo em conta que um projeto educativo tem como principio base proporcionar uma
formação de qualidade e a inserção numa vida ativa cada vez mais competitiva e em
constante mudança, dos nossos alunos. Afigura-se de extrema importância a
auscultação dos mesmos por forma de conhecermos a opinião que estes têm acerca da
escola que frequentam.
Como tal e, à semelhança do que foi realizado junto dos Encarregados de Educação,
procedeu-se à execução de um questionário.
Da análise efetuada a este questionário podemos referir que os nossos alunos têm
uma opinião bastante positiva em relação à escola.
Destacando apenas como aspeto menos positivo a qualidade das refeições da cantina
e a página da internet da escola/ facebook. No entanto, importa referir que a questão
da qualidade das refeições da cantina é, de alguma forma alheio à nossa escola, uma
vez que a cantina não é nossa propriedade e é explorada por outra entidade.
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 36
De entre um elevado número de aspetos positivos, destacados pelos nossos alunos,
podemos referir os seguintes:
A relação com os professores;
A forma como é tratado;
A competência dos professores;
A exigência dos professores;
As atividades promovidas pela escola;
A relação com os auxiliares de ação educativa/ secretaria.
5.1.3.Pessoal docente
Todos os docentes responderam ao questionário que lhes foi entregue, revelando total
interesse em emitir a sua opinião relativamente à nossa escola.
Da análise efetuada aos inquéritos podemos afirmar que as opiniões acerca da nossa
escola seguem uma linha com bastantes pontos positivos.
Como pontos menos positivos, na perspetiva, dos docentes, referem o facto de não
estarem bem por dentro do Plano de Prevenção e Emergência da Escola, mostrando
assim a necessidade de uma maior intervenção, por parte da escola, em atividades que
permitam divulgar de uma forma mais eficaz os trâmites a seguir numa situação de
emergência.
Docentes - Gráf 1
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 37
Um dos pontos importantes a ter em conta no processo de ensino e de forma a obter
melhores resultados, é a questão da interdisciplinaridade. De acordo com 38% dos
inquiridos, deveria existir uma maior interligação entre as disciplinas/docentes, de
forma a promover as atividades com maior interesse e proveito para os jovens.
Docentes - Gráf 2
A aposta em atividades de formação contínua é essencial para o desenvolvimento
pessoal/profissional de cada um, sendo este um aspeto importante para a utilização de
conhecimentos e desenvolvimento de competências nos seus campos de especialidade.
No entanto, cerca de 35% dos inquiridos referem que não investem muito na sua
formação contínua/reciclagem. Este facto poderá estar diretamente relacionado com
alguns fatores externos como a atual conjuntura do país.
Docentes - Gráf 3
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 38
Relativamente aos pontos positivos, destacam-se os seguintes:
De forma a auxiliar os professores no seu desempenho, a escola preocupa-se em
facilitar os recursos necessários, atendendo desta forma às necessidades dos docentes.
Como tal a escola tem em conta as propostas e necessidades dos departamentos e
professores na aquisição do material didático. Estas opiniões são partilhadas pela
maioria dos auscultados.
Docentes - Gráf 4
Docentes - Gráf 5
De forma a promover uma formação em contexto de trabalho de excelência, a escola
mantem contactos regulares com as empresas e autarquias e outros interessados,
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 39
garantindo desta forma estágios de qualidade aos seus alunos, nas mais diversas
áreas. Esta atitude é corroborada pela maioria dos docentes.
Docentes - Gráf 6
Outro aspeto visto como bastante positivo, na opinião dos docentes, é a
disponibilidade da informação apropriada e atempada para o desempenho das suas
funções.
Docentes - Gráf 7
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 40
O rápido desenvolvimento das tecnologias informáticas está a provocar mudanças
enormes na organização da nossa vida e do nosso trabalho. Embora este
desenvolvimento implique uma mudança drástica das nossas formas de ensinar e
aprender, é com elas que se destaca a otimização do aproveitamento dos alunos e do
próprio trabalho do professor. Atenta a estas mudanças, a escola acompanha de uma
forma regular o uso destas tecnologias, utilizando uma plataforma eletrónica para
centralizar toda a informação relacionada com a formação, bem como promover a sua
imagem através da página de internet e jornal.
Docentes - Gráf 8
Uma vez que a escola se preocupa com o acompanhamento do aluno, individualmente
ou em grupo, ao longo do processo educativo, bem como o apoio ao desenvolvimento
do sistema de relações interpessoais no interior da escola e entre esta e a comunidade,
possui um serviço de apoio educativo designado por Gabinete de Orientação Escolar e
Profissional e Ensino Especial. Tendo em conta estas preocupações, é efetuada uma
reflexão por parte do corpo docente sobre os resultados obtidos pelos alunos,
promovendo a adequação das metodologias e a oferta dos apoios educativos,
contribuindo de alguma forma para o controlo do abandono escolar. É opinião da
maioria dos docentes que estes serviços respondem às necessidades da comunidade
educativa.
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 41
Docentes - Gráf 9
Docentes - Gráf 10
Docentes - Gráf 11
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 42
É também da opinião generalizada pela parte dos docentes que a escola coopera em
atividades culturais do seu concelho, incentivando a comunidade educativa a colaborar
neste tipo de atividades.
Docentes - Gráf 12
Docentes - Gráf 13
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 43
Por último, na opinião generalizada dos docentes, a oferta educativa é adequada.
Docentes - Gráf 14
5.1.4.Pessoal não docente
Foi entregue a todo o pessoal não docente um questionário tendo uma adesão de
100% à sua resposta, revelando um interesse elevado em dar a opinião relativamente
à nossa escola.
Da análise efetuada aos inquéritos entregues podemos afirmar que as opiniões acerca
da nossa escola seguem uma linha bastante positiva. Como pontos menos positivos, na
ótica, do pessoal não docente, registou-se uma percentagem de 40% como não
satisfatória acerca do envolvimento da comunidade na tomada de decisões pela parte
da direção, e 30% não satisfatório na troca de informação entre os vários setores da
escola.
Não docente - Gráf 1
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 44
Não docente - Gráf 2
Já no que concerne aos pontos positivos, destacam-se os seguintes:
Tendo em conta a carga horária praticada pelos docentes e não docentes, existe a
necessidade e preocupação pela parte da escola em tornar o ambiente de trabalho
harmonioso. Desta forma, 80% dos inquiridos consideram a escola, um local bastante
agradável para estar.
Não docente - Gráf 3
Uma outra questão que se afigura de extrema importância e que contribui para o bem-
estar na escola é a relação com os colegas de trabalho. Neste ponto 60% dos
inquiridos consideram esta relação como boa e 10% muito boa. Este ponto leva-nos a
pensar que a equipa de trabalho funciona bem tirando mais proveito do seu trabalho.
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 45
Não docente - Gráf 4
Também existe uma boa relação com os professores e alunos da escola na opinião de
mais de 80% dos inquiridos, revelando que o bom ambiente se alastra a toda a escola
tornando-a assim um espaço agradável de se estar e trabalhar.
Não docente - Gráf 5
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 46
Não docente - Gráf 6
O pessoal não docente destaca ainda como ponto positivo o material que tem à
disposição para a realização das suas tarefas adequado às exigências. Desta forma,
autoavaliam-se de forma positiva na sua participação no dia-a-dia da escola.
Não docente - Gráf 7
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 47
Não docente - Gráf 8
De forma a haver uma boa produtividade no trabalho e ter tempo para outras áreas da
nossa vida, existe a necessidade de trabalhar bem, mas sem excessos. Neste ponto, o
horário da escola e dos Serviços Administrativos são também um dos aspetos positivos
da escola.
Não docente - Gráf 9
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 48
Não docente - Gráf 10
É muito importante que os objetivos básicos da Escola estejam bem definidos e que
sejam conhecidos por todos, pois a chave do sucesso é o trabalho em equipa. Nesta
questão o pessoal não docente indica estar familiarizado com esses objetivos de forma
a realizá-los nas suas áreas de trabalho.
Não docente - Gráf 11
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 49
Por último, o funcionamento da escola é avaliado como Bom, na opinião de 70%
pessoal não docente.
Não docente - Gráf 12
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 50
5.2.Diagnóstico
Tendo como desígnio a definição dos objetivos e a implementação do Projeto
Educativo, a informação proveniente dos inquéritos distribuídos aos alunos, bem como
da auscultação aos encarregados de educação, professores e entidades promotoras da
escola, permitem enunciar pontos fracos e pontos fortes.
5.2.1.Pontos Fracos
Uma reflexão sobre os constrangimentos que podem criar obstáculos a que a escola
materialize os seus objetivos e atinja as metas a que se propõe, conduz-nos,
inevitavelmente, a problemas de natureza socioeconómica, pedagógico-didática, de
caráter material ou de disponibilidade de recursos humanos. Deste modo enuncia-se
alguns dos pontos fracos identificados:
Défice no acompanhamento da vida escolar dos alunos pelos pais e
encarregados de educação;
Agregados familiares carenciados, com o consequente reflexo no nível de vida
dos alunos;
Falta de motivação em relação ao estudo;
Conselhos de turma instáveis (demora na finalização da turma, quer por
entrada quer por desistência de alunos);
Aumento do número de comportamentos desajustados;
Falta de expetativas/objetivos futuros;
Elevado número de alunos submetidos a Atividades de Recuperação de
Aprendizagem;
Desadequação do nível de conhecimentos, capacidade e atitudes prévias dos
formandos;
Ausência de espaço recreativo/lúdico, como sala de convívio/bar;
Qualidade das refeições servidas na cantina;
Otimização dos tempos da componente não letiva dos professores,
privilegiando o trabalho em equipa;
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 51
Utilização e controlo do material informático disponível em sala de aula;
Ausência de formação aos colaboradores de forma a melhorar o padrão de
qualidade;
5.2.2.Pontos Fortes
Os constrangimentos devem estar devidamente reconhecidos para que se possam
superar, sendo para isso fundamental ter consciência das forças de que dispomos,
para as usarmos da forma mais adequada e apropriada, em cada situação. Na Escola,
podemos identificar um conjunto de pontos fortes capazes de reforçar a sua atividade
na concretização de um serviço educativo de crescente qualidade.
Estabilidade e profissionalismo do corpo docente e não docente;
Crescente utilização da plataforma de comunicação, potenciando o trabalho
colaborativo e a partilha;
Adequação e diversidade de ofertas educativas à comunidade educativa;
Diversidade de oferta de atividades de enriquecimento e complemento
curricular;
Resposta adequada às carências educativas dos alunos, em particular à
integração de alunos com necessidades educativas especiais;
Bom relacionamento entre alunos, professores e funcionários;
Questões disciplinares residuais, que não interferem com a atividade escolar;
Bom equipamento e espaços pedagógicos;
Envolvimento e abertura da escola à comunidade envolvente;
Possibilidade de estágios profissionais nacionais/internacionais;
Preferências do curso e/ou escola com aquisição de uma profissão futura;
Taxa de empregabilidade dos alunos que concluem o curso;
Valorização do sucesso dos alunos através das iniciativas diversificadas;
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 52
5.3. Objetivos
Tendo em conta o contexto onde se insere a escola, as especificidades da comunidade
educativa e escolar, os seus recursos e constrangimentos, os valores e princípios que
orientam a sua organização, e tendo em vista dar pleno cumprimento à sua missão, a
Eptoliva desenvolverá a sua atividade orientada para o cumprimento dos objetivos que
aqui se explicitam e que se assumem como a sua carta de compromisso.
1. Promover a diversificação da oferta formativa em função das preferências
manifestadas pelos jovens e as necessidades do mercado de trabalho;
2. Contribuir para a realização pessoal dos jovens, proporcionando,
designadamente, a preparação adequada para a vida ativa, facultando
mecanismos de aproximação entre a escola e o mundo do trabalho, inclusive de
alunos com necessidades educativas especiais (nomeadamente através da
planificação, realização e avaliação de estágios curriculares);
3. Proporcionar uma formação integral e integrada dos jovens, facultando uma via
alternativa de ensino, cuja conclusão permite a obtenção de uma certificação
de Nível 4 da União Europeia que possibilita a equivalência a habilitações de
nível secundário e ao prosseguimento de estudos;
4. Prestar serviços educativos à comunidade na base de uma troca e
enriquecimento mútuos;
5. Criar, desenvolver e manter formas de colaboração com entidades do tecido
socioeconómico, com vista à concretização de projetos de formação de
indivíduos qualificados que respondam às necessidades do desenvolvimento
integrado;
6. Analisar necessidades de formação locais e regionais e proporcionar as
respostas formativas adequadas, contribuindo para o desenvolvimento social,
económico e cultural da comunidade, participando na tarefa de requalificação e
certificação de adultos ativos ou desempregados em busca de reconversão
profissional;
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 53
7. Promover a formação aos colaboradores a fim de atualizar o padrão de
qualidade e ensino da escola
5.4. Estratégias
1.1. Situar a diversificação da oferta formativa às preferências profissionais e às
necessidades do mercado, através da realização anual de inquéritos de
preferências profissionais a alunos a frequentar o 9º ano e da realização de
estudos de mercado local e nacional sobre as necessidades de formação;
2.1. Desenvolver, através do Gabinete de Orientação Escolar e Profissional, a avaliação
e diagnóstico das dificuldades que condicionam o percurso de
ensino/aprendizagem e ações de aconselhamento/orientação escolar, vocacional e
profissional dos formandos, incluindo alunos com necessidades educativas
especiais, que sentem necessidade de ajuda na construção/redefinição dos seus
projetos vocacionais, ou que necessitem simplesmente de uma orientação em
momentos específicos de transição;
2.2. Criar requisitos para a promoção do sucesso educativo, desenvolvendo
instrumentos que incrementem nos alunos hábitos e métodos de estudo, tal como
e entre outros, o Programa de Incentivo ao Estudo/ Mérito Escolar já em
funcionamento;
3.1. Promover programas e projetos que facultem respostas educativas e formativas,
com o principal objetivo de possibilitar a obtenção de níveis progressivos de
escolaridade e/ou qualificação profissional;
3.2. Proporcionar um ensino pautado pela exigência e rigor, de modo a preparar os
alunos para o prosseguimento de estudos;
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 54
3.3. Prosseguir objetivos educativos convergentes, ainda que alcançáveis por meios
diferenciados, no âmbito do plano anual de atividades;
4.1. Desenvolver atividades que envolvam, aproximem e integrem os encarregados de
educação na vida escolar;
4.2. Incentivar a participação em iniciativas de âmbito local, regional e nacional;
4.3. Apoiar ações de âmbito social, nomeadamente através de ação social escolar,
mobilizando a comunidade escolar para apoio a famílias e instituições carenciadas,
trabalhando os valores de solidariedade, da amizade e entreajuda;
5.1. Definir, através de instrumentos a desenvolver pela escola, o perfil de parcerias
estabelecidas e a estabelecer com as entidades socioeconómicas da região,
particularmente através da recolha de informação sobre as empresas e sobre os
requisitos dos postos de trabalho e perfis ocupacionais/profissionais solicitados;
5.2. Realizar intercâmbios, parcerias e protocolos com entidades da área de influência,
tecido social e empresarial da região e do país, de modo a fomentar a interação
escola/meio envolvente;
5.3. Estabelecer uma maior envolvência e participação entre a escola e o tecido
empresarial através da formação curricular, da formação em contexto de trabalho
e das provas de aptidão profissional;
6.1. Criar condições de valorização profissional dos ativos;
6.2. Aprofundar conhecimentos tecnológicos numa determinada área de formação;
6.3. Desenvolver competências para o exercício profissional;
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 55
6.4. Reforçar a capacidade técnica e organizativa das organizações empresariais;
7.1. Organizar debates e ações de formação, visando o enriquecimento do trabalho a
realizar a nível interno, recorrendo a dinamizadores externos com experiência em
áreas de interesse comum.
5.5. Indicadores de Medida
Taxa de abandono escolar
Taxa de conclusão do curso
Taxa de prosseguimento de estudos
Qualidade do sucesso escolar
Índice de sucesso nas provas de ingresso ao ensino superior
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 56
Taxa de FCT em empresas promotoras
Taxa de empregabilidade
Nota: para efeitos do cálculo do número de formandos matriculados no triénio de
formação, devido à instabilidade das turmas até ao final do 1º momento de avaliação
do primeiro ano de cada curso, esse número corresponderá ao número de alunos que
se encontrem a frequentar os respetivos cursos no dia 1 de Janeiro imediatamente
seguinte ao início do ciclo de formação.
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 57
Objetivos Estratégias Metas Indicadores de medida
1. Promover a diversificação da oferta
formativa em função das preferências
manifestadas pelos jovens e as necessidades do mercado de trabalho.
1.1. Situar a diversificação da oferta
formativa às preferências profissionais
e às necessidades do mercado, através da realização anual de
inquéritos de preferências profissionais a alunos a frequentar o 9º ano e a realização de estudos de
mercado local e nacional sobre as necessidades de formação.
1.1.1. Suprimir necessidades do mercado de
trabalho através da adequação das
respetivas áreas profissionais.
2. Contribuir para a realização pessoal dos
jovens, proporcionando, designadamente, a preparação adequada para a vida ativa, facultando mecanismos de aproximação
entre a escola e o mundo do trabalho, inclusive de alunos com necessidades
educativas especiais (nomeadamente através da planificação, realização e avaliação de estágios curriculares);
2.1. Desenvolver através do Gabinete de
Orientação Escolar e Profissional a avaliação e diagnóstico das dificuldades que condicionam o percurso de
ensino/aprendizagem e ações de aconselhamento/orientação escolar,
vocacional e profissional dos formandos, incluindo alunos com necessidades educativas especiais, que sentem
necessidade de ajuda na construção/redefinição dos seus projetos
vocacionais, ou que necessitem simplesmente de uma orientação em
momentos específicos de transição.
2.2. Criar requisitos para a promoção do
sucesso educativo, desenvolvendo instrumentos que incrementem nos
alunos hábitos e métodos de estudo, tal como e entre outros, o Programa de Incentivo ao Estudo/ Mérito Escolar já
em funcionamento.
2.1.1. Atingir ou aproximar a 10% a taxa de
abandono escolar.
2.2.1. Atingir ou aproximar a 65% a taxa de
conclusão do curso.
Taxa de abandono escolar
Taxa de conclusão do curso
3. Proporcionar uma formação integral e integrada dos jovens, facultando uma via
alternativa de ensino cuja conclusão permite a obtenção de uma certificação de Nível 4
3.1. Promover programas e projetos de facultem respostas educativas e
formativas, com o principal objetivo de possibilitar a obtenção de níveis
3.2.1. Atingir ou aproximar a 5% a taxa de
prosseguimento de estudos.
Taxa de prosseguimento de estudos
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 58
da União Europeia que possibilita a equivalência a habilitações de nível
secundário e ao prosseguimento de estudos.
progressivos de escolaridade e/ou qualificação profissional.
3.2. Proporcionar um ensino pautado pela
exigência e rigor, de modo a preparar os
alunos para o prosseguimento de estudos;
3.3. Prosseguir objetivos educativos
convergentes, ainda que alcançáveis por meios diferenciados, no âmbito do plano anual de atividades.
3.2.2. Atingir ou aproximar a 75% o índice de sucesso nas provas de ingresso ao ensino superior.
3.2.3. Atingir ou aproximar a 35% a qualidade do sucesso escolar.
Índice de sucesso nas provas de ingresso ao ensino superior
Qualidade do sucesso escolar
4. Prestar serviços educativos à comunidade
na base de uma troca e enriquecimento mútuos;
4.1. Desenvolver atividades que envolvam,
aproximem e integrem os encarregados de educação na vida escolar.
4.2. Incentivar a participação em iniciativas
de âmbito local, regional e nacional;
4.3. Apoiar ações de âmbito social,
nomeadamente através de ação social escolar, mobilizando a comunidade escolar para apoio a famílias e
instituições carenciadas, trabalhando os valores de solidariedade, da amizade e
entreajuda.
5. Criar, desenvolver e manter formas de colaboração com entidades do tecido socioeconómico, com vista à concretização
de projetos de formação de indivíduos qualificados que respondam às necessidades
do desenvolvimento integrado.
5.1. Definir através de instrumentos a desenvolver pela escola, o perfil de parcerias estabelecidas e a estabelecer
com as entidades sócio económicas da região, particularmente através da
recolha de informação sobre as empresas e sobre os requisitos dos
postos de trabalho e perfis ocupacionais/profissionais solicitados.
5.2. Realizar intercâmbios, parcerias e protocolos com entidades da área de
influência, tecido social e empresarial da
5.1.1. Efetivar os níveis de empregabilidade e promover o empreendedorismo
5.3.1. Garantir que 50% dos alunos realizem a componente FCT em empresas promotoras da escola e 25% dos
projetos da PAP resultem de ideias promovidas por empresas/promotoras.
Taxa de empregabilidade
Taxa de FCT em empresas promotoras
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
“PENSAR O FUTURO” 59
região e do país, de modo a fomentar a interação escola/meio envolvente.
5.3. Estabelecer uma maior envolvência e
participação entre a escola e o tecido empresarial através da formação
curricular, da formação em contexto de trabalho e das provas de aptidão
profissional.
6. Analisar necessidades de formação locais e regionais e proporcionar as respostas formativas adequadas, contribuindo para o
desenvolvimento social, económico e cultural da comunidade, participando na
tarefa de requalificação e certificação de adultos ativos ou desempregados em busca de reconversão profissional.
6.1. Criar condições de valorização profissional dos ativos;
6.2. Aprofundar conhecimentos tecnológicos numa determinada área de formação;
6.3. Desenvolver competências para o
exercício profissional;
6.4. Reforçar a capacidade técnica e
organizativa das organizações empresariais.
7. Promover a formação aos colaboradores a
fim de atualizar o padrão de qualidade e
ensino da escola.
7.1. Organizar debates e ações de formação
visando o enriquecimento do trabalho a
realizar a nível interno, recorrendo a dinamizadores externos com experiência
em áreas de interesse comum;
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
Mod. 7-71/a
Sede: Av. 5 de Outubro, Apartado 172, 3400-056 Oliveira do Hospital / Tel. 238 605 210 – Fax. 238 605 211 Pólo: Rua Dr. Fortunato Vieira das Neves, 3420-324 TÁBUA Tel./Fax. 235 413 865
Correio Eletrónico: [email protected]
6. DISPOSIÇÕES FINAIS
6.1.Resultados esperados
O Projeto Educativo é um documento orientador de todo e qualquer procedimento a adotar na
Escola. Daqui se deve depreender que todas as atividades a desenvolver na ou pela Escola,
bem como aquelas que constem do Plano Anual de Atividades, procuram sempre alcançar o
melhor grau de consecução dos objetivos do projeto.
6.2.Avaliação do projeto
Entende-se por avaliação do projeto, a análise da obtenção dos objetivos propostos,
nomeadamente através da materialização do Plano de Atividades de cada ano escolar e do
cumprimento do Regulamento Interno.
Cabe ao Conselho Pedagógico o acompanhamento e avaliação do Projeto Educativo, devendo
ser previstos momentos de avaliação intermédia e final.
Nos momentos de avaliação intermédia, no sentido de reconhecer os pontos fortes e os pontos
fracos, cada elemento da comunidade educativa poderá apresentar propostas de
alteração/reformulação do Projeto Educativo, para melhorar a forma de alcançar os objetivos
identificados, propostas essas que serão apresentadas e colocadas à apreciação e votação do
Conselho Pedagógico. Por este motivo, o Projeto Educativo é passível de revisão em função das
necessidades e interesses da comunidade educativa e da pertinência dos objetivos a
concretizar.
A avaliação final deverá efetuar uma reflexão crítica da concretização do Projeto Educativo.
6.3.Divulgação
O Projeto Educativo deverá ser largamente divulgado por toda a comunidade escolar,
especialmente no início de cada ano letivo, devendo ser publicado na página da Internet da
EPTOLIVA para uma divulgação acessível e globalizada.
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
61
6.4.Conclusão
A elaboração do Projeto Educativo da EPTOLIVA, para o triénio 2013/2016, permitiu-nos definir
e hierarquizar prioridades, tendo em conta o contexto específico da nossa escola, em prol dos
grandes problemas educativos sentidos pela nossa comunidade.
É nossa ambição proporcionar a cada aluno uma formação básica de qualidade que lhe permita
uma inserção profissional e social bem sucedida, num mundo em rápida constante mudança,
muito competitivo, onde se exige competência, capacidade de adaptação, rigor e desempenhos
relevantes.
A EPTOLIVA é uma instituição geradora de educação e não somente de instrução. A
concretização do Projeto Educativo da EPTOLIVA só poderá efetuar-se com o empenho e a ação
de todos, num trabalho partilhado e colaborativo, realizado no mesmo sentido, de modo a
tornar a vida na nossa escola, aliciante, motivadora enriquecedora e sobretudo formadora.
Para promover a concretização, com êxito do Projeto Educativo da EPTOLIVA é dever – É
MISSÃO – de cada um tomar conhecimento da sua existência.
O Projeto Educativo é um documento em permanente construção, que deve ser reformulado e
melhorado sempre que necessário, de modo a servir de base para a resolução de problemas
diagnosticados. Sendo assim, a sua elaboração/reformulação, implementação e avaliação
constituem uma responsabilidade e um desafio que devem ser partilhados por todos os
elementos da comunidade escolar. Só esse esforço conjunto possibilita o verdadeiro sucesso
educativo, através da construção dos quatro pilares essenciais da educação: APRENDER A
CONHECER, APRENDER A FAZER, APRENDER A VIVER JUNTOS E APRENDER A SER.
Preparar os alunos para a vida é precisamente o objetivo essencial, que estamos certos que
será atingido, se conseguirmos dos professores uma maior disponibilidade e um ensino mais
personalizado e ativo e um total empenho por parte dos alunos.
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
62
A EPTOLIVA pretende, em suma, um profissional humano, competente e que se adeque ao
perfil exigido pelo mundo empresarial e por uma sociedade que cada vez se revela mais
exigente.
A Escola está vivamente empenhada num trabalho sério e válido, que dignifique e promova
todos quantos neste projeto estão envolvidos.
Oliveira do Hospital, 8 e Julho de 2013.
PROJETO EDUCATIVO 2013/2016
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A Equipa de trabalho do Projeto Educativo da EPTOLIVA:
Carla Teresa Teixeira Leandro
(Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas Estudos Portugueses)
Eunice Miriam Correia Cores
(Licenciatura em Psicologia - Ramo Clínica e do Aconselhamento)
Rogério Saraiva Duarte
(Licenciatura em Matemática Ensino)
Sérgio António Neto Alves da Silva Santos
(Licenciatura em Engenharia Informática)
Sónia Nunes Abrantes Pereira
(Licenciatura em História, variante História de Arte - Ramo Formação Educacional)
(Aprovado em Conselho Pedagógico, no dia de de 2013)