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JUSTIFICAÇÃO: O ponto de partida da Reforma. Romanios 5:1-10 Dimas C.Campos

Justificação, o ponto de partida da reforma

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JUSTIFICAÇÃO: O ponto de partida da Reforma.Romanios 5:1-10

Dimas C.Campos

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Romanos 5:1-10: “1 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;2 por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança;4 e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança.5 Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado. "

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Romanos 5.1-10: "6 Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.7 Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer.8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.9 Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.10 Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; "

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JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ, UMA BENDITA VERDADE

A doutrina da justificação pela fé é a espinhal dorsal da Bíblia. Com ela a igreja mantém-se de pé e sem ela, cai. O homem não é justificado diante de Deus pelas suas obras. Não é aceito por Deus pela sua moralidade. Não é perdoado por causa de seus sacrifícios. Não é declarado filho de Deus pela religião que professa. O homem é justificado pela fé. O autor da justificação é Deus. A causa meritória da justificação é o sacrifício substitutivo de Cristo. A causa instrumental da justificação é a fé. A justificação pela fé é uma bendita verdade, pois a Palavra de Deus afirma que já nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo Jesus. Hernandes Dias Lopes / FACEBOOK

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A JUSTIFICAÇÃO NO VELHO TESTAMENTO

No Velho Testamento, o texto que serve de base para a doutrina da justificação do apóstolo Paulo, é Habacuque 2:4 que diz: “(...) mas o justo viverá pela sua fé.” O Dr. Sheed contribui com a interpretação deste verso dizendo: “(...) a confiança em Deus traz a vida (…). O homem foi e sempre será salvo pela graça mediante a fé.” Vemos que em pleno cumprimento da lei (Antigo testamento), não somente como regra religiosa, mas também civil, o povo é ensinado sobre a importância e superioridade da fé.

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A JUSTIFICAÇÃO NO V.T.

“Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de que se gloriar, mas não em relação a Deus. Pois, que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado por justiça” (Romanos 4:2,3).

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PRENUNCIOS DA JUSTIFICAÇÃO NO V.T.

Josué, o sumo sacerdote, que, como representante de Israel estava perante o Senhor usando vestes sujas, o Senhor disse: “ Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniquidade e te vestirei de finos trajes” ( Zc 3.4 )

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Dia 31 de Outubro comemoramos o Dia da Reforma. A importancia da Reforma Protestante não está na criação de novas denominações cristãs, mas no resgate da doutrina bíblica, a JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

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A JUSTIFICAÇÃO E A REFORMA

A justificação pela fé foi um dos pilares da Reforma do século dezesseis. O conceito de que a salvação é uma somatória do esforço humano e da disposição divina, uma parceria entre a fé e as obras está em total desacordo com o ensino das Escrituras. A salvação é pela graça mediante a fé e não o resultado das obras nem mesmo da adição de fé mais obras. A salvação não é uma conquista do homem, é um presente de Deus. Não é uma medalha de honra ao mérito, mas uma manifestação do favor imerecido de Deus.

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6 - O papa não pode remitir culpa alguma senão declarando e confirmando que ela foi perdoada por Deus, ou, sem dúvida, remitindo-a nos casos reservados para si; se estes forem desprezados, a culpa permanecerá por inteiro.

21- Erram, portanto, os pregadores de indulgências que afirmam que a pessoa é absolvida de toda pena e salva pelas indulgências do papa.

32- Serão condenados em eternidade, juntamente com seus mestres, aqueles que se julgam seguros de sua salvação através de carta de indulgência

86- Do mesmo modo: por que o papa, cuja fortuna hoje é maior do que a dos mais ricos Crassos, não constrói com seu próprio dinheiro ao menos est basílica de São Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro dos pobres fiéis?

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VATICANO, UM PATRIMONIO INESTIMÁVEL

O patrimônio do Vaticano está avaliado em mais de 700 milhões de euros, sem contar riquezas inestimáveis, como a Basília de São Pedro e a Capela Sistina. Contanto tudo, os ativos do Vaticano ultrapassam os US$ 5 bilhões. Fonte: Folha de São Paulo

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A REFORMA NO DECORRER DA HISTÓRIA

Thomas Cranmer ( 1489/1556), o arquiteto do anglicanismo, disse que a justificação pela fé era “a forte rocha e o fundamento da religião cristã” e Martinho Lutero afirmou que ela é “o tema principal do qual fluem todas as outras doutrinas”. Na realidade, a experiência religiosa fundamental de Lutero e as ênfases mais importantes da sua teologia e da sua obra como reformador pioneiro decorreram da descoberta dessa majestosa verdade bíblica.

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A REFORMA NO DECORRER DA HISTÓRIA

Martin Lloyd-Jones ( 1899-1981) afirmou: “ A justificação pela fé é a grande doutrina central de todo protestantismo, e vocês descobrirão que em cada avivamento ela sempre vem na vanguarda”.

John Piper diz: “Pregar e viver a justificação pela fé glorifica a Cristo, resgata pecadores desesperados, encoraja santos imperfeitos e fortalece igrejas frágeis”.

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A JUSTIFICAÇÃO é um ato jurídico de DEUS, que declara perdoado todo pecador que crer em Jesus

Teólogo Luiz Berkhof ( 1873/1957 ) define: “A justificação é um ato judicial de Deus no qual Ele declara, baseado na justiça de Jesus Cristo, que todas as exigências da lei estão satisfeitas com respeito ao pecador”.

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A JUSTIFICAÇÃO É UM ATO LEGAL, FORENSE E JUDICIAL DE DEUS

A justificação é um ato legal, forense e judicial de Deus. É feita no tribunal de Deus e não em nosso coração. Realiza-se fora de nós e não em nós, no céu e não na terra. Por causa da morte substitutiva de Cristo, somos declarados inculpáveis diante de Deus. Estamos quites com sua santa lei. Todas as demandas da justiça divina foram satisfeitas mediante o sacrifício substitutivo de Cristo. Deus, assim, justifica não o justo, mas o injusto, que crê naquele que é Justo. Consequentemente, nossa justificação não está fundamentada em nossa justiça pessoal, mas na justiça de Cristo imputada a nós.

Hernandes Dias Lopes

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O AGENTE DA

JUSTIFICAÇÃO  Gálatas 2.16b – “Assim, nós também cremos

em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo...”

O autor da justificação é Deus e sua maravilhosa graça; a base da justificação é a justiça de Cristo, não obstante, o agente ou o meio da justificação é a fé. “A regeneração precede tanto a fé como a justificação, e nunca é dito que ela segue ou resulta da fé, nem que deve sempre ser confundida com a justificação. É a regeneração que leva à fé, e é a fé que leva à nossa justificação”.  

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UMA VEZ JUSTIFICADO, É PARA SEMPRE

Warren W. Wiersbe ( teólogo Batista do século 20 ) diz que uma vez que fomos “justificados pela fé”, nunca mais seremos declarados culpados diante de Deus. A justificação também é diferente de “indulto”, pois um criminoso indultado ainda tem uma ficha na qual constam seus crimes. Quando um pecador é justificado pela fé, seus pecados passados não são mais lembrados nem usados contra ele, e Deus não registra mais suas transgressões (Sl 32.1,2; Rm 4.1-8). A justificação acontece uma vez por todas. Não se repete, e não é um processo; é imediatamente completa e para sempre. Não existe isso, de mais ou menos justificação; ou o homem é plenamente justificado, ou absolutamente não é justificado. Em distinção disto, a santificação é um processo contínuo, que jamais se completa nesta existência.

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I- NATUREZA E CARACTERÍSTICAS DA JUSTIFICAÇÃO.

A morte na cruz não foi o final para Jesus. Ela foi o cumprimento de uma importante etapa de sua obra, que teve continuidade em sua ressurreição, ascensão, e posição à destra do Deus Pai e em sua obra permanente como Profeta, Sacerdote e Rei.

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I- NATUREZA E CARACTERÍSTICAS DA JUSTIFICAÇÃO.

Romanos 4.25: “...Jesus, nosso Senhor, foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. "

A JUSTIFICAÇÃO ESTÁ CLARAMENTE ASSOCIADA A EXPIAÇÃO

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A- A REMISSÃO DOS PECADOS: Está baseada na obediência completa de Cristo, isto é, em seu perfeito cumprimento da Lei.

B- A IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA DE CRISTO: Cristo não apenas tira de nós a nossa iniquidade, mas nos reveste com sua Santidade

II- ELEMENTOS DA JUSTIFICAÇÃO

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Romanos 8.1,33,34: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus....Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. " 

A- A REMISSÃO DOS NOSSOS PECADOS

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Romanos 5.1,2: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. "

B- A IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA DE CRISTO

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1- A ADOÇÃO DE FILHOS.

2- O DIREITO À VIDA ETERNA

CONSEQUENCIAS DA IMPUTAÇÃO DA JUSTIÇA DE CRISTO

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1- A ADOÇÃO DE FILHOS

Gálatas 4.5,6: “5 para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.6 E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! " 

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Romanos 8.30: “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou. ”

2- O DIREITO À VIDA ETERNA.

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III- A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

Romanos 3.28-30: "Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.É, porventura, Deus somente dos judeus? Não o é também dos gentios? Sim, também dos gentios, visto que Deus é um só, o qual justificará, por fé, o circunciso e, mediante a fé, o incircunciso. " 

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III- A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ

Gálatas.2.16: “ sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado. "

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O OFÍCIO SACERDOTAL DE CRISTO

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OS 3 OFICIOS DE JESUS CRISTO

João Calvino popularizou a noção de Cristo como aquele que cumpre os três ofícios do Antigo Testamento (Institutas II.15).  

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O Breve Catecismo de Westminster, na pergunta 33, define assim a Justificação: Justificação é um ato da livre graça de Deus, no qual Ele perdoa todos os nossos pecados, e nos aceita como justos diante de Si, somente por causa da justiça de Cristo a nós imputada e recebida só pela fé.

A Justificação pela fé foi a questão central levantada pela Reforma Protestante no século 16. João Calvino referiu-se a essa doutrina como “o principal ponto de apoio sobre o qual se articula a religião” (Institutas 3.11.1). Podemos dizer que nela está a essência do Evangelho. Se nós não entendermos o que a Bíblia diz sobre justificação, não nos deleitaremos em Deus na obra bendita da salvação.

João Calvino deu a seguinte definição para justificação: “Interpretamos a justificação simplesmente como a aceitação pela qual Deus nos recebe em seu favor como homens justos, e dizemos que ela consiste na remissão dos pecados e na imputação da Justiça de Cristo” (Institutas 3.11.1).

Podemos dizer que a Justificação é o ato judicial de Deus pelo qual Ele declara que o pecador não está mais sujeito à pena da Lei, mas restaurado por causa de Cristo.

 

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. Cristo morreu como nosso representante e fiador. Ele carregou em seu corpo, no madeiro, os nossos pecados. Nossas transgressões foram lançadas sobre ele. Ele morreu pelos nossos pecados. Ele quitou nossa dívida. Não pesa mais sobre nós, que estamos em Cristo, nenhuma condenação, e isso, porque nossa dívida não foi colocada em nossa conta. Nossa dívida foi colocada na conta de Cristo e ele, na cruz, rasgou esse escrito de dívida que era contra nós e pagou toda essa dívida com o seu sangue, dando um brado de vitória: “Está consumado”. Mais, a justiça de Cristo foi depositada em nossa conta. Agora, estamos vestidos com vestes de justiça. Fomos justificados!