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 FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE BACABAL - FEBAC AGEU BARBOSA GOMES CURSO DE ENFERMAGEM 6º PERIODO 2011 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA  TUBER CULOS E ENTRE CASOS NOTIFICADOS  NO MUNICÍPIO DE BACABAL NO PERIODO DE 2005 E 2010

Perfil de tuberculose entre 2005 a 2010 em Bacabal

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Perfil epidemiológico da tuberculose entre casos notificados no município de Bacabal–2005/2010

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE BACABAL - FEBACAGEU BARBOSA GOMES

CURSO DE ENFERMAGEM6º PERIODO

2011

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA  TUBERCULOSE ENTRE CASOS NOTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE BACABAL NO PERIODO DE 2005 E

2010

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Perfil epidemiológico da tuberculose entre casosnotificados no município de Bacabal–2005/2010

 A tuberculose é uma doença infecciosa crônica causada pela bactériaMycobacterium  tuberculosis que acompanha a espécie humana desde osprimórdios da História. Hoje, ela se apresenta como um dos problemas quemais têm preocupado as autoridades sanitárias de todo o mundo, devido à suacrescente incidência em diferentes grupos populacionais.  A distribuição dadoença é mundial, com tendência decrescente da morbidade e mortalidade nospaíses desenvolvidos.

Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), umterço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosisque, a cada ano, faz adoecer 9,2 milhões de pessoas e matar 1,7 milhões. Dos9,2 milhões de casos anuais, 80% ocorrem em países em desenvolvimento. Ainfecção pelo HIV, o vírus da imunodeficiência humana, constitui o maior fator de risco para adoecer por tuberculose em indivíduos previamente infectadospelo bacilo. Por outro lado, a tuberculose é uma das primeiras complicações

entre os infectados pelo HIV, surgindo antes de outras infecções freqüentes,em razão da maior virulência do bacilo e tornando-se 1ª causa de mortes dospacientes com AIDS (Ministério da Saúde, 2005; 2010).

“O Brasil juntamente com outros 21 países, alberga 80% dos casosmundiais da doença”. (OMS, 2008). Sendo que no país “71 mil casos novossão registrados por ano, destes 4,6 mil mortes, 19º no ranking, em nº decasos, estima-se que um terço da população esteja infectada sobre o risco dedesenvolver a doença” (Ministério da Saúde, 2005; 2010).

 A situação epidemiológica do agravo no município de Bacabal édiscorrida a seguir, após avaliação descritiva, analisando dados disponíveis no

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Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN), foramselecionados casos confirmados registrados no Sinan-TB, no período de 2005a 2010* (dados preliminares).  As variáveis epidemiológicas selecionadas paraa avaliação foram: forma, sexo, raça, escolaridade, faixa etária, tipo de entrada

e situação de encerramento.

Resultados e Discussão:

São conhecidas várias formas da Tuberculose. A forma  pulmonar ( quandoafeta os pulmões), extrapulmonar ( quando  afeta outros órgãos além dospulmões) e pulmonar + extrapulmonar , são registradas, Sendo a formapulmonar notificada em maior escala (93,44% dos casos notificados em 2007),

Gráfico 1 - Formas de tuberculose notificadas Bacabal, 2005 a 2010*.

Forma 2005 2006 2007 2008 2009 2010

PULMONAR 73 72 57 58 43 53EXTRAPULMONAR 6 9 4 4 3 7

PULMONAR + EXTRAPULMONAR 0 1 0 1 2 0

Total 79 82 61 63 48 60

Fonte: SINAN

Este resultado vem de encontro com o que afirma o Ministério da Saúde(2005;2010) “das formas de tuberculose, a forma pulmonar é a maisprevalente”. Isso se justifica pelo fato de na maioria dos casos o bacilo penetrar 

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através do ar inspirado, alcançando os pulmões, sendo aeróbico encontranesses órgãos grande quantidade de oxigênio o que facilita seudesenvolvimento.

Os números absolutos de casos notificados no período de 2005 a 2010*.

Gráfico 2 – Número de casos de Tuberculose Pulmonar Bacilífera e de Todas

as Formas. Bacabal, 2005 a 2010* 

INVESTIGAÇÃO DE Tuberculose - Sinan NET

Freqüência por Ano da Notific segundo Forma – Bacabal

 ANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total

PULMONAR BACILÍFERA 73 72 57 58 43 53 356

TODAS AS FORMAS 6 10 4 5 5 7 37

TOTAL 79 82 61 63 48 60 393

Fonte: SINANNET

Observando o gráfico 3, em relação a ocorrência por sexo, os resultadosdemonstram predomínio da doença entre pacientes do sexo masculino.

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Gráfico 3 – Distribuição dos casos de tuberculose Todas as Formas, por sexo.

Município de Bacabal, 2005 a 2010*.

Fonte: SINAN

 A ocorrência tuberculose sempre foi descrita como mais incidente no sexomasculino, podendo estar associada ao comportamento mais ativo dentro da

sociedade, bem como a não adesão ao tratamento. O número de casosregistrados de sexo feminino no período avaliado vem mantendo com poucaoscilação.

Gráfico 4 – Distribuição dos casos de tuberculose Todas as Formas, por raça

município de Bacabal, 2005 a 2010*.

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Fonte: SINAN

Com relação a raça nota-se a predominância dos portadores de tuberculosepelos pacientes da raça parda, e sendo menor nº entre os da raça brancaconforme demonstrado no gráfico 4.

Gráfico 5 – Distribuição dos casos de tuberculose por escolaridade por todas

as formas. Bacabal, 2005-2010*.

Fonte: SINAN

O grafico 5, reafirma as pesquisa anteriores já realizadas que afirma sobre onivel da educação, e tem como um fator basico fundamental para

transformação social do cidadão principalmente em relação a saúde preventiva.

Gráfico 6 – Distribuição dos casos de tuberculose por fx etária por todas as

formas. Bacabal, 2005-2010*.

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Fonte: SINAN

Conforme demonstra o gráfico 6, há uma predominância da tb na faixa etáriaentre 20 e 34 anos, o que torna mas preocupante para as autoridades. poisessa é a faixa etária de maior produtividade do cidadão, tanto pessoal comopara o país.

De acordo com o gráfico 7, dos casos notificados no município, o registro doscasos, são na maioria de “casos novos”. Os casos de retratamentos (recidiva ereadmissão após abandono) vem se mantendo relativamente constantes noperíodo avaliado. 

Gráfico 7 – Distribuição dos casos de tuberculose por tipo de entrada por todas

as formas. Bacabal, 2005-2010*.

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Fonte: SINAN

 Avaliando o resultado do tratamento em relação a situação de encerramento,representado no gráfico 8, o percentual de cura tem melhorado nos últimosanos, porém ainda abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde (85%)

consequentemente o abandono de tratamento tem diminuído, mas ainda estáacima do aceitável pelo Ministério da Saúde (< 5%) no ano 2009 Bacabal(6,25%).

Gráfico 8 – Situação de encerramento do tratamento dos casos de TB Todasas Formas. Bacabal, 2005-2010.

* Fonte: SINAN

A organização mundial de saúde recomenda que “o tratamento de curtaduração contra tuberculose seja supervisionado até o final” (Ministério daSaúde, 2005), visando desta forma a diminuição do abandono.

4- Considerações Finais

 Apesar de já existirem recursos tecnológicos capazes de promover seucontrole, ainda não há perspectiva de obter-se, em futuro próximo, sua

eliminação como problema de saúde publica, a não ser que novas vacinas oumedicamentos sejam desenvolvidos. Além disso, a associação da tuberculosecom a infecção pelo HIV representa um desafio adicional em escala mundial.

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Essa associação HIV/TB faz-se necessária uma melhor efetividade narealização dos testes para diagnóstico do HIV, visto que os pacientesportadores do vírus necessitam de um acompanhamento especial e que estaassociação constitui nos dias atuais um grande problema no controle da

doença  (Diniz, 2010). A pronta solicitação do teste anti-HIV e a agilidade doseu resultado em pacientes com tuberculose é fundamental para o corretomanuseio do tratamento da coinfecção TB/HIV, pois esta constitui, nos diasatuais, um sério problema de saúde pública, podendo levar ao aumento damorbidade e mortalidade pela tuberculose, (Ministério da Saúde, 2005).Torna-se imprescindível a integração entre os Programas de Controle da Tuberculosee Programa de DST/AIDS, fundamental para o sucesso terapêutico dopaciente.

Um dos pilares do funcionamento da vigilância epidemiológica, em qualquer deseus níveis, está relacionada ao Sistema de Informação, através do qual seavalia o impacto determinada pelas medidas de controle. Portanto, ainformação é instrumento essencial para a tomada de decisões.

 A confiabilidade do sistema é base essencial da vigilância e do controle dosagravos, tanto no aspecto epidemiológico, como operacional desde queassegure a qualidade da informação. É necessária uma vigilância mais efetivado sistema de informação, com o encerramento dos casos em tempo oportuno,devendo estar, em consonância com os demais sistemas de registro do

Programa de Controle da Tuberculose. A Secretaria Municipal deve ter fluxodefinido para o envio às Unidades de Saúde, dos boletins de acompanhamentodo SINAN, para a devida atualização do sistema de informação.

Campanhas de sensibilização da população constituem uma importanteferramenta no combate a doença, uma vez que a informação mostra-se comoum fator de proteção e os fatores de abandono estão intimamente ligados aoshábitos do paciente e à maneira como ele se apodera das informações sobresua doença (DINIZ, 2010).

 A tuberculose como uma doença prevenível e curável, o seu controle dependetanto da melhoria das condições socioeconômicas e como dos sistemasrelacionados aos serviços de saúde.

5- Referências Bibliográficas

Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia VigilânciaEpidemiológica. 6ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

Diniz, Ana Paula de Matos. Perfil dos pacientes com tuberculose Pulmonar nomunicípio de Betim-MG no período de 2004 A 2009.

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Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde: Tuberculose Guia deVigilância Epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde. 2002

Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Manual deRecomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil,2010.