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Qualidade de vida é ponto de partidapara pensar as cidades do futuro

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Fotografia: Assessoria de

Imprensa/Expogestão

Por ser um polo econômico forte,Joinville atrai gente de todos oscantos do país – e até mesmo defora. Em um período de 20 anos(1990 a 2010) a cidade viu suapopulação crescer em 48% e aestimativa do IBGE (InstitutoBrasileiro de Geografia eEstatísticas) é de que atualmentecerca de 570 mil pessoas moram namaior cidade catarinense. Estaaceleração do crescimentopopulacional é mais veloz do que oregistrado no mesmo período emnível estadual e nacional.

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Para a diretora de conteúdo daExpogestão, Ana Carla Fonseca, esteé um dos motivos pelos quais ascidades – e não só Joinville – devemdiscutir como podem se reinventarpara criar ambientes que suportemmais pessoas, prezando pelaqualidade de vida. “É investindo emqualidade de vida que as cidadesvão conseguir reter seus talentos ese tornar mais inovadoras”,lembrou ela.

O assunto foi tema do Seminário“Cidades que se reinventam” namanhã desta terça (09/05) naExpogestão e reuniu os palestrantesFernando Faria, da SAP, JulianoCornélio, do Sebrae, e o educadorfísico e apresentador Márcio Atalla.Confira a seguir as opiniões dosconvidados e os exemplos que elescontaram durante o evento.

Caminho pelatecnologiaConforme o diretor responsável pelaliderança das soluções de governo eeducação da SAP América Latina eCaribe, Fernando Faria, um doscaminhos para reinventarmos ascidades passa pela digitalização dosetor público com o objetivo desimplificar o contato entre os entespúblicos e as pessoas. “Os governosprecisam simplificar como o cidadãointerage com a administração pública,e a tecnologia pode ser a respostapara isso”, disse Faria.

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públicos – uma herança queacompanha o brasileiro desde operíodo colonial -, é possível criaruma relação mais transparente emenos traumática para os cidadãos.Farias citou algumas mudanças quetem se materializado e que tornameste processo mais viável hoje emdia: hiperconectividade, alto poder deprocessamento dos computadores,computação em nuvem e learningmachine. “Podemos, por exemplo,utilizar sensores e análise preditivapara melhorar o tráfego das nossascidades”, exemplificou Faria.

Como uma maneira de começar esteprocesso, o executivo da SAP disseque é possível que as Prefeituras, emvez de investir em softwares, façam acontratação dos serviços. “Somosacostumados a pensar que semcapitalizar não conseguimos fazerprojetos de inovação, mas temos quemudar esta forma de pensar, temosque ter uma visão mais moderna degestão”.

Dark side daconectividadeEmbora a tecnologia seja uma grandealiada na reinvenção das cidades, elatambém tem seu dark side: estátornando a população maissedentária e este, além de ser umgrande problema de saúde pública éuma preocupação para osorçamentos públicos. “Sedentarismotambém é problema financeiro.Conforme um estudo realizado nosEstados Unidos, o custo chega a US$65 bilhões”, alerta o educador físico eapresentador Marcio Atalla.

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A saída para este problema, segundoele, é colocar as pessoas para semexerem, trabalhando um ambienteurbano que estimule caminhadas elocomoção com bicicletas, e tambéminvestindo na prevenção para diminuiros custos da medicina terciária, queenvolve os gastos para o tratamentode doenças mais graves ou crônicas.

Atalla desenvolveu no ano passado oprojeto Vida de Saúde na cidade deJaguariúna (SP), com o auxílio dogoverno local, com o objetivomobilizar a população para ter umestilo de vida mais saudável. Paraisso, o projeto foi apoiado em trêspilares: meio ambiente, premiaçãopara os profissionais de saúde epessoas que mais se dedicaram amudar seus estilos de vida eeducação de crianças e adultos parahábitos mais saudáveis.“Mensuramos os resultados destainiciativa e constatamos que houveaumento do consumo de frutas everduras, aumento da prática deatividades físicas, queda no consumode carnes com alto teor de gordura,refrigerantes, doces e lanches. Issoresultou em uma mudançasignificativa no grupo de obesos e depessoas com sobrepesos”, disseAtalla.

Engajamento

comunitário para

transformar uma

cidade

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Marcações: cidades

cidades que se reinventam futuro tecnologia

Autor: Isabella M. Moura

A pequena cidade de Santa Rita doSapucaí, em Minas Gerais, se tornouum exemplo de como as pessoaspodem se reunir para fazer a cidadecrescer e ao mesmo tempo melhorara qualidade de vida local. Segundo ogerente regional do Sebrae/MGJuliano Cornélio, o município de 41mil habitantes e com vocação para osetor industrial percebeu que estavaperdendo talentos para cidadesmaiores, as quais ofereciam umpadrão de vida melhor, com maisopções de lazer, cultura e educação,e resolveu inverter essa situação. “Odesenvolvimento industrial por si sónão basta. A qualidade de vida é fatorimportante para reter talentos. Comisso em vista formamos uma redecolaborativa entre poder público,iniciativa privada e comunidade ecomeçamos a criar diferentes eventoscom foco em empreendedorismo,cultura, tecnologia, gastronomia.Tudo isso de forma voluntária”, contou Cornélio.

Categoria: ExpoGestão 2017

Por Isabella M. Moura 09/05/2017

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