Upload
dinhxuyen
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Cateter Vascular Cateter Vascular X X
SepseSepsePrevenPrevençção e ão e Manejo de Manejo de InfecInfecçções ões Associadas a Associadas a
Cateter Vascular Cateter Vascular em em NeonatologiaNeonatologia
Roseli Roseli CalilCalilCAISM/UNICAMPCAISM/UNICAMP
INFECÇÃO HOSPITALARem UTI Neonatal e Pediátrica
FATORES DE RISCO
• Peso: 9 % das crianças com P > 2.500 gr46% das crianças com P < 1.000 gr
• Deficiência imunológica.• Alterações da flora humana.• Necessidade de procedimentos invasivos.
CCIH CAISM/UNICAMP
Prevenção de IH em UTI
Estratégias fundamentais
Redução da transmissão cruzada de microrganismos
Uso racional de antibióticos
CCIH CAISM/UNICAMP
Prevenção de IH em UTI
Estratégias importantes
Boas Práticas em procedimentos invasivos
Humanização no atendimento – Redução do Stress
CCIH CAISM/UNICAMP
Cateter Venoso Central
• Complicações 2 - 22% em RN*- Infecções
PICC - OR = 2,0 Flebotomia - OR = 2,5
Moro M.L.,et all.,1996
- Trombose venosa- Embolia- Extravazamento de fluidos- Arritmia cardíaca
*Mehta S.,et all.,1992
Cateter UmbilicalCateter Umbilical
• Complicações mecânicas- Tromboembolismo• Complicações infecciosas- Bacteremias relacionadas a cateter - 0 - 7%
Peter G.,Cashore W.J.,1990
- Fator de risco para sepse> 5 dias - Artéria OR = 16,5> 5 dias - Veia OR = 21,2
Moro M.L. et. all, 1996
• Complicações mecânicas- Tromboembolismo• Complicações infecciosas- Bacteremias relacionadas a cateter - 0 - 7%
Peter G.,Cashore W.J.,1990
- Fator de risco para sepse> 5 dias - Artéria OR = 16,5> 5 dias - Veia OR = 21,2
Moro M.L. et. all, 1996
Infecção Neonatologia - Quadro ClínicoInfecção Neonatologia - Quadro Clínico
• Queda do estado geral
• Distermias (hipotermia ou hipertermia)
• Hiperglicemia
• Crises de Apnéia
• Desconforto respiratório
• Resíduo alimentar
• Choque
• Síndrome hemorrágica Seminars in Perinatology vol 27, N 4,2003: pp 293-301
• Queda do estado geral
• Distermias (hipotermia ou hipertermia)
• Hiperglicemia
• Crises de Apnéia
• Desconforto respiratório
• Resíduo alimentar
• Choque
• Síndrome hemorrágica Seminars in Perinatology vol 27, N 4,2003: pp 293-301
Baixo valor preditivo positivo
Hipotensão VPP - 31%
Diagnóstico - Infecção NeonatologiaDiagnóstico - Infecção Neonatologia
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Hemograma completo VHS• PCR• Gasometria• Coagulograma• Exame radiológico• Culturas: hemoculturas, LCR, Urocultura
CCIH CAISM/UNICAMP
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
• Hemograma completo VHS• PCR• Gasometria• Coagulograma• Exame radiológico• Culturas: hemoculturas, LCR, Urocultura
CCIH CAISM/UNICAMP
Resistência aos Antimicrobianos:Estratégias Chaves de Prevenção
Otimizaro uso
PrevenirTransmissão
PrevenirInfecção
Diagnósticoefetivo& Tratamento
PathogenAntimicrobial-Resistant Pathogen
Resistênciaaos
antibióticos
Uso de Antibióticos
Infecção
Patógenos Suscetíveis
Uso Racional de AntibióticosTratar infecção, não contaminação
Fato: Uma das causas de exagero no uso de antimicrobianos é o tratamento de culturas contaminadas.
Ações:usar antissépticos próprios para coleta de sangue & outrasculturascultura de sangue, não de pele ou ponta de cateterusar métodos próprios para obter & processar todasculturas
CDC Prevention
Cultura de ponta de Cateter - Quando?Cultura de ponta de Cateter - Quando?
Suspeita de febre associada a cateter Suspeita de sepse relacionada ao cateterQuando cateter for removido por suspeita de infecção
* Colher 5 cm da ponta do cateter, colocar em tubo estéril* Colher preferencialmente 2 hemoculturas de veia periférica
APECIH, 2006
Suspeita de febre associada a cateter Suspeita de sepse relacionada ao cateterQuando cateter for removido por suspeita de infecção
* Colher 5 cm da ponta do cateter, colocar em tubo estéril* Colher preferencialmente 2 hemoculturas de veia periférica
APECIH, 2006
Cultura de ponta de Cateter e Hemoculturas Interpretação de Resultados
Cultura de ponta de Cateter e Hemoculturas Interpretação de Resultados
Ponta de cateter com mesmo microrganismo da hemocultura
Hemocultura quantitativa central e periférica com crescimento 5-10 vezes maior na cultura colhida de cateter central
Hemocultura central com crescimento mais rápido (2 horas menos) que a hemocultura periférica – Dado não validado para pediatria e com boa evidencia em adulto
Tempo de crescimento da hemocultura até 48 horas
Ponta de cateter com mesmo microrganismo da hemocultura
Hemocultura quantitativa central e periférica com crescimento 5-10 vezes maior na cultura colhida de cateter central
Hemocultura central com crescimento mais rápido (2 horas menos) que a hemocultura periférica – Dado não validado para pediatria e com boa evidencia em adulto
Tempo de crescimento da hemocultura até 48 horas
Manejo do Cateter na suspeita de SepseManejo do Cateter na suspeita de Sepse
Observar local de inserção do cateterObservar local de inserção do cateter
Sem Sinais Flogísticos
• Iniciar uso de Antibiótico • Aguardar resultado de hemoculturas• Observar evolução clínica
Manejo do Cateter na suspeita de SepseManejo do Cateter na suspeita de Sepse
Observar local de inserção do cateterObservar local de inserção do cateter
Com sinais Flogísticos
• Remover cateter imediatamente• Colher hemoculturas e cultura de ponta de cateter• Iniciar uso de antibiótico
Manejo do Cateter na suspeita de SepseManejo do Cateter na suspeita de Sepse
Sem Sinais Flogísticos na InserçãoSem Sinais Flogísticos na Inserção
HemoculturasPositivas para Fungos
• Sacar cateter• Iniciar uso de anti fungico• Manter tratamento por 14 dias a partir da 1ª hemo negativa
Manejo do Cateter na suspeita de SepseManejo do Cateter na suspeita de Sepse
Sem Sinais Flogísticos na InserçãoSem Sinais Flogísticos na Inserção
HemoculturasPositivas para Bacilo Gram negativo
• Sacar Cateter • Adequar antibiótico s/n
• Se mantiver Cateter• Colher hemoculturas
em 24 horas
Manejo do Cateter na suspeita de SepseManejo do Cateter na suspeita de Sepse
Hemoculturas positivasHemoculturas positivas
Staphylococcus aureus
• RN estável, manter cateter • Adequar antibiótico • Colher hemoculturas em 24 horas
• RN Instável• Sacar Cateter• Adequar antibiótico
Manejo do Cateter na suspeita de SepseManejo do Cateter na suspeita de Sepse
Hemoculturas positivasHemoculturas positivas
Staphilococcus epidermidis
• RN estável• Adequar antibiótico• Colher hemoculturas em 48 – 72h
• RN Instável• Remover Cateter• Adequar antibiótico
Manejo do Cateter nos quadros de SepseManejo do Cateter nos quadros de Sepse
Bactérias gram negativas ou gram positivasBactérias gram negativas ou gram positivas
Deterioração clínica e/ou persistência de hemoculturas positivas Outras complicações – Trombose venosa, endocardite, osteomielite
Sacar Cateter
Escolha do AntibióticoEscolhaEscolha do do AntibiAntibióóticotico
Agentes de BSI adquiridas• Tratamento Empírico - Baseado no conhecimento dos
agentes prevalentes e perfil de sensibilidade na Unidade Neonatal.
• Após resultado de hemoculturas adequar antibióticoterapia de acordo com o agente isolado e perfil de sensibilidade.
RESULTADOS 2003RESULTADOS 2003RESULTADOS 2003
Agentes de BSI adquiridas• Houve predomínio de bactérias gram positivas (91,5%)• Principais microrganismos isolados:
Staphylococcus epidermidis - 40%Staphylococcus aureus - 36,2%Outros Staphylococcus coagulase negativa - 10,6%
1 caso de Infecção Sistêmica por Candida albicans
N = 47 CCIH CAISM/UNICAMP
AgentesAgentes de BSI de BSI AdquiridasAdquiridas 20052005
• Bactérias gram positivas 86,3%• Bactérias gram negativas 10,3%• Fungos (Candida albicans) 3,4%
Principais microrganismos isolados:Staphylococcus epidermidis 34,4%Staphylococcus aureus 27,5%Outros Staphylococcus coagulase negativa 13,7%
N = 29 CCIH CAISM/UNICAMP
Agentes de Infeccção da Corrente Sanguínea CAISM 1997-2006
2%2%
33%
5%
28%4% 3% 1%
2%2%
2%
5%
1%10%
E n te r o b a c te r sp p
E .co l i
A c i n e to b a c te r sp p
P . a e r u g i n o sa
S .m a r scecen s
K .p n eu m o n i a e
O u tr o s G r am n e g
S .ep i d er m i d i s
O u tr o s S .co a g n eg
S .a u r eu s
S t r ep to co ccu s sp p
E . fa eca l i s
O u tr o s G r am p o s
C a n d i d a sp
N = 328
Esquema empEsquema empííricorico
Pode variar entre diferentes serviços• Oxacilina e amicacina• Vancomicina e ceftriaxone/cefotaxima• Vacomicina e cefepime
Sempre que possível diga Não a Vancomicina e Cefalosporinas de 3ª e 4 ª geração
Tempo de TratamentoTempo de Tratamento
Staphylococcus epidermidis• Se cateter removido – tratamento por 7 dias• Se cateter mantido – tratamento por 14 diasStaphylococcus aureus• Sem complicações: 10 – 14 dias• Se complicado com endocardite: 4 – 6 semanas• Osteomielite: 6 – 8 semanasBacilo gram negativo• Sem complicações: 10 –14 dias
INFECÇÕES RELACIONADAS A CATETERESINFECÇÕES RELACIONADAS A CATETERES
Fatores de Risco
Contaminação do cateterInfusão de soluções contaminadasDuração da cateterizaçãoMatéria prima do cateter
CCIH CAISM/UNICAMP
Fatores de Risco
Contaminação do cateterInfusão de soluções contaminadasDuração da cateterizaçãoMatéria prima do cateter
CCIH CAISM/UNICAMP
INFECÇÕES RELACIONADAS A CATETERESINFECÇÕES RELACIONADAS A CATETERES
Medidas de Prevenção• Planejamento do Acesso Venoso • Seleção do cateter • Inserção do CVC por pessoal treinado e com técnica asséptica• Anti sepsia e cobertura• Preparo e controle de qualidade das infusões• Abrir o sistema de infusão o mínimo possível• Tempo de infusão de fluidos parenterais• Trocas de equipos e conexões• Vigilância das conexões
CDC ; MMWR vol 51/RR 10, 2002
Medidas de Prevenção• Planejamento do Acesso Venoso • Seleção do cateter • Inserção do CVC por pessoal treinado e com técnica asséptica• Anti sepsia e cobertura• Preparo e controle de qualidade das infusões• Abrir o sistema de infusão o mínimo possível• Tempo de infusão de fluidos parenterais• Trocas de equipos e conexões• Vigilância das conexões
CDC ; MMWR vol 51/RR 10, 2002
Inserção -Veia PeriféricaInserção -Veia Periférica
• Lavagem das mãos com clorexidina degermante
• Anti –sepsia com álcool a 70% ou clorexidinaalcoólica, aguardar tempo de ação (2 minutos)
• Uso de luvas de procedimento
• Evitar múltiplas punçõesCCIH CAISM/UNICAMP
• Lavagem das mãos com clorexidina degermante
• Anti –sepsia com álcool a 70% ou clorexidinaalcoólica, aguardar tempo de ação (2 minutos)
• Uso de luvas de procedimento
• Evitar múltiplas punçõesCCIH CAISM/UNICAMP
Preparo de Soluções EVPreparo de Soluções EV
• Ideal – dose unitarizada procedente da farmácia fracionada com técnica asséptica em fluxo laminar
“Posto de enfermagem”• Limpeza de superfície com álcool a 70%• Higiene das mãos com solução anti-séptica• Uso de máscara/não conversar durante o procedimento• Desprezar conteúdo caso observe quebra de técnica
CCIH CAISM/UNICAMP
• Ideal – dose unitarizada procedente da farmácia fracionada com técnica asséptica em fluxo laminar
“Posto de enfermagem”• Limpeza de superfície com álcool a 70%• Higiene das mãos com solução anti-séptica• Uso de máscara/não conversar durante o procedimento• Desprezar conteúdo caso observe quebra de técnica
CCIH CAISM/UNICAMP
Manipulação do Acesso VenosoManipulação do Acesso Venoso
• Higienização das mãos
• Desinfecção do “Hub” com alcool a 70%
• Cuidado com equipos e conexões – troca imediata caso ocorra quebra de técnica
CDC Prevention MMWR vol 51/RR 10, 2002
• Higienização das mãos
• Desinfecção do “Hub” com alcool a 70%
• Cuidado com equipos e conexões – troca imediata caso ocorra quebra de técnica
CDC Prevention MMWR vol 51/RR 10, 2002
Prevenção de Infecção Relacionada a Cateter Troca de equipos e conexões
Prevenção de Infecção Relacionada a Cateter Troca de equipos e conexões
Equipos- Hemoderivados – retirada imediata após o uso- NPP – 24 horas - Outras soluções – 72 horasUTI Neonatal – ponderar troca a cada 24 horas...Torneira de 3 vias- Por ocasião da troca do equipo- Presença de sangue – troca imediata
CDC Prevention MMWR vol 51/RR 10, 2002
Equipos- Hemoderivados – retirada imediata após o uso- NPP – 24 horas - Outras soluções – 72 horasUTI Neonatal – ponderar troca a cada 24 horas...Torneira de 3 vias- Por ocasião da troca do equipo- Presença de sangue – troca imediata
CDC Prevention MMWR vol 51/RR 10, 2002
Inserção: Cateter centralInserção: Cateter central
• Paramentação completa• Degermação com clorexidina• Complementação da anti-sepsia com solução alcoólica
de clorexidina• Usar preferencialmente cateter de silicone ou
poliuretano
CCIH CAISM/UNICAMP
• Paramentação completa• Degermação com clorexidina• Complementação da anti-sepsia com solução alcoólica
de clorexidina• Usar preferencialmente cateter de silicone ou
poliuretano
CCIH CAISM/UNICAMP
Troca de curativoTroca de curativo
• Curativo com gaze – 48 horas ou antes se necessário• Curativo transparente – 7 dias ou quando descolando ou com
acúmulo de sangue• Higienização das mãos com anti-séptico• Uso de SF 0,9% e clorexidina alcoólica
PICCRemoção do filme utilizando clorexidina degermanteUsar técnica assépticaFazer sempre em 2 pessoas para evitar tração do cateter
CDC Prevention MMWR vol 51/RR 10, 2002
• Curativo com gaze – 48 horas ou antes se necessário• Curativo transparente – 7 dias ou quando descolando ou com
acúmulo de sangue• Higienização das mãos com anti-séptico• Uso de SF 0,9% e clorexidina alcoólica
PICCRemoção do filme utilizando clorexidina degermanteUsar técnica assépticaFazer sempre em 2 pessoas para evitar tração do cateter
CDC Prevention MMWR vol 51/RR 10, 2002
Troca do de Cateter - Quando?Troca do de Cateter - Quando?
• Suspeita de febre associada a cateter-sem sinais de repercussão clínica grave -sem sinais de infecção no local da inserção
• Complicações técnicas - passar no mesmo local
* Troca do cateter com fio guia, utilizar paramentação cirúrgica
APECIH, 1999
• Suspeita de febre associada a cateter-sem sinais de repercussão clínica grave -sem sinais de infecção no local da inserção
• Complicações técnicas - passar no mesmo local
* Troca do cateter com fio guia, utilizar paramentação cirúrgica
APECIH, 1999
Retirada de Cateter - Quando?Retirada de Cateter - Quando?
• PICC: sem complicações, 6 - 8 semanas
• Cateter central por flebotomia - término do uso ou complicações infecciosas locais
• Umbilical - o mais precoce possível
CCIH/CAISM-UNICAMP
• PICC: sem complicações, 6 - 8 semanas
• Cateter central por flebotomia - término do uso ou complicações infecciosas locais
• Umbilical - o mais precoce possível
CCIH/CAISM-UNICAMP
O Desafio do Controle de IH
O controle de IH depende da somatória de ações desenvolvidas por todos os profissionais que atuam direta ou indiretamente no cuidado com a criança ...
Motivação da Equipe• Educação continuada da equipe • CCIH – Feedback a equipe dos resultados encontrados• Participação dos profissionais em diferentes equipes:
- grupo de cateter- grupo de cuidado respiratório- grupo de cuidados com a pele- grupo de pais- incentivo ao aleitamento materno
[email protected]@unicamp.br