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Nº 8 Agosto / 2007 Proibida a venda

Perfil Homem 2007

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Perfil Homem

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Nº 8Agosto / 2007

Proibida a venda

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4 Agosto / 2007

681014161822243032

SumárioCulturaUm passeio por duas das sete novas maravilhas da humanidade

42GenteQuem faz a diferença34

Isso é quenteDicas para ler, ver e ouvir

40

AutomobilismoO novato mais surpreendente de toda a história da F-1

26 ArtigoMercado de Carbono e o Protocolo de Quioto48Henrique Lobo

As aparênciasenganamAs aparênciasenganam50Diego Trindade

Artigo

EmpresarialGente e negócios12

Afonso Luis Brêtas,

Beto Mol

Carlos Magno Reis

Fernando Pinto

Isá Batista

Jorge Zambon

Lacy Lima Amorim

Márcio Rodrigues Pereira

Ricardo Lopéz Monge

Rogério Vieira Primo

Perfil

39

Sebástian CuattrinUm peixe que se dábem fora d água

,

�Agosto / 2007

Esta quarta edição da revista Mais Mais Perfil Homem foi pro-

cessada com a fé e a coragem que Deus nos incutiu. O resultado foi uma seleção, literalmente Divina, assim mesmo, com “D” maiús-culo, para reafirmar que esses 10 homens brilharam diante de nossos olhos iluminados por uma luz extra vinda lá do alto. Então, é com orgulho redobrado que nesta 4ª Edição, a Mais Mais Perfil Homem chega até você com eles, exemplares seres humanos: Afonso Luiz Bretas, Beto Mol, Carlão Reis, Fernando Pinto, Isá Batista, Jorge Zambom, Lacy Lima Amorim, Márcio Rodrigues Pereira, Ricardo Lopez Monge e Rogério Vieira Primo. Além, a revista está linda, com fotos e informações culturais sobre temas da atualidade, como Chichén Itzá e Machu Picchu, Lewis Hamil-ton e Mercado de Carbono, uma página especial pedida ao ambien-talista Henrique Lobo, com exclusividade. Mais Diego Trindade com seu ponto de vista sempre ácido. Claro que não foi fácil chegar até aqui. Mas, chegamos, impulsionados por uma energia interior que nos guia. Àqueles que confiaram em mim e na minha equipe, nos apoiando e incentivando, nosso muito obrigada, desejando que usufruam ao máximo dessas páginas. Sob minha direção, elas foram feitas com dose extra de amor e perseverança de Kila, dia-gramador, Paula Greco, textos, Marizete Belo, revisão, e Betânia Araújo, fotografia.

Depois dessa, é esperar pela 4ª edição da Mais Mais Perfil Mulher, em dezembro. E adianto, o naipe de minhas mulheres é de igual calibre. Vai valer estar em suas páginas.

Wilma Trindade

ExpedienteEditoria Geral:

Textos:

Diagramação:Fotos Perfil:

Fotos sociais:Revisão:

Colaboradores:

Impressão:Tiragem:

Wilma TrindadePaula Greco e Wilma TrindadeKilaBetânia AraújoWilma Trindade, Eugênio Padilha, Sueli CândidaMarizete Belo

Diego Trindadee Henrique LoboLastro Editora4.000 exemplares

Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Agosto / 2007Contato: (33) 3271-1865 / (33) 9989-7497

Editorial

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4 Agosto / 2007

681014161822243032

SumárioCulturaUm passeio por duas das sete novas maravilhas da humanidade

42GenteQuem faz a diferença34

Isso é quenteDicas para ler, ver e ouvir

40

AutomobilismoO novato mais surpreendente de toda a história da F-1

26 ArtigoMercado de Carbono e o Protocolo de Quioto48Henrique Lobo

As aparênciasenganamAs aparênciasenganam50Diego Trindade

Artigo

EmpresarialGente e negócios12

Afonso Luis Brêtas,

Beto Mol

Carlos Magno Reis

Fernando Pinto

Isá Batista

Jorge Zambon

Lacy Lima Amorim

Márcio Rodrigues Pereira

Ricardo Lopéz Monge

Rogério Vieira Primo

Perfil

39

Sebástian CuattrinUm peixe que se dábem fora d água

,

�Agosto / 2007

Esta quarta edição da revista Mais Mais Perfil Homem foi pro-

cessada com a fé e a coragem que Deus nos incutiu. O resultado foi uma seleção, literalmente Divina, assim mesmo, com “D” maiús-culo, para reafirmar que esses 10 homens brilharam diante de nossos olhos iluminados por uma luz extra vinda lá do alto. Então, é com orgulho redobrado que nesta 4ª Edição, a Mais Mais Perfil Homem chega até você com eles, exemplares seres humanos: Afonso Luiz Bretas, Beto Mol, Carlão Reis, Fernando Pinto, Isá Batista, Jorge Zambom, Lacy Lima Amorim, Márcio Rodrigues Pereira, Ricardo Lopez Monge e Rogério Vieira Primo. Além, a revista está linda, com fotos e informações culturais sobre temas da atualidade, como Chichén Itzá e Machu Picchu, Lewis Hamil-ton e Mercado de Carbono, uma página especial pedida ao ambien-talista Henrique Lobo, com exclusividade. Mais Diego Trindade com seu ponto de vista sempre ácido. Claro que não foi fácil chegar até aqui. Mas, chegamos, impulsionados por uma energia interior que nos guia. Àqueles que confiaram em mim e na minha equipe, nos apoiando e incentivando, nosso muito obrigada, desejando que usufruam ao máximo dessas páginas. Sob minha direção, elas foram feitas com dose extra de amor e perseverança de Kila, dia-gramador, Paula Greco, textos, Marizete Belo, revisão, e Betânia Araújo, fotografia.

Depois dessa, é esperar pela 4ª edição da Mais Mais Perfil Mulher, em dezembro. E adianto, o naipe de minhas mulheres é de igual calibre. Vai valer estar em suas páginas.

Wilma Trindade

ExpedienteEditoria Geral:

Textos:

Diagramação:Fotos Perfil:

Fotos sociais:Revisão:

Colaboradores:

Impressão:Tiragem:

Wilma TrindadePaula Greco e Wilma TrindadeKilaBetânia AraújoWilma Trindade, Eugênio Padilha, Sueli CândidaMarizete Belo

Diego Trindadee Henrique LoboLastro Editora4.000 exemplares

Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Agosto / 2007Contato: (33) 3271-1865 / (33) 9989-7497

Editorial

Page 6: Perfil Homem 2007

Logo à primeira vista ele impressiona pela firme-za e pela vitalidade, que saltam aos olhos até mesmo dos menos observadores. Depois disso, cada instan-te de conversa com o pecuarista Afonso Luiz Bretas reserva momentos interessantes, muitas vezes sur-preendentes, proporcionados por sua rara inteligên-cia e cultura.

Filho de duas das mais tradicionais famílias de pioneiros da cidade, ele ganhou o nome dos dois avós: Afonso Bretas e Luiz Chisté. Uma mistura de sangue alemão, italiano e português que resultou numa per-sonalidade fascinante, brasileiríssima, e muitas histó-rias para contar.

Afonso cresceu ao ar livre, em uma Governador Valadares ainda cheia de fazendas, terra vermelha e madeira de lei. Aos 14 anos, ele deixou a cidade e o estilo de vida que sempre gostou para morar em São João Del Rey. Como muitos adolescentes da época, foi fazer fora da cidade o curso científico (hoje ensino médio). Dali, para a capital mineira, onde cursou a faculdade de engenharia mecânica e depois uma pós-graduação em engenharia econômica.

Uma época de tantas e tão boas lembranças que emociona a ponto de trazer lágrimas aos olhos de Afonso, revelando a face mais sensível de um homem que impressiona pela firmeza nas palavras, nos gestos e nas atitudes.

Depois de formado, trabalhou como engenheiro da Construtora Mendes Júnior no Pará. Tempos difíceis, que puseram à prova sua capacidade de conviver com condições adversas de sobrevivência. Decidido a não mais se submeter, voltou para Minas Gerais, onde pôde exercer seus múltiplos talentos.

A convite do professor Edson Durão Júdice – algo que até hoje é motivo de orgulho para ele – Afonso tornou-se professor universitário, ensinando cálculo. Nesta época, ele trabalhou também na Usiminas, onde participou do processo de expansão, e esteve presen-te ainda na implantação da Açominas da Companhia Siderúrgica de Tubarão.

Aos 29 anos, deixou de lado a engenharia e retornou a Governador Valadares para lidar na fazenda da

família. Mas, como sempre, dedicar-se a uma única atividade não foi o suficiente para preencher a rotina e gastar a muita energia de Afonso. Com isso, além das atividades como pecuarista, seu profundo espíri-to comunitário foi falando mais alto, levando-o a diversas entidades representativas da classe, nas quais sempre teve participação ativa.

Para falar de todas as atividades já ou ainda exer-cidas por Afonso, é preciso tomar fôlego. Membro da Cooperativa, já foi conselheiro fiscal da instituição. Sem medo das divergências e das polêmicas, nunca deixou de emitir sua opinião, e a defendê-la com firmeza, ainda que isso lhe custasse alguns conflitos e desgastes. Mas apesar de tudo, permanece firme como cooperado. Como membro do Sindicato Rural, já foi tesoureiro e hoje é vice-presidente. Na Crediriodoce, onde também é associado, acaba de ser eleito dele-gado, sendo o 3º mais bem votado.

As atividades no sindicato levaram Afonso a abraçar uma outra área de atuação: o meio ambiente. Atual-mente, ele é o 2º vice-presidente do CBH (Comitê da Bacia Hidrográfica) do rio Doce e faz parte da CTPlan, uma das Câmaras Técnicas do Comitê. Além disso, desenvolve o Programa de Educação Ambiental da Faemg (Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais), representa a instituição no Copam (Conselho de Políticas Ambientais) e ainda faz palestras sobre o assunto.

Em meio a tantas ocupações, ele ainda cuida dos próprios negócios como produtor rural de ovinos e da raça de gado girolanda. E é um dos diretores da ACCOLM – Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Leste mineiro.

Com tanta dedicação ao trabalho, que ninguém pense que falta lazer na vida de Afonso. Como ele consegue fazer tudo isso e ainda se divertir e descan-sar, só Deus sabe. Fato é que somente há 10 anos abandonou a condição de solteiro e a todas essas atividades acumula a paternidade de dois pequeninos, que deixam ainda mais largo o sorriso e mais brilhan-te o olhar deste homem que se equilibra com grande talento entre a razão e a sensibilidade.

Agosto / 2007� �Agosto / 2007

Foto

: Bet

ânia

Ara

újo

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Logo à primeira vista ele impressiona pela firme-za e pela vitalidade, que saltam aos olhos até mesmo dos menos observadores. Depois disso, cada instan-te de conversa com o pecuarista Afonso Luiz Bretas reserva momentos interessantes, muitas vezes sur-preendentes, proporcionados por sua rara inteligên-cia e cultura.

Filho de duas das mais tradicionais famílias de pioneiros da cidade, ele ganhou o nome dos dois avós: Afonso Bretas e Luiz Chisté. Uma mistura de sangue alemão, italiano e português que resultou numa per-sonalidade fascinante, brasileiríssima, e muitas histó-rias para contar.

Afonso cresceu ao ar livre, em uma Governador Valadares ainda cheia de fazendas, terra vermelha e madeira de lei. Aos 14 anos, ele deixou a cidade e o estilo de vida que sempre gostou para morar em São João Del Rey. Como muitos adolescentes da época, foi fazer fora da cidade o curso científico (hoje ensino médio). Dali, para a capital mineira, onde cursou a faculdade de engenharia mecânica e depois uma pós-graduação em engenharia econômica.

Uma época de tantas e tão boas lembranças que emociona a ponto de trazer lágrimas aos olhos de Afonso, revelando a face mais sensível de um homem que impressiona pela firmeza nas palavras, nos gestos e nas atitudes.

Depois de formado, trabalhou como engenheiro da Construtora Mendes Júnior no Pará. Tempos difíceis, que puseram à prova sua capacidade de conviver com condições adversas de sobrevivência. Decidido a não mais se submeter, voltou para Minas Gerais, onde pôde exercer seus múltiplos talentos.

A convite do professor Edson Durão Júdice – algo que até hoje é motivo de orgulho para ele – Afonso tornou-se professor universitário, ensinando cálculo. Nesta época, ele trabalhou também na Usiminas, onde participou do processo de expansão, e esteve presen-te ainda na implantação da Açominas da Companhia Siderúrgica de Tubarão.

Aos 29 anos, deixou de lado a engenharia e retornou a Governador Valadares para lidar na fazenda da

família. Mas, como sempre, dedicar-se a uma única atividade não foi o suficiente para preencher a rotina e gastar a muita energia de Afonso. Com isso, além das atividades como pecuarista, seu profundo espíri-to comunitário foi falando mais alto, levando-o a diversas entidades representativas da classe, nas quais sempre teve participação ativa.

Para falar de todas as atividades já ou ainda exer-cidas por Afonso, é preciso tomar fôlego. Membro da Cooperativa, já foi conselheiro fiscal da instituição. Sem medo das divergências e das polêmicas, nunca deixou de emitir sua opinião, e a defendê-la com firmeza, ainda que isso lhe custasse alguns conflitos e desgastes. Mas apesar de tudo, permanece firme como cooperado. Como membro do Sindicato Rural, já foi tesoureiro e hoje é vice-presidente. Na Crediriodoce, onde também é associado, acaba de ser eleito dele-gado, sendo o 3º mais bem votado.

As atividades no sindicato levaram Afonso a abraçar uma outra área de atuação: o meio ambiente. Atual-mente, ele é o 2º vice-presidente do CBH (Comitê da Bacia Hidrográfica) do rio Doce e faz parte da CTPlan, uma das Câmaras Técnicas do Comitê. Além disso, desenvolve o Programa de Educação Ambiental da Faemg (Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais), representa a instituição no Copam (Conselho de Políticas Ambientais) e ainda faz palestras sobre o assunto.

Em meio a tantas ocupações, ele ainda cuida dos próprios negócios como produtor rural de ovinos e da raça de gado girolanda. E é um dos diretores da ACCOLM – Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Leste mineiro.

Com tanta dedicação ao trabalho, que ninguém pense que falta lazer na vida de Afonso. Como ele consegue fazer tudo isso e ainda se divertir e descan-sar, só Deus sabe. Fato é que somente há 10 anos abandonou a condição de solteiro e a todas essas atividades acumula a paternidade de dois pequeninos, que deixam ainda mais largo o sorriso e mais brilhan-te o olhar deste homem que se equilibra com grande talento entre a razão e a sensibilidade.

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Foto

: Bet

ânia

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Page 8: Perfil Homem 2007

Uma hora e meia de conversa com o empresário Beto Mol é o suficiente para dar uma dimensão mais concreta à antiga máxima de que é na simplicidade que reside a verdadeira grandeza dos homens. Sem afetação, ele é a gentileza em pessoa, e consegue, de forma cativante, fazer com que todos ao seu redor se sintam alvo de uma atenção especial. Enfim, um grande coração.

Na certidão de nascimento está escrito Roberto Girelli Mol, mas ele mesmo é o primeiro a admitir que até se esquece do nome, tão acostumado que está ao apelido. No trabalho, em casa, entre amigos, ele é o Beto. No meio empresarial, Beto Mol, ou Beto da Motomol, uma associação direta à empresa que diri-ge desde 1993, e à qual ele imprime sua maneira toda peculiar de ser e administrar.

Uma fórmula que reúne muito mais que feeling para os negócios. É na encantadora capacidade de lidar com as pessoas e extrair delas o melhor que reside o grande talento de Beto. Aliados a isso estão alguns fatores que parecem ter vindo em seu DNA: a tradição de uma família com décadas de trabalho na área, sempre pautado pela mais rigorosa honestidade no exercício de suas atividades.

Beto é de Mantena. Na cidade, seu pai e dois tios abriram lojas em diferentes ramos comerciais, desde supermercados até revenda de carro e moto. De Man-tena, os negócios começaram a se expandir para outras cidades vizinhas, já com a colaboração dos filhos. É desta época a primeira concessionária Honda da família, na divisa com o Espírito Santo.

E foi através desta concessionária que surgiu a oportunidade de comprar a loja Honda em Governa-dor Valadares. Beto, que antes de lidar com motoci-cletas, já tinha trabalhado em vários outros segmen-tos dos comércios da família, imediatamente se entu-siasmou com a proposta, e em outubro de 1993 mudou-se para a cidade com a esposa, Valéria.

Quase 15 anos depois, o grupo Mol, em Valadares, inclui além da loja e da assistência técnica, a Mega Motos, que trabalha com seminovos e multimarcas. Ao todo, são 70 funcionários, sendo que alguns deles

fazem parte do grupo desde o começo das atividades da Motomol.

Para Beto, saber o nome, sobrenome, função e conhecer pelo menos um pouco sobre a vida de cada um deles é motivo de muito orgulho. Formado em direito, seu “PHD” na verdade é em “gente”. É colo-cando o ser humano sempre em primeiro lugar que ele trabalha e vive. E isso se reflete em sua relação com clientes e funcionários.

Beto é profundo conhecedor do produto que vende. E na hora de fechar negócio, a orientação, seguida à risca por sua bem treinada equipe é: a Motomol não comercializa motocicletas. Ela ofe-rece solução em transporte. Dentro desta filosofia, mais importante até que o produto é quem vai comprá-lo, por isso, cada detalhe é importante, desde a preferência pessoal até a finalidade de utilização das motos.

Extremamente dedicado ao trabalho e às relações interpessoais no trabalho, Beto poderia discorrer sobre o tema por horas sem se cansar e sem cansar os ouvin-tes, que se rendem com facilidade ao seu jeito tran-qüilo de conversar e à prosa simples e sempre bem-humorada de quem não esqueceu suas raízes de interior, e pelo contrário, extrai dela todos os benefícios para compor sua personalidade.

Fora do trabalho, Beto se dedica à família e a mais trabalho. Os finais de semana, sempre que possível, seguem rumo à fazenda em Mantena. Lá, cumpre a risca do ditado que diz “enquanto descansa, carrega pedra”. Mas o trabalho rural é, para ele, uma forma de relaxar, e os dias que começam cedo, terminam invariavelmente com uma reunião de amigos ao redor de um bom churrasco.

Com os pais e os irmãos, a relação é de profundo carinho e união. Mas o brilho dos olhos ganha mais intensidade quando se refere – e não são poucas as vezes que isso acontece – à esposa, Valéria. Uma relação de quase duas décadas, mas que conserva o frescor e a cumplicidade dos primeiros dias. E que, como em tudo o que faz, Beto cultiva, regada a muito carinho e dedicação.

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Page 9: Perfil Homem 2007

Uma hora e meia de conversa com o empresário Beto Mol é o suficiente para dar uma dimensão mais concreta à antiga máxima de que é na simplicidade que reside a verdadeira grandeza dos homens. Sem afetação, ele é a gentileza em pessoa, e consegue, de forma cativante, fazer com que todos ao seu redor se sintam alvo de uma atenção especial. Enfim, um grande coração.

Na certidão de nascimento está escrito Roberto Girelli Mol, mas ele mesmo é o primeiro a admitir que até se esquece do nome, tão acostumado que está ao apelido. No trabalho, em casa, entre amigos, ele é o Beto. No meio empresarial, Beto Mol, ou Beto da Motomol, uma associação direta à empresa que diri-ge desde 1993, e à qual ele imprime sua maneira toda peculiar de ser e administrar.

Uma fórmula que reúne muito mais que feeling para os negócios. É na encantadora capacidade de lidar com as pessoas e extrair delas o melhor que reside o grande talento de Beto. Aliados a isso estão alguns fatores que parecem ter vindo em seu DNA: a tradição de uma família com décadas de trabalho na área, sempre pautado pela mais rigorosa honestidade no exercício de suas atividades.

Beto é de Mantena. Na cidade, seu pai e dois tios abriram lojas em diferentes ramos comerciais, desde supermercados até revenda de carro e moto. De Man-tena, os negócios começaram a se expandir para outras cidades vizinhas, já com a colaboração dos filhos. É desta época a primeira concessionária Honda da família, na divisa com o Espírito Santo.

E foi através desta concessionária que surgiu a oportunidade de comprar a loja Honda em Governa-dor Valadares. Beto, que antes de lidar com motoci-cletas, já tinha trabalhado em vários outros segmen-tos dos comércios da família, imediatamente se entu-siasmou com a proposta, e em outubro de 1993 mudou-se para a cidade com a esposa, Valéria.

Quase 15 anos depois, o grupo Mol, em Valadares, inclui além da loja e da assistência técnica, a Mega Motos, que trabalha com seminovos e multimarcas. Ao todo, são 70 funcionários, sendo que alguns deles

fazem parte do grupo desde o começo das atividades da Motomol.

Para Beto, saber o nome, sobrenome, função e conhecer pelo menos um pouco sobre a vida de cada um deles é motivo de muito orgulho. Formado em direito, seu “PHD” na verdade é em “gente”. É colo-cando o ser humano sempre em primeiro lugar que ele trabalha e vive. E isso se reflete em sua relação com clientes e funcionários.

Beto é profundo conhecedor do produto que vende. E na hora de fechar negócio, a orientação, seguida à risca por sua bem treinada equipe é: a Motomol não comercializa motocicletas. Ela ofe-rece solução em transporte. Dentro desta filosofia, mais importante até que o produto é quem vai comprá-lo, por isso, cada detalhe é importante, desde a preferência pessoal até a finalidade de utilização das motos.

Extremamente dedicado ao trabalho e às relações interpessoais no trabalho, Beto poderia discorrer sobre o tema por horas sem se cansar e sem cansar os ouvin-tes, que se rendem com facilidade ao seu jeito tran-qüilo de conversar e à prosa simples e sempre bem-humorada de quem não esqueceu suas raízes de interior, e pelo contrário, extrai dela todos os benefícios para compor sua personalidade.

Fora do trabalho, Beto se dedica à família e a mais trabalho. Os finais de semana, sempre que possível, seguem rumo à fazenda em Mantena. Lá, cumpre a risca do ditado que diz “enquanto descansa, carrega pedra”. Mas o trabalho rural é, para ele, uma forma de relaxar, e os dias que começam cedo, terminam invariavelmente com uma reunião de amigos ao redor de um bom churrasco.

Com os pais e os irmãos, a relação é de profundo carinho e união. Mas o brilho dos olhos ganha mais intensidade quando se refere – e não são poucas as vezes que isso acontece – à esposa, Valéria. Uma relação de quase duas décadas, mas que conserva o frescor e a cumplicidade dos primeiros dias. E que, como em tudo o que faz, Beto cultiva, regada a muito carinho e dedicação.

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Foto

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Page 10: Perfil Homem 2007

A seriedade e a firmeza estão estampadas nas feições do pecuarista e empresário Carlos Magno Reis. Uma impressão reforçada pela grande estatura e pela voz grave. Econômico com as palavras transparece obje-tividade e praticidade no que diz. E no que faz tam-bém. Afinal de contas, tirar uma empresa de uma situação difícil e transformá-la numa potência em abate de bovinos não é tarefa possível para quem não tenha muita determinação e competência.

Característica de uma personalidade formada no seio de uma numerosa – e muito unida – família, que está na cidade desde 1975. Carlão, como é chamado por todos, não nasceu em Governador Valadares e na adolescência foi estudar em Belo Horizonte. Mas o que no começo eram férias em família transformou-se no lugar escolhido para constituir a sua própria. A faculdade de administração de empresas já foi feita em Valadares, os negócios (criação e comércio de gado) cresceram na mesma cidade, onde também ele conhe-ceu a esposa, Natalina, com quem casou e teve dois filhos, hoje já adolescentes. Ou seja, mais valadaren-se impossível.

E é movido por todas essas qualidades e senti-mentos que, desde outubro de 2005, Carlão vem se dedicando a um vitorioso desafio. Depois de um complicado processo, o frigorífico do qual ele e vários outros criadores eram fornecedores, abriu falência. Diante da situação adversa, coube aos credores assumir a empresa. À frente da emprei-tada ficaram ele e os companheiros Ronaldo Paiva e Juscelino Faria.

A partir daí, Carlão esqueceu o significado da palavra férias e concentrou-se de maneira redo-brada no trabalho, dividiu responsabilidades e somou forças, pautando-se sempre pela seriedade, e, claro, em muito esforço. O reconhecimento, por parte de todos os envolvidos no processo, da cre-dibilidade e a forma honesta de trabalhar do trio foi essencial para o crescimento do que hoje, orgu-lhosamente, é a MAFRIAL. As dívidas acumuladas foram quitadas e depois de todos esses meses, Carlão já pode comemorar o sucesso do empreen-

dimento, que se encontra em plena ascensão. Atualmente, a Mafrial é o frigorífico que mais abate

em Minas Gerais. Sua importância para o mercado pecuarista local é notória, afinal, a empresa compra gado de toda a região, em um raio de 300 km. Além disso, é uma significativa geradora de empregos. São 290 funcionários e uma frota própria de 21 caminhões frigoríficos.

Por enquanto, o mercado interno é o grande clien-te, com 98% da produção sendo comercializada no estado do Rio de Janeiro. Mas a nova realidade dá espaço para um projeto de expansão das atividades. O objetivo, ambicioso, mas realista, é a exportação. Para tanto, está sendo feito um investimento de R$ 1.800.000,00, que inclui aparato tecnológico e uma especial atenção para com o meio ambiente – incluin-do a construção de três represas.

Ao explicar os motivos de tão impressionante revi-ravolta do frigorífico, Carlão recorre aos valores apren-didos em família e sempre exercidos: seriedade, hones-tidade e, é claro, muito trabalho. Mas deste, ele não reclama. Pelo contrário. Sabe que trabalha demais, a ponto de às vezes sacrificar a vida pessoal, mas gosta do que faz. E mesmo que isso lhe exija alguns sacri-fícios – como, por exemplo, passar mais tempo no escritório, quando as atividades ao ar livre, na fazen-da, lhe são mais prazerosas – se sente realizado pro-fissionalmente.

Mesmo há um bom tempo sem uma boa pausa, que ninguém pense que não sobra um tempinho para o lazer. Menos que ele gostaria, é verdade. Mas a vida do empresário, nem de longe, é tão espartana assim. E nestas horas, quando o trabalho fica um pouco de lado, o assunto preferido é, sem pestanejar, o futebol. Dos tempos de jogador no Democrata guarda, mais que boas lembranças, amizades duradouras. Mas o coração de torcedor bate forte mesmo por outro alvi-negro: o Clube Atlético Mineiro.

Além da bola, a outra paixão de Carlão está em casa. A família, à qual procura se dedicar tanto quan-to o trabalho permite, e de onde tira a força para continuar vencendo.

Agosto / 200710

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A seriedade e a firmeza estão estampadas nas feições do pecuarista e empresário Carlos Magno Reis. Uma impressão reforçada pela grande estatura e pela voz grave. Econômico com as palavras transparece obje-tividade e praticidade no que diz. E no que faz tam-bém. Afinal de contas, tirar uma empresa de uma situação difícil e transformá-la numa potência em abate de bovinos não é tarefa possível para quem não tenha muita determinação e competência.

Característica de uma personalidade formada no seio de uma numerosa – e muito unida – família, que está na cidade desde 1975. Carlão, como é chamado por todos, não nasceu em Governador Valadares e na adolescência foi estudar em Belo Horizonte. Mas o que no começo eram férias em família transformou-se no lugar escolhido para constituir a sua própria. A faculdade de administração de empresas já foi feita em Valadares, os negócios (criação e comércio de gado) cresceram na mesma cidade, onde também ele conhe-ceu a esposa, Natalina, com quem casou e teve dois filhos, hoje já adolescentes. Ou seja, mais valadaren-se impossível.

E é movido por todas essas qualidades e senti-mentos que, desde outubro de 2005, Carlão vem se dedicando a um vitorioso desafio. Depois de um complicado processo, o frigorífico do qual ele e vários outros criadores eram fornecedores, abriu falência. Diante da situação adversa, coube aos credores assumir a empresa. À frente da emprei-tada ficaram ele e os companheiros Ronaldo Paiva e Juscelino Faria.

A partir daí, Carlão esqueceu o significado da palavra férias e concentrou-se de maneira redo-brada no trabalho, dividiu responsabilidades e somou forças, pautando-se sempre pela seriedade, e, claro, em muito esforço. O reconhecimento, por parte de todos os envolvidos no processo, da cre-dibilidade e a forma honesta de trabalhar do trio foi essencial para o crescimento do que hoje, orgu-lhosamente, é a MAFRIAL. As dívidas acumuladas foram quitadas e depois de todos esses meses, Carlão já pode comemorar o sucesso do empreen-

dimento, que se encontra em plena ascensão. Atualmente, a Mafrial é o frigorífico que mais abate

em Minas Gerais. Sua importância para o mercado pecuarista local é notória, afinal, a empresa compra gado de toda a região, em um raio de 300 km. Além disso, é uma significativa geradora de empregos. São 290 funcionários e uma frota própria de 21 caminhões frigoríficos.

Por enquanto, o mercado interno é o grande clien-te, com 98% da produção sendo comercializada no estado do Rio de Janeiro. Mas a nova realidade dá espaço para um projeto de expansão das atividades. O objetivo, ambicioso, mas realista, é a exportação. Para tanto, está sendo feito um investimento de R$ 1.800.000,00, que inclui aparato tecnológico e uma especial atenção para com o meio ambiente – incluin-do a construção de três represas.

Ao explicar os motivos de tão impressionante revi-ravolta do frigorífico, Carlão recorre aos valores apren-didos em família e sempre exercidos: seriedade, hones-tidade e, é claro, muito trabalho. Mas deste, ele não reclama. Pelo contrário. Sabe que trabalha demais, a ponto de às vezes sacrificar a vida pessoal, mas gosta do que faz. E mesmo que isso lhe exija alguns sacri-fícios – como, por exemplo, passar mais tempo no escritório, quando as atividades ao ar livre, na fazen-da, lhe são mais prazerosas – se sente realizado pro-fissionalmente.

Mesmo há um bom tempo sem uma boa pausa, que ninguém pense que não sobra um tempinho para o lazer. Menos que ele gostaria, é verdade. Mas a vida do empresário, nem de longe, é tão espartana assim. E nestas horas, quando o trabalho fica um pouco de lado, o assunto preferido é, sem pestanejar, o futebol. Dos tempos de jogador no Democrata guarda, mais que boas lembranças, amizades duradouras. Mas o coração de torcedor bate forte mesmo por outro alvi-negro: o Clube Atlético Mineiro.

Além da bola, a outra paixão de Carlão está em casa. A família, à qual procura se dedicar tanto quan-to o trabalho permite, e de onde tira a força para continuar vencendo.

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1� Agosto / 2007

EmpresarialPor Wilma Trindade

Em Ipatinga a tradição da Clínica Amorim, liderada pelo Dr. Lacy Amorim é referência regional. E como filho de peixe, peixinho é, seu filho é o ortodontista Dr. Lacy Lima Amorim, o responsável pelo sorriso radical do Vale do Aço com sua moderníssima Uniorto – ortodontia com conceito e qualidade do Euro-pean Clinics Corporation.

Dr. Lacy Amorim, um pai exemplar

Carlos Thébit é Mais Mais mesmo. O Filadélfia se tornou o mais bem cuidado e mais bem estruturado clube de Recreação de Governador Valadares. Seus associados se sentem privilegiados pelo carinho e aten-ção demonstrados pelo presidente e sua diretoria. Isso é competência. Imaginem que a organização é tanta que já estão prepa-rando o Reveillon 2008. Assim, é sucesso garantido.

FiladélfiaBoutique da

CachaçaJosé Geraldo Sales encontrou

em Marcelo Lage, o parceiro, para inaugurar na av. Treze de Maio, a Boutique da Cachaça. Com uma decoração que lembra carvalho - sinônimo de boa bebida, o lugar é acolhedor. Estive conferindo e fiquei encantada com o bom gosto e principalmente com as marcas expostas. São aguardentes de Salinas, Norte de Minas, quali-dade extra. Vale conhecer e ficar cliente. O ambiente inspira.

O GV Shopping tem crescido e desenvol-vido como um bebê muito bem cuidado. Últimas aquisições como as Lojas America-nas deram um vigor muito mais atraente.

GV Shopping

Arrojados

1�Agosto / 2007

Wilma Leite é uma expert em maquiagem. Dessas que realçam nossos traços, encobrem nossos defeitos sem cobrir-nos com camadas grossas de bases e pós. Marise De Marco e suas filhas Renata e Roberta por exemplo não abrem mão dela. Assim como Natalina Fernandes, entre tantas outras que encontro todas as semanas. Wilma trabalha com uma dedicação e carinho pessoais como poucas. Atende também para cortes masculinos.

ExpolesteSalão VisualCom todos os seus stands comer-

cializados a Expoleste 2007, pro-mete ser a MAIS MAIS de todas, afinal a Expoleste, iniciativa da Associação Comercial de GV está comemorando seus 10 anos de existência. O presidente da ACGV, e coordenador do evento, Edmílson Soares vai colher seus louros. A

P&R InformáticaPaulo Márcio, um exemplo de empresário

jovem da cidade que domina a administração empresarial. Sem mexer nas estruturas, ampliou e deu outro visual e conforto a sua P& R Informática, onde você encontra tudo para seu computador e mais, orientações fornecidas por pura simpatia. A localização da P& R é mais vantagens: Israel Pinheiro, entre Ribeiro Junqueira e Oswaldo Cruz.

aceitação da Expoleste 2007 foi geral. Estarão lá Companhia Vale do Rio Doce, Baguari, Amis – Associação dos supermercadista de Minas, ocupando 1.000 m2, Expocasa, Moto-mol, Verona/Fiat, entre tantas outras . A lém, os desfiles contarão com a presença da modelo Helen Ganzarolli, que abrirá e fechará a Mostra Empresarial 2007.

Luiz Fernando e Eládio Martins, da

Barbosa & Marques e reitora Ana

Angélica - Univale: Consciência

cidadã no apoio ao campeão

panamericano, o canoísta Sebástian

Cuattrin

Page 13: Perfil Homem 2007

1� Agosto / 2007

EmpresarialPor Wilma Trindade

Em Ipatinga a tradição da Clínica Amorim, liderada pelo Dr. Lacy Amorim é referência regional. E como filho de peixe, peixinho é, seu filho é o ortodontista Dr. Lacy Lima Amorim, o responsável pelo sorriso radical do Vale do Aço com sua moderníssima Uniorto – ortodontia com conceito e qualidade do Euro-pean Clinics Corporation.

Dr. Lacy Amorim, um pai exemplar

Carlos Thébit é Mais Mais mesmo. O Filadélfia se tornou o mais bem cuidado e mais bem estruturado clube de Recreação de Governador Valadares. Seus associados se sentem privilegiados pelo carinho e aten-ção demonstrados pelo presidente e sua diretoria. Isso é competência. Imaginem que a organização é tanta que já estão prepa-rando o Reveillon 2008. Assim, é sucesso garantido.

FiladélfiaBoutique da

CachaçaJosé Geraldo Sales encontrou

em Marcelo Lage, o parceiro, para inaugurar na av. Treze de Maio, a Boutique da Cachaça. Com uma decoração que lembra carvalho - sinônimo de boa bebida, o lugar é acolhedor. Estive conferindo e fiquei encantada com o bom gosto e principalmente com as marcas expostas. São aguardentes de Salinas, Norte de Minas, quali-dade extra. Vale conhecer e ficar cliente. O ambiente inspira.

O GV Shopping tem crescido e desenvol-vido como um bebê muito bem cuidado. Últimas aquisições como as Lojas America-nas deram um vigor muito mais atraente.

GV Shopping

Arrojados

1�Agosto / 2007

Wilma Leite é uma expert em maquiagem. Dessas que realçam nossos traços, encobrem nossos defeitos sem cobrir-nos com camadas grossas de bases e pós. Marise De Marco e suas filhas Renata e Roberta por exemplo não abrem mão dela. Assim como Natalina Fernandes, entre tantas outras que encontro todas as semanas. Wilma trabalha com uma dedicação e carinho pessoais como poucas. Atende também para cortes masculinos.

ExpolesteSalão VisualCom todos os seus stands comer-

cializados a Expoleste 2007, pro-mete ser a MAIS MAIS de todas, afinal a Expoleste, iniciativa da Associação Comercial de GV está comemorando seus 10 anos de existência. O presidente da ACGV, e coordenador do evento, Edmílson Soares vai colher seus louros. A

P&R InformáticaPaulo Márcio, um exemplo de empresário

jovem da cidade que domina a administração empresarial. Sem mexer nas estruturas, ampliou e deu outro visual e conforto a sua P& R Informática, onde você encontra tudo para seu computador e mais, orientações fornecidas por pura simpatia. A localização da P& R é mais vantagens: Israel Pinheiro, entre Ribeiro Junqueira e Oswaldo Cruz.

aceitação da Expoleste 2007 foi geral. Estarão lá Companhia Vale do Rio Doce, Baguari, Amis – Associação dos supermercadista de Minas, ocupando 1.000 m2, Expocasa, Moto-mol, Verona/Fiat, entre tantas outras . A lém, os desfiles contarão com a presença da modelo Helen Ganzarolli, que abrirá e fechará a Mostra Empresarial 2007.

Luiz Fernando e Eládio Martins, da

Barbosa & Marques e reitora Ana

Angélica - Univale: Consciência

cidadã no apoio ao campeão

panamericano, o canoísta Sebástian

Cuattrin

Page 14: Perfil Homem 2007

Baiano de nascimento, o engenheiro civil Fernando Pinto é valadarense de coração. Funcionário público dedicado à causa do desenvolvimento da cidade, ele mudou-se para Governador Valadares ainda na infân-cia, junto com a família – os pais e as quatro irmãs. Formou-se na Univale (na época, MIT) na década de 80. Com o mercado profissional ruim, foi com a espo-sa Magda e os filhos Rodolfo e Arthur (a caçula, Fer-nanda, nasceu depois, quando ele já estava de volta) ainda pequenos para a Austrália.

Foram três anos vivendo em Sidney e trabalhando na área da construção civil. Depois de três anos, a saudade falou mais alto e ele voltou. Na época, a Semov estava abrindo contratações para engenheiros. Fer-nando foi contratado e após seis meses, com a reali-zação de um concurso público – em que foi aprovado em segundo lugar – tornou-se funcionário de carrei-ra.

Ao longo de mais de 20 anos, além de atuar como engenheiro de obras, ele foi chefe de setor, de seção, assessor técnico, diretor de obras, diretor administra-tivo e diretor geral. Nessa época começou a trabalhar com licitações e a se interessar pelo assunto. O inte-resse foi tanto que Fernando fez mais de 10 cursos sobre licitação. E ainda achou pouco. O próximo passo foi a faculdade de direito, concluída em 2003.

Há cerca de 10 anos ele dedica-se integralmente à captação de recursos. Uma tarefa que exige total con-centração e muito conhecimento para lidar tanto com a parte burocrática quanto com a elaboração de pro-jetos técnicos. E que, como o próprio nome diz, con-siste em elaborar projetos que possam pleitear verbas públicas.

Elogiado até pelo alto escalão do governo federal, Fernando não se envaidece. Reconhece que, como todo mundo, gosta de ser elogiado, mas divide o mérito com a equipe da qual não abre mão e para quem é só elogios.

O jeito mineiro, se não de fazer, pelo menos de con-viver em política já está incorporado ao seu cotidiano profissional. Em Brasília, faz questão de ter um bom trâmite nos ministérios e com os representantes da

região de diferentes partidos. Como seu trabalho é estritamente técnico, consegue manter a postura neu-tra para manter o bom relacionamento em todas as esferas.

Sempre tendo o trabalho na prefeitura de Governa-dor Valadares como principal referência, Fernando adquiriu tal know-how no assunto que hoje tem um escritório de consultoria técnica em captação de recur-sos que presta serviço para outras prefeituras da região. Um trabalho que o leva a constantes viagens a Belo Horizonte e Brasília.

Apaixonado pelo seu trabalho, ele não abre mão, no entanto, dos finais de semana em casa, curtindo a família. Lá, é possível observar uma outra faceta de Fernando, movida a boa música e boa mesa. Da cozi-nha, ele mesmo se encarrega. Entre os principais itens do seu cardápio, moqueca capixaba e picanha matu-rada.

Na música, ele é o feliz “patrocinador” da banda familiar que ainda não tem nome, mas é formada pelos filhos, sobrinho e amigos dos filhos. Domingo, inva-riavelmente é dia de cozinhar para os artistas. A recom-pensa, curtir o som que os meninos fazem, um reper-tório que inclui Beatles, Pink Floyd, Supertramp e outros clássicos do rock, totalmente influenciados pelo pai.

A influência paterna exercida por Fernando aparece também no futebol. Botafoguense “roxo” fez questão de “catequizar” a família inteira, incluindo o neto. Um torcedor apaixonado assim e sem nenhuma preguiça de pegar a estrada, já conferiu grandes jogos ao vivo, acompanhado de seus fiéis escudeiros. Mas a maior loucura mesmo foi ouvir os últimos minutos de uma final de campeonato vencida pelo Botafogo, por tele-fone. O detalhe é que ele estava do outro lado do mundo, na Austrália.

A paixão pela família está latente nas palavras e na forma carinhosa e alegre a que sempre se refere aos filhos, à esposa, à mãe e às quatro irmãs. Em tom de brincadeira, destaca a união familiar e ainda se diz sortudo por ter tantas mulheres para cuidar dele. Quem vai discordar?

Agosto / 200714 1�Agosto / 2007

Foto

: Bet

ânia

Ara

újo

Page 15: Perfil Homem 2007

Baiano de nascimento, o engenheiro civil Fernando Pinto é valadarense de coração. Funcionário público dedicado à causa do desenvolvimento da cidade, ele mudou-se para Governador Valadares ainda na infân-cia, junto com a família – os pais e as quatro irmãs. Formou-se na Univale (na época, MIT) na década de 80. Com o mercado profissional ruim, foi com a espo-sa Magda e os filhos Rodolfo e Arthur (a caçula, Fer-nanda, nasceu depois, quando ele já estava de volta) ainda pequenos para a Austrália.

Foram três anos vivendo em Sidney e trabalhando na área da construção civil. Depois de três anos, a saudade falou mais alto e ele voltou. Na época, a Semov estava abrindo contratações para engenheiros. Fer-nando foi contratado e após seis meses, com a reali-zação de um concurso público – em que foi aprovado em segundo lugar – tornou-se funcionário de carrei-ra.

Ao longo de mais de 20 anos, além de atuar como engenheiro de obras, ele foi chefe de setor, de seção, assessor técnico, diretor de obras, diretor administra-tivo e diretor geral. Nessa época começou a trabalhar com licitações e a se interessar pelo assunto. O inte-resse foi tanto que Fernando fez mais de 10 cursos sobre licitação. E ainda achou pouco. O próximo passo foi a faculdade de direito, concluída em 2003.

Há cerca de 10 anos ele dedica-se integralmente à captação de recursos. Uma tarefa que exige total con-centração e muito conhecimento para lidar tanto com a parte burocrática quanto com a elaboração de pro-jetos técnicos. E que, como o próprio nome diz, con-siste em elaborar projetos que possam pleitear verbas públicas.

Elogiado até pelo alto escalão do governo federal, Fernando não se envaidece. Reconhece que, como todo mundo, gosta de ser elogiado, mas divide o mérito com a equipe da qual não abre mão e para quem é só elogios.

O jeito mineiro, se não de fazer, pelo menos de con-viver em política já está incorporado ao seu cotidiano profissional. Em Brasília, faz questão de ter um bom trâmite nos ministérios e com os representantes da

região de diferentes partidos. Como seu trabalho é estritamente técnico, consegue manter a postura neu-tra para manter o bom relacionamento em todas as esferas.

Sempre tendo o trabalho na prefeitura de Governa-dor Valadares como principal referência, Fernando adquiriu tal know-how no assunto que hoje tem um escritório de consultoria técnica em captação de recur-sos que presta serviço para outras prefeituras da região. Um trabalho que o leva a constantes viagens a Belo Horizonte e Brasília.

Apaixonado pelo seu trabalho, ele não abre mão, no entanto, dos finais de semana em casa, curtindo a família. Lá, é possível observar uma outra faceta de Fernando, movida a boa música e boa mesa. Da cozi-nha, ele mesmo se encarrega. Entre os principais itens do seu cardápio, moqueca capixaba e picanha matu-rada.

Na música, ele é o feliz “patrocinador” da banda familiar que ainda não tem nome, mas é formada pelos filhos, sobrinho e amigos dos filhos. Domingo, inva-riavelmente é dia de cozinhar para os artistas. A recom-pensa, curtir o som que os meninos fazem, um reper-tório que inclui Beatles, Pink Floyd, Supertramp e outros clássicos do rock, totalmente influenciados pelo pai.

A influência paterna exercida por Fernando aparece também no futebol. Botafoguense “roxo” fez questão de “catequizar” a família inteira, incluindo o neto. Um torcedor apaixonado assim e sem nenhuma preguiça de pegar a estrada, já conferiu grandes jogos ao vivo, acompanhado de seus fiéis escudeiros. Mas a maior loucura mesmo foi ouvir os últimos minutos de uma final de campeonato vencida pelo Botafogo, por tele-fone. O detalhe é que ele estava do outro lado do mundo, na Austrália.

A paixão pela família está latente nas palavras e na forma carinhosa e alegre a que sempre se refere aos filhos, à esposa, à mãe e às quatro irmãs. Em tom de brincadeira, destaca a união familiar e ainda se diz sortudo por ter tantas mulheres para cuidar dele. Quem vai discordar?

Agosto / 200714 1�Agosto / 2007

Foto

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ânia

Ara

újo

Page 16: Perfil Homem 2007

O sorriso sempre aberto e o jeito despachado são duas das marcas registradas do vereador Cabo Isá. Mas tanta simpatia não esconde uma enorme deter-minação e um profundo senso comunitário, fatores que o levaram da carreira militar para a política.

Essa personalidade descontraída, que tanto cati-va os eleitores e todos aqueles à sua volta, não reve-la, à primeira vista, uma afinidade maior com regras e disciplina, mas essa característica pode ser obser-vada em sua atuação como vereador, que já em seu primeiro mandato, alcançou a vice-presidência da Câmara de Vereadores, cargo que exerce hoje.

É notória também a identificação e a proximida-de do vereador Cabo Isá com seus eleitores, o que se justifica perfeitamente a quem conhece sua história. Sua trajetória de vida lhe confere a propriedade de quem conhece de perto a realidade dos bairros menos privilegiados. Isá vem de família humilde, sempre estudou em escola pública, trabalha desde os oito anos. Foi engraxate, vendeu caldo de cana, fez de tudo um pouco. Mas sempre com toda a disposição necessária para ajudar a família, que até hoje é seu porto seguro emocional.

A identificação com o meio militar e a opção por essa carreira profissional veio depois de servir no Tiro de Guerra. Isá entrou para a PM em 1987, onde permaneceu até dezembro de 2004, quando foi para a reserva para assumir em janeiro de 2005, seu primeiro mandato de vereador.

O caminho para política, que se consolidava de forma definitiva naquele momento, começara, no entanto, muitos anos antes. Uma aptidão desenvol-vida, antes de tudo, pela vocação para o trabalho comunitário e o gosto pelos esportes.

Valadarense de nascimento e coração, morador da região da Ibituruna desde a infância, Isá começou a se envolver na vida comunitária através de uma de suas paixões, o futebol. Convidado por amigos foi diretor de esportes do Minas Clube e presidente do Vila Isa Esporte Clube de 1999 até 2004. Nesse período, ele foi também candidato a presidente da

Associação de Moradores do bairro Vila do Sol, o que só fez crescer sua participação como porta-voz na hora de reivindicar melhorias para sua comunida-de.

Essa atuação constante foi que o levou à sua pri-meira candidatura a vereador, em 2000. Respalda-do por seu trabalho de líder esportivo e comunitário na “Niterói Valadarense”, recebeu expressivos 800 votos, alcançando a 2ª suplência pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista), seu partido na época.

Em 2002, de forma ousada, candidatou-se a depu-tado federal pelo PV (Partido Verde). Sem estrutura e a verba dos grandes partidos, fez uma campanha bastante peculiar, e sob esse aspecto, vitoriosa. Os 5.091 votos obtidos nessa condição foram bastante comemorados. E com toda razão.

Em 2004, já pelo PTB (Partido Trabalhista Bra-sileiro), candidatou-se novamente a vereador. Em uma emocionante disputa “voto a voto” com o hoje secretário municipal de Governo, Darly Alves, Isá saiu vitorioso, contabilizando exatos 2.026 votos.

Hoje filiado ao PMN (partido Municipalista Nacio-nal), ele se dedica integralmente à política e compõe a base governista. Com o mesmo bom humor e o jeito direto com o qual fala de sua história, Isá reco-nhece que fazer oposição é mais fácil que “segurar as broncas” de ser situação. Para fazê-lo sem deixar de representar os interesses da comunidade junto ao Executivo, recorre a toda a sua capacidade de diá-logo e entendimento, preocupando-se de forma espe-cial com as áreas de infra-estrutura, saúde e educa-ção.

Realizado como vereador, o Cabo Isá pretende – e para isso trabalha incessantemente – permanecer por muito tempo na Câmara de Vereadores. Mas mesmo satisfeito com sua atuação no Legislativo, não esconde o desejo de um dia, no futuro, ocupar o 4º andar da Prefeitura Municipal, pois sabe que este cargo, apesar de todas os problemas que lhe são inerentes, é o que mais possibilitará a ele fazer tudo o que almeja em prol da sua cidade.

1� Agosto / 2007 1�Agosto / 2007

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Page 17: Perfil Homem 2007

O sorriso sempre aberto e o jeito despachado são duas das marcas registradas do vereador Cabo Isá. Mas tanta simpatia não esconde uma enorme deter-minação e um profundo senso comunitário, fatores que o levaram da carreira militar para a política.

Essa personalidade descontraída, que tanto cati-va os eleitores e todos aqueles à sua volta, não reve-la, à primeira vista, uma afinidade maior com regras e disciplina, mas essa característica pode ser obser-vada em sua atuação como vereador, que já em seu primeiro mandato, alcançou a vice-presidência da Câmara de Vereadores, cargo que exerce hoje.

É notória também a identificação e a proximida-de do vereador Cabo Isá com seus eleitores, o que se justifica perfeitamente a quem conhece sua história. Sua trajetória de vida lhe confere a propriedade de quem conhece de perto a realidade dos bairros menos privilegiados. Isá vem de família humilde, sempre estudou em escola pública, trabalha desde os oito anos. Foi engraxate, vendeu caldo de cana, fez de tudo um pouco. Mas sempre com toda a disposição necessária para ajudar a família, que até hoje é seu porto seguro emocional.

A identificação com o meio militar e a opção por essa carreira profissional veio depois de servir no Tiro de Guerra. Isá entrou para a PM em 1987, onde permaneceu até dezembro de 2004, quando foi para a reserva para assumir em janeiro de 2005, seu primeiro mandato de vereador.

O caminho para política, que se consolidava de forma definitiva naquele momento, começara, no entanto, muitos anos antes. Uma aptidão desenvol-vida, antes de tudo, pela vocação para o trabalho comunitário e o gosto pelos esportes.

Valadarense de nascimento e coração, morador da região da Ibituruna desde a infância, Isá começou a se envolver na vida comunitária através de uma de suas paixões, o futebol. Convidado por amigos foi diretor de esportes do Minas Clube e presidente do Vila Isa Esporte Clube de 1999 até 2004. Nesse período, ele foi também candidato a presidente da

Associação de Moradores do bairro Vila do Sol, o que só fez crescer sua participação como porta-voz na hora de reivindicar melhorias para sua comunida-de.

Essa atuação constante foi que o levou à sua pri-meira candidatura a vereador, em 2000. Respalda-do por seu trabalho de líder esportivo e comunitário na “Niterói Valadarense”, recebeu expressivos 800 votos, alcançando a 2ª suplência pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista), seu partido na época.

Em 2002, de forma ousada, candidatou-se a depu-tado federal pelo PV (Partido Verde). Sem estrutura e a verba dos grandes partidos, fez uma campanha bastante peculiar, e sob esse aspecto, vitoriosa. Os 5.091 votos obtidos nessa condição foram bastante comemorados. E com toda razão.

Em 2004, já pelo PTB (Partido Trabalhista Bra-sileiro), candidatou-se novamente a vereador. Em uma emocionante disputa “voto a voto” com o hoje secretário municipal de Governo, Darly Alves, Isá saiu vitorioso, contabilizando exatos 2.026 votos.

Hoje filiado ao PMN (partido Municipalista Nacio-nal), ele se dedica integralmente à política e compõe a base governista. Com o mesmo bom humor e o jeito direto com o qual fala de sua história, Isá reco-nhece que fazer oposição é mais fácil que “segurar as broncas” de ser situação. Para fazê-lo sem deixar de representar os interesses da comunidade junto ao Executivo, recorre a toda a sua capacidade de diá-logo e entendimento, preocupando-se de forma espe-cial com as áreas de infra-estrutura, saúde e educa-ção.

Realizado como vereador, o Cabo Isá pretende – e para isso trabalha incessantemente – permanecer por muito tempo na Câmara de Vereadores. Mas mesmo satisfeito com sua atuação no Legislativo, não esconde o desejo de um dia, no futuro, ocupar o 4º andar da Prefeitura Municipal, pois sabe que este cargo, apesar de todas os problemas que lhe são inerentes, é o que mais possibilitará a ele fazer tudo o que almeja em prol da sua cidade.

1� Agosto / 2007 1�Agosto / 2007

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Page 18: Perfil Homem 2007

O título de “Rei” seja da noite ou do dia, não veio por acaso. Jorge Zambom tem o toque de Midas. Qualquer empreendimento que tenha sua mão vira ouro, sucesso absoluto. Mas o brilho das luzes naturais ou artificiais não seduz o grande sedutor, que com a naturalidade que só os verdadeiros gentlemen pos-suem, rega com Chandon suas histórias; as “publi-cáveis” e aquelas que ele oculta dos indiscretos com um sorriso de puro charme.

Depois de 30 anos agitando a noite de Governador Valadares, Zambom está encarando uma salutar mudança de hábitos. Mas os habitues podem ficar tranqüilos: o JB continua firme e forte. Na verdade, trata-se da incorporação de mais uma atividade, desta vez no ramo imobiliário. À frente da Pirâmide Imóveis, Jorge já pilota dois grandes empreendimentos.

Sucesso imediato desde o lançamento, o Medical Center mudou o conceito de sala comercial, com espa-ços de 100m2 dirigidos de forma especial para os profissionais de saúde. O prédio, com 18 andares e 64 salas, vai ocupar uma das áreas mais valorizadas do centro da cidade – na rua 7 de Setembro, quase esqui-na com a avenida Minas Gerais – e já está 100% ven-dido.

O próximo lançamento, previsto para as próximas semanas, é o Residencial Porto’s Calle. Também loca-lizado em área nobre, na rua Oswaldo Cruz, o novo prédio terá 28 apartamentos de alto padrão, com quatro quartos e 3 vagas por apartamento na garagem. Se vai ser sucesso? Impossível duvidar, já que, antes mesmo do lançamento, várias unidades já estão reser-vadas.

Experiência empresarial e arrojo para capitanear empreendimentos de alto nível não faltam para Jorge Zambom. Muito jovem ele deu vazão ao seu espírito de aventura e em 1968, foi um dos primeiros valada-renses a “fazer a América” nas terras do Tio Sam. Um tempo de muito trabalho, mas também de muita recompensa financeira. Oito anos depois, com dinhei-ro e coragem para investir alto, ele foi se consolidando como o Rei da Noite, um título ganho sem exageros. Tudo começou com Brodway’s Pub. Depois vieram o

JB, o Pedrão (lado a lado) e a inesquecível discoteca New York, inaugurada com as ilustres presenças dos atores Lauro Corona e Glória Pires, que, na época, bombavam como par romântico em Dancing Days.

A partir daí, não teve para mais ninguém. Além do fervilhante quarteirão da rua Bárbara Heliodora entre a avenida Minas Gerais e a Barão do Rio Branco, vieram também o Boliche, o Roller Power (acompa-nhando a onda dos patins), o Estúdio 33, o JB Special (no mesmo lugar da New York, alguns anos mais tarde).

Em comum entre todas estas casas com perfis e públicos tão diferentes, duas características: a atmos-fera cosmopolita e um alto padrão de qualidade, desde as instalações, passando pela decoração, cardápio e atendimento, diferenciais que sempre fizeram de Zam-bom o melhor anfitrião da noite valadarense.

Entre todos, o JB merece capítulo à parte. É nas suas mesas, desde o primeiro, na Bárbara Heliodora, até o atual endereço, onde está há cerca de 10 anos, que tudo acontece primeiro. Coligações (e confabula-ções) políticas, amores (feitos e desfeitos), grandes negócios. Peculiaridades que fazem dele sempre o “point” mais quente da cidade.

Mas nem só da noite Zambom tem histórias para contar. Ele, que diz já ter sido “o bom” da bola, hoje fica na torcida pelo Cruzeiro. Mas as maiores alegrias que o futebol lhe deu vieram das memoráveis partidas do “Futebol dos Amigos”, com a participação de cra-ques da bola e artistas em benefício da Associação Santa Luzia, um trabalho beneficente ao qual ele se dedica há décadas e que classifica como a melhor coisa que faz na vida.

Manter antigos hábitos é uma surpreendente carac-terística de Zambom. Um deles são os domingos no Aeté Clube, invariavelmente na companhia do amigo Lulu Pinheiro. O outro é a freqüência às missas na Catedral de Santo Antônio, pelo menos três vezes por semana. A religiosidade que herdou da mãe ele man-tém para agradecer sempre o privilégio de ser um homem bem-sucedido, apaixonado pela família e cheio de histórias para contar.

Agosto / 20071� 1�Agosto / 2007

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Page 19: Perfil Homem 2007

O título de “Rei” seja da noite ou do dia, não veio por acaso. Jorge Zambom tem o toque de Midas. Qualquer empreendimento que tenha sua mão vira ouro, sucesso absoluto. Mas o brilho das luzes naturais ou artificiais não seduz o grande sedutor, que com a naturalidade que só os verdadeiros gentlemen pos-suem, rega com Chandon suas histórias; as “publi-cáveis” e aquelas que ele oculta dos indiscretos com um sorriso de puro charme.

Depois de 30 anos agitando a noite de Governador Valadares, Zambom está encarando uma salutar mudança de hábitos. Mas os habitues podem ficar tranqüilos: o JB continua firme e forte. Na verdade, trata-se da incorporação de mais uma atividade, desta vez no ramo imobiliário. À frente da Pirâmide Imóveis, Jorge já pilota dois grandes empreendimentos.

Sucesso imediato desde o lançamento, o Medical Center mudou o conceito de sala comercial, com espa-ços de 100m2 dirigidos de forma especial para os profissionais de saúde. O prédio, com 18 andares e 64 salas, vai ocupar uma das áreas mais valorizadas do centro da cidade – na rua 7 de Setembro, quase esqui-na com a avenida Minas Gerais – e já está 100% ven-dido.

O próximo lançamento, previsto para as próximas semanas, é o Residencial Porto’s Calle. Também loca-lizado em área nobre, na rua Oswaldo Cruz, o novo prédio terá 28 apartamentos de alto padrão, com quatro quartos e 3 vagas por apartamento na garagem. Se vai ser sucesso? Impossível duvidar, já que, antes mesmo do lançamento, várias unidades já estão reser-vadas.

Experiência empresarial e arrojo para capitanear empreendimentos de alto nível não faltam para Jorge Zambom. Muito jovem ele deu vazão ao seu espírito de aventura e em 1968, foi um dos primeiros valada-renses a “fazer a América” nas terras do Tio Sam. Um tempo de muito trabalho, mas também de muita recompensa financeira. Oito anos depois, com dinhei-ro e coragem para investir alto, ele foi se consolidando como o Rei da Noite, um título ganho sem exageros. Tudo começou com Brodway’s Pub. Depois vieram o

JB, o Pedrão (lado a lado) e a inesquecível discoteca New York, inaugurada com as ilustres presenças dos atores Lauro Corona e Glória Pires, que, na época, bombavam como par romântico em Dancing Days.

A partir daí, não teve para mais ninguém. Além do fervilhante quarteirão da rua Bárbara Heliodora entre a avenida Minas Gerais e a Barão do Rio Branco, vieram também o Boliche, o Roller Power (acompa-nhando a onda dos patins), o Estúdio 33, o JB Special (no mesmo lugar da New York, alguns anos mais tarde).

Em comum entre todas estas casas com perfis e públicos tão diferentes, duas características: a atmos-fera cosmopolita e um alto padrão de qualidade, desde as instalações, passando pela decoração, cardápio e atendimento, diferenciais que sempre fizeram de Zam-bom o melhor anfitrião da noite valadarense.

Entre todos, o JB merece capítulo à parte. É nas suas mesas, desde o primeiro, na Bárbara Heliodora, até o atual endereço, onde está há cerca de 10 anos, que tudo acontece primeiro. Coligações (e confabula-ções) políticas, amores (feitos e desfeitos), grandes negócios. Peculiaridades que fazem dele sempre o “point” mais quente da cidade.

Mas nem só da noite Zambom tem histórias para contar. Ele, que diz já ter sido “o bom” da bola, hoje fica na torcida pelo Cruzeiro. Mas as maiores alegrias que o futebol lhe deu vieram das memoráveis partidas do “Futebol dos Amigos”, com a participação de cra-ques da bola e artistas em benefício da Associação Santa Luzia, um trabalho beneficente ao qual ele se dedica há décadas e que classifica como a melhor coisa que faz na vida.

Manter antigos hábitos é uma surpreendente carac-terística de Zambom. Um deles são os domingos no Aeté Clube, invariavelmente na companhia do amigo Lulu Pinheiro. O outro é a freqüência às missas na Catedral de Santo Antônio, pelo menos três vezes por semana. A religiosidade que herdou da mãe ele man-tém para agradecer sempre o privilégio de ser um homem bem-sucedido, apaixonado pela família e cheio de histórias para contar.

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Page 20: Perfil Homem 2007

SinduscomPosse de suanova diretoria

o dia 24 de maio de 2007, a posse da nova diretoria do SIN-DUSCON-GV movimentou a sede da FIEMG – Regional Rio Doce. Como presidente, Adair Pereira Barbosa e como vice-presidente Luiz Alberto Jardim. O engº Paulo Guimarães, assumiu como diretor financeiro e o engº Otto Carlos Neto Oberosler como adjunto. E o engº José Márcio Manoel, como diretor administrativo e o engº Mateus Julio Lara como adjunto. No Conselho Fiscal: assumiram os engenheiros Edmílson Ferreira Sá; Ivalnílson Santos Coelho e Luiz Carlos Corrêa. E como Suplentes: os engenheiros Altair Maga-lhães Menezes, Carlos Humberto Corrêa e Roberto Wencioneck.

Foi uma solenidade prestigiada por toda classe empresarial, prefeito José Bonifácio Mourão, vice-prefeito Augusto Barbosa,

presidente da Câmara, Paulo Costa, secretários Municipais, Darly Alves, Etelmar Loureiro, Maurício Morais, Valter Teixeira. Os repre-sentantes dos Sindicatos: da Panificação, Marcos Lopes Farias, da Indústria do Vestuário Rozani Azevedo, das Indústrias Mecânicas e Metalúrgicas, Paulo Cunha, do Sindicato Rural , Roberto César Almeida, entre outras personalidades como Renato Fraga, Celso Gama, vice-presidente da Associação Comercial. Em seu bonito discurso, o presidente empossado, Adair Barbosa enfatizou a neces-sidade da participação e união dos empresários da construção civil local, para o fortalecimento da classe. Em seguida. foi servido um fino coquetel, quando brindes foram erguidos em homenagem e desejos de sucesso à nova diretoria.

O vice-presidente Luiz Alberto Jardim e o presidente Adair Pereira Barbosa

Paulo Guimarães, Luiz Alberto Jardim, Adair Barbosa e José Márcio Manoel Séc. Etelmar Loreiro, Adair Barbosa e Paulo Cunha

Renato Fraga prestigia os empossados Paulo Guimarães e Adair Barbosa Engª. Eliane, Darciléia, e Anízia Roberto César Almeida e Darly Alves

Engenheiros Otto Oberosler, Edmílson Sá, Ivanilson Coelho, , Rozalvo e Mateus Lara Paulinho Costa

Heldo Armond e Maurício Morais Marcos Lopes Farias

N

21Agosto / 2007

O vice-presidente Luiz Alberto Jardim e o presidente Adair Pereira Barbosa

Marcos Lopes Farias

Prefeito Mourão ladeado por Dayana e seu pai Maridhemar Elias, diretor do SAAE e o vice-presidente empossado, Luiz Alberto Jardim

Vice-prefeito Augusto Barbosa Geralda Sá e Miriléia Scherrer

Geralda e o Maridhemar Elias com Adair e Miriléia

Eng. Dênis, Luciano e Denílson Rozani Azevedo

O presidente Adair Barbosa prestigiado pela família

Page 21: Perfil Homem 2007

SinduscomPosse de suanova diretoria

o dia 24 de maio de 2007, a posse da nova diretoria do SIN-DUSCON-GV movimentou a sede da FIEMG – Regional Rio Doce. Como presidente, Adair Pereira Barbosa e como vice-presidente Luiz Alberto Jardim. O engº Paulo Guimarães, assumiu como diretor financeiro e o engº Otto Carlos Neto Oberosler como adjunto. E o engº José Márcio Manoel, como diretor administrativo e o engº Mateus Julio Lara como adjunto. No Conselho Fiscal: assumiram os engenheiros Edmílson Ferreira Sá; Ivalnílson Santos Coelho e Luiz Carlos Corrêa. E como Suplentes: os engenheiros Altair Maga-lhães Menezes, Carlos Humberto Corrêa e Roberto Wencioneck.

Foi uma solenidade prestigiada por toda classe empresarial, prefeito José Bonifácio Mourão, vice-prefeito Augusto Barbosa,

presidente da Câmara, Paulo Costa, secretários Municipais, Darly Alves, Etelmar Loureiro, Maurício Morais, Valter Teixeira. Os repre-sentantes dos Sindicatos: da Panificação, Marcos Lopes Farias, da Indústria do Vestuário Rozani Azevedo, das Indústrias Mecânicas e Metalúrgicas, Paulo Cunha, do Sindicato Rural , Roberto César Almeida, entre outras personalidades como Renato Fraga, Celso Gama, vice-presidente da Associação Comercial. Em seu bonito discurso, o presidente empossado, Adair Barbosa enfatizou a neces-sidade da participação e união dos empresários da construção civil local, para o fortalecimento da classe. Em seguida. foi servido um fino coquetel, quando brindes foram erguidos em homenagem e desejos de sucesso à nova diretoria.

O vice-presidente Luiz Alberto Jardim e o presidente Adair Pereira Barbosa

Paulo Guimarães, Luiz Alberto Jardim, Adair Barbosa e José Márcio Manoel Séc. Etelmar Loreiro, Adair Barbosa e Paulo Cunha

Renato Fraga prestigia os empossados Paulo Guimarães e Adair Barbosa Engª. Eliane, Darciléia, e Anízia Roberto César Almeida e Darly Alves

Engenheiros Otto Oberosler, Edmílson Sá, Ivanilson Coelho, , Rozalvo e Mateus Lara Paulinho Costa

Heldo Armond e Maurício Morais Marcos Lopes Farias

N

21Agosto / 2007

O vice-presidente Luiz Alberto Jardim e o presidente Adair Pereira Barbosa

Marcos Lopes Farias

Prefeito Mourão ladeado por Dayana e seu pai Maridhemar Elias, diretor do SAAE e o vice-presidente empossado, Luiz Alberto Jardim

Vice-prefeito Augusto Barbosa Geralda Sá e Miriléia Scherrer

Geralda e o Maridhemar Elias com Adair e Miriléia

Eng. Dênis, Luciano e Denílson Rozani Azevedo

O presidente Adair Barbosa prestigiado pela família

Page 22: Perfil Homem 2007

Imagine o que é você chegar no dentista para uma consulta ortodôntica e dar de cara, bem em frente à porta de entrada, com uma parede de escala pronta para ser utilizada! Tão sensacional quanto isso é perceber que o toldo sobre a porta é uma quilha de asa-delta; que à sua esquerda um caiaque pende da parede, bem pertinho do computador com internet que fica ali à disposição; que as paredes no pátio interno estão lindamente grafitadas e que lá tem uma minipista de skate de verdade.

Uma ambientação tão original e fascinante dá logo vontade de conhecer o responsável pela novidade: o Dr. Lacy Lima Amorim, ortodontista de Ipatinga, cuja clínica é uma verdadeira revolução no conceito de humanização do ambiente dos estabelecimentos de saúde. Trata-se de uma franchising da Uniorto, que pertence a Europian Clinic Corporation, franquia internacional de clínicas de ortodontia.

Surpreendentemente, o Dr. Lacy não tem as manei-ras agitadas tão comum às pessoas ligadas aos espor-tes radicais. O que primeiro se destaca em sua perso-nalidade é calma, a gentileza no trato com as pessoas, a atenção que dedica a tudo o que faz, e à medida que a conversa avança, uma inteligência brilhante. Enfim, um homem de bem.

Lacy formou-se em odontologia pela UFMG, em Belo Horizonte. Foi lá que ele conheceu o sistema de franquia da Uniorto e se interessou pela forma dife-renciada do grupo em lidar com a ortodontia, que, não por coincidência, era a área à qual havia decidi-do se dedicar. A especialização foi feita em São José do Rio Preto. Depois disso, durante mais cinco anos, já de volta a Ipatinga, foi amadurecendo o projeto de abrir uma unidade da Uniorto, o que aconteceu, com grande sucesso, em janeiro deste ano.

Para que a clínica ficasse do jeito que ele queria, foi necessária uma grande obra. Mas valeu à pena. As instalações impressionam, e não apenas pelo visual temático, construído com riqueza de detalhes, como ganchos de escalada compondo a decoração do balcão de atendimento e revisteiro feito de skates. Os con-

sultórios, amplos e de moderno aparato tecnológico, formam um ambiente agradável, que em nada lem-bra os ambientes frios de consultórios convencio-nais.

Através da franquia, Dr. Lacy contou com a con-sultoria de pessoal de engenharia e arquitetura espe-cializado em construções para a área de saúde, cum-prindo todas as exigências governamentais da área. A equipe desenvolve a ambientação a partir de um motivo escolhido pelo próprio profissional franqueado. Além disso, ele conta com acompanhamento tecnoló-gico, científico e gerencial, através de encontros semes-trais e seminários de atualização. Uma estrutura que lhe garante constante atualização e conhecimento de diferentes técnicas de tratamento utilizadas de acordo com o caso de cada paciente.

O tema esportes radicais cai como uma luva para o Dr. Lacy, que, apesar do jeito tranqüilo, é adepto de esportes que exigem contato com a natureza e espírito de aventura, como o trekking noturno, cami-nhadas em grupo, feitas apenas com a iluminação natural e algumas lanternas, por terrenos acidentados. O gosto pelo contato com a natureza vem da infância, uma herança dos tempos de escotismo.

Mas não estão na clínica ortodôntica e nas cami-nhadas as únicas aptidões do Dr. Lacy. Com um olhar atento na natureza e outro na tecnologia, atra-vés de seu site pessoal, é possível ter acesso a links das clínicas da Uniorto (e não só a de Ipatinga) e a boa parte do seu trabalho, que inclui até um livro publicado. “O Preço Certo” é o registro do exercício da faceta gerencial administrativa do Dr. Lacy. A obra é um guia para orientar os profissionais que estão chegando ao mercado de trabalho sobre quan-to e como cobrar pelos serviços prestados. A versão impressa é muito elogiada, e a virtual, bastante acessada. O conteúdo é fruto de uma pesquisa pes-soal que ele se dispôs a dividir com quem dela neces-site. Uma atitude que reflete o tamanho da respon-sabilidade social e do senso comunitário desse jovem e brilhante ortodontista.

Agosto / 200722 23Agosto / 2007

Page 23: Perfil Homem 2007

Imagine o que é você chegar no dentista para uma consulta ortodôntica e dar de cara, bem em frente à porta de entrada, com uma parede de escala pronta para ser utilizada! Tão sensacional quanto isso é perceber que o toldo sobre a porta é uma quilha de asa-delta; que à sua esquerda um caiaque pende da parede, bem pertinho do computador com internet que fica ali à disposição; que as paredes no pátio interno estão lindamente grafitadas e que lá tem uma minipista de skate de verdade.

Uma ambientação tão original e fascinante dá logo vontade de conhecer o responsável pela novidade: o Dr. Lacy Lima Amorim, ortodontista de Ipatinga, cuja clínica é uma verdadeira revolução no conceito de humanização do ambiente dos estabelecimentos de saúde. Trata-se de uma franchising da Uniorto, que pertence a Europian Clinic Corporation, franquia internacional de clínicas de ortodontia.

Surpreendentemente, o Dr. Lacy não tem as manei-ras agitadas tão comum às pessoas ligadas aos espor-tes radicais. O que primeiro se destaca em sua perso-nalidade é calma, a gentileza no trato com as pessoas, a atenção que dedica a tudo o que faz, e à medida que a conversa avança, uma inteligência brilhante. Enfim, um homem de bem.

Lacy formou-se em odontologia pela UFMG, em Belo Horizonte. Foi lá que ele conheceu o sistema de franquia da Uniorto e se interessou pela forma dife-renciada do grupo em lidar com a ortodontia, que, não por coincidência, era a área à qual havia decidi-do se dedicar. A especialização foi feita em São José do Rio Preto. Depois disso, durante mais cinco anos, já de volta a Ipatinga, foi amadurecendo o projeto de abrir uma unidade da Uniorto, o que aconteceu, com grande sucesso, em janeiro deste ano.

Para que a clínica ficasse do jeito que ele queria, foi necessária uma grande obra. Mas valeu à pena. As instalações impressionam, e não apenas pelo visual temático, construído com riqueza de detalhes, como ganchos de escalada compondo a decoração do balcão de atendimento e revisteiro feito de skates. Os con-

sultórios, amplos e de moderno aparato tecnológico, formam um ambiente agradável, que em nada lem-bra os ambientes frios de consultórios convencio-nais.

Através da franquia, Dr. Lacy contou com a con-sultoria de pessoal de engenharia e arquitetura espe-cializado em construções para a área de saúde, cum-prindo todas as exigências governamentais da área. A equipe desenvolve a ambientação a partir de um motivo escolhido pelo próprio profissional franqueado. Além disso, ele conta com acompanhamento tecnoló-gico, científico e gerencial, através de encontros semes-trais e seminários de atualização. Uma estrutura que lhe garante constante atualização e conhecimento de diferentes técnicas de tratamento utilizadas de acordo com o caso de cada paciente.

O tema esportes radicais cai como uma luva para o Dr. Lacy, que, apesar do jeito tranqüilo, é adepto de esportes que exigem contato com a natureza e espírito de aventura, como o trekking noturno, cami-nhadas em grupo, feitas apenas com a iluminação natural e algumas lanternas, por terrenos acidentados. O gosto pelo contato com a natureza vem da infância, uma herança dos tempos de escotismo.

Mas não estão na clínica ortodôntica e nas cami-nhadas as únicas aptidões do Dr. Lacy. Com um olhar atento na natureza e outro na tecnologia, atra-vés de seu site pessoal, é possível ter acesso a links das clínicas da Uniorto (e não só a de Ipatinga) e a boa parte do seu trabalho, que inclui até um livro publicado. “O Preço Certo” é o registro do exercício da faceta gerencial administrativa do Dr. Lacy. A obra é um guia para orientar os profissionais que estão chegando ao mercado de trabalho sobre quan-to e como cobrar pelos serviços prestados. A versão impressa é muito elogiada, e a virtual, bastante acessada. O conteúdo é fruto de uma pesquisa pes-soal que ele se dispôs a dividir com quem dela neces-site. Uma atitude que reflete o tamanho da respon-sabilidade social e do senso comunitário desse jovem e brilhante ortodontista.

Agosto / 200722 23Agosto / 2007

Page 24: Perfil Homem 2007

24 Agosto / 2007

O ambiente quase bucólico e a paisagem natural-mente exuberante que se revela a partir da varanda da casa na Ibituruna, parecem quase um reflexo do permanente estado de espírito do empresário Márcio Rodrigues Pereira, o Massoca: uma poderosa mistura de simpatia e tranqüilidade; e à medida que as his-tórias vão surgindo, pequenas surpresas (como a paixão pela dança que faz dele um autêntico “pé de valsa” ou o período como presidente de uma escola de samba em Valadares) se juntam a esta impressão que permanece. A de um homem pragmático, que não se deixa levar pelas turbulências da emoção e que mesmo trabalhando no presente, exerce a rara habi-lidade de manter o olhar no futuro.

Da infância em Governador Valadares para a ado-lescência no colégio interno, sua trajetória segue o rumo da de muitos meninos e jovens seus contempo-râneos. A primeira faculdade, de engenharia eletrô-nica, foi cursada no Rio de Janeiro. Como estagiário de fiscalização no Ministério de Comunicação, Mas-soca exerceu a profissão e descobriu o que hoje é um de seus grandes prazeres, o de colocar o pé na estra-da para conhecer o Brasil.

Depois de 10 anos no Rio, foi a proximidade da família e um desejo de mudança de ares que o trou-xeram de volta à cidade. Aqui, a engenharia foi com-pletamente deixada de lado para que ele pudesse exercitar o que sobressai como um talento nato: lidar com gente, administrar, planejar para o futuro.

Em sociedade com os irmãos, fundou a GV Clínicas – empresa que está completando este ano 30 anos de existência e que depois de mais de duas décadas tendo como principal atividade o Plano de Saúde, mudou seu perfil de atuação para se adequar ao mercado. Hoje concentra suas atividades na área de Medicina do Trabalho e Engenharia de Segurança. Já presente em Teófilo Otoni, Ipatinga, Fabriciano, Acesita e Belo Horizonte, além, é claro, de Governador Valadares, a GV Clínicas se prepara para abrir franquias em Betim e Lagoa Santa, entre outras cidades.

Atualmente, são 74 funcionários, entre médicos,

engenheiros, técnicos e pessoal administrativo. E cabe a Márcio administrar toda essas pessoas e essa rede, em um segmento em que a legislação é complexa e constantemente modificada. E foi exatamente a neces-sidade de lidar com as leis que regulamentam a ati-vidade que o levou novamente à faculdade, desta vez para graduar-se em direito.

Além de conhecimento e da imensa capacidade de planejamento, Márcio credita a informatização e descentralização da administração como dois pontos chaves do sucesso da empresa, que hoje franquia tecnologia e filosofia de trabalho desenvolvidas ao longo dos anos. O estilo de administrar pelo positivo, elogiando os acertos e fazendo dos erros, lições, man-tém a equipe de trabalho unida e motivada para obter ser sempre o alto padrão de excelência para manter-se como Líder de Mercado.

Uma experiência que o levou à presidência da Asso-ciação das Empresas de Saúde e Medicina do Traba-lho no Vale do Aço e a ser diretor da Associação Minei-ra da categoria.

Em casa, Massoca é uma espécie de “consultor familiar”, que incentiva o empreendedorismo da mulher e dos filhos e participa das atividades profis-sionais deles como um grande companheiro. O prazer de estar em família, seja para trabalhar ou no lazer, salta aos olhos. A relação com a esposa, Isabel, é de absoluta cumplicidade. De temperamento expansivo e festeiro, ela é seu complemento indispensável para manter o alto-astral e a jovialidade. A convivência com os filhos Leonardo e Moacir chega a ser surpre-endente. Unida, a família mantém o hábito de colocar o pé na estrada. Viajar é preciso, e do litoral da Bahia até o Amazonas não existe distância e tempo ruim intransponíveis. E como o espírito de aventura pare-ce ser genético, do hotel de luxo ao camping, a diver-são está sempre garantida.

Para o futuro, os planos são simples: trabalhar cada vez menos (e para isso ele já está preparando a si e a empresa) para poder viajar mais e curtir mais a famí-lia. Muito merecidamente!

24 Agosto / 2007 25Agosto / 2007

Foto

: Bet

ânia

Ara

újo

Page 25: Perfil Homem 2007

24 Agosto / 2007

O ambiente quase bucólico e a paisagem natural-mente exuberante que se revela a partir da varanda da casa na Ibituruna, parecem quase um reflexo do permanente estado de espírito do empresário Márcio Rodrigues Pereira, o Massoca: uma poderosa mistura de simpatia e tranqüilidade; e à medida que as his-tórias vão surgindo, pequenas surpresas (como a paixão pela dança que faz dele um autêntico “pé de valsa” ou o período como presidente de uma escola de samba em Valadares) se juntam a esta impressão que permanece. A de um homem pragmático, que não se deixa levar pelas turbulências da emoção e que mesmo trabalhando no presente, exerce a rara habi-lidade de manter o olhar no futuro.

Da infância em Governador Valadares para a ado-lescência no colégio interno, sua trajetória segue o rumo da de muitos meninos e jovens seus contempo-râneos. A primeira faculdade, de engenharia eletrô-nica, foi cursada no Rio de Janeiro. Como estagiário de fiscalização no Ministério de Comunicação, Mas-soca exerceu a profissão e descobriu o que hoje é um de seus grandes prazeres, o de colocar o pé na estra-da para conhecer o Brasil.

Depois de 10 anos no Rio, foi a proximidade da família e um desejo de mudança de ares que o trou-xeram de volta à cidade. Aqui, a engenharia foi com-pletamente deixada de lado para que ele pudesse exercitar o que sobressai como um talento nato: lidar com gente, administrar, planejar para o futuro.

Em sociedade com os irmãos, fundou a GV Clínicas – empresa que está completando este ano 30 anos de existência e que depois de mais de duas décadas tendo como principal atividade o Plano de Saúde, mudou seu perfil de atuação para se adequar ao mercado. Hoje concentra suas atividades na área de Medicina do Trabalho e Engenharia de Segurança. Já presente em Teófilo Otoni, Ipatinga, Fabriciano, Acesita e Belo Horizonte, além, é claro, de Governador Valadares, a GV Clínicas se prepara para abrir franquias em Betim e Lagoa Santa, entre outras cidades.

Atualmente, são 74 funcionários, entre médicos,

engenheiros, técnicos e pessoal administrativo. E cabe a Márcio administrar toda essas pessoas e essa rede, em um segmento em que a legislação é complexa e constantemente modificada. E foi exatamente a neces-sidade de lidar com as leis que regulamentam a ati-vidade que o levou novamente à faculdade, desta vez para graduar-se em direito.

Além de conhecimento e da imensa capacidade de planejamento, Márcio credita a informatização e descentralização da administração como dois pontos chaves do sucesso da empresa, que hoje franquia tecnologia e filosofia de trabalho desenvolvidas ao longo dos anos. O estilo de administrar pelo positivo, elogiando os acertos e fazendo dos erros, lições, man-tém a equipe de trabalho unida e motivada para obter ser sempre o alto padrão de excelência para manter-se como Líder de Mercado.

Uma experiência que o levou à presidência da Asso-ciação das Empresas de Saúde e Medicina do Traba-lho no Vale do Aço e a ser diretor da Associação Minei-ra da categoria.

Em casa, Massoca é uma espécie de “consultor familiar”, que incentiva o empreendedorismo da mulher e dos filhos e participa das atividades profis-sionais deles como um grande companheiro. O prazer de estar em família, seja para trabalhar ou no lazer, salta aos olhos. A relação com a esposa, Isabel, é de absoluta cumplicidade. De temperamento expansivo e festeiro, ela é seu complemento indispensável para manter o alto-astral e a jovialidade. A convivência com os filhos Leonardo e Moacir chega a ser surpre-endente. Unida, a família mantém o hábito de colocar o pé na estrada. Viajar é preciso, e do litoral da Bahia até o Amazonas não existe distância e tempo ruim intransponíveis. E como o espírito de aventura pare-ce ser genético, do hotel de luxo ao camping, a diver-são está sempre garantida.

Para o futuro, os planos são simples: trabalhar cada vez menos (e para isso ele já está preparando a si e a empresa) para poder viajar mais e curtir mais a famí-lia. Muito merecidamente!

24 Agosto / 2007 25Agosto / 2007

Foto

: Bet

ânia

Ara

újo

Page 26: Perfil Homem 2007

26 Agosto / 2007

Esporte

Ele vem de uma família humilde, é jovem, negro, e aos 22, uma das maiores revelações do ano no cenário esportivo internacional. Poderia ser mais um craque do futebol nascido nas periferias brasileiras. Mas o inglês Lewis Hamilton é o novo fenômeno da Fórmula-1, que em sua primeira temporada na categoria já chega fazendo história. E voando baixo.

A simples presença de Lewis Hamilton na mais importante categoria do automobilismo mundial já é suficiente para ele fazer história. Afinal, esta é a primeira vez, em mais de cinco décadas de existência da Fórmula-1, que um piloto negro passa a fazer parte deste “pelo-tão de elite”.

Mas para Hamilton, fazer história pela cor está longe de ser o objetivo. E em sua pri-meira temporada, ele faz questão de mostrar a que veio, arrepiando os chefões, pilotos, dirigentes e jornalistas que cobrem a Fór-mula-1 com seus resultados e atitudes, igual-mente impressionantes.

Os números estão ao lado de Lewis. Em 11 corridas já disputadas das 17 previstas,

ele esteve 10 vezes no pódio, vencendo três vezes, conquistando três terceiros lugares e chegando quatro vezes em segundo. Esta campanha – considerada excepcional até para um piloto experiente – o coloca na con-dição de líder do campeonato e virtual cam-peão da temporada 2007.

Mas seus “feitos” não estão apenas nas pistas. Nos padocks, Hamilton também “bota pra quebrar”, e já bateu boca com seu com-panheiro de equipe, o atual bicampeão Fer-nando Alonso (VIDE BOX), já xingou seu chefão e protetor Ron Dennis e até já sofreu um espetacular acidente (do qual saiu ileso, por sinal).

Na Inglaterra, país de gente fleumá-

tica, mas apaixonada por carros e fute-bol, ele é reverenciado como um semi-deus. A f inal há muito não se via um piloto inglês defendendo uma escuderia inglesa líder do campeonato e com reais chances de título.

Para os ingleses, tão reais que a biografia oficial do piloto, que só deve chegar às livra-rias em novembro (depois do final da tem-porada da Fórmula-1) com o “modesto” título de “Lewis Hamilton, o Rei do Mundo”, traz em sua sinopse, nos sites de pré-venda, a seguinte descrição: o livro do “campeão de 2007, que conquistou o título no Japão, em outubro”.

De quem será essa bola de cristal?

Garoto prodígio ou problema?

27Agosto / 2007

A briga entre seus dois pilotos – protagonizada agora por Lewis Hamilton e Fernando Alonso – não é novidade nos boxes da McLaren. Quem não se lembra da sensacional rixa entre Senna e Prost, que dis-putavam milésimos de tempo e milímetros de asfalto desde a entrada de Senna para o time até a aposentadoria de Prost?

Naquela época já cabia a Ron Dennis a difícil tarefa de aplacar os ânimos entre suas duas estrelas. É bem verdade que ele sempre deixou a riva-

lidade correr solta até demais, com Senna e Prost chegando praticamente às “vias de fato” e decidindo campeonatos jogando o carro de um em cima do outro.

Mas a verdade é que, se em tempos atuais, o chefão da McLaren esperava um pouco mais de subserviência de seu protegido Lewis e fair-play de seu campeão Alonso, ele pode tratar de rever alguns conceitos e se preparar para ser o fiel da balança em mais um “Duelo de Titãs”.

Dejavu

Por Paula Greco

Page 27: Perfil Homem 2007

26 Agosto / 2007

Esporte

Ele vem de uma família humilde, é jovem, negro, e aos 22, uma das maiores revelações do ano no cenário esportivo internacional. Poderia ser mais um craque do futebol nascido nas periferias brasileiras. Mas o inglês Lewis Hamilton é o novo fenômeno da Fórmula-1, que em sua primeira temporada na categoria já chega fazendo história. E voando baixo.

A simples presença de Lewis Hamilton na mais importante categoria do automobilismo mundial já é suficiente para ele fazer história. Afinal, esta é a primeira vez, em mais de cinco décadas de existência da Fórmula-1, que um piloto negro passa a fazer parte deste “pelo-tão de elite”.

Mas para Hamilton, fazer história pela cor está longe de ser o objetivo. E em sua pri-meira temporada, ele faz questão de mostrar a que veio, arrepiando os chefões, pilotos, dirigentes e jornalistas que cobrem a Fór-mula-1 com seus resultados e atitudes, igual-mente impressionantes.

Os números estão ao lado de Lewis. Em 11 corridas já disputadas das 17 previstas,

ele esteve 10 vezes no pódio, vencendo três vezes, conquistando três terceiros lugares e chegando quatro vezes em segundo. Esta campanha – considerada excepcional até para um piloto experiente – o coloca na con-dição de líder do campeonato e virtual cam-peão da temporada 2007.

Mas seus “feitos” não estão apenas nas pistas. Nos padocks, Hamilton também “bota pra quebrar”, e já bateu boca com seu com-panheiro de equipe, o atual bicampeão Fer-nando Alonso (VIDE BOX), já xingou seu chefão e protetor Ron Dennis e até já sofreu um espetacular acidente (do qual saiu ileso, por sinal).

Na Inglaterra, país de gente fleumá-

tica, mas apaixonada por carros e fute-bol, ele é reverenciado como um semi-deus. A f inal há muito não se via um piloto inglês defendendo uma escuderia inglesa líder do campeonato e com reais chances de título.

Para os ingleses, tão reais que a biografia oficial do piloto, que só deve chegar às livra-rias em novembro (depois do final da tem-porada da Fórmula-1) com o “modesto” título de “Lewis Hamilton, o Rei do Mundo”, traz em sua sinopse, nos sites de pré-venda, a seguinte descrição: o livro do “campeão de 2007, que conquistou o título no Japão, em outubro”.

De quem será essa bola de cristal?

Garoto prodígio ou problema?

27Agosto / 2007

A briga entre seus dois pilotos – protagonizada agora por Lewis Hamilton e Fernando Alonso – não é novidade nos boxes da McLaren. Quem não se lembra da sensacional rixa entre Senna e Prost, que dis-putavam milésimos de tempo e milímetros de asfalto desde a entrada de Senna para o time até a aposentadoria de Prost?

Naquela época já cabia a Ron Dennis a difícil tarefa de aplacar os ânimos entre suas duas estrelas. É bem verdade que ele sempre deixou a riva-

lidade correr solta até demais, com Senna e Prost chegando praticamente às “vias de fato” e decidindo campeonatos jogando o carro de um em cima do outro.

Mas a verdade é que, se em tempos atuais, o chefão da McLaren esperava um pouco mais de subserviência de seu protegido Lewis e fair-play de seu campeão Alonso, ele pode tratar de rever alguns conceitos e se preparar para ser o fiel da balança em mais um “Duelo de Titãs”.

Dejavu

Por Paula Greco

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28 Agosto / 2007

Salão do Automóvel

Maxwel Lage surpreendeu com um Salão do Automóvel Multicar, que enri-queceu o Parque de Exposições José Tavares Pereira com a Expoagro 2007. Um arrojo e sofisticação próprios de sua mente empreendedora e seu feeling comercial, aliados a classe que o faz, ao lado da mulher Daniele Andrade Lage, um excelente anfitrião. Não houve quem não passasse para admirar suas máquinas quentíssimas, escandalosamente belas e possantes: Mitsubishis, claro, Chevrolet, Audi, Mercedes, BMW, Peugeot. Durante todos os dias e noites da Exposição, o Salão do Automóvel ferveu de socialites, empresários e políticos. Convidada, com todo carinho, marquei por lá também e registrei um momento no primeiro dia, sabendo que muitos outros aconteceriam, assim de poderosos. Marral, como é cari-nhosamente conhecido, é desses filhos de GV que a honram.

Na Expoagro, o Salão do Automóvel mostrou a força do Grupo Multicar

Daniele e Maxwel Lage, o casal de anfitriões mais sofisticados da Expoagro 2007

Marral Lage ladeado por seu sócio Luige Nunes e seu pai, pelo prefeito Mourão, seu irmão Gensemar Mourão

Luiza Barbosa e Píer Angeli Viana

Sabrina Costa, o braço direito do patrão na Multicar

Hélio Gomes e LuanaAline Mourão e Cristiane

Márcio Cardosoe Cristiane Mourão

Acontecimentos

29Agosto / 2007

Acontecimentos

“O primeiro dia do resto de nossas vidas”

Qual pai e mãe que não chora na formatura de um filho? Então, igual a todos os pais, chorei. De emoção, de orgulho, de contentamento. Afinal, estava ali, diante da mesa protocolar formada pelo Reitor da Universidade de Brasília – Un.B, pelo senador Pedro Simon entre outros da mesma estirpe, paraninfos con-vidados dos formandos

de Ciências Políticas e Relações Internacionais, mais cúpula de professores. Diante daqueles jovens formandos onde destacava o brilho inten-so nos olhos de meu filho Diego. Afinal, sempre são muitos anos de ansiedade, preocupação, orações e desejos por esse futuro que começa agora. Eles conseguiram. E oferecem-nos a vitória como um adeus a uma etapa, e sinal do início de outra, em outro patamar, naturalmen-te. Depois do canudo, seus currículos serão modificados inúmeras vezes e cada uma delas lhes possibilitará conquistar outras. Como ouvi: Derrotas possíveis só para aqueles que acredi-tarem que essa foi a conquista máxima.

Diego e o final decisivo de uma etapa de sua vida acadêmica

Com Bernardo e o xará Morlin que foram de GV especialmente para compartilhar este momento com o amigo Diego

Diego com seu pai Luiz Jésus D´Ávila Magalhães e sua mãe Wilma Trindade

Com seus avós Danilo Magalhães e Neyde D´Ávila Magalhães

Primo Raoni, Diego com o irmão Nilo e sua namorada Patrícia

Nilo e Diego entre colegas das Relações InternacioaisO abraço da prima Twila

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28 Agosto / 2007

Salão do Automóvel

Maxwel Lage surpreendeu com um Salão do Automóvel Multicar, que enri-queceu o Parque de Exposições José Tavares Pereira com a Expoagro 2007. Um arrojo e sofisticação próprios de sua mente empreendedora e seu feeling comercial, aliados a classe que o faz, ao lado da mulher Daniele Andrade Lage, um excelente anfitrião. Não houve quem não passasse para admirar suas máquinas quentíssimas, escandalosamente belas e possantes: Mitsubishis, claro, Chevrolet, Audi, Mercedes, BMW, Peugeot. Durante todos os dias e noites da Exposição, o Salão do Automóvel ferveu de socialites, empresários e políticos. Convidada, com todo carinho, marquei por lá também e registrei um momento no primeiro dia, sabendo que muitos outros aconteceriam, assim de poderosos. Marral, como é cari-nhosamente conhecido, é desses filhos de GV que a honram.

Na Expoagro, o Salão do Automóvel mostrou a força do Grupo Multicar

Daniele e Maxwel Lage, o casal de anfitriões mais sofisticados da Expoagro 2007

Marral Lage ladeado por seu sócio Luige Nunes e seu pai, pelo prefeito Mourão, seu irmão Gensemar Mourão

Luiza Barbosa e Píer Angeli Viana

Sabrina Costa, o braço direito do patrão na Multicar

Hélio Gomes e LuanaAline Mourão e Cristiane

Márcio Cardosoe Cristiane Mourão

Acontecimentos

29Agosto / 2007

Acontecimentos

“O primeiro dia do resto de nossas vidas”

Qual pai e mãe que não chora na formatura de um filho? Então, igual a todos os pais, chorei. De emoção, de orgulho, de contentamento. Afinal, estava ali, diante da mesa protocolar formada pelo Reitor da Universidade de Brasília – Un.B, pelo senador Pedro Simon entre outros da mesma estirpe, paraninfos con-vidados dos formandos

de Ciências Políticas e Relações Internacionais, mais cúpula de professores. Diante daqueles jovens formandos onde destacava o brilho inten-so nos olhos de meu filho Diego. Afinal, sempre são muitos anos de ansiedade, preocupação, orações e desejos por esse futuro que começa agora. Eles conseguiram. E oferecem-nos a vitória como um adeus a uma etapa, e sinal do início de outra, em outro patamar, naturalmen-te. Depois do canudo, seus currículos serão modificados inúmeras vezes e cada uma delas lhes possibilitará conquistar outras. Como ouvi: Derrotas possíveis só para aqueles que acredi-tarem que essa foi a conquista máxima.

Diego e o final decisivo de uma etapa de sua vida acadêmica

Com Bernardo e o xará Morlin que foram de GV especialmente para compartilhar este momento com o amigo Diego

Diego com seu pai Luiz Jésus D´Ávila Magalhães e sua mãe Wilma Trindade

Com seus avós Danilo Magalhães e Neyde D´Ávila Magalhães

Primo Raoni, Diego com o irmão Nilo e sua namorada Patrícia

Nilo e Diego entre colegas das Relações InternacioaisO abraço da prima Twila

Page 30: Perfil Homem 2007

Não é de se espantar que entre tantas especialida-des da medicina, o Dr. Ricardo López tenha escolhi-do a oftalmologia. O somatório de minúcia e firmeza necessário para exercê-la com competência reflete, de certo modo, sua postura pessoal, com o olhar sempre atento a tudo o que o cerca.

E dentro da oftalmologia, optou por se dedicar de forma especial – mas sem deixar de atender a todo tipo de paciente – à área de retina e vítreo, na qual as doenças aparecem com mais freqüência em pacien-tes que sofrem de diabetes, uma doença incurável e progressiva que com o passar dos anos acarreta, entre outras coisas, problemas na visão. Pessoas – e olhos – que requerem cuidados especiais.

De natureza essencialmente humanitária, o Dr. Ricardo é, além de grande conhecedor dentro de sua especialidade médica, um desses seres humanos raros, que acredita no exercício da medicina não apenas como a aplicação do conhecimento científico, mas em uma abordagem mais abrangente de acolhimento total do paciente que, ao procurar o consultório, geral-mente encontra-se em um momento de fragilidade física e emocional.

Saber entender este momento pessoal de cada paciente e dentro do que tange seu trabalho, propor-cionar a eles o máximo conforto e qualidade de vida – preferencialmente com a cura definitiva ou pelo menos o maior controle possível da doença – é, para o Dr. Ricardo, o que há de mais gratificante na medi-cina.

Extremamente atencioso na forma de tratar os pacientes, o Dr. Ricardo sabe que é preciso cuidar do humanitário sem jamais se descuidar do lado cientí-fico. Para estar sempre em dia com as novidades científicas e tecnológicas, ele desconhece a palavra fronteiras. Além de sua sólida formação acadêmica, o Dr. Ricardo faz questão de estar em constante evolu-ção, participando de pelo menos três ou quatro impor-tantes congressos anualmente.

Um exemplo do quanto são proveitosas estas oca-siões é a utilização de um medicamento chamado “fator anti-VEGF”, que atua contra a retinopatia

diabética e a degeneração macular com mais eficiên-cia – e com um custo muito mais acessível – que seu antecessor. Depois de conhecer os benefícios do tra-tamento em um Congresso Internacional de Oftal-mologia, e comprovar sua eficácia e segurança, o Dr. Ricardo foi o primeiro a utilizá-lo na cidade.

Nascido no Equador, Dr. Ricardo formou-se em medicina em seu país natal. A história com o Brasil, que já dura 12 anos, começou na residência médica, feita em Belo Horizonte, no Instituto Hilton Rocha, e prosseguiu com fellowships realizados no próprio Hilton Rocha e também no Hospital São Geraldo (Hospital de Olhos da UFMG). Além disso, ele é membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.

E foi durante a residência que ele planejou a sua vinda para Governador Valadares. No Instituto Hilton Rocha, ele conheceu a Dra. Simone, colega de estudos que virou namorada e hoje é esposa. Através dela, ele conheceu o Hospital de Olhos, cuja equipe já integra há oito anos. Na clínica, que é referência regional em oftalmologia, além do atendimento no consultório, ele também realiza cirurgias, com ênfase nos tratamen-tos de descolamento de retina, retinopatia diabética, endoftalmite, buraco macular e trauma ocular, entre outros.

O ritmo de trabalho do Dr. Ricardo é intenso, mas ele não reclama. Pelo contrário, gosta tanto do que faz – especialmente da parte cirúrgica – que um dia inteiro passado no bloco cirúrgico não é capaz de tirar-lhe a energia. O ritmo pode ser exaustivo, mas os resultados o deixam feliz, renovado, sempre dis-posto a fazer mais, pela medicina e pelas pessoas.

Dono de um grande espírito de cidadania mantém o vínculo com o sistema público por acreditar na responsabilidade social. Culto e viajado, o Dr. Ricar-do está sempre antenado com a política, as relações humanas internacionais, tão determinantes nos rumos futuros do país que escolheu para viver no planeta que ele espera, seja um lugar com mais qualidade de vida para as próximas gerações, inclu-sive sua filha que está para nascer.

30 Agosto / 2007 31Agosto / 2007

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Não é de se espantar que entre tantas especialida-des da medicina, o Dr. Ricardo López tenha escolhi-do a oftalmologia. O somatório de minúcia e firmeza necessário para exercê-la com competência reflete, de certo modo, sua postura pessoal, com o olhar sempre atento a tudo o que o cerca.

E dentro da oftalmologia, optou por se dedicar de forma especial – mas sem deixar de atender a todo tipo de paciente – à área de retina e vítreo, na qual as doenças aparecem com mais freqüência em pacien-tes que sofrem de diabetes, uma doença incurável e progressiva que com o passar dos anos acarreta, entre outras coisas, problemas na visão. Pessoas – e olhos – que requerem cuidados especiais.

De natureza essencialmente humanitária, o Dr. Ricardo é, além de grande conhecedor dentro de sua especialidade médica, um desses seres humanos raros, que acredita no exercício da medicina não apenas como a aplicação do conhecimento científico, mas em uma abordagem mais abrangente de acolhimento total do paciente que, ao procurar o consultório, geral-mente encontra-se em um momento de fragilidade física e emocional.

Saber entender este momento pessoal de cada paciente e dentro do que tange seu trabalho, propor-cionar a eles o máximo conforto e qualidade de vida – preferencialmente com a cura definitiva ou pelo menos o maior controle possível da doença – é, para o Dr. Ricardo, o que há de mais gratificante na medi-cina.

Extremamente atencioso na forma de tratar os pacientes, o Dr. Ricardo sabe que é preciso cuidar do humanitário sem jamais se descuidar do lado cientí-fico. Para estar sempre em dia com as novidades científicas e tecnológicas, ele desconhece a palavra fronteiras. Além de sua sólida formação acadêmica, o Dr. Ricardo faz questão de estar em constante evolu-ção, participando de pelo menos três ou quatro impor-tantes congressos anualmente.

Um exemplo do quanto são proveitosas estas oca-siões é a utilização de um medicamento chamado “fator anti-VEGF”, que atua contra a retinopatia

diabética e a degeneração macular com mais eficiên-cia – e com um custo muito mais acessível – que seu antecessor. Depois de conhecer os benefícios do tra-tamento em um Congresso Internacional de Oftal-mologia, e comprovar sua eficácia e segurança, o Dr. Ricardo foi o primeiro a utilizá-lo na cidade.

Nascido no Equador, Dr. Ricardo formou-se em medicina em seu país natal. A história com o Brasil, que já dura 12 anos, começou na residência médica, feita em Belo Horizonte, no Instituto Hilton Rocha, e prosseguiu com fellowships realizados no próprio Hilton Rocha e também no Hospital São Geraldo (Hospital de Olhos da UFMG). Além disso, ele é membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.

E foi durante a residência que ele planejou a sua vinda para Governador Valadares. No Instituto Hilton Rocha, ele conheceu a Dra. Simone, colega de estudos que virou namorada e hoje é esposa. Através dela, ele conheceu o Hospital de Olhos, cuja equipe já integra há oito anos. Na clínica, que é referência regional em oftalmologia, além do atendimento no consultório, ele também realiza cirurgias, com ênfase nos tratamen-tos de descolamento de retina, retinopatia diabética, endoftalmite, buraco macular e trauma ocular, entre outros.

O ritmo de trabalho do Dr. Ricardo é intenso, mas ele não reclama. Pelo contrário, gosta tanto do que faz – especialmente da parte cirúrgica – que um dia inteiro passado no bloco cirúrgico não é capaz de tirar-lhe a energia. O ritmo pode ser exaustivo, mas os resultados o deixam feliz, renovado, sempre dis-posto a fazer mais, pela medicina e pelas pessoas.

Dono de um grande espírito de cidadania mantém o vínculo com o sistema público por acreditar na responsabilidade social. Culto e viajado, o Dr. Ricar-do está sempre antenado com a política, as relações humanas internacionais, tão determinantes nos rumos futuros do país que escolheu para viver no planeta que ele espera, seja um lugar com mais qualidade de vida para as próximas gerações, inclu-sive sua filha que está para nascer.

30 Agosto / 2007 31Agosto / 2007

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O professor Rogério Vieira Primo é um homem preparado para vencer. Não é por acaso que ele veio para Governador Valadares, ano passado, com a missão de ser o gestor da Unipac na cidade, exata-mente no período em que ela se propõe à sua grande expansão. A trajetória acadêmica de Rogério, pontu-ada por uma impressionante dedicação e capacidade de trabalho, atesta de forma incondicional sua con-dição de profissional bem-sucedido.

Formado nos bancos da PUC de Belo Horizonte, ele assumiu o desafio de ser a mola propulsora do crescimento da Unipac em Valadares. Bagagem para isso não falta. Apaixonado pela vida acadêmica, ele tem três graduações (em administração de empresas, matemática e comunicação social) e duas pós-gradu-ações (em matemática e finanças – dentro de admi-nistração de empresas). O mestrado, também na área de finanças, foi feito na FAED – Faculdade Estadual de Administração, paralelamente a um período de intensa atividade profissional.

A carreira de Rogério como docente começou ainda nos tempos de PUC, quando ele foi lecionar matemá-tica no ensino médio. De lá, para o ensino superior, foi apenas uma questão de tempo. Ao mesmo tempo em que se dedicava à sala de aula ele acumulava funções administrativas.

Em 2002, foi convidado a assumir um cargo na área financeira na PUC de Arcos. Movido a desafios, Rogério encarou a empreitada, que incluía também aulas na Escola Técnica de Formação Gerencial do Sebrae e no Cefet (onde é professor concursado, atu-almente de licença), além da titularidade na Cadeira de Mercado de Capitais na Unifor e matéria financei-ra em Arcos.

Dono de alguma incrível capacidade de multiplicar o tempo, Rogério ainda conseguiu conciliar tudo isso com as aulas de mestrado, que eram em Belo Hori-zonte. Uma época de muita correria, estrada e desa-fios, mas, para ele, um tempo de muita alegria pro-fissional também.

E foi exatamente durante o mestrado que, ano passado, ele recebeu a proposta que o trouxe para

Governador Valadares, na condição de diretor geral da Unipac/GV. E de professor também, claro. Rogério explica que não abre mão da docência porque consi-dera o contato professor-aluno essencial até mesmo para exercer as funções administrativas. Manter a proximidade e a afinidade com os alunos funciona como uma espécie de filtro.

Para ele, nem ele nem os alunos o vêem como dire-tor quando está em sala de aula, o que lhe dá uma perspectiva mais ampliada das relações entre a insti-tuição e as pessoas que dela fazem parte. Além disso, Rogério, que é professor por excelência, conta que não abre mão da sala de aula para que o viés acadêmico não se perca diante de tantas funções administrati-vas.

E trabalho é o que não falta para ele na área admi-nistrativa. Com 40 anos de existência, a Unipac nas-ceu em Barbacena e hoje está espalhada por todo o Estado, com nove grandes “campi” e unidades em mais de 100 cidades mineiras. Rogério chegou com o ambicioso projeto de instalar na cidade o 10º campus, cuja pedra fundamental já foi lançada, em cerimônia prestigiada pelas mais representativas autoridades locais. A previsão é que a obra esteja concluída até 2010, e o projeto inclui, além da nova sede, a vinda de novos cursos. A Unipac que, em Valadares, come-çou com o curso de normal superior, já ampliou seu leque de opções e hoje oferece, na cidade, graduação em pedagogia, administração de empresas, enferma-gem, educação física e gestão ambiental.

Fora do ambiente de trabalho, Rogério mantém a postura discreta de um homem de temperamento reservado, que mede as palavras e planeja cada passo. Educado, prefere resguardar a vida pessoal, mas deixa escapar um detalhe já perceptível pelos ternos sempre impecáveis: a vaidade. Mas nada exacerbado. O guar-da-roupa é grande, e muito organizado também, bem como as prateleiras que acumulam mais de 500 títu-los em DVD e um acervo considerável de literatura técnica e livros de grandes empresários como Bill Gates, Antônio Hermírio de Moraes e Jack Wells, autores que ele considera inspiradores. Precisa mais?

Agosto / 200732 33Agosto / 2007

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Page 33: Perfil Homem 2007

O professor Rogério Vieira Primo é um homem preparado para vencer. Não é por acaso que ele veio para Governador Valadares, ano passado, com a missão de ser o gestor da Unipac na cidade, exata-mente no período em que ela se propõe à sua grande expansão. A trajetória acadêmica de Rogério, pontu-ada por uma impressionante dedicação e capacidade de trabalho, atesta de forma incondicional sua con-dição de profissional bem-sucedido.

Formado nos bancos da PUC de Belo Horizonte, ele assumiu o desafio de ser a mola propulsora do crescimento da Unipac em Valadares. Bagagem para isso não falta. Apaixonado pela vida acadêmica, ele tem três graduações (em administração de empresas, matemática e comunicação social) e duas pós-gradu-ações (em matemática e finanças – dentro de admi-nistração de empresas). O mestrado, também na área de finanças, foi feito na FAED – Faculdade Estadual de Administração, paralelamente a um período de intensa atividade profissional.

A carreira de Rogério como docente começou ainda nos tempos de PUC, quando ele foi lecionar matemá-tica no ensino médio. De lá, para o ensino superior, foi apenas uma questão de tempo. Ao mesmo tempo em que se dedicava à sala de aula ele acumulava funções administrativas.

Em 2002, foi convidado a assumir um cargo na área financeira na PUC de Arcos. Movido a desafios, Rogério encarou a empreitada, que incluía também aulas na Escola Técnica de Formação Gerencial do Sebrae e no Cefet (onde é professor concursado, atu-almente de licença), além da titularidade na Cadeira de Mercado de Capitais na Unifor e matéria financei-ra em Arcos.

Dono de alguma incrível capacidade de multiplicar o tempo, Rogério ainda conseguiu conciliar tudo isso com as aulas de mestrado, que eram em Belo Hori-zonte. Uma época de muita correria, estrada e desa-fios, mas, para ele, um tempo de muita alegria pro-fissional também.

E foi exatamente durante o mestrado que, ano passado, ele recebeu a proposta que o trouxe para

Governador Valadares, na condição de diretor geral da Unipac/GV. E de professor também, claro. Rogério explica que não abre mão da docência porque consi-dera o contato professor-aluno essencial até mesmo para exercer as funções administrativas. Manter a proximidade e a afinidade com os alunos funciona como uma espécie de filtro.

Para ele, nem ele nem os alunos o vêem como dire-tor quando está em sala de aula, o que lhe dá uma perspectiva mais ampliada das relações entre a insti-tuição e as pessoas que dela fazem parte. Além disso, Rogério, que é professor por excelência, conta que não abre mão da sala de aula para que o viés acadêmico não se perca diante de tantas funções administrati-vas.

E trabalho é o que não falta para ele na área admi-nistrativa. Com 40 anos de existência, a Unipac nas-ceu em Barbacena e hoje está espalhada por todo o Estado, com nove grandes “campi” e unidades em mais de 100 cidades mineiras. Rogério chegou com o ambicioso projeto de instalar na cidade o 10º campus, cuja pedra fundamental já foi lançada, em cerimônia prestigiada pelas mais representativas autoridades locais. A previsão é que a obra esteja concluída até 2010, e o projeto inclui, além da nova sede, a vinda de novos cursos. A Unipac que, em Valadares, come-çou com o curso de normal superior, já ampliou seu leque de opções e hoje oferece, na cidade, graduação em pedagogia, administração de empresas, enferma-gem, educação física e gestão ambiental.

Fora do ambiente de trabalho, Rogério mantém a postura discreta de um homem de temperamento reservado, que mede as palavras e planeja cada passo. Educado, prefere resguardar a vida pessoal, mas deixa escapar um detalhe já perceptível pelos ternos sempre impecáveis: a vaidade. Mas nada exacerbado. O guar-da-roupa é grande, e muito organizado também, bem como as prateleiras que acumulam mais de 500 títu-los em DVD e um acervo considerável de literatura técnica e livros de grandes empresários como Bill Gates, Antônio Hermírio de Moraes e Jack Wells, autores que ele considera inspiradores. Precisa mais?

Agosto / 200732 33Agosto / 2007

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Page 34: Perfil Homem 2007

Wilma Trindade

GenteNutricionista formada pela Universidade Vale

do Rio Doce - Univale, Aline Gama vem pro-vando sua competência profissional. Ela reúne todos os bons fluidos, aqueles que fazem uma personalidade brilhar, no trabalho e nos relacio-namentos. Cuidadosa, criteriosa, estudiosa, e bem educada. Alegre, cheia de vida, sensível, Aline é companheira em todas as horas. Por isso é Mais Mais Gente com a minha assinatura.

Aline Gama

Geraldo Sales, Eliana Diniz e José Mauro Drummond, férias no fundo do mar

Mar de CortezA paixão pelo mergulho levou meus

sofisticados Geraldo Sales - o mais charmoso da cúpula da Caixa em GV - José Mauro Drummond e Eliana Diniz a umas férias invejáveis no Mar de Cortez, península norte do Méxi-co, point internacional desse hobby. Tudo que contarem por agora está fresquíssimo.

Gabriel e Eusana Milbratz na festa dos 15 anos da Unimed

Edmilson Soares e o secretário de governo, Darly Alves

Fátima Tassis, Cristina Alvim e Dra. Fátima LopesJoão Carlos e Rogério,da comunicação da Unimed

35Agosto / 2007

Fôlego é ilimitado. No dia 16 de agosto o lançamento da nova coleção de Maria

Barra provocou o maior frisson na Barão do Rio Branco. A Bouti-que Maria Maria lotou de colunáveis que, quase esgotaram o novo estoque. Tudo belíssimo, trazido com o know how de quem sabe para quem.

Dr. Evandro Abrantes e Raquel

Page 35: Perfil Homem 2007

Wilma Trindade

GenteNutricionista formada pela Universidade Vale

do Rio Doce - Univale, Aline Gama vem pro-vando sua competência profissional. Ela reúne todos os bons fluidos, aqueles que fazem uma personalidade brilhar, no trabalho e nos relacio-namentos. Cuidadosa, criteriosa, estudiosa, e bem educada. Alegre, cheia de vida, sensível, Aline é companheira em todas as horas. Por isso é Mais Mais Gente com a minha assinatura.

Aline Gama

Geraldo Sales, Eliana Diniz e José Mauro Drummond, férias no fundo do mar

Mar de CortezA paixão pelo mergulho levou meus

sofisticados Geraldo Sales - o mais charmoso da cúpula da Caixa em GV - José Mauro Drummond e Eliana Diniz a umas férias invejáveis no Mar de Cortez, península norte do Méxi-co, point internacional desse hobby. Tudo que contarem por agora está fresquíssimo.

Gabriel e Eusana Milbratz na festa dos 15 anos da Unimed

Edmilson Soares e o secretário de governo, Darly Alves

Fátima Tassis, Cristina Alvim e Dra. Fátima LopesJoão Carlos e Rogério,da comunicação da Unimed

35Agosto / 2007

Fôlego é ilimitado. No dia 16 de agosto o lançamento da nova coleção de Maria

Barra provocou o maior frisson na Barão do Rio Branco. A Bouti-que Maria Maria lotou de colunáveis que, quase esgotaram o novo estoque. Tudo belíssimo, trazido com o know how de quem sabe para quem.

Dr. Evandro Abrantes e Raquel

Page 36: Perfil Homem 2007

36 Agosto / 2007

A Exposição Agropecuária de Governador Vala-dares é um grande evento que reúne os mais fortes do setor no encontro que tem capacidade de movi-mentar milhões de reais. Não é justo deixá-la cor-

rer por água abaixo. Considerando a estrutura do Parque de Exposições José Tavares Pereira, o apoio municipal poderia ser maior. Afinal, é também por este setor que Valadares cresce.

36 Agosto / 2007

ExpoagroA Exposição Agropecuária de Governador Vala-

dares é um grande evento que reúne os mais fortes do setor no encontro que tem capacidade de movi-mentar milhões de reais. Não é justo deixá-la cor-

Expoagrorer por água abaixo. Considerando a estrutura do Parque de Exposições José Tavares Pereira, o apoio municipal poderia ser maior. Afinal, é também por

Acontecimentos Por Wilma Trindade

Juliana Tavares

Mauro Murta de Andrade e Edmílson Coelho

Roberto César, Gilmam Viana, secretário da Agricultura, João Marques e Roberto Simões, presidente da Faemg

Cássio Adni

Flávia Lobatode BH

Rosângele de Andrade

Vânia Dias

Poliana Soares

A belarecepçãono standda VDL - GrupoJayro Lessa

Rômulo Lessa, leia-se Valadares Diesel

37Agosto / 2007

Os fortes pecuaristasMaria e Jorcelino Lopes

Marivalda e Jansey Pereira

Maurinho Murta e a namorada Flávia

Adalto Cardoso

J. Júnior, leia-se Mafrial e Sandro

Wellington Braga e Castelo Fraga

José Gabriel, criador itabirano da raça Campolina e José Luiz Côrtes Gama

Page 37: Perfil Homem 2007

36 Agosto / 2007

A Exposição Agropecuária de Governador Vala-dares é um grande evento que reúne os mais fortes do setor no encontro que tem capacidade de movi-mentar milhões de reais. Não é justo deixá-la cor-

rer por água abaixo. Considerando a estrutura do Parque de Exposições José Tavares Pereira, o apoio municipal poderia ser maior. Afinal, é também por este setor que Valadares cresce.

36 Agosto / 2007

ExpoagroA Exposição Agropecuária de Governador Vala-

dares é um grande evento que reúne os mais fortes do setor no encontro que tem capacidade de movi-mentar milhões de reais. Não é justo deixá-la cor-

Expoagrorer por água abaixo. Considerando a estrutura do Parque de Exposições José Tavares Pereira, o apoio municipal poderia ser maior. Afinal, é também por

Acontecimentos Por Wilma Trindade

Juliana Tavares

Mauro Murta de Andrade e Edmílson Coelho

Roberto César, Gilmam Viana, secretário da Agricultura, João Marques e Roberto Simões, presidente da Faemg

Cássio Adni

Flávia Lobatode BH

Rosângele de Andrade

Vânia Dias

Poliana Soares

A belarecepçãono standda VDL - GrupoJayro Lessa

Rômulo Lessa, leia-se Valadares Diesel

37Agosto / 2007

Os fortes pecuaristasMaria e Jorcelino Lopes

Marivalda e Jansey Pereira

Maurinho Murta e a namorada Flávia

Adalto Cardoso

J. Júnior, leia-se Mafrial e Sandro

Wellington Braga e Castelo Fraga

José Gabriel, criador itabirano da raça Campolina e José Luiz Côrtes Gama

Page 38: Perfil Homem 2007

38 Agosto / 2007

Aeroporto Momento solene da assinatura para o ponto de partida da ampliação do Aeroporto Cel. Altino Machado

Acontecimentos

No dia 10 de julho, deputados estaduais do PSDB, e representantes dos setores mais atuantes de Governador Valadares foram reunidos na prefeitura Municipal para tes-temunharem as assinaturas do secretário adjunto de Estado de Transporte e Obras Públicas, do presfeito José Bonifácio Mou-rão e do Deputado Estadual Jayro Lessa no termo de liberação de verba para as obras que capacitarão o Aeroporto Cel. Altino Machado a receber aeronaves de maior porte, e adequá-lo de forma geral às expec-tativas de uma cidade que sofre por seu precário acesso por via aérea. Chegar e sair de GV tem sido, sem dúvida, um forte ítem inibidor de seu desenvolvimento. Um prego na sola do sapato do empresariado. A revis-ta Mais Mais Perfil Homem registrou o importante momento para a história. A ver quando e como sairá.

Prefeito Mourão assina a liberação da verba, ladeado pelo secretário de Estado de Transporte e Obras Públicas, João Antônio Fleury e o deputado estadual Jayro Lessa

Deputados João Leite e Zezé Perrela

Luiz Alberto JardimJosé Geraldo Sales e deputado João Leite

João Fleury e Paulo Moreira, sub-secretário de Obras Públicas

João Leite, Carlos Mosconi, ver. Isá, Ademir Lucas, Célio Moreira, Jayro e Dalmo

Mourão e os deputados Diniz Pinheiro e Ademir Lucas

Célio Moreira, Jayro Lessa, Diniz Piheiro, Mourão, Perrela e Dalmo Ribeiro

Jayro Lessa e prefeito Mourão,a força para o novo aeroporto

Por Wilma Trindade

39Agosto / 2007

Já se vão praticamente duas décadas desde que, adolescente, Sebastián Cuattrin se viu irremediavelmente atraído pelos barqui-nhos solitários que, de perto de casa, ele via passar no rio Doce. O tempo de remar “escondido”, da resistência familiar (que depois se transformou em adorável e explícita tietagem), da juventude de sacrifícios longe da família e das festas, vivida entre centros de treinamento e raias de competição, ficou para trás.

Mas alguns hábitos adquiridos nesta época permanecem, como permanecem os calos feitos pelo contato diário e ininterrupto de 20 anos com os remos. Os caiaques se sofisticaram; sua técnica foi apurada refinando ainda mais o talento natural; o passaporte se encheu de carimbos de dezenas de países; as medalhas e títulos se acumularam, são mais de 100 desde que começou a competir oficialmente.

Para manter-se no pelotão de elite do esporte nacional (e inter-nacional) Sebastián sua a camisa. E gosta. Treinar, para ele, vai muito além do sacrifício. É um prazer, uma meta, um estilo de vida. Ele escolheu a saúde, a força, a resistência, a persistência e não se afasta do seu objetivo. Não por acaso tornou-se uma refe-rência dentro de sua modalidade esportiva. Um exemplo a ser seguido. Tanto que no degrau mais alto do pódio do Pan, seus companheiros de K-4 fizeram questão de dedicar-lhe a medalha.

Aos 33 anos, no auge da forma física e técnica, em um momento em que o final da carreira como competidor já poderia entrar nos planos para o futuro, a medalha de ouro no Pan-Americano renova os ânimos que nunca chegaram a se desgastar e elevam para um horizonte ainda mais alto o olhar de Sebastián: 2008, Pequim; 2011, Guadalajara; 2012, Londres. Mais um Pan e duas Olimpíadas pela

frente, e, aí sim, talvez uma mudança de lado, não de rumo.O campeão não fixa prazos. Enquanto a vida espartana de

dedicação à canoagem lhe der satisfação, ele continua remando. Depois, pode mudar de lugar, mas nunca de ambiente. Formado em Educação Física, ele pensa no futuro como treinador, técnico, professor. Mas sempre no meio esportivo.

Sua experiência como atleta não se resume aos treinos e compe-tições. Acostumado desde sempre a persistir em um esporte que, embora olímpico e pertencente a uma federação organizada, não figura entre as “manias nacionais”, aprendeu desde cedo a fazer o seu próprio “mapa da mina”. O que, neste caso, significa, montar seus próprios projetos, conversar diretamente com os possíveis patrocinadores, gerenciar sua própria carreira e passar um bom tempo fora da água cuidando de cifras e papéis.

Este conhecimento do lado administrativo do esporte tem suas vantagens. Através dele, Sebastián chegou ao Projeto 2º Tempo, financiado pelo Governo Federal, para incentivar esportes náuticos. E é exatamente uma célula desse projeto que ele pensa em trazer para Governador Valadares, sua terra “de coração”, onde tudo começou e onde ele até hoje mantém laços afetivos e profissionais, uma vez que seus patrocinadores, Univale e Barbosa & Marques, são tão valadarenses quanto o campeão.

Para ele, uma escola de esportes que venha “ressuscitar” a cano-agem local é mais contundente que qualquer “muito obrigado” na hora de agradecer a tudo o que a cidade onde cresceu fez por ele. O projeto, de grande alcance social, pode beneficiar até 400 crian-ças carentes. Lugar para esta meninada remar sem perigo não falta. E Sebastián já identificou pelo menos dois: as lagoas do Filadélfia e do bairro Jardim Pérola.

E que ninguém pense que esse projeto é algo para um futuro distante, de médio ou longo prazo, para quando ele passar adian-te o remo. Firme no propósito de que, com o planejamento corre-to a escolinha é plenamente gerenciável entre idas e vindas suas a Valadares, Sebastián já agiliza os primeiros contatos para concre-tizá-lo o quanto antes. Afinal, para ele, o futuro já é agora!

Futuro de OuroA MEDALHA DO PAN RENOVOU O FÔLEGO DO NOSSO CANOÍSTA... DENTRO E FORA DA ÁGUA

Jayro Lessa e prefeito Mourão,a força para o novo aeroporto

Page 39: Perfil Homem 2007

38 Agosto / 2007

Aeroporto Momento solene da assinatura para o ponto de partida da ampliação do Aeroporto Cel. Altino Machado

Acontecimentos

No dia 10 de julho, deputados estaduais do PSDB, e representantes dos setores mais atuantes de Governador Valadares foram reunidos na prefeitura Municipal para tes-temunharem as assinaturas do secretário adjunto de Estado de Transporte e Obras Públicas, do presfeito José Bonifácio Mou-rão e do Deputado Estadual Jayro Lessa no termo de liberação de verba para as obras que capacitarão o Aeroporto Cel. Altino Machado a receber aeronaves de maior porte, e adequá-lo de forma geral às expec-tativas de uma cidade que sofre por seu precário acesso por via aérea. Chegar e sair de GV tem sido, sem dúvida, um forte ítem inibidor de seu desenvolvimento. Um prego na sola do sapato do empresariado. A revis-ta Mais Mais Perfil Homem registrou o importante momento para a história. A ver quando e como sairá.

Prefeito Mourão assina a liberação da verba, ladeado pelo secretário de Estado de Transporte e Obras Públicas, João Antônio Fleury e o deputado estadual Jayro Lessa

Deputados João Leite e Zezé Perrela

Luiz Alberto JardimJosé Geraldo Sales e deputado João Leite

João Fleury e Paulo Moreira, sub-secretário de Obras Públicas

João Leite, Carlos Mosconi, ver. Isá, Ademir Lucas, Célio Moreira, Jayro e Dalmo

Mourão e os deputados Diniz Pinheiro e Ademir Lucas

Célio Moreira, Jayro Lessa, Diniz Piheiro, Mourão, Perrela e Dalmo Ribeiro

Jayro Lessa e prefeito Mourão,a força para o novo aeroporto

Por Wilma Trindade

39Agosto / 2007

Já se vão praticamente duas décadas desde que, adolescente, Sebastián Cuattrin se viu irremediavelmente atraído pelos barqui-nhos solitários que, de perto de casa, ele via passar no rio Doce. O tempo de remar “escondido”, da resistência familiar (que depois se transformou em adorável e explícita tietagem), da juventude de sacrifícios longe da família e das festas, vivida entre centros de treinamento e raias de competição, ficou para trás.

Mas alguns hábitos adquiridos nesta época permanecem, como permanecem os calos feitos pelo contato diário e ininterrupto de 20 anos com os remos. Os caiaques se sofisticaram; sua técnica foi apurada refinando ainda mais o talento natural; o passaporte se encheu de carimbos de dezenas de países; as medalhas e títulos se acumularam, são mais de 100 desde que começou a competir oficialmente.

Para manter-se no pelotão de elite do esporte nacional (e inter-nacional) Sebastián sua a camisa. E gosta. Treinar, para ele, vai muito além do sacrifício. É um prazer, uma meta, um estilo de vida. Ele escolheu a saúde, a força, a resistência, a persistência e não se afasta do seu objetivo. Não por acaso tornou-se uma refe-rência dentro de sua modalidade esportiva. Um exemplo a ser seguido. Tanto que no degrau mais alto do pódio do Pan, seus companheiros de K-4 fizeram questão de dedicar-lhe a medalha.

Aos 33 anos, no auge da forma física e técnica, em um momento em que o final da carreira como competidor já poderia entrar nos planos para o futuro, a medalha de ouro no Pan-Americano renova os ânimos que nunca chegaram a se desgastar e elevam para um horizonte ainda mais alto o olhar de Sebastián: 2008, Pequim; 2011, Guadalajara; 2012, Londres. Mais um Pan e duas Olimpíadas pela

frente, e, aí sim, talvez uma mudança de lado, não de rumo.O campeão não fixa prazos. Enquanto a vida espartana de

dedicação à canoagem lhe der satisfação, ele continua remando. Depois, pode mudar de lugar, mas nunca de ambiente. Formado em Educação Física, ele pensa no futuro como treinador, técnico, professor. Mas sempre no meio esportivo.

Sua experiência como atleta não se resume aos treinos e compe-tições. Acostumado desde sempre a persistir em um esporte que, embora olímpico e pertencente a uma federação organizada, não figura entre as “manias nacionais”, aprendeu desde cedo a fazer o seu próprio “mapa da mina”. O que, neste caso, significa, montar seus próprios projetos, conversar diretamente com os possíveis patrocinadores, gerenciar sua própria carreira e passar um bom tempo fora da água cuidando de cifras e papéis.

Este conhecimento do lado administrativo do esporte tem suas vantagens. Através dele, Sebastián chegou ao Projeto 2º Tempo, financiado pelo Governo Federal, para incentivar esportes náuticos. E é exatamente uma célula desse projeto que ele pensa em trazer para Governador Valadares, sua terra “de coração”, onde tudo começou e onde ele até hoje mantém laços afetivos e profissionais, uma vez que seus patrocinadores, Univale e Barbosa & Marques, são tão valadarenses quanto o campeão.

Para ele, uma escola de esportes que venha “ressuscitar” a cano-agem local é mais contundente que qualquer “muito obrigado” na hora de agradecer a tudo o que a cidade onde cresceu fez por ele. O projeto, de grande alcance social, pode beneficiar até 400 crian-ças carentes. Lugar para esta meninada remar sem perigo não falta. E Sebastián já identificou pelo menos dois: as lagoas do Filadélfia e do bairro Jardim Pérola.

E que ninguém pense que esse projeto é algo para um futuro distante, de médio ou longo prazo, para quando ele passar adian-te o remo. Firme no propósito de que, com o planejamento corre-to a escolinha é plenamente gerenciável entre idas e vindas suas a Valadares, Sebastián já agiliza os primeiros contatos para concre-tizá-lo o quanto antes. Afinal, para ele, o futuro já é agora!

Futuro de OuroA MEDALHA DO PAN RENOVOU O FÔLEGO DO NOSSO CANOÍSTA... DENTRO E FORA DA ÁGUA

Jayro Lessa e prefeito Mourão,a força para o novo aeroporto

Page 40: Perfil Homem 2007

40 Agosto / 2007

Isso é quenteDVD’s – Não basta ser pai...É como diria aquele antigo comercial:

tem que participar! Então seguem duas dicas para fazer rir pais e filhos.

SHREK: no cinema ogro contabiliza três longas. Os dois primeiros disponíveis em DVD. É desenho animado, é bastan-te infantil, mas tem roteiros interessantes o suficiente para prender qualquer mar-manjo – às gargalhadas – na frente na TV. E com a garotada ao redor.

OS SIMPSONS: a família mais “non scense” da animação pode ser vista na TV aberta, nos canais a cabo, no cinema (o primeiro longa foi lançado recentemen-te), em DVD. Aventuras cheias de refe-rências políticas e de pop cultura. Ou seja, os pequenos se divertem, mas a piadinha é direcionada, na verdade, para os pais.

Rocky BalboaMuito bom o sexto

e derradeiro filme do personagem imor-talizado pelo canas-tríssimo Silvester Stallone. É bem ver-dade que depois do primeiro – e clássico – filme da série, a qualidade das histó-rias rolou ladeira abaixo. Mas este é redentor. A primeira metade do filme, daquela pieguice peculiar às aventuras do lutador, é plenamente recompensada pela metade final, quando acaba o blá blá blá de canto de boca de Sly e começa a pancadaria. Fight de primeiríssima linha, cenas perfeitas, e até um espaço saudosista na preparação de Balboa para sua volta aos ringues, com direito à can-ção tema (inesquecível) e subida acele-rada pelas escadarias do Fórum. Final de ouro para Rocky.

A enologia – ciência que estuda os vinhos – ganha cada vez mais adeptos no país da caipirinha, do chopinho e da cerveja. Para quem está a fim de se inteirar desse fasci-nante universo de sabores, odores, cores e minúcias não pode haver melhor indicação. Uma enciclopédia essencial para quem quer aprender ou ampliar seus conhecimentos sobre como selecionar e degustar os melho-res vinhos do mundo. O livro apresenta as técnicas tradicionais e modernas da fabrica-ção dos vinhos, quais as regiões produtoras, as variedades de uvas e os tipos de vinhos. Ensina também como é feito o envelheci-mento, como guardar e como degustar as melhores garrafas. Um tour completo pelas principais zonas vinícolas do mundo com páginas especiais para Chile, Argentina e Brasil. Enfim, o be-a-bá da enologia.

Livro Larousse do Vinho

Quem nunca se horrorizou ou se divertiu muito lendo placas ao longo das estradas brasileiras. Espirituosidade, verdadeiros assassinatos da lín-gua portuguesa, mensagens inusitadas. De tudo um pouco é possível encontrar. Para o autor do livro, mais que observar, era preciso registrar essas peculiaridades. Então, José Eduardo Camargo circulou mais de 200 mil quilômetros Brasil afora, durante sete anos, clicando placas. As 89 fotos mais divertidas e mais inusitadas (em 72 cidades de 17 estados brasileiros) estão reunidas agora neste livro. As fotos ganharam legendas bem humoradas, tarefa dada ao cordelista L. Soares. O resultado desse trabalho é um livro feito para quem enxerga no banal o surpreendente.

O Brasil das Placas – Viagem por um

país ao pé da letra

Os editores apresentam pela pri-meira vez no Brasil em tradução direta do inglês, a obra de Mohandas K. Gandhi - Autobiografia: Minha Vida e Minhas Experiências com a Verdade. Trata-se de mostrar ao público brasileiro uma parte impor-tante - e das mais representativas - da extensa obra escrita desse notável pensador, político e educador india-no. Num momento em que questões relativas à ética, à liberdade, aos direitos humanos e a exclusão social se tornam desafiadoras e, em muitos países, de solução inadiável, abordá-las é uma tarefa que interessa a todos os setores da sociedade. Conceitos como a não-violência, por exemplo, são detalhadamente apresentados e fundamentados pelo autor. Ao lado da educação e dos trabalhos comu-nitários, ela surge como instrumento de primeiríssima necessidade para a definição de novos modos de intera-ção humana. Por tudo isso a apre-sentação desta obra atende a uma necessidade básica, em especial se levarmos em conta que o colonialis-mo - para cuja abolição Gandhi tanto se empenhou - hoje ressurge sob novas formas e em escala planetária.

Autobiografia: Minha vida e minhas experiências com a verdade

Por Paula Greco

DVD´sLIVROS

41Agosto / 2007

Isso é quenteNorah Jones – Not Too LateQuando Norah Jones lançou seu primei-

ro álbum, a cantora de então 22 anos não imaginava que seria um dos discos de estréia mais vendidos de todos os tempos, arreba-tando oito prêmios Grammy, incluindo “Melhor Álbum”, “Melhor Gravação”, “Melhor Música” e “Artista Revelação”. Seu sucessor, Feels Like Home, lançado em

fevereiro de 2004, também recebeu um Grammy, estreando na posição #1 das paradas da Billboard, com vendas multi-platina. Agora a cantora, compositora e

pianista está de volta, com seu terceiro e mais pessoal trabalho até agora, Not Too Late. Trata-se de uma coleção de 13 belas canções, a maioria autoral ou co-autoral, com produção de Lee Alexander, seu há muito tempo parceiro de composição e baixista. Destaques para “Sinkin’ Soon”, com os vocais do cantor-compositor M. Ward, e “Thinking About You”, que Norah compôs com o líder da Wax Poetic Ilhan Ersahin, em 1999. Um luxo! Além de muito sexy...

Vamos combinar que muito antes de Raul Seixas sair por aí imputando o mérito ao diabo, a paternidade do rock brazuca não precisa de DNA para ser comprovada: Eras-mo Carlos, o parceiro rock’n roll do “rei” tinha lá seus motivos para ser chamado de Tremendão. Coube à – muitas vezes injusta – história da música relegá-lo à condição de fiel escudeiro e “parceiro menos importante” de Roberto Carlos. Mas quem conhece a obra sabe que não é bem assim. E para esses fãs

foi lançado um verdadeiro presente.O box set intitulado “O Tremendão” reúne,

pela primeira vez, todos os álbuns lançados por Erasmo Carlos, na fase inicial de sua carreira, entre 1965 e 1970 - período que antecede, cobre e sucede a Jovem Guarda. São seis CDs em versões remasterizadas, com capas originais e encartes que oferecem letras, fichas técnicas e textos históricos, além de faixas provenientes de raríssimos compactos lançados durante o período.

O Tremendão (Box com 06 CD’s)

CD´s

Page 41: Perfil Homem 2007

40 Agosto / 2007

Isso é quenteDVD’s – Não basta ser pai...É como diria aquele antigo comercial:

tem que participar! Então seguem duas dicas para fazer rir pais e filhos.

SHREK: no cinema ogro contabiliza três longas. Os dois primeiros disponíveis em DVD. É desenho animado, é bastan-te infantil, mas tem roteiros interessantes o suficiente para prender qualquer mar-manjo – às gargalhadas – na frente na TV. E com a garotada ao redor.

OS SIMPSONS: a família mais “non scense” da animação pode ser vista na TV aberta, nos canais a cabo, no cinema (o primeiro longa foi lançado recentemen-te), em DVD. Aventuras cheias de refe-rências políticas e de pop cultura. Ou seja, os pequenos se divertem, mas a piadinha é direcionada, na verdade, para os pais.

Rocky BalboaMuito bom o sexto

e derradeiro filme do personagem imor-talizado pelo canas-tríssimo Silvester Stallone. É bem ver-dade que depois do primeiro – e clássico – filme da série, a qualidade das histó-rias rolou ladeira abaixo. Mas este é redentor. A primeira metade do filme, daquela pieguice peculiar às aventuras do lutador, é plenamente recompensada pela metade final, quando acaba o blá blá blá de canto de boca de Sly e começa a pancadaria. Fight de primeiríssima linha, cenas perfeitas, e até um espaço saudosista na preparação de Balboa para sua volta aos ringues, com direito à can-ção tema (inesquecível) e subida acele-rada pelas escadarias do Fórum. Final de ouro para Rocky.

A enologia – ciência que estuda os vinhos – ganha cada vez mais adeptos no país da caipirinha, do chopinho e da cerveja. Para quem está a fim de se inteirar desse fasci-nante universo de sabores, odores, cores e minúcias não pode haver melhor indicação. Uma enciclopédia essencial para quem quer aprender ou ampliar seus conhecimentos sobre como selecionar e degustar os melho-res vinhos do mundo. O livro apresenta as técnicas tradicionais e modernas da fabrica-ção dos vinhos, quais as regiões produtoras, as variedades de uvas e os tipos de vinhos. Ensina também como é feito o envelheci-mento, como guardar e como degustar as melhores garrafas. Um tour completo pelas principais zonas vinícolas do mundo com páginas especiais para Chile, Argentina e Brasil. Enfim, o be-a-bá da enologia.

Livro Larousse do Vinho

Quem nunca se horrorizou ou se divertiu muito lendo placas ao longo das estradas brasileiras. Espirituosidade, verdadeiros assassinatos da lín-gua portuguesa, mensagens inusitadas. De tudo um pouco é possível encontrar. Para o autor do livro, mais que observar, era preciso registrar essas peculiaridades. Então, José Eduardo Camargo circulou mais de 200 mil quilômetros Brasil afora, durante sete anos, clicando placas. As 89 fotos mais divertidas e mais inusitadas (em 72 cidades de 17 estados brasileiros) estão reunidas agora neste livro. As fotos ganharam legendas bem humoradas, tarefa dada ao cordelista L. Soares. O resultado desse trabalho é um livro feito para quem enxerga no banal o surpreendente.

O Brasil das Placas – Viagem por um

país ao pé da letra

Os editores apresentam pela pri-meira vez no Brasil em tradução direta do inglês, a obra de Mohandas K. Gandhi - Autobiografia: Minha Vida e Minhas Experiências com a Verdade. Trata-se de mostrar ao público brasileiro uma parte impor-tante - e das mais representativas - da extensa obra escrita desse notável pensador, político e educador india-no. Num momento em que questões relativas à ética, à liberdade, aos direitos humanos e a exclusão social se tornam desafiadoras e, em muitos países, de solução inadiável, abordá-las é uma tarefa que interessa a todos os setores da sociedade. Conceitos como a não-violência, por exemplo, são detalhadamente apresentados e fundamentados pelo autor. Ao lado da educação e dos trabalhos comu-nitários, ela surge como instrumento de primeiríssima necessidade para a definição de novos modos de intera-ção humana. Por tudo isso a apre-sentação desta obra atende a uma necessidade básica, em especial se levarmos em conta que o colonialis-mo - para cuja abolição Gandhi tanto se empenhou - hoje ressurge sob novas formas e em escala planetária.

Autobiografia: Minha vida e minhas experiências com a verdade

Por Paula Greco

DVD´sLIVROS

41Agosto / 2007

Isso é quenteNorah Jones – Not Too LateQuando Norah Jones lançou seu primei-

ro álbum, a cantora de então 22 anos não imaginava que seria um dos discos de estréia mais vendidos de todos os tempos, arreba-tando oito prêmios Grammy, incluindo “Melhor Álbum”, “Melhor Gravação”, “Melhor Música” e “Artista Revelação”. Seu sucessor, Feels Like Home, lançado em

fevereiro de 2004, também recebeu um Grammy, estreando na posição #1 das paradas da Billboard, com vendas multi-platina. Agora a cantora, compositora e

pianista está de volta, com seu terceiro e mais pessoal trabalho até agora, Not Too Late. Trata-se de uma coleção de 13 belas canções, a maioria autoral ou co-autoral, com produção de Lee Alexander, seu há muito tempo parceiro de composição e baixista. Destaques para “Sinkin’ Soon”, com os vocais do cantor-compositor M. Ward, e “Thinking About You”, que Norah compôs com o líder da Wax Poetic Ilhan Ersahin, em 1999. Um luxo! Além de muito sexy...

Vamos combinar que muito antes de Raul Seixas sair por aí imputando o mérito ao diabo, a paternidade do rock brazuca não precisa de DNA para ser comprovada: Eras-mo Carlos, o parceiro rock’n roll do “rei” tinha lá seus motivos para ser chamado de Tremendão. Coube à – muitas vezes injusta – história da música relegá-lo à condição de fiel escudeiro e “parceiro menos importante” de Roberto Carlos. Mas quem conhece a obra sabe que não é bem assim. E para esses fãs

foi lançado um verdadeiro presente.O box set intitulado “O Tremendão” reúne,

pela primeira vez, todos os álbuns lançados por Erasmo Carlos, na fase inicial de sua carreira, entre 1965 e 1970 - período que antecede, cobre e sucede a Jovem Guarda. São seis CDs em versões remasterizadas, com capas originais e encartes que oferecem letras, fichas técnicas e textos históricos, além de faixas provenientes de raríssimos compactos lançados durante o período.

O Tremendão (Box com 06 CD’s)

CD´s

Page 42: Perfil Homem 2007

42 Agosto / 2007

Chichén

Há quem tenha ouvido ou lido esse nome, pela primeira vez, nos resultados da votação internacional para as 7 novas maravilhas do mundo. Em 1995, uma viagem de 22 dias pelo México e Guatemala, sem chegar, no entanto, à península de Yucatã, onde se con-centra o maior centro arqueológico de todo México, frustrou-me. No entanto, o próprio país Guatemala contou-me a história da cultura do povo Maia, hoje iluminada mais maciçamente por esse concurso um tanto estranho, mas que teve, enfim, um grande valor: trazer para mais perto, histórias de civilizações centro-americanas tão magnífi-cas quanto a Grécia e Egito antigos. Depois de 10 anos em países de culturas pré-hispâ-

nicas, era natural que na bagagem houves-se mais que objetos representativos dessas civilizações. Mas hoje, repassar o que os olhos viram, a mente digeriu e o coração sentiu fica para o leitor, mais familiar.

Localizada ao sudeste de Mérida, a capi-tal do estado de Yucatã, Chichén Itzá é a mais famosa Cidade Templo Maia e impres-siona pelo seu extraordinário compromisso para com a composição e espaço arquitetô-nico. Fundada por volta de 435 e 455, seu nome significa “na beirada do poço do povo Itzá” e foi um dos principais assentamentos dos Maias durante o período pós-clássico. Até o final do século IX Chichén concentrou o poder central, político e religioso.

ItzáA importância da influência de antigos maias procedentes da Guatemala, na cultura de Yucatã, península do sul do México. (Fonte México Arqueológico)

Cultura

ItzáO Templo dos Guerreiros

com as colunas formando o vestíbulo, na frente e a direita

o Grupo das Mil Colunas

O Castelo É uma pirâmide de nove andares escalonados, de 60 m de largura

e 24 de altura, com uma escadaria a cada lado e um templo na parte superior. Por sua grandiosidade e decoração é considerado

o edifício mais impressionante de todo Chichén Itzá.

Na Beirada do Poço do Povo Itza (tradução: Wilma e Diego Trindade)

43Agosto / 2007

Entre os anos 700 e 900 d.C., toda Meso-américa sofre uma séria de transformações que podem ser percebidas nos diferentes estilos artísticos e em todos os aspectos da sociedade. Lendas pré-hispânicas relatam como numerosos grupos abandonam as cidades e os centros da época Clássica para emigrar a outras terras. Alguns desses gru-pos têm a ver diretamente com o deus Quet-zalcóatl, outros com o chefe Ce Acatl Topi-tlzin Quetzalcóatl. Ao chegar na área maia Quetzalcóatl se denomina Kukulkán (kukul: pássaro e Kan: serpente) e provo-ca profundas mudanças em diversos aspec-tos: estilos artísticos, representações de deuses, governo, organização militar e eco-nômica, resultando no que ficou conhecido como a época maia-tolteca.

Os próprios indígenas da zona maia,

utilizando o alfabeto castelhano escreve-ram suas tradições, mitos e rituais, profe-cias e cronologias. Esses escritos são conhe-cidos como os Livros de Chilan Balam, que querem dizer “os livros do adivinho das coisas ocultas”. Vários desses livros levam o nome da cidade de procedência, como Chilan Balan de Maní ou Chilan Balam de Tizimin, Chumayel e outros. Revelam uma astrologia e arquitetura superior ao progresso existente na Europa da Idade Média em muitos aspectos.

O Chilan Balan da cidade de Chumayel conta que os itzaes eram comerciantes marinheiros que controlavam a costa da península de Yucatán. Em 918 d.C., um primeiro grupo de Itzaes con-quista Chi-

chén. A eles creditam a construção da subestrutura do Castelo e as pinturas dos afrescos com cenas de batalhas entre outros aportes culturais. Mais tarde, em 979, chega outro grupo com maior quantidade de características toltecas. Eles construíram o Templo dos Guerreiros, terminaram o Cas-telo e desenvolvendo o trabalho de meta-lurgia. Para manter o domínio da área recém conquistada os itzaes fazem aliança com vários governos de cidades vizinhas como Uxmal, Mayapán e Izamal, A essa aliança se deu o nome de a Liga de Mayapán.

O resultado foi o domínio de um território dentro do que se tinha uma mesma religião e governos aliados para controlar tributos e o comércio. Auge, século IX.

Mais tarde, Mayapán conquistou Chichén Itzá, e dominou de 1185 a 1400 (século XII e XIII) até ser misteriosamente derrubada.

Alguns justificam a queda dos Maias por evidências de guerras devastadoras. Outros enfatizam que teria havido uma grande seca que gerou uma crise no sistema de produção, o que teria gerado uma crise social e políti-ca decisiva.

Além de Chichén Itza, o México Arqueo-lógico, só na península de Yucatán, oferece mais de uma dezena de maravilhas do mundo. As ruínas de Chichén Itzá, escolhida em julho de 2007, são apenas parte da his-tória e da riqueza de um país, cujo patrimô-nio arqueológico e cultural ainda está para ser mais visitado e reconhecido.

Nas paredes laterais e nas esquinas do Templo dos Guerreiros se encontram esculturas que representam o deus Chac e Kukulkán (acima)

Na entrada do Templo dos Guerreiros se encontram alguns dos principais elementos da arquitetura Maia-toleca: uma escultura tipo “Chac-Mool” – as colunas em forma de serpentes e as pilastras com guerreiros esculpidos.

Page 43: Perfil Homem 2007

42 Agosto / 2007

Chichén

Há quem tenha ouvido ou lido esse nome, pela primeira vez, nos resultados da votação internacional para as 7 novas maravilhas do mundo. Em 1995, uma viagem de 22 dias pelo México e Guatemala, sem chegar, no entanto, à península de Yucatã, onde se con-centra o maior centro arqueológico de todo México, frustrou-me. No entanto, o próprio país Guatemala contou-me a história da cultura do povo Maia, hoje iluminada mais maciçamente por esse concurso um tanto estranho, mas que teve, enfim, um grande valor: trazer para mais perto, histórias de civilizações centro-americanas tão magnífi-cas quanto a Grécia e Egito antigos. Depois de 10 anos em países de culturas pré-hispâ-

nicas, era natural que na bagagem houves-se mais que objetos representativos dessas civilizações. Mas hoje, repassar o que os olhos viram, a mente digeriu e o coração sentiu fica para o leitor, mais familiar.

Localizada ao sudeste de Mérida, a capi-tal do estado de Yucatã, Chichén Itzá é a mais famosa Cidade Templo Maia e impres-siona pelo seu extraordinário compromisso para com a composição e espaço arquitetô-nico. Fundada por volta de 435 e 455, seu nome significa “na beirada do poço do povo Itzá” e foi um dos principais assentamentos dos Maias durante o período pós-clássico. Até o final do século IX Chichén concentrou o poder central, político e religioso.

ItzáA importância da influência de antigos maias procedentes da Guatemala, na cultura de Yucatã, península do sul do México. (Fonte México Arqueológico)

Cultura

ItzáO Templo dos Guerreiros

com as colunas formando o vestíbulo, na frente e a direita

o Grupo das Mil Colunas

O Castelo É uma pirâmide de nove andares escalonados, de 60 m de largura

e 24 de altura, com uma escadaria a cada lado e um templo na parte superior. Por sua grandiosidade e decoração é considerado

o edifício mais impressionante de todo Chichén Itzá.

Na Beirada do Poço do Povo Itza (tradução: Wilma e Diego Trindade)

43Agosto / 2007

Entre os anos 700 e 900 d.C., toda Meso-américa sofre uma séria de transformações que podem ser percebidas nos diferentes estilos artísticos e em todos os aspectos da sociedade. Lendas pré-hispânicas relatam como numerosos grupos abandonam as cidades e os centros da época Clássica para emigrar a outras terras. Alguns desses gru-pos têm a ver diretamente com o deus Quet-zalcóatl, outros com o chefe Ce Acatl Topi-tlzin Quetzalcóatl. Ao chegar na área maia Quetzalcóatl se denomina Kukulkán (kukul: pássaro e Kan: serpente) e provo-ca profundas mudanças em diversos aspec-tos: estilos artísticos, representações de deuses, governo, organização militar e eco-nômica, resultando no que ficou conhecido como a época maia-tolteca.

Os próprios indígenas da zona maia,

utilizando o alfabeto castelhano escreve-ram suas tradições, mitos e rituais, profe-cias e cronologias. Esses escritos são conhe-cidos como os Livros de Chilan Balam, que querem dizer “os livros do adivinho das coisas ocultas”. Vários desses livros levam o nome da cidade de procedência, como Chilan Balan de Maní ou Chilan Balam de Tizimin, Chumayel e outros. Revelam uma astrologia e arquitetura superior ao progresso existente na Europa da Idade Média em muitos aspectos.

O Chilan Balan da cidade de Chumayel conta que os itzaes eram comerciantes marinheiros que controlavam a costa da península de Yucatán. Em 918 d.C., um primeiro grupo de Itzaes con-quista Chi-

chén. A eles creditam a construção da subestrutura do Castelo e as pinturas dos afrescos com cenas de batalhas entre outros aportes culturais. Mais tarde, em 979, chega outro grupo com maior quantidade de características toltecas. Eles construíram o Templo dos Guerreiros, terminaram o Cas-telo e desenvolvendo o trabalho de meta-lurgia. Para manter o domínio da área recém conquistada os itzaes fazem aliança com vários governos de cidades vizinhas como Uxmal, Mayapán e Izamal, A essa aliança se deu o nome de a Liga de Mayapán.

O resultado foi o domínio de um território dentro do que se tinha uma mesma religião e governos aliados para controlar tributos e o comércio. Auge, século IX.

Mais tarde, Mayapán conquistou Chichén Itzá, e dominou de 1185 a 1400 (século XII e XIII) até ser misteriosamente derrubada.

Alguns justificam a queda dos Maias por evidências de guerras devastadoras. Outros enfatizam que teria havido uma grande seca que gerou uma crise no sistema de produção, o que teria gerado uma crise social e políti-ca decisiva.

Além de Chichén Itza, o México Arqueo-lógico, só na península de Yucatán, oferece mais de uma dezena de maravilhas do mundo. As ruínas de Chichén Itzá, escolhida em julho de 2007, são apenas parte da his-tória e da riqueza de um país, cujo patrimô-nio arqueológico e cultural ainda está para ser mais visitado e reconhecido.

Nas paredes laterais e nas esquinas do Templo dos Guerreiros se encontram esculturas que representam o deus Chac e Kukulkán (acima)

Na entrada do Templo dos Guerreiros se encontram alguns dos principais elementos da arquitetura Maia-toleca: uma escultura tipo “Chac-Mool” – as colunas em forma de serpentes e as pilastras com guerreiros esculpidos.

Page 44: Perfil Homem 2007

44 Agosto / 2007

Ao pesquisar para fazer essa matéria, me deparei com textos tão perfeitos que me rendi à facilidade da tradução a seguir, com inter-ferências pessoais no final. ( Fonte: Peru – Texto: Mauríco Wiesenthal – Edição 1981

Da cidade de Cajamarca até a cidade de Ica encontramos restos da cultura Chavin que desenvolveu oito séculos antes de era cristã. Na região de Paracas, floresceu perto do século I, uma civilização que se distingue pela riqueza de seus tecidos. E a partir dos séculos III e IV nos encontramos ante a expan-são das culturas Mochica e Nazca que deram

magníficas obras de engenharia hidráulica na zona árida peruana. Todas essas culturas desapareceram prematuramente aborta-das, ou caíram, em meados do século XV, diante do avanço dos Incas. Somente a cul-tura Chimú, que havia se desenvolvido ao norte, sobre as raízes da civilização Mochi-ca ofereceu certa resistência. A expansão dos Incas poria fim al esplendor dessas culturas primitivas. A organização dos Incas havia se desenvolvido em Cuzco, até criar, na época do rei Pachacutec (século XV), um extenso império de cinco mil km. Seu domínio se

estendia até a atual Colômbia e o Chile cen-tral. No seu auge, foi conquistado por Pizar-ro, o Conquistador espanhol encarregado de dominar o que viria a ser o Vice-reino do Peru, até as independências da América hispânica.

Ao longo dos famosos caminhos incaicos, por onde se moviam os Chasquis, ou homens correios, encontramos numerosos restos desta severa civilização baseada em estrita organização social.

Mas o grande santuário inca que sobrepõe em grandeza a todas as ruínas do império

Machu Picchu

isitar Machu Picchu é mergulhar em mágicos silêncios para ouvir somente o vento a soprar forte em nossos ouvidos um passado cheio de mistérios. Um mistério que aguça a curiosidade a partir da aterrissagem na cidade de Cusco, com suas ruas de pedras escorregadias, com seus museus, templos e sua gente. Daí, a viagem de ônibus e de trem mostrando paisagens ora áridas, ora encan-tadoras. A visão do Vale Sagrado inebria a 3.400 metros de altura e aonde encontramos comercian-tes típicos da região expondo em suas tapeçarias a arte de um povo dizimado, mas, que continua vivo por seu legado cultural.

V

45Agosto / 2007

Machu PicchuInca, desde Ollantaytambo a Sacsayhuman – se levanta, como um ninho de condores, sobre o granítico cânion do Urubamba, no início avançado da selva. Machu Picchu é uma cidade construída perto do céu, rode-ada por muros de mais de um metro de espessura. Fortaleza povoada de espíritos e de mágicos silêncios.

Em sua área se rendeu culto ao sol, a lua, às nuvens e ás estrelas. Só as lendas se atre-vem a explicar a origem sagrada dessa cida-de aérea. Uma tradição diz que o Qoriq ́ ente, pássaro de oro que canta no paraíso, trans-

mitiu aos homens o segredo de converter as pedras em barro. Outra lenda conta que um deus trocou aos homens em pedras para que os incas os arrastassem, a golpe de chicote, até ao pico de Machu Pic-chu.

As ruínas da cidade sagrada dos incas conservam a magia de todo esse passado. Sua vida foi se apagando pouco a pouco como o pranto das donzelas imperiais que assistiram ao crepúsculo do incanato e da morte dos filhos do sol. Mas a história corre, todavia, convertida em lágrimas, pelas exéquias de seus caminhos.

O complexo arquitetônico que compõe Machu Picchu é de um valor histórico inestimável. O rastro da Cidade Sagrada ficou perdido desde o século XVI, quando Tupac Amaru foi executado pelo Vice rei Francisco de Toledo. Em 1911, Hiram Bingham, um arqueólogo-pesquisador inglês, guiado por sua curiosidade conse-guiu fazer o caminho da que ele chamou A Cidade Perdida. E ficamos com a ima-ginação da emoção com que ele teria escrito no momento: “Vocês não imaginam o que eu encontrei”

Obs.:Essas novas maravilhas do mundo foram escolhidas por (1) representam uma obra- prima do gênio criativo humano; (2) mostrar um intercâmbio importante de valores humanos, durante um determinado tempo ou em uma área cultural do mundo, no desenvolvimento da arquitetura ou tecnologia, das artes monumentais, do planejamento urbano ou do desenho de paisagem; e (3) mostrar um testemunho único, ou ao menos excep-cional, de uma tradição cultural ou de uma civilização que está viva ou que tenha desaparecido.

Moradores da região de Cusco

Alguns investigadores crêem que esta pedra servia para estudar os movimentos do sol e da lua.

A perfeita simetria e junção das enormes pedras

Ao sul da Praça sagrada, a casa do Sacerdote

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44 Agosto / 2007

Ao pesquisar para fazer essa matéria, me deparei com textos tão perfeitos que me rendi à facilidade da tradução a seguir, com inter-ferências pessoais no final. ( Fonte: Peru – Texto: Mauríco Wiesenthal – Edição 1981

Da cidade de Cajamarca até a cidade de Ica encontramos restos da cultura Chavin que desenvolveu oito séculos antes de era cristã. Na região de Paracas, floresceu perto do século I, uma civilização que se distingue pela riqueza de seus tecidos. E a partir dos séculos III e IV nos encontramos ante a expan-são das culturas Mochica e Nazca que deram

magníficas obras de engenharia hidráulica na zona árida peruana. Todas essas culturas desapareceram prematuramente aborta-das, ou caíram, em meados do século XV, diante do avanço dos Incas. Somente a cul-tura Chimú, que havia se desenvolvido ao norte, sobre as raízes da civilização Mochi-ca ofereceu certa resistência. A expansão dos Incas poria fim al esplendor dessas culturas primitivas. A organização dos Incas havia se desenvolvido em Cuzco, até criar, na época do rei Pachacutec (século XV), um extenso império de cinco mil km. Seu domínio se

estendia até a atual Colômbia e o Chile cen-tral. No seu auge, foi conquistado por Pizar-ro, o Conquistador espanhol encarregado de dominar o que viria a ser o Vice-reino do Peru, até as independências da América hispânica.

Ao longo dos famosos caminhos incaicos, por onde se moviam os Chasquis, ou homens correios, encontramos numerosos restos desta severa civilização baseada em estrita organização social.

Mas o grande santuário inca que sobrepõe em grandeza a todas as ruínas do império

Machu Picchu

isitar Machu Picchu é mergulhar em mágicos silêncios para ouvir somente o vento a soprar forte em nossos ouvidos um passado cheio de mistérios. Um mistério que aguça a curiosidade a partir da aterrissagem na cidade de Cusco, com suas ruas de pedras escorregadias, com seus museus, templos e sua gente. Daí, a viagem de ônibus e de trem mostrando paisagens ora áridas, ora encan-tadoras. A visão do Vale Sagrado inebria a 3.400 metros de altura e aonde encontramos comercian-tes típicos da região expondo em suas tapeçarias a arte de um povo dizimado, mas, que continua vivo por seu legado cultural.

V

45Agosto / 2007

Machu PicchuInca, desde Ollantaytambo a Sacsayhuman – se levanta, como um ninho de condores, sobre o granítico cânion do Urubamba, no início avançado da selva. Machu Picchu é uma cidade construída perto do céu, rode-ada por muros de mais de um metro de espessura. Fortaleza povoada de espíritos e de mágicos silêncios.

Em sua área se rendeu culto ao sol, a lua, às nuvens e ás estrelas. Só as lendas se atre-vem a explicar a origem sagrada dessa cida-de aérea. Uma tradição diz que o Qoriq ́ ente, pássaro de oro que canta no paraíso, trans-

mitiu aos homens o segredo de converter as pedras em barro. Outra lenda conta que um deus trocou aos homens em pedras para que os incas os arrastassem, a golpe de chicote, até ao pico de Machu Pic-chu.

As ruínas da cidade sagrada dos incas conservam a magia de todo esse passado. Sua vida foi se apagando pouco a pouco como o pranto das donzelas imperiais que assistiram ao crepúsculo do incanato e da morte dos filhos do sol. Mas a história corre, todavia, convertida em lágrimas, pelas exéquias de seus caminhos.

O complexo arquitetônico que compõe Machu Picchu é de um valor histórico inestimável. O rastro da Cidade Sagrada ficou perdido desde o século XVI, quando Tupac Amaru foi executado pelo Vice rei Francisco de Toledo. Em 1911, Hiram Bingham, um arqueólogo-pesquisador inglês, guiado por sua curiosidade conse-guiu fazer o caminho da que ele chamou A Cidade Perdida. E ficamos com a ima-ginação da emoção com que ele teria escrito no momento: “Vocês não imaginam o que eu encontrei”

Obs.:Essas novas maravilhas do mundo foram escolhidas por (1) representam uma obra- prima do gênio criativo humano; (2) mostrar um intercâmbio importante de valores humanos, durante um determinado tempo ou em uma área cultural do mundo, no desenvolvimento da arquitetura ou tecnologia, das artes monumentais, do planejamento urbano ou do desenho de paisagem; e (3) mostrar um testemunho único, ou ao menos excep-cional, de uma tradição cultural ou de uma civilização que está viva ou que tenha desaparecido.

Moradores da região de Cusco

Alguns investigadores crêem que esta pedra servia para estudar os movimentos do sol e da lua.

A perfeita simetria e junção das enormes pedras

Ao sul da Praça sagrada, a casa do Sacerdote

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46 Agosto / 2007

Um sol brilhante aquecia o dia frio de céu profundamente azul, um azul que deixa transparecer toda a bele-

za do serrado nos meses áridos de julho e agosto. Ao aterrissar, no Aeroporto de Brasí-lia, e que Aeroporto! Senti-me em Houston, em Tókio. Quer saber, se tiver com a alma brasileira em baixa estima, paradoxalmente,

Ponto de Vista Por Wilma Trindade

uma Houston brasileira, um céu inesquecível

Brasília

O grandeza e o luxo do edifício espelhado da Procuradoria Geral da República

47Agosto / 2007

meu conselho seria: Vá a Brasília. Você senti-rá que o Brasil é uma potência, sem sair do carro. Passei por seus eixos monumentais, veja, nem que seja pela janela, o novo Museu Nacional, inaugurado recentemente, uma obras de Oscar Niemayer. Entre pelo novo Portal que lhe abre belos restaurantes para a vista do Lago e que deixa ver o lazer dos fins

de semanas de sua gente. Passe pela 3ª ponte, pelo prédio espelhado da Promotoria Pública, percorra a Esplanada dos Ministérios, o Palá-cio do Planalto, da Alvorada, o Museu JK. Almoce ou jante em restaurantes de qualquer uma de suas superquadras, experimente um atendimento em um Pronto Socorro. E você sentirá que estamos em um país civilizado,

rico, desenvolvido, um verdadeiro represen-tante do primeiro mundo. Na grandeza da Capital Federal não há, em raios e raios de quilômetros, sinais de diferenças sociais. A visão é de espaço e conforto para todos. Ine-brie-se desse ar, deixe-se enlevar sem pensar em miragem, ilusão de ótica. Aceite simples-mente que o Brasil tem dois cartões postais.

A terceira ponte, uma arrojo da engenharia

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46 Agosto / 2007

Um sol brilhante aquecia o dia frio de céu profundamente azul, um azul que deixa transparecer toda a bele-

za do serrado nos meses áridos de julho e agosto. Ao aterrissar, no Aeroporto de Brasí-lia, e que Aeroporto! Senti-me em Houston, em Tókio. Quer saber, se tiver com a alma brasileira em baixa estima, paradoxalmente,

Ponto de Vista Por Wilma Trindade

uma Houston brasileira, um céu inesquecível

Brasília

O grandeza e o luxo do edifício espelhado da Procuradoria Geral da República

47Agosto / 2007

meu conselho seria: Vá a Brasília. Você senti-rá que o Brasil é uma potência, sem sair do carro. Passei por seus eixos monumentais, veja, nem que seja pela janela, o novo Museu Nacional, inaugurado recentemente, uma obras de Oscar Niemayer. Entre pelo novo Portal que lhe abre belos restaurantes para a vista do Lago e que deixa ver o lazer dos fins

de semanas de sua gente. Passe pela 3ª ponte, pelo prédio espelhado da Promotoria Pública, percorra a Esplanada dos Ministérios, o Palá-cio do Planalto, da Alvorada, o Museu JK. Almoce ou jante em restaurantes de qualquer uma de suas superquadras, experimente um atendimento em um Pronto Socorro. E você sentirá que estamos em um país civilizado,

rico, desenvolvido, um verdadeiro represen-tante do primeiro mundo. Na grandeza da Capital Federal não há, em raios e raios de quilômetros, sinais de diferenças sociais. A visão é de espaço e conforto para todos. Ine-brie-se desse ar, deixe-se enlevar sem pensar em miragem, ilusão de ótica. Aceite simples-mente que o Brasil tem dois cartões postais.

A terceira ponte, uma arrojo da engenharia

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48 Agosto / 2007

Ponto de Vista

Henrique LoboEngenheiro Agrônomo,Engenheiro Sanitário e Ambiental

As preocupações com as questões ambientais atuais levaram a Organização das Nações Unidas a assinarem um acordo que estipulas-se controle sobre as intervenções humanas no ambiente. Este acordo nasceu há quase dez anos atrás ,em dezembro de 1997, com a assinatura do Protocolo de Quioto. Onde deter-mina que os países desenvolvidos reduzam suas emissões de gases de efeito estufa em 5,2%, em média, relativas ao ano de 1990, entre 2008 e 2012. O protocolo estabeleceu que parte desta redução pode ser feita através de negociação com nações através de Meca-nismo de Desenvolvimento Limpo para auxi-liar o processo de redução de emissões de gases do efeito estufa ou de captura de carbono (seqüestro de carbono).

O propósito do mecanismo de desenvolvi-mento limpo é para que viabilizem o verda-deiro sentido do desenvolvimento sustentável (aquele que atende às necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de as gera-ções futuras satisfazerem as suas próprias necessidades).É construído sobre “três pilares interdependentes e mutuamente sustentado-res” — desenvolvimento econômico, desen-volvimento social e proteção ambiental. Onde reconhecemos a complexidade e o inter-rela-cionamento entre a pobreza, o desperdício, a degradação ambiental, a decadência urbana e o crescimento populacional.

Créditos de carbono são certificados emiti-dos quando ocorre à redução de emissão de gases de efeito estufa. Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) cor-

responde a um crédito de carbono. Este cré-dito pode ser negociado no mercado interna-cional criando um mercado para a redução, dando um valor monetário a poluição. Acordos internacionais como o Protocolo de Quioto determinam uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir. Os países por sua vez criam leis que restringem as emissões de gases de efeito estufa. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas indústrias que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas deter-minadas, podem vender o excedente de “redu-ção de emissão” no mercado nacional ou internacional.

Os projetos de mecanismo de desenvolvi-mento limpo podem ser baseados em geração de energia por fontes renováveis, troca de combustível, tratamentos de resíduos, reflo-restamentos em áreas degradadas, entre outros. O primeiro projeto, aprovado pela ONU, no Mundo, foi o do aterro sanitário de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, que utiliza tecnologias bem precisas de engenharia sanitária, tendo os créditos de carbonos sidos negociados diretamente com a Holanda.

Para o Vale do Rio Doce seria uma oportu-nidade de buscarmos a recuperação das nos-sas áreas degradadas. Um a vez que esta Bacia Hidrográfica teve sua cobertura natural de floresta tropical, uma das mais nobres flores-tas madeireiras que a terra já viu.

Mercado de Carbono e o Protocolo de Quioto

49Agosto / 2007

Unimed GV - 15 anosUma noite nobre

Acontecimentos

O dia 10 de agosto foi especial para toda a classe médica de Governador Valadares. Os 15 anos da Unimed reu-niram seus 400 cooperados em uma grande festa no salão nobre da Socie-dade Recreativa Filadélfia, onde não faltaram elegância, glamour e poder de nomes que fizeram a história da instituição. O evento mereceu a pre-sença do presidente da Federação das Unimeds do Estado de Minas Gerais, Dr. Emerson Fidélis, e outros convida-dos representantes de nossa sociedade como o presidente da ACGV, Edmílson Soares, do diretor do Diário do Rio Doce, Getúlio Miranda. A noite iniciou

com uma solenidade, e foi quando o presidente, Dr. Arcênio Coelho Men-donça, pôde expor o crescimento da Unimed na cidade. Uma história regis-trada por cada um dos seus fundado-res. Naturalmente, como em toda festa de 15 anos, brindes foram levantados ao futuro promissor. E o grande bolo de aniversário saiu de cena para dar lugar à descontração promovida pela Banda GV Brasil. Foi uma grande noite alimentada pelo Buffet Célia Bitten-court. Uma grande confraternização marcada pela alegria das conquistas de uma classe que faz nossa cidade pólo em saúde.

Os diretores desses 15 anos com o vice-prefeito, cooperado Augusto Barbosa, e da esquerda para direita: Dr. Marcelo KereWarner, presidente da Unimed Introfederativa do Leste mineiro; Dr. Ricardo Rezende Fernandes, diretor de controle da Unimed-GV; Dr. José do Carmo Filho, ex-presidente; Dr. Arcênio Coelho Mendonça, atual diretor presidente; Dr. Aroldo de Paula Andrade, ex-presidente; Dr. Vitor Almeida, ex-presidente; Dr. Emerson Fidélis, presidente da Federação das Unimeds de Minas Gerais; Dr. Carlos Eduardo de Miranda Pimentel, diretor de Integração e Mercado

O presidente da Unimed/GV Dr. Arcênio em sua exposição da história da Unimed

Dr. Emerson Fidélis, presidente da Federação das Unimeds de Minas, e seus cumprimentos às conquistas da Unimed/GV

Os casais anfitriões dos 15 anos da Unimed/GV: Alessandra e Dr. Ricardo Rezende Fernandes, Dr. Arcênio Coelho Mendonça e Milena, Dra. Ana Paula e Dr. Eduardo de Miranda Pimentel

O vice-prefeito Dr. Augusto Barbosa e Cláudia

Dr. Sérgio de Azevedo Naves e Dra. Débora Rosa Naves

O presidente da Associação Médica, Dr. Paulo Roberto Bicalho, com Dr. Hatem Homaidan, presidente da Unicred

Com o diretor anfitrião Dr. Carlos Eduardo e Dra. Ana Paula, os casais, Dr. Fabrini e Carol, Valéria e Dr. Aloísio

Foto

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48 Agosto / 2007

Ponto de Vista

Henrique LoboEngenheiro Agrônomo,Engenheiro Sanitário e Ambiental

As preocupações com as questões ambientais atuais levaram a Organização das Nações Unidas a assinarem um acordo que estipulas-se controle sobre as intervenções humanas no ambiente. Este acordo nasceu há quase dez anos atrás ,em dezembro de 1997, com a assinatura do Protocolo de Quioto. Onde deter-mina que os países desenvolvidos reduzam suas emissões de gases de efeito estufa em 5,2%, em média, relativas ao ano de 1990, entre 2008 e 2012. O protocolo estabeleceu que parte desta redução pode ser feita através de negociação com nações através de Meca-nismo de Desenvolvimento Limpo para auxi-liar o processo de redução de emissões de gases do efeito estufa ou de captura de carbono (seqüestro de carbono).

O propósito do mecanismo de desenvolvi-mento limpo é para que viabilizem o verda-deiro sentido do desenvolvimento sustentável (aquele que atende às necessidades presentes sem comprometer a possibilidade de as gera-ções futuras satisfazerem as suas próprias necessidades).É construído sobre “três pilares interdependentes e mutuamente sustentado-res” — desenvolvimento econômico, desen-volvimento social e proteção ambiental. Onde reconhecemos a complexidade e o inter-rela-cionamento entre a pobreza, o desperdício, a degradação ambiental, a decadência urbana e o crescimento populacional.

Créditos de carbono são certificados emiti-dos quando ocorre à redução de emissão de gases de efeito estufa. Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) cor-

responde a um crédito de carbono. Este cré-dito pode ser negociado no mercado interna-cional criando um mercado para a redução, dando um valor monetário a poluição. Acordos internacionais como o Protocolo de Quioto determinam uma cota máxima que países desenvolvidos podem emitir. Os países por sua vez criam leis que restringem as emissões de gases de efeito estufa. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas indústrias que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas deter-minadas, podem vender o excedente de “redu-ção de emissão” no mercado nacional ou internacional.

Os projetos de mecanismo de desenvolvi-mento limpo podem ser baseados em geração de energia por fontes renováveis, troca de combustível, tratamentos de resíduos, reflo-restamentos em áreas degradadas, entre outros. O primeiro projeto, aprovado pela ONU, no Mundo, foi o do aterro sanitário de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, no Brasil, que utiliza tecnologias bem precisas de engenharia sanitária, tendo os créditos de carbonos sidos negociados diretamente com a Holanda.

Para o Vale do Rio Doce seria uma oportu-nidade de buscarmos a recuperação das nos-sas áreas degradadas. Um a vez que esta Bacia Hidrográfica teve sua cobertura natural de floresta tropical, uma das mais nobres flores-tas madeireiras que a terra já viu.

Mercado de Carbono e o Protocolo de Quioto

49Agosto / 2007

Unimed GV - 15 anosUma noite nobre

Acontecimentos

O dia 10 de agosto foi especial para toda a classe médica de Governador Valadares. Os 15 anos da Unimed reu-niram seus 400 cooperados em uma grande festa no salão nobre da Socie-dade Recreativa Filadélfia, onde não faltaram elegância, glamour e poder de nomes que fizeram a história da instituição. O evento mereceu a pre-sença do presidente da Federação das Unimeds do Estado de Minas Gerais, Dr. Emerson Fidélis, e outros convida-dos representantes de nossa sociedade como o presidente da ACGV, Edmílson Soares, do diretor do Diário do Rio Doce, Getúlio Miranda. A noite iniciou

com uma solenidade, e foi quando o presidente, Dr. Arcênio Coelho Men-donça, pôde expor o crescimento da Unimed na cidade. Uma história regis-trada por cada um dos seus fundado-res. Naturalmente, como em toda festa de 15 anos, brindes foram levantados ao futuro promissor. E o grande bolo de aniversário saiu de cena para dar lugar à descontração promovida pela Banda GV Brasil. Foi uma grande noite alimentada pelo Buffet Célia Bitten-court. Uma grande confraternização marcada pela alegria das conquistas de uma classe que faz nossa cidade pólo em saúde.

Os diretores desses 15 anos com o vice-prefeito, cooperado Augusto Barbosa, e da esquerda para direita: Dr. Marcelo KereWarner, presidente da Unimed Introfederativa do Leste mineiro; Dr. Ricardo Rezende Fernandes, diretor de controle da Unimed-GV; Dr. José do Carmo Filho, ex-presidente; Dr. Arcênio Coelho Mendonça, atual diretor presidente; Dr. Aroldo de Paula Andrade, ex-presidente; Dr. Vitor Almeida, ex-presidente; Dr. Emerson Fidélis, presidente da Federação das Unimeds de Minas Gerais; Dr. Carlos Eduardo de Miranda Pimentel, diretor de Integração e Mercado

O presidente da Unimed/GV Dr. Arcênio em sua exposição da história da Unimed

Dr. Emerson Fidélis, presidente da Federação das Unimeds de Minas, e seus cumprimentos às conquistas da Unimed/GV

Os casais anfitriões dos 15 anos da Unimed/GV: Alessandra e Dr. Ricardo Rezende Fernandes, Dr. Arcênio Coelho Mendonça e Milena, Dra. Ana Paula e Dr. Eduardo de Miranda Pimentel

O vice-prefeito Dr. Augusto Barbosa e Cláudia

Dr. Sérgio de Azevedo Naves e Dra. Débora Rosa Naves

O presidente da Associação Médica, Dr. Paulo Roberto Bicalho, com Dr. Hatem Homaidan, presidente da Unicred

Com o diretor anfitrião Dr. Carlos Eduardo e Dra. Ana Paula, os casais, Dr. Fabrini e Carol, Valéria e Dr. Aloísio

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50 Agosto / 2007

A anuência e o debate dos brasileiros em torno de questões inter-nacionais não têm precedentes. Nos últimos anos, assistiu-se a uma forte atuação do Brasil nas grandes questões internacionais. Esse ativismo da política externa brasileira passa a impressão de que o Brasil é um protagonista fundamental nas relações internacionais, um verdadeiro global player (“ator global”). De fato, o Brasil é importante, mas qual é sua verdadeira posição em comparação a outros? Seria mesmo um global player?

Não há um consenso quanto a critérios básicos para rotular países de global players. Sejam quais fossem esses critérios, deveriam necessariamente comparar características de diversos países. O objetivo, neste ensaio, não é clarificar objetivamente o que é um global player. Antes disso, proporemos alguns critérios para avaliar a real importância do Brasil na economia internacional.

Em primeiro plano, EUA, UE (nomeadamente, seus quatro mem-bros que compõem o G-7), Japão, China e Canadá (também inte-grante do G-7) são global players incontestáveis do ponto de vista da (a) participação no PIB e (b) no comércio mundial, seu (c) grau de abertura econômica e seu (d) peso em negociações na OMC.

Apesar desse último quesito, México, Rússia e Coréia do Sul se aproximam do status de global players. Seus pesos são extremamen-te vinculados, respectivamente, à economia dos EUA, da UE e do Japão e da China, mas eles possuem autonomia suficiente para articular posições na agenda econômica internacional. Em contra-posição, a Espanha também é individualmente forte nos quesitos supracitados, mas tem menos autonomia do que México, Rússia e Coréia do Sul, já que sua economia é atrelada à da UE e porque o país se pronuncia por meio do bloco na agenda econômica interna-cional.

Brasil e Índia possuem mais autonomia do que México, Rússia e Coréia do Sul. Aquele par de países não se atrelou a nenhum país ou bloco especificamente. Entretanto, Brasil e Índia ainda possuem economias fechadas e pouca participação no comércio mundial quando comparados com aquelas três economias.

A Índia tem dimensões econômicas exacerbadas, mas um potencial de articulação internacional limitado por várias razões – entre outras, histórico-culturais. Diferentemente, a economia brasileira é simples-mente grande, não imensa, mas o Brasil tem mais possibilidades de articulação internacional, especialmente com sul-americanos. Contu-do, isso não significa que ele tire o melhor proveito dessa faculdade.

O Brasil pretende utilizar o Mercosul e, por extensão, a América do Sul, como plataforma para fortalecer-se em negociações multi-laterais. Já se obteve sucesso em algumas iniciativas, como nas

negociações Mercosul-Alca e Mercosul-UE, a partir dos anos 1990s, quando o bloco ficou coeso na defesa de interesses comuns. No âmbito da OMC, o G-20, criado por iniciativa do Brasil e alguns outros países, apesar de ser heterogêneo, alcançou reconhecimento e bloqueou propostas contrárias a seus interesses na Rodada Doha, desde 2003.

Contudo, o G-20 manifestou recentemente suas fragilidades no momento em que Brasil e Índia, como pretensos representantes do bloco, tiveram conversas fechadas com os EUA e a UE (na reunião do chamado G-4, em julho de 2007), enquanto exaltados membros do grupo (como Venezuela e Bolívia) pronunciaram-se contra tal atitude. Há quem acredite que o abandono da reunião do G-4 por Brasil e Índia foi um erro de estratégia. Na América do Sul, o Brasil ainda não ofereceu vantagens suficientes para que seus vizinhos deixassem de negociar acordos de livre-comércio bilaterais com os EUA. Não se consegue reforçar a institucionalidade do Mercosul, entre outros motivos, porque não se utilizam seus mecanismos de solução de controvérsias. Em suma, as articulações possíveis para o Brasil têm falhas, porquanto blocos formados não conseguem coesão suficiente para pronunciar harmonicamente na OMC e em outras questões comerciais.

Como notamos, o Brasil está ficando para trás, pois a Índia tem tido um crescimento do PIB muito mais expressivo, uma abertura comercial mais consistente, fazendo aumentar sua participação no comércio mundial e seu peso nas negociações na OMC. Consideran-do os elementos até aqui expressos, afloram conclusões sobre o Brasil e seu potencial de ser um global player.

No que diz respeito ao comércio e à OMC, o Brasil poderia se aproximar de um global player na medida (1) do ativismo subja-cente à sua diplomacia econômica, a qual é fortalecida pela diver-sidade de parceiros comerciais e conseqüente autonomia política na OMC; e (2) da sua importância na estabilidade do sistema financei-ro internacional – o qual lubrifica as engrenagens do comércio internacional – e, logo, para a estabilidade econômica dos países emergentes, em especial. Entre os países em desenvolvimento, o Brasil é grande, entre todos os países, o Brasil é simplesmente médio.

Os quatro critérios analisados aqui não caracterizam o Brasil como um global player. O País poderia chegar a sê-lo se conseguisse (1) um crescimento do PIB equivalente ao do México, Rússia, Índia e Coréia do Sul; (2) promover maior abertura comercial; e (3) otimi-zar suas estratégias de articulação nos âmbitos do Mercosul, da América do Sul e do G-20.

Diego Trindade D’Ávila MagalhãesBacharel em Relações Internacionais – UnB

As Aparências Enganam

Ponto de Vista

51Agosto / 2007

Page 51: Perfil Homem 2007

50 Agosto / 2007

A anuência e o debate dos brasileiros em torno de questões inter-nacionais não têm precedentes. Nos últimos anos, assistiu-se a uma forte atuação do Brasil nas grandes questões internacionais. Esse ativismo da política externa brasileira passa a impressão de que o Brasil é um protagonista fundamental nas relações internacionais, um verdadeiro global player (“ator global”). De fato, o Brasil é importante, mas qual é sua verdadeira posição em comparação a outros? Seria mesmo um global player?

Não há um consenso quanto a critérios básicos para rotular países de global players. Sejam quais fossem esses critérios, deveriam necessariamente comparar características de diversos países. O objetivo, neste ensaio, não é clarificar objetivamente o que é um global player. Antes disso, proporemos alguns critérios para avaliar a real importância do Brasil na economia internacional.

Em primeiro plano, EUA, UE (nomeadamente, seus quatro mem-bros que compõem o G-7), Japão, China e Canadá (também inte-grante do G-7) são global players incontestáveis do ponto de vista da (a) participação no PIB e (b) no comércio mundial, seu (c) grau de abertura econômica e seu (d) peso em negociações na OMC.

Apesar desse último quesito, México, Rússia e Coréia do Sul se aproximam do status de global players. Seus pesos são extremamen-te vinculados, respectivamente, à economia dos EUA, da UE e do Japão e da China, mas eles possuem autonomia suficiente para articular posições na agenda econômica internacional. Em contra-posição, a Espanha também é individualmente forte nos quesitos supracitados, mas tem menos autonomia do que México, Rússia e Coréia do Sul, já que sua economia é atrelada à da UE e porque o país se pronuncia por meio do bloco na agenda econômica interna-cional.

Brasil e Índia possuem mais autonomia do que México, Rússia e Coréia do Sul. Aquele par de países não se atrelou a nenhum país ou bloco especificamente. Entretanto, Brasil e Índia ainda possuem economias fechadas e pouca participação no comércio mundial quando comparados com aquelas três economias.

A Índia tem dimensões econômicas exacerbadas, mas um potencial de articulação internacional limitado por várias razões – entre outras, histórico-culturais. Diferentemente, a economia brasileira é simples-mente grande, não imensa, mas o Brasil tem mais possibilidades de articulação internacional, especialmente com sul-americanos. Contu-do, isso não significa que ele tire o melhor proveito dessa faculdade.

O Brasil pretende utilizar o Mercosul e, por extensão, a América do Sul, como plataforma para fortalecer-se em negociações multi-laterais. Já se obteve sucesso em algumas iniciativas, como nas

negociações Mercosul-Alca e Mercosul-UE, a partir dos anos 1990s, quando o bloco ficou coeso na defesa de interesses comuns. No âmbito da OMC, o G-20, criado por iniciativa do Brasil e alguns outros países, apesar de ser heterogêneo, alcançou reconhecimento e bloqueou propostas contrárias a seus interesses na Rodada Doha, desde 2003.

Contudo, o G-20 manifestou recentemente suas fragilidades no momento em que Brasil e Índia, como pretensos representantes do bloco, tiveram conversas fechadas com os EUA e a UE (na reunião do chamado G-4, em julho de 2007), enquanto exaltados membros do grupo (como Venezuela e Bolívia) pronunciaram-se contra tal atitude. Há quem acredite que o abandono da reunião do G-4 por Brasil e Índia foi um erro de estratégia. Na América do Sul, o Brasil ainda não ofereceu vantagens suficientes para que seus vizinhos deixassem de negociar acordos de livre-comércio bilaterais com os EUA. Não se consegue reforçar a institucionalidade do Mercosul, entre outros motivos, porque não se utilizam seus mecanismos de solução de controvérsias. Em suma, as articulações possíveis para o Brasil têm falhas, porquanto blocos formados não conseguem coesão suficiente para pronunciar harmonicamente na OMC e em outras questões comerciais.

Como notamos, o Brasil está ficando para trás, pois a Índia tem tido um crescimento do PIB muito mais expressivo, uma abertura comercial mais consistente, fazendo aumentar sua participação no comércio mundial e seu peso nas negociações na OMC. Consideran-do os elementos até aqui expressos, afloram conclusões sobre o Brasil e seu potencial de ser um global player.

No que diz respeito ao comércio e à OMC, o Brasil poderia se aproximar de um global player na medida (1) do ativismo subja-cente à sua diplomacia econômica, a qual é fortalecida pela diver-sidade de parceiros comerciais e conseqüente autonomia política na OMC; e (2) da sua importância na estabilidade do sistema financei-ro internacional – o qual lubrifica as engrenagens do comércio internacional – e, logo, para a estabilidade econômica dos países emergentes, em especial. Entre os países em desenvolvimento, o Brasil é grande, entre todos os países, o Brasil é simplesmente médio.

Os quatro critérios analisados aqui não caracterizam o Brasil como um global player. O País poderia chegar a sê-lo se conseguisse (1) um crescimento do PIB equivalente ao do México, Rússia, Índia e Coréia do Sul; (2) promover maior abertura comercial; e (3) otimi-zar suas estratégias de articulação nos âmbitos do Mercosul, da América do Sul e do G-20.

Diego Trindade D’Ávila MagalhãesBacharel em Relações Internacionais – UnB

As Aparências Enganam

Ponto de Vista

51Agosto / 2007

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52 Agosto / 2007